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diversidade
Auger-Dominguez Daisy
19 de dezembro de 2019
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Esses líderes têm tanto medo de fazer ou dizer algo errado para todos
os stakeholders – funcionários, membros do conselho, fundadores,
clientes e consumidores – ou para o mundo afora por meio das mídias
sociais -, que estão estagnados na inatividade. Vejamos a minha
experiência na Google no verão de 2015, no auge do movimento Black
Lives Matter (BLM – A vida dos negros importa, em tradução livre).
Funcionários negros lideraram paralizações para evidenciar a
marginalização e as desigualdades estruturais que enfrentavam no
ambiente de trabalho. Muitos dos meus colegas de pele branca, em nível
de gestão, vieram até mim para expressar sua ansiedade em como
deveriam se engajar com seus funcionários de cor em relação às
manifestações. Deveriam dizer ou fazer alguma coisa? Como líderes
brancos, de que maneira deveriam abordar qualquer assunto relacionado
à experiência Black sem ofender alguém? Será que eu analisaria as
mensagens que eles estavam escrevendo para a equipe antes de enviá-
las? Eles precisavam de incentivo, permissão e conselho antes de realizar
o trabalho de liderança inclusiva.
No entanto, é importante que os líderes não repassem esse trabalho para
os funcionários de cor, mas que sejam vistos realizando esse trabalho por
conta própria. Quando isso não acontece, perdem a confiança e a crença
da equipe na sua disposição em liderar de maneira honesta – da mesma
forma que dão um péssimo exemplo. Conduzi discussões de estratégia e
aprendizado acerca da inclusão em startups, e depois delas, os
fundadores se mostraram espantados pelo fato de suas equipes de
liderança não terem participado mais ativamente. Se você quer que sua
equipe apoie a inclusão, vocêprecisa apoiar.
Não deixe que o medo o afaste do engajamento total. Eis o que falo aos
líderes que têm receio de dar um passo errado ao tentar resolver
questões sobre a diversidade, igualdade e inclusão no ambiente de
trabalho.
Isso não significa passar o trabalho para os outros a fim de atingir suas
próprias metas: “Como mudar o cursor em relação às nossas lacunas
existentes entre a diversidade e a inclusão?” Em vez disso, procure
entender quais desafios seus funcionários enfrentam todos os dias, em
especial as práticas e atitudes que os incomodam. Faça perguntas do tipo:
Como líder, é preciso ter cuidado com as palavras que você usa, mas não
deixe que o seu medo substitua a sua curiosidade.
Leia bastante
Não existe um livro com explicações de como estar frente a frente com a
desigualdade, a injustiça e a opressão ao gerir um negócio ou uma
organização. No entanto, há muitos recursos que ajudam você a entender
melhor a dinâmica e as pessoas em jogo. Aprenda mais sobre as questões
relativas às mulheres, pessoas de cor, pessoas com deficiências, LGBTI+,
minorias religiosas, e ao que outros grupos marginalizados enfrentam, e
os efeitos combinatórios da interseccionalidade de identidade.
Dê o primeiro passo
21 de março de 2019
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Isso nos levou a lançar uma enquete para descobrir por quê, o que
destacou quatro fatores que tornariam a sociedade mais atrativa para as
mulheres: maior flexibilidade para estar no escritório e para com as horas
de trabalho, maior acesso às interações de alto escalão, maior
comprometimento para com as metas relativas à diversidade no
escritório, e um número maior de “mulheres modelo”. Esses quatro itens
se tornaram base para um plano de ação que incluía, por exemplo, um
programa de trabalho para todos os colaboradores com horas flexíveis,
propiciando o trabalho remoto. Até o ano de 2018, a porcentagem de
mulheres promovidas a sócias chegou a 40%, contra 26% em 2015.
Uma reunião individual com o gestor pode ser a ferramenta mais útil para
descobrir o que pensa um colaborador. No entanto, para que a reunião
surta efeito, o gestor precisa estar aberto e mostrar uma atitude positiva
e aberta. Uma maneira de demonstrar que são dignos de confiança é
compartilhando suas ideias e sentimentos quando estão cansados, tristes
ou tentando resolver um problema. Essa atitude mostra que, sim, eles
também são seres humanos.
13 de agosto de 2018
Mas quem são esses corretores culturais? São membros da equipe que
têm uma experiência relativamente mais multicultural do que os demais,
e atuam como ponte entre seus colegas que não têm bagagem cultural
diversa. Esses corretores têm dois tipos de perfil. O primeiro tem
experiências multiculturais que se relacionam diretamente às culturas a
serem conectadas. Por exemplo, em uma equipe com membros
predominantemente indianos e norte-americanos, o corretor cultural
pode ser uma pessoa com experiência em cultura indiana e americana. Eu
os chamo de integrantes culturais internos. O segundo tipo de corretor
cultural é alguém com experiência em duas ou mais culturas não
representadas na equipe, como a australiana e a coreana. Esses, eu
denomino de integrantes culturais externos.
Mas isso não significa que simplesmente designar alguém para ser um
agente cultural baste. Uma designação formal não garante que uma
pessoa seja eficaz; em vez disso, as organizações devem ter o cuidado de
criar as condições para que a corretagem cultural se desenvolva. Lembre-
se, ser corretor requer um esforço cognitivo e emocional significativo. Por
isso, é mais provável que uma corretagem cultural efetiva surja em
equipes com um grande senso de segurança psicológica. Além disso, são
necessárias a participação e a adesão da equipe como um todo para o
desenvolvimento da corretagem cultural, que tende a surgir em equipes
que veem a diversidade como um recurso e uma fonte de aprendizado.