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Juiz
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esportivo, veja Árbitro. Para o livro bíblico, veja Livro dos Juízes.
Um juiz no tribunal
Índice
1História
2Requisitos para sua atuação
3Atividades
4Controvérsias
5Ver também
6Referências
7Bibliografia
História[editar | editar código-fonte]
A figura institucionalizada do juiz tem relação com o nascimento das
civilizações: uma vez que conflitos surgem naturalmente, a ideia de um
terceiro, tido como neutro, é essencial para constituir uma visão livre de
parcialidade. Os senadores em Roma, por exemplo, eram um grupo dedicado
exclusivamente ao julgamento de questões, exercendo a função de magistrado
na Grécia e Roma antigas.
A imagem foi construída aos poucos, e inicialmente [onde?], o juiz era percebido
como um representante do divino, ou seja, sua decisão simbolizava a postura
de um ser superior que via os casos de maneira neutra. O conceito evoluiu
concomitantemente com a sociedade, de modo que o pensamento iluminista e
o legado da Revolução Francesa contribuíram para uma mudança de
paradigma: ao colocar o cidadão no centro, o juiz, que era parte da classe
privilegiada (o Segundo Estado na Revolução Francesa), passa a ser um
cidadão eleito por sua capacidade e aptidão para julgar casos imparcialmente.
A evolução do conceito, com o passar dos anos, mostra um ponto inicial de
necessidade de um terceiro neutro, para uma figura mística, que
posteriormente ganha uma posição privilegiada na sociedade, e que por fim,
representa um cidadão com habilidades específicas. Esse processo foi
fundamental para entendermos o juiz atualmente, como um cidadão dotado de
habilidades selecionadas por meio de requisitos e critérios e não mais um ser
místico ou privilegiado.
Atividades[editar | editar código-fonte]
Existem ainda divergências com relação ao papel do juiz, que além de ser
considerado como administrador da justiça [4], também pode ter uma função
proativa, como um colaborador do Poder Legislativo.[6] Sua atividade
interpretativa também pode ser criativa, de modo que ao interpretar um caso, o
magistrado aplicaria e criaria um direito novo, praticamente legislando. [7][8]
A principal divergência entre as posições com relação ao papel do juiz está nos
seus limites e alcance: de um lado um grupo acredita que seu papel deve se
restringir à interpretação e aplicação da lei, procurando analisá-la de acordo
com seu contexto mais amplo; por outro lado, um outro grupo entende que ao
realizar esta atividade interpretativa, abre-se um espaço de discricionariedade
para o juiz, que poderá ter maior liberdade em alguns lugares. O debate
também se estende na questão da justiça, e se o juiz está obrigado a decidir de
uma maneira "justa" ou de acordo com a lei estritamente, ou seja, qual o seu
limite de discricionariedade para atuar como administrador da justiça.
Controvérsias[editar | editar código-fonte]
Os doutrinadores, ademais de divergirem acerca da atividade jurisdicional e
suas funções, também discutem acerca do chamado ativismo judicial. A Teoria
da separação dos poderes confere funções distintas para cada uma das
esferas:
O Wikcionário tem o verbete juiz.
Julgamento
Júri
Sentença
Oficial de justiça
Referências
1. ↑ Mário Guimarães, O Juiz e a Função Jurisdicional, Editora
Forense, Rio de Janeiro, 1ª Edição, 1958, pág.34
2. ↑ [1]
3. ↑ [2]
4. ↑ [3]
5. ↑ PACHECO, José da Silva (1976). Direito Processual Civil.
[S.l.]: Editora Saraiva
6. ↑ DWORKIN, Ronald. O império do direito. São Paulo:
Martins Fontes, 2007, 2ª edição, pág. 377
7. ↑ HART, H. L. A. O conceito de direito. São Paulo:
Ir para:a b
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Sobre o papel proativo do juiz: DWORK IN,
Ronald. O império do direito. São Paulo: Martins
Fontes, 2007, 2ª edição, Cap. IX, "As leis".
Sobre o papel discricionário do juiz: HART, H. L. A.
O conceito de direito. São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2009, Cap. VII, "O formalismo e o
ceticismo em relação às normas".
Sobre a competência do magistrado: KELSEN,
Hans. Teoria pura do direito. São Paulo: Editora
WMF Martins Fontes, 2009, 8ª edição, Cap V,
"Dinâmica jurídica".
Sobre as controvérsias com relação a atividade
judicial: OST F. "Juge-pacificateur, juge-arbitre,
juge entraîneur. Trois modèles de justice". In :
GÉRARD Ph., OST F., van de KERCHOVE M.
Fonction de juger et pouvoir judiciaire.
Transformations et déplacements. Bruxelles,
Publications des F.U.S.L, 1983, pp. 1–70.
Sobre o discurso jurídico e o comportamento
judicial: CARVALHO, Alexandre. Imagens da
imparcialidade entre o discurso constitucional e a
prática judicial. 1. ed. São Paulo: Almedina Brasil,
2017.
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