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9/19/2014 :: ANP - Legislação ::

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

PORTARIA ANP Nº 90, DE 31.5.2000 ­ DOU 1º.6.2000
 
Aprova  o  Regulamento  Técnico  do  Plano  de  Desenvolvimento  que  define  o  conteúdo  e  estabelece
procedimentos  quanto  à  forma  de  apresentação  do  Plano  de  Desenvolvimento  para  os  Campos  de
Petróleo e Gás Natural, anexo à presente Portaria, de acordo com o estabelecido no inciso IV do art. 44,
da Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997.
 
O  DIRETOR­GERAL  da  AGÊNCIA  NACIONAL  DE  PETRÓLEO  ­  ANP,  no  uso  de  suas  atribuições
legais, tendo em vista a Resolução de Diretoria nº 296, de 30 de maio de 2000 e o disposto no art. 44 da Lei nº
9.478, de 06 de agosto de 1997, torna público o seguinte ato:
 
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento Técnico do Plano de Desenvolvimento que define o conteúdo e
estabelece procedimentos quanto à forma de apresentação do Plano de Desenvolvimento para os Campos de
Petróleo e Gás Natural, anexo à presente Portaria, de acordo com o estabelecido no inciso IV do art. 44, da
Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997.
Art.  2º.  O  concessionário  fica  obrigado  a  entregar  à  ANP,  nos  prazos  estabelecidos  no  contrato  de
concessão, o respectivo Plano de Desenvolvimento.
Art. 3º. No ato da declaração de comercialidade o Concessionário denominará o campo utilizando­se de
nomes  de  aves  brasileiras,  quando  se  tratar  de  descobertas  em  terra,  e  nomes  ligados  à  fauna  marinha,
quando se tratar de descobertas no mar.
Art.  4º.  Uma  vez  aprovado  o  Plano  de  Desenvolvimento,  a  ANP  disponibilizará  em  sua  página  da
Internet um sumário sobre a concepção do sistema de produção a ser desenvolvido no campo, incluindo as
seguintes informações:
I ­ a localização geográfica da área de desenvolvimento, no bloco de concessão, na bacia sedimentar,
município e estado, indicando a lâmina d’água média, quando se tratar de campo marítimo;
II ­ o número e as características principais dos poços produtores e injetores;
III ­ o sistema de coleta da produção;
IV ­ as unidades de produção de petróleo e gás natural, destacando­se suas características construtivas
básicas quando se tratar de empreendimento marítimo;
V ­ o sistema de escoamento da produção;
VI ­ a duração prevista para o desenvolvimento.
Art. 5º. O não cumprimento das disposições contidas na presente Portaria implicará na aplicação das
penalidades previstas na Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, e em legislação complementar.
Art. 6º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
 

DAVID ZYLBERSZTAJN
 

REGULAMENTO TÉCNICO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO
 
1. Objetivo e Campo De Aplicação
 
1.1  O  presente  Regulamento  orienta  a  elaboração  do  Plano  de  Desenvolvimento  de  um  campo  de
produção  petrolífera  e  gaseífera,  de  que  trata  o  Inciso  IV  do  Art.  44º  da  Lei  nº  9.478,  de  06.08.1997,
estabelece  o  seu  conteúdo  mínimo  em  conformidade  com  os  preceitos  do  Contrato  de  Concessão  para
Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, e define procedimentos de aprovação e revisão do referido
Plano.
1.1.1  Este  Regulamento  aplica­se  ao  desenvolvimento  inicial  de  campos  ainda  não  explotados,  a
campos em produção que necessitem de planos complementares para a melhoria ou retomada da produção,
bem como àqueles já em desenvolvimento e que necessitem de alterações para melhoria da produção.

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1.2  O  Plano  de  Desenvolvimento  deve  ser  preparado  de  acordo  com  as  instruções  contidas  neste
Regulamento e conter informações, em abrangência e profundidade, suficientes para:
a) permitir à ANP conhecer e acompanhar os parâmetros do desenvolvimento do campo;
b)  demonstrar  que  a  explotação  do  campo  se  fará  em  consonância  com  a  legislação  em  vigor,
particularmente com as normas e regulamentações governamentais aplicáveis à indústria de petróleo;
c) demonstrar que as operações futuras de produção ocorrerão de acordo com as melhores práticas da
indústria de petróleo.
1.3  O  Desenvolvimento  proposto  para  cada  campo  de  petróleo  ou  de  gás  natural  deve  atender  aos
princípios básicos adiante enumerados, que são mandatórios para a aprovação do Plano de Desenvolvimento:
a)  garantia  da  conservação  dos  recursos  petrolíferos,  que  pressupõe:  a  recuperação  eficiente  de
hidrocarbonetos  existentes  nas  jazidas  petrolíferas  e  gaseíferas,  o  controle  do  declínio  de  reservas  e  a
minimização das perdas na superfície;
b)  garantia  da  segurança  operacional  que  impõe  o  emprego  de  normas  e  procedimentos  relativos  à
segurança ocupacional e à prevenção de acidentes operacionais;
c) garantia da preservação ambiental, que implica na utilização de processos que minimizem o impacto
das operações no meio ambiente.
 
2. Disposições Gerais
 
2.1 O Plano de Desenvolvimento que incluir Projetos Pilotos de Produção Antecipada deve discriminar
separadamente os dados físicos e financeiros relativos a essas etapas.
2.2  Se  o  campo  a  ser  desenvolvido  tiver  compartilhamento  de  instalações  de  produção  com  outros
campos,  a  descrição  das  atividades  de  desenvolvimento  desse  campo  deve  explicitar  os  componentes  e
equipamentos  compartilhados  e  as  informações  sobre  investimentos  relativos  a  essas  instalações  devem
incluir as proporções a serem alocadas a cada campo.
2.3 Havendo previsão de utilização de novas tecnologias desenvolvidas pelo próprio Concessionário ou
aplicação  de  tecnologias  não  usuais  relacionadas  à  engenharia  de  petróleo  e  gás  natural,  estas  tecnologias
devem ser descritas nos itens pertinentes do Plano de Desenvolvimento.
 
3. Definições
 
a) Melhores Práticas da Indústria do Petróleo ­ São práticas e procedimentos visando a maximização da
recuperação  dos  recursos  petrolíferos  de  forma  técnica  e  economicamente  sustentável  e  que  estejam  em
consonância com a conservação e o uso racional de petróleo e gás natural, controle do declínio das reservas
e a preservação do meio ambiente.
b)  Plano  de  Desenvolvimento  ­  significa  o  documento  preparado  pelo  Concessionário  contendo  o
programa  de  trabalho  e  respectivo  investimento,  necessários  ao  desenvolvimento  de  uma  descoberta  de
petróleo ou gás natural na área da concessão.
c)  Desenvolvimento  ­  conjunto  de  operações  e  investimentos  destinados  a  viabilizar  as  atividades  de
produção de um campo de petróleo ou gás.
d)  Desenvolvimento  modular  ­  conjunto  de  operações  e  investimentos  destinados  a  viabilizar  as
atividades  de  produção  de  um  campo  de  petróleo  ou  gás,  cujo  desenvolvimento  foi  concebido  em  módulos
individualizados, com produção independente e seqüencialmente instalados.
e)  Desenvolvimento  complementar  ­  conjunto  de  operações  e  investimentos  destinados  a  viabilizar  as
atividades  de  produção  de  um  campo  de  petróleo  ou  gás,  cuja  concepção  foi  posterior  ao  desenvolvimento
original do campo e execução durante a fase de produção.
f)  Projeto  piloto  de  produção  ­  projeto  de  desenvolvimento  parcial  do  campo,  de  concepção  reduzida,
constituindo­se num módulo temporário para produção antecipada ou para obtenção de dados e informações
técnicas de geologia, reservatório, novas tecnologias, etc.
g)  Campo  de  Petróleo  ou  de  Gás  Natural  ­  área  produtora  de  petróleo  ou  gás  natural,  a  partir  de  um
reservatório  contínuo  ou  de  mais  de  um  reservatório,  a  profundidades  variáveis,  abrangendo  instalações  e
equipamentos destinados à produção.
h)  Zona  ­  camada  ou  conjunto  de  camadas  correlacionáveis  dentro  de  uma  mesma  unidade
estratigráfica, contendo petróleo, gás ou água.
i) Produção ­ conjunto de operações coordenadas de extração de petróleo ou gás natural de uma jazida
e de preparo para sua movimentação.
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j)  Unidade  de  Produção  ­  conjunto  de  instalações  destinadas  a  promover  a  separação,  tratamento,
estocagem e escoamento dos fluidos produzidos e movimentados num campo de petróleo e gás natural.
k)  Unidade  de  Produção  Marítima  ­  unidade  de  produção  instalada  no  mar,  podendo  ser  fixa  ou
flutuante.
l) Unidade de Produção Terrestre ­ unidade de produção localizada em terra, também denominada de
Estação Coletora.
m)  Bacia  Sedimentar  ­  depressão  da  crosta  terrestre  onde  se  acumulam  rochas  sedimentares  que
podem ser portadoras de petróleo ou gás, associados ou não.
n) Declaração de Comercialidade ­ notificação escrita do Concessionário à ANP declarando uma jazida
como descoberta comercial na área de concessão.
o) Gás Associado ­ gás natural produzido de jazida onde ele é encontrado dissolvido no petróleo ou em
contato com o petróleo subjacente saturado de gás.
p)  Gás  Não  Associado  ­  gás  natural  que  é  produzido  de  jazida  de  gás  seco  ou  de  jazida  de  gás  e
condensado.
q) Reservatório ­ configuração geológica dotada de propriedades específicas, armazenadora de petróleo
ou gás, associado ou não.
r) Jazida ­ reservatório ou depósito já identificado e possível de ser posto em produção.
s)  Medição  fiscal  ­  Medição  do  volume  de  produção  fiscalizada  efetuada  num  ponto  de  medição  da
produção a que se refere o inciso IV do Art. 3º, do Decreto n.º 2705, de 03/08/1998.
t)  Medição  operacional  ­  medição  para  controle  operacional  da  produção  e  de  outras  correntes  de
escoamento. Compreende as medições das produções e das injeções de água, dos volumes de água recebida
de outros campos, o consumo próprio e outros usos de petróleo e gás natural, os volumes para gas lift e o gás
natural queimado.
u) Medição fiscal compartilhada ­ medição dos volumes provenientes de dois ou mais campos, que se
misturam antes de um ponto da medição fiscal da produção.
v)  Bloco  ­  parte  de  uma  bacia  sedimentar,  formada  por  um  prisma  vertical  de  profundidade
indeterminada,  com  superfície  poligonal  definida  pela  coordenadas  geográficas  de  seus  vértices,  onde  são
desenvolvidas atividades de exploração ou produção de petróleo e gás natural.
 
4. Sumário Executivo
 
4.1  O  Sumário  Executivo  do  Plano  de  Desenvolvimento  deve  descrever,  sucintamente,  a  concepção
global de explotação do campo petrolífero e enfocar as seguintes questões:
a) a localização geográfica da área de desenvolvimento, identificando o município e estado e indicando
a lâmina d’água média, quando se localizar no mar;
b)  as  características  principais  dos  reservatórios  produtores  tais  como:  crono­estratigrafia,  ambiente
deposicional, características permo­porosas, etc.;
c) as reservas totais e provadas de petróleo e gás natural do campo e as vazões máximas de produção,
especificando o ano em que sua ocorrência é esperada;
d) a malha de drenagem e método de produção;
e)  o  número  e  as  características  principais  dos  poços  produtores,  injetores  e  outros,  bem  como  os
aspectos relevantes de suas completações;
f) os sistemas de coleta da produção;
g) as unidades de produção de petróleo e gás natural, destacando­se suas características construtivas
fundamentais quando se tratar de empreendimento marítimo;
h) os processos de separação e tratamento de petróleo e gás natural, bem como o tratamento e locais
de descarte de efluentes;
i) os sistemas de escoamento da produção;
j) os investimentos necessários para o desenvolvimento do campo, discriminando as parcelas referentes
a poços, unidades de produção e sistemas de coleta e escoamento da produção;
k) a duração prevista para o desenvolvimento;
l) planejamento da desativação do campo.
4.2  Se  o  desenvolvimento  da  produção  for  concebido  de  forma  modular,  devem  ser  explicitadas  as
razões  para  tal  procedimento  e  a  descrição  acima  deve  contemplar  cada  módulo  separadamente,  com

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exceção dos itens relativos a geologia, reservatórios e reservas.
 
5. Localização do Campo
 
5.1 Descrever a localização geográfica da área reservada para o desenvolvimento na bacia sedimentar
e incluir as seguintes informações:
a) área de desenvolvimento, em km²;
b) distância aproximada da costa e faixa de lâmina d’água, no caso de campos marítimos;
c) proximidade de cidades, no caso de campos terrestres;
d) outras informações geográficas relevantes.
5.2 A área de desenvolvimento deve estar circunscrita por uma única linha poligonal traçada segundo
um reticulado de 9,375”(nove segundos e trezentos e setenta e cinco milésimos) de latitude por 9,375” (nove
segundos e trezentos e setenta e cinco milésimos) de longitude.
5.3 As informações geográficas do campo devem ser apresentadas na forma de:
a) mapa de localização geográfica, indicando a escala utilizada; no caso de campos marítimos deverão
ser traçadas as cotas batimétricas;
b) figura de detalhe da área de desenvolvimento, identificando a projeção superficial dos reservatórios
produtores;
c)  tabela  de  coordenadas  geográficas  dos  vértices  que  definem  a  área  reservada  para  o
desenvolvimento e da área esperada do campo.
 
6. Geologia e Reservatórios
 
6.1 Histórico da Exploração
Apresentar uma retrospectiva resumida da atividade exploratória, incluindo o seguinte:
a) identificação do bloco exploratório original;
b) data do início da atividade exploratória;
c) número de poços exploratórios perfurados;
d) coordenadas dos poços exploratórios;
e)  mapas  dos  levantamentos  sísmicos  2D  e  3D  realizados,  mencionando  o  montante,  em  km2,  das
áreas cobertas;
f) data do encerramento da atividade exploratória e declaração de comercialidade;
g) cronologia e descrição das descobertas realizadas.
6.2 Modelo Geológico da Área do Campo
Descrever  o  modelo  geológico  da  área  do  campo,  enfocando  resultados  de  estudos  estratigráficos  e
estruturais  e  incluindo  informações  sobre  o  sistema  petrolífero  identificado,  modelos  deposicionais,  etc.,
conforme descriminado a seguir:
6.2.1  Apresentar  a  análise  estratigráfica  realizada  na  área  do  campo,  destacando  uma  descrição  das
unidades lito, bio e cronoestratigráficas.
6.2.2 Apresentar a análise estrutural realizada para a área do campo, contendo a descrição da evolução
tectônica com destaque para o sistema de falhamento na área, incluindo:
a) mapas estruturais dos reservatórios contendo os reservatórios de interesse;
b) seções sísmicas interpretadas;
c) seções geológicas.
6.2.3  Descrever  o  sistema  petrolífero  e  gaseífero  da  área,  contendo  uma  síntese  dos  eventos  de
geração, migração e acumulação de hidrocarbonetos na área, e incluir também:
seções esquemáticas do modelo de migração e acumulação;
descrição das características dos geradores e qualidade do petróleo e gás natural existente.
6.3 Modelo Geológico de Reservatório
A descrição do modelo geológico de reservatório deve conter dados e informações sobre o zoneamento
estratigráfico, a evolução diagenética e descrição das litofácies. Apresentar também as características físicas

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dos reservatórios, suas propriedades petrofísicas, análises de testemunhos, resultados de testes de formação,
perfilagens e análises do fluido.
6.3.1  Apresentar  o  modelo  geológico  de  reservatório,  detalhando  o  zoneamento  estratigráfico  dos
reservatórios  e  enfatizando  os  critérios  para  seu  estabelecimento,  apresentar  a  evolução  diagenética  das
rochas do reservatório, bem como a descrição detalhada das litofácies definidas.
6.3.2  Descrever  as  características  físicas  do  reservatório,  apresentando  informações  sobre  sua
geometria externa e propriedades petrofísicas obtidas através de testemunhos ou perfis incluindo:
a)  Tabela  com  Dados  Estruturais  do  reservatório,  contendo  profundidades  e  cotas  do  topo  e  base  de
cada  reservatório  atravessado  pelos  poços  perfurados  na  área  de  desenvolvimento,  bem  como  as  suas
espessuras efetivas com petróleo e gás natural, porosidades, saturações de água e posições dos contatos de
fluidos;
b) Mapas estruturais do topo e base, indicando os contatos entre fluidos (no caso de campos marítimos
representar também as isóbatas);
c) Mapas volumétricos (isópacas, espessura porosa e espessura porosa com hidrocarboneto);
d) Gráfico com o gradiente de pressão da área (Kgf/cm2/m);
e)  Gráfico  com  o  gradiente  de  temperatura  da  área  (oC/m);  quando  houver  variação  lateral  de
temperatura, apresentar também mapa de isotermas da área;
6.3.3 Apresentar e comentar os resultados de análises de testemunhos e ensaios petrofísicos realizados
e  outros  tipos  de  análises  que  tenham  sido  realizadas  pelo  Concessionário  em  testemunhos  de  rocha­
reservatório.  Os  resultados  das  análises  petrofísicas  deverão  ser  sistematizados  em  uma  Tabela  de  Dados
Petrofísicos, contendo informações que identifiquem o campo, o poço, as profundidades (medidas e cotas) das
amostras e a data de realização das análises.
6.3.4  Apresentar  e  comentar  os  resultados  dos  testes  de  formação,  inclusive  testes  a  cabo  (RFT)
descrevendo  as  características  básicas  e  os  aspectos  relevantes  dos  mesmos.  Incluir  também  Tabela  de
Dados de Testes de Formação com dados de identificação do campo e poço, os tempos de fluxo e estática,
intervalo  testado,  data  de  realização  do  teste  e  resultados  da  interpretação.  Deverão  constar  da  Tabela
informações como pressão na cabeça do poço, abertura da válvula de controle de fluxo, temperatura de fundo,
profundidade da ferramenta de teste, vazão estabilizada, razão gás­petróleo, permeabilidade, depleção, razão
de  dano,  índice  de  produtividade  (injetividade),  raio  de  investigação,  presença  de  barreiras  e  outras
informações  e  dados  considerados  relevantes  pelo  Concessionário.  As  pressões  relatadas  deverão  ser
referenciadas a um mesmo datum.
6.3.5 Efetuar a descrição das perfilagens realizadas, apresentando: tipos de perfis, intervalos perfilados,
ocorrências  relevantes  (exemplo:  prisão  de  ferramenta),  temperaturas  de  fundo  (medidas  e  extrapoladas),
companhias e data de realização. Apresentar os resultados das Análises Quantitativas de Perfis, sumarizando­
os  segundo  o  zoneamento  estratigráfico  proposto.  Apresentar  os  parâmetros  utilizados  para  as  correções
ambientais  e  cálculos  volumétricos  e  a  equação  de  saturação  utilizada,  discutindo  os  critérios  empregados
para o estabelecimento destes itens. Incluir, em formato A4, os perfis­tipo de cada reservatório avaliado.
6.3.6  Apresentar  os  resultados  das  análises  de  fluidos  produzidos,  identificando  os  poços  e  intervalos
amostrados, data, tipo de amostrador utilizado e local de coleta.
Os dados deverão ser sistematizados em Tabelas de Dados de Fluidos Produzidos, de acordo com a
natureza dos fluidos, onde deverão constar todos os resultados das análises efetuadas pelo Concessionário.
6.4 Engenharia de Reservatórios
A  descrição  das  atividades  de  Engenharia  de  Reservatórios  deve  conter  informações  que  permitam
avaliar se a estratégia de explotação do campo foi concebida de forma a assegurar a recuperação otimizada
dos  reservatórios.  Para  isso,  devem  ser  explicitados  os  mecanismos  primários  de  produção,  a  utilização  de
processos de manutenção de pressão ou de recuperação melhorada, bem como devem ser apresentados os
resultados dos estudos de reservatórios realizados.
6.4.1  Descrever  o  mecanismo  primário  de  recuperação,  quando  se  tratar  de  um  horizonte  ainda  não
explotado.
6.4.1.1  No  caso  de  mecanismo  de  capa  de  gás  ,  indicar  o  volume  da  capa  e  identificar  as  áreas  do
reservatório mais sensíveis à depleção da capa, baseado no modelo de reservatório utilizado.
Apresentar  também  uma  análise  de  sensibilidade  indicando  as  vazões  máximas  de  produção
admissíveis para que não haja decréscimo na recuperação final do reservatório.
6.4.1.2 No caso de mecanismo de influxo de água, descrever as características básicas do aqüífero, sua
extensão e capacidade (potencial), baseado no modelo de reservatório utilizado.
Apresentar  também  uma  análise  de  sensibilidade  indicando  as  vazões  máximas  de  produção
admissíveis para evitar cone de água e diminuição da recuperação final esperada para o reservatório.
6.4.2  Se  for  necessário  o  emprego  de  manutenção  de  pressão  do  reservatório  através  de  injeção  de
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água ou gás, descrever os aspectos relevantes desse processo de recuperação, enfatizando:
a) zonas ou intervalos sujeitos à injeção de fluidos;
b) possíveis problemas de injetividade, incluindo resultados de estudos de compatibilidade de água de
injeção e da formação e tratamento a ser empregado;
c) malha de drenagem;
d) uso de poços não convencionais.
6.4.3 Caso métodos de recuperação melhorada de petróleo sejam empregados, descrever os aspectos
relevantes do processo, destacando:
a) método a ser utilizado;
b) áreas do reservatório a serem submetidas à recuperação melhorada;
c) malha de drenagem;
d) uso de poços não convencionais.
6.4.4  Apresentar  informações  sobre  o  Estudo  de  Reservatório  realizado,  descrevendo  o  modelo  de
caracterização de reservatórios utilizado e as características básicas da simulação de fluxo efetuada.
6.4.4.1 Quanto à caracterização do reservatório, incluir informações sobre:
a) estudos de geofísica de reservatórios;
b)  técnicas  empregadas  de  mudança  de  escala  para  obter  as  propriedades  permo­porosas  do
reservatório a nível da malha de simulação;
c) tratamento das curvas de permeabilidade relativa;
d) mapas de saturações iniciais de petróleo, água e gás natural.
6.4.4.2 Quanto à simulação de fluxo, incluir informações sobre:
a) tipo de simulador empregado;
b) tipo de malha de simulação usada, acrescentando número e dimensões das células de simulação;
c) índice de produtividade dos poços: método de determinação e valores utilizados;
d) descrição das características especiais da simulação de reservatório que foram consideradas, como,
por  exemplo,  emprego  de  densidade  (grau  API)  variável  do  petróleo,  refinamento  localizado  de  malha,
acoplamento com simuladores de escoamento multifásico em poços e linhas, etc.
e) critérios para fechamento (abandono) de poços utilizados na simulação.
6.4.4.3 Se for empregada simulação composicional, acrescentar informações sobre os componentes e
os parâmetros críticos do escoamento considerados.
6.4.4.4 Quando se tratar de desenvolvimento complementar para adensamento de malha, uso de poços
não  convencionais  ou  processo  de  recuperação  melhorada,  acrescentar  informações  sobre  o  ajuste  de
histórico  de  produção  já  realizado  e  incluir  os  resultados  do  mesmo  na  forma  de  gráfico  de  produção
acumulada de petróleo, água e gás versus tempo.
6.4.4.5 Comentar os resultados da simulação realizada, descrevendo os fatores críticos que influenciam
a eficiência de recuperação nas zonas consideradas.
Incluir também mapas zonais de saturação remanescente de óleo e gás no abandono.
6.5 Metodologia de Gerenciamento de Reservatórios
Descrever  a  metodologia  proposta  para  o  acompanhamento  do  desempenho  dos  reservatórios,
incluindo:
a) procedimentos de registros de pressão;
b) procedimentos de coleta de fluidos;
c) medição de vazões poço a poço;
d) periodicidade dos testes de produção.
 
7. Reservas
 
7.1 Volumes in­situ
Discriminar,  por  reservatório,  os  volumes  in­situ  de  petróleo,  condensado  estabilizado  e  gás  natural.
Expressar os volumes de líquido e de gás em milhões de metros cúbicos, expressando os valores com três
casas decimais.

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7.1.1 Informar separadamente os volumes in­situ de gás associado em solução, gás livre associado, gás
não associado.
7.2 Reservas
Discriminar, por reservatório, as reservas provadas e totais de petróleo, condensado estabilizado e gás
natural.  Expressar  as  reservas  de  líquidos  em  metros  cúbicos  e  as  reservas  de  gás  em  milhares  de  metros
cúbicos.
7.2.1  As  reservas  de  gás  associado  em  solução,  gás  livre  associado,  gás  não  associado  devem  ser
informadas separadamente.
7.2.2 Descrever o método empregado para a estimativa de reservas.
7.3 Produções acumuladas
Quando  se  tratar  de  desenvolvimento  complementar,  informar  as  produções  acumuladas  de  petróleo,
condensado  estabilizado  e  gás  natural,  bem  como  o  fator  de  recuperação  prévia  de  cada  reservatório.
Expressar  as  produções  acumuladas  de  líquidos  em  metros  cúbicos  e  as  de  gás  em  milhares  de  metros
cúbicos.
7.4 Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural
Os  volumes  discriminados  nos  subitens  7.1,  7.2  e  7.3  devem  ser  determinados  de  acordo  com  o
Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural da ANP.
 
8. Previsão de Produção e Movimentação de Fluidos
 
8.1 Previsão de Produção
Devem  ser  apresentados  os  resultados  do  estudo  de  reservatórios  como  a  previsões  de  produção  e
injeção de fluidos e comportamento hidrodinâmico dos reservatórios, conforme discriminado a seguir:
8.1.1  Apresentar  as  previsões  de  produção  e  injeção  de  fluidos  em  todo  o  campo,  de  acordo  com  o
detalhamento a seguir:
a) curvas de vazões de produção de petróleo, água e gás (associado e não associado) contra tempo;
b) curvas de produção acumulada de petróleo, água e gás (associado e não associado) contra tempo;
c) curvas de vazões de injeção de água e de gás natural contra tempo;
d) curvas de injeção acumulada de água e gás natural contra tempo;
e) curva de fator de recuperação do campo contra tempo;
f) curva de pressão contra tempo.
8.1.2 Acrescentar também tabela com valores anuais de vazões médias de produção de petróleo, água
e gás natural e vazões médias de injeção de água e gás natural, referentes a todo o campo.
8.1.3 Para cada reservatório do campo, apresentar tabelas contendo valores anuais médios de:
a) vazão de produção de petróleo, água e gás natural;
b) vazão de injeção de água e gás natural;
c) razão gás­petróleo;
d) razão água­petróleo;
e) pressão estática do reservatório;
f) fator de recuperação do reservatório.
8.1.3.1 Quando especificidade de projeto e/ou características físicas do reservatório não permitirem uma
discriminação conforme solicitado, o concessionário poderá agrupar as informações constantes deste item por
conjunto de reservatórios justificando as razões para tal.
8.1.4 Para o principal reservatório do campo, apresentar mapas de saturação de petróleo, água e gás
natural  em  diferentes  tempos  ao  longo  da  vida  do  campo,  obtidos  através  da  simulação  numérica  de
reservatórios, quando o seu uso for recomendado.
8.1.5 Expressar as grandezas mencionadas acima nas seguintes unidades:
a) vazões de produção e injeção de líquidos: metros cúbicos por dia;
b) vazões de produção e injeção de gás: milhares de metros cúbicos por dia;
c) produção ou injeção acumulada de líquido: metros cúbicos;
d) produção ou injeção acumulada de gás: milhares de metros cúbicos;
e) pressão: quilograma­força por centímetro quadrado.
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8.2 Previsão de Movimentação de Fluidos
Descrever a movimentação de gás natural no campo, discriminando os volumes previstos anualmente
para bombeamento pneumático (gas lift), consumo interno, perdas e queimas.
8.2.1 Se o campo possuir mais de uma unidade de produção, informar os volumes descritos acima para
cada unidade separadamente.
8.2.2 Apresentar justificativas para a previsão de queima de gás natural.
 
9. Poços
 
9.1 Perfuração
A  descrição  das  atividades  de  perfuração  deve  conter  informações  sobre  o  tipo,  características
geométricas e localização geográfica dos poços, conforme discriminado a seguir. Devem ser incluídos, além
disso, os aspectos relevantes das operações de perfuração e completação.
9.1.1 Apresentar um mapa estrutural e um mapa de isópacas total do principal reservatório do campo,
ambos contendo a posição geográfica esperada dos poços. No caso de poços marítimos, incluir as cartas de
isóbatas.
9.1.2 Incluir uma Tabela de Dados de Poços, contendo as seguintes informações para cada poço a ser
perfurado:
a) profundidades vertical e medida previstas;
b) coordenadas geográficas previstas do objetivo e da cabeça de poço;
c) classificação por categoria e tipo, conforme Regulamento Técnico de Codificação de Poços da ANP;
d) índice de produtividade/injetividade esperado.
9.1.3 Informar, complementarmente, os aspectos relevantes previstos sobre a perfuração de poços, tais
como:  perfuração  de  zonas  críticas  (camadas  de  sal,  zonas  de  alta  temperatura  e  pressão,  etc.),
profundidades  elevadas,  características  especiais  de  cimentação,  poços  não  convencionais,  perfuração  sub­
balanceada, uso de fluidos especiais, dentre outros.
9.2 Completação
A descrição das atividades de completação deve conter informações sobre os equipamentos de poço e
de superfície, bem como enfocar aspectos relevantes das operações de completação, conforme discriminado
a seguir.
9.2.1  Incluir  informações  sobre  as  colunas  de  produção  para  cada  tipo  de  poço  citado  na  Tabela  de
Dados de Poços descrita no item 9.1.2.
9.2.2 Descrever os equipamentos de cabeça de poço a serem utilizados, com destaque para as árvores
de  natal.  Apresentar  suas  principais  características  técnicas  e  descrever  seu  mecanismo  de  acionamento
remoto, no caso de completação submarina.
9.2.3 Descrever, se pertinente, as características básicas dos equipamentos utilizados para contenção
da produção de areia, notadamente seu efeito no comportamento hidrodinâmico dos poços.
9.2.4  Apresentar  os  aspectos  relevantes  previstos  na  completação  de  poços,  tais  como:  completação
múltipla, uso de métodos ou equipamentos especiais, uso de fluidos especiais, dentre outros.
9.3 Elevação Artificial
A  descrição  da  elevação  artificial  deve  enfocar  os  métodos  de  bombeamento  a  serem  empregados,
destacando­se suas características básicas e principais componentes.
9.3.1  Descrever  as  características  relevantes  dos  métodos  de  elevação  artificial  a  serem  empregados
incluindo,  para  cada  tipo  de  poço  citado  na  Tabela  de  Dados  de  Poços  descrita  no  item  9.1.2,  informações
sobre o tipo de método de elevação e a época prevista para sua instalação e operação.
9.3.2 Indicar se há previsão de mudanças de método de elevação artificial ao longo da vida produtiva do
campo.
 
10. Sistema De Coleta Da Produção
 
A  descrição  do  sistema  de  coleta  da  produção  deve  incluir  informações  sobre  seus  principais
componentes:  linhas,  manifolds,  risers  e,  caso  previsto,  equipamentos  de  bombeamento  multifásico  e
separação submarina que não façam parte da unidade de processamento primário de petróleo e gás natural.
10.1 Linhas
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Apresentar as características principais das linhas de produção e injeção de fluidos, linhas auxiliares e
umbilicais, bem como descrever aspectos relevantes de sua instalação e operação.
10.1.1 Apresentar as principais características técnicas das linhas de produção e de injeção, incluindo
tipo (rígida ou flexível), comprimento, diâmetro, condições de operação e tipos de revestimentos.
10.1.2 Se métodos de recuperação melhorada de petróleo forem empregados, acrescentar informações
sobre requisitos específicos das linhas de produção e injeção para movimentação de fluidos especiais como
nitrogênio, gás carbônico, vapor d’água, polímeros e outros.
10.1.3 Informar sobre o emprego de linhas auxiliares para limpeza através de pigs e linhas de gás lift,
apresentando suas principais características técnicas.
10.1.4  No  caso  de  completação  submarina,  acrescentar  informações  sobre  umbilicais  a  serem
empregados, descrevendo suas principais características técnicas.
10.1.5  Descrever  sucintamente  as  técnicas  a  serem  utilizadas  para  o  lançamento  das  linhas
submarinas.
10.2 Risers
Descrever  os  diversos  tipos  de  riser  que  serão  utilizados  e  apresentar  suas  principais  características
técnicas (diâmetro, comprimento, pressão de trabalho, catenária, trecho apoiado no fundo).
10.3 Manifolds
Quantificar  e  descrever  os  manifolds  (produção  e  injeção)  a  serem  instalados,  apresentando  as  suas
principais características técnicas.
10.4 Estações de Bombeamento Multifásico
Descrever,  se  pertinente,  as  estações  de  bombeamento  multifásico  a  serem  instaladas  e  apresentar
suas principais características técnicas.
10.5 Estações de Separação Submarina
Descrever,  se  pertinente,  as  estações  de  separação  submarina  a  serem  instaladas  e  apresentar  suas
principais características técnicas.
 
11. Unidades De Produção
 
A descrição das unidades ou estações de produção deve conter informações sobre sua localização na
área  de  concessão,  características  construtivas  e  capacidade  de  processamento  e  estocagem  de  petróleo  e
gás natural, conforme abaixo discriminado.
11.1 Para as unidades marítimas de produção, incluir as seguintes informações:
a)  tipo  de  unidade  (plataforma  fixa,  plataforma  semi­submersível,  navio  de  produção,  plataforma  de
pernas atirantadas, plataforma tipo Spar, etc.);
b) localização aproximada e lâmina d’água média (aproximada) onde será instalada;
c) capacidade de processamento primário de petróleo e gás natural;
d) capacidade de armazenamento de petróleo;
e) capacidade de compressão de gás natural.
11.2 Se forem utilizadas monobóias articuladas para acoplamento com navio de produção, descrever
suas características principais.
11.3 No caso de unidades flutuantes de produção, descrever o sistema de amarração e ancoragem a
ser adotado, destacando suas principais características.
11.4 Para estações coletoras terrestres, incluir as seguintes informações:
a) localização aproximada;
b) área a ser ocupada, em m²;
c) capacidade de processamento primário de petróleo e gás natural;
d) capacidade de armazenamento de petróleo;
e) capacidade de compressão de gás natural.
 
12. Processamento De Fluidos E Utilidades
 

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A descrição do processamento dos fluidos e utilidades existentes em unidades de produção terrestres
ou  marítimas  deve  conter  informações  sobre  as  instalações  e  processos  de  separação  e  tratamento  dos
fluidos produzidos, sistemas de injeção de fluidos, tratamento de efluentes e sobre as utilidades necessárias
aos processos empregados.
12.1 Processamento Primário
processamento primário compreende as atividades de separação e tratamento a que são submetidos o
petróleo e o gás natural provenientes dos reservatórios produtores de um ou mais campos e processados nas
unidades de produção.
12.1.1  Para  cada  uma  das  estações  coletoras  terrestres  ou  unidades  de  produção  marítima,  deve  ser
apresentado um fluxograma do processamento primário, incluindo o seguinte:
a) os equipamentos que compõem o processamento primário (separadores, purificadores e tratadores);
b) balanço de materiais simplificado contendo as vazões, pressões e temperaturas de todos os fluxos;
c) as principais características do sistema de compressão indicando suas finalidades (injeção, coleta de
baixa pressão, recuperação de vapores, gas lift e transferências).
12.1.2 Para cada uma das unidades de tratamento de gás natural, deve ser apresentado o seguinte:
a) tipo de processo utilizado no tratamento;
b) fluxograma de processo da unidade;
c) balanço de materiais simplificado contendo vazões, pressões e temperaturas de todas os fluxos.
12.2 Sistema de Injeção de Fluidos
A descrição do sistema de injeção de fluidos deve conter informações sobre as instalações e processos
de tratamento de fluidos para fins de recuperação secundária ou melhorada de hidrocarbonetos.
12.2.1 Injeção de água
Se estiver prevista a manutenção da energia dos reservatórios através de injeção de água, fornecer as
seguintes informações:
a) origem da água de injeção (captação, indicando sua fonte ou água produzida);
b) principais características físico­químicas da água de injeção;
c) características principais dos equipamentos de tratamento de água para injeção;
d) tancagem do sistema de estocagem de água;
e) principais características do sistema de bombeamento.
12.2.2 Injeção de gás natural
Se  for  utilizada  injeção  de  gás  natural  para  recuperação  secundária  ou  estocagem  em  subsuperfície
descrever  as  principais  características  do  sistema  de  compressão  quando  os  equipamentos  constituírem
instalações específicas para injeção.
12.2.3 Injeção de vapor d’água
No caso de utilização de processo de injeção de vapor d’água para recuperação melhorada de petróleo,
apresentar as seguintes informações sobre:
a) características principais do sistema de geração de vapor;
b) título, vazão e pressão de injeção de vapor;
c) as principais carcterísticas do sistema de tratamento de água para geração de vapor;
d) fonte de captação de água e suas principais características (vazão, temperatura).
12.2.4 Injeção de líquidos para recuperação melhorada
Quando  houver  recuperação  melhorada  de  petróleo  através  da  injeção  de  polímeros,  tensoativos  ou
outras  substâncias  em  solução  aquosa,  acrescentar  as  informações  referentes  à  captação  e  manuseio  de
água necessária ao processo, conforme descrito no item 12.2.1 acima, bem como descrever as características
principais das unidades de tratamento desses fluidos de injeção.
12.2.5 Injeção de gases para recuperação melhorada
Se  forem  empregados  métodos  de  recuperação  melhorada  através  da  injeção  de  gás  carbônico,
nitrogênio ou outros gases, apresentar as seguintes informações:
a) fontes de obtenção do gás para injeção;
b) principais características do sistema de tratamento ou geração do gás para injeção;
c) principais características do sistema de compressão.
12.3 Utilidades

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A descrição dos sistemas de utilidades existentes nas unidades de produção e demais instalações nas
áreas  de  concessão  deve  incorporar  informações  sobre  água  industrial,  energia  elétrica,  vapor  d’água  e
combustíveis a serem utilizados.
12.3.1 Água industrial
Incluir as seguintes informações sobre a utilização de água industrial nas instalações do campo:
a) fonte de captação de água;
b) sistema de tratamento de água industrial, se previsto para ser instalado na área de concessão.
12.3.2 Energia elétrica
Informar sobre o sistema de energia elétrica existente ou a ser instalado na área de concessão; se for
utilizado  sistema  próprio  de  geração  de  eletricidade,  descrever  as  principais  características  do  sistema  de
geração.
12.3.3 Vapor d’água
Informar sobre a disponibilidade de vapor d’água nas instalações de produção, para fins de limpeza e
manutenção industrial; caso sejam previstos geradores de vapor específicos para essas finalidades, descrever
suas principais características.
12.3.4 Combustíveis
Incluir  informações  sobre  o  tipo  de  combustível  a  ser  utilizado  em  cada  sistema  de  utilidade  e  as
previsões de volumes a ser consumidos. Indicar se o combustível a ser utilizado será oriundo da produção do
próprio campo e, neste caso, as fases previstas para o início de sua utilização.
12.4 Tratamento de Efluentes
A  descrição  do  sistema  de  tratamento  de  efluentes  deve  conter  informações  sobre  os  processos  de
tratamento e os métodos de descarte de efluentes a serem adotados.
12.4.1  Descrever  as  principais  características  dos  processos  de  tratamento  de  água  oleosa  e  demais
substâncias poluentes a serem utilizados, incluindo as seguintes informações sobre:
a)  equipamentos  específicos  de  tratamento  como  caixa  API,  flotadores,  separadores  centrífugos  e
outros;
b) tancagem para estocagem dos efluentes;
c) principais características do sistema de transferência de efluentes;
d) produtos químicos utilizados no tratamento.
12.4.2 Descrever as principais características dos processos de tratamento de borras oleosas, incluindo
informações sobre o uso de instalações e equipamentos especiais e a utilização de produtos químicos.
12.4.3  Apresentar  informações  sobre  os  métodos  de  descarte,  previsão  de  quantidades  a  descartar  e
locais de disposição final de efluentes e resíduos.
12.4.4  Apresentar  um  fluxograma  do  sistema  de  tratamento  e  descarte  de  efluentes  ou  incluí­lo  no
fluxograma do processamento primário descrito no item 12.1.1.
12.5 Compartilhamento de Instalações
Indicar  a  existência  de  instalações  de  processamento  primário,  de  sistemas  de  injeção  de  fluidos,  de
utilidades e tratamento de efluentes ou quaisquer outros tipos de instalações compartilhadas por dois ou mais
campos, pertencentes ou não a concessões distintas.
 
13. Sistema De Escoamento Da Produção
 
A descrição do Sistema de Escoamento da Produção deve enfocar as movimentações de petróleo e gás
natural  provenientes  das  unidades  de  processamento  primário  até  a  disponibilização  desses  produtos  para
unidades externas à área de concessão.
13.1 Dutos de escoamento
Descrever as características principais de oleodutos e gasodutos a serem utilizados para o escoamento
do petróleo e gás tratados e apresentar os aspectos relevantes de sua instalação e operação.
13.1.1  Apresentar  as  características  técnicas  dos  oleodutos  e  gasodutos  a  serem  utilizados,  incluindo
tipo (linhas rígidas ou flexíveis), capacidade nominal, comprimento e diâmetro.
13.1.2  Se  as  linhas  forem  revestidas  termicamente,  incluir  dados  sobre  os  revestimentos  térmicos  a
serem empregados.
13.1.3  Descrever  sucintamente  as  técnicas  a  serem  utilizadas  para  o  lançamento  de  oleodutos  e
gasodutos.
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13.2Bombas e compressores
Descrever as principais características de unidades das bombeamento de petróleo e de compressão de
gás natural a serem instaladas na área de concessão.
13.2.1  Apresentar  as  principais  características  do  sistema  de  bombeamento  para  a  transferência  de
petróleo.
13.2.2 Apresentar as principais características do sistema de compressão de gás natural.
13.3 Unidades de armazenamento
Descrever as principais características das unidades de armazenamento de fluidos a serem instaladas
ou existentes na área de concessão.
13.3.1 Em campos terrestres, apresentar informações sobre a tancagem necessária ao armazenamento
de petróleo.
13.3.2  Em  campos  marítimos,  informar  a  capacidade  de  armazenamento  de  petróleo  existente  nas
unidades de produção.
13.3.3  Em  campos  marítimos,  se  forem  utilizados  navios  cisternas  para  armazenamento  da  produção,
incluir as seguintes informações:
a) capacidade de armazenamento;
b) lâmina d’água média (aproximada) de instalação da unidade;
c) principais características do sistema de ancoragem a ser utilizado;
d) principais características da monobóia a ser instalada.
13.4 Unidades móveis de escoamento
Se o escoamento da produção de petróleo e gás natural não for executado através de dutos, informar a
modalidade de transferência a ser empregada, como o uso de carretas, navios e barcaças.
14. Sistema De Medição
Os  sistemas  de  medição  devem  ser  projetados  conforme  requisitos  do  Regulamento  Técnico  de
Medição de Petróleo e Gás Natural da ANP/INMETRO.
14.1 As seguintes informações deverão ser apresentadas no Plano de Desenvolvimento:
a)  Diagrama  esquemático  das  instalações  de  produção,  indicando  as  principais  correntes  de  petróleo,
gás  natural  e  água,  a  localização  dos  pontos  de  medição  fiscal  da  produção  e  os  pontos  de  medição  para
controle operacional;
b) Indicar as medições compartilhadas entre campos e apresentar os procedimentos de medição.
15. Garantia De Escoamento
Devem ser informadas as condições de garantia de escoamento de petróleo e gás natural em poços e
linhas quando houver previsão de ocorrência de problemas operacionais decorrentes da natureza dos fluidos
produzidos e das formações.
15.1  Nos  poços  e  sistemas  de  coleta  e  escoamento  da  produção,  descrever,  se  pertinente,  as
possibilidades de:
a) deposição de sólidos orgânicos e inorgânicos;
b) corrosão acentuada provocada por componentes específicos dos fluidos produzidos;
c) erosão de equipamentos provocada por produção de areia.
15.2 Descrever, complementarmente, as medidas a serem adotadas para eliminação ou mitigação das
ocorrências indesejáveis listadas acima.
16. Mapeamento Do Sistema De Produção
Deve ser apresentado um mapa com o arranjo de todos os poços, linhas e instalações do sistema de
produção concebidos contendo:
16.1 Mapeamento dos Poços
Apresentar  o  mapeamento  da  posição  das  cabeças  do  poços  produtores,  injetores  e  poços  especiais,
com suas respectivas simbologias.
16.2 Mapeamento do Sistema de Coleta
Apresentar  o  mapeamento  do  traçado  esperado  para  as  linhas  do  sistema  de  produção,  injeção  e
gas  lift,  manifolds  (incluindo  os  especiais),  estações  submarinas  de  bombeamento  ou  separação  e  demais
equipamentos do sistema.
16.3 Mapeamento das Unidades de Produção
Apresentar  a  área  de  concessão  contendo  a  localização  aproximada  das  unidades  marítimas  de
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produção,  navios  cisternas,  monobóias,  etc.  ou  das  estações  coletoras  terrestres.  No  caso  de  campos
marítimos, acrescentar as linhas batimétricas.
16.4 Mapeamento do Sistema de Escoamento da Produção
Apresentar  a  localização  das  instalações  destinadas  ao  armazenamento  de  fluidos  e  o  traçado  dos
dutos de escoamento e transferência.
17. Segurança Operacional E Preservação Ambiental
Enumeram­se  os  aspectos  relevantes  do  ponto  de  vista  de  segurança  operacional  e  preservação
ambiental como procedimentos de gerenciamento de risco, resposta a emergências, manuseio de substâncias
tóxicas  e  perigosas,  garantia  de  integridade  estrutural  de  equipamentos,  minimização  de  impactos  diretos,
conservação de recursos naturais e preservação de ecossistemas sensíveis, dentre outros.
17.1  Descrever  as  bases  conceituais  adotadas  para  o  gerenciamento  de  risco  das  instalações  do
campo.
17.2 Definir, em linhas gerais, os procedimentos e as ações para resposta a emergências.
17.3  Descrever,  em  linhas  gerais,  o  planejamento  de  inspeção  e  manutenção  dos  principais
componentes do sistema de produção de modo a garantir a sua integridade estrutural.
17.3.1  Em  campos  marítimos,  incluir  as  estruturas  flutuantes  ou  fixas,  sistemas  de  amarração,  os
principais equipamentos de plantas de processo e de utilidades, linhas e equipamentos submarinos.
17.3.2 Para os campos terrestres, incluir as linhas de produção e injeção, equipamentos de cabeça de
poço  e  os  principais  equipamentos  das  plantas  de  processo,  utilidades,  estocagem  e  tratamento  de  fluidos
para injeção ou recuperação melhorada de petróleo.
17.4  Descrever,  em  linhas  gerais,  os  procedimentos  para  garantir  a  segurança  operacional  em
atividades que incluam o manuseio de substâncias tóxicas ou perigosas.
17.4.1  Especificar  os  procedimentos  para  destinação  final  de  incrustações  radioativas,  caso  a
possibilidade de ocorrência possa ser prevista na fase de desenvolvimento.
17.5  Enumerar  as  especificações  dos  fluidos  de  perfuração  a  serem  utilizados  nos  poços  de
desenvolvimento, principalmente quanto aos níveis de toxicidade.
17.6  Indicar  as  áreas  das  instalações  de  produção  que  requerem  classificação  especial,  tais  como:
áreas  para  instalação  de  equipamentos  elétricos,  áreas  de  proteção  contra  incêndio,  áreas  que  requerem
estabelecimento de procedimentos especiais de trabalho.
17.7 Para operações no mar, descrever, em linhas gerais, os métodos e práticas adotados para:
a)  verificação  da  estabilidade  do  fundo  marinho  em  áreas  de  instalação  de  unidades  de  produção  e
equipamentos submarinos;
b) preservação de comunidades bióticas de fundo em decorrência do lançamento de linhas, ancoragem,
instalação de equipamentos e descarte de fluidos e cascalhos;
c) transposição de cânions, planícies e praias no lançamento de linhas;
d) realização das operações em águas rasas.
17.8 Em operações em terra, apresentar informações sobre medidas a serem adotadas visando a:
a) minimização do desmatamento;
b) minimização da movimentação de terra;
c) prevenção de erosão.
17.9  Em  operações  em  terra,  apresentar  informações  sobre  os  sistemas  de  contenção  de
derramamentos  a  ser  empregados,  bem  como  descrever,  em  linhas  gerais,  as  medidas  de  prevenção  e
remediação previstas.
17.10 Em operações em terra, descrever também, em linhas gerais, as seguintes medidas:
a)  minimização  dos  riscos  de  danos  às  populações  locais,  especialmente  nas  reservas  indígenas  e
isolados populacionais;
b) de conservação dos recursos naturais, incluindo aqüíferos e cursos d´água;
c) de prevenção de danos aos ecossistemas sensíveis.
 
18. Desativação Do Campo
 
A  descrição  da  desativação  do  campo  deve  enfocar  o  planejamento  das  operações  de  abandono  de
poços,  remoção  ou  desativação  de  instalações  de  produção  e  reabilitação  de  áreas  terrestres,  bem  como
prever os mecanismos para disponibilização de fundos necessários à desativação.
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18.1 O abandono temporário ou definitivo de poços de produção deve ser executado em consonância
com o Regulamento Técnico de Abandono de Poços da ANP.
18.2 Descrever os procedimentos aventados para remoção das linhas e equipamentos dos sistemas de
coleta e escoamento da produção.
18.3  Em  campos  marítimos,  descrever  os  procedimentos  aventados  para  remoção  ou  desativação  de
plataformas fixas de produção.
18.4 Em campos terrestres, descrever os procedimentos a ser empregados para:
a) desativação das unidades de produção;
b) reabilitação da área da unidade;
c) reabilitação das áreas de locação de poços.
18.5 Definir os critérios para provisão de fundos necessários para a desativação do campo.
 
19. Cronograma De Atividades
 
Apresentar  um  cronograma  de  atividades  físicas  do  desenvolvimento  do  campo,  discriminando  cada
uma das seguintes atividades:
a) levantamento geológico, geofísico e geoquímico;
b) perfuração de poços;
c) completação de poços;
d) instalação do sistema de coleta da produção;
e) instalação das unidades de produção;
f) instalação do sistema de escoamento da produção.
19.1 Se for utilizado desenvolvimento modular, o cronograma de atividades físicas deve ser
apresentado separadamente para cada módulo.
19.2  Se  o  desenvolvimento  do  campo  incluir  uma  ou  mais  etapas  piloto  de  produção  antecipada,
discriminar separadamente as atividades físicas de cada projeto piloto.
19.3  No  item  do  cronograma  referente  à  instalação  do  sistema  de  coleta  da  produção,  discriminar  as
seguintes atividades:
a) projeto de equipamentos especiais;
b) construção e instalação de equipamentos do sistema;
c) lançamento e interligação de linhas de produção e injeção.
19.4 No item do cronograma referente a unidades de produção, discriminar separadamente para cada
unidade as seguintes atividades:
a) projeto de engenharia;
b) construção e montagem;
c) instalação da unidade.
19.4.1 Se o desenvolvimento do campo exigir o emprego de métodos de recuperação secundária ou de
recuperação  melhorada  de  petróleo  em  datas  posteriores  ao  início  da  produção,  indicar  no  cronograma  a
previsão  de  construção,  montagem  e  instalação  das  plantas  necessárias  à  aplicação  dos  métodos  em
consideração.
19.5  No  item  referente  ao  sistema  de  escoamento  da  produção,  discriminar  separadamente  as
seguintes atividades:
a) projeto de equipamentos especiais;
b) construção e instalação de equipamentos do sistema;
c) lançamento e interligação de oleodutos;
d) lançamento e interligação de gasodutos.
19.5.1  No  caso  de  produção  marítima,  se  o  sistema  de  escoamento  da  produção  utilizar  navios
cisternas atracados a monobóias, discriminar as seguintes atividades:
a) projeto de engenharia;
b) construção e montagem;
c) instalação dos equipamentos.
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19.6 Deve ser incluído no cronograma a previsão de início de produção do campo ou de cada módulo
se for utilizado o desenvolvimento modular.
 
20. Análise De Viabilidade Econômica
 
A  economicidade  de  um  projeto  de  desenvolvimento  é  de  arbítrio  da  concessionária,  cabendo  a  ela
exclusivamente a decisão de entrar na fase de produção. Para permitir o acompanhamento técnico econômico
do projeto, assim como a verificação por parte da ANP da compatibilidade dos programas apresentados com o
volume  de  investimentos  envolvidos,  o  Plano  de  Desenvolvimento  deve  ser  acompanhado  de  um  estudo  de
viabilidade  econômica  do  projeto.  Tal  estudo  deve  informar  as  premissas  básicas  consideradas,  o  fluxo  de
caixa e os indicadores econômicos.
20.1 Premissas Básicas
Devem ser informadas as premissas e dados básicos do estudo, dentre outros os preços de petróleo e
gás natural adotados, a data base dos preços, a vida útil do projeto, a taxa de câmbio utilizada e o custo de
oportunidade para remuneração do capital.
20.2 Análise Econômica
estudo em pauta deve mostrar um fluxo de caixa anual contendo os seguintes itens:
20.2.1 Receita bruta
Informações  sobre  as  receitas  anuais  a  serem  auferidas  com  a  comercialização  da  produção  de
petróleo e gás natural.
As receitas devem ser discriminadas, se for o caso, por pilotos ou por módulos de produção.
20.2.2 Investimento
Os  investimentos  devem  ser  discriminados  por  componentes  do  sistema  de  produção,  conforme
detalhamento a seguir:
a) levantamento geológico, geofísico e geoquímico,
b) estudos e projetos,
c) perfuração,
d) completação,
e) sistema de coleta da produção,
f) unidade de produção,
g) sistema de escoamento da produção.
20.2.2.1  Quando  for  utilizado  desenvolvimento  modular  ou  projeto  piloto  de  produção  antecipada,  os
investimentos  devem  ser  discriminados  por  módulo  de  produção  ou  por  projeto  piloto,  de  acordo  com  o
detalhamento apresentado acima.
20.2.2.2  Considerar  também  os  reinvestimentos  durante  toda  a  vida  do  projeto  e  o  valor  residual  dos
bens não reversíveis à União.
20.2.2.3  Para  os  sistemas  de  coleta  e  escoamento  da  produção,  discriminar  os  investimentos
necessários à aquisição de seus componentes descritos nos capítulos 10 e 13, respectivamente.
20.2.2.4  Para  unidades  marítimas  de  produção,  discriminar  os  investimentos  necessários  à  aquisição
das estruturas fixas ou flutuantes, sistemas de ancoragem e amarração e plantas de processamento de fluidos
e utilidades.
20.2.3 Custos Operacionais
Os custos operacionais devem ser discriminados conforme os seguintes agrupamentos:
a)  custos  de  alugueis  e  arrendamentos  mercantis  de  unidades,  identificando  e  descrevendo  os
componentes sujeitos a essa modalidade;
b) pagamentos pela retenção de área de concessão;
c) participação dos superficiários;
d) demais custos operacionais.
20.2.4 Custos de Desativação do Campo
Informar os custos previstos para a desativação do campo, em estrita concordância com o planejamento
de operações descrito no capítulo 18, discriminando­os por:
a) abandono de poços;

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b) remoção de linhas e equipamentos de sistemas de coleta e escoamento da produção;
c) desativação das unidades de produção;
d) reabilitação das áreas de produção.
20.2.5 Tributos
Apresentar  os  tributos  incidentes  sobre  os  resultados  operacionais  da  produção  de  petróleo  e  gás
natural, discriminados conforme os seguintes itens:
a) royalties;
b) participação especial;
c) imposto sobre o lucro operacional;
d) outros impostos.
20.3 Indicadores Econômicos
Como  resultado  do  estudo  devem  ser  apresentados  os  indicadores  econômicos  globais  do  projeto,
dentre outros:
a) valor presente líquido, para um cenário básico proposto pelo Concessionário e variações de 10% e
30%, para mais e para menos, do investimento total, do preço do petróleo e dos custos operacionais;
b) taxa interna de retorno, para um cenário básico proposto pelo Concessionário e variações de 10% e
30%, para mais e para menos, do investimento total, do preço do petróleo e dos custos operacionais;
c) tempo de retorno;
d) relação entre valor presente líquido e investimento atualizado;
e) número de empregos diretos a serem gerados no país ao longo da vida útil do projeto.
 
21. Revisões Requeridas
 
Qualquer  alteração  no  Plano  de  Desenvolvimento  já  aprovado,  deve  ser  comunicada  à  ANP,
acompanhada das razões que a motivou, bem como as variações ocorridas nos valores físicos e financeiros
do projeto.
21.1 As condições listadas a seguir implicam na obrigatoriedade de revisões detalhadas dos respectivos
capítulos do Plano de Desenvolvimento e aprovação da ANP:
a) Alteração na malha de drenagem;
b) Variação maior do que 10% no fator de recuperação final;
c)  Variação  maior  do  que  10%  no  volume  in­situ  de  petróleo  e  ou  gás  natural  campo  que  consta  da
última revisão aprovada do Plano de Desenvolvimento;
d) Acréscimo ou redução do número de reservatórios produtores;
e) Mudança do método de recuperação secundária;
f) Inclusão de métodos de recuperação melhorada;
g) Alteração do tipo ou do arranjo das unidades marítimas de produção;
h) Alteração do arranjo do sistema de coleta e escoamento da produção;
i) Aumento ou redução da quantidade de unidades marítimas de produção ou de estações coletoras;
j) Redução ou aporte adicional de recursos.
21.2 Qualquer alteração no Plano de Desenvolvimento já aprovado, motivada por razões diferentes das
listadas  no  subitem  anterior  e  que  ocasionem  variações  significativas  nos  valores  físicos  e  financeiros  do
projeto implicam em notificação prévia à ANP, acompanhada das respectivas causas devidamente justificadas.

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"Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União"

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