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CÁLCULO I - M
João Xavier da Cruz Neto
PRESIDENTE DA REPÚBLIC A
Luiz Inácio Lula da Silva
EQUIPE DE APOIO
Paulo Sérgio Marques dos Santos
Renan de Oliveira
Copyright © 2007. Todos os direitos desta edição estão reservados à Universidade Federal do Piauí (UFPI). Nenhuma parte deste material poderá ser
reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, do autor.
Inclui bibliografia
CDU: 32
APRESENTAÇÃO
UNIDADE 5. A Integral
5.1. Primitivas 143
5.2 Técnicas de Integração 145
5.3 Integral definida 150
5.4 Saiba mais 157
5.5 Exercícios 158
Referências Bibliográficas 165
U ni da
Unidade 1de 1
AA soc
sociolo
iologia
gia ee a
a
Soc Números
Sociolo
iolo gia da
gia da Edureais
Edu cação
caç ão
Resumo
Apresentamos uma breve revisão sobre conjuntos, com
ênfase no corpo dos números reais e suas
propriedades.
SUMÁRIO DA UNIDADE
1.1 CONJUNTOS
11
12
Figura 1.1: A ⊂ B
Exemplo 1.1.2. C = {1, 2, 3}, B = {1, 2, 3}. Neste exemplo bem trivial,
o leitor facilmente vê que os conjuntos C e D são iguais.
A ∪ B = {x ; x ∈ A ou x ∈ B}.
A ∩ B = {x ; x ∈ A e x ∈ B}.
16
A \ B = {x; x ∈ A e x ∈
/ B}.
Figura 1.3: A \ B
Exemplo 1.1.15. Z\N = {. . . , −3, −2, −1, 0}. O que você pode afirmar
de N \ Z?
A idéia de número é algo que intriga várias pessoas há séculos. Ob-
jeto de muita controvérsia entre os filósofos, os números já fazem
parte da nossa vida e às vezes nós trabalhamos com eles sem mesmo
atentarmo-nos para a sua existência. Antigamente, a palavra número
era apenas associada ao que hoje nós conhecemos serem os números
naturais. Afinal, antigamente estes eram os únicos conhecidos. E até
mesmo estes tiveram sua existência bastante questionada naquela
época. Somente com a atribuição e sı́mbolos a eles é que o homem
passou a aceitar satisfatoriamente a idéia de número.
Não deve ser nenhum desafio para o leitor dizer quando determi-
nado número fracionário representa uma decimal finita ou uma dı́zima
1
periódica. Por exemplo, o número representa uma decimal finita, a
4
1
saber, 0, 25. Também sabemos que o número racional representa
9
uma dı́zima periódica, a saber, 0, 111...
Sabemos que toda decimal finita e toda dı́zima periódica repre-
sentam números racionais. Não abordaremos com profundidade tal
assunto, pe dimos que o leitor procure em outras obras ou verifique
tais afirmações, como exercı́cio. Raciocinando desta maneira, alguém
poderia deduzir então que os irracionais são os números reais que não
podem ser representados por decimais finitas ou dı́zimas periódicas,
i. e., os irracionais são representados por decimais infinitas não-
periódicas. Ou seja, os números irracionais são aqueles que não con-
seguimos representar através de números decimais finitos ou através
√
de dı́zimas periódicas. Por exemplo, a representação de 2 com al-
gumas casas decimais é
1, 4142135623730950488016887242097...
α1 + β1 α2 + β2 α3 + β3
α+β =a+b+ + + + ....
10 102 103
Claro que não é tão simples assim somarmos dois números reais.
Na prática, é muito trabalhoso somarmos dois irracionais com aproximações
razoáveis. A multiplicação entre números reais é de explicação mais
complexa para o caso de números irracionais, mas lembramos que
podemos operar igualmente ao caso de números racionais. Pense
no fato de que sempre temos racionais próximos de qualquer irra-
cional desejado. Deixamos para o leitor os exercı́cios de formular
um raciocı́nio análogo ao que fizemos para o caso de bases difer-
entes da decimal e e explicar corretamente por que podemos dizer
que os números 1, 0 e 0, 999... representam o natural 1. Pense nisso
e raciocine também em casos como 0, 23 = 0, 22999.... Não nos apro-
fundaremos mais por acharmos que esta obra é apenas introdutória.
Terminaremos este apêndice com a seguinte seção:
1.2.2 AXIOMAS DE R
• Axiomas da adição
– Associatividade: a + (b + c) = (a + b) + c;
23
– Comutatividade: a + b = b + a;
• Axiomas da multiplicação
– Associatividade: a · (b · c) = (a · b) · c;
– Comutatividade: a · b = b · a;
• Axioma da distributividade: a · (b + c) = a · b + a · c.
ORDEM EM R
4. [x, y] = {z ∈ R; x ≤ z ≤ y};
5. (−∞, +∞) = R;
9. (−∞, y] = {z ∈ R; z ≤ y}.
1. A média aritmética
a+b
A(a, b) = ,
2
2. A média geométrica
√
G(a, b) = ab,
3. A média harmônica
2 2ab
H(a, b) = 1 1 = ,
a
+ b
a+b
Analogamente,
√
2
1 1 1 1 2 2ab
0≤ √ −√ = + −√ ⇒ ≤ ab
a b a b ab a+b
Portanto,
2ab a+b
H(a, b) × A(a, b) = × = ab. (1.2)
a+b 2
3 2×1×3 √ 1+3
a = 1, b = 3, = < 1×3 < = 2,
2 1+3 2
3 √
isto é, ≤ 3 ≤ 2.
2
3
Usando a relação (1.2), temos 3 = × 2 com
2
r
3 12 2 × 32 × 2 3 3
2
+2 7
a = , b = 2, = 3 < ×2< =
2 7 2
+2 2 2 4
12 √ 7
logo, ≤ 3≤ .
7 4
12 7
Repetindo mais uma vez o procedimento para 3 = × , e lem-
√ 7 4
brando que 3 ≈ 1.732050808, temos
168 √ 97
1, 731958763 ≈ ≤ 3≤ ≈ 1.732142857.
97 56
1.4 EXERCÍCIOS
b) A ⊂ B e B ⊂ C =⇒ A ⊂ C;
c) A ∪ A = A;
d) A ∪ B = A ⇔ B ⊂ A;
2. Idem para:
a) A ∩ A = A;
b) A ∩ B = A ⇔ A ⊂ B;
3. Mostre que:
a) A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C);
b) A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C).
b) A ⊂ B ⇔ B c ⊂ Ac ;
c) (A ∪ B)c = Ac ∩ B c .
6. Verifique as desigualdades:
1
a) x + ≤ 2, x < 0;
x
b) x2 + xy + y 2 ≥ 0. Sugestão: Verifique que, para todos x, y ∈
R∗ , temos que x < y ⇒ x3 < y 3 e analise o quociente
x3 − y 3
. O caso x = y é trivial, como também o caso de
x−y
termos variáveis nulas.
[6] http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/.
Acesso em 26/06/2008 às 09h40min.
29
U ni da
Unidade 2de 1
AA soc
sociolo
iologia
gia ee a
a
Funções
Soc
Soc iologia
iolo e Gráficos
gia da
da Educaç
Edu cação
ão
Resumo
Nesta unidade, introduzimos o estudo de funções,
mostrando a importância deste conceito, os exemplos
mais importantes, conhecendo suas características e
suas particularidades. Apresentamos as operações de
adição, multiplicação e divisão de funções, com as suas
principais propriedades.
Indicamos alguns livros mais avançados e links para o
aprofundamento de conteúdo.
SUMÁRIO DA UNIDADE
2.1 INTRODUÇÃO
32
33
dizer, f (x) não é uma relação, e sim um valor, uma imagem. Alguns
autores o fazem por comodidade, mas de maneira incorreta.
y 24
22
20
18
16
14
12
10
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
5
y
4
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1 x
-2
-3
-4
-5
2
-4
-4
-2
-2
z 0
0 0
2
y 2-2 x 4
4
-4
Deve fica claro para o leitor que nem sempre uma função admite
inversa, seja à direita ou à esquerda. Os detalhes necessários para
uma explicação suficiente serão omitidos aqui. Também uma função
pode possuir inversa à esquerda e não possuir inversa à direita, e
40
vice-versa. Como já foi dito, uma função é invertı́vel quando possui
inversas à esquerda e à direita. Quando estas existem simultanea-
mente, elas são iguais e recebem o nome de inversa da função em
questão. Uma função só é invertı́vel se ela for bijetiva.
y
2.0
1.5
1.0
0.5
4
y
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-1
-2
-3
-4
1
Figura 2.8: Gráfico de f (x) =
x
único ponto. Neste caso, dizemos que g possui uma única raiz
real. Vejamos as figuras:
5
y
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
Poderı́amos escrever
a lei de formação da nossa função da seguinte
x, se x ≥ 0
maneira: f (x) = . Para a construção do seu gráfico,
−x, se x < 0
então, basta construir os gráficos das funções
f˜ : R−− → R, f˜(x) = −x e f¯ : R+ → R, f¯(x) = x.
y
4
0
0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8 3.0 3.2 3.4 3.6 3.8 4.0 4.2 4.4 4.6
x
-3 -2 -1 1 2 3 4 5 6
x
-1
-2
1
Figura 2.21: Gráfico de h(x) =
2−x
y 10
-10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
x
-2
-4
-6
-8
3+x
Figura 2.22: Gráfico de h(x) =
x−5
49
50
y
40
30
20
10
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-10
-20
-30
-40
12 + x
Figura 2.23: Gráfico de h(x) =
x+1
y
10
-4 -2 2 4 6 8 10
x
-2
-4
-6
-8
-10
−1 − x
Figura 2.24: Gráfico de h(x) =
4−x
2.6
2.4
2.2
2.0
1.8
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
x
y
10
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
0
0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8 3.0 3.2 3.4 3.6 3.8 4.0 4.2 4.4 4.6 4.8 5.0
x
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
sen : R → R cos : R → R
seno cosseno
x 7→ sen x, x 7→ cos x
a) sen 0 = 0, cos 0 = 1;
sen (a + b) = sen a cos b + sen b cos a
cos (a + b) = cos a cos b − sen a sen b
b) ∀a, b ∈ R : ;
sen (a − b) = sen a cos b − sen b cos a
cos (a − b) = cos a cos b + sen a sen b
c) ∀x ∈ R : cos2 x + sen2 x = 1;
A partir das funções seno e cosseno, obtemos as demais, já que O leitor poderá
sen x 1 1 1 acessar, no sı́tio
tg x = , sec x = , cossec x = , cotg x = .
cos x cos x sen x tg x IMPA, perı́odo julho
de 2004 e janeiro
Fica como exercı́cio para o leitor a caracterização de tais funções. de 2005, vı́deos
Para completar, vejamos os gráficos dessas funções: sobre o ensino de
funções.
53
1.0
y
0.8
0.6
0.4
0.2
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1.0
1.0
y
0.8
0.6
0.4
0.2
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1.0
y
2.0
1.5
1.0
0.5
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
y
2.5
2.0
1.5
1.0
0.5
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
-2.5
y 2.5
2.0
1.5
1.0
0.5
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
-2.5
y 2.0
1.5
1.0
0.5
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
• Adição de funções
Dom(F ) ∩ Dom(G) 6= ∅,
• Multiplicação de funções
y
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
1.0
y
0.8
0.6
0.4
0.2
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1.0
• Divisão de funções
1
Exemplo 2.5.1. A função f : R \ {0} → R, f (x) = sen x
.
1
Figura 2.37: Gráfico de sen x
58
x2 sen 1
x
, se x 6= 0
Exemplo 2.5.2. O gráfico da função f (x) = ,
0, se x = 0.
está em vermelho e, para maior compreensão, compreendido entre os
gráficos de y = x2 e y = −x2 que correspondem aos valores assumi-
dos por f quando o seno vale ±1, respectivamente.
1
Figura 2.38: Gráfico de x2 sen
x
log(x)
Exemplo 2.5.3. A função f : R \ {0} → R, f (x) = x
.
log(x)
Figura 2.39: Gráfico de f (x) = x
59
2.6 EXERCÍCIOS
(a) O domı́nio de f ;
(a) f (x) = x
(b) f (x) = x − 3
(d) f (x) = x2 + 3x − 8
(a) f (x) = x + 1
(b) f (x) = x2 + 3
3
(c) f (x) =
x+4
x+1
(d) f (x) =
x
√
(e) f (x) = x
(g) f (x) =| x |
(a) h(x) =| x + 1 |
(b) h(x) =| x + 1 || x − 2 |
(d) h(x) =| x2 + 3x − 9 |
(a) f (x) = 5 − 8x
(b) f (x) = 12 x + 32
(c) f (x) = x2 − 5x + 6
61
(d) f (x) = x2 + 3x − 3
(e) f (x) = x2 − 6x + 9
x2 − 3x, se x < 0
x − 1,
se x ∈ [0, 3]
9. Esboce o gráfico da função f (x) = .
4, se x ∈ (3, 4]
−x2 + 9x,
se x > 4
| x |, se x < 0
10. Idem para f (x) = . A função em questão é
x2 , se x ≥ 0
injetiva? E sobrejetiva?
(a) sen 2x
62
(b) sen (x − π)
(d) x4
(e) x − cossec x
[5] http://www.brasilescola.com/matematica/funcoes.htm.
Acesso em 26/06/2008 às 12h08min.
[6] http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/.
Acesso em 26/06/2008 às 09h40min.
63
U ni da
Unidade 3de 1
AA soc
sociolo
iologia
gia ee a
a
Sociolo
Soc Limite
iologia
gia da Edu
da e caç
Edu cação
ão
Continuidade
Resumo
Apresentamos a noção de limite, limites laterais e
limites no infinito. Definimos função contínua e
mostramos várias de suas propriedades.
Estabelecemos o Teorema do Valor Intermediário e
algumas de suas aplicações.
Indicamos alguns livros mais avançados e links para o
aprofundamento de conteúdo.
SUMÁRIO DA UNIDADE
66
67
x→a
lim f (x) = L, f (x) −→ L.
x→a
x f (x)
0 0
1 1
.
1,5 1,5
1,89 1,89
1,99995 1,99995
x f (x)
5 5
3,9 3,9
.
3,15 3,15
2,19 2,19
2,00008 2,00008
x g(x)
3,5 12,25
3,11 9,6721
.
3,03 9,1809
3,0008 9,00480064
3,0000002 9,00000120000004
x g(x)
2,5 6,25
2,88 8,2944
.
2,99 8,9401
2,99994 8,9996400036
2,999999999998 8,999999999988000000000004
Assim, com o exemplo dado, vemos que não é verdade que f (x) <
g(x), ∀x ∈ A ⊂ Dom(f, g) ⇒ limx→a f (x) < limx→a g(x). A pro-
priedade em questão nos diz que f (x) < g(x), ∀x ∈ A ⊂ Dom(f, g) ⇒
limx→a f (x) ≤ limx→a g(x), sendo trivial o caso em que a desigualdade
não é estrita.
Só precisamos mostrar que não pode acontecer lim f (x) > lim g(x).
x→a x→a
(Por quê?)
Nesse raciocı́nio, suponha que limx→a f (x) = L1 > L2 = limx→a g(x).
Existe L ∈ R tal que L2 < L < L1 . (Por quê?) Assim, pela definição
de limite, dado 0 < ǫ < min{| L1 − L |, | L − L2 |}, existe δ > 0 tais que
| f (x) − L |< ǫ
1
| x − a |< δ ⇒ .
| g(x) − L |< ǫ
2
f lim f (x)
• lim (x) = x→a , desde que lim g(x) 6= 0.
x→a g lim g(x) x→a
x→a
74
−x2
b) limx→−1 + 9x;
5
x2
c) limx→−1 ;
2x
d) limx→−1 x3 .
1
número real positivo α, existe um β ∈ R \ {0} tal que β < . Assim,
α
g(β) > α. Para o caso negativo o raciocı́nio é análogo e deixamos
como exercı́cio para o leitor.
Analisando agora o limite limx→0 f (x)g(x), teremos:
1
lim f (x)g(x) = lim (−x) = lim −1 = −1
x→0 x→0 x x→0
Exemplo 3.1.8.
Sejam f : R → R, f (x) = 3, ∀ x ∈ R e g : R →
x2 , se x 6= 3
R, g(x) = duas funções dadas.
−1, se x = 3
Sabemos que limy→3 g(y) = 9 e que limx→3 f (x) = 3, mas ao anal-
isarmos a composta g ◦ f , teremos: g(f (x)) = −1, ∀ x ∈ R, donde
limx→3 g(f (x)) = −1.
22
20
18
16
14
12
10
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
• f ± g;
79
• f · g;
f
• .
g
Desde que tomadas em domı́nios válidos.
2
Para saber mais Exemplo 3.2.3. Calcule limx→−1 x − 8x + 9.
sobre funções Solução: Como a função f (x) = x2 − 8x + 9 é polinomial, ela
x2 − 4
Exemplo 3.2.5. Calcule limx→2 .
x−2
Aqui temos um problema. Apesar de se tratar de um quociente
de duas funções contı́nuas, não podemos tomar diretamente o limite
0
porque terı́amos uma indeterminaç ão do tipo ! Mas, com uma pe-
0
x2 − 4 (x + 2)(x − 2)
quena manipulação algébrica, temos que: = =
x−2 x−2
x + 2. Daı́,
x2 − 4
limx→2 = limx→2 x + 2 = 4.
x−2
80
xn − an
Exemplo 3.2.6. Calcule o seguinte limite: limx→a .
x−a
A solução é bem simples e se baseia em divisão de polinômios. O
xn − an
leitor deve saber que = xn−1 + xn−2 a + xn−3 a2 + . . . + xan−2 +
x−a
an−1 . Após isso, aplique o limite e o que você sabe sobre funções
xn − an
contı́nuas para concluir que limx→a = nan−1 .
x−a
x2 − 5x + 6
Exemplo 3.2.7. Resolva o seguinte limite: limx→3 .
x3 − 2x2 − x − 6
O leitordeve perceber que a substituição direta causa problemas.
Mas, notando que x2 − 5x + 6 = (x − 3)(x − 2) e x3 − 2x2 − x − 6 =
(x − 3)(x2 + x + 2), obtemos que:
x2 − 5x + 6 (x − 3)(x − 2) x−2
limx→3 3 = limx→3 = limx→3 2 =
x − 2x − x − 6
2 (x − 3)(x + x + 2)
2 x +x+2
1
.
14
y 24
22
20
18
16
14
12
10
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
sen x
• O limite fundamental na Trigonometria: lim =1
x→0 x
Este limite é simples mas ajuda na solução de vários outros lim-
ites em Matemática. Aqui mostraremos uma demonstração bas-
tante conhecida. Mas existem inúmeras formas de se mostrar
este resultado. Mais à frente, no próximo capı́tulo, veremos uma
outra forma de demonstrá-lo.
sen x
Sabendo disso, obtemos facilmente que cos x < < 1. (Por
x
que podemos dividir a expressão acima por sen x?)
22
20
18
16
14
12
10
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-2
Como os limites laterais são iguais, dizemos então que limx→1 f (x) =
1.
5
y
-5.0 -4.5 -4.0 -3.5 -3.0 -2.5 -2.0 -1.5 -1.0 -0.5 0.5 1.0 1.5 2.0
x
-1
enquanto que
-10 -8 -6 -4 -2 2 4 6 8 10
x
-1
-2
-3
-4
-5
t m(t)
5 0, 2
500 0, 002
.
100000 0, 00001
108 10−8
1010000 10−10000
10
m
9
0 1 2 3 4 5
t
1
que quanto maior for o número α, menor será e vice-versa. Assim,
α
1
da arbitrariedade de α e de t̃, resulta que limx→+∞ = 0.
t
Ou seja, o corpo tende a desaparecer no universo, a perder total-
mente a sua massa.
8x3 − 5x2 + x
Exemplo 3.4.3. Resolva o seguinte limite: limx→+∞ .
9x3 − 4x2 + 32x
Solução: Tente resolver diretamente tal limite. Não é possı́vel, n
ão
5 1 1
3 2 x3 8 − + 2 − 3
8x − 5x + x − 1 x x x
é mesmo? Notemos que = .
9x − 4x + 32x
3 2 4 32
x3 9 − + 3
x x
(Concorda?)
1
Agora, utilizando a propriedade dada acima para o caso de limx→+∞ n ,
x
1 n
onde n é um natural qualquer, vemos que f (x) = , g(y) = y . Apli-
x
1
cando o que sabemos então, obtemos que limx→+∞ n = 0, ∀ n ∈ N.
x
Deixamos como exercı́cio para o leitor mostrar que o limite anterior
também é nulo, mas com x tendendo a −∞.
3 5 1 1
x 8− + 2 − 3
x x x
Substituindo este resultado no limite limx→+∞ ,
4 32
x3 9 − + 3
x x
8x3 − 5x2 + x 8
teremos que limx→+∞ = .
9x3 − 4x2 + 32x 9
89
x6 − 32x5 + 4x3 − 2
Exemplo 3.4.4. Calcule o seguinte limite: limx→−∞ .
6x6 − 3x2 + 2x − 1
Novamente, procedamos conforme o exemplo anterior. Direta-
mente, vemos que
6 32 4 2
x 1− + 3−
x6 − 32x5 + 4x3 − 2 x x x6
limx→−∞ = limx→−∞
6x6 − 3x2 + 2x − 1 3 2 1
x6 6 − 4 + 5 −
x x x6
1
= limx→−∞
6
1
= .
6
n
limx→+∞ x = +∞, ∀ n ∈ N. Por outro lado,
Exemplo 3.4.6.
−∞, se n ∈ N for impar
n
limx→+∞ x = .
+∞, se n ∈ N for par
2.8
y
2.6
2.4
2.2
2.0
1.8
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
1
Figura 3.8: Gráfico de
x2
Y
y = f (x) Y
y = g(x)
f (b)
Não existe c Î ] a , b [
(c, f (c))
d g (b) tal que g (c) = d
f (a ) d
g(a)
0 a c b X 0 a b X
Teorema 3.6.1. Se f é uma função contı́nua em [a, b] com f (a).f (b) <
0 então, existe c ∈ (a, b) tal que f (c) = 0.
x f (x)
0, 1 −1335, 588295
0, 3 2, 931540786 × 105
0, 2 1, 389537572 × 105
0, 15 67153, 54664
0, 125 32505, 06974
0, 1125 15484, 98364
0, 10625 7049, 909307
0, 103125 2850, 982176
0, 1015625 756, 1546967
A Tabela 3.1 mostra que existe uma raiz da equação (3.1) no inter-
valo (0, 1; 0, 1015625). Que tal continuar o procedimento?
3.7 EXERCÍCIOS
(a) lim x2
x→−2
(b) lim x2 + 2
x→−3
(c) lim x5 − 4x
x→0
x2 − 9
(f) lim
x→3 x − 3
√ √
3
x− 32
(g) lim
x→2 x−2
√
x−2
(h) lim √ √
x→4 x+3− 7
2x5 + 2
(i) lim
x→−1 1 − x2
√ √
n
x− na
(j) lim
x→a x−a
2. Mostre que lim f (x) = L ⇔ lim | f (x) − L |= 0. (Esta é uma
x→a x→a
outra maneira de encontrarmos limites.)
3. Continue calculando:
(a) lim 2y − 3z
x→1
(b) lim 8
x→2
x
(a) lim +
x→−1 | x |
|x|
(b) lim−
x→0 x
96
|x−3 |
(c) lim+
x→3 x−3
x2 − 2x, se x < 2
(d) lim− f (x), onde f (x) = .
x→2 3x−4 , se x ≥ 2
sen x
(a) lim
x→+∞ x5 + 3x2
(b) lim+ xcotg x
x→0
√
(c) lim− x
x→0
√
(d) lim− 3 x
x→0
x2 − x + 9
(e) lim
x→−∞ x7 − 8x2 − 3x − 2
sen x
11. Utilizando o limite fundamental lim = 1, calcule os seguintes
x→0 x
limites:
sen (8x)
(a) lim
x→0 8x
97
sen (3x)
(b) lim
x→0 2x
4x
(c) lim
x→0 sen (5x)
x
(d) lim
x→0 tg x
sen (x2 − 9)
12. O que você pode dizer sobre lim ?
x→3 x−3
13. Mostre que lim f (x) = L ⇔ lim | f (x) |=| L |. Vale a recı́proca?
x→a x→a
Em caso negativo, dê exemplos.
14. Dê exemplos de funções tais que lim | f (x) | existe mas não
x→a
existe lim f (x).
x→a
√
(a) lim (x − x2 + 1)
x→+∞
√ √
(b) lim ( x − 1 − x − 2)
x→+∞
√ √
(c) lim ( x2 + x + 1 − x2 + x − 1)
x→+∞
x
(d) lim √
x→+∞ x2 − 2x
16. Mostre que todo polinômio de grau ı́mpar possui pelo menos
uma raiz real.
19. Sabendo que se f (x) = x2 − 2, temos f (1).f (2) < 0, use o pro-
cedimento do Método da Bissecção para encontrar uma solução
x da equação f (x) = 0, de modo que 1 < x < 2.
Referências Bibliográficas
[5] http://www.rpm.org.br/novo/conheca/60/limites.pdf.
Acesso em 08/03/2008 às 10h10min.
[6] http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/.
Acesso em 26/06/2008 às 09h40min.
[7] http://a1.analisematematica.vilabol.uol.com.br/pag013.html.
Acesso em 25/06/2008 às 09h30min.
99
U ni da
Unidade 4de 1
AA soc
sociolo
iologia
gia ee a
a
SocAiolo
Soc Derivada
iolo gia da
gia da Edue caç
Edusuas
cação
ão
aplicações
Resumo
Nesta unidade, introduzimos um conceito muito
importante no Cálculo: a derivada. Apresentamos
aplicações na Física para motivar o nosso estudo.
Enunciamos o Teorema do Valor Médio e fazemos
várias aplicações, dentre elas, o esboço de gráficos de
funções.
Indicamos alguns livros mais avançados e links para o
aprofundamento de conteúdo.
SUMÁRIO DA UNIDADE
102
103
y 16
14
12
10
8
6
4
2
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-2 x
-4
-6
-8
-10
-12
5
y
4
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-1
-2
-3
-4
-5
√ !
− 2 √ √
circunferência Γ : x2 + y 2 = 9 e a reta r : y = √ (x − 2) + 7,
7
√ √
tangente a Γ no ponto ( 2, 7):
Mas nós não estamos interessados apenas em calcular, encontrar
retas tangentes a circunferências. Pretendemos encontrar, quando
possı́vel, retas tangentes a quaisquer curvas. Para isso, teremos que
raciocinar da seguinte maneira:
(Concorda?)
f (x) − f (x0 )
lim .
x→x0 x − x0
f (x) − f (x0 )
Evitamos uma notação mais ”carregada”. O limite lim
x→x0 x − x0
é a derivada de f no ponto x = x0 . Com isso, já aprendemos um sig-
nificado para a derivada de uma função. Ela mede, no ponto x0 dado,
o coeficiente angular da reta tangente à função em questão no ponto
(x0 , f (x0 )).
f (x) − f (x0 )
Definição 4.1.1. Sejam f e x0 ∈ Dom(f ) dados. O limite lim
x→x0 x − x0
é dito a derivada de f no ponto x0 quando existe e é finito. Denotare-
df
mos tal limite por f ′ (x0 ) ou por (x0 ).
dx
106
f (x0 + h) − f (x0 )
f ′ (x0 ) = lim .
h→0 h
Deixamos como exercı́cio para o leitor a verificação dos exemplos
a seguir.
Exemplo 4.1.4. Seja f uma função real tal que f (x) = x3 . Então
df
(x0 ) = 3x20 .
dx
Exemplo 4.1.5. Seja f uma função real dada por f (x) = αxn , onde
n ∈ N e α ∈ R. Então f ′ (x0 ) = nαxn−1
0 .
107
100
y
90
80
70
60
50
40
30
20
10
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-10 x
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
y 70
60
50
40
30
20
10
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-10
-20
-30
108
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-2 x
-4
-6
-8
-10
-12
-14
-16
-18
-20
-22
′ g(x) − g(1) x2 − 1
g− (1) = lim− = lim− = lim− x + 1 = 2.
x→1 x−1 x→1 x − 1 x→1
d(f + g) df dg
a) (a) = (a) + (a)
dx dx dx
d(f − g) df dg
b) (a) = (a) − (a)
dx dx dx
d(f · g) df dg
c) (a) = g(a) (a) + f (a) (a)
dx dx dx
110
f df dg
d g(a) (a) − f (a) (a)
g dx dx
d) (a) =
dx [g(a)]2
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7
-1 x
-2
-3
-4
-5
-6
-7
u′ (x)v(x) − v ′ (x)u(x)
que f ′ (x) = . Daı́, fazendo as contas, teremos:
v 2 (x)
x2 − 4x + 1
f ′ (x) = .
(x − 2)2
Falaremos agora das derivadas das funções trigonométricas. Seguindo
nossa linha de raciocı́nio, mostraremos apenas alguns resultados e
deixaremos o resto como exercı́cio.
Proposição 4.1.3. Sejam as funções trigonométricas sen , cos, tg, sec, cossec, cotg
As suas derivadas são dadas por:
dsen
• (x) = cos x
dx
d cos
• (x) = −sen x
dx
dtg
• (x) = sec2 x
dx
d sec
• (x) = sec x tg x
dx
dcotg
• (x) = −cossec2 x
dx
dcossec
• (x) = −cossec x cotg x
dx
dsen sen (x + h) − sen x 2sen (h/2) cos [(2x + h)/2
Demonstração. (x) = lim = lim
dx h→0
h h→0 h
sen (h/2)
lim cos [(2x + h)/2] = cos x.
h→0 h/2
Verifique com cuidado todas as passagens acima. Admitindo que
d cos
(x) = −sen x (Verifique!) e utilizando a regra da derivação do
dx
quociente, obtemos que:
Analogamente, vejamos:
d − cos x
• cossec (x) = = −cossec x cotg x.
dx sen2 x
Exemplo 4.1.12. Calcule a derivada da seguinte função: h : R →
R, h(x) = x2 + sen x. Encontre a equação da reta tangente ao gráfico
de h no ponto (0, 0).
dh
Solução: A derivada de h é dada por (x) = 2x + cos x. O co-
dx
eficiente da reta tangente ao gráfico de h no ponto (0, 0) é dado por
dh
(0) = 1. Assim, a equação de tal reta é dada por Th : y = x.
dx
Vejamos a figura:
26
y
24
22
20
18
16
14
12
10
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-2
-4
113
Tf : y = x. Vejamos o gráfico:
5
y
4
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-1
-2
-3
-4
-5
df
• (x) = ex ;
dx
dg 1
• (x) = .
dx x
1
esse x é tomado em R++ , o domı́nio
Claro que na função g ′ (x) =
x
de g. Podemos ver que a derivada da função exponencial é ela mesma,
ou seja, (ex )′ = ex .
d(g ◦ f ) dg df
(x) = (f (x)) (x).
dx dx dx
Em outra notação, temos que (g ◦ f )′ (x) = g ′ (f (x))f ′ (x).
• f2 (x) = ln 2x;
• f3 (x) = 4e3x ;
f2 (x)
• f4 (x) = .
x5 − x4 + f3 (x)
As suas derivadas são iguais a:
1 ′
f1′ (x) = 6x cos 3x2 ; f2′ (x) = ; f (x) = 12e3x e, finalmente,
x 3
1
(x5 − x4 + 4e3x ) − [ln(2x)](5x4 − 4x3 + 12e3x )
x
f4′ (x) = . (Con
(x5 − x4 + 4e3x )2
corda?)
Logo,
1
(x5 − x4 + 4e3x ) − [ln(2x)](5x4 − 4x3 + 12e3x )
x
f ′ (x) = 6x cos 3x2 + .
(x5 − x4 + 4e3x )2
1
g ′ (x) = .
f ′ (g(x))
Ou seja, temos a expressão para a derivada da inversa de f , sem
precisarmos conhecer g. Vejamos um exemplo bem conhecido:
d arc tg 1 1 1
(x) = 2
= 2 = .
dx sec (arc tg x) 1 + tg (arc tg x) 1 + x2
Veremos mais exemplos de derivadas de funções inversas nos ex-
ercı́cios.
dc
nı́vel de produção, isto é,. Dessa forma, se c(x) = 8x3 − 24x2 +
dx
30x então, o custo para produzir um aquecedor a mais, quando são
produzidos 10 por dia, é de aproximadamente c′ (10):
S(t2 ) − S(t1 ))
vm = .
t2 − t1
Este quociente já deve ter se tornado familiar para o leitor. Caso
fôssemos calculando as velocidades médias entre instantes cada vez
mais próximos, terı́amos a velocidade instantânea do corpo num ponto
118
S(t + h) − S(t)
v(t) = lim .
h→0 h
v(t + h) − v(t)
a(t) = lim .
h→0 h
100
y
80
60
40
20
-5.0 -4.5 -4.0 -3.5 -3.0 -2.5 -2.0 -1.5 -1.0 -0.5 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
x
-20
-40
-60
-80
-100
-120
-140
Logo, v(t) = (−2)e−2t cos (3t) − 3e−2t sen (3t), a(t) = 12e−2t sen (3t) −
5e−2t cos (3t).
1.0
y
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8 3.0 3.2 3.4 3.6 3.8 4.0 4.2 4.4 4.6 4.8 5.0
x
-0.1
π
Exemplo 4.3.1. O ponto γ = é um ponto de máximo local para a
2
função sen |[0,π] . (Verifique!)
24y
22
20
18
16
14
12
10
0
-5.0 -4.5 -4.0 -3.5 -3.0 -2.5 -2.0 -1.5 -1.0 -0.5 0.0
x
y
24
22
20
18
16
14
12
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
x
f (a) − f (b)
f ′ (γ) = .
a−b
f (a) − f (b)
Perceba que o quociente é o coeficiente angular da
a−b
reta que passa por (a, f (a)) e (b, f (b)). Já sabemos também que a
derivada num ponto representa o coeficiente angular da reta que tan-
gencia o gráfico da função no ponto dado. Logo, uma interpretação
geométrica do teorema o valor médio é que dados dois pontos a, b
123
Para demonstrar tal fato, o leitor deve verificar que no primeiro caso
teremos f ′ (x) < 0, ∀x ∈ (c − δ, c] e f ′ (x) > 0, ∀x ∈ [c, c + δ). Ou seja,
f é decrescente em (c − δ, c) e crescente em (c, c + δ). Raciocine
analogamente para o segundo caso. (O fato de f ′ (c) = 0 é crucial!)
Exemplo 4.3.6. Seja a função seno tomada no intervalo fechado [−π, π].
Vejamos um estudo na variação de tal função.
A sua derivada é dada por sen′ x = cos x. No intervalo em questão,
−π π
a função cosseno assume valor zero nos pontos x1 = e x2 = .
2 2
No intervalo [−π, 0] ela é crescente e em [0, π] é decrescente. Pela
−π π
proposição anterior, concluı́mos que os pontos x1 = e x2 = são
2 2
de mı́nimo e máximo locais da função seno, respectivamente. (Con-
corda?)
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
x
1.6
y
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
x
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
y
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
x
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1.0
-1.2
-1.4
-1.6
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
-90
-100
-110
-120
• f ′ (0) = 0;
• f ′′ (0) = 0;
• f ′′′ (0) = 6.
y 120
100
80
60
40
20
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
x
-20
-40
-60
-80
-100
-120
x3
Exemplo 4.3.12. Esboce o gráfico de f tal que f (x) = .
x−8
Primeiramente, notemos que a função não está definida no ponto
x = 8. Calculemos as suas derivadas:
3x2 x3
f ′ (x) = − . (Concorda?)
x − 8 (x − 8)2
2x3 6x2 6x
f ′′ (x) = 3
− 2
+
(x − 8) (x − 8) x−8
x3
(i) lim+ ;
x→8 x−8
x3
(ii) lim− ;
x→8 x−8
x3
(iii) lim ;
x→+∞ x − 8
x3
(iv) lim .
x→−∞ x − 8
129
O leitor deve verificar que eles são iguais a +∞, −∞, +∞, +∞, re-
spectivamente. Sabendo que x = 0 é ponto de inflexão, deixamos
como exercı́cio para o leitor a análise de crescimento e decrescimento
da função, assim como as concavidades. Vejamos o gráfico de f :
600
y
500
400
300
200
100
-200
-300
-400
435000 x
Exemplo 4.4.1. Considerando f (x) := 1000000ex + x
(e − 1) −
1564000, vamos resolver o problema f (x) = 0. Para isso, vamos con-
siderar como aproximação inicial x0 = 0, 3 (compare esse exemplo
com aquele apresentado na seção Saiba Mais da Unidade 3, Tabela
3.1.).
x f (x)
0, 3 2, 931540786 × 105
0, 1186118371 23781, 82588
0, 1011434562 194, 8717684
0, 1009979397 0, 0134089706
0, 1009979297 1, 908087536 × 10−5
0, 1009979296 1, 282087068 × 10−16
4.5 EXERCÍCIOS
(j) f (x) = 2x + 4
(k) f (x) = 0
1 1 1 −1
7. Mostre que a derivada de f (x) = x n é f ′ (x) = x n , onde
n
n ∈ N.
(a) f (x) = 2x + 3
(f) f (x) = 2
13. Idem para uma partı́cula cuja equação posicional é dada por
S(t) = e2t cos (5t).
10cm cm 10cm cm
fx = = 0, 1 e ft = = 0, 2
100m m 50s s
∆x fx
tg(θ) = = 1.
∆t ft
(a) f (x) = 2x + 3
136
(f) f (x) = 2
(a) f (x) = x4 + 9
(b) f (x) = − ln x
137
(c) f (x) = e2 x
(e) f (x) = x ln x
1
(f) f (x) = − , x > 0.
x
x(m)
12
10
t (s )
0 2 4 6 8 10 12
-2
-4
[6] http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/.
Acesso em 26/06/2008 às 09h40min.
[7] http://www.somatematica.com.br/historia/derivadas.php.
Acesso em 25/06/2008 às 19h00min.
[9] http://www.pucrs.br/famat/marcia/matqui2/aplicacoes_de_derivadas.
Acesso em 26/06/2008 às 11h43min.
[10] http://www.interaula.com/matweb/superior/derivada/derivada2.htm.
Acesso em 26/06/2008 às 11h43min.
139
U ni da
Unidade 5de 1
AA soc
sociolo
iologia
gia ee a
a
Soc ioloA
Sociolo Integral
gia
gia da Edu
da Educaç
cação
ão
Resumo
Nesta unidade, introduzimos a integral indefinida
usando o conceito de antiderivada de uma função.
Construímos uma tabela com as integrais mais
conhecidas e apresentamos técnicas para resolver as
mais elaboradas. Na parte final da unidade,
desenvolvemos a integral definida como o limite de
somas de Riemann e apresentamos o Teorema
Fundamental do Cálculo, com o qual, determinamos a
área de regiões delimitadas por curvas planas.
Indicamos alguns livros mais avançados e links para o
aprofundamento de conteúdo.
SUMÁRIO DA UNIDADE
UNIDADE 5. A Integral
5.1. Primitivas 143
5.2 Técnicas de Integração 145
5.3 Integral definida 150
5.4 Saiba mais 157
5.5 Exercícios 158
Referências Bibliográficas 165
5. A INTEGRAL
142
143
5.1 PRIMITIVAS
Exemplo 5.1.2. Seja f uma função real dada por f (x) = 2x. A ex-
periência com as derivadas nos diz que g(x) = x2 é tal que g ′ (x) =
f (x). Assim, qualquer função do tipo x2 + k será uma primitiva para a
nossa função f .
Claro que nosso estudo não será tão amador. Imagine ter que
saber de cabeça quem é a primitiva da função
x ln 5x
f (x) = 2 + sec (3x) .
x −6 2x4
Vimos que dada uma função f definida num intervalo as suas prim-
itivas são todas do tipo F (x) + k, onde F é tal que F ′ (x) = f (x), k é
uma constante real qualquer. A partir de agora, representaremos to-
R R
das as primitivas de f por f (x) dx. O sı́mbolo quer dizer ”soma”
em um sentido que explicaremos depois.
R d x2
Exemplo 5.1.3. 2xdx = x2 + k, já que = 2x.
dx
R
f (x) f (x)dx
c cx + k
β+1
x
xβ + k, β 6= −1
β+1
x−1 ln | x | +k
sen x − cos (x) + k
cos x sen (x) + k
x
a
ax + k, 0 < a 6= 1
ln a
tg x − ln | cos x | +k
sec x ln | sec x + tg x | +k
sec2 x tg (x) + k
ex ex + k
1
arc tg (x) + k
1 + x2
ln x x(−1 + ln x) + k
dg(x)
Z
f (g(x)) dx, (5.1)
dx
146
dg
então, (F ◦ g) é uma primitiva para (f ◦ g) , isto é,
dx
dg
Z Z
f (g(x)) dx = f (u)du.
dx
d(F ◦ g) dF du du dg
= . = f (u) = (f ◦ g) .
dx du dx dx dx
R
Exemplo 5.2.1. Para determinar (x2 +1)3 2xdx, seja u = x2 +1, então
du/dx = 2x e a integral pode ser reescrita como:
du
Z
f (u) dx,
dx
u4 (x2 + 1)4
Z Z
f (u)du = u3 du = = .
4 4
(x2 + 1)4
O resultado pode ser verificado derivando com o uso da Re-
4
gra da Cadeia.
R
Exemplo 5.2.2. Para determinar cos(5x)dx, seja u = 5x, então du/dx =
5 e a integral pode ser reescrita como:
1 1
Z Z
5cos(5x)dx, que está da forma f (u)du.
5 5
1 1 1 1
Z Z
f (u)du = cos(u)du = sen(u) = sen(5x).
5 5 5 5
147
12x − 8
Z
Exemplo 5.2.5. Para calcular dx, devemos encontrar as
x2 − 2x − 3
frações parciais do integrando, isto é, devemos reescrever
12x − 8 5 7
= +
x2 − 2x − 3 x+1 x−3
e substituindo no integrando,
12x − 8
Z
R 5 R 7
= x+1
+ x−3
x2 − 2x − 3
= 5ln|x + 1| + 7ln|x − 3|
Z ômio r(x) é
onde oZgrau do polin Z menor que o grau de q(x). Dessa
p(x) r(x)
forma, dx = m(x)dx + dx.
q(x) q(x)
12x3 − 8
Z
Exemplo 5.2.6. Vamos calcular dx.
x2 − 2x − 3
12x − 8 5 79
= 12x + 24 + +
x2 − 2x − 3 x+1 x−3
Portanto, temos
12x3 − 8
Z
R R 5 R 79
dx = (12x + 24)dx + x+1 dx + x−3 dx
x − 2x − 3
2
12x − 8 5 7
No exemplo acima, para encontrarmos = + ,
x2 − 2x − 3 x+1 x−3
reescrevemos
12x − 8 A B
= +
x2 − 2x − 3 x+1 x−3
e igualando numerador e denominador obtemos
12x − 8 Ax − 3A + Bx + B (A + B)x − 3A + B
= = ,
x2 − 2x − 3 (x + 1)(x − 3) (x + 1)(x − 3)
que resulta em um sistema:
A+B = 12
−3A + B = −8,
149
x2 + 3 −1 2 x
Z Z Z Z
dx = dx + dx + dx
(x − 1) (x + 1)
2 2 x−1 (x − 1) 2 x +1
2
2 1
= −ln|x − 1| − + ln(x2 + 1).
x−1 2
y = f (x )
0 a X
b
S(P0 , f ) ≤ A ≤ S(P0 , f ),
refinando P , com a inserção do ponto médio de [a, b], vide Figura 4.4,
a+b
isto é, P1 = {a, , b}, obtemos a seguinte desigualdade
2
S(P0 , f ) ≤ S(P1 , f ) ≤ A ≤ S(P1 , f ) ≤ S(P0 , f ),
152
Y
Y
f (x)
f (x)
S ( P0 , f )
S ( P0 , f )
0 a b X 0 a b X
Y Y
f (x)
f (x)
S(P0 , f )
S ( P0 , f )
0 a a + b b X 0 a a + b X
b
2 2
Observação 5.3.1.
1. A soma f + g é integrável e
Z b Z b Z b
[f (x) + g(x)]dx = f (x)dx + g(x)dx;
a a a
Rb Rb
2. O produto f.g é integrável. Se c ∈ R, a
c.f (x)dx = c a
f (x)dx;
Rb Rb
3. Se f (x) ≤ g(x) para todo x ∈ [a, b] então a
f (x)dx ≤ a
g(x)dx;
Rb Rb
4. |f (x)| é integrável e | a
f (x)dx| ≤ a
|f (x)|dx.
A = F (b) − F (a),
Logo,
R t2 R8
t1
v(t)dt = 5
2e2t sen (3t) + 3e2t cos (3t)dt
= e2t sen(3t)|85
= e16 sen(24) − e10 sen(15)
= −8, 0614 × 106 .
26
Logo, a área solicitada é igual a: A = .
3
logo,
1
2 3 x3
= 2 − 1 = 1.
A= x2 −
3 3
0 3 3 3
Vejamos um problema que nos motiva a apresentar uma impor-
tante propriedade das integrais.
Proposição 5.3.3. Seja f uma função contı́nua em [a, b]. Então, existe
c ∈ [a, b] tal que
b
1
Z
f (c) = f (x)dx
b−a a
5.5 EXERCÍCIOS
Z
(a) (x3 − 4x2 + x − 1)dx
dx
Z
(b)
2x − 1
2x + 3
Z
(c) dx
2x + 1
e1/x
Z
(g) dx
(x)2
Z √
(h) x3 1 − x2 dx
6x + 7
Z
(b) dx
(x + 2)2
2x3 − 4x2 − x − 3
Z
(c) dx
x2 − 2x − 3
x2 + 4x + 1
Z
(d) dx
(x − 1)(x + 1)(x + 3)
2x − 3
Z
(e) dx
x + x − 20
2
3
Z
(f) dx
x(x + 1)2
2
10. Calcular a área sob a parábola: y(x) = 3x2 − 30x + 90, entre os
valores de x = 0 e x = 10.
√
(f) f (x) = xln(x), x ∈ [2, 5]
e1/x
(h) f (x) = , x ∈ [2, 3].
(x)2
20. Encontre uma expressão para a taxa (cm3 /s) segundo a qual um
lı́quido percorre um cano cilı́ndrico de raio R, sendo a velocidade
do lı́quido a r cm do eixo central do cano igual a v(r) cm/s.
s (t )
20
t
0 20 40 60 80 100
-20
[9] http: // www. isa. utl. pt/ dm/ mat2_ bio/ licao1v2. pdf .
Acesso em 26/06/2008 às 09h30min.
165