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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA


PRÓ-REITORIA DE ENSINO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: Dimensões Psicológicas da Aprendizagem (2020/1°)
DOCENTE: Prof. Dr. Carlos Eduardo Gonçalves Leal
DISCENTE: Ianara Silva Evangelista
DATA: 30.03.2020

PRODUÇÃO DE RESUMO DO TEXTO


(MODALIDADE AVA)

REFERÊNCIA: POZO, J. I. As características de uma boa aprendizagem. In.:


Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002
(pontuação: 1,0).

O principal objetivo do autor neste texto é contribuir para a compreensão do


processo de uma boa aprendizagem, destacando as dificuldades vivenciadas por
discentes e docentes e estratégias de como superá-las, mediante a melhora no
ensino. Desse modo, o texto trata do processo de aprendizagem que é construído a
partir do nosso nascimento, sem uma intervenção social programada e muitas vezes
sem a consciência da aprendizagem.

1) Aprender e ensinar: dois verbos que nem sempre se conjugam juntos

“Aprender e ensinar são dois verbos que tendem a ser conjugados juntos, embora
nem sempre seja assim.” (p. 55-56)

“(...) a aprendizagem sem ensino é uma atividade usual em nossas vidas e, o que é
pior, também o é o ensino sem aprendizagem.” (p. 56)

Aprendizagem sem ensino

Os processos de aprendizagem estão ativos a todo momento, ou seja, desde o


nosso nascimento, sendo que, não há a necessidade de uma intervenção social
programada.
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“(...) ensinar é projetar atividades sociais com o fim deliberado de que alguém
aprenda algo” (p. 56)

Para compreender a aprendizagem, o autor aborda dois conceitos centrais:


o Aprendizagem implícita ou incidental: “(...) a maior parte de nossas
aprendizagens cotidianas são produzidas sem ensino e inclusive sem
consciência de estar aprendendo.” (p. 56). A partir disso é pertinente destacar
que durante as nossas etapas do desenvolvimento, a maioria das nossas
aprendizagens acontecem de forma implícita, sem a gente ter consciência
que estamos aprendendo, mesmo antes de desenvolvermos a fala.
o Aprendizagem explícita: “(...) produto de uma atividade deliberada e
consciente, que costuma se originar em atividades socialmente organizadas,
que de modo genérico podemos denominar ensino.” (p. 57). Por meio dessa
aprendizagem aprendemos a escrever, um outro idioma, andar de bicicleta,
entre outros.

“A aprendizagem explícita requer habitualmente mais esforço do que a implícita


(Stevenson e Palmer, 1994), mas obtém resultados que não podem ser conseguidos
sem uma aprendizagem deliberada e sem alguém que, de forma mais ou menos
direta, guie essa aprendizagem.” (p. 57). No entanto, as teorias implícitas
influenciam na forma como interagimos e aprendemos.

Ensino sem aprendizagem

Quando se fala de ensino sem aprendizagem, o autor quer dizer que mesmo com a
instrução programada, pode acontecer que a aprendizagem não seja efetuada, ou
melhor, pode ser que não haja compreensão. Há situações de insatisfação, tanto por
parte dos/as discentes que não tem disposição para aprender, quanto dos/as
docentes de ensinar o conteúdo. Neste sentido, é preciso que haja uma nova
cultura, isto é, uma adequação desses comportamentos para que se possa trabalhar
o processo de ensino e aprendizagem de forma a satisfazer os dois lados.

“Trata-se de que os professores organizem e planejem suas atividades levando em


conta não só como seus alunos aprendem, mas principalmente como querem que
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seus alunos aprendam.” (p. 58) e para que isso aconteça é necessário que
possamos compreender em que consiste uma boa aprendizagem, a partir das
dificuldades que os alunos passam, com a intenção de ajudá-los a superar essas
limitações.

2) A aprendizagem como categoria natural: as características que definem


uma boa aprendizagem

“(...) aprender pode significar ou requerer coisas distintas conforme as demandas


culturais que o motivem e o enfoque teórico que adotamos.” (p. 58), tendo em vista
que o conceito de aprendizagem é mais uma categoria natural do que um conceito
estabelecido e bem definido.

Considerando as muitas definições de aprendizagem, o autor define três


características do bom aprender para conseguir melhores aprendizagens:
a) A aprendizagem deve produzir mudanças duradouras;
b) Deve-se poder utilizar o que se aprende em outras situações;
c) A prática deve adequar-se ao que se tem de aprender.

A aprendizagem deve produzir mudanças duradouras

Independentemente do tipo de aprendizagem, o que elas têm em comum “(...) é que


aprender implica mudar os conhecimentos e os comportamentos anteriores.” (p. 60)

“Para as teorias construtivistas, a ideia de partir das aprendizagens anteriores é


ainda mais central, já que a aprendizagem é concebida precisamente como uma
reestruturação dos conhecimentos e comportamentos presentes no aprendiz.” (p.
60)

Na maior parte das vezes que precisamos mudar o que já sabemos ou fazemos,
passamos por muitas dificuldades, logo, “aprender implica sempre, de alguma forma,
desaprender.” (p. 60). Muitas vezes, é mais difícil deixar se fazer determinado
comportamento do que aprender um novo.
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“Se toda aprendizagem implica mudança, nem todas as mudanças são da mesma
natureza nem da mesma intensidade ou duração. Há formas diferentes de
desaprender” (p. 61), dentre elas, é possível compreender as mudanças a partir de
dois conceitos:
a) Deslocamento ou substituição, de natureza acumulativa e reversível;
b) Reorganização ou autocomplicação do sistema, de natureza evolutiva e
irreversível.

“(...) com a importância da ordem temporal nas atividades de aprendizagem.” (p. 62)

“(...) a aprendizagem implica uma mudança que se produz no tempo.” (p. 62)

Deve-se poder utilizar o que se aprende em outras situações

“A transferência é uma das características centrais da boa aprendizagem e,


portanto, um de seus problemas mais habituais. Sem capacidade de ser transferido
para novos contextos, o aprendido é muito pouco eficaz.” (p. 63). Quando esta
transferência da aprendizagem não é feita, percebe-se a pouca eficácia do que foi
aprendido. Sendo que, há uma tendência a pensar que quando uma pessoa aprende
a realizar determinada tarefa, será mais fácil executar uma tarefa similar. No
entanto, isso é muito relativo, pois depende das condições de aprendizagem.

“(...) a transferência não é um processo automático que se produz de modo


inevitável sempre que aprendemos alguma coisa” (p 63), pois a cada nova situação
mais difícil será dispor de conhecimentos transferíveis.

A prática deve adequar-se ao que se tem de aprender

“A aprendizagem é sempre produto da prática” (p. 65), que é identificada pelo tipo de
prática e não pela quantidade da prática.

“O mais importante, ao organizar uma prática, é adequá-la aos objetivos da


aprendizagem” (p. 65), visto que nem todas as estratégias de aprendizagem são
eficazes para conseguir os resultados esperados.
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Neste sentido, o autor define os tipos de aprendizagem: prática repetitiva e prática


reflexiva:
“(...) a prática repetitiva (a reiteração continuada de uma mesma atividade de
aprendizagem) produz aprendizagens mais pobres ou limitadas que uma prática
reflexiva (a realização de diversas atividades com o fim de promover a reflexão
sobre o que se está aprendendo).” (p. 65). A prática reflexiva é mais lenta e mais
exigente, pois exige do/a discente certas técnicas e determinados conhecimentos.

Em suma, o autor conclui que para uma boa aprendizagem é necessário que a
construção do conhecimento se dê pelas vias reflexivas, articulada com a
organização das atividades de aprendizagem a partir das necessidades dos/as
discentes, com a intenção de responder às demandas, superando as dificuldades.
Buscando o equilíbrio entre o que se tem de aprender, a forma como se aprende e
as atividades que são planejadas para que o processo de aprendizagem aconteça.

Por fim, o autor conceitua a aprendizagem como “um sistema complexo composto
por três subsistemas que interagem entre si: os resultados da aprendizagem (o que
se aprende), os processos (como se aprende) e as condições práticas (em que se
aprende).” (p. 66)

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