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Conteúdo
1.Introdução.....................................................................................................................................2

Metodologia Usada..........................................................................................................................3

2. O nacionalismo moçambicano e suas manifestações..................................................................4

3. Podemos considerar Moçambique um Estado-nação antes da independência............................5

Explicando a longa trajectória da edificação da nação, o autor apresenta os eventos significativos


que acabaram determinando o nascimento da nação moçambicana................................................6

4. Passagem de mono partidarismo ao multipartidarismo...............................................................7

5. Caracterização do projecto político da construção da nação moçambicana no período pós-


independência..................................................................................................................................8

5.1 Factor influente no projecto politico pós-independência em Moçambique...............................9

5.2 A questão do assimilado no projecto politico pós-independência...........................................10

6. Pontos convergentes e divergentes dos defensores do monopartidarismo africano


nomeadamente: Nkrumah; Nyerere e Kaunda...............................................................................11

8. Passagem do mono partidarismo ao multipartidarismo em África............................................12

9. Analise das características do multipartidarismo proposto no módulo e o regime


multipartidário que Moçambique apresenta..................................................................................13

Estes tipos de conflitos e de violência têm mergulhado o país em sucessivas crises políticas,
económicas e sociais......................................................................................................................14

10. Desafios que a Uniao Africana (UA) coloca para a pacificacao dos conflitos ou guerras de
africa..............................................................................................................................................15

11. Conclusão................................................................................................................................16

12. Bibliografia..............................................................................................................................17
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1.Introdução.
O presente artigo aborda a complexidade da construção nacional em Moçambique, tendo
especial atenção ao período pós-Independência (1975). Inicialmente discute algumas matrizes
teóricas sobre o caso das identidades africanas de modo geral e dos nacionalismos africanos de
modo particular.
Argumenta pela necessidade de abdicar das leituras generalistas e propõe o enfoque do caso
moçambicano. Analisa a construção do projecto político e ideológico da FRELIMO (Frente de
Libertação de Moçambique) tendo atenção na forma como é compreendida a construção nacional
em Moçambique.
Iremos descrever o contexto da passagem do mono partidarismo para o multipartidarismo em
África em geral e em Moçambique em particular. Para tal iremos citar os momentos importantes
desta transição política em Moçambique para além de analisar as ideias dos defensores e dos
críticos do monopartiodarismo em África. Por fim iremos abordar a questão da União Africana
(UA) através dos seus desafios para a pacificação dos conflitos em África.
Trata se de temos de vital importância posto que descrevem a situação politica de África e de
Moçambique em particular desde as tentativas da criação do nacionalismo africano e
moçambicano em particular. Ajudam nos a perceber as razoes que levaram Moçambique em
particular e África em geral a passar do mono partidarismo para o multipartidarismo para além
de interpretar os desafios da UA para a pacificação de África.
Em termos de estrutura o trabalho apresenta índice dos conteúdos tratados, introdução,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
Objectivo geral.

 Analisar o processo da construção do projecto político africano e de Moçambique em


particular desde as origens do nacionalismo até ao multipartidarismo.

Objectivos específicos.

 Explicar as manifestações do nacionalismo moçambicano;

 Descrever a passagem do mono partidarismo ao multipartidarismo em Moçambique e em


África em geral;
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 Caracterizar o projecto da construção da nação moçambicana no período pós


independência;

 Indicar os desafios da União africana (UA) para a pacificação dos conflitos ou guerras em
África.

Metodologia Usada.

 Esta pesquisa visa conhecer analisar o processo do projecto político moçambicano e


africano em geral desde as origens do nacionalismo ate ao multipartidarismo. Para
responder ao tema do trabalho e atingir os objectivos determinados, consultamos
bibliografias que informam e formam sobre o tema em estudo (revisão bibliográfica).
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2. O nacionalismo moçambicano e suas manifestações.


Tal como noutros países africanos Moçambique foi nas cidades que os primeiros manifestações
nacionalistas tanto no campo da literatura (poesia e jornalismo) como a nível dos movimentos
associativos, sempre na linha do pan-americanismo. O africano fundado e dirigido por João
Albasini (1909 e 1918) o Brado Africano criado em 1918 pelos irmãos João e José albasini estes
viriam mais tarde a serem substituídos por Estácio Dias e Karet Pott.
Entre as primeiras organizações associativas mais importantes lançados por assimilados e mulatos,
pode se destacar o grémio africano de Lourenço porque, fundado em 1908 oficializado em 1920
mudando o seu nome para associações africanas de colónias de Moçambique teve como primeiro
presidente João Albasini uma outra associação a destacar e a liga africana nascida em 1910 este
chegou a patrocinar a II parte do congresso Pan-africano, realizado em Lisboa em 1923. Merece
preferência a partido Nacional Africano fundado por elementos das colónias protestou junto da
organização internacional de trabalho (OIT) a cerca das condições de trabalho uma África
portuguesa[ CITATION HOB90 \p 116 \l 1033 ].
.
Paralelamente à agitação patriótica no exterior, no interior de Moçambique, em especial, nos
centros urbanos da Beira e Lourenço Marques e nas zonas onde se encontravam embriões
agrícolas como em Gaza, Cabo Delgado, Manica e Sofala desenvolveu-se uma acção patriótica
simultaneamente pequenos grupos utilizando frequentemente organizações culturais recreativas e
organizações de socorro mútuos lançam um debate de ideias: é o caso do NESAM (Núcleo de
Estudantes Secundários Africanos de Moçambique) do centro associativo dos negros de
Moçambique.
O desencadeamento de luta de libertação de Angola e a independência de Tanganhica vieram
estimular sentimentos patrióticos. Mas é, sobretudo, o processo de evolução no interior de
Moçambique que vai desencadear o movimento unificado (Ibidem, 1990:117)
Moçambique estava neste período, sob a dominação do colonialismo português caracterizado por
um sistema de administração directa, que abalava a consciência dos moçambicanos.
Este facto levou s formação de muitos outros grupos associativos, entre os quais a UDENAMO
(União Democrática Nacional de Moçambique formado em 1960, em Salsbury por Adelino
Guamba), o MANO (União Nacional Africana de Moçambique formado em 1959) e outros grupos
associativos muito em borra estes dois movimentos não fossem as únicas a constituírem os
principais movimentos independentistas, o amadurecimento destes movimentos tiveram lugar em
Tanganhica onde a situação política, acompanhada pela proclamação da independência em 1961,
favoreceu a sua implementação e posterior União (Ibidem, 1990:118-119).
Nesta fase crucial de implementação destes movimentos que surgem vários esforços associados
para a criação de um movimento unitário influenciados pelas ideias pan-africanistas tão
propalados por N’Krumah como pela conferência da CONCP (Conferência das Organizações
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Nacionalistas das Colónias Portuguesas), e defendia a representação unitária e pelo contexto


politico que caracterizava a África de então.
O conselho consultivo da CONCP, reunida em secção extraordinária de 13-15 de Junho de 1962,
em Rabat (Marrocos), exprimiu a sua profunda preocupação quanto a gravidade da situação do
povo africano e de Moçambique (Ibidem:1990:18).
A função dos movimentos para formação de uma única frente para a libertação de Moçambique
constituía, assim, a única saída necessária, independentemente de quem fosse o líder. Este facto
consumiu-se a 25 de Junho de 1962, tendo Eduardo Mondlhane sido eleito presidente da frente.
Assim a unificação dos movimentos independentistas então existentes, especialmente a MANU,
UNAMI e UDENAMO resultou na formação da FRALIMO. Assim a FRELIMO passou a
desenvolver um objectivo específico: atingir a autodeterminação e a independência nacional e
fazer corresponder a identidade política e identidade nacional. Deste modo, após a
independência, não podia falar do estado moçambicano. A nação e o estado eram realidades
indistintas.

3. Podemos considerar Moçambique um Estado-nação antes da independência.


No contexto mediato, o estudo demonstra que no caso moçambicano, o projecto da nação
começa com a unificação dos movimentos nacionalistas em 1962 num contexto de luta pela
reconquista das soberanias em África que vai conhecendo desafios até à introdução do
multipartidarismo em 1994 e recentemente com o fenómeno da globalização.

Analisadas as premissas que favoreceram a construção das nações africanas e de forma particular
na África Austral que em parte o caso moçambicano encontra similaridades, (NGOENHA 1998:
17-34) no seu ensaio sobre a identidade moçambicana: já e ainda não, descreve os processos
complexos que nos levaram à criação do projecto da nação moçambicana em 1962.

Admite que internamente, o projecto era e continua fragilizado pelos micros nacionalismos e pelo
economicismo individual. Por outro lado, externamente, o projecto da construção da nação
moçambicana é influenciado pela globalização económica e usurpação do espaço político nacional
que pode significar o retorno do colonialismo. Argumenta que a moçambicanidade é um conceito
moderno porque engloba todos os que estão no mesmo espaço geopolítico de colonização e
propõe ultrapassar as particularidades pela política (Ibidem, 1998:25).

Avaliando o posicionamento deste autor, deduz-se que a existência de diferentes etnias


representando diversidade cultural em Moçambique, aliado à vastidão territorial, torna o projecto
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da construção um desafio de futuro. O economicismo individual referido pelo autor, remete à


ideia de acumulação e distribuição desigual da riqueza, factor que gera diferenças significativas
na construção de uma consciência nacional comum.

A globalização que transcende as fronteiras nacionais, faz com que as soberanias percam de certa
forma a autonomia política, económica e cultural num contexto em que o grau de interacção
cultural na aldeia global pode retroceder o projecto da edificação da nação moçambicana
(Ibidem, 1998:35).

O autor, que usou fontes escritas na elaboração deste artigo, não discute o contexto remoto da
construção da nação moçambicana e seus fundamentos onde certamente, se podia desvendar a
possibilidade de ter existido um nacionalismo precoce no contexto pré-colonial conforme
apontam outros autores quando se referem a África em geral. De seguida o seu posicionamento
encontra algumas similaridades quando discute o contexto mediato em que desponta o
nacionalismo moçambicano que resulta da reacção à dominação colonial portuguesa nas
fronteiras traçadas pela colonização, facto comparável com outras nações emergentes em África.

Explicando a longa trajectória da edificação da nação, o autor apresenta os eventos significativos


que acabaram determinando o nascimento da nação moçambicana.
Defende que as suas instituições começaram com o movimento formulado com a unificação dos
três movimentos nacionalistas em 1962, num do contexto da guerra fria em que, apesar da
independência nacional de Moçambique em 1975 precedido de luta armada que durou dez anos, os
regimes da África do Sul e Rodésia do Sul que, no período pós-independência financiaram a
agressão e conflito interno em Moçambique, contribuíram para radicalização da componente anti-
tribal [ CITATION MON75 \p 276 \l 1033 ] .

Pode-se compreender que se no passado a consciência nacional se consolidava face à dominação


colonial e luta pela libertação nacional, hoje, a consciência nacional e unitária, condição básica
para a formação da nação moçambicana, gira em volta da estabilidade económica de todos, pelo
acesso aos recursos com as mesmas possibilidades.
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4. Passagem de mono partidarismo ao multipartidarismo.

No estudo das transições democráticas de um regime autoritário para democrático, podemos


encontrar duas em destaque: 1- através da negociação, o regime autoritário estabelece
determinadas cláusulas, se mantendo no poder. 2- Ruptura ou colapso – aquela em que as forças
incumbentes não têm poder nenhum após uma guerra ou conflito interno, eles acabam saindo
derrotadas.

Segundo Rustow são quatro fases ou condições na transição para a democracia. A


primeira, a da unidade nacional, corresponde à fase de estabelecimento na qual se
produz um consenso voltado a identidade política. A segunda fase é conhecida como
preparatória marcada pela intensa e inconclusiva luta política, por conflitos entre grupos
opostos. Este conflito pode ser tão intenso, ao ponto de derrubar a unidade nacional,
condição necessária para a democracia. A terceira fase é da decisão, muito complexa,
momento em que os partidos decidem aceitar a diversidade na unidade, para esse efeito
adoptar compromissos, regras e normas democráticas, que atribuem a cada um alguma
participação na vida política. A fase final é a da habituação, corresponde a conclusão do
processo de transição, com o acordo político entre as partes, a estrutura política
democrática montada e a consequente aceitação gradual por parte da população ao longo
do tempo[ CITATION RUS70 \p 253 \l 1033 ].

Em Moçambique, como consequência da sua independência em 1975, a frente de Libertação de


Moçambique (FRELIMO), adoptou como modelo político o comunista – leninista que implicava
o centralismo político com apenas um único partido. Com o decorrer do tempo, nos anos 90,
devido às pressões feitas pela Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) no palco das
operações de guerra, com as mudanças ocorridas no cenário internacional (a dissolução  da
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS) e ainda com a emergência de novos
interesses por parte de um sector organizado (Comité Central da FRELIMO), a FRELIMO foi
forçado a mudar para um sistema multipartidário. Assim, o papel do Estado passou a ser mais
reduzido sobre a economia e com liberdade parcial da imprensa e da sociedade civil nas questões
políticas do Estado.

Na última fase da sobrevivência do regime de partido único, pelas dificuldades enfrentadas pela
FRELIMO e pela morte de Samora Machel (19 de Outubro de 1986), verificou-se o abandono
oficial da referência ao marxismo-leninismo no Congresso de 1989 e consequente afastamento
gradual dos elementos de direcção mais comprometidos com a orientação marxista.
Até final de 1990 (Novembro), a classe dirigente de Moçambique apontava o multipartidarismo
como um instrumento de divisão do povo moçambicano do regionalismo e do tribalismo, enfim,
um elemento que conduzia à dissolução da unidade nacional[ CITATION CAVdo \p 57 \l 1033 ].
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Contudo, o projecto de Construção finalmente submetido então Assembleia da Popular pelo


Comité Central da FRELIMO, incorporava o princípio da liberdade de organização e associação
política dos cidadãos e permitia a criação de partidos políticos.
Esta conversão foi acelerada, por um lado, pela vaga de greves dos anos de 1989 e 1990, factor
que quebrava a paz social, que caracterizava as cidades bastiões tradicionais da FRELIMO, e,
por outro lado, pela necessidade de garantir a continuação da ajuda internacional sem qual o país
não podia viver.
Posta esta viragem política, através da promulgação de uma amnistia, a classe governante
começou a incorporar os elementos da RENAMO no Estado moçambicano, facto que viria a
culminar nas negociações e assinatura do Acordo da Paz, em Roma, a 4 de Outubro de 1992, sob a
égide da Comunidade Santo Egídio e o governo Italiano. Dois anos depois (1994), são realizadas
as primeiras eleições multipartidárias em Moçambique, processo que viria a repetir-se em
Dezembro de 1999 e 2004[ CITATION CAVdo \p 59 \l 1033 ].
Por outro lado, com vista a uma maior democratização política e participação na vida política e
económica do país, descentraliza-se o poder para níveis mas locais. Este facto foi efectivado
através de criação de autarquias/municípios. Em 1998 foram realizadas pela primeira vez
eleições com vista à eleição dos presidentes municipais.

5. Caracterização do projecto político da construção da nação moçambicana no período


pós-independência.
Após uma guerra de 10 anos foi conquistada a independência de Moçambique, em 1975, na
sequência da Revolução dos Cravos em Portugal. Com o fim da colonização a Frelimo
transformou-se em um partido político, de carácter ideológico marxista-leninista, que objectivava
restituir ao povo moçambicano os direitos que lhe tinham sido negados pelas autoridades
coloniais.
Deste modo, o governo da Frelimo, traçou a construção de uma economia socialista que
procurou eliminar as estruturas de opressão e exploração coloniais, construir uma economia
Independente e edificar uma democracia popular.
A política de construção de um “novo” cidadão moçambicano não foi peculiaridade do período
de transição, vindo a recrudescer nos anos seguintes. Destaca-se a forte experiência da chamada
Operação Produção. Organizada a partir de 1981, tratava-se da organização do projecto de
reeducação popular em grandes campos de cultivo rural – as machambas – localizados no
interior do país, sendo a maioria no norte do país, nas regiões do Cabo Delgado e Nampula.
Conforme[ CITATION THO08 \p 112 \l 1033 ] , em 1982, havia cerca de 1.352 machambas, quase
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todas funcionando como um verdadeiro laboratório de reconversão política para onde eram
enviados quaisquer indivíduos que simbolizassem valores ou práticas políticas ou moralmente
condenáveis.
Na prática, tratava-se de grandes acampamentos para onde eram enviados “marginais”,
“suspeitos” ou inimigos políticos (como Uria Simango). Nas machambas, todos teriam que
trabalhar na lavoura durante o dia, construir suas palhoças e, ao final da jornada, assistir a cursos
de marxismo-leninismo. Conforme o referido autor, durante a vigência da Operação Produção, as
forças de segurança saíam às ruas das principais cidades do país exigindo que as pessoas
mostrassem carteiras de trabalho, no caso de homens, ou comprovantes de casamento, no caso
das mulheres.

5.1 Factor influente no projecto politico pós-independência em Moçambique.


Em discurso realizado em 1981, Samora Machel assim pronunciava se sobre as machambas
comunais:
Política e militarmente foi forjada a unidade, a partir de um pensamento consciência patriótica de
classe. Entramos em Nashingwea como Macondes, Macuas, Niajas, Manicas, Shanganas, Ajauas,
Rongas, Senas; saímos Moçambicanos. Entramos como negros, brancos, mistos, indianos; saímos
Moçambicanos. Quando chegamos, trazemos nossos vícios e defeitos, egoísmo, liberalismo,
elitismo. Nós destruímos estes valores negativos e reaccionários. Nós aprendemos a incorporar os
hábitos e os comportamentos de um militante da Frelimo. Quando entramos, temos uma visão
limitada, pois conhecemos apenas nossa região. Lá, aprendemos a escala do nosso país e os
valores revolucionários (MACHEL, 1981apud TOMAZ, 2008, p. 181).
Fica clara a influência da experiência da formação da própria FRELIMO, sobretudo no que
remete à Nashingwea, campo de ternamente na Tanzânia antes da Independência. No mesmo
sentido, pode-se articulá-lo aos acampamentos rurais levados a cabo na Tanzânia, que
simbolizavam a existência do “socialismo tradicional”, a Ujamaa do projecto de Julius
Nyerer[ CITATION MAL11 \p 13 \l 1033 ].
Em entrevista contida na colectânea de memórias dos combatentes, organizada por Raimundo
Pachinuapa, Domingos Fondo revela que [...] antes de entrar na luta, recebi treinos ministrados por
chineses, incluindo aulas políticas, nas quais eles preparavam os guerrilheiros para uma guerra
prolongada. Encontrei pessoas oriundas de quase todos os pontos do País, expressando-se nas mais
variadas línguas. Para nos comunicarmos nos treinos, às vezes eram necessários vários intérpretes.
Os chineses falavam na sua língua e as palavras eram interpretadas para o português, e daí para as
línguas nacionais (FONDO apud PACHINUAPA, 2011, p. 17).
O programa da Frelimo passava inegavelmente pela luta contra as fidelidades do passado, sejam
as do colonialismo, sejam as do tradicionalismo. Assim, a experiência das aldeias comunais de
reeducação apontam para o uso “científico” dos acampamentos no sentido da construção de um
cidadão alinhado ao Estado da Frelimo. Isto, paradoxalmente, abre espaço para que se perceba a
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redignificação de algumas práticas e tipos sociais muito caros ao período colonial português,
agora já com nova roupagem pós-colonial socialista.

5.2 A questão do assimilado no projecto politico pós-independência.


Reflectindo sobre a questão do assimilado e a forma como o Estado Socialista Pós-Colonial teria
agido com este “sobrevivente” do passado, Omar Ribeiro Thomaz faz uma interessante
observação sobre os anos imediatamente posteriores à Independência.
Diz o autor que o assimilado [...] passou a ocupar um lugar decisivo no funcionamento do
aparelho de um Estado que não apenas adoptou o português como língua oficial, mas, no interior
do projecto marxista-leninista, apropriou-se com um propósito revolucionário de um conjunto de
atributos anteriormente associados à civilização ” (2005, p. 257).
Há, portanto, que recusar algumas simplificações ingénuas que postulam a coincidência e mesmo
a continuidade entre a construção identitária anterior ao processo de independência nacional e o
momento posterior. Mais do que uma recuperação identitária prévia, tratava-se da construção de
algo novo e em direcção oposta ao passado.
O lugar do assimilado neste novo projecto era, desse modo, estratégico. O trabalho de António
Cipriano Parafino Gonçalves, ao analisar as contradições existentes na concepção de politécnica
em Moçambique, deixa algumas importantes considerações sobre o uso do conhecimento, por
parte das estruturas do Estado da Frelimo, com o intuito de transformação da sociedade no
desenvolvimento da proposta de aliar a teoria com a prática revolucionária. O autor analisa a
documentação vinculada ao Sistema Nacional de Educação em Moçambique.
Em linhas gerais, pode-se dizer que o objectivo central atribuído ao projecto educacional
moçambicano naquele contexto era o de formar o Homem Novo Revolucionário, ou seja, “[...] um
homem livre do obscurantismo, da superstição e da mentalidade burguesa e colonial, um homem
que assume os valores da sociedade socialista” (MOÇAMBIQUE, 1985, p. 113 apud
GONÇALVES, 2007, p. 604).
Não parece haver forte dissemelhança alguma entre este documento de implementação de um
projecto de educação nacional e as linhas de pensamento divulgadas ainda no período final da
luta pela libertação. Fica claro o objectivo de usar as estruturas estatais para a construção de um
novo ideal societário. A moçambicanidade é, obviamente, também fruto deste processo.
No período pós-independência, a percepção era de que os integrantes dos campos de reeducação
popular eram “escravos sem dono” [ CITATION THO08 \p 116 \l 1033 ].
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6. Pontos convergentes e divergentes dos defensores do mono partidarismo africano


nomeadamente: Nkrumah; Nyerere e Kaunda.
Os defensores do mono partidarismo convergem na medida em que defendem o movimento
nacional que conduziu a luta pela independência como o importante que vai necessariamente
formar o governo do novo estado.
Seria absurdo esperar que um país por sua própria vontade, se dividisse em dois pelo prazer de se
submeter a uma forma particular de democracia e que, alem disso, o fizesse no decurso de um
combate que exige a total unidade do povo. Mas não se deve dai concluir que semelhante pais não
seja democrático ou não visse instaurar a democracia (BENOT, 1969:14 apud BAULENE
& ASSUMANE, 2015: 117-118).
Deve se igualmente notar que tanto Nyerere e como Nkrumah, a teoria de partido único parece
inflectir se pouco a pouco, partindo do problema das classes para acabar no problema de
preservação e consolidação das novas nações.
Diferentemente de Nyerere e Nkurumah, Kaunda logo após a independência pronunciou se
dizendo que já não quer impor um governo de partido único em contra partida esperava que este
regime se realiza de facto[ CITATION BAU15 \p 179 \l 1033 ].
Em Nyerere de preservar dentro dos limites que não ponham em perigo a independência e a
unidade nacional possibilidades de criticar e de discussão, portanto, Nkrumah dissera não as
propostas demagógicas ou mesmo pérfidas eram feitas, no interior do seu círculo de proclamar
oficialmente o CPP partido único, no sentido de preservar os direitos de crítica e de expressão
(BENOT, 1969: 14 apud BAULENE& ASSUMANE, 2015:178).
7. Ideias dos críticos do mono partidarismo africano.
Os críticos do mono partidarismo, defendem a necessidade da existência da oposição. Segundo
estes defensores a necessidade de uma oposição se não o projecto de democracia seria apenas
uma ilusão, pois a gestão governamental deve ter um pouco da opinião pública organizada e a
melhor forma seria de uma oposição estruturada[ CITATION BAU15 \p 180 \l 1033 ].
Awolowo, fundador de Action Group nigeriano escreveu simplesmente na sua autobiografia
afirmando que a democracia de um governo assente no partido único, em seu entender seria
incompatível portanto, o fundador da NCNC, o nigeriano Azikiwe, reafirmou alguns meses
depois da independência do seu país a necessidade de uma oposição (Ibidem, 2015:170-180).
Enahoro sublinha que a ausência do partido único não provocou a desintegração da Nigéria posto
que, foi antes da crise de 1965 e dos golpes de estados militares. Advoga a existência de uma
oposição pública e legal na construção do socialismo, para facilitar a sua organização, já que
muitos países africanos aderiram a esta política (Ibidem, 2015:180).
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8. Passagem do mono partidarismo ao multipartidarismo em África.


Nem todas as independências africanas culminaram na instalação de sistemas políticos mono
partidários, tal como sucedeu, por exemplo, em Moçambique.

Salvaguardadas algumas excepções, as independências dos países africanos anglófonos e


francófonos produziram sistemas políticos multipartidários, à semelhança das suas próprias
potências coloniais. É que a Inglaterra e a França eram democracias. Registo, porém, e como
exemplo, as excepções da Argélia e da Guiné-Conacry (ex-colónias francesas ). O Congo-
Kinshasa (que é o actual Zaire) ascendeu à independência num quadro multipartidário, na
sequência da Mesa Redonda em que se negociou a sua descolonização. O reino da Bélgica era,
igualmente, uma democracia e, por isso, permitiu que, na sua colónia, se gozassem alguns direitos
e liberdades que apenas as democracias consentem. Inclusive, havia no Congo-Kinshasa partidos
políticos legais e outras formas de associação política[ CITATION HOB90 \p 96 \l 1033 ] .

De modo algum quero confundir multipartidarismo com democracia, mas é verdade que, na
maior parte dos países africanos que se tornaram independentes no início da década de 1960, se
deu uma verdadeira regressão democrática. Ou seja, passaram do multipartidarismo para o mono
partidarismo, sobretudo fruto do ciclo infernal de golpes de estado que viraram uma espécie de
“moda” no nosso continente.

Olhando com algum cuidado os processos africanos, reparamos que, lá onde se instalaram os
sistemas mono partidários, foi precisamente onde as independências foram precedidas por lutas
armadas de libertação, seja porque houve um único protagonista da luta (caso da Argélia e da
grande maioria das antigas colónias portuguesas), seja porque um dos movimentos de libertação
conseguiu controlar o país, excluindo do poder os restantes actores (como foi o caso de
Moçambique).

O destino dos países africanos de expressão portuguesa foi muito condicionado pela luta armada,
mas, igualmente, pelas características políticas da potência colonial, ela própria sujeita a um
regime fascista, logo, adversa a todo o tipo de pluralismos (Ibidem, 1990:103). A potência que
nos colonizou estava numa encruzilhada: descolonizar e lutar também para vencer os apetites
totalitários que se manifestavam internamente.

Quero, então, dizer que nós, uma vez desvinculados de Portugal, fizemos precisamente o
percurso inverso ao dos que foram colonizados por democracias: partimos do mono partidarismo
para o pluripartidário.
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Não temos, pois, qualquer memória histórica de uma vida democrática, o que poderá constituir,
nos dias de hoje, em maior dificuldade para nos adaptarmos ao jogo das liberdades democráticas.
Acresça-se a isso o facto de muitas das nossas lideranças terem sido “culturadas” em sociedades
adversas à democracia. Daí, portanto, a sua enorme dificuldade em conviverem com a diferença,
seja ela de que tipo for.

9. Analise das características do multipartidarismo proposto no módulo e o regime


multipartidário que Moçambique apresenta.

São características do multipartidarismo propostos no modulo, (existência de vários partidos


políticos; coexistência pacifica entre os partidos; o exercício do poder è feito mediante a eleição
do partido pelo povo ou seja o povo è quem decide quem vai governar).

Ao longo dos anos, Moçambique tem enfrentado sérias dificuldades no estabelecimento de um


governo estável e democrático no país. O país conquistou sua independência somente em 1975,
dezasseis (16) anos depois da maioria dos países africanos, na sequência o país foi
imediatamente envolvido numa sangrenta Guerra civil, em grande parte financiada pelos regimes
brancos minoritários da Rodésia e, depois, África do Sul.

Desde o final dos anos 1980, quando as principais forças políticas do país deram início à
negociações para a assinatura do Acordo Geral de Paz e quando se iniciou um processo de
transição em direcção ao estabelecimento de uma democracia liberal e uma economia de mercado
no país, Moçambique tem passado por uma serie de mudanças políticas e económicas de
relevo[ CITATION CAVdo \p 235 \l 1033 ] .
O processo de reconciliação e reconstrução nacional, assim como a transição democrática tem
trazido consigo imensos desafios: cinco eleições gerais (1994, 1999, 2004, 2009 e 2014) e quatro
eleições autárquicas (1998, 2003, 2008 e 2013), que foram realizadas sem maiores conflitos e
com poucos incidentes que ameaçassem a sua legitimidade.
A abertura do sistema político moçambicano ao multipartidarismo provocou a formação de um
grande número de partidos políticos. No entanto, como as eleições de 1994 o confirmaram,
apenas a Frelimo e a Renamo seriam capazes de se afirmar como forças políticas importantes,
dispondo de um eleitorado significativo[ CITATION NGO98 \p 26 \l 1033 ].
É assim que, apesar dum sistema eleitoral baseado na representação proporcional, Moçambique
conhece desde essa altura um sistema bipartidário de facto.
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O processo de inclusão política que tinha sido iniciado com o Acordo Geral de Paz foi
interrompido após as primeiras eleições. Com efeito, ao obter uma maioria absoluta no
parlamento, a Frelimo optou por governar só e rejeitou as pressões que na altura se faziam sentir
no sentido de formar um governo de unidade nacional, à semelhança do que tinha feito o ANC
na vizinha África do Sul[ CITATION GON07 \p 106 \l 1033 ].
Deste modo, o sistema multipartidário implantado no país manifesta-se apenas em circunstância
formal e teórica, no sentido de que, na prática, reina o bipartidarismo onde a Frelimo e a Renamo
são os protagonistas, estando na periferia política os chamados pequenos partidos ou partidos
emergentes (PDD, PIMO, MDM, etc.).
A democratização em Moçambique não significou o fim de conflitos políticos, mas sim a
continuação de corrupção, pobreza, politização das instituições do Estado, manipulação dos
sistemas eleitorais e do enfraquecimento da sociedade civil. Os processos de transição política em
Moçambique e os seus processos eleitorais têm sido caracterizados por altos índices de violência
política ou durante as campanhas eleitorais ou posteriormente, na altura de publicação dos
resultados eleitorais (Ibidem, 2007:109).

Estes tipos de conflitos e de violência têm mergulhado o país em sucessivas crises políticas,
económicas e sociais.
O Multipartidarismo, na sua essência, significa uma maior representação de partidos políticos na
Assembleia da República. Não sendo o caso em Moçambique, preferimos designar de
Bipartidarismo, na medida em que são apenas dois (2) grandes partidos (Frelimo e Renamo) que,
para além de terem maior representatividade no parlamento, dominam a arena política do país,
pondo em causa, deste modo, o Multipartidarismo preconizado na Constituição de 1990.
O cenário político que se faz sentir em Moçambique, de acordo com os factos político-
ideológicos decorrentes do dia-a-dia, permitem-nos afirmar com significativa segurança que na
verdade estamos perante o Bipartidarismo.
Não basta só existir muitos partidos políticos que, no entanto, não têm assentos no parlamento,
pois há minorias que possuindo simpatias manifestas através de votos, por esses partidos
considerados pequenos, gostariam de estar representados no parlamento, apesar de muito
recentemente o MDM conseguir, em número insignificante, assentos na Assembleia da República
([ CITATION PAC11 \p 98 \l 1033 ].
A Democracia não está nas palavras, mas sim, nas acções e na interacção entre o Estado e o
povo. Não pretendemos ser radicais nem pessimistas, se tomarmos em consideração o sentido
global e real do conceito Democracia, podemos afirmar que em Moçambique, estamos perante
uma Democracia aparente, isto é, muito distante dos preceitos reais do que é uma Democracia
efectiva. Este argumento, pode ser sustentado com factos reais como:
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Uma deficiente liberdade de imprensa e de expressão, na medida em que para se emitir uma
determinada informação em alguns canais televisivos, rádios e jornais deve passar por uma
censura prévia (Ibidem, 2011:103).
Em última análise, com a queda da Renamo, a maior força política de oposição em Moçambique,
é importante referir que nos próximos anos, o multipartidarismo corre o risco de tornar-se
fragmentado, na medida em que teremos apenas um partido dominante e vários outros partidos
menores e com pouca força política. Deste modo, a democracia no país tornando-se bastante
vulnerável ao grau de democracia no seio do partido no poder.

10. Desafios que a União Africana (UA) coloca para a pacificação dos conflitos ou guerras
de África.
O Conselho de Paz e Segurança da União Africana é um órgão de suma importância e que
outorga a esta entidade a possibilidade de intervenção político-militar, acabando desta maneira
com a doutrina da não ingerência da organização continental que continha a sua antecessora,
OUA.
Desta forma, com a preocupação de se fazer mais presente, a União Africana adoptou em 2003
um marco político para o Estabelecimento da Força Africana em Alerta e o Comité
Militar[ CITATION RIB07 \p 38 \l 1033 ].
O Conselho de Paz e Segurança é um órgão decisivo para a prevenção, gestão e resolução de
conflitos. Fazem parte dela 15 Estados-membros que detêm maior capacidade militar. Além de
desempenhar as funções acima mencionadas, o Conselho de Paz e Segurança também é
encarregado de preparar as acções de intervenções humanitárias da UA nos países em conflito,
em campos de refugiados, etc[ CITATION RIB07 \p 49 \l 1033 ].
Mearsheimer (2000) analisa a incapacidade da União Africana de por fim aos vários dos conflitos
vivenciados pelo continente africano, que vive uma gravíssima crise humanitária. A exemplo de
Darfur, o autor observa que a União Africana ainda não foi capaz de estabelecer mecanismos
capazes ou eficientes que façam promover os direitos básicos e comportamentos estatais aceitáveis
(Ibidem, 2000:56).
Para tornar-se efectiva, a União Africana deverá se pautar por uma actuação que tenha impacto
na realidade vivenciada no continente. Dentro desta perspectiva,[ CITATION RIB07 \p 48 \l 1033 ]
coloca como indispensável para o órgão a busca por uma estratégia eficaz de prevenção e
solução de conflitos, numa instância superior dos mecanismos por ela criados, valendo-se do
direito de intervenção para restaurar a paz e a segurança.
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11. Conclusão.
Alguns investigadores ignoram a compenetração cultural regional na qual Moçambique faz parte.
Admite-se também que as trocas de experiências com os projectos de integração regional, o
comércio e as migrações podem influenciar na construção da nação moçambicana que é um
projecto ainda aberto.
Apesar das posições de muitos pessimistas sobre o processo democrático africano, a experiência
mostra que a democracia é praticável em Moçambique, assim como em muitos países africanos.
Dificuldades existem que podem manchar este processo. Mas estas não servirão de argumento
para se negar que o modelo europeu de democracia funcione em Moçambique.
Este processo deve ser acompanhado de uma vontade política e com as devidas adaptações na
medida em que a experiência o exija. De facto, a democracia é uma viagem inacabada. O que se
deve fazer é o aperfeiçoamento constante, acompanhado de uma abertura política e participação
activa de todos os cidadãos dos assuntos públicos.
Considera-se que a União Africana tem um longo caminho a percorrer no que se refere à
construção de uma entidade como organização e, em seguida, na busca por um maior
desenvolvimento económico, político e social. Entretanto, é preciso acreditar que o continente
tem potencial para isso e levar adiante medidas que façam prevalecer suas prioridades.
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12. Bibliografia
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UCM/CED. 2015.

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