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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de Engenharia Elétrica

MATERIAIS ELÉTRICOS ESTUDO DIRIGIDO E QUESTIONÁRIO 04

DIELÉTRICOS

Dielétrico é o nome dado aos materiais que têm propriedades isolantes e que podem ser
facilmente polarizados. Geralmente são meios que dificultam a formação de correntes
elétricas.

Os dielétricos polarizam-se quando sujeitos a um grande campo elétrico externo, essa


propriedade concede a esses materiais diversas aplicações tecnológicas nas áreas de
eletricidade, eletrônica, óptica e biofísica. Sua principal função é

 Barrar a passagem da corrente elétrica


 Acumular cargas elétricas em razão de sua polarização
 Evitar a ruptura dielétrica do ar em fios de alta tensão
 Isolar componentes elétricos

Quando os materiais dielétricos são colocados em uma região de campo elétrico intenso,
pouca ou nenhuma corrente elétrica é capaz de fluir através deles. Isso ocorre porque
esses materiais são pouco condutores.

Ao propagar-se no interior dos dielétricos, o campo elétrico causa a polarização das suas
moléculas, isto é, os portadores de cargas do material são levemente deslocados de sua
posição de origem, fazendo com que apareça um campo elétrico oposto ao campo
elétrico externo e o anule.

A Figura 1 mostra como ocorre a polarização do dielétrico. Em branco, está uma


representação das moléculas do dielétrico, o campo elétrico externo atrai as cargas
negativas em sua direção, produzindo, assim, uma separação de cargas que dá origem a
um campo elétrico de polarização, oposto ao campo elétrico externo:

Figura 1. Campo Elétrico Externo Polarizando o Meio Dielétrico.

Os meios materiais podem ser classificados ou divididos quanto à resposta ao campo


elétrico aplicado. Os materiais que não possuem portadores de carga aptos a moverem-
se através do material, ou seja, que não conduzem corrente elétrica, são chamados
isolantes. 

Dentre os isolantes, há materiais que respondem ao campo com uma polarização local e


estes chamados de dielétricos. Há casos que o dielétrico pode tornar-se um material
condutor, isto é que conduz corrente elétrica, mas para isso ocorrer o campo aplicado
deve ser relativamente grande, quebrando a propriedade denominada rigidez dielétrica.

A Figura 1 caracteriza um dielétrico sem polarização. As moléculas do material não


possuem uma orientação definida. Tais moléculas podem ser polares ou apolares. 

As moléculas polares tem originalmente um significativo momento de dipolo, de sorte que


o efeito do campo elétrico externo aplicado em nas moléculas é o de alinhar os
correspondentes dipolos existentes com sua própria direção, a do campo, através do
efeito do torque. J

Já as moléculas apolares não possuem um momento de dipolo intrínseco, mas podem


adquiri-lo sob a ação de um campo elétrico externo aplicado e da mesma maneira das
moléculas polares, deve haver um alinhamento entre o campo e o momento de dipolo.

Figura 2. Dielétrico sem polarização

Na Figura 2 há um campo elétrico externo aplicado sobre o dielétrico. Nesse caso, as


moléculas do dielétrico tendem a orientar-se, na forma de dipolos, direcionadas conforme
o campo aplicado.

A modificação microscópica apresentada acima, é a descrição básica das fontes que


surgem no dielétrico e que geram o campo secundário. O campo resultante ou campo
total num determinado ponto, será a soma vetorial dos campos primário e secundário. É
importante salientar que essa descrição não nos permite determinar o campo secundário
diretamente, mas possui um essencial valor descritivo do problema.
Figura 3. Dielétrico com Polarização

Constante Dielétrica

A constante dielétrica é a constante física que influencia o acúmulo de cargas de um


capacitor. Quanto maior for a constante dielétrica de um meio, maior será a sua
capacidade de acumular cargas para uma determinada diferença de potencial. A
constante dielétrica é definida como um múltiplo da constante dielétrica do vácuo. A
constante dielétrica do vácuo tem valor de ε 0 = 8,85418782. 10-12 C2N-1m-2. A Tabela 1
apresenta os valores das constantes dielétricas dos materiais e meios mais conhecidos.

Qualquer material, senão o vácuo, tem a sua constante dielétrica definida com base na
seguinte relação:

ε — constante dielétrica do meio


ε0 — constante dielétrica do vácuo
K — constante dielétrica relativa

Tabela 1. Valores de Algumas Constantes Dielétricas

Constante dielétrica relativa


Material (k - C2N-1m-2)

Ar 1,00059
Alumínio 8,1 a 9,5
Papel 4a6
Porcelana 6
Óleo 4,6
Mica 5,4 a 8,7
Vácuo 1
Quando um material apresenta uma constante k = 5, por exemplo, isso significa que a sua
capacitância será cinco vezes maior que a do vácuo. Se um capacitor receber esse
dielétrico entre suas placas, ele será capaz de armazenar cinco vezes mais carga. A
Tabela 2 apresenta a constante dielétrica de vários materiais usados na área da
engenharia elétrica.

A Constante Dielétrica ou Permissividade Elétrica Relativa -εr - é a medida da capacidade


do material de armazenar cargas elétricas e traduz, de forma macroscópica, os efeitos
mostrados nas figuras acima. Ela varia em mais de 4 ordens de magnitude nos materiais
isolantes.

Nos gases, em decorrência da baixa densidade, a constante dielétrica é um pouco maior


do que um. Por exemplo, a constante dielétrica do ar na pressão de 1 atm é igual a
1,0006.

Tabela 2. Constante Dielétrica de Alguns Meios e Materiais

A maioria das cerâmicas e polímeros tem constante dielétrica na faixa entre 2 e 10, em
função das ligações covalentes.

No caso de materiais com ligações iônicas, como o NaCl, a faixa situa-se entre 6 e 10.
Materiais com elevados valores de constante dielétrica possuem mecanismos especiais
de polarização que envolvem a rotação de dipolos ou transformação ferroelétrica de fase.
A água, com constante dielétrica de 80 e o BaTiO3 (1000) são exemplos desses
mecanismos.

O primeiro mecanismo mostrado nas figuras acima envolvendo as nuvens de elétrons


existe em todos os materiais. Os outros mecanismos estão relacionados com o tipo de
material envolvido.

Outro aspecto importante de ser observado é a diferença de massas e forças envolvidas


nos quatro casos. Como a massa dos elétrons é muito pequena, a polarização elétrica
ocasionada por eles responde a campos elétricos de alta frequência até a luz visível.

Por outro lado, como os íons são muito mais pesados do que os elétrons, a polarização
iônica é sensível apenas até frequências próximas ao infravermelho.

Seguindo este raciocínio, as moléculas são mais pesadas que os íons e a polarização é
sensível apenas até as micro-ondas.

Finalmente, a polarização causada pela carga especial é sensível até a frequência de


quilohertz.

Exemplos de Materiais Dielétricos

 Ar, Cerâmica, Mica, Vidro, Plástico, Porcelanas, Óxidos, Água destilada, Óleos,
Borracha.

Aplicações de Materiais Dielétricos

 Capacitores: Esses são dispositivos elétricos formados por duas placas


condutoras “recheadas” por um meio dielétrico. O campo elétrico formado entre as
placas polariza esse meio, e isso aumenta grandemente a capacidade desses
dispositivos de armazenarem cargas elétricas.
 Transformadores: Os vernizes utilizados nos fios das bobinas dos
transformadores são capazes de isolá-los uns dos outros, bem como o óleo que é
utilizado para refrigerá-los tem propriedades dielétricas
 Sensores diversos: Existe uma grande gama de sensores de pressão,
temperatura e luz que utiliza dielétricos para indicar variações mínimas nessas
grandezas.
 Telas touchscreen: As telas dos smartphones são feitas de materiais dielétricos.
Quando o dedo toca a tela, fecha-se um circuito similar a um capacitor. Pequenas
variações de cargas são detectadas indicando a ocorrência do toque.

Ruptura da Rigidez Dielétrica

A ruptura da rigidez dielétrica ocorre quando o campo elétrico externo aplicado a um


dielétrico é grande o suficiente para que esse material deixe de ser um isolante elétrico e
passe a ser condutor de eletricidade.

Quando isso ocorre, os elétrons desse material, que antes eram fortemente ligados aos
núcleos atômicos, passam a ser conduzidos através da sua rede cristalina.

Esse processo é geralmente muito intenso, produz uma grande quantidade de calor e
pode causar danos irreversíveis ao dielétrico. Os raios formam-se quando o ar passa a
conduzir a corrente elétrica.

A ruptura da rigidez dielétrica também pode ocorrer quando se aquece o material, o


aumento de temperatura pode fornecer mais energia aos elétrons, que, quando excitados,
são conduzidos mais facilmente.

De modo geral, todos os dielétricos necessitam de grandes quantidades de energia para


sofrerem rupturas de rigidez dielétrica, da ordem de, pelo menos, 3 eV (3 elétron-Volts) —
cerca de 4,8. 10-19 J para cada elétron excitado.

Um exemplo simples que retrata a ruptura da rigidez dielétrica é a formação dos raios:
quando o campo elétrico entre as nuvens é alto o suficiente, o ar atmosférico, que é um
bom dielétrico, polariza-se no momento em que o campo elétrico excede um valor máximo
de 3.106 V/m.
Dessa forma, o ar torna-se condutor. A passagem dos elétrons pelo ar produz um enorme
aumento de temperatura e emite um estrondo, em razão da alta expansão térmica do ar.
O efeito corona surge em fios de alta tensão, devido ao grande campo elétrico em sua
volta.

Como dito no início desse texto, a rigidez dielétrica é quando determinados materiais que
deveriam servir como isolantes, ou seja, impedindo a ‘fuga’ de eletricidade de
componentes internos, passa a conduzir a eletricidade devido ao valor máximo do seu
campo elétrico (kV/cm).

Por exemplo, para quebrar a resistência de isolante do ar atmosférico sobre a pressão do


nível do mar é preciso uma rigidez dielétrica de 10 Kv/cm (3.106 V/m), ou algo próximo a
3 milhões de volts por metro, tornando o ar um condutor de energia elétrica – os
relâmpagos são uma boa aplicação prática desse conceito.

A borracha, outro elemento que serve amplamente como isolante, pode passar a ser
condutor quando se dá na ordem de 12.106. Em ambos os casos será rompida a barreira
máxima de tensão que ambos suportam.

Para verificar qual a rigidez dielétrica de um material isolante é preciso que ele passe por
teste que o expõe a altas tensões durante determinado espaço de tempo, identificando
quando os elétrons se dispersam do núcleo do isolante.

Para entender exatamente como funciona a rigidez dielétrica, é preciso falar dessas
partículas minúsculas presentes nos átomos. Literalmente o campo elétrico tentará
‘arrancar’ os elétrons de dentro do núcleo atômico, mas os materiais isolantes,
conhecidos como dielétricos, não contam com as partículas livres, diferente dos
condutores.

Quanto maior for a tensão contínua aplicada, dependendo de fatores como temperatura e
diferença de potencial, mais fácil será tirar o elétron do núcleo do isolante. Quando isso
acontece, a partícula se torna livre e o material, que antes era dielétrico, passa a ser
condutor.

Ou seja: qualquer isolante poderá servir como condutor exposto aos fatores descritos no
parágrafo anterior. Essa questão é importante, principalmente para testar a eficiência de
inúmeros materiais que serão utilizados nas mais variadas situações, especialmente
aqueles que dependem de altas tensões.

Sem a conceituação e fórmulas da rigidez dielétrica ficaria muito difícil diagnosticar os


problemas e, consequentemente, isto traria problemas em diversas esferas,
principalmente em usinas e indústrias. Entender a rigidez dielétrica é fundamental para
todos que, lidando com energia elétrica, precisam executar as tarefas mais básicas do dia
a dia.
EXERCICIOS

1. Como é possível classificar os dielétricos em termos de mecanismos de


polarização e em quantos grupos podemos dividir?

2. Que ocorre quando um campo elétrico propaga-se no interior de um meio


dielétrico?

3. Quais suas principais características e quais tipos de polarização apresentam os


dielétricos sólido iônios com estrutura fechada?

4. Quando dielétricos são submetidos a campos elétricos, que aspectos físicos e


estruturais podem controlar o comportamento dos mesmos?

5. Em termos de circuito elétrico equivalente como é possível modelar um dielétrico e


que representa cada componente deste circuito?

6. Quais são os tipos de polarização presentes nos dielétricos líquidos?

7. Quais as diferenças entre as moléculas polares e apolares quando estão sob a


ação de um campo elétrico externo aplicado?

8. Como se manifesta a polarização espontânea e que grandezas de engenharia


podem ser verificadas?

9. De que maneiras pode ocorrer a ruptura da rigidez dielétrica?

10. Como o ar e a borracha podem se tornar condutores embora sejam dielétricos?

FOLHA DE RESPOSTAS
ALUNO:
1.
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