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OLERICULTURA
1. INTRODUÇÃO A OLERICULTURA
OLERICULTURA é um termo derivado do substantivo latino Olus, oleris- que significa
precisamente ”hortaliças” e do verbo latim colere-cultivar. O termo é aplicado para designar o
cultivo de certas plantas herbácea geralmente de ciclo curto e tratos culturais intensivos, cujas
partes comestíveis são diretamente utilizadas na alimentação humana sem exigir
industrialização previamente, ou seja: as hortaliças.
No meio técnico brasileiro atual começa-se a entender melhor o valor da horticultura e
da olericultura, sendo adotado o seguinte esquema didático, pela maioria de nossas faculdades
de Agronomia.
OLERICULTURA
IMPORTÂNCIA DO CLIMA NA OLERICULTURA
As culturas oleráceas apresentam freqüentemente, uma ampla adaptação a diversos
tipos de climas provavelmente devido a virem sendo cultivadas em regiões de condições
climáticas diversas. Principalmente aquelas espécies de ciclo curto (que são a maioria) sempre
encontram alguns meses nos quais as condições lhes são propícias, mesmo quando cultivadas
em locais diferentes de sua origem.
Dentre os numerosos fatores que afetam uma cultura comercial de hortaliça, as
condições climáticas são aquelas que mais influenciam a duração do ciclo cultural, a
precocidade a produtividade e as características comerciais do produto obtido.
Entendido como a resultante da ação conjunta de fatores naturais que imprimem
características definidas a determinada região, o clima é um fator decisivo na exploração de
hortaliças. Devido sua maior importância, apenas abordaremos três fatores climáticos:
temperatura, luz e umidade.
1. A influência da temperatura.
Na natureza todo ser vivo tem seu limite de tolerância em relação a temperatura (baixa e
alta), como também uma faixa ótima dentro deste limite. Para a obtenção de um bom
rendimento no cultivo das hortaliças, é necessário levar em consideração a temperatura na
seleção das culturas que são adaptadas às variações de temperatura que podem ocorrer entre
o dia e a noite e as diferentes estações do ano na região em que pretende cultivar as espécies
escolhidas.
A temperatura exerce influência no desenvolvimento vegetativo, no florescimento, na
frutificação na formação das partes tuberosas ou bulbosas, bem como na produção de
sementes.
Observa-se que cada variedade de hortaliça possui sua faixa própria de temperatura
mais favorável á germinação, á emergência, ao crescimento e a produção. Assim é que a
temperatura abaixo ou a cima do nível ótimo pode provocar o florescimento prematuro de
certas hortaliças prejudicando ou até impedindo a produção daquelas partes comerciáveis,
1. EX: Temperatura baixa: Florescimento pré-maturo da cebola, repolho, etc.
2. EX: Temperatura alta: Florescimento pré-maturo da alface, cenoura, etc.
Além de sua influência na fisiologia das plantas, a temperatura propicia condições ideais
para algumas doenças patogênicas e ataques de pragas.
1. EX: Temperatura alta: Condiciona o ataque e proliferação do fungo Septoria (tomate,
alface, etc.).
2. EX: Temperatura baixa: Condiciona o fungo Fitoftora (tomate, batatinha, etc.).
Procurando evidenciar a adaptação de nossas principais hortaliças ás condições
termoclimáticas das localidades, iremos enquadrá-las dentro de três grandes grupos. Para isso
devemos considerar as exigências particulares de cada cultura, em termos de temperatura,
durante a maior parte de seu ciclo cultural:
De clima quente: são as hortaliças mais intolerantes, ao frio exigindo temperaturas
elevadas, diurnas e noturnas;
De clima ameno: são aquelas que produzem melhor sob temperatura amena, porém
toleram temperaturas mais baixas, próximas e acima de 0ºC mais não suportam
geadas.
De clima frio: culturas que prosperam bem em temperaturas baixa, tolerando inclusive
aquelas situadas ligeiramente abaixo de 0ºC, e suportando bem as geadas.
Temperatura e germinação.
Dos três fatores que influenciam na germinação das sementes das hortaliças, – temperatura,
umidade, e oxigênio – A temperatura poderá vir a ser o mais importante, uma vez que nem
sempre o produtor tem o total controle sobre este fator. Cada espécie apresenta uma
temperatura mínima, máxima, e ótima para a germinação e dentro de cada espécie, podem
existir diferenças marcantes entre as cultivares quanto à germinação nas diferentes
temperaturas. Temperaturas muito baixas ou muito altas poderão alterar tanto a velocidade
quanto a porcentagem final de germinação. Em geral, temperaturas baixas reduzem, enquanto
temperaturas altas aumentam a velocidade de germinação.
Em condições extremas de temperatura, a germinação poderá não ocorrer, e em
alguns casos, poderá levar a semente à condição de dormência. Na maioria das cultivares
comerciais de alface, por exemplo, condições de altas temperaturas (acima de 30° C) durante a
embebição das sementes pode levar a dois diferentes fenômenos: termo-inibição, onde as
sementes não germinam, mas irão germinar uma vez que a temperatura volte a um nível
adequado, (processo reversível); e, termo-dormência, no qual as sementes, após
permaneceram embebidas em altas temperaturas durante um período prolongado, não
germinarão mesmo após a redução da temperatura.
No entanto, condições de baixas temperaturas (próximas de 15° C) reduzem a
velocidade de germinação das sementes e a emergência de plântulas de várias espécies de
hortaliças.
Temperaturas exigidas para germinação de sementes de algumas hortaliças
Espécie Temperatura (° C)
Alface 2 29 20
Beterraba 4 35 20-30
Cenoura 4 35 20-30
Melancia 16 41 20-30
Pimentão/Pimenta 16 35 20-30
Tomate 10 35 20-30
2. O papel da luz.
A luz solar é um dos fatores climáticos mais importantes para a vida vegetal, pois é
aquele que promove o processo da fotossíntese. A deficiência luminosa provoca um maior
alongamento celular, resultando no estiolamento da planta (aumento em altura e extensão da
parte aérea - caule, folhas, sem elevação do teor de matéria seca).
A duração do período luminoso, denominado de foto período (número de horas diárias
de luz solar), influencia o crescimento vegetativo, a floração e a produção de algumas
hortaliças, como o alho e a cebola. Ambas as espécies somente formam bulbos em condições
de comercialização, quando os dias têm a sua duração acima de um certo número mínimo de
horas de luz. De acordo com a exigência em luz (fotoperíodo crítico), há cultivares mais
precoces e mais tardias, conforme exija dias maiores e menores, respectivamente para a
formação de bulbos. Isso porque exigem mais de 12 horas de luz diariamente para
bulbificarem.
3. A importância da umidade.
O manejo da umidade do solo não é apenas uma questão de aportes adequados pela
chuva ou irrigação. A água é responsável pelo transporte de nutrientes solúveis, afeta a
aeração e temperatura do solo, e causa impacto nos processos biótico que ai ocorrem.
Portanto o olericultor deve estar ciente de como a água age no solo, de como os níveis são
afetados por condições atmosféricas e por práticas de cultivo, de como os aportes de água
afetam a umidade do solo e quais são as necessidades que as plantas cultivadas têm.
Dentre os fatores climáticos, a umidade do solo é aquele que pode mais facilmente ser
controlado pelo olericultor, por meio da prática de irrigação. Entretanto o controle da umidade
relativa do ar é um processo muito oneroso, tornando-se na maioria dos casos impraticável e
antieconômico em nossas condições, pois exige a utilização de casas de vegetação providas
de equipamentos especiais. Também vale lembrar que o alto teor da umidade do ar afeta ,
substancialmente , o estado fitossanitário das hortaliças , especialmente com relação ao
ataque de fungos e bactérias patogênicas , também a presença de ácaros é afetada
inversamente, sendo maior sob baixa umidade .
Dificilmente outro fator climático pode afetar tão substancialmente a produção agrícola
como as chuvas. Toda via, no caso particular da olericultura, por se tratar do cultivo de
espécies altamente exigentes em água, geralmente, a produção comercial não pode basear-se
somente no fornecimento de água, por meio das chuvas, na maioria dos casos.
UNIDADE 6
NUTRIÇÃO MINERAL E ORGÂNICA DAS HORTALIÇAS
Fósforo: A nossa vivencia pessoal com o cultivo de hortaliças nos tem convencido de que
o P é o nutriente que oferece respostas mais espetaculares á sua aplicação, em olericultura.
Numerosas observações de pesquisadores comprovam que o P é essencial a formação das
raízes, sendo necessário desde os primeiros estágios durante a germinação e a emergência da
plântula e durante toda a formação do sistema radicular. Também influência poderosamente,
na formação de flores frutos e sementes , sendo capaz de reduzir o ciclo cultural e apressar a
colheita especialmente em hortaliças fruto e tuberosas .O fósforo contribui para elevar o teor
de matéria seca, possibilitando a obtenção de mudas mais resistentes plantas adultas com
hastes mais grossas. Geralmente, as hortaliças são mais exigentes em P durante o
desenvolvimento do sistema radicular, a frutificação e a formação de partes tuberosas
subterrâneas.
Sintomas característicos da deficiência de fósforo incluem crescimento reduzido em
plantas jovens e coloração verde-escura das folhas, as quais podem encontrar-se malformadas
e conter pequenas manchas de tecido morto, chamadas de manchas necróticas. O
crescimento é reduzido e, sob condições de deficiência severa, as plantas tornam-se
atrofiadas.
Cálcio (Ca): Faz parte da parede celular das células das plantas, aumentando o vigor e a
resistência das folhas e caules; atua na formação e pegamento de frutos jovens e no
enraizamento em profundidade.
Os sintomas de deficiência de cálcio aparecem mais cedo e mais severamente nas
regiões meristemáticas e folhas jovens. As demandas de cálcio parecem ser altas nesses
tecidos e o cálcio contido em tecidos mais velhos tende a se tornar imobilizado. Dessa forma,
pode haver morte dos pontos de crescimento. Outro sintoma característico do cálcio é que o
crescimento das raízes é severamente afetado.
Magnésio (Mg): faz parte da molécula de clorofila, que é responsável pela captação de
energia solar na fotossíntese; na sua presença, as plantas absorvem mais fósforo (P).
Os sintomas de deficiência de magnésio ocorrem, primeiramente, nas folhas mais velhas
com clorose internerval e, sob deficiência severa, ocorre necrose. As folhas tornam-se rígidas e
quebradiças e as nervuras intercostais torcidas. A variedade de sintomas em diferentes
espécies é tão grande que uma descrição generalizada dos sintomas desse nutriente é ainda
mais difícil do que para outras deficiências.
Enxofre (S): entra na composição das proteínas e na formação de grãos e sementes; quando
ligado ao Ca, favorece a sua migração para o subsolo, atraindo as raízes.
Como o enxofre é constituinte essencial das proteínas, a deficiência desse nutriente
resulta na inibição da síntese de proteína. As deficiências de enxofre e nitrogênio possuem
algumas semelhanças, como os teores reduzidos de clorofila e de proteína, além de aumento
de compostos solúveis de N nas folhas, decorrentes da redução na síntese de proteína. Devido
a pouca mobilidade do enxofre na planta, os sintomas visuais de deficiência se manifestam nas
folhas novas e o nitrogênio nas folhas velhas com clorose gradual, cujo tamanho é reduzido.
Boro (B): atua no transporte de carboidratos (açúcares) das folhas para os órgãos
armazenadores das plantas (grãos, raízes e caules); importante na multiplicação e crescimento
das células; auxilia no pegamento da florada.
A deficiência de boro aparece, primeiramente, como crescimento anormal ou
retardamento da região apical da planta. As folhas mais novas são deformadas, encarquilhadas
e são, freqüentemente, mais grossas e de uma coloração vede azulada, folhas e caules
tornam-se quebradiços, ocorre inibição na formação de flores e frutos. Também afeta a
formação de tubo polínico, a germinação do pólen e a formação do fruto, a ocorrência de
partenogênese, inibição da raiz e necrose no ápice da raiz.
• Cobre (Cu): As principais funções do cobre nas plantas são a enzimática e a estrutural. O
cobre participa de vários processos vitais para a planta, como fotossíntese, respiração,
regulação hormonal, fixação de nitrogênio (efeito indireto) e metabolismo de compostos
secundários. Os papéis principais do cobre no processo de formação da colheita são:
crescimento e produção, resistência à doenças, estrutura do grão de pólen e maturação
uniforme.
O sintoma inicial da deficiência de cobre é a produção de folhas verdes escuras, que
podem conter manchas necróticas. As manchas necróticas aparecem primeiro nos ápices das
folhas jovens e, então, se estende em direção à base da folha, ao longo das margens. As
folhas podem também ficar retorcidas ou malformadas. Sob deficiência extrema de cobre, há a
possibilidade das folhas caírem prematuramente.
• Ferro (Fe): O ferro é um importante constituinte ou ativador de enzimas e possui também
função estrutural e participa de importantes processos, entre os quais estão fotossíntese,
respiração, fixação biológica de nitrogênio, assimilação de nitrogênio e enxofre, síntese de
lignina e suberina e metabolismo de auxina.
Clorose geral de folhas jovens é o sintoma mais evidente de deficiência de ferro.
Primeiro, as nervuras podem permanecer verdes, mas, na maioria das espécies em que a
deficiência foi observada, elas também se tornam cloróticas no final.
• Manganês (Mn): é ativador de diversas enzimas e participa de sínteses diversas
(carboidratos, gorduras, proteínas, produtos secundários), entre outros processos, tais como:
absorção iônica, fotossíntese, respiração, controle hormonal e resistência a doenças.
Os sintomas de deficiência de manganês variam grandemente de uma espécie para
outra. Desse modo, as folhas freqüentemente apresentam clorose entre as nervuras,
produzindo desenho verde em um fundo amarelo ou verde-claro, assemelhando-se muito com
a deficiência de ferro.
CALAGEM
Vem crescendo a procura por informações sobre a aplicação de calcário e fertilizante em
hortaliças cultivadas sob estufa plástica. As produtividades de hortaliças sob cultivo protegido
tais como pimentão, tomate e alface, são duas até quatro vezes superiores às produtividades
obtidas no campo, a céu aberto. Isso tem estimulado à realização de novas pesquisas
científicas voltadas a definição sobre as quantidades e maneiras de aplicação de fertilizantes
neste moderno sistema de produção. A necessidade da calagem é determinada pela
porcentagem de saturação por bases do solo e a tolerância da espécie de hortaliça ao menor
ou maior grau de acidez do solo.
ADUBAÇÃO ORGANICA
a) A incorporação dos fertilizantes orgânicos ao solo deve ser realizada pelo menos 30 a 40
dias antes do plantio, tempo necessário para que ocorra o processo de cura ou decomposição
sem o que poderá haver "queima" das sementes ou mudas de hortaliças.
c) Estercos animais, principalmente de aves podem carregar resíduos de sal e outros produtos
presentes nas rações , acarretando problemas como salinização do solo.