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DOCUMENTO I:
No início do século XIV a China vivenciou uma epidemia mortal de peste bubônica. A peste ocorre
em virtude de um bacilo, presente no organismo dos ratos e que é repassado aos homens pelas pulgas.
Assim que as primeiras pessoas são atingidas pela peste, a enfermidade se dissemina com grande rapidez.
Os sintomas dessa doença são a febre alta, a inflamação das glândulas linfáticas (chamadas
popularmente de bubões), manchas na pele (vermelhas inicialmente e que depois se tornam negras). O
nome da doença, Peste Bubônica, tem relação direta com a inflamação dos gânglios linfáticos e o seu nome
deriva justamente da expressão Bubão. Situações de subnutrição e desnutrição ou de qualquer outra doença
no organismo de uma pessoa infectada tornam a possibilidade de sobrevivência a peste praticamente
impossível.
A população da China, do século XIV, reduziu consideravelmente, passando de 125 milhões de
pessoas para 90 milhões. Como a China era uma das mais importantes nações comerciais do mundo naquela
período, a doença migrou através de navios mercantes para a Europa. Eles retornavam da Ásia, em direção
as cidades italianas, pelo Mar Negro, uma das principais rotas comerciais que ligavam a Europa e diversos
produtos originados da Índia, China, Arábia, entre outros.
Quando os navios atracaram na Itália, não demorou muito para que a doença se espalhasse pelas
cidades da região e na zona rural. Apavorados muitos habitantes das regiões infectadas fugiram de suas
cidades, vilas, aldeias e feudos. Não sabiam tais pessoas que a contaminação de um único ser entre todos
eles fazia com que a peste os acompanhasse por onde fossem. (...)
A quantidade de corpos cresciam nas casas abandonadas e não lhes era dada nem mesmo a
possibilidade de um enterro. O resultado da epidemia era tão devastador que o escritor italiano Boccaccio
chegou a dizer que as vítimas frequentemente “almoçavam com os amigos e jantavam com seus ancestrais”.
Quando a doença atingiu a Inglaterra, ela passou a ser chamada de Peste Negra, devido as manchas
que apareciam na pele dos enfermos. Para piorar, a medicina do período medieval não tinha instrumentos
e remédios adequados para realizar o combate contra a praga. (...) Depois de 5 anos, aproximadamente 25
milhões de pessoas haviam morrido. Isso equivalia, a um terço da população europeia. A morte de um
número tão grande de pessoas, na Europa provocou consequências sérias que afetaram a vida local por
alguns séculos. Faltavam trabalhadores para a realização do trabalho no campo, e os impostos não
reduziram. Isso motivou os camponeses a violentas revoltas que aconteceram em vários países, como a
Itália, a França e a Inglaterra.
Nas cidades faltavam pessoas para trabalhar no comércio e nas oficinas de artesãos especializados.
(...) A Igreja Católica perdeu credibilidade junto aos fiéis por conta das perdas da Peste Negra, (...) as
pessoas foram estimuladas a aderir aos movimentos que começavam a questionar a Igreja Católica.
Algumas cidades criaram formas para combater o avanço da doença, em Milão, os representantes
do poder público lacraram residências de pessoas que estavam contaminadas para evitar o contato delas
com pessoas saudáveis. Dessa forma pretendiam que o contágio da enfermidade não acontecesse. Em
Veneza foram adotadas medidas como a quarentena e o isolamento das embarcações que chegavam à cidade
em uma ilha para evitar que novos focos da peste bubônica pudessem surgir. Apesar de não conseguirem
evitar as mortes em seus municípios, tais medidas tornaram a quantidade de vítimas inferior ao de outras
cidades da Europa que não haviam tomado qualquer providência para combater a doença.
Unidade I Unidade II
Educandário Padre Gilberto Vaz Sampaio Ltda. EPG – Estabelecimento Particular de Ensino Ltda.
Rua José de Melo, 99 – Centro - 45.000-810 Pça. Victor Brito, 09 - Centro - 45.020-765
Vitória da Conquista – BA - Tel: (77) 3420 - 6400 Vitória da Conquista -BA- Tel: (77) 3424- 5720
Disponível em: http://textosdidaticos.blogspot.com/2008/06/peste-negra.html, acessado em: 14/03/2020.
DOCUMENTO II -
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários
casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se
de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. Em 11 de
março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.
Os coronavírus são a segunda principal causa do resfriado comum e, até as últimas décadas,
raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum. Ao todo, sete
coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-
HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome
respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente, novo coronavírus SARS-CoV-2. Esse novo coronavírus é
responsável por causar a doença COVID-19.
Foram confirmados, até o dia 19 de março de 2020, no mundo 209.839 casos de COVID-19 e 8.778
mortes. O Brasil confirmou 621 casos e seis mortes. O país anunciou recentemente uma série de orientações
para reduzir o contágio da doença, incluindo questões relacionadas a aglomeração de pessoas, grandes
eventos, pessoas que retornam de viagens internacionais, cumprimentar evitando apertos de mão e beijos,
entre outras.
As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias, como: se uma
pessoa tiver febre, tosse e dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico assim que possível e
compartilhar o histórico de viagens com o profissional de saúde; lavar as mãos com água e sabão ou com
desinfetantes para mãos à base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo
flexionado ou com um lenço – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos.
Atividade
Unidade I Unidade II
Educandário Padre Gilberto Vaz Sampaio Ltda. EPG – Estabelecimento Particular de Ensino Ltda.
Rua José de Melo, 99 – Centro - 45.000-810 Pça. Victor Brito, 09 - Centro - 45.020-765
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