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Síntese 11

Low, Setha. 1996. The Anthropology of cities: Imagining and theorizing the city. Annual Review
of Anthropology 25: 383-409.

O artigo de Low (1996) tem por objectivo principal reflectir sobre os vários autores que teorizam
a cidade. O autor usou a revisão de literatura sobre a cidade publicada desde 1989. O autor diz que
a Escola de Chicago nas décadas de 1920 e 1930 desenvolveram a perspectiva ecológica urbana
sobre a cidade que argumenta que a cidade é composta por nichos ecológicos ocupados por grupos
humanos em redor de um núcleo central. A cidade era vista como mítica e étnica.

O autor levanta algumas perguntas para orientar a reflexão: 1) Porque em antropologia a cidade é
sub-teorizada? 2) Porque a voz antropológica não é escutada nos estudos urbanos e no discurso
das políticas urbanas? Em relação a primeira pergunta o autor diz que para teorizar a cidade é
necessária a compreensão do capitalismo em que vivemos e do pós-moderno. O autor enfatiza que
a cidade não é o único local onde essas ligações podem ser estudadas, mas onde se regista a
intensificação desses processos. Deste modo, a cidade não é uma referência mas o foco de
manifestações culturais e sociopolíticas da vida urbana e das práticas cotidianas, ou seja, a cidade
diz respeito aquilo que não ocorre nas zonas rurais.

No que se refere a segunda pergunta, o autor considera que a cidade não está ausente na teoria
antropológica, mas teve pouco impacto teórico. As imagens da cidade étnica, cidade dividida,
cidade desindustrializada e cidade global foram as mais influentes na antropologia, assim como a
pesquisas nas áreas de racismo, migração, estudos pós-estruturais de conflito e resistência e críticas
à arquitetura e planeamento urbano.

O autor explica que as cidades contemporâneas não apresentam apenas problemas intrínsecos à
experiência metropolitana, mas também destacam e transformam muitas das preocupações mais
tradicionais da disciplina, a organização social do espaço, os significados de conhecimento, grupo

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Esta síntese foi elaborada por Margarida Paulo (2020.04.04), docente da disciplina Antropologia Urbana na Universidade Eduardo Mondlane
(UEM). A síntese é direcionada aos estudantes do 3º Ano do Curso de Licenciatura em Antropologia na UEM/Faculdade de Letras e Ciências
Sociais/Departamento de Arqueologia e Antropologia.
e poder. Entretanto os meandros da mercadoria, da troca e da economia política foram abordados
por um grupo de estudiosos envolvidos na revitalização teórica do campo.

O autor diz que o significado cultural do espaço urbano reflecte a tentativa de entender o
significado de espaços urbanos, através do conhecimento das pessoas que vivem dentro deles.
Todavia os estudos caracterizam-se pela busca de valores sociais e culturais subjacentes e da
política de poder que dão forma e significado à paisagem urbana e ao ambiente urbano construído
etnografia do vazio.

O autor concluiu que a literatura antropológica sobre a cidade publicada a partir de 1989
incorporou vários modelos e paradigmas de outras disciplinas que deram origem a várias ciências
humanas e em especial a antropologia urbana. Nesse processo houve influência da economia
política, da teoria arquitetónica, do planeamento, dos estudos culturais, da sociologia urbana e da
geografia cultural que visava tomar atenção aos modelos económicos, políticos e discursivos da
cidade. No entanto, epistemologias pós-estruturais e pós-modernas resultaram em uma
reformulação das questões e modos de investigação usados para estudar a cidade.

Comentários da docente:
O texto de Low (1996) apresenta-nos a semelhança de outros autores que discutimos antes da
quarentena (c.f.2 Brandari 2010; Hannerz 1980; Basham 1978) o historial do surgimento da
antropologia urbana mostrando que a disciplina resulta da contribuição de várias ciências sociais
e humanas, como por exemplo: sociologia, geografia, demografia entre outras, a partir dos anos
1920 e 1930. A Escola de Chicago, nos Estados Unidos de América, foi expoente máximo da
antropologia urbana dado que se desenvolveram os primeiros estudos urbanos e definiu-se o
objecto de estudo que foram as cidades europeias.

2 c.f. significa comparado com…

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