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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Disciplina: Sociedade e Organizações


Coordenadora: ANDREIA CRISTINA RESENDE DE ALMEIDA, Dsc.
Mediadora: Leci

Caro estudante, o material a seguir não tem o objetivo de substituir a leitura do seu
livro, servirá apenas como mais uma fonte de estudos e consulta para auxiliar em seu proceso
de aprendizagem.

O POSITIVISMO

O positivismo é uma teoria de desenvolvimento social que afeta o campo das ciências, pois
aposta nelas como fator de desenvolvimento social, e o campo da política, pois desenvolve
uma teoria que promove uma espécie de doutrina para a promoção do progresso civil.

Essa teoria foi elaborada pelo filósofo Auguste Comte (1798-1857), que, influenciado pelo
iluminismo francês, elaborou uma teoria política, social e científica que apostou em uma
marcha progressiva constante da sociedade. Segundo o seu pensamento, a humanidade
teria passado por dois estágios de desenvolvimento e, no século XIX, teria entrado no
terceiro e mais aprimorado estágio, o positivo.

Para Comte, a Europa estaria vivendo uma nova configuração, demasiadamente complexa,
por conta das duas grandes revoluções ocorridas: a Revolução Francesa e a Revolução
Industrial.

No Brasil, pudemos ver reflexos dessa teoria política com o fim da monarquia e a Primeira
República, comandada pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, militar fortemente
inspirado pelo positivismo.

História do positivismo e a Sociologia do Século XIX

A Revolução Francesa pôs fim ao chamado “Antigo Regime”, ou seja, acabou com a
monarquia no território francês. Esse fato desencadeou um período de instabilidade política
que durou cerca de trinta anos. A Inglaterra acumulava cada vez mais fábricas, inaugurando
a primeira fase da Revolução Industrial, que no século XVIII utilizava, principalmente, o
motor a vapor como forma de energia produtiva.

O efeito colateral negativo dessa primeira fase da Revolução Industrial foi a explosão
demográfica dos centros urbanos, que ocasionou um crescimento desordenado das
cidades, acirrando a desigualdade social, a miséria, a fome e as doenças.

Como maneira de entender as complexas mudanças sociais, Comte propôs o


desenvolvimento de uma nova ciência, a Sociologia. Segundo o filósofo, esse período seria
o mais intenso na cadeia evolutiva da humanidade, que utilizaria a Sociologia e a Biologia
para compreender os campos fisiológicos e sociais de atuação do ser humano na natureza.

O positivismo seria uma saída para resolver o problema deixado pela instabilidade política.
Comte era favorável ao fim da monarquia, porém, o caos que sucedeu a Revolução
Francesa, para ele, era perigoso e, segundo o filósofo, somente a ordem política e o rigor
civil poderiam mudar esse quadro. Por meio de um estudo sistemático da sociedade
(Sociologia) e da ordem política e social aliada ao cientificismo (positivismo), haveria avanço
para a humanidade.

Para fixar uma marcha de desenvolvimento da humanidade que culminaria na sua fase mais
evoluída, aquela que era vivida no século XIX, Comte elaborou a Lei dos Três Estados, que
foi organizada desta maneira:

Estado teológico: momento primitivo em que os seres humanos procuravam respostas para
os dilemas da vida em elementos sobrenaturais e irracionais, como a atuação dos deuses,
seres místicos e forças sobrenaturais.

Estado metafísico: a Filosofia surge para substituir as explicações teológicas por


especulações baseadas em argumentos lógicos e racionais, impulsionando a busca pelo
conhecimento verdadeiro.

Estado positivo: quando a ciência baseada na observação rigorosamente metódica seria a


responsável por elaborar o conhecimento humano sobre a natureza, buscando respostas na
própria natureza.

Características do positivismo

Doutrina filosófica: a inspiração política do positivismo estava no Iluminismo. Os primeiros


filósofos iluministas defendiam que o conhecimento deveria ser universalmente estimulado,
mediante uma educação emancipadora para levar a autonomia social a um nível em que a
humanidade progrediria moralmente pelos frutos do progresso intelectual. Esse progresso
somente seria pleno, no momento em que todos se juntassem em prol da busca pelo
conhecimento esclarecedor sobre o mundo.

Doutrina sociológica: a ordem social estaria intimamente ligada ao desenvolvimento moral


e ao desenvolvimento científico. Portanto, seria necessário, além de entender a natureza,
entender o funcionamento da sociedade, levando em conta a atuação dos seres humanos e
criando teorias doutrinárias que ditassem um modo de agir que levasse ao progresso. O
rigor e a ordem eram imperativos nessas teorias, pois eram eles que garantiriam o pleno
desenvolvimento humano.

Doutrina política: a disciplina, o rigor e a ordem social eram requisitos políticos para a
garantia do avanço social na visão de Comte. Somente com ações voltadas para o
desenvolvimento de uma disciplina pessoal e coletiva, cultivada juntamente com o
aprendizado das ciências e com o trabalho sociológico, a política poderia render um estágio
de progresso capaz de levar a humanidade ao seu ápice.

Desenvolvimento das ciências e das técnicas: a tecnologia e a ciência eram partes


importantíssimas da teoria de Auguste Comte. Segundo o filósofo, nenhum progresso seria
possível no estágio positivo sem o alto grau de aperfeiçoamento científico aliado ao alto
desenvolvimento tecnológico, o que impulsionaria a humanidade sempre adiante.

Religião positiva: a religião sempre foi característica comum da humanidade. Os seres


humanos sempre buscaram o culto a algum tipo de divindade para explicar o inexplicável.
Como a busca por explicações mais elaboradas é marca comum do estágio positivo, a
religião tradicional daria lugar, segundo o pensamento positivista, a um novo tipo de religião,
o cientificismo. O cientificismo seria o ato de depositar nas ciências toda a fé em relação ao
conhecimento e ao desbravamento do mundo, entendendo que não há sobrenatural, mas
somente natureza. As ciências ocupariam, para os positivistas, o lugar que Deus ocupou
nas religiões desenvolvidas até então.

Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso”

Em 1889, D. Pedro II sofreu um golpe que culminou em sua deposição. O movimento


responsável pelo ato era fortemente influenciado pelo republicanismo e pelo positivismo
francês, o que fez com que os primeiros anos da Primeira República forjassem um período
de grande notoriedade de símbolos nacionais inspirados pelos elementos positivistas.

O marechal Manuel Deodoro da Fonseca (o primeiro presidente brasileiro) e os militares de


seu círculo de influências trouxeram para o Brasil uma república inspirada no modelo
francês, baseada na liberdade individual, na autonomia moral, na ordem social e no rigor,
para o progresso da sociedade.

Nesse período, o Brasil viu nascer símbolos, como o Hino à Bandeira e a própria bandeira
nacional, com elementos característicos do pensamento positivista. As palavras escritas na
faixa central que cobre o círculo azul da Bandeira Nacional, “ordem e progresso”, compõem
um lema positivista que coloca a responsabilidade pelo progresso social na ordem e na
disciplina individual e social.

Texto extraído de: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/positivismo.htm


Novembro/2019

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