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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO ___ JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE – PB.

ELIOENAI BEZERRA SAMPAIO, brasileiro, solteiro, recepcionista de


plano de saúde, inscrito no CPF nº 091.173.094-09, e portador da cédula de identidade nº 3.332.056
SSP/PB, endereço eletrônico elibsampaio@gmail.com, residente e domiciliado à Rua Coronel
Lindolfo de Albuquerque, 671, Três Irmãs, Campina Grande, Paraíba, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência propor em nome próprio, autorizado pelo art, 9°, “caput” da Lei n°
9.099/95 a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS COM PEDIDO DE LIMINAR

em face de CLARO S.A., sociedade por ações, pessoa jurídica de direito privada, inscrita sob o
CNPJ 40.432.544/0001-47, com sede na Rua Flórida, 1.970, Cidade Monções, São Paulo, SP., com
representação autorizada na Avenida Mal. Floriano Peixoto, 913, Centro, Campina Grande, Paraíba,
de acordo com os motivos de fato e de direito abaixo expostos:

I. INICIALMENTE

É mister, desde logo demonstrar a competência desde Juizado Especial para


conhecer e julgar a presente causa, uma vez que o autor reside em área sob jurisdição desta unidade,
tratando-se também de demanda indenizatória, com fulcro no artigo 4°, inciso III, da Lei n°
9.099/95, para tais circunstânias.

II. DOS FATOS

No mês de Janeiro do corrente ano, o autor procurou seu banco, UNICRED


Centro Paraibana – Cooperativa de crédito, para solicitar a inclusão do tipo crédito em sua conta,
pois já tinha feito o cadastro do tipo débito, feita a solicitação por um funcionário da cooperativa, o
requerente ficou no aguardo da resposta. Por sua surpresa e desprazer, no dia 14 de fevereiro do
corrente ano, o autor procurou entrar em contato com o seu banco para ter uma resposta sobre tal
solicitação feita anteriomente em janeiro, e obteve como resposta que o seu nome encontrava-se
listado no Rol de inadimplentes do SPC/SERASA, (doc. em anexo), sobre um débito relacionado a
CLARO TV, esta já qualificada acima.
Cabe ainda ressaltar que o autor desta, entrou em contato com Central de
Atendimento da Claro TV, no dia 15 de fevereiro, sob o protocolo de n° 2017586284698, para saber
informações sobre este possível contrato, solicitado e informado o número 021136183777 como o
número do seu contrato, foi informado ainda que o endereço se encontrara na Rua Pedro Nunes, 46
C 2, Bom Jardim, Fortaleza, Ceará, só que o requerente nunca viajou ou residiu neste endereço
citado pela empresa ré.
No mesmo dia citado no parágrafo anterior, o autor voltou a ligar para o
SAC da empresa ré, onde fora solicitado o número do protocolo da possível contratação deste
serviço, ao qual gerou o seu nome no rol do SPC/SERASA como devedor, contudo a empresa
alegou na ligação que não teria como fornecer tal protocolo da adesão, informo-vos ainda o
protocolo desta ligação 2017586228558.
Esta situação gerou um desânimo e um grande desconforto emocional e
moral no autor, onde ficara impossibilitado de ter sua aprovação para a concessão de crédito do seu
cartão junto ao seu banco, não obstante a isto houveram outras solicitações junto a outras empresas
relacionadas ao ramo creditício, a exemplo da Nubank, onde também não fora aprovado sua
solicitação em relação a um cartão de tipo crédito, (doc. em anexo).
Ocorre que ao saber da notícia que seu nome encontrava-se listado no
SPC/SERASA, o autor ficou surpreso, pois nunca havia firmado contrato, nem sequer ter recebido
equipamentos e/ou materiais referente ao uso deste serviço, informo-vos também que o autor nunca
recebeu qualquer fatura informando cobrança relacionado a tal contrato. É puramente desconhecida
a abertura deste contrato com o autor, e ele jamais contactou e/ou assinou nenhum documento
referente a serviços da empresa ré.
Vale ressaltar que o demandante desta peça sofreu e tem sofrido
constrangimento em diversos lugares em que se apresenta para realizar um novo cadastro com a
finalidade de obter o cartão de crédito de outras empresas, sendo impossibilitado devido a esta
cobrança indevida feita pela empresa Ré, é de suma importância informar que este ato praticado
ilícitamente tem prejudicado a moral e a honra do autor.
E por se tratar de uma relação de consumo, o requerente vem à presença de
Vossa Excelência requerer a aplicação de danos morais e que a reclamada retire o nome do
requerente dos Serviços de Proteção ao Crédito – SPC, SERASA e congêneres, visto que o suposto
débito inexiste.

III. DO DIREITO

O direito do autor em obter a reparação dos danos causados pelo Réu


encontra substrato legal nos arts. 186 caput e 927, ambos Código Civil:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência, ou imprudência, violar direito, e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

Art. 927. Aquele que por ato ilícito, causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Em decorrência deste incidente, o requerente experimentou situação


constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face à indevida inscrição de seu nome no
cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo suficiente a ensejar danos morais,
até porque, ele sequer firmou e usufrui do serviço da CLARO TV.

Observamos que ao longo dos fatos narrados anteriormente, a conduta


praticada encontra-se base suficiente para os fundamentos acima, vejamos:
DOS DANOS MORAIS
Para que se caracterize o dano moral, é imprescindível que haja a presença
do nexo de causalidade entre os litigantes, que está patente, sendo indiscutível o liame jurídico
existente entre eles, pois se não fosse a ocorrência das negativas em serviços de cartões de crédito
com a devida reprovação e a inscrição indevida no rol de inadimplentes do SPC/SERASA, o autor
não teria sofrido os danos morais e a ação de inexistência de débito pleiteados, objeto desta ação.
Evidente, pois, que devem ser acolhidos os danos morais suportados, visto
que, em razão de tal fato, decorrente da culpa única e exclusiva da CLARO TV, empresa ré, o autor
teve a sua moral afligida, sofrendo constrangimentos de ordem moral, o que inegavelmente consiste
em meio vexatório.
O ato ilício proposto no artigo 927, do código Civil pátrio, estabelece que
deve ser obrigado a reparar o dano provocado, aquele que deu a causa, comprovado perante os fatos
a culpa da empresa demandada.
“A vida humana não é apenas um conjunto de elementos
materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais,
como os morais. A Constituição empresta muita
importância à moral como valor ético-social da pessoa e
da família, que se impõe ao respeito dos meios de
comunicação social (artigo 221, IV). Ela, mais que as
outras, realçou o valor da moral individual, tornando-a
mesmo um bem indenizável (artigo 5o, incisos V e X). A
moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom nome,
a boa fama, a reputação que integram a vida humana
como dimensão imaterial. Ela e seus componentes são
atributos sem os quais a pessoa fica reduzida a uma
condição animal de pequena significação. Daí por que o
respeito à integridade moral do indivíduo assume feição
de direito fundamental” (SILVA. José Afonso da, 2000,
pag. 201).”
A Constituição Federal de 1988 preceitua em seu artigo 5º, inciso X, que:

“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(…)

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e


a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;"

Dessa forma, claro é que a empresa requerida, ao cometer imprudente ato,


afrontou confessada e conscientemente o texto constitucional acima transcrito, devendo, por isso,
ser condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pelo requerente.

Sobre o tema, assim já decidiram os egrégios Tribunais de Justiça, in verbis:

TJ-ES - Apelação Civel AC 23080011101 ES 023080011101 (TJ-ES)


Data de publicação: 02/06/2009
Ementa: APELAÇAO CÍVEL. AÇAO DE REPARAÇAO DE DANOS POR ABALO DE
CRÉDITO. INDENIZAÇAO POR DANO MORAL. INSCRIÇAO INDEVIDA SPC E SERASA.
ATO ILÍCITO. DANO PRESUMIDO. QUANTUM DEBEATUR. MANUTENÇAO DA
CONDENAÇAO FIXADA PELO MAGISTRADO DE PISO. APELAÇAO CONHECIDA E
IMPROVIDA. 1. O apelante praticou ato ilícito ao inserir erroneamente o nome do apelante nos
órgãos de proteção ao crédito. Inteligência do art. 186 do CC . 2. O dano moral é presumido nos
casos de inscrição indevida no SPC e SERASA, bastando apenas ser provado a efetiva inscrição.
3. O valor fixado na sentença à título de condenação por dano moral atendeu a extensão do dano
causado. 4. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.

TJ-PB - APELACAO APL 00031056920158150000 0003105-69.2015.815.0000 (TJ-PB)


Data de publicação: 29/03/2016
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. RESTRIÇÃO CREDITÍCIA EM
NOME DA EMPRESA AUTORA. LINHA TELEFÔNICA NÃO PERTENCENTE À
PROMOVENTE. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA. INTELIGÊNCIA DO ART. 14 § 3º DO CDC. DANOS MORAIS IN RE IPSA.
INDENIZAÇÃO. CABIMENTO. REDUÇÃO DA VERBA INDENIZATÓRIA. ADEQUAÇÃO
AOS PATAMARES DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. PROVIMENTO
PARCIAL. A empresa de telefonia responde objetivamente pelos danos causados em decorrência
do exercício de sua atividade, porquanto se enquadra no conceito de fornecedor disposto no art. 3º,
§ 2º, do Código de Defesa do Consumidor. A indenização por dano moral deve proporcionar ao
lesado satisfação em justa medida, de modo que produza impacto ao causador do mal capaz de
dissuadi-lo de igual e novo atentado, sem significar um enriquecimento sem causa da vítima. (TJPB
- ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº 00031056920158150000, 3ª Câmara Especializada Cível,
Relator DESA. MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES , j. em 29-03-2016)

TJ-PB - APELACAO APL 01122239320128152001 0112223-93.2012.815.2001 (TJ-PB)


Data de publicação: 21/09/2015
Ementa: CIVIL E CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. RELAÇÃO
CONSUMEIRISTA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS DE TELEFONIA. COBRANÇA DE
VALORES NÃO RECONHECIDOS PELO AUTOR. PLEITO DE INDENIZAÇÃO.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. IRRESIGNAÇÃO. AUSÊNCIA DE DOCUMENTO
COMPROVADOR DA PACTUAÇÃO DO NEGÓCIO ENTRE AS PARTES QUE, DE FORMA
INDEVIDA, RESULTOU NA NEGATIVAÇÃO DO NOME DO AUTOR NOS CADASTROS
RESTRITIVOS DE CRÉDITO. ÔNUS QUE INCUMBIA ÀS PROMOVIDAS. INTELIGÊNCIA
DO ART. 333, II , DO CPC. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR DO SERVIÇO INDEPENDENTE DE
PROVA DO PREJUÍZO PELA PARTE LESADA. ART. 14 DO CDC. DANOS MORAIS.
CONFIGURAÇÃO. DIREITO A INDENIZAÇÃO. ARBITRAMENTO COM BASE NOS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA NA RELAÇÃO EXTRACONTRATUAL. CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR
DA DATA DO ARBITRAMENTO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO (SÚMULA 362 DO STJ).
JUROS MORATÓRIOS A PARTIR DA DATA DO EVENTO DANOSO (SÚMULA 54 DO STJ).
REFORMA DA SENTENÇA. PROVIMENTO DO APELO. - Configurados os elementos da
responsabilidade civil, quais sejam, conduta do agente, dano causado à vítima e nexo causal, surge
a obrigação de indenizar a parte lesada pelos danos morais experimentados. - Cabe às promovidas,
ora apeladas, a demonstração da legitimidade da cobrança dos serviços prestados ao demandante,
no (TJPB - ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº 01122239320128152001, 3ª Câmara
Especializada Cível, Relator DES. JOSE AURELIO DA CRUZ , j. em 21-09-2015)

IV. DO PEDIDO

Assim exposto e aduzido e o mais que será, certamente, suprido pelo notório
saber jurídico de V. Exa., tanto assim, requer, respeitosamente e com fulcro nos dispositivos legais
retro anotados:
a) seja deferido o pedido de LIMINAR, para que a empresa reclamada retire o nome do
requerente do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC e seus respectivos
congêneres, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este douto juízo;
b) seja notificada a empresa reclamada para, querendo, contestar a presente, devendo
comparecer nas audiências de conciliação e instrução/julgamento, sob pena de revelia e confissão
quanto à matéria de fato, e no final a condenação da empresa no pagamento dos valores pleiteados,
acrescidos de correção monetária, juros de mora.
c) seja ao final, julgado procedente o pedido ora formulado, condenando a reclamada ao
pagamento de 20 (vinte) salários mínimos à guisa de dano moral.

Dá-se à causa, o valor de R$ 18.740,00 (dezoito mil setecentos e quarenta reais).

Nestes termos pede deferimento.


Campina Grande, Paraíba, 16 de fevereiro de 2017

ELIOENAI BEZERRA SAMPAIO


CPF: 091.173.094-09

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