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A Sagrada Mãe Umbanda

Aumbhandan e Tradição Primordial

Ao abordarmos um assunto tão vasto e abrangente, urge definirmos o que entendemos de Umbanda em seu
aspecto noético e ideal diferenciado-a do Movimento Umbandista que é a Concretização no Plano das Formas da
Umbanda Celeste, Cósmica e Divina. Em seu aspecto transcendental e arquetípico, a Umbanda é sinônimo de
Tradição Primordial, termo ocultista que nos fala de UM CONJUTO DE REALIDADES METAFÍSICAS
GERADAS DE UM CENTRO INICIÁTICO PRIMEVO IRRADIADOR DA SABEDORIA CÓSMICA, DOS
ARCANOS ANCESTRAIS QUE SÃO OS FUNDAMENTOS E ESSÊNCIAS DAS RELIGIÕES PASSADAS,
ATUAIS E DO PORVIR.

No plano filosófico de concepção da Verdade, a Umbanda Original, o Aumbhandhan está relacionado à


Brahma-Vidya, a mais elevada verdade filosófica e concepção vedantina-ariana na sua mais pura acepção conclusão.
Seu Siddhanta é profundo e inconcebível para as mentes imaturas e ainda contaminadas pela concepção materialista
da vida e por condutas desarmônicas perante Leis Espirituais que regem a criação. Onde estão os verdadeiros filósofos
que compreendem Brahma-Vidya, a Ciência da Vida e do Ser?

No plano religioso, o Aumbhandhan perpetua o Sanatana-Dharma, a religio-vera, o Dharma atemporal,


visível aqui e agora, imperecível, o sustentador da ordem cósmica. Este Sanatana-Dharma foi sempre re – velado de
tempos em tempos por avatares, ou seja, encarnações divinas, grandes seres que perpetuaram e preservaram os
princípios religiosos e espirituais, da degradação e da hipocrisia que perverte e contamina a pureza original desta
Religião-Verdade, eterna e imperecível.

No plano artístico que tem como objeto de saber, o Belo e o Harmônico, o Aumbhandhan, a Tradição
Primordial, plasmou como semente no coração das almas o ideal de beleza e perfeição, concebido no princípio dos
tempos pelo Orixalá original, o Obatala – o criador do Universo, o verdadeiro e supremo Eledá que manifestou,
manifesta e manifestará este ideal, a Imago Dei (a imagem divina) até a conclusão da Grande Obra, o Plano de Deus
no final deste ciclo evolutivo ou Manvantara. Logo no coração da natureza está guardado o tesouro divino do plano de
perfeição do Logos Criador que tem como guardião deste modelo original, as musas que velam pelo princípio da
Harmonia Cósmica e da Beleza Contemplativa.

E por fim, no âmbito da cientificidade ou no plano da ciência, o Aumbhandhan nos lembra que a verdadeira
ciência é “criar redes com malhas cada vez mais finas para tentar capturar o Real”, como ensinou iminente cientista
moderno. A metodologia cientifica atual é vã presunção e ainda pálido reflexo da Ciência Arcana que tem como
propósito ensinar a alma humana o binômio Viveka e Vairagya, ou seja, Discernimento e Renúncia. Discernir entre o
real e o irreal, o verdadeiro e o falso, o bem e o mal. E a verdadeira renúncia não é um desapego estéril ou fuga da
realidade. Pelo contrário, é devido a uma profunda concepção da existência que renunciamos o amor condicional pelo
incondicional, o particular pelo universal, o limitado pelo ilimitado, o ego humano pelo Eu Divino e Universal. Sendo
assim, a verdadeira ciência, a yoga primordial estabelece os princípios imemoriais que podem treinar e purificar os
veículos da alma – mente, emoção e corpo – amadurecendo-os, preparando o Ser para a conquista de si mesmo.

Esta quadratura de princípios forma alegoricamente a base da Pirâmide Invisível e Iniciática, símbolo cósmico
da Tradição Primordial, do Aumbhandhan, que na verdade é a sua síntese, a quintessência, a Iluminação cósmica, a
Realização Suprema.

Na Umbanda Esotérica relacionamos cada um desses planos: o filosófico, o religioso, o artístico e o científico
com os quatro Orixás Ancestrais do quaternário inferior. Temos então:

1. Plano da Filosofia – Orixá Ancestral Oxossi;

2. Plano da Religião – Orixá Ancestral Yorimá;


3. Plano da Arte – Orixá Ancestral Ogum;

4. Plano da Ciência – Orixá Ancestral Xangô.

Sintetizando temos a correspondência:

1. Filosofia – Brahma-Vidya – a Verdade;

2. Religião – Sanatana-Dharma – o Supremo (Deus);

3. Arte – o Ideal de Perfeição e Beleza – a Harmonia Cósmica;

4. Ciência – a Yoga Primordial – o Eu Supremo.

Logo através da vivência da verdadeira filosofia (Brahma-Vidya) ascendemos em busca da Verdade e da


Sabedoria. Já a meta para as almas que ascendem pelo caminho da Religião é o encontro com o Divino, pela
integração. As almas dedicadas daqueles que vibram no sendeiro da arte, procuram manifestar em sua vida a perfeição
do modelo Divino, e os homens da verdadeira ciência na busca de compreender o mundo, o externo, acabam
descobrindo o seu centro, o Eu (o Atman).

Símbolo sintético da Pirâmide Iniciática

O Aumbhandhan – a Quintessência

Oxossi Xangô

Ogum Yorimá

Este símbolo representa também nos planos cósmicos, as Santas Almas do Cruzeiro Divino que na Umbanda
é o termo usado para designar a Grande Fraternidade Branca, ou seja, a união das mais elevadas consciências do
planeta. Essa Egrégora Suprema forma a Hierarquia Oculta do planeta, com funções de relevância no auxilio evolutivo
de todas as almas encarnadas na Terra.

Amados irmãos estamos na verdade abordando sobre os princípios de uma religiosidade autêntica, sobre os
fundamentos da Iniciação Cósmica e Universal.

Porém, hoje não vivemos a Idade de Ouro, a Satya-Yuga védica, e sim, a Idade de Ferro, a Kali-Yuga, a Idade
das Trevas consciencionais e da ignorância dos princípios divinos e sagrados.
O Aumbhandhan é uma utopia em seu sentido lato, ou seja, algo que um dia em algum lugar irá se realizar.
Um ideal místico que aguarda que as almas amadureçam e se preparem para encarnarem a força e o poder desta
Egrégora Primordial, para manifestar em pureza o poder e a glória dos impulsos arcaicos originais, que emanam
deste centro iniciático original.

As religiões atuais ainda são reflexos imperfeitos, sombras deste Sol Espiritual, que aguarda que as sementes
de espiritualidade brotem, cresçam e deem frutos. Quando Asvatha, a árvore dos desejos da Mente Divina, oferecerá
novamente os frutos dos anseios mais secretos da alma?Quando a Voz do Silêncio será ouvida mais uma vez? Quando
o fogo do Amor Cósmico arderá e consumirá para sempre as impurezas de nossos corações e mentes?

Porém, irmãos de fé, todo reflexo nos fala algo de sua substância, toda semente é uma promessa de colheita e
perfeição e toda caminhada de mil passos começa com o primeiro.

Como toda religião, a Umbanda, ou o movimento umbandista, é campo amplo e fértil que aguarda os
Semeadores para ararem a terra e lançarem as sementes de luz, as verdades espirituais preservadas e ministradas pelos
mentores espirituais de sua Corrente Astral. Porém, somos ainda servos indolentes e preguiçosos, ainda, não nos
munimos do arado e não preparamos o solo para o trabalho de semeadura. Como dizia Paulo de Tarso, “somos
infantes a beber leite, rejeitando os sólidos e nutritivos alimentos de uma religiosidade responsável e sacrificial.”.
Dentro deste quadro os Guardiões dos Mistérios Sagrados do Aumbhandhan, as Santas Almas do Cruzeiro Divino,
oferecem de acordo com o nível de consciência de seus seguidores, o Amrta, o néctar da imortalidade. Dádiva que
rejeitamos devido a nossa pequenez e estreiteza mental.

Rejeitamos o caminho iniciático, a iniciação superior e permanecemos na escola primária aguardando que os
Mentores espirituais resolvam nossas questões, que eles caminhem por nós, que eles nos iluminem! Oh, pobre de nós,
ainda dormimos e sonhamos com o que cabe a nós realizarmos, com Consciência e Despertos!

Por isso, poucos se elegem a entrar pelas portas da Umbanda Esotérica e iniciática, pois poucos estão
dispostos a pagar o preço de lutar contra suas imperfeições, de pelejar contra o ego, de servir sem cessar e de assumir
a responsabilidade pela sua trajetória espiritual.

O Caboclo das 7 Encruzilhadas manifestou essa verdade quando sintetizou e definiu Umbanda como
MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO PARA A CARIDADE. Este Emissário de Luz revelou o aspecto do Caminho
Probatório, daqueles que anseiam e se preparam para a verdadeira Iniciação, através da prática da caridade, que pode
ser definido como serviço realizado com amor e o trabalho em si mesmo no esforço de vencer a si próprio e conquistar
o mérito, se preparando para a graça. A abordagem é androgônica relativa ao Homem.

Num outro momento, Pai Guiné, aprofundou o conceito, ensinando que Umbanda é o conjunto das Leis
Divinas. A abordagem agora não é apenas relativa ao Homem e o trabalho consigo mesmo, mas Universal,
cosmogônica, fala à alma sobre os princípios espírituais que regem a natureza humana e sobre as Leis Cósmicas
Universais que precisamos aprender para viver em harmonia. Está relacionada à Câmara de Instrução e aos
postulantes que se preparam para cruzar o portal no ápice da pirâmide.

Por fim, temos o terceiro momento para aqueles já despertos, o momento da iniciação, da entrada no sendeiro,
como ensina o ponto cantado:

“Santa Antônio correu, meu Santo Antônio

Terra e mar, meu Santo Antônio

Para encontrar meu Santo Antônio

A Lei de Umbanda.

Eu também vou corre, meu Santo Antônio

Terra e mar, meu Santo Antônio

Para compreender, meu Santo Antônio


A Lei do Amor”

Quão poucos cruzaram esse portal, o Portal da Lei de Umbanda, da Lei de Amor, da autêntica iniciação.
Encarnamos (terra – plano físico) e desencarnamos (água/mar – plano astral) em busca de Deus, do Deus em nós –
Emanuel, o paramatma, a centelha que “alumia” o mundo inteiro. São as Verdades Teogônicas ou Divinas que
ensinam que Umbanda é Brahma-Atma-Vidya, a sabedoria secreta do Eu, a Tradição Primordial. Neste nível, na
câmara da sabedoria, a meta suprema é a REALIZAÇÃO, A ILUMINAÇÃO, A LIBERTAÇÃO DO
CATIVEIRO MATERIAL, pois:

“Vovó não quer casca de côco no terreiro (2x)

Para não lembra do tempo do cativeiro (2x)

Meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá (2x)

Para não lembrar do tempo do cativeiro (2x).”

Entrar em Moksha, libertar-se da roda de Samsara, de nascimentos e mortes.

Logo, percebemos que intitular-se uma Casa de Fundamentos Iniciáticos de Umbanda, é acolher uma proposta
elevada para seus membros, pois o que se espera deste filho de fé é nada mais e nada menos que, como disse o Cristo:
“Sede perfeitos como perfeitos é seu Pai que está nos Céu”.

Dentro desse ponto de vista percebemos que antes de adentrarmos nestes três níveis: a) o androgônico –
caboclo das 7 encruzilhadas – câmara probatória; b) o cosmogônico – Pai Guiné – a câmara de instrução; c) o
teogônico – as tendas de Umbanda iniciática – a câmara de sabedoria; existem uma infinidade de variações adaptadas
ao nível de consciência das coletividades – terreiros existentes. Porém, desde suas mais simples expressões, ainda com
deturpação, até em seus aspectos Iniciáticos, tudo isto é Umbanda, reflexo do Aumbhandhan, que é a sua
quintessência, seu espírito diretor e vivificador. Alguns dizem umbanda traçada, umbanda mista, umbanda pura,
umbanda branca, umbanda de mesa, umbandomblé, não importa, devemos lembrar sempre do ensinamento que
Umbanda é uma só, porém, adaptada aos diversos níveis de consciência.

Irmãos de fé, por isso devemos amar a nossa corrente astral, nossa linhagem espiritual, pois seus emissários
superiores conhecem o caminho estreito da Iniciação Cósmica. E como Gurus Autênticos, mestres genuínos, preparam
os eleitos (que se elegeram a si próprios através do esforço), aqueles que começaram a trilhar a despeito de toda dor,
sofrimento, decepção e solidão, o caminho umbandista, escola divina, laboratório alquímico. Sim, labor, trabalho, e
oratorium, local de oração, onde purificamos nossas impurezas e transformamos o chumbo, nosso ego, em ouro, o EU
ESPIRITUAL. Na verdade o terreiro de Umbanda é o Athanor, o cadinho alquímico onde buscamos o Elixir da
Imortalidade e a Pedra Filosofal (o lapis philosophorum), a Arte Real, a Alquimia realizada no Espírito interior,
coração do verdadeiro umbandista.

Dentro desta proposição, reformulamos conceitos, pois percebemos a mediunidade como um meio para se
atingir um fim – Deus. Percebemos que nossos rituais são fenômenos que velam verdades espirituais. Mas também
somos conscientes, irmãos umbandistas, que nossas vestes brancas não cobrem a sujeira de nossas imperfeições
morais; que nosso Congá ainda não é uma Arca-Vigraha (uma encarnação divina), mas apenas coleção de símbolos e
estatuas, ou quando não fetiches para idolatria pueril, mas paciência, há um tempo para semear e outro para colher e
estou convicto que estamos todos sendo preparados, pois como diz o ponto cantado de raiz trazido pela vovó Maria
Conga (que significa Maria – mãe e Conga – fonte); nossa mãe que é fonte de amor:

“Se gira é peneira

Umbanda é panela.

Só quem trabalha

Fica dentro dela.

O Zambi ê ê ê,

O Zambi á á á,
Dá entendimento para trabalhar.”

É no trabalho, nas seções que somos peneirados e cozidos para que no calor das dificuldades, dos
entrechoques astrais e do serviço, “Ficar dentro dela”, harmonizado com a sua Egrégora e que Zambi (O Eu
Espiritual) dê a graça, a benção do entendimento para o serviço libertador. Pois, se trabalho sem sabedoria interna
libertasse e iluminasse, os bois e cavalos seriam os primeiros a serem iluminados.

Encerramos com a advertência do ponto cantado que nos lembra da disciplina do Arcano no Caminho
Iniciático, ou seja, a Lei do Sigilo, o juramento e o compromisso do iniciado umbandista:

“Não é brincando que se vence na Umbanda

É trabalhando que se faz Congá (2x)

Vocês estão vendo esse Congá firmado

E os filhos ajoelhados junto aos pés de Oxalá. (2x)”

Bendita e louvada
Seja a Umbanda!
Nosso Saravá Fraterno.

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