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Superego
Bibliografia

1) O Superego. Revista viver Mente e Cérebro. Coleção conceitos da psicanálise.


Priscila Roth, 2008.
2) Vocabulário da psicanálise. Jean Laplanche e J. Pontalis. Martins Editora, 2001.
3) Freud, textos:
a. Sobre o Narcisismo
b. Psicologia de grupo e análise do ego
c. Luto e melancolia
d. O ego e o id
e. Novas conferências introdutórias
 Todos têm superego, mas às vezes não o chamam assim. Podem dizer consciência
pesada, ou consciência moral.
 O superego pode ser reconhecido por aquela voz dentro da nossa cabeça, que não nos
deixa fazer coisas erradas. E, quando fazemos algo por ele recriminado, o superego
nos pune, fazendo-nos sentir culpa.
 É o superego que nos diz: chega de dormir, levanta da cama; pare de comer agora,
chega; não gaste mais dinheiro; etc.
 Ex: “Se você não se levantar e oferecer lugar àquele senhor idoso vai se sentir mal
depois”.
 Ex: “Por que fui dizer aquilo?”
 Ex: “Como fui esquecer seu aniversário?!”
 Nesse nível, o superego é lógico e consciente. Sabemos o que fizemos e o motivo pelo
qual sentimos culpa.
 O superego pode ser:
o Brando: “Você não deveria ter agido daquela forma, da próxima vez faça
diferente”;
o Punitivo: “Como pode você ter agido daquela forma? Muito feio isso”;
o Severo: “Que absurdo a forma como agiu, você é simplesmente desprezível”.
 Algumas pessoas sofrem demais com a “consciência pesada”. Sentem-se
absurdamente culpadas após o mínimo deslize, e acabam restringindo seu
comportamento, ou sofrem de uma culpa debilitante.
 O superego pode ser tão rígido a ponto de culpar o indivíduo por pensar algo
“impróprio”.
 O superego cruel pode punir a pessoa apenas por pensar algo recriminável.
 Mas nem sempre o motivo de nosso sentimento de culpa é consciente, ou
reconhecido. É normal sentirmos culpa sem saber o que fizemos de errado.
 É por isso que algumas pessoas ficam apreensivas ao verem a polícia, ou ao serem
barrados por um policial; ou ao serem chamados para conversar com um superior. O
sentimento é de medo, mesmo que a pessoa não tenha feito nada de errado. É que o
evento externo se encaixa com um sentimento de culpa inconsciente e a pessoa fica
com medo.
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 Portanto, o superego pode também estar invisível, ou como dizem os psicanalistas:


inconsciente. Por exemplo, algumas situações aparentemente normais, podem na
realidade estar escondendo um sentimento de culpa inconsciente. Uma pessoa pode
dizer com a maior naturalidade que nunca quis morar longe de seus pais, sem saber
que o que a segura é um sentimento inconsciente de culpa (é claro que pode ser outro
motivo). Da mesma forma, uma mãe pode superproteger seu filho sem saber que faz
isso por sentir-se culpada; pode ser que essa mãe tenha rejeitado o filho em um
primeiro momento, e depois passa a vida a superprotegê-lo por culpa.
 Imagine uma mulher jovem que não consegue ter prazer com seu marido. Ela não
entende o motivo, mas nunca conseguiu usufruir de sua vida sexual. Suponha que a
mãe dessa mulher seja uma mulher rancorosa, e que o marido se afastou dela
sexualmente após o nascimento da filha. A filha cresce escutando de sua mãe que
após seu nascimento seu pai se afastou de sua mãe, o que tornou-a uma mulher
rancorosa e sem poder usufruir dos prazeres sexuais. A filha, do ponto de vista
consciente, não sente nada em relação a isso, talvez sinta um certo incômodo quando
a mãe fala disso, mas não percebe que se sente, no fundo, culpada pelo destino da
vida sexual de sua mãe e inconscientemente, se pune, não se permitindo sentir prazer,
afinal de contas uma menina tão “má” não merece ter prazer. Tudo isso se dá de
maneira totalmente inconsciente.
 Outro exemplo: se o pai de um garoto morre quando o menino tem 4 anos, ou seja, no
auge do momento edípico, dentro do qual a criança deseja que seu rival, o pai,
desapareça, deixando a criança sozinha com a mãe; este garoto pode desenvolver a
fantasia de que é culpado pela morte do seu pai. No futuro, nada disso será
consciente, mas esse menino, quando crescer, pode ser uma daquelas pessoas auto-
destrutivas, que estão sempre atrapalhando a si mesmas. Ele pode ter um sentimento
inconsciente de culpa que não lhe permite ser feliz e realizado.
 Muitas formas de comportamento podem sugerir sentimentos de culpa inconscientes,
como por exemplo: letargia, depressão, cansaço, infelicidade, fracassos sucessivos,
etc.
 Ainda que o indivíduo não se sinta culpado no plano consciente, ele pode estar
vivendo sob o domínio de um sentimento de culpa vindo da parte inconsciente do
superego.

O superego severo

 O ser humano pode ser considerado saudável, no que diz respeito ao superego, se este
for atuante, mas benevolente. O superego saudável vigia, mas não atormenta o
indivíduo. Só o culpa quando se comporta mal, e a culpa é de tamanho adequado, e
não paralisante. O bom superego perdoa e leva à reparação.
 Um superego severo faz o indivíduo viver atormentado pela culpa. A reparação,
quando há, é maníaca e não alivia a culpa.
 Às vezes o indivíduo tenta se livrar deste superego severo. Uma forma extrema de
fazer isso é o suicídio.
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 Uma outra maneira de se livrar de um superego violento é projetando-o para fora, em


outra pessoa. Deslocamos a instância crítica para o outro e, a partir daí, acreditamos
de fato que a crítica severa vem de fora.
 Às vezes é muito penoso ter uma voz dessa nos cobrando o tempo todo, de modo que
uma das maneiras de lidar com ela é projetando-a em outra pessoa, ou seja,
atribuindo-a aos outros: “vivem me acusando de ser relaxado!” ou, “Eu sei que quando
as pessoas me veem comendo chocolate me acham gorda e repugnante”. Ou, “tenho
certeza que os homens não acham meu corpo bonito”.
 A pessoa de fora, que o sujeito acredita que está criticando-o, pode muito bem não
estar fazendo crítica alguma.
 A paranóia acaba sendo a consequência da culpa inconsciente.
 A pessoa pode achar que todo mundo está olhando para ela e achando-a gorda,
quando na verdade é ela que está se julgando desta forma.
 O sentimento de ser perseguido geralmente é consequência da projeção do superego.
 A culpa inconsciente pode ser tão forte, que pode levar o indivíduo a buscar uma
punição, como forma de aplacar a culpa inconsciente.
 Ou seja, por não saberem a origem de sua culpa, buscam um fato externo no qual
colocar o motivo para receberem uma punição.
 Freud escreveu sobre aqueles que caracterizou como “criminosos em consequência de
um sentimento de culpa”. Nesses casos a culpa é tão severa que só pode ser aliviada
pela prática de uma maldade efetiva.
 Ao praticar um crime, o indivíduo faz com que sua culpa seja racional e faça sentido.
Além disso, a punição que segue ao crime alivia um pouco o sentimento de culpa.
 O mesmo comportamento, só que em escala menor, pode ser observado em crianças.
Quando fizeram uma arte e não foram punidas, muitas vezes, por sentirem culpa, irão
transgredir de novo, buscando uma punição que alivie sua culpa.
 Em vez de perseguir a si mesmo, ou de projetar o superego no outro, o indivíduo pode
perseguir o outro, utilizando-o como receptáculo de suas exigências, como por
exemplo, a atitude de alguns pais de serem extremamente rigorosos com seus filhos.
 Um exemplo é aquele pai que não aceita que o filho tire nota menor do que nove na
escola; e quando tira um dez, o pai diz que não fez mais do que sua obrigação. Esse pai
tiraniza, inferniza o filho com questões escolares. Quando o filho vai mal, o pai o
humilha, chamando-o de inútil. Na verdade ele se acha um inútil e não foi estudioso, e
agora joga tudo em cima do filho.

Qual a finalidade do superego?

 De uma certa forma, podemos dizer que é o superego que possibilita o


comportamento civilizado. Ele permite a adaptação às leis.
 A consciência moral, que veio a ser chamada por Freud de superego, tem profunda
relação com o sentimento de culpa. Sentir culpado não é o mesmo que ser culpado aos
olhos dos outros.
 Pode-se ser culpado e não sentir culpa ou sentir culpa e não ser culpado.
 O sentimento de culpa, como vimos, está mais ligado à severidade do superego do que
aos fatos. Um psicopata pode matar e estuprar sem se sentir culpado, enquanto um
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neurótico pode se martirizar de culpa por ter dito algo que considera inadequado; ou
por chegar atrasado em algum local.
 O sentimento de culpa modula os atos. As pessoas se comportam de maneira
civilizada, sem infringir a lei e preservam a ordem social pois se sentiriam culpadas se
agissem de outra forma.
 Para Freud, a existência da civilização só é possível devido a essa instância crítica
geradora de culpa que ele chamou de superego.
 É a capacidade de reprimir nossos impulsos instintivos que permite a vida em
sociedade.

O lugar do Superego na teoria Psicanalítica

 O superego faz parte da segunda teoria sobre a estrutura mental, ou, segunda tópica.
 A primeira teoria, se chama “modelo topográfico”. Este modelo dividia a mente em
duas áreas; uma consciente/pré-consciente e outra inconsciente. A área inconsciente
contém os pensamentos reprimidos, que não são aceitos na consciência.
 O que era reprimido eram os impulsos, predominantemente os sexuais.
 A porção consciente era a parte racional, civilizada, e responsável também pela
consciência moral. Que repudiava instintos “proibidos”, enviando-os para o
inconsciente.
 No modelo topográfico o conflito era entre consciente e inconsciente.
 Mas o modelo topográfico apresentou problemas. O primeiro problema é que
considerava a instância crítica, que repudiava alguns desejos, como sendo consciente,
era a chamada consciência moral. Mas logo Freud e seus seguidores perceberam que
os pacientes apresentavam uma instância crítica inconsciente. Alguns, por exemplo,
sentiam uma necessidade inconsciente de serem punidos. Isso fazia com que alguns
pacientes não conseguissem melhorar, sem saber o motivo. No fundo, carregavam um
sentimento de culpa inconsciente.
 Freud também percebeu que algumas defesas eram inconscientes; e Freud achava que
as defesas teriam que ser conscientes.
 A partir destes problemas, Freud começa a perceber que a divisão da mente por meio
dos conceitos de consciente, pré-consciente e inconsciente, não dava conta de explicar
a estrutura do aparelho psíquico.
 Freud desenvolve então seu segundo modelo de estrutura do aparelho psíquico, que
ficou conhecido como segunda tópica, ou, modelo estrutural.
 No modelo estrutural, a mente compõe-se de três partes: Id, ego e superego.
 O Id é formado por todos os impulsos e desejos sexuais e agressivos. Estes funcionam
de acordo com o princípio de prazer e ignoram a realidade. Os impulsos de Id buscam
satisfação a qualquer custo. São regidos pelo princípio de prazer.
 O ego se desenvolve a partir do id por meio do contato com a realidade. É aquela
parte que se adequa à realidade, e passa a fazer o meio de campo entre o Id e a
realidade. É a parte racional e organizada da mente.
 O ego abriga a capacidade de pensar, lembrar, planejar, organizar o psiquismo.
 Mas alguém precisa ficar vigiando o ego e o id para que não transgridam. Assim, do
ego brota uma terceira estrutura, ou, instância, responsável por duas coisas: vigiar,
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fiscalizar, criticar e repudiar os desejos do Id, e também criar um ideal a ser alcançado
pelo ego. O ideal do ego.
 O superego é a parte do ego que vai incorporando as regras definidas pelos pais e pela
sociedade. Ele tem o poder de suscitar culpa. O superego ajuda o indivíduo a se
adaptar às regra sociais, mas pode se tornar muito severo e destrutivo.

Como se forma o superego?

 Como adquirimos a moral e como se forma o superego?


 Cada um de nós carrega um juiz interno.
 O superego se desenvolve das experiências limitadoras com os pais e com a sociedade.
 Internalizamos a moralidade e construímos um representante interno das leis sociais,
o superego.
 O indivíduo se identifica com os pais por meio da introjeção de partes de sua
personalidade. Essa parte dos pais que diz respeito às regras familiares e sociais são
internalizadas na forma de um objeto interno, uma instância psíquica chamada
superego.
 A criança, ou parte dela, se transforma nos pais.
 Por exemplo, em um restaurante estão jantando os pais e dois filhos, um de cinco e
um de três anos. O filho de cinco anos começa a correr pelo restaurante, até que o pai
lhe segura e diz: pare de correr, aqui não é um parquinho. Logo em seguida, o filho de
três anos começa a correr pelo restaurante. O irmão de cinco anos lhe segura e diz:
pare de correr, aqui não é parquinho. Ou seja, a ordem foi introjetada e agora é parte
da criança. É apenas um exemplo, mas ele é útil para visualizar este “tornar-se o outro
por identificação”, naquele momento a criança “era o pai”.
 A criança introjeta a voz dos pais, que se torna uma autoridade interna, o superego.
 Mas a questão é um pouco mais complexa, devido à identificação projetiva. A criança
também projeta seus sentimentos nos pais, “transformando-os” e intensificando-os de
certa forma.
 A severidade do superego não vem necessariamente da severidade dos pais.
 A projeção da agressividade da própria criança nos pais, altera a forma como estes são
introjetados.
 Se a crianças está sentindo-se horrorosa, vai pensar que uma simples bronca dos pais
significa que eles a acham horrível e incorrigível.
 Ou seja, os pais introjetados são sempre uma mistura daquilo que os pais são e daquilo
que a criança projeta nos pais.
 Esse superego arcaico e colorido pelos impulsos da própria criança aparece muitas
vezes nas brincadeiras na sala de ludo, nas quais um personagem, como por exemplo,
a mãe ou professora, é extremamente severa com seus alunos.

Superego – Herdeiro do Complexo de Édipo

 Segundo Freud, o superego se constitui por volta dos 3 a 5 anos, e esta ligado ao
declínio do complexo de Édipo, acontecimento central do desenvolvimento sexual e
momento estruturante da vida psíquica.
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 Para Freud, o superego é o herdeiro do Complexo de Édipo.


 É a internalização da interdição vinda dos pais em relação aos desejos edípicos. Os
desejos incestuosos são definitivamente reprimidos e a criança se identifica com os
pais, exigindo dentro de si o superego, que é o representante interno das interdições
edípicas.

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