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Superego
Bibliografia
O superego severo
O ser humano pode ser considerado saudável, no que diz respeito ao superego, se este
for atuante, mas benevolente. O superego saudável vigia, mas não atormenta o
indivíduo. Só o culpa quando se comporta mal, e a culpa é de tamanho adequado, e
não paralisante. O bom superego perdoa e leva à reparação.
Um superego severo faz o indivíduo viver atormentado pela culpa. A reparação,
quando há, é maníaca e não alivia a culpa.
Às vezes o indivíduo tenta se livrar deste superego severo. Uma forma extrema de
fazer isso é o suicídio.
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neurótico pode se martirizar de culpa por ter dito algo que considera inadequado; ou
por chegar atrasado em algum local.
O sentimento de culpa modula os atos. As pessoas se comportam de maneira
civilizada, sem infringir a lei e preservam a ordem social pois se sentiriam culpadas se
agissem de outra forma.
Para Freud, a existência da civilização só é possível devido a essa instância crítica
geradora de culpa que ele chamou de superego.
É a capacidade de reprimir nossos impulsos instintivos que permite a vida em
sociedade.
O superego faz parte da segunda teoria sobre a estrutura mental, ou, segunda tópica.
A primeira teoria, se chama “modelo topográfico”. Este modelo dividia a mente em
duas áreas; uma consciente/pré-consciente e outra inconsciente. A área inconsciente
contém os pensamentos reprimidos, que não são aceitos na consciência.
O que era reprimido eram os impulsos, predominantemente os sexuais.
A porção consciente era a parte racional, civilizada, e responsável também pela
consciência moral. Que repudiava instintos “proibidos”, enviando-os para o
inconsciente.
No modelo topográfico o conflito era entre consciente e inconsciente.
Mas o modelo topográfico apresentou problemas. O primeiro problema é que
considerava a instância crítica, que repudiava alguns desejos, como sendo consciente,
era a chamada consciência moral. Mas logo Freud e seus seguidores perceberam que
os pacientes apresentavam uma instância crítica inconsciente. Alguns, por exemplo,
sentiam uma necessidade inconsciente de serem punidos. Isso fazia com que alguns
pacientes não conseguissem melhorar, sem saber o motivo. No fundo, carregavam um
sentimento de culpa inconsciente.
Freud também percebeu que algumas defesas eram inconscientes; e Freud achava que
as defesas teriam que ser conscientes.
A partir destes problemas, Freud começa a perceber que a divisão da mente por meio
dos conceitos de consciente, pré-consciente e inconsciente, não dava conta de explicar
a estrutura do aparelho psíquico.
Freud desenvolve então seu segundo modelo de estrutura do aparelho psíquico, que
ficou conhecido como segunda tópica, ou, modelo estrutural.
No modelo estrutural, a mente compõe-se de três partes: Id, ego e superego.
O Id é formado por todos os impulsos e desejos sexuais e agressivos. Estes funcionam
de acordo com o princípio de prazer e ignoram a realidade. Os impulsos de Id buscam
satisfação a qualquer custo. São regidos pelo princípio de prazer.
O ego se desenvolve a partir do id por meio do contato com a realidade. É aquela
parte que se adequa à realidade, e passa a fazer o meio de campo entre o Id e a
realidade. É a parte racional e organizada da mente.
O ego abriga a capacidade de pensar, lembrar, planejar, organizar o psiquismo.
Mas alguém precisa ficar vigiando o ego e o id para que não transgridam. Assim, do
ego brota uma terceira estrutura, ou, instância, responsável por duas coisas: vigiar,
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fiscalizar, criticar e repudiar os desejos do Id, e também criar um ideal a ser alcançado
pelo ego. O ideal do ego.
O superego é a parte do ego que vai incorporando as regras definidas pelos pais e pela
sociedade. Ele tem o poder de suscitar culpa. O superego ajuda o indivíduo a se
adaptar às regra sociais, mas pode se tornar muito severo e destrutivo.
Segundo Freud, o superego se constitui por volta dos 3 a 5 anos, e esta ligado ao
declínio do complexo de Édipo, acontecimento central do desenvolvimento sexual e
momento estruturante da vida psíquica.
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