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Máquinas de Fluxo

INFLUÊNCIA DO NÚMERO FINITO DE PÁS PARA ROTORES RADIAIS


Influência da Curvatura das Pás
A forma da pá do rotor de uma máquina de fluxo é caracterizada pelos seus ângulos de entrada
e saída, respectivamente 𝛽4 e 𝛽5 . Como estes ângulos influem na construção dos triângulos de
velocidade, pela análise da equação fundamental conclui-se que a forma das pás têm intima
relação com a quantidade de energia intercambiada entre fluido e rotor.
O valor de 𝛽4 , deve ser determinado pela condição de entrada sem choque, ou seja, a direção
da pá na entrada do rotor deve coincidir com a direção de velocidade relativa, 𝑊4 , da corrente
fluida, para que não ocorram perdas por descolamento e turbulência.
Sabe-se que a inclinação das pás do rotor é consequência da direção com que chega ao rotor a
velocidade absoluta do fluido, 𝐶4 , ou seja, do ângulo 𝛼4 .
Influência da Curvatura das Pás
Para máquinas de fluxo geradoras radiais (fluxo centrifugo), 𝛼4 = 90° é a alternativa mais usual
e de menor custo, visto que corresponde à inexistência de sistema diretor na entrada da
máquina. O fluxo penetra no rotor sem a componente de giro da velocidade absoluta (𝐶𝑢4 = 0),
aumentando a energia teórica cedida ao fluido.
O ângulo 𝛼4 = 90° não é usado para máquinas de fluxo motoras, visto que anularia o termo
positivo da equação fundamental. Para este tipo de máquina, 𝛼4 < 90°, definido pela direção
de pás diretrizes de inclinação variável instaladas antes do rotor.
Um ângulo 𝛼4 > 90° para máquinas geradoras, apesar de aumentar a energia cedida pelo rotor
ao fluido (torna a parcela 𝐶𝑢4 < 0), causa perdas nas pás diretrizes e pelo estrangulamento
provocado na entrada do rotor. Para máquinas motoras, não é utilizado.
Influência da Curvatura das Pás
• 𝛽5 < 90° − pás curvadas para trás.

Correspondem a difusores (escoamento da


direita para a esquerda nos canais
retificados) mais compridos e que se alargam
gradualmente, conduzindo a menores perdas
hidráulicas, já que são evitados os
descolamentos da corrente fluida das
paredes, mesmo com o aumento das perdas
por atrito devido ao maior comprimento do
canal. Este tipo de configuração proporciona
maiores rendimentos para geradores de
fluxo.
Influência da Curvatura das Pás
• 𝛽5 = 90° - Pás de saída radial;
• 𝛽5 > 90° - Pás curvadas para frente.

Os ângulos correspondentes a 𝛽5 ≥ 90° (𝛽4


≥ 90° para turbinas) conduzem a formas de
canais mais indicados para um fluxo
centrípeto (escoamento da esquerda para a
direita nos canais retificados) como ocorre
nos rotores de turbinas hidráulicas, onde um
estreitamento abrupto pode significar uma
melhoria do rendimento pela redução das
perdas por atrito, em virtude da redução do
comprimento dos canais (injetores).
Influência da Curvatura das Pás
Analisando-se uma bomba centrifuga, cujo escoamento entra radialmente (𝛼4 = 90°) e as
seções de entrada e saída são iguais, forçando 𝐶𝑚4 = 𝐶𝑚5 , para as seguintes condições limites:
1. Pás voltadas para trás
◦ Caso em que 𝛽5 < 90° 1. Pás voltadas para trás:
A energia cedida ao fluido predomina na forma de energia de pressão.
◦ Situação limite 𝐶𝑢5 = 0

2. Pás radiais na saída 2. Pás radiais na saída:


◦ Caso em que 𝛽5 = 90° A energia cedida pela bomba ao fluido se faz igualmente na forma de
energia de pressão e energia cinética.
◦ Situação limite 𝐶𝑢5 = 𝑢5

3. Pás voltadas para frente 3. Pás voltadas para frente:


◦ Caso em que 𝛽5 > 90° A energia cedida pela bomba ao fluido predomina na forma de energia
cinética.
◦ Situação limite 𝐶𝑢5 = 2𝑢5
Influência da Curvatura das Pás
Então, para bombas centrifugas, tem-se as seguintes recomendações para ângulo das pás:
• As bombas são empregadas para vencer desníveis energéticos. Isto deve ser obtido às
expensas da energia de pressão e não da energia cinética.
• Pás com 𝛽5 > 90° (curvadas para frente) fazem com que a energia predominante seja do tipo
cinética, o que envolve altas velocidades e portanto maiores perdas de carga.
• Recomenda-se sempre pás inclinadas para trás (𝛽5 < 90° ) encontradas nas seguintes faixas:
◦ Faixa de operação: 15° ≤ 𝛽5 ≤ 40°
◦ Normalmente: 20° ≤ 𝛽5 ≤ 25
◦ Para o ângulo de entrada: 15° ≤ 𝛽4 ≤ 50

Macintyre: “Esses motivos levaram a fabricantes a adotar pás para trás na quase totalidade das bombas
centrífugas, estando 𝛽5 compreendido entre 17° e 30°, sendo aconselhado como regra o valor de 22°3′
Influência da Curvatura das Pás
Para os gráficos de 𝐻𝑡,∞ − 𝑄 e 𝑊ሶ 𝑡,∞ − 𝑄, tem-se:
Influência do Número Finito de Pás
Há vários métodos de análise para a influencia do número finito de pás sobre o escoamento em
um rotor, se destacando os seguintes:
1. Teoria de turbilhão relativo de Kucharski e Stodola;
2. Métodos de Föppl e Flügel; e
3. Teoria do desvio angular de Pfleiderer, baseado em hipóteses sobre a distribuição das pressões e
velocidades nas pás.

Os estudos sobre o tema levam em consideração as seguintes hipóteses:


a) Pré-rotação;
b) Variação da pressão.
Influência do Número Finito de Pás
 Pré-rotação
O efeito de pré-rotação é causado pela influência da ação das pás se estender até uma certa
distância na entrada da bomba, em direção ao tubo de aspiração. Essa interferência faz com que
a entrada do líquido no rotor não se faça com um ângulo ∝4 = 90°, e os filetes líquidos relativos
que deveriam entrar tangenciando as pás sofrem um desvio. Logo, 𝐶𝑢4 , que seria nulo, assume
um certo valor, tornando o termo subtrativo 𝐶𝑢4 𝑈4 da equação de Euler relevante, diminuindo a
energia cedida ao líquido.
Este problema é reduzido ao melhorar-se as condições de aspiração da Bomba, utilizando
recursos construtivos no projeto da carcaça da bomba e na boca de entrada.
Influência do Número Finito de Pás
 Variação de pressão (escorregamento)

Exemplo utilizado é uma bomba


Influência do Número Finito de Pás
 Variação de pressão (escorregamento)

O vórtice relativo produz uma corrente


radial com sentido centrípeto junto à face
de ataque da pá, em sentido contrário à
corrente de passagem, resultando em uma
redução da velocidade relativa nesta região.
Dorso No dorso da pá o sentido das duas
correntes é o mesmo, e ocorre um aumento
da velocidade relativa nesta região. Isto
gera um gradiente de pressão através do
canal com sobre pressão na face de ataque
Face de Ataque e depressão no dorso.

Exemplo utilizado é uma bomba


Influência do Número Finito de Pás
 Variação de pressão (escorregamento)
Esta diferença de pressão gera um desvio da
velocidade relativa de saída do rotor na direção do
dorso da pá (ou seja, para trás), fazendo com que a Dorso
inclinação da velocidade relativa seja menor que o
ângulo construtivo das pás do rotor.

A diferença entre as pressões máxima e Ataque


mínima é chamada de máxima altura
diferencial de pressão, e seu valor depende da
velocidade angular.
Exemplo utilizado é uma bomba
Influência do Número Finito de Pás
 Variação de pressão (escorregamento)
Para um número finito de pás, há um aumento da
velocidade relativa (𝑊5,# ) se comparada ao que haveria
se a consideração fosse com número infinito de pás
(𝑊5,∞ ). Como a velocidade tangencial (𝑢5 ) é a mesma e a
vazão não se altera, ou seja (𝐶𝑚5,# = 𝐶𝑚5,∞ ), ocorre uma
redução em 𝐶5,∞ e consequentemente em 𝐶𝑢5,∞ .
Reduzindo 𝐶𝑢5,∞ ocorre automaticamente uma redução
na altura (𝐻𝑡,∞ ) entregue ou recebida pelo rotor.
Influência do Número Finito de Pás
A não correção deste problema pode ocasionar erros de até 35% nos cálculos da carga para
bombas e ventiladores (máquinas geradoras). Lembrando que, para turbinas (máquinas
motoras), os valores teóricos encontrados são uma boa aproximação dos valores reais.

𝐻𝑡,𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑎𝑠 = 𝐻𝑡,∞

𝐻𝑡,𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎𝑠 < 𝐻𝑡,∞ → 𝐻𝑡,∞ = 𝜇𝐻𝑡,𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎𝑠

Fator de Deficiência de Potência (Slip factor)

𝜇 não é um rendimento, pois não considera as perdas energéticas,


mas sim a impossibilidade de atingir a situação idealizada.
Influência do Número Finito de Pás
Um dos métodos para definir esse fator de deficiência de potência é dado por Pfleiderer. Este
método considera um ângulo máximo de saída das pás do rotor (𝛽5 ) de 40° (na prática, os
projetos de bombas centrifugas raramente ultrapassam este valor). Para cálculo de ventiladores
centrífugos, nos quais o ângulo de saída pode variar de 20 a 170°, utiliza-se a fórmula de Eck,
para determinar o fator de deficiência de potência.
Influência do Número Finito de Pás
De acordo com Pfleiderer

𝜓 1
𝜇 =1+2 2
𝑍 𝑟
1− 4
𝑟5
 𝑍 – Número de pás
 𝜓 – Fator de correção de Pfleiderer, um coeficiente experimental.
 𝑟4 - Raio do bordo de entrada do rotor.
 𝑟5 - Raio do bordo de saída do rotor.

Valor de 𝜓 em função do ângulo 𝛽5


Influência do Número Finito de Pás
 Efeito da espessura das pás
As pás do rotor à sua entrada possuem uma espessura apreciável, produzindo uma diminuição
na seção de escoamento (a área da seção disponível para a passagem do escoamento é
reduzida), afetando os valores das velocidades e provocando aumentos das velocidades absoluta
e relativa, o que importa em novas perdas de energia, uma vez que essas crescem com a
velocidade. Esse efeito não implica em variação da componente tangencial da velocidade
absoluta (𝐶𝑢 ). A componente da velocidade que será afetada é aquela relacionada à vazão.
Influência do Número Finito de Pás
𝑡4 - Passo na entrada do rotor, medido entre pontos
homólogos de duas pás consecutivas, em m;
𝑒𝑡4 - Espessura das pás na entrada do rotor, medida
na direção tangencial, em m;
𝑒4 - Espessura da pá
𝑒4
𝑒𝑡4 =
𝑠𝑒𝑛𝛽4
Influência do Número Finito de Pás
Aplicando a equação da continuidade entre os pontos 3 a 4
de um rotor radial, tem-se que a vazão permanece
constante, logo:

𝑄3 = 𝑄4
𝐶𝑚3 (𝜋𝐷4 𝑏4 ) = 𝐶𝑚4 [ 𝑡4 − 𝑒𝑡4 𝑏4 𝑁]

𝑁 – Número de pás
𝑏4 - Largura de entrada do rotor

O passo (pitch), 𝑡, é calculado como:


𝜋𝐷
𝑡=
𝑁
Influência do Número Finito de Pás
Simplificando as equações anteriores e, de modo análogo, fazendo o mesmo para a saída do
rotor, tem-se:

Na entrada do rotor: Na saída do rotor:

𝑪𝒎𝟑 = 𝒇𝒆𝟒 𝑪𝒎𝟒 𝑪𝒎𝟔 = 𝒇𝒆𝟓 𝑪𝒎𝟓

𝑡4 −𝑒𝑡4 𝑡5 −𝑒𝑡5
𝑓𝑒4 = ∴ 𝑓𝑒4 < 1 𝑓𝑒5 = ∴ 𝑓𝑒5 < 1
𝑡4 𝑡5

𝑓𝑒4 - Fator de 𝑓𝑒5 - Fator de


estrangulamento estrangulamento

*Dedução em sala de aula


Influência do Número Finito de Pás
• Linha cheia para o caso em que o escoamento é congruente com
a pá (uma das consequências da hipótese de número infinito de
pás), e a velocidade meridiana (Cm) foi calculada descontando a
área ocupada pelas pás (pá com espessura não desprezível).

• Linha tipo “traço-ponto” para o caso em que o escoamento sofre


o efeito do escorregamento e não é congruente com a pá (uma
das consequências da hipótese de número finito de pás) e a
velocidade meridiana foi calculada descontando a área ocupada
pelas pás (pá com espessura não desprezível).

• Linha tracejada para o caso do escoamento já fora do rotor, onde


não há a restrição de área devido à presença das pás, o que reduz
a velocidade meridiana (Cm).
FIM

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