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Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Otoniel Linhares • Marcelo Andrade • João

Medeiros • Isabelle de Lamartine • Júlio Lociks

Língua Portuguesa • Conhecimentos Gerais • Conhecimentos Bancários • Matemática

2018

Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
© 2018 Vestcon Editora Ltda.

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como às suas características gráficas.

Título da obra: Banco do Nordeste do Brasil S/A – BNB


Analista Bancário 1 – Nível Médio
Conhecimentos Básicos e Específicos
Atualizada até 8-2018 (AB172)

(De acordo com o Edital nº 1 – BNB, de 14 de setembro de 2018 – Cebraspe)

Língua Portuguesa • Conhecimentos Gerais


Conhecimentos Bancários • Matemática

Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Otoniel Linhares • Marcelo Andrade
João Medeiros • Isabelle de Lamartine • Júlio Lociks

GESTÃO DE CONTEÚDOS EDITORAÇÃO ELETRÔNICA


Tatiani Carvalho Adenilton da Silva Cabral
Marcos Aurélio Pereira
PRODUÇÃO EDITORIAL
Érida Cassiano CAPA
Lucas Fuschino
REVISÃO
Tamires Campos
Ylka Ramos

www.vestcon.com.br

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BNB

SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais................ 3/9

Domínio da ortografia oficial................................................................................................................................................ 21

Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição,
de conectores e de outros elementos de sequenciação textual......................................................................................... 11

Emprego de tempos e modos verbais.................................................................................................................................. 46

Domínio da estrutura morfossintática do período. Emprego das classes de palavras.......................................................30

Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e
entre termos da oração........................................................................................................................................................ 59

Emprego dos sinais de pontuação........................................................................................................................................ 76

Concordância verbal e nominal............................................................................................................................................ 83

Regência verbal e nominal................................................................................................................................................... 90

Emprego do sinal indicativo de crase................................................................................................................................... 94

Colocação dos pronomes átonos......................................................................................................................................... 39

Reescrita de frases e parágrafos do texto. Significação das palavras. Substituição de palavras ou de trechos de
texto. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. Reescrita de textos de diferentes gêneros
e níveis de formalidade.................................................................................................................................................... 80/9

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Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley

Ernani Pimentel INTERPRETAÇÃO


Interpretação significa dedução, inferência, conclusão,
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE ilação. As questões de interpretação não querem saber o
TEXTOS que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou
deduzir do que está escrito.
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em Comandos para Questão de Interpretação
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de Da leitura do texto, infere-se que...
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
INTELECÇÃO (OU COMPREENSÃO) Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador quando afirma que...
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito
voltada para o que realmente está escrito. Questão

1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:


Comandos para Questão de Compreensão
O narrador do texto diz que...
O texto informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
De acordo com as ideias do texto...

Questão

1. Assinale a opção correta em relação ao texto. (www.fotolog.com/rosearaujocartum)

O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do a) pois a imagem resgata o valor original do radical que
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O compõe a gíria bombar.
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente
5
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, no sentido de “bombear”.
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os c) pois reflete o problema da educação no país, em
atores envolvidos com a ges­tão dos recursos hídricos que os alunos só se comunicam por gírias, como é
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas o caso de fessor.
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na
10
ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional norma culta o regionalismo fessô.
dos recursos hídricos. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.

(http://proagua.ana.gov.br/proagua) Gabarito
a
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de-
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar.
-se a “Banco Mundial” (l. 3). Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos cluir que, por exemplo, ele esteja preo­cupado, ou tímido, em
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. função de estar de cabeça baixa.
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais
Língua Portuguesa

hídricos.
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do Tendo o texto como referência inicial...
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. Enfocando o assunto abordado no texto...

Gabarito Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de


vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o
d conhecimento do candidato a respeito daquela matéria.

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Questões Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama-
tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia,
Texto para os itens de 1 a 11. sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência...

Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, Questões


mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas
regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os
nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas itens seguintes.
5
nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís-
frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam
tico “se” tem valor condicional.
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas,
mas a alarmante escalada das agressões impingidas
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões
10
Greenpeace mostra que a concentração de material mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- verbal “sabe” (l.2).
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a informação original do período, ser substituída por
15
a substância já responde por 70% da poluição marinha profundas.
por resíduos sólidos.
9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos”
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. justifica-se pela regência do termo “impingidas”.

1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente
mais conhecidas organizações não governamentais “plástico” (l.11).
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na
melhoria das condições de vida das populações mais Gabarito
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no
setor secundário da economia. Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.

2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas-


sa a ser visto como um dos principais responsáveis Erros Comuns de Leitura
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o
movimento de conscientização das pessoas para que Extrapolação ou ampliação
reduzam o consumo desse material. A questão abrange mais do que o texto diz.
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es-
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tavam felizes.
tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é A questão diz: Os alunos estavam felizes.
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo
nada da natureza resta para ser desvendado. que o de “alunos de um único colégio”.
4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor-
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve Redução ou limitação
a participação cooperativa de vários países, mas os A questão reduz a amplitude do que diz o texto.
elevados custos do empreendimento impedem que O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do
representantes sul-americanos atuem no projeto. jogo.
A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas jogo.
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da que o de “muitos”.
segurança internacional, também se volta para temas
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio Contradição
ambiente. A questão diz o contrário do que diz o texto.
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente.
Gabarito A questão diz: Maria é inteligente porque é educada.
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica
Língua Portuguesa

“inteligente”.
Comandos para Medir Conhecimentos
Linguísticos Desvio ou Deturpação
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue considerada competente.
os itens. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. derada competente.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra-
da norma culta. tação” e não a “funcionária”.

4 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
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Leia o Texto 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as-
sunto nacional, mas internacional. Segun-
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- do, não se pode deduzir que haja unanimi-
sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas dade, mas uma boa ou grande aceitação.
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 7. Certo
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 8. Certo
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- 9. Certo
nharam na apresentação de suas obras. [...]
10. Certo
Julgue os itens a seguir. 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos,
além de não compreenderem o lado esté-
1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- tico do artista, incorreram em preconceito.
sas polêmicas.
2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler)
foi um compositor. IDEIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA
3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler)
era de origem judaica. Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas
(Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem preensão estética e o preconceito antissemita também o
passado algumas ou várias décadas desde sua morte acompanhariam postumamente e foram raros os maestros
é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha-
e deixou de ter sua obra segregada. ram na apresentação de suas obras.
6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da
obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional. Julgue os itens.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo
objetiva das informações que o texto traz abertamente, a ideia principal no segundo.
explicitamente. 13. A ideia principal está contida no primeiro período,
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção representando o segundo um desenvolvimento das
do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo ideias do primeiro.
captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as
implícitas. 14. Qual a ideia principal do texto?
9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas a) Mahler foi um compositor.
no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor b) Mahler tinha origem judaica.
tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. c) Mahler compunha música erudita.
10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente
mento e as circunstâncias em que foi construído, bem a partir de algumas décadas após seu falecimento.
como à finalidade a que se propõe. e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti-
11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que ca foi contrária a Mahler.
desprezaram o compositor estavam errados.
Gabarito Comentado
Gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- 13. Certo
tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- 14. d
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem
mação de que “maestros” apresentaram informações contidas no texto dado. Contudo, entre as ideias
obras dele. lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, uma gra-
dação de importância. Daí os conceitos de ideia central ou
3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo principal e ideias secundárias ou periféricas. A ideia central
de ”preconceito antissemita” leva à conclu- ou principal será a responsável pelo tema, que não se define
são de que ele era “de origem judaica”. por uma só palavra, mas por uma afirmação. Pode-se dizer
4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- que o tema do trecho lido é a valorização póstuma da obra
notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, mahleriana. As demais ideias, secundárias, servem para dar
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- maior compreensão ao texto e propiciar ao leitor uma visão
tro pressupõe erudição, por sua própria for- mais detalhada do assunto.
mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu-
zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru-
Língua Portuguesa

COMO ACHAR A IDEIA PRINCIPAL OU O TEMA


ditos’ se empenham na sua apresentação”.
O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa-
impõe que seja uma “dedução obrigatória”. minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de
5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo na
da informação de que “foram raros os ma- prova e precisa responder a uma questão que indaga sobre
estros que, nas décadas que se seguiram à o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de um texto
sua morte, se empenharam na apresenta- completo, basta concentrar-se na leitura do último parágrafo.
ção de suas obras.” Necessariamente lá está a resposta da questão.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- Subentendidos
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do
em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são
Essa ideia principal também é conhecida por tópico frasal. discutíveis.
Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, Ex.: Teresa voltou da Índia.
sob a forma de conclusão das informações ou explanações
que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois
um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou
aparecem os argumentos. bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com
Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo).
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se
encontra no último parágrafo, podendo também aparecer Exercícios
no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os
parágrafos centrais são reservados às argumentações, que Assinale C ou E nos parênteses.
Na frase Carlos mudará de profissão,
contribuem para dar suporte à principal ideia.
1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco.
2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão.
INTERTEXTUALIDADE 3. ( ) é possível que ele esteja contrariado.
4. ( ) é possível que ele tenha profissão.
Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí-
cita de um texto com outro. Gabarito
Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de-
vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, 1. E 2. C 3. C 4. E
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares
“devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Veja a estrofe seguinte:
Narração ou história
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo
Os passarinhos daqui personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de
Não cantam como os de lá estar em desenvolvimento.
(Oswald de Andrade) Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As
ações acontecem em sequência)
E responda C (certo) ou E (errado):
Descrição ou retrato
( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, /
Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não 1. Texto que mostra um ambiente.
gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas
( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os
à estética romântica. galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade.
2. Texto que mostra ações simultâneas.
Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
Gabarito rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no
C, C, C mesmo momento, o tempo está parado)

Dissertação ou ideias
IMPLÍCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
Texto construído não para contar história ou fazer um
Implícitos retrato, mas para desenvolver um raciocínio.
Implícitos constituem informações que não se encontram É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de
exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando seu próprio medo.
apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso
ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina,
ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito.
Pressupostos
Língua Portuguesa

O tipo dissertação modernamente vem sendo substi-


Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos tuído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou
por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis Injunção:
de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do • Argumentação: apresenta argumentos na defesa
raciocínio lógico. de um ponto de vista:
Ex.: Teresa voltou da Índia. A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa
Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
início há mais que dois dias (indiscutível). que detinha maiores recursos para investimento.

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• Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar Texto 5.
argumentos: ( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem.
A Bulgária se tornou membro da União Europeia em As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
• Injunção: orienta o comportamento do receptor: monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por
Manuais de utilização de equipamentos. Orientações latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo
irrigação do jardim... o tom rosado da pele de Janaína.

( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso


Exercícios do diálogo em sua organização.
Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar
nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. Gabarito
N. Constitui exemplo de narração. Texto 1 (I)
D. Predomina o caráter de descrição. Texto 2 (N)
I. Tem como base um parágrafo injuntivo. Texto 3 (A)
E. Exemplifica dissertação expositiva. Texto 4 (E)
A. Classifica-se como dissertação argumentativa. Texto 5 (D)
Texto 1
Atenção para as partes em itálico.

Texto 1 (EP). NÍVEIS DE FORMALIDADE/INFORMALIDADE


( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es-
trias no seio, Rogério prontamente informou: Níveis de Fala (Tipos de Norma)
– Tenho solução para isso.
– É verdade que você tem?
Registro formal ou adloquial
– Claro! No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns-
– Então me ensina. tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada
– Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi- a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo estuda nas gramáticas normativas.
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que Por favor, entenda que seria importante para nós sua
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável presença.
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. Registro informal ou coloquial
A informalidade ou coloquialismo acontece quando o
Vá ao espelho e veja o resultado.
ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade,
– As estrias vão embora?
sem preocupações gramaticais.
– Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien-
peitinho a alho e óleo.
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada
Texto 2 (EP).
região, profissão, esporte, gíria, internet...
( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari- Registro vulgar
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão Normalmente envolve uso de calão ou gíria.
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. Oi, cara, pinta lá no pedaço.
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Registro de baixo calão
Texto 3 (EP). É o nível das gírias pesadas e dos palavrões.
( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra.
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons-
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem se destina.
falar no perfume que o acompanhava quando entrou
em casa: o preferido de Isaura. Variação linguística
Língua Portuguesa

Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no


Texto 4. tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José
( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex-
desviado tenha sido usado por Collor para compra de pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al- para seus jargões ou expressões características), em grupos
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru-
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap,
Lava Jato, realizada em 14 de julho. religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...).

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Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o 2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai?
uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém a Até logo. Certo ou errado?
sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo de 3. distrair a atenção do receptor –
adequado/inadequado. Em termos de comunicação, fala-se Ele: Onde você estava até esta hora?
em o emissor adequar seu código ao do receptor para se Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje
fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
“nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo
do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine, bem Função Metalinguística
como da intenção do comunicador, que pode justamente Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para
pretender comunicar que pertence a outro grupo. falar da própria língua.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM Língua: tipo de código usado na comunicação.

Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual Função Poética (ou Estética)
elemento está em destaque é definir a função da linguagem. Predomina em importância a elaboração da mensagem.

Função Emotiva (ou Expressiva) Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o
Predomina em importância o emissor e é muito usada que se diz.
em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais...
Constitui uma característica de subjetividade. As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos
gente (no sentido de “nós”). diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no
receptor.
São índices desta função: A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar. quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),
2. uso de exclamação – Mariana chegou! ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. mais de uma dessas ou outras características.

Função Conativa (ou Apelativa) Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no
Predomina em importância o receptor e é frequente em texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante.
linguagem de publicidade e de oratória. No caso de um texto poético ou estético, as demais funções
ocupam o segundo plano.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós,
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... TIPOS DE DISCURSO
São índices desta função:
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou? Discurso Direto
2. vocativo – Paulo, tu estás correto. Reprodução exata da fala do personagem.
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Função Referencial (ou Informativa) Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua
Predomina em importância o referente e é empregada resposta.
nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon-
dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade. Discurso Indireto
O narrador traduz a fala do personagem.
Referente: de que ou de quem se fala, representado por Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual- dele.
quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua Discurso Indireto Livre
Senhoria chegou. Quem chegou? A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Função Fática
Língua Portuguesa

Predomina em importância o canal e normalmente


aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções. Discurso do Narrador
É a fala de quem conta a história.
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
atenção) que interliga emissor e receptor.
Monólogo
Usa-se a função fática para: Fala de um personagem consigo mesmo.
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no
Alô, alô... que acabei de ver”.

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Diálogo moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e
Conversa entre dois ou mais personagens. as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar. Sátira
Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico,
GÊNEROS DO DISCURSO, GÊNEROS TEXTUAIS zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias.

Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se Apólogo


à percepção de certas sequências relativamente estáveis de Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam
enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de
vida social, sequências essas definidoras do que se conven- Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha.
cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade
e seus comportamentos.
Lenda
História com base em informações imaginárias. São len-
Gêneros primários dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...
São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa-
ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações
humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração,
Anedota
comando militar rápido, situações de interação face a face.. História curta engraçada ou picante.

Gêneros secundários Paródia


Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de
interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes outro texto. Vejam-se os segundos textos.
de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam Quem com ferro fere com ferro será ferido.
de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros Quem confere ferro, com ferro...
literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, Penso, logo existo.
dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, Penso, logo desisto.
anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3.
Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, Paráfrase ou frase paralela
teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido
entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja
artísticos, sociopolíticos, retóricos, jurídicos, políticos, o segundo texto.
publicísticos, esportivos... Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três
horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija
Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo com a boca de hortelã... (Chico Buarque)
Cespe: Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo
Crônica com gosto de pasta de dente...
Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo
do momento. do texto.

Conto Epígrafe
História curta com poucos personagens em torno de um Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um
núcleo de ação. livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô-
nica...).
Novela
História mais longa que o conto e que também envolve Título: EPICÉDIO III
só um núcleo de ação.
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
Romance
História longa e complexa em que os personagens atuam Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
televisão literariamente são romances porque revezam vários Me intentas persuadir, ó sombra muda,
núcleos temáticos, revezando também como protagonistas Que tudo ignora quem te não estuda.
grupos diferentes de personagens.
(Cláudio Manuel da Costa)
Parábola
Língua Portuguesa

Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral- SEMÂNTICA


mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia.
Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a Sema
do Joio e do Trigo. É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três
semas:
Fábula 1. garot é o radical e significa ser humano em formação;
Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta 2. a é desinência e significa feminino;
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 3. s é desinência e significa plural.

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Monossemia ou unissignificação QUALIDADES DO TEXTO
É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig-
nificado. Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e,
Polissemia ou plurissignificação também, seu defeito, o oposto.
É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig-
nificados. Clareza
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente
entendido. Obscuridade é o seu antônimo.
Ambiguidade ou anfibologia
Significa duplo sentido.
Questões
Denotação O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes
Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva. o que o fez ficar triste.
Assinale C para certo e E para errado.
Conotação 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e
Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho. objetiva.
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude
Campo Semântico do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu-
Área de abrangência ou de interpenetração de
ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a
significado(s).
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
semântico do futebol.
4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân-
este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade,
tico da música.
passando a significar que só o pai ficou triste.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
mântico da aviação. fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção
gramatical.
Contexto 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu-
lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste,
palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs-
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) tantivo mais distante.
e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada
um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado Gabarito
contexto.
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada
um desses contextos, a monossemia prevalece. Coerência
Nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em
lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an-
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. tônimo é ilogicidade, incoerência.
Nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien-
tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- Questões
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
Sinonímia uma, mostra-lhe suas qualidades.
Existência de palavras ou termos com significados con-
vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
luminosidade, branquear e alvejar... uma, mostra-lhe seus defeitos.

Antonímia Assinale C para certo e E para errado.


Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente.
claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente.
3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos.
4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes.
Língua Portuguesa

Homonímia 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e


Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife- coerente.
rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por
cardeal (principal)... incoerência.

Paronímia Gabarito
Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e
vultuoso... Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.

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Concisão Coesão gramatical (ou coesão referencial
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. endofórica)
O seu oposto é prolixidade.
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin-
Questões do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe-
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores:

II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e Nominalização


mos apresentou. Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente
expresso.
Assinale C para certo e E para errado. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo. lhes trouxe euforia.
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro-
vírgula e um ponto final). vados”.
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto
final). Pronominalização
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para Pronome retomando ou antecipando substantivo.
“e nos apresentou”. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”.
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e
direto, porque representa a fusão de dois pronomes Repetição vocabular
oblíquos átonos (me + os). Repetição de palavra.
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher.
Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os
Gabarito substantivos “homem” e “mulher”.
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Sintetização
Uso de expressão sintetizadora.
Correção Gramatical Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão tra o mundo.
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte-
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, Uso de numerais
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo
essa norma culta. sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber
o que fala.
Questões Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e
“terceira” retomam o cardinal “três”.
I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué.
Uso de advérbios
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos.
escondida a resposta.
Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. de Raquel”.
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular
regional e errado relativamente ao culto. Elipse
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e Omissão de termo facilmente identificável.
errado se a referência for o popular regional. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o
Gabarito sujeito “nós” expresso na primeira oração.
Ambas as afirmações estão corretas. Sinonímia
Palavras ou expressões de sentidos semelhantes.
Coesão O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas.
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
Língua Portuguesa

Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes


resse geral.
de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão.
Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex-
pressão “discurso”.
COESÃO E CONECTORES
Hiperonímia
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s).
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido,
coesivos. paletó, camisa, pijama, saia...

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Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 6. a) Era uma situação que ele fugia.
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. b) Era uma situação de que ele fugia.
Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os
substantivos anteriores. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão.
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão.
Hiponímia
Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido
outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... o dinheiro.
são hipônimos de brinquedo. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon-
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o dido o dinheiro.
Flamengo se pronunciou.
9. a) Veja o local onde você chegou.
Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a
b) Veja o local aonde você chegou.
palavra “times”.
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos
Anáfora estão presentes.
chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão
algo já dito. presentes.

O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, Gabarito


com temor.
Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” 1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis-
e “cordeiro”. tante; esse, para o intermediário; este, para o mais
próximo.
Catáfora 2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se
Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. vai falar; esse, ao que já foi dito.
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. vai falar; esse, ao que já foi dito.
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- 4. b (falar de um artigo).
mos comprometidos”. 5. a (falar uma frase).
6. b (fugir de algo).
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- 7. b (falta coesão a algo).
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto).
9. b (você chegou a um local).
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO 10. b (cujo não vem seguido de artigo).
TEXTUAL
Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos OUTROS CONCEITOS
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância,
colocação... Barbarismo
Erro no uso de uma palavra.
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- 1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co-
esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma nhece o pograma.
padrão oficial. 2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve
os leitões)
Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- 3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta-
sideração os mecanismos de coesão textual? tura, ascendente x descendente...
1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado;
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela Cacofonia
balia. Som desagradável ou ambíguo.
b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; Meus afetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por
enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
balia.
Eco ou Colisão
2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. Rima na prosa.
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. Depois da primeira porteira, encontrou a costureira
descendo a ladeira da goiabeira.
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda
Estrangeirismo
Língua Portuguesa

parte.
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
parte. Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche,
front-light...
4. a) Encontrei o artigo que você falou.
b) Encontrei o artigo de que você falou. Solecismo
Erro sintático.
5. a) Foi essa a frase que você falou. 1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede-
b) Foi essa a frase de que você falou. ceu o pai.

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2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As Elipse
menina... Omissão de termo facilmente identificável – (eu) cheguei,
(nós) chegamos.
Arcaísmo
Uso de palavras ou expressões antigas. Zeugma
Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam Elipse de termo já dito.
de trocar piparotes (petelecos). – Comprei dois presentes; ela, três.
– José chegou cedo; Maria, não.
Neologismo
Palavra recém-inventada.
– O que ele está fazendo?
Hipérbato
Inversão da frase – Para o pátio correram todos.
– Ah! Deve estar internetando.

Preciosismo Pleonasmo vicioso


Preocupação exagerada com a construção do texto. Repetição desnecessária de ideia – Chutou com o pé,
roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...
FIGURAS DE LINGUAGEM
Pleonasmo estilístico
Podem-se subdividir em Figuras de Pensamento, Figuras A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda Tropos (Uso de
Sentido Figurado ou Conotação). Assíndeto
Ausência de conjunção coordenativa – Chegou, olhou,
Figuras de Pensamento sorriu, sentou.

São as figuras que atuam no campo do significado. Polissíndeto


Repetição de conjunção coordenativa – Chegou, e olhou,
Antítese e sorriu, e sentou.
Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem
ser agressivos ou não. Gradação
Sequência de dados em crescendo – Balbuciou, sussur-
Paradoxo rou, falou, gritou...
Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de
feiura. Paralelismo Sintático
Obediência a um mesmo padrão.
Ironia Sem paralelismo: Quero de você admiração, honestidade
Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com e que me obedeça.
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Ela é alta, inteligente e tem beleza.
Com paralelismo: Quero de você admiração, honestidade
Eufemismo e obediência. (todos, substantivos)
Suavização do desagradável – Passou desta para a me- Ela é alta, inteligente e bela. (todos, adjetivos)
lhor (= morreu).
Silepse
Hipérbole Concordância com a ideia, não com a palavra.
Exagero – Já repeti cem mil vezes.
Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado?
Perífrase
Substituição de uma expressão mais curta por uma mais Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran-
longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de- quilamente.
pendendo do contexto.
Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos.
Texto: Apoio sinceramente sua decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você Figuras de Sonoridade
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das
palavras.
Língua Portuguesa

Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala-


vras em vez de uma: Aliteração
titular da presidência (= presidente); a região das mil e Repetição de sons consonantais próximos – “Gil engendra
uma noites (= Arábia) em Gil rouxinol” (Caetano Veloso).

Figuras de Sintaxe Assonância


Repetição de sons vocálicos próximos – Cunhã poranga
São as figuras relacionadas à construção da frase. na manhã louçã.

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Onomatopeia PONTO DE VISTA DO AUTOR
Tentativa de imitação do som – coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau... Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado,
cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar
um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto,
Paronomásia ou trocadilho mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição
Contudo... ele está com tudo. política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de
sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou personagem. A linguística textual levanta com base nos vo-
cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que
Conotação) se denomina Ponto de Vista do Autor.

Comparação ou Analogia INTENCIONALIDADE


Relação de semelhança explícita sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani-
festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude,
Corria qual uma lebre assustada. o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou
Sua voz é igual ao som de panela rachada. da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im-
prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e
Metáfora “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem
Relação de semelhança subentendida, sem conjunção crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de
ou palavra comparativa. cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da
frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem
Voltou da praia um peru assado. como propósito a sua aprovação.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas
Sua voz era uma panela rachada. sobre o fato que presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
Metonímia trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida,
consciente da importância de sua postura no convencimento
Relação de extensão de significado, não de semelhança.
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os
Continente x conteúdo presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração
Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os
Origem x produto dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo
Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro
Causa x efeito voou pra cima dele com um soco armado que passou no
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda)
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente,
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa,
Autor x obra sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o
Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música) subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os
Abstrato x concreto dois e os separamos.
Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza)
Exercícios
Símbolo x simbolizado
Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são
A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes
e conferindo suas respostas com as do gabarito.
Instrumento x artista 1. ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes-
O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) mo: uma briga entre dois indivíduos.
2. ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu-
Parte x todo nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo
Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) domínio do padrão linguístico apresentado.
3. ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre-
Catacrese
Língua Portuguesa

pendida, consciente da importância de sua postura


Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum. no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica-
bule, pé de limão... mente Antônio como frio, calculista e mentiroso.
4. ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”,
“dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos”
Prosopopeia ou Personificação e a própria repetitividade, refletem repertório reli-
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras gioso e caracterizam o autor do texto como conviva
sussurravam aos nossos ouvidos. do mesmo grupo dos demais personagens.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
5. ( ) No segundo período a testemunha A indica que lelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142
Antônio agrediu moralmente com “um esboço de mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada.
sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 21/8/2009)
6. ( ) A testemunha A se mostrou imparcial.
7. ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto
moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a não mantém as informações originais.
tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 1. A demanda doméstica depende de vários fatores, e a
8. ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- produção industrial depende da perspectiva do aumen-
vadora dos acontecimentos. to dessa demanda.
9. ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu 2. Essa taxa de desemprego é a menor em julho de 2002.
Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento Paralelamente, em 142 mil postos, a carteira de trabalho
respeitoso da testemunha B. assinada melhorou a qualidade do emprego já existente.
10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de 3. O aumento do desemprego acompanha a ligeira re-
vista religioso, mas de quem entende ou convive tomada da economia norte-americana, enquanto no
com ambiente de luta (“voou pra cima dele com Brasil o quadro é diferente.
um soco armado que passou no vazio”, “mais forte 4. Nas seis principais regiões do País, os dados de julho
e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, mostram a geração de 185 mil postos de trabalho, o
“dominou completamente”, “montada completa”, que significa redução do desemprego de 8,1% para 8%.
“desferir golpe” , “subjugado” ). 5. É normal, então, dar atenção especial tanto ao nível do
11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas emprego e à evolução da massa salarial real quanto às
vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra receitas e despesas do governo federal.
cima dele com um soco armado”) e outra física e
moralmente (“uma cusparada no rosto”). Texto 1 (extraído de Natália Petrin in www.estudopratico.
12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. com.br/satira-literatura-ant)
13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali-
dade de culpar “seu Lauro”.
14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu
e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois
e os separamos), coloca-se na cena como um dos
personagens, ou seja, como narrador participante.

Gabarito
1. V 4. V 7. V 10. V 13. V
2. V 5. V 8. V 11. V 14. V
3. V 6. F 9. V 12. F

Conclusão:
Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis-
ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores.
Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala Assinale C ou E:
como observador, visão de fora; demonstra bom domínio 6. ( ) O texto mistura linguagem escrita e icônica (letra
linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; e imagem visual).
considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. 7. ( ) Trata-se de um banner divulgado por meio eletrônico.
Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como 8. ( ) Pode-se ver ironia e sátira na mensagem.
um dos personagens; demonstra bom domínio linguístico;
posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento Texto 2 (Propaganda da BomBril, baseada na Monalisa de
e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera Leonardo Da Vinci)
agressor e provocador o “Seu Lauro”.

Exercícios
Uma das formas de se cobrar paráfrase e conhecimentos
de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou
trechos, que adaptamos de prova para Auditor-Fiscal da Re-
ceita Federal do Brasil – AFRFB, com base no seguinte texto:

A demanda doméstica depende de vários fatores, e da


perspectiva do seu aumento depende a produção industrial.
Língua Portuguesa

É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e


à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompanhar
as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira
retomada da economia norte-americana é acompanhada por
aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os
dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram
redução do desemprego de 8,1% para 8%, o que significa
a geração de 185 mil postos de trabalho. Essa taxa de de-
semprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Para-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Assinale C ou E: ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo,
9. ( ) A propaganda é só o quadro maior, pois o menor, basta informar ao computador aonde você quer ir e ele faz
com finalidade didática, mostra como é a Mona Lisa, o resto. Resta passar o tempo da forma que lhe der na telha:
de Miguel Ângelo. lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado preferido ou
10. ( ) Trata-se de propaganda bimidiática, pois usa duas até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa. (Superin-
linguagens, ou dois meios de comunicação: um ver- teressante, novembro de 2014).
bal e um não verbal.
11. ( ) A sugestão base dessa mensagem propagandística 18. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) O texto deve ser
é a comparação. incluído, por suas marcas predominantes, entre o se-
guinte modo de organização discursiva:
Texto 3 (Trabalho de Ziraldo, colhido na internet) a) narrativo.
b) dissertativo-expositivo.
c) dissertativo-argumentativo.
d) dissertativo-informativo.
e) descritivo.

Julgue o próximo item, como C ou E, em relação ao texto


que o segue.
19. (Cespe/Polícia Federal/Agente de Polícia Federal/2014)
O texto, que se classifica como dissertativo, expõe a
articulação entre o tráfico internacional de drogas e o
sistema financeiro mundial.

O tráfico internacional de drogas começou a desenvolver-


se em meados da década de 70, tendo tido o seu boom na
década de 80. Esse desenvolvimento está estreitamente
ligado à crise econômica mundial. O narcotráfico determina
Assinale C ou E: as economias dos países produtores de coca e, ao mesmo
12. ( ) Podem-se atribuir ao trabalho do Ziraldo caracte- tempo, favorece principalmente o sistema financeiro
rísticas de charge. mundial. O dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica
13. ( ) Trata-se de texto bimidiático, pois usa duas lingua-
do sistema financeiro, que é eminentemente especulativo.
gens, ou dois meios de comunicação: um verbal e
Este necessita, cada vez mais, de capital “livre” para girar,
um não verbal.
e o tráfico de drogas promove o “aparecimento mágico”
14. ( ) O recurso comunicativo em que se baseia o texto é
desse capital que se acumula de modo rápido e se move
o diálogo.
velozmente.
Preencha os parênteses das afirmações a seguir, relacionan- A América Latina participa do narcotráfico na qualidade
do-as aos três últimos textos. (Dilma, Monalisa e Ziraldo) de maior produtora mundial de cocaína, e um de seus paí-
15. Assim como Manuel Bandeira, quando disse ”O sapo- ses, a Colômbia, detém o controle da maior parte do tráfi-
-tanoeiro,/Parnasiano aguado,/ Diz: - ‘meu cancioneiro/É co internacional. A cocaína gera “dependência” em grupos
bem martelado...’, satirizou os poetas tradicionais, nota- econômicos e até mesmo nas economias de alguns países,
-se um exemplo de sátira no texto número ( ). como nos bancos da Flórida, em algumas ilhas do Caribe ou
16. Muito frequente na imprensa, a charge constitui um tipo nos principais países produtores – Peru, Bolívia e Colômbia,
de ilustração em traços de caricatura, geralmente para para citar apenas os casos de maior destaque. Na Bolívia, os
criticar ou satirizar personagens ou fatos do cotidiano. lucros com o narcotráfico chegam a US$ 1,5 bilhão contra
Pode-se ver exemplo de charge no texto número ( ). US$ 2,5 bilhões das exportações legais.
17. Paródia, tipo de criação muito frequente não só na lite- Na Colômbia, o narcotráfico gera de US$ 2 a 4 bilhões,
ratura, mas também na internet e na televisão, vem a enquanto as exportações oficiais geram US$ 5,25 bilhões.
ser uma releitura irônica, debochada, cômica de outro Nesses países, a corrupção é generalizada. Os narcotra-
texto. Pode-se apontar exemplo de paródia no texto ficantes controlam o governo, as forças armadas, o corpo
número ( ). diplomático e até as unidades encarregadas do combate ao
tráfico. Não há setor da sociedade que não tenha ligação
Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é com os traficantes e até mesmo a Igreja recebe contribui-
preciso apertar os cintos: nosso carro agora trafega sozinho ções destes.
pelas ruas, salvo de acidentes, graças a um sistema que o Osvaldo Coggiola. O comércio de drogas hoje. In: Olho
mantém em sincronia com os demais veículos lá fora. O vo- de História, nº 4. Internet: < www.oolhodahistoria.ufba.br>
lante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro (com adaptações).
Língua Portuguesa

como se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém


liga pra ele - até porque o carro do futuro está cheio de
novidades bem mais legais. Em vez dos tradicionais quatro As Árvores Mais Incríveis do Mundo
assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de estar,
com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As árvores sempre exerceram grande fascínio nas
As velhas carrocerias de aço foram substituídas por redomas pessoas. Uma das explicações para o interesse que elas
translúcidas, com visibilidade total para o ambiente externo. despertam é sua incrível longevidade. Algumas têm mais
Se você preferir, é possível torná-la opaca e transformar o de 4.000 anos, o  que as torna os seres mais antigos
carro em um ambiente privado, quase como um quarto 5 do planeta. Para entender o que isso significa, basta

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
imaginar que elas nasceram muito antes de Cristo e do c) (ls.10-15): Tanto o lado genético quanto o psíquico
Império Romano. As árvores também surpreendem pelo são responsáveis pela felicidade, por isso pode-se
gigantismo. Segundo os cientistas, apenas um fungo que dizer, que o ser humano é biopsicossocial e a feli-
se esconde sob uma floresta em Oregon, nos Estados cidade uma fusão desses fatores.
10 Unidos da América, as supera em tamanho. As árvores
ocupam uma posição de destaque na literatura. Foi o (Cespe) Desde a chegada dos portugueses até as últimas
fruto de uma macieira que provocou a expulsão de Adão décadas do século XIX, foi aberta uma infinidade de caminhos
e Eva do paraíso. Muitos autores acreditam que Buda terrestres e rotas fluviais de circulação...
recebeu sua iluminação sob uma figueira. No teatro 22. ( ) Diminuindo-se a ênfase, o desenvolvimento das
15 moderno de Tchecov, a  destruição das cerejeiras da ideias do texto permite substituir o termo “uma
casa de uma abastada família russa simboliza a queda infinidade” por inúmeros, sem prejuízo da corre-
final da aristocracia. Há uma lenda que afirma que o ção gramatical.
baobá brasileiro serviu de inspiração para o escritor
francês Antonie de Saint-Exupéry, autor do clássico O (Cespe) Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas
20 Pequeno Príncipe. até hoje se sabe muito pouco da vida em suas regiões mais
VIELIZKO, Miguel. O Ambiente. In: Veja 30/4/2003, p.71. recônditas.
23. ( ) A palavra “recônditas” pode, sem prejuízo para
20. (Cespe) Julgue os itens a seguir quanto à correção a informação original do período, ser substituída
gramatical da reescritura apresentada e à manutenção por profundas.
das ideias gerais do texto.
a) “As árvores (...) longevidade” (ls. 1-3): Uma das expli- (Cespe) Por ironia, as pesquisas mais frequentes produzidas
cações para o interesse que as árvores que sempre pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de no-
exerceram grande fascínio nas pessoas despertam vos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada
é sua incrível longevidade. das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana.
b) “Algumas (...) planeta” (ls.3-5): O que torna algumas 24. ( ) O termo “mas” corresponde a qualquer um dos se-
árvores, os seres mais antigos do planeta é o fato
guintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
delas terem mais de 4.000 anos.
25. ( ) Na mesma frase, seria possível em linguagem co-
c) “Para entender (...) Romano” (ls.5-7): Imaginar que
loquial substituir “alarmante” por baita.
elas nasceram muito antes de Cristo e do Império
Romano, é o bastante para entender a afirmativa,
de que são os seres mais antigos do planeta. (Cespe) Alívio dos que, tendo a intenção de viver irregu-
d) “Foi o fruto (...) Príncipe.” (ls.11-20): Os ar­gumentos larmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de
para comprovar sua posição de destaque na litera- imigração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura
tura são: o episódio da expulsão de Adão e Eva do muito tempo.
paraíso; as histórias sobre o local da iluminação de 26. ( ) No trecho “Alívio dos que”, a substituição de “dos”
Buda; a lenda de um baobá brasileiro que teria ins- por daqueles prejudica a correção gramatical do
pirado Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. período.

A Arte de Ser Feliz (Cespe) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão
de brasileiros no ano passado.
Com a força das palavras, poetas e escritores 27. ( ) A substituição de “cerca de” por acerca de man-
sempre tentaram definir a tal felicidade. Cientistas e tém a correção gramatical do período.
pesquisadores, há muito, também procuram desvendar
o segredo deste sentimento. Para alguns a capacidade (Cespe) O investidor tem o direito de ser informado sobre a
5 de ser feliz poderia até ser herança genética. Vai saber... composição do produto que estiver comprando e o grau de
A felicidade, buscada com insistência pelo ser humano risco que está assumindo.
durante a vida inteira, ainda é uma incógnita e segundo 28. ( ) O termo “o investidor” pode ser substituído por
especialistas, advém de uma mistura de fatores. Qualquer investidor ou por Os investidores, sem
Nem todos estão de acordo com a explicação ba- prejuízo para o sentido e para a correção grama-
10 seada no DNA. Para estes, não se pode reduzir o ser tical do período.
humano ao aspecto genético ou ao psíquico, muito 29. ( ) Na mesma frase, a substituição de “estiver” por
menos colocar mais peso em um dos lados. Ambos são está provocaria incoerência textual e incorreção
somados quando o saldo é a felicidade. O ser humano é gramatical.
biopsicossocial e a felicidade é uma interação complexa
15 desses fatores. (Cespe) Em 2007, 36,1% delas (mulheres) trabalhavam no
Correio Braziliense, 5 de junho. In: Coisas da Vida,
com adaptações. campo, ante 46,3% em serviços.
30. ( ) Devido à função que exerce na organização das
ideias, a preposição “ante” pode ser substituída
Língua Portuguesa

21. (Cespe) Em cada um dos itens a seguir, julgue se a re-


escrita destacada em negrito mantém o sentido geral por frente à, preservando-se a coerência e a cor-
do trecho indicado do texto e a correção gramatical. reção gramatical do texto.
a) (ls.1-2): Por meio da força das palavras, poetas
escritores tentam todos os dias definir o que seja Os oito exercícios a seguir são itens de provas do Cespe,
a felicidade. adaptados a múltipla escolha.
b) (ls.4-5): Alguns estudiosos creem que a felicidade
pode, entre outras coisas, ser herança genética. 1 O respeito às diferentes manifestações culturais
Quem sabe? é fundamental, ainda mais em um país como o Brasil,

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
que apresenta tradições e costumes muito variados em d) C, E, C
4 todo o seu território. Essa diversidade é valorizada e e) C, C, C
preservada por ações da Secretaria da Identidade e da
Diversidade Cultural (SID), criada em 2003 e ligada ao 32. Com base no texto, julgue cada item numerado como
7 Ministério da Cultura. certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
Cidadãos de áreas rurais que estejam ligados a ati- mais adequada.
vidades culturais e estudantes universitários de todas I – O emprego do sinal indicativo de crase é obrigató-
10 as regiões do Brasil, por exemplo, são beneficiados por rio em “às diferentes manifestações” (l.1) e facultativo
um dos projetos da SID: as Redes Culturais. Essas redes em “às artes plásticas” (l.17), “à literatura” (l.18) e “à
abrangem associações e grupos culturais para divulgar música” (l.18).
13 e preservar suas manifestações de cunho artístico. O II – A expressão “Tais ações” (l.32) está empregada em
projeto é guiado por parcerias entre órgãos represen- referência à discussão acerca do papel da cultura na
tativos do Estado brasileiro e as entidades culturais. humanização do tratamento psiquiátrico e à premiação
16 A Rede Cultural da Terra realiza oficinas de capacita- a iniciativas artísticas inovadoras nesse segmento.
ção, cultura digital e atividades ligadas às artes plásticas, III – O termo “nesse”, em “iniciativas artísticas inova-
cênicas e visuais, à literatura, à música e ao artesanato. doras nesse segmento” (l.30), refere-se à Secretaria da
19 Além disso, mapeia a memória cultural dos trabalhado- Identidade e da Diversidade Cultural.
res do campo. A Rede Cultural dos Estudantes promove a) E, E, C
eventos e mostras culturais e artísticas e apoia a criação b) C, C, C
22 de Centros Universitários de Cultura e Arte. c) E, E, E
Culturas populares e indígenas são outro foco de d) E, C, E
atenção das políticas de diversidade, havendo editais e) E, C, C
25 públicos de premiação de atividades realizadas ou em
andamento, o que democratiza o acesso a recursos pú- 33. Com base no texto, julgue cada item numerado como
blicos. certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
28 O papel da cultura na humanização do tratamen- mais adequada.
to psiquiátrico no Brasil é discutido em seminários da I – A substituição do segmento “de toda a” (l.34) por da
SID. Além disso, iniciativas artísticas inovadoras nesse não causaria prejuízo semântico ao texto.
31 segmento são premiadas com recursos do Edital Loucos II – A retirada da vírgula após “Brasil” (l.2) manteria a
pela Diversidade. Tais ações contribuem para a inclusão correção gramatical e os sentidos do texto, visto que,
e socializam o direito à criação e à produção cultural. nesse caso, o emprego desse sinal de pontuação é fa-
34 A participação de toda a sociedade civil na discus- cultativo.
são de qualquer política cultural se dá em reuniões da III – No período “Essas redes abrangem associações e
SID com grupos de trabalho e em seminários, oficinas grupos culturais para divulgar e preservar suas mani-
37 e fóruns, nos quais são apresentadas as demandas da festações de cunho artístico.” (l.11-12), duas orações
população. Com base nesses encontros é que podem expressam finalidades das “Redes Culturais” (l.10).
ser planejadas e desenvolvidas ações que permitam o a) C, E, C
40 acesso dos cidadãos à cultura e a promoção de suas b) E, C, E
manifestações, independentemente de cor, sexo, idade, c) E, E, C
etnia e orientação sexual. d) C, E, E
Identidade e diversidade. Internet: <www.brasil. e) E, C, C
gov.br/sobre/cultura/> (com adaptações).
Pavio do destino
31. Com base no texto, julgue cada item numerado como Sérgio Sampaio
certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
mais adequada. 1 O bandido e o mocinho
I – Mantêm-se as informações originais e a correção São os dois do mesmo ninho
gramatical do texto caso o primeiro parágrafo seja assim Correm nos estreitos trilhos
reescrito: Em 2003, ligada ao Ministério da Cultura, com 4 Lá no morro dos aflitos
a finalidade de preservar e de valorizar as diferentes Na Favela do Esqueleto
manifestações culturais, principalmente no Brasil, que São filhos do primo pobre
têm tradições e costumes diversos, foi criada a Secretaria 7 A parcela do silêncio
da Identidade e da Diversidade Cultural (SID). Que encobre todos os gritos
II – A retirada da expressão de realce “é que” (l.38) e a E vão caminhando juntos
colocação de vírgula após o segmento “Com base nesses 10 O mocinho e o bandido
encontros” (l.38) não acarretariam prejuízo gramatical De revólver de brinquedo
ao período. Porque ainda são meninos
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III – Depreende-se do texto que a finalidade específica


da SID é reservar espaços para debates sobre política 13 Quem viu o pavio aceso do destino?
cultural com determinados grupos da sociedade: os indí-
genas e as comunidades negras, embora essa secretaria Com um pouco mais de idade
também promova outros projetos culturais. E já não são como antes
a) E, E, C 16 Depois que uma autoridade
b) E, C, E Inventou-lhes um flagrante
c) E, C, C Quanto mais escapa o tempo

18 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
19 Dos falsos educandários IV – O antecedente a que se referem os termos “lhes”
Mais a dor é o documento (v.17) e “os” (v.21) é recuperado na primeira estrofe do
Que os agride e os separa texto.
22 Não são mais dois inocentes a) C, E, E, E
Não se falam cara a cara b) E, C, C, C
Quem pode escapar ileso c) C, E, C, E
25 Do medo e do desatino d) C, E, E, C
e) C, C, E, E
Quem viu o pavio aceso do destino?
1 Balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pú-
O tempo é pai de tudo blica do Distrito Federal (SSP/DF) aponta redução de 39%
28 E surpresa não tem dia nos casos de roubo com restrição de liberdade, o famoso
Pode ser que haja no mundo 4 sequestro-relâmpago, ocorridos entre 1º de janeiro e
Outra maior ironia 31 de agosto deste ano, em comparação com o mesmo
31 O bandido veste a farda período do ano passado — foram 520 ocorrências em
Da suprema segurança 7 2012 e 316 em 2013.
O mocinho agora amarga Em agosto deste ano, foram registrados 39 casos de
34 Um bando, uma quadrilha sequestro-relâmpago em todo o DF, o que representa
São os dois da mesma safra 10 redução de 32% do número de ocorrências dessa nature-
Os dois são da mesma ilha za criminal em relação ao mesmo mês de 2012, período
37 Dois meninos pelo avesso em que 57 casos foram registrados. Entre as 39 vítimas,
Dois perdidos Valentinos 13 11 foram abordadas no Plano Piloto, região que lidera
a classificação de casos, seguida pela região adminis-
Quem viu o pavio aceso do destino? trativa de Taguatinga, com oito ocorrências. Segundo a
16 SSP, o cenário é diferente daquele do mês de julho, em
34. Com base no texto, julgue cada item numerado como que Ceilândia e Gama tinham o maior número de casos.
certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa “38% dos crimes foram cometidos nos fins de semana,
mais adequada. 19 no período da noite, e quase 70% das vítimas eram do
I – O trecho “Quanto mais escapa o tempo / Dos falsos sexo masculino, o que mostra que a escolha da vítima é
educandários / Mais a dor é o documento / Que os agri- baseada no princípio da oportunidade e aleatória, não
de e os separa” (v.18-21) poderia, sem prejuízo para a 22 em função do gênero.”
correção gramatical, ser reescrito da seguinte forma: À Ao todo, 82% das vítimas (32 pessoas) estavam so-
medida que escapa o tempo dos falsos educandários, zinhas no momento da abordagem dos bandidos, por
a dor vai se tornando o documento que os agride e os 25 isso as forças de segurança recomendam que as pessoas
separa. tomem alguns cuidados, entre os quais, não estacionar
II – O termo “ileso” (v.24) está empregado como sinô- em locais escuros e distantes, não ficar dentro de carros
nimo de incólume. 28 estacionados e redobrar a atenção ao sair de residências,
III – Infere-se da leitura dos versos “O bandido veste a centros comerciais e outros locais.
farda / Da suprema segurança / O mocinho agora amarga DF registra 316 ocorrências de sequestro-relâmpago nos
/ Um bando, uma quadrilha” (v.31-34) que houve uma primeiros oito meses deste ano. R7, 6/9/2013. Internet:
inversão: o menino que fazia o papel de mocinho na <http://noticias.r7.com> (com adaptações).
brincadeira virou bandido quando adulto, e o que fazia o
papel de bandido se tornou policial. Na mesma estrofe, 36. Com base no texto, julgue cada item numerado como
os termos “surpresa” (v.28), “ironia” (v.30) e “avesso” certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
(v.37) ratificam essa interpretação. mais adequada.
a) E, E, C I – O texto, predominantemente informativo, refuta a
b) E, C, C ideia de que os alvos preferenciais dos autores de se-
c) E, C, E questros-relâmpago seriam do sexo feminino.
d) E, E, E II – A expressão “o famoso sequestro-relâmpago” (l.3-4)
e) C, C, C está entre vírgulas porque explica, em termos populares,
a expressão “roubo com restrição de liberdade” (l.3).
35. Com base no texto, julgue cada item numerado como III – A correção gramatical e o sentido da oração “Em
certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa agosto deste ano, foram registrados 39 casos de se-
mais adequada. questro-relâmpago em todo o DF” (l.8-10) seriam pre-
I – O texto, pertencente a um gênero poético, faz um servados caso se substituísse a locução verbal “foram
relato biográfico sobre duas crianças em uma localida- registrados” por registrou-se.
de periférica, contrastando a inocência e o ludismo da a) E, E, C
Língua Portuguesa

infância com a aspereza e a ironia do destino na vida b) E, C, C


adulta. c) E, E, E
II – Os termos “ninho” (v.2) e “safra” (v.35) foram em- d) C, C, C
pregados em sentido denotativo e correspondem, res- e) C, C, E
pectivamente, ao local e à época de nascimento dos
meninos. 37. Com base no texto, julgue cada item numerado como
III – O termo “amarga” (v.33) corresponde a uma carac- certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
terística que, no texto, qualifica “quadrilha” (v.34). mais adequada.

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I – O trecho “por isso as forças de segurança recomen- Gabarito
dam que as pessoas tomem alguns cuidados” (l.24-25)
expressa uma ideia de conclusão e poderia, mantendo-se 1. Errado, porque mantém as informações do 1º período
a correção gramatical e o sentido do texto, ser iniciado do texto.
pelo termo porquanto em vez da expressão “por isso”. 2. Certo, porque contraria o que diz o último período do
II – A correção gramatical e o sentido do texto seriam texto.
preservados caso a vírgula imediatamente após o ter- 3. Errado, porque mantém as informações do 3º período
mo “quais” (l.26) fosse substituída pelo sinal de dois- do texto.
-pontos. 4. Errado, porque mantém as informações do 4º período
III – Infere-se do texto que, em agosto, Plano Piloto e do texto.
Taguatinga eram as localidades com os mais altos índices 5. Errado, porque mantém as informações do 4º período
de criminalidade no DF, situação inversa à de julho, quan- do texto.
do as regiões de maior periculosidade eram Ceilândia e 6. C
Gama. 7. C
a) E, E, C 8. C
b) E, C, C 9. C
c) E, E, E 10. C
d) C, C, C 11. C
e) E, C, E 12. C
13. C
1 A prisão, em vez de devolver à liberdade indivíduos 14. C
corrigidos, espalha na população delinquentes perigo-
15. (1)
sos. A prisão não pode deixar de fabricar delinquentes.
16. (3)
4 Fabrica-os pelo tipo de existência que faz os detentos
17. (2)
levarem: que fiquem isolados nas celas, ou que lhes
seja imposto um trabalho para o qual não encontrarão 18. e
7 utilidade, é de qualquer maneira não “pensar no homem 19. C
em sociedade; é criar uma existência contra a natureza 20. E, E, E, E
inútil e perigosa”; queremos que a prisão eduque os 21. E, C, E
10 detentos, mas um sistema de educação que se dirige 22. Errado. Trocando-se “uma infinidade” por “inúmeros”,
ao homem pode ter razoavelmente como objetivo agir a sintaxe ficaria prejudicada – “foi aberta inúmeros de
contra o desejo da natureza? A prisão fabrica também caminhos” –, a não ser que se alterasse a concordância
13 delinquentes impondo aos detentos limitações violen- verbal e se eliminasse o “de”: “foram abertos inúmeros
tas; ela se destina a aplicar as leis, e a ensinar o respeito caminhos”.
por elas; ora, todo o seu funcionamento se desenrola 23. C
16 no sentido do abuso de poder. A prisão torna possível, 24. Errado. “mas” é conjunção coordenativa adversativa,
ou melhor, favorece a organização de um meio de de- como todavia, entretanto, no entanto, o que não
linquentes, solidários entre si, hierarquizados, prontos é verdade quando se trata de conquanto, embora,
19 para todas as cumplicidades futuras. ainda que, mesmo que, que se classificam como su-
Michel Foucault. Ilegalidade e delinquência. In: Michel bordinativas concessivas.
Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 33.a ed.
Petrópolis: Vozes, 1987, p. 221-2 (com adaptações).
25. C
26. Errado. Em “dos que”, o os é pronome demonstrativo
38. Os itens seguintes apresentam propostas de reescritura tanto quanto o aqueles, e a substituição de um pelo
de trechos do texto acima. Julgue-os quanto à correção outro não altera a correção gramatical. (Vide GpP –
gramatical e à manutenção do sentido original do texto. Pronome).
I – “A prisão (...) fabricar delinquentes” (l.3): Não é per- 27. Errado. “cerca de” significa por volta de, aproxima-
mitido que a prisão deixe de forjar delinquentes. damente; já “acerca de” tem sentido de sobre, a
II – “Fabrica-os pelo (...) inútil e perigosa’” (l.4-9): Fabri- respeito de.
ca-os pelo tipo de existência que impõem aos detentos: 28. Errado. A substituição por “Os investidores” prejudica
que fiquem isolados nas celas, ou que sejam compelidos a correção gramatical, porque prejudica a concordân-
a um trabalho para o qual não encontrarão utilidade, é cia verbal. É preciso, então, substituir “tem” (l. 16)
de qualquer maneira não “pensar no homem em so- por “têm”.
ciedade; é criar uma existência que vai de encontro à 29. Errado. Essa substituição até melhora a coerência
natureza inútil e perigosa”. por colocar os três verbos no mesmo tempo e modo.
III – “A prisão (...) por elas” (l.12-15): Ao impor limitações 30. Errado. A substituição criaria o segmento “frente à
violentas aos detentos, a prisão cria também delinquen- 46.3% em serviços”, que apresenta uso indevido do
tes. Ela é destinada a aplicação das leis e ao ensino do sinal indicativo de crase.
Língua Portuguesa

respeito por elas. 31. b


III – “A prisão (...) delinquentes perigosos” (l.1-3): Con- 32. d
quanto devolva indivíduos corrigidos à liberdade, a pri- 33. a
são dissemina delinquentes perigosos na população. 34. b
a) C, E, E, E 35. d
b) E, C, E, E 36. e
c) C, E, C, E
37. e
d) E, C, C, C
38. e
e) E, E, E, E

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Márcio Wesley • Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são
escritos com “s”:
ORTOGRAFIA OFICIAL análise – analisar, analisado
atrás – atrasar, atrasado
O Alfabeto casa – casinha, casarão, casebre

Com a Nova Ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras. Porém há algumas exceções:
Foram reintroduzidas as letras k, w e y. catequese – catequizar
síntese – sintetizar
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ batismo – batizar

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare- • Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”:
cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta
em várias situações. Por exemplo: acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km pires – piresinho
(quilômetro), kg (quilograma), w (watt); casa – casinha, casita
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus empresa – empresinha
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu,
yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
• Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes
à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e
Emprego das Letras “-ender”.
dividir – divisão
• Ortho = Correta. colidir – colisão
Graphia = Escrita. aludir – alusão
• A Nova Ortografia, desde 2016, vigora como forma rescindir – rescisão
obrigatória. iludir – ilusão

Emprego do “S” EXERCÍCIOS


• O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”:
1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
casa, mesa, acesa etc.
nhada esteja escrita incorretamente.
• O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”:
a) Paula saiu da sala muito pesarosa.
sílaba, sabonete, seno etc.
b) Esta água possui muita impuresa.
Usa-se o “S” c) Faça a gentileza de sair rapidamente.
d) A nossa amizade é muito sólida.
• Depois de ditongos: e) A buzina do meu carro disparou, o que faço?
Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão,
mausoléu etc. 2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
nhada esteja escrita incorretamente.
• Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi- a) O rapaz defendeu uma tese.
cadores de abundância): b) O teste será realizado amanhã.
cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc. c) Comerei, mais tarde, um sanduíche misto.
d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene.
• Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores e) A usina de açúcar fica distante da fazenda.
de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios,
cargo ou profissão): 3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa:
duquesa, chinês, poetisa etc. a) É necessário bisar muitas músicas.
b) De longe, não consigo divisar as coisas.
• Nas palavras em que haja “trans”: c) É necessário pesquisar incansavelmente.
transigir, transação, transeunte etc. d) É muito importante paralisar as obras, agora.
e) Não há erro em nenhuma alternativa.
• Nos substantivos não derivados de adjetivos:
marquesa (de marquês), camponesa (de camponês),
4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo:
defesa (de defender).
a) pesaroso – previsão – empresário.
Língua Portuguesa

• Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”: b) querosene – gasolina – música.


ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; c) celsa – virose – maisena.
compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc. d) quiser – puser – hipnotisar.
e) anestesia – dosagem – divisa.
• Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação
científica, ou erudita – culta): 5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es-
trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os- crita incorretamente.
mose etc. a) Eu não quero acusar ninguém.

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b) Ela é uma mulher obesa. 4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação
c) Ela está com náusea, está grávida. à ortografia, exceto:
d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes. a) utilizar.
e) Devemos suavisar o impacto. b) grandeza.
c) certeza.
GABARITO d) orgulhoza.
e) agonizar.
1. b 2. d 3. e 4. d 5. e
5. Complete os espaços do período abaixo com uma das
alternativas que se seguem de forma correta e ordenada.
Emprego do “Z” “Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com
______.”
Usa-se o “z” a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza
b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa
• Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada c) incapas – atualizar – finalizar – presteza
com “z”: d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza
cruz – cruzamento – cruzeta – cruzeiro e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa
juiz – juízo – ajuizado – juizado
desliza – deslizamento – deslizante
GABARITO
• Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs-
tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados: 1. c 2. d 3. e 4. d 5. a
beleza – belo + eza
gentileza – gentil + eza
insensatez – insensato + ez Emprego do “G”

• Nos diminutivos “inho” e “inha”: • Nas palavras que representam o mesmo som de “j”
Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”, quando for empregada antes das vogais “e” e “i”:
basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc.
juiz – juizinho Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao
raiz – raizinha uso. Nos demais casos, usa-se o “g”.
xadrez – xadrezinho
• Nas palavras derivadas de outras que já são escritas
Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; com “g”:
então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”: ágio – agiota – agiotagem
sofá – sofazinho gesso – engessado – engessar
mãe – mãezinha exigir – exigência – exigível
pé – pezinho afligir – afligem – afligido

EXERCÍCIOS • Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”:


margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem,
1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas garagem, origem etc.
com “z”, exceto:
a) limpeza – beleza. Exceção:
b) canalizar – utilizar. pajem, lajem, lambujem.
c) avizar – improvizar.
d) catequizar – sintetizar. Note bem:
e) batizar – hipnotizar. O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem
(forma verbal de viajar) escreve- se com “j”:
2. Complete corretamente os espaços do período a seguir
com uma das alternativas abaixo.
Dica:
“Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a
Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos
______.”
a) amizade – praso – meretriz o substantivo “viagem”, com “g”.
b) amisade – prazo – meretris A viagem para Búzios foi maravilhosa.
c) amizade – prazo – meretris Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere-
d) amizade – prazo – meretriz mos o verbo, escrito com “j”:
Que eles viajem muito bem.
Língua Portuguesa

e) amisade – praso – meretriz

3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do • Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”,
grupo em relação à ortografia: “ege”, “oge”:
a) avidez, beleza. pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio,
b) algoz, baliza. prodígio, egrégio, herege, doge etc.
c) defesa, limpeza.
d) gozado, bazar. • Nos verbos terminados em “ger” e “gir”:
e) miudeza, jeitoza. corrigir, fingir, fugir, mugir etc.

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EXERCÍCIOS • Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis:
manjerona, jerico, jia, jumbo etc.
1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es-
critas com “g”, exceto: • A terminação “aje” é sempre com “j”:
a) Joga esta geringonça no lixo. ultraje, laje etc.
b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil.
c) A giboia é uma serpente não venenosa. EXERCÍCIOS
d) Guarde a tigela no armário da sala.
e) Pessoas cultas não falam muita gíria. 1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) pajem.
2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas b) varejo.
em relação à ortografia, exceto: c) gorjeta.
a) gengiva – Sergipe – evangelho. d) ajiota.
b) trage – ogeriza – cangica. e) rijeza.
c) giz – monge – sargento.
d) vagem – ogiva – tangerina. 2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
e) gim – ogiva – sugestão. a) refújio.
b) estájio.
3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas c) rijeza.
em relação à ortografia, exceto: d) pedájio.
a) ultrage – lage – berinjela. e) ferrujem.
b) cangerê – cafageste – magé.
c) refúgio – estágio – ferrugem. 3. Observe as frases que se seguem:
d) geca – girau ‑cangica. I – Minha coragem é algo incontestável.
II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso.
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação III – A giboia é uma serpente brasileira.
à ortografia, exceto: Agora, responda, em relação à ortografia das palavras
a) fuselagem. sublinhadas.
b) aflige. a) Todas estão corretas.
c) angina. b) Somente a III está correta.
d) grangear. c) Todas estão incorretas.
e) fuligem. d) Somente a III está incorreta.
e) Somente a I está correta.
5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas
com “g”, exceto:
4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
a) ceregeira.
a) Jertrudes.
b) cingir.
b) jestão.
c) contágio.
c) jerimum.
d) algema.
d) jesso.
e) página.
e) jerminar.
GABARITO 5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) jereré.
1. c 2. b 3. c 4. d 5. a b) jeropiga.
c) jenipapo.
d) jequitibá.
Emprego do “J” e) jervão.
Usa-se o “j”:
GABARITO
• Nos vocábulos de origem tupi:
maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc. 1. d 2. c 3. d 4. c 5. e

Exceção:
Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe. Emprego do “ch”

• Nas palavras cuja origem latina assim o exijam: O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la-
majestade, jeito, hoje, Jesus etc. tinos:
Língua Portuguesa

CI ‑ clave / Ch – Chave
• Nas palavras de origem árabe: FI – Flagrae / Ch – Cheirar
alforje, alfanje, berinjela. PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão.
• Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”:
gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear • Na palavra derivada de outra que já vem escrita com
laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha “ch”:
loja – lojinha, lojista charco / encharcar, encharcado
granja – granjear, granjinha, granjeiro chafurda / enchafurdar

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chocalho / enchocalhar – “s” em final de sílabas seguido de consoante:
chouriço / enchouriçar extático, externo, experiência, contexto etc.
chumaço / enchumaçar
cheio / encher, enchimento – “z” em palavras com prefixo “ex”, seguido de vogal:
enchova / enchovinha exame, exultar, exequível etc.

• Nas palavras após “re”: – “ss” como “ss” intervocálico:


brecha, trecho, brechó trouxe, próximo, sintaxe etc.

• Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio- – “ch” no início ou no interior de algumas palavras:
mas: xícara, xarope, luxo, ameixa etc.
salsicha / do itálico “salsíccia”
sanduíche / do inglês “sandwich” – “cs” no meio ou no fim de algumas palavras:
chapéu / do francês “chapei” fixo, tórax, conexão, tóxico etc.
chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
Obs.:
• O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch” Quando no final de sílabas o “x” não for precedido da
latino que se originou da evolução ao longo dos tempos: vogal “a”, deve-se empregar o “s” em vez de “x”:
cheirar, cheio, chão, chaleira etc. misto, justaposição etc.
• Em vocábulos de origem árabe e castelhana:
EXERCÍCIOS xadrez, oxalá, enxaqueca, enxadrista etc.

1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão correta- • Em palavras de formação popular, africana ou indígena:
mente grafadas, exceto: xepa, xereta, xingar, abacaxi, caxumba, muxoxo, xa-
a) enchumaçar. vante, xiquexique, xodó etc.
b) cachumba.
c) chave. • Geralmente é usado após a sílaba inicial “en”, em pa-
d) brecha. lavras primitivas:
e) galocha. enxada, enxergar, enxaqueca, enxó, enxadrezar, enxam-
brar, enxertar, enxoval, enxovalhar, enxurrada, enxofre,
2. Todas as palavras abaixo estão incorretamente grafadas, enxovia, enxuto etc.
exceto: Exceções:
a) faicha. encher, derivada de cheio
b) fachina. anchova ou enchova e seus derivados etc.
c) repuchão.
d) chuteira. Obs.:
e) relachado. Se a palavra é derivada, dependerá da grafia da primitiva.
charco – encharcar; chocalho – enchocalhar
3. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. chafurda – enchafurdar; chouriço – enchouriçar
a) chilindró. chumaço – enchumaçar (estofar) etc.
b) estrebuchar.
c) facho.
• Emprega-se o “x” após ditongos:
d) chafurdar.
ameixa, caixa, peixe, feixe, frouxo, deixar, baixa, rou-
e) chamego.
xinol etc.
4. Assinale a afirmação incorreta.
Exceções:
a) A palavra “boliche” está corretamente grafada.
caucho, cauchal, caucheiro, recauchutar, recauchuta-
b) A palavra “rocho” está corretamente grafada.
c) A palavra “mecha” está corretamente grafada. gem etc.
d) A palavra “richa” está incorretamente grafada.
e) A palavra “chereta” está incorretamente grafada. • Emprega-se “ex” quando seguido de vogal:
exame, exército, exato etc.
5. Assinale a alternativa correta.
a) tachinha (prego). • Emprega-se “ex” quando se segue:
b) chilindró. PLI – exPLIcar
c) cocho (manco). CI – exCItante
d) muchocho. CE – exCElência
e) muchiba. PLO – exPLOrar
Língua Portuguesa

GABARITO EXERCÍCIOS

1. b 2. d 3. a 4. b 5. a 1. Assinale a alternativa incorreta.


a) enxada.
b) enxaqueca.
Emprego do “X” c) enxova.
d) enxofre.
• O “x” representa cinco fonemas tradicionais: e) enxertar.

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2. Assinale a alternativa correta. c) quase.
a) enxarcar. d) cadiado.
b) enxocalhar.
c) enxouriçar. 2. Assinale a alternativa correta em relação ao uso do “e”
d) enxurrada. e do “i”:
e) enxumaçar. a) criolina.
b) cemitério.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do c) palitó.
“X”: d) orquídia.
a) cambaxirra.
b) flexar. 3. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação
c) taxar (preço). ao uso do “e” e do “i”, exceto:
d) explicar. a) seringa.
b) seriema.
4. Todas as palavras abaixo estão corretas em relação ao c) umedecer.
uso do “X”, exceto: d) desinteria.
a) enxerto.
b) sintaxe. 4. Todas as alternativas abaixo estão incorretas em relação
c) textual. ao uso do “e” e do “i”, exceto:
d) síxtole. a) crâneo.
b) meretíssimo.
5. Complete as lacunas das palavras, com uma das alter- c) previlégio.
nativas que se segue: d) Filipe.
e__pontâneo; e__terior; e__perto; e__cessivo.
a) x – s – x – s 5. Quanto às palavras
b) s – x – s – x I – Impigem.
c) s – s – x – x II – Terebentina.
d) x – x – s – s III – Pinicilina.

podemos afirmar:
GABARITO a) somente a I está correta.
b) somente a II está correta.
1. c 2. d 3. b 4. d 5. b c) todas estão incorretas.
d) todas estão corretas.
Uso do “E” GABARITO
• Nos verbos terminados em “uar”, “oar”, nas formas do
1. d 2. b 3. d 4. d 5. a
presente do subjuntivo:
continuar – continue – continues
efetuar – efetue – efetues
habituar – habitue – habitues
Uso do “O” e do “U”
averigue – averigues
A letra “o” átono pode soar como “u”, acarretando he-
perdoar – perdoe – perdoes
sitação na grafia.
abençoar – abençoe – abençoes Pode-se recorrer ao artifício da comparação com palavras
da mesma família:
• Palavras formadas com o prefixo “ante”: abolir – abolição
antecipar, anterior, antevéspera tábua – tabular
comprimento – comprido
Uso do “I” cumprimento – cumprimentar
explodir – explosão
• Nos verbos terminados em “uir” nas segunda e tercei-
ra pessoas do singular do presente do indicativo e a EXERCÍCIOS
segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo:
constituir – constitui – constituis 1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas
possuir – possui – possuís em relação à grafia, exceto:
influir – influi – influis a) nódoa.
fluir – flui – fluis b) óbolo.
diminuir – diminui – diminuis
Língua Portuguesa

c) poleiro.
instituir – institui – instituis d) pulir.

EXERCÍCIOS 2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas


em relação à grafia, exceto:
1. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do a) capueira. 

“e” e do “i”: b) embolo.
a) destilar. c) focinho.
b) cumeeira. d) goela.

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3. Em relação às seguintes palavras: Modifica o substantivo a que se relaciona:
I – Muleque. “Um bom romance nos diz a verdade sobre o seu herói,
II – Mulambo. mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu
III – Buate. autor”. (Chesterton Apud Josué Montello)
“Quando a previsão diz tempo bom, isso é mau.” (Leon
podemos afirmar: Eliachar)
a) todas estão corretas.
b) somente a I e II estão corretas. Como substantivo
c) somente a I e III estão corretas. Normalmente vem precedido de artigo:
d) todas estão incorretas. “Por que não prender os maus para vivermos tranqui-
los?”
4. Em relação às seguintes palavras: “O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer”.
I – Bueiro. (Mário Quintana)
II – Manoel.
“... só que viera a pé e foi-se sentado, cansado talvez
III – Jaboticaba.
de cavalgar por montes e vales do Oeste, e de tantas
lutas contra os maus”. (CDA)
podemos afirmar como verdadeiro:
a) somente a II e III estão incorretas.
b) somente a II e III estão corretas. Notações sobre o uso de “a”, “há” e “ah”
c) somente a I está correta.
d) todas estão corretas. • Usa-se “há”
e) somente II está incorreta. Com referência a tempo passado:
“Estou muito doente. Há dez anos venho sofrendo de
5. Assinale a alternativa de palavra incorretamente grafada. mal súbito”. (Aldu)
a) custume. “Isso aconteceu há quatro ou cinco anos”. (Rubem Braga)
b) tribo. Quando é formado do verbo haver:
c) romênia. “Já não há mais tempo. O futuro chegou”.
d) buliçoso. “O garçom era atencioso, você sabia que há garçons
atenciosos?” (CDA)
GABARITO
• Usa-se “a”
1. d 2. a 3. d 4. e 5. a Com referência a tempo futuro:
“... mas daí a pouco tinha a explicação”. (Machado de
Assis)
Algumas Dificuldades Gramaticais “Fui casado, disse ele, depois de algum tempo, daqui
a três meses posso dizer outra vez: sou casado”. (Ma-
Notações sobre o uso de “mal” e “mau”: chado de Assis)

• Usa-se “mal” nos seguintes casos: • Usa-se “ah”


Como interjeição enfatizante:
Como substantivo (opõe-se a “bem”) “Ah, ia-se me esquecendo: um escritório funcional deve
Assim varia de número (males) e, geralmente, vem ter também uma secretária funcional”. (Leon Eliachar)
precedido de artigo: “Ah! Disse o velho com indiferença”. (Machado de Assis)
“O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer,
são os bêbados que ela nos traz.” (Leon Eliachar) Notações sobre o uso de “mas”, “más” e “mais”
“Para se trilhar o caminho do mal, é indispensável não
se importar com o constrangimento.” (Fraga) • Mas
É conjunção adversativa (dá ideia de oposição, retifi-
Como advérbio (opõe-se a “bem”) cação):
Nesse caso, modifica o verbo, o adjetivo e o próprio “Sinto muito, doutor, mas não sinto nada”. (Aldu)
advérbio: “O dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos”.
“Andam mal os versos de pé quebrado.” (Jaab)
(Aldu)
“Varam o espaço foguetes mal intencionados.” (Cecília
Meireles)
• Más
“Mendicância vai muito mal: falta de verba.” (Sylvio
Abreu) Plural feminino de “MAU”
“Não tinha más qualidades, ou se as tinha, eram de
Como conjunção pouca monta”. (Machado de Assis)
Equivale a quando, assim que, apenas: “Não há coisas, na vida, inteiramente más”. (Mário
Língua Portuguesa

“Mal o Flamengo entrou em campo, foi delirantemente Quintana)


aplaudido”.
“Mal colocou o papel na máquina, o menino começou • Mais
a empurrar a cadeira pela sala, fazendo um barulho Advérbio de intensidade
infernal”. (Fernando Sabino) “As fantasias mais usadas no carnaval são: homem
vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon
• Usa-se “mau” nos seguintes casos Eliachar)
Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que
Como adjetivo (opõe-se a bom) recebe.

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Notações sobre o uso do porquê (e variações) “Tal prática era possível na cidade, aonde ainda não
haviam chegado os automóveis.” (Manuel Bandeira)
• Porque – Conjunção causal ou explicativa: “Se chegares sempre aonde quiseres, ganharás”. (Paulo
“Vende-se um segredo de cofre a quem conseguir abrir Mendes Campos)
o cofre, porque o dono não consegue”. (Leon Eliachar)
“Os macróbios são macróbios porque não acreditam • Donde
em micróbios”. (Mário Quintana) Equivale a “de onde” e apresenta ideia de afastamento;
corresponde a lugar do qual (unde, em latim):
• Por que – Nas interrogações “Tomás estava, mas encerrara-se no quarto, donde só
“ – Diga-se cá, por que foi que você não apareceu mais saíra...” (Machado de Assis)
lá em casa?” (Graciliano Ramos) (Interrogativa direta) “Às vezes se atiram a distantes excursões donde regres-
“Não sei por que você foi embora”. (Interrogação indi- sas com uma enorme lava.” (Manoel Bandeira)
reta)
Como pronome relativo, equivalente a o qual, a qual, Notações sobre o uso de “senão” e “se não”
os quais, as quais.
“Não sei a razão por que me ofenderam”. • Senão
“Contavam fatos da vida, incidentes perigosos por que Conjunção adversativa com o sentido de “em caso
tinham passado”. (José Lins do Rego) contrário”, “de outra forma”:
“Cala a boca, mulher, senão aparece polícia”. (Rachel
• Por quê – No final da frase. de Queiroz)
“Mas por quê? Por quê? Por amor? (Eça de Queiroz) Com o sentido de “mas sim” e com o sentido de “a não
“Sou a que chora sem saber por quê”. (Florbela Espanca) ser”:
“Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sincerida-
• Porquê de, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza”.
É substantivo e, então, varia em número; normalmen- (Clarice Lispector)
te, o artigo o precede:
“Eu sem você não tenho porquê”. (Vinícius de Morais)
Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei-
“Só mesmo Deus é quem sabe o porquê de certas von-
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número:
tades femininas, se é que consegue saber.” (CDA)
“Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas
Notações sobre o uso de “quê” e “’que”
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello)
• Quê
Como interjeição exclamativa (seguida de ponto de • Se não
exclamação): Quando conjunção condicional “se”:
“Quê! Você ainda não tomou banho?” ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?”
(Mário Quintana)
No final de frases:
Zombaria de todos, mesmo sem saber de quê. Quando advérbio de negação “Não”
“Medo de quê?” (José Lins do Rego) “Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem
Como substantivo ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé –
“Um quê misterioso aqui me fala.” (Gonçalves Dias) pelo rito”. (Josué Montello)
“A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?”
sempre um quê de proibido...” (Mário Quintana) (Mário Quintana)

• Que Notações sobre “afim” e “a fim de”


Em outros casos usa-se a forma sem acento:
“Da igreja – exclamou. Que horror.” (Eça de Queiroz) • Afim
“E que sonho mau eu tive.” (Humberto de Campos) Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
“... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara
Notações sobre o uso de “onde”, “aonde” e “donde” amarrada e mandou-nos embora.” (CDA)
Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam
• Onde tanto.
É estático. Usa-se com os verbos chamados de repouso,
situação, fixação, como o verbo “ser” e suas modali- • A fim
dades (estar – permanecer) e outros (ficar, estacionar Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale
etc.); corresponde a “lugar em que” (ubi, em latim): a “para”:
“Onde foi inventado o feijão com arroz? (Clarice Lis- Viajou a fim de se esconder.
Língua Portuguesa

pector) “Metade da massa ralada vai para a rede da goma, a fim


“Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não de se lhe tirar o excesso de amido”. (Rachel de Queiroz)
sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon
Eliachar) Notações sobre o uso de “a par” e “ao par”

• Aonde • A par
É dinâmico. Usa-se com os verbos chamados de mo- Tem o significado de conhecer, saber, tomar conheci-
vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde mento:
a lugar em que (quo, em latim): Estamos a par da evolução técnica.

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• Ao par Velha Regra Nova Regra
Tem o significado de igual, equilibrado, paralelo:
ante-sala antessala
O câmbio está ao par.
anti-reumatismo antirreumatismo
EXERCÍCIOS auto-recuo autorrecuo
contra-senso contrassenso
1. Preencha as lacunas com “mal”, “mau”, “má”: extra-rigoroso extrarrigoroso
a) Foi um _______ resultado para a equipe. infra-solo infrassolo
b) Foi um ______ irrecuperável. ultra-rede ultrarrede
c) Não me interprete _____ quando lhe digo _____ que ultra-sentimental ultrassentimental
responderá pelo que fez a esta criança. semi-sótão semissótão
d) ______ entrou no campo, deu um _______ jeito no supra-renal suprarrenal
pé, devido à _______ condição do gramado. supra-sigiloso suprassigiloso
e) Uma redação _______ escrita pode ser, apenas, o
resultado de uma _______ organização de ideias. Os prefixos hiper-, inter- e super- se ligam com hífen a
f) Ele organizou ______ o texto. elementos iniciados por r.
g) Sua _______ redação foi um negócio ________ para hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, hiper-regu-
ela. lagem, inter-regional, inter-relação, inter-racial, super-
h) Este menino é _______ porque sempre aprendeu a -ramificado, super-risco, super-revista.
praticar o _______.
i) Se não tivesse recebido ______ exemplos, evitaria os b) Passa a ser usado o hífen, agora, quando o prefixo
______ que tem causado. termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
j) Há pessoas que têm o _____ costume de fazer ______ Lembremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico,
juízo dos outros, ______ os conhecem. os prefixos abaixo eram grafados sem hífen diante de vogal.
Observe o quadro:
2. Preencha as lacunas com porque, por que, porquê, por
quê, ou quê: Velha Regra Nova Regra
a) Você não disse _________ veio, ontem, à festa. antiinflacionário anti-inflacionário
b) Não sei ________ você não veio, ontem, à festa. antiictérico anti-ictérico
c) Você sabe se José não veio à aula hoje, ________ não antiinflamatório anti-inflamatório
chegou ainda do passeio de final de semana?
arquiinimigo arqui-inimigo
d) Todos temos direitos inalienáveis, ________ somos arquiinteligente arqui-inteligente
pessoas humanas.
e) _________ se questiona tanto o progresso e se ques- microondas micro-ondas
microônibus micro-ônibus
tionam pouco os responsáveis pela ampliação desu-
microorganismo micro-organismo
mana da técnica? ___________?
f) Os caminhos __________ temos andado, os valores Exceção:
_________ temos lutado, podem não ser os mais Não se usa hífen com o prefixo co-, mesmo que o segundo
certos, porém são aqueles em que acreditamos. elemento comece com a vogal o:
g) Há um _______ misterioso em tudo isso. coordenação, cooperação, coocorrência, coocupante,
h) Não consigo perceber o _________ de tudo isso, mas coonestar, coobrigar, coobrar.
as razões ________ não consigo perceber tudo isso
já estão bem identificadas. c) Não será mais usado quando o prefixo termina em
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem-
GABARITO bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de
1. a) mau 2. a) por que vogal. Observe o quadro:
b) mal b) por que
c) mal, mal c) porque Velha Regra Nova Regra
d) Mal, mau, má d) porque auto-análise autoanálise
e) mal, má e) Por que, Por quê auto-afirmação autoafirmação
f) mal f) por que, por que auto-adesivo autoadesivo
g) má, mau g) porquê
h) porquê, por que auto-estrada autoestrada
h) mau, mal
i) maus, males auto-escola autoescola
j) mau, mau, mal auto-imune autoimune
Língua Portuguesa

extra-estatutário extraestatutário
extra-escolar extraescolar
Emprego do Hífen extra-estatal extraestatal
(Conforme a Nova Ortografia) extra-ocular extraocular
extra-oficial extraoficial
a) Não será usado hífen quando o prefixo termina em extraordinário* extraordinário
vogal e o segundo elemento começa com r ou s. Essas letras extra-urbano extraurbano
serão duplicadas. Observe as regras no quadro abaixo. extra-uterino extrauterino

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infra-escapular infraescapular • Com topônimos iniciados por grão- e grã- e forma ver-
infra-escrito infraescrito bal ou elementos com artigo:
infra-específico infraespecífico Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de
infra-estrutura infraestrutura Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc.
infra-ordem infraordem • Com os advérbios mal e bem quando formam uma
unidade sintagmática com significado e o segundo
intra-epidérmico intraepidérmico
elemento começa por vogal ou h:
intra-estelar intraestelar bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal-
intra-orgânico intraorgânico -estar, mal-humorado.
intra-ósseo intraósseo Obs.: Os compostos com o advérbio bem se escrevem
neo-academicismo neoacademicismo sem hífen quando tal prefixo é seguido por elemento
neo-aristotélico neoaristotélico iniciado por consoante:
neo-aramaico neoaramaico bem-nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de
neo-escolástica neoescolástico “malnascido”, “malcriado” e “malvisto”).
neo-escocês neoescocês • Nos compostos com os elementos além, aquém, recém
neo-estalinismo neoestalinismo e sem:
neo-idealismo neoidealismo além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-
neo-imperialismo neoimperialismo -casados, sem-número, sem-teto.
semi-erudito semierudito
supra-ocular supraocular Hífen em locuções
* Observe que a palavra extraordinário já era escrita sem hífen antes
do novo acordo. Não se usa hífen nas locuções (substantivas, adjetivas,
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjunti-
d) Não se usa mais o hífen em palavras compostas por vas), como em:  cão de guarda, fim de semana, café com leite,
justaposição, quando se perde a noção de composição e pão de mel, pão com manteiga, sala de jantar, cor de vinho,
surge um vocábulo autônomo. Observe o quadro: à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que.
São exceções algumas locuções consagradas pelo uso. É
o caso de expressões como: água-de-colônia, arco-da-velha,
Velha Regra Nova Regra
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à
manda-chuva mandachuva queima-roupa.
pára-quedas paraquedas
pára-lama, pára-brisa paralama, parabrisa EXERCÍCIOS
pára-choque parachoque
Responda conforme as novas regras da ortografia.
Devemos observar que continuam com hífen: ano-luz,
arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, tio-avô, 1. Nas frases que seguem, indique a única que apresente a
mato-grossense, norte-americano, sul-africano, afro-luso- expressão incorreta, levando em conta o emprego do hífen.
-brasileiro, primeiro-sargento, segunda-feira, guarda-chuva. a) Aqueles frágeis recém-nascidos bebiam o ar com
aflição.
e) Fica sendo regra geral o hífen antes de h: b) Nunca mais hei-de dizer os meus segredos.
anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra- c) Era tão sem ternura aquele afago, que ele saiu mal-
-harmônico, extra-humano, pré-histórico, sub-hepático, -humorado.
super-homem. d) Havia uma super-relação entre aquela região deserta
e esta cidade enorme.
O que não muda no hífen e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos como uma
alegria que não deixa de ser triste.
Continua-se a usar hífen nos seguintes casos:
• Em palavras compostas que constituem unidade sin- 2. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às
tagmática e semântica e nas que designam espécies: palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
aquela que tem que ser escrita com hífen.
ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva,
a) (sub) chefe.
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor,
b) (sub) entender.
erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi.
c) (sub) desenvolvido.
• Com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:
d) (sub) reptício.
ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão,
e) (sub) liminar.
vizo-rei.
• Com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento 3. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do hífen:
começa por vogal h e m ou n: a) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico.
Língua Portuguesa

b) O meia-direita fez um gol sem-pulo na semifinal do


• Com prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- se campeonato.
o segundo elemento tem vida à parte na língua: c) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
pré-bizantino, pró-romano, pós-graduação. d) O recém-chegado veio de além-mar.
• Com sufixos de base tupi-guarani que representam for- e) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
mas adjetivas: -açu, -guaçu, e -mirim, se o primeiro
elemento acaba em vogal acentuada ou a pronúncia 4. Em qual alternativa ocorre erro quanto ao emprego do
exige a distinção gráfica entre ambos: hífen?
amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, paraná-mirim. a) Foi iniciada a campanha pró-leite.

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b) O ex-aluno fez a sua autodefesa. CLASSES DE PALAVRAS
c) O contra-regra comeu um contrafilé.
d) Sua autobiografia é um verdadeiro contrassenso.
Substantivo
e) O meia-direita deu início ao contra-ataque.

5. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quan- É a palavra que se emprega para nomear seres, coisas,
to ao emprego do hífen. ideias, qualidades, ações, estados, sentimentos.
a) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para
assumir um relacionamento extraconjugal. Classificação dos Substantivos
b) Era extra-oficial a notícia da vinda de um extraterreno.
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama- • Comuns (nomes comuns a todos os seres da mesma
rinas. espécie): casa, felicidade, mesa, chão, criança, bondade.
d) O antissemita tomou antibiótico e vacina antirrábica. • Concretos (seres com existência própria, real ou ima-
e) Era um suboficial de uma superpotência. ginária): fada, saci, mesa, cadeira, caneta.
• Abstratos (nomeiam ações, qualidades ou estados, to-
6. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do mados como seres. Indicam coisas que não existem por
hífen. si, que são o resultado de uma abstração): felicidade,
a) Pelo interfone ele me comunicou bem-humorado que pobreza, honra, caridade.
estava fazendo uma superalimentação. • Próprios (designam um ser específico, determinado):
b) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada. Tânia, Pagu, Recife, Brasil, Coca-Cola.
c) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
• Simples (um só radical): janela, livro, trem, porta.
d) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos.
• Composto (mais de um radical): arco-íris, sempre-viva,
e) O autodidata fez uma auto-análise.
arranha-céu.
7. Fez um esforço ______ para vencer o campeonato • Primitivo (forma outros substantivos): rosa, pedra, mar.
_________. • Derivado (formado a partir de um primitivo): roseiral,
a) sobre-humano – inter-regional rosácea, pedreiro, pedregulho.
b) sobrehumano – interregional • Coletivos (nomeiam uma coleção de seres ou coisas
c) sobreumano – interregional da mesma espécie): acervo (bens, obras artísticas), al-
d) sobrehumano – inter-regional cateia (lobos), atilho (espigas), arsenal (armas), atlas
e) sobre-humano – inter-regional (mapas), baixela (utensílios de mesa), banca (exami-
nadores), bandeira (exploradores), boana (peixes miú-
8. Usa-se hífen nos vocábulos formados por sufixos que re- dos), cabilda (selvagens), cáfila (camelos), código (leis),
presentam formas adjetivas, como açu, guaçu, e mirim. corja (bandidos), cortiço (abelhas, casas velhas), correi-
Com base nisso, marque as formas corretas. ção (formigas), dactilioteca (anéis), enxoval (roupas),
a) capim-açu. falange (soldados, anjos), farândola (maltrapilhos),
b) anajá-mirim. fressura (vísceras), girândola (fogos), hemeroteca (jor-
c) paraguaçu. nais, revistas), matilha (cães), mó (gente), pinacoteca
d) para-guaçu. (quadros), tertúlia (amigos), súcia (gente ordinária).
9. Marque as formas corretas.
Gênero dos Substantivos
a) autoescola.
b) contra-mestre.
c) contra-regra. Uniformes (uma só forma para o masculino e para o
d) infraestrutura. feminino):
e) semisselvagem. • Comum de dois gêneros (masculino e feminino dis-
f) extraordinário. tinguem-se com artigo, pronome ou outra): dentista,
g) proto-plasma. jovem, imigrante, fã, motorista, jornalista, rival.
h) intra-ocular. • Sobrecomum (um só gênero, sem flexão nem do ar-
i) neo-republicano. tigo): a criança, o cônjuge, o sósia, a vítima, o ídolo,
j) ultrarrápido. a mascote.
• Epiceno (designa certos animais, diferindo-se pelo
10. Marque, então, as formas corretas. acréscimo de macho e fêmea): o jacaré, a cobra,
a) supra-renal. a onça, a borboleta, mosca, tatu, barata, anta.
b) supra-sensível.
c) supracitado. Biformes (uma forma para masculino e outra para o fe-
d) supra-enumerado. minino):
Língua Portuguesa

e) suprafrontal.
• Feminino com o mesmo radical (flexão por desinên-
f) supra-ocular.
cia): menino / menina, aluno / aluna, prefeito / prefeita,
pintor / pintora.
GABARITO
• Heterônimos (feminino com radical diferente da for-
ma masculina): bode / cabra, cão / cadela, carneiro /
1. b 4. c 7. a 10. c, e
ovelha, cavaleiro / amazona, cavalheiro / amazona,
2. d 5. b 8. a, b, c
3. a 6. e 9. a, d, e, f, j compadre / comadre, genro / nora, homem / mulher,
patriarca / matriarca.

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Substantivos que podem Suscitar Dúvidas ou hífenes; pólen – pólens ou pólenes; abdômen – abdomens
ou abdômenes).
• Só masculinos: o alvará, o anátema, o aneurisma, o f) Substantivos terminados em al, el, ol, ul. Perdem o l
apêndice, o axioma, o champanha, o diadema, o dó final, que é substituído por is: varal – varais, papel – papéis,
(pena; nota musical), o lança-perfume, o matiz, o pro- farol – faróis, paul – pauis. Exceções: cônsul – cônsules, mal
clama. – males, real – réis (a moeda).
• Só femininos: a agravante, a aguardente, a alface, g) Substantivos terminados em il:
a apendicite, a bacanal, a cal, a cataplasma, a cólera, • quando oxítonos, trocam o l por s: fuzil – fuzis, barril
a comichão, a elipse, a gênese, a ioga, a libido, a nuança, – barris.
a sentinela. • quando paroxítonos, trocam o l por eis: projétil – pro-
• Masculinos ou femininos: ágape, aluvião, amálgama, jéteis, réptil – répteis, fóssil – fósseis.
diabete (ou diabetes), ilhós, laringe, sabiá, suéter, h) Todos os substantivos terminados em x são unifor-
mes: o tórax – os tórax, o látex – os látex, a fênix – as fênix.
usucapião.
2) Formação do plural dos substantivos compostos
Gênero e Semântica a) Elementos grafados sem hífen, o plural segue as re-
gras utilizadas para os substantivos simples: passatempo –
Cabeça Masculino: o chefe, o dirigente, o líder. passatempos, pontapé – pontapés, televisão – televisões,
Feminino: parte do corpo; pessoa muito in- planalto – planaltos.
teligente; extremidade mais dilatada de um b) Radicais unidos por hífen:
objeto; pessoa ou animal numericamente. • Ambos se flexionam:
Caixa Masculino: livro contábil. substantivo + substantivo: couve-flor – couves-flores.
Feminino: recipiente; seção de pagamentos; substantivo + adjetivo: guarda-florestal – guardas-
estabelecimento financeiro. -florestais, obra-prima – obras-primas.
Capital Masculino: riqueza, conjunto de bens. adjetivo + substantivo: puro-sangue – puros-sangues.
Feminino: cidade onde se localiza a sede do numeral + substantivo: terça-feira – terças-feiras.
Poder Executivo. • Somente o primeiro varia
Moral Masculino: ânimo, brio. Substantivo + preposição + substantivo: pé de mole-
Feminino: conjunto de regras de comporta- que – pés de moleque; mula sem cabeça – mulas sem
mento; parte da filosofia que estuda essas cabeça; água-de-colônia – águas-de-colônia.
regras; conclusão que se tira de uma história. • Somente o segundo varia:
verbo + substantivo: guarda-sol – guarda-sóis; beija-
Grama Masculino: unidade de massa.
-flor – beija-flores; arranha-céu – arranha-céus.
Feminino: erva, relva, planta rasteira.
advérbio + adjetivo: sempre-viva – sempre-vivas;
abaixo-assinado – abaixo-assinados; alto-falante –
Número dos Substantivos
alto-falantes.
prefixo + substantivo: vice-reitor – vice-reitores; pré-
Alguns substantivos usados só no plural: as núpcias, as -candidato – pré-candidatos.
fezes, os óculos, as cócegas, os víveres. Reduplicação (palavras repetidas ou quase): ono-
Outros são uniformes, ou seja, uma única forma tanto matopeias (pingue-pongues, tico-ticos, tique-taques,
para o plural como singular: tênis, vírus, lápis, ônibus, pires. bem-te-vis, reco-recos), mas verbos repetidos têm dois
Nesses casos, o número será indicado por artigo, pronome plurais (pisca-piscas ou piscas-piscas, corre-corres ou
ou outra palavra que especifique o substantivo: o ônibus, os corres-corres).
ônibus, um pires, dois pires, meu lápis, meus lápis. • Varia somente o primeiro ou variam os dois
Substantivo + substantivo (o segundo especifica tipo,
1) Formação do plural dos substantivos simples finalidade, semelhança ao primeiro, parecendo um ad-
jetivo): pombo-correio – pombos-correio ou pombos-
a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo. -correios; peixe-espada – peixes-espada ou peixes-es-
Acrescenta-se a desinência s: caneta(s), livro(s), rei(s), pai(s), padas; manga-rosa – mangas-rosa ou mangas-rosas.
herói(s), mãe(s). • Invariáveis
b) Substantivos terminados em ão. Plural em ões, ães ou Verbo + advérbio: pisa-mansinho – os pisa-mansinho.
ãos: balão – balões; alemão – alemães; cidadão – cidadãos. Verbos antônimos: senta-levanta – os senta-levanta.
Admitem mais de uma forma para o plural: ancião – anciões, Frases substantivas: deus-nos-acuda – os deus-nos-
anciães, anciãos; corrimão – corrimões, corrimãos; guardião -acuda; maria-vai-com-as-outras – os/as maria-vai-
– guardiões, guardiães; vilão – vilões, vilãos. -com-as-outras; louva-a-deus – os louva-a-deus, estou-
c) Substantivos terminados em r ou z. Acrescenta-se es -fraco – os estou-fraco.
ao singular (no caso, o e é vogal temática; o s é desinência): • Alguns substantivos que admitem dois plurais
Língua Portuguesa

guarda-marinha – guardas-marinhas ou guardas-


pintor – pintores, cruz – cruzes, hambúrguer – hambúrgueres,
-marinha
júnior – juniores, sênior – seniores.
salvo-conduto – salvos-condutos ou salvo-condutos
d) Substantivos terminados em s. Podemos distinguir xeque-mate – xeques-mates ou xeques-mate
dois casos: se o substantivo é proparoxítono ou paroxítono, fruta-pão – frutas-pães ou frutas-pão
ele invariável (ônibus, pires, lápis); se é oxítono, acrescenta-
-se es (país – países, japonês – japoneses). 3) Plural com metafonia. Alguns substantivos, no singu-
e) Substantivos terminados em n. Podem formar o plural lar, têm o o tônico fechado e, quando se pluralizam, trocam
em es ou s, sendo a última forma a mais usada (hífen – hífens o o tônico fechado pelo o tônico aberto. Principais casos:

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Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó)
aposto apostos fogo fogos poço poços
caroço caroços forno fornos porco porcos
corno cornos foro foros porto portos
coro coros fosso fossos posto postos
corvo corvos imposto impostos povo povos
despojo despojos jogo jogos reforço reforços
desporto desportos miolo miolos socorro socorros
destroço destroços olho olhos tijolo tijolos
esforço esforços ovo ovos troco trocos

Grau dos Substantivos 4. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como
balão e caneta-tinteiro:
A flexão de grau exprime ideia de aumento ou de dimi- a) vulcão, abaixo-assinado.
nuição de tamanho, tendo como referência um grau normal, b) irmão, salário-família.
que seria o substantivo tal como aparece no dicionário. c) questão, manga-rosa.
d) bênção, papel-moeda.
Formação do grau do substantivo e) razão, guarda-chuva.

Utilizamos dois processos para formar o aumentativo e 5. Assinale a opção incorreta.


o diminutivo: a) Borboleta é substantivo epiceno.
a) sintético: acrescentam-se sufixos ao grau normal: b) Rival é comum de dois gêneros.
concurso – concursão (aumentativo sintético) e concursinho c) Omoplata é substantivo masculino.
(diminutivo sintético); d) Vítima é substantivo sobrecomum.
b) analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que e) Nenhuma opção.
expressem ideia de aumento ou de diminuição: concurso –
concurso grande e concurso pequeno. 6. Indique o período que não contém um substantivo no
grau diminutivo.
É curioso notar que o processo sintético expressa, com a) Todas as moléculas foram conservadas com as pro-
frequência, não uma variação de tamanho, mas uma carga priedades particulares, independentemente da atu-
afetiva, ou pejorativa. Exemplo: falar que tal obra é um livri- ação do cientista.
nho agradável ou que Fulano é um amigão são formas que b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no
expressam juízos de valor, possuem conotação afetiva e não centro de atenções na tumultuada assembleia.
podem ser classificadas como flexão de grau. c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curio-
Por outro lado, a flexão de grau é mais nítida com o uso samente os objetos decorativos expostos à venda,
do processo analítico. por preço bem baratinho.
d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras
Outra curiosidade é perceber que o grau pode conduzir
e vultos apressados na silenciosa viela.
a novos significados. Exemplo: portão, cartão, cartilha, fo- e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava
lhinha (calendário). flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.

EXERCÍCIOS 7. Numere a segunda coluna de acordo com o significado


das expressões da primeira coluna e assinale a opção
1. Indique a opção em que só aparecem substantivos abs- que contém os algarismos na sequência correta.
tratos. (1) o óleo santo ( ) a moral
a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, ima- (2) a relva ( ) a crisma
gem. (3) um sacramento ( ) o moral
b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade. (4) a ética ( ) o crisma
c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo. (5) a unidade de massa ( ) a grama
d) angústia, saudade, presença, esperança, amizade. (6) o ânimo ( ) o grama
e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança.
a) 6, 1, 4, 3, 5, 2 d) 4, 3, 6, 1, 2, 5
2. Aponte a opção em que haja erro quanto à flexão do b) 6, 3, 4, 1, 2, 5 e) 6, 1, 4, 3, 2, 5
nome composto. c) 4, 1, 6, 3, 5, 2
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora.
8. Assinale a opção em que a flexão do substantivo com-
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas.
posto está errada.
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas. a) os pés de chumbo. d) os cavalos-vapor.
Língua Portuguesa

d) pseudoesferas, chefes de seção, pães de ló. b) os corre-corre. e) os vai-véns.


e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas sem cabeças. c) as públicas-formas.
3. Preencha a frase seguinte com uma das opções. Dese-
javam transformar os...... em ....... do céu. GABARITO
a) pagões – cidadões
b) pagãos – cidadões 1. d 3. d 5. c 7. d
c) pagões – cidadãos 2. e 4. c 6. e 8. e
d) pagãos – cidadãos

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Adjetivo pássaro frágil/ave frágil
ator ruim/atriz ruim
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo, empresa agrícola/planejamento agrícola
atribuindo-lhe qualidades (ou defeitos) e modos de ser, ou vida exemplar/comportamento exemplar
indicando-lhe o aspecto ou o estado. homem audaz/mulher audaz
Imprensa injusta, sensacionalista, partidária, tenden- • São uniformes os adjetivos compostos em que o se-
ciosa. gundo elemento é um substantivo.
Acusações substantivas, ferozes, infundadas, justas. casaco amarelo-limão – camisa amarelo-limão
carro verde-garrafa – bicicleta verde-garrafa
A palavra adjetivo significa “colocado ao lado de, jus- papel verde-mar – tinta verde-mar
taposta a”. Esse significado enfatiza o caráter funcional do • Também são uniformes os compostos azul-marinho e
conceito de adjetivo: observe que é necessário apresentar azul-celeste.
a relação que se estabelece entre o substantivo e o adjetivo
para poder conceituar este último. Na realidade, substantivos Flexão de Número
e adjetivos apresentam muitas características semelhantes e,
em muitas situações, a distinção entre ambos só é possível O adjetivo concorda em número com o substantivo a
a partir de elementos fornecidos pelo contexto: que se refere.
O jovem brasileiro tornou-se participativo. governante capaz / governantes capazes
O brasileiro jovem enfrenta dificuldades profissionais. salário digno/salários dignos

Na primeira frase, jovem é substantivo, e brasileiro é Formação do plural dos adjetivos compostos
adjetivo. Na segunda, invertem-se esses papéis: brasileiro O plural dos adjetivos compostos segue os mesmos pro-
é substantivo, e jovem passa a ser adjetivo. Ser adjetivo ou cedimentos da variação de gênero desses adjetivos:
ser substantivo não decorre, portanto, de características • Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos,
morfológicas da palavra, mas de sua situação efetiva numa apenas o segundo elemento vai para o plural:
frase da língua. tratado luso-brasileiro / tratados luso-brasileiros
Há conjuntos de palavras que têm o valor de um adjetivo: intervenção médico-cirúrgica / intervenções médico-
são as locuções adjetivas. Essas locuções são normalmente -cirúrgicas
formadas por uma preposição e um substantivo ou por uma Destaque-se novamente surdo-mudo:
preposição e um advérbio; para muitas delas, existem adje- rapaz surdo-mudo / rapazes surdos-mudos
tivos equivalentes. • Os adjetivos compostos em que o segundo elemento
Conselho de pai (= paterno) / Inflamação da boca (= bucal). é um substantivo são invariáveis também em número:
recipiente verde-mar / recipientes verde-mar
uniforme amarelo-canário / uniformes amarelo-canário
Flexões dos Adjetivos Também são invariáveis azul-marinho e azul-celeste:
camisa azul-marinho / camisas azul-marinho
Os adjetivos se flexionam em gênero e número e apre- camiseta azul-celeste / camisetas azul-celeste
sentam variações de grau bem mais complexas que as dos
substantivos. Flexão de Grau
Flexão de Gênero Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar
ou intensificar as características que atribuem. Há, portanto,
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que dois graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
se refere:
Um comportamento estranho. Grau comparativo
Uma atitude estranha. Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou
Um jornalista ativo. mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um
Uma jornalista ativa. mesmo ser. Observe as frases seguintes:
Formação do feminino dos adjetivos biformes
Os adjetivos biformes possuem uma forma para o gênero Comparativo Ele é tão exigente quanto justo.
masculino e outra para o feminino. A formação do feminino de igualdade Ele é tão exigente quanto (ou
desses adjetivos costuma variar de acordo com a terminação como) seu irmão.
da forma masculina.
Comparativo de Estamos mais atentos (do) que
• Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, superioridade eles.
apenas o último elemento sobre flexão: Estamos mais atentos (do) que
cidadão luso-brasileiro – cidadã luso-brasileira ansiosos.
casaco verde-escuro – saia verde-escura
Língua Portuguesa

consultório médico-dentário – clínica médico-dentária


Comparativo de Somos menos passivos (do) que
Destaque-se surdo-mudo, em que variam os dois ele- inferioridade eles.
mentos: Somos menos passivos (do) que
rapaz surdo-mudo – moça surda-muda tolerantes

Adjetivos uniformes Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas


São os adjetivos que possuem uma única forma para sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor,
o masculino e o feminino. pior, maior e menor, respectivamente:

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Essa solução é melhor (do) que a outra. Locução Adjetiva
Minha voz é pior (do) que a sua.
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso huma- Compõe-se de preposição (de) e substantivo. Ex.: de pai
nitário. (paterno), bucal (da boca). Essa correspondência entre lo­
A preocupação social é menor (do) que a ambição in- cução adjetiva e adjetivo, no entanto, nem sempre se verifica,
dividual. ou por não existir um dos dois, ou por não ser preservado o
sentido quando se substitui um pelo outro. Colar de marfim,
As formas analíticas correspondentes (mais bom, mais por exemplo, é expressão usada cotidianamente, mas seria
mau, mais grande, mais pequeno) só devem ser usadas quan- pouco recomendável dizer, no mesmo contexto cotidiano,
do se comparam duas características de um mesmo ser: colar ebúrneo ou colar ebóreo, porque tais adjetivos têm
Ele é mais bom (do) que inteligente. uso restrito à linguagem literária e, portanto, seriam ade-
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. quados somente em contextos eruditos, mais formais. Ana-
Meu salário é mais pequeno (do) que justo. logamente, contrato leonino é uma expressão empregada na
Este país é mais grande (do) que equilibrado. linguagem jurídica; entretanto, é pouquíssimo provável que
os advogados passem a dizer contrato de leão.
Observe:
Atente para o fato de que a forma menor é um compara-
A greve de professores tem tomado proporções incontro-
tivo de superioridade, pois equivale a mais pequeno.
láveis. O movimento docente se justifica em face da inércia
do governo.
Grau superlativo
A característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de
forma relativa ou absoluta.
EXERCÍCIOS
No grau superlativo relativo, a intensificação da caracte-
1. Complete as frases abaixo com a forma apropriada do
rística atribuída pelo adjetivo é feita em relação a todos os adjetivo colocado entre parênteses.
demais seres de um conjunto que a possuem. a) Apesar de ser uma dentista ___________________
O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou (recém-formado), possuía já uma ______________
inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica: (numeroso) clientela.
b) Comprei uma camisa __________________ (ama-
Superlativo relativo Ele é o mais atento de todos. relo-claro) e um chapéu __________________ (cor-
de superioridade Ele é o mais exigente de todos -de-rosa) para desfilar no Carnaval.
os irmãos. c) Aquela moça é __________ (sandeu). Onde já se viu
dar tanto dinheiro por uma motocicleta __________
____________ (amarelo-limão)!
Superlativo relativo Você é o menos crítico de todos. d) Todas aquelas famílias __________ (sulino) são de
de inferioridade Você é o menos passivo de to- origem __________ (europeu).
dos os amigos. e) Sou do tempo em que se usava camisa __________
(branco), calça _____________________ (azul-ma-
As formas do superlativo relativo de superioridade dos rinho) e sapatos __________ (preto) como uniforme
adjetivos bom, mau, grande pequeno também são sintéticas: nos colégios ____________ (estadual).
o melhor, o pior, o maior e o menor.
No grau superlativo absoluto, intensifica-se a caracterís- 2. Seguindo o modelo, construa frases comparativas a
tica atribuída pelo adjetivo a um determinado ser. O super- partir dos elementos fornecidos em casa item seguinte.
lativo absoluto pode ser analítico ou sintético: A relação de comparação a ser feita vem indicada entre
a) O superlativo absoluto analítico é formado normal- parênteses.
mente com a participação de um advérbio: País pobre – países vizinhos (igualdade)
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. É um país tão pobre quanto (ou como) os países vizinhos.
Somos excessivamente tolerantes. a) indivíduo capaz – seus companheiros (igualdade).
b) rio poluído – outros rios (inferioridade).
b) O superlativo absoluto sintético é expresso com a c) animal feroz – outros animais (superioridade).
participação de sufixos. O mais comum deles é -íssimo; nos d) cidade pequena – cidades vizinhas (superioridade).
adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acres-
centado o sufixo do superlativo: 3. Complete as frases de acordo com o modelo.
Trata-se de um artista originalíssimo. Ela não é apenas uma funcionária competente: ela é a
Ele é exigentíssimo. Seremos tolerantíssimos. mais competente de todas!
a) Esta não é apenas uma solução razoável:
Muitos adjetivos possuem formas irregulares para expri- b) Ele não é apenas um aluno aplicado:
c) Esta não é apenas uma má saída:
mir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irre-
d) Ele não é apenas um grande amigo:
gularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo,
reassume a forma latina. É o caso dos adjetivos terminados
Língua Portuguesa

4. Complete as frases de acordo com o modelo:


em -vel, que assumem a terminação -bilíssimo: É um poema belo. Não: é belíssimo!
volúvel – volubilíssimo / indelével – indelebilíssimo a) A vida é frágil.
b) Era um homem talentoso.
Os adjetivos terminados em -io formam o superlativo c) É um jogador ágil.
absoluto sintético em -íssimo: d) Foi um lugar agradável.
sério – seriíssimo e) Será uma pessoa amável.
necessário – necessariíssimo f) É uma moeda antiga.
frio – friíssimo g) É um corredor audaz.

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h) Seria um homem bom. Artigo
i) É uma solução boa.
j) Teria sido um animal feroz. Canção Mínima
k) Fora um espírito livre.
l) É um sujeito magro. No mistério do Sem-Fim,
m) É um país pobre. Equilibra-se um planeta.
n) Tinha sido uma pessoa simpática. E, no planeta, um jardim,
o) É uma alma volúvel. e, no jardim, um canteiro;
no canteiro, uma violeta,
5. Alguns concursos cobram diferença entre o nível formal e, sobre ela, o dia inteiro,
e o nível coloquial. Observe algumas dessas formas co- entre o planeta e o sem-fim,
loquiais nas frases abaixo; reescreva as frases utilizando a asa de uma borboleta.
o superlativo absoluto apropriado à língua formal. (Cecília Meireles)
a) É um piloto hiperveloz!
b) Crianças subnutridas têm uma constituição vulnerá- Julgue os itens.
vel, vulnerável. 1. Nesse jogo de retomadas e acréscimos, os substantivos
c) Ela adotou uma posição supercrítica. surgem inicialmente precedidos pelo artigo um (“um
d) É superpossível que a gente vá viajar. planeta”, “um jardim”) e depois pelo artigo o (“no pla-
e) Tem uma cabeça arquipequena! neta”, “no jardim”). A diferença que essa troca de artigo
f) É um cão supermanso. estabelece constitui passagem do particular para o geral.
g) Ele é arquiamigo de meu irmão. 2. A introdução do substantivo asa, no último verso do po-
h) É uma planta fragilzinha. ema, precedido pelo artigo a, rompe o processo indicado
i) Saiu daqui felizinho da silva! na questão anterior, produzindo o efeito de retomar o
j) É um cara sabidão! texto como um todo.

GABARITO Comentários:
No poema “Canção mínima”, ocorre seguidamente um
1. a) recém-formada, numerosa. mesmo processo: um substantivo surge inicialmente pre-
b) amarelo-clara, cor-de-rosa. cedido pelo artigo um para, pouco depois, ser repetido,
c) sandia, amarelo-limão. desta vez precedido do artigo o. Dessa forma, passa-se de
d) sulinas, europeia. “um planeta” para “o planeta”, de “um jardim” para “o
e) branca, azul-marinho, pretos. jardim” e de “um canteiro” para “o canteiro”. Há, nessa
substituição de um artigo por outro, uma evidente dife-
2. a) É um indivíduo tão capaz quanto seus companheiros. rença de significado: aquilo que era genérico e indefinido
b) É um rio menos poluído (do) que outros. ao ser nomeado pela primeira vez surge como particula-
c) É um animal mais feroz (do) que outros. rizado e definido ao ser retomado. No poema, esse jogo
d) É uma cidade menor (do) que as cidades vizinhas. envolvendo artigos e substantivos é o principal recurso
no caminho do amplo e universal ao mínimo e particular.
3. a) é a mais razoável de todas.
b) é o mais aplicado de todos. Artigo é a palavra que pressupõe substantivo escrito.
c) é a pior de todas. Generaliza ou particulariza o sentido desse substantivo. Ob-
d) é o maior de todos. serve: um planeta/o planeta; um canteiro/o canteiro; um
jardim/o jardim; uma violeta/a violeta.
4. a) fragílima Em muitos casos, o artigo é essencial na especificação
b) talentosíssimo. do gênero e do número do substantivo.
c) agílimo O jornalista recusou o convite do representante dos ar-
d) agradabilíssimo tistas. A jornalista recusou o convite da representante das
e) amabilíssima artistas.
f) antiguíssima A empresa colocou em circulação o ônibus de três eixos.
g) audacíssimo A empresa colocou em circulação os ônibus de três eixos.
h) boníssimo
I) boníssima Quando antepostos a palavras de qualquer classe gra-
j) ferocíssimo matical, os artigos as transformam em substantivos. Nesses
k) libérrimo casos, ocorre a chamada derivação imprópria.
l) macérrimo/magríssimo É um falar que não tem fim.
m) pobríssimo/paupérrimo O assalariado vive um sofrer interminável.
n) simpaticíssima O aqui e o agora nem sempre se conjugam favoravel-
o) volubilíssima mente.

5. a) velocíssimo Sintaticamente, os artigos atuam sempre como adjuntos


Língua Portuguesa

b) vulnerabilíssima adnominais.
c) criticíssima
d) possibilíssimo Classificação dos artigos
e) mínima
f) mansuetíssimo a) Artigo indefinido: indica seres quaisquer dentro de
g) amicíssimo uma mesma espécie; seu sentido é genérico. Assume as for-
h) fragílima mas um, uma; uns, umas.
i) felicíssimo Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma
j) sapientíssimo gata, uns tucanos e umas araras.

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b) Artigo definido: indica seres determinados dentro d) preposição, pronome, artigo.
de uma espécie; seu sentido é particularizante. Assume as e) artigo, pronome, pronome.
formas o, a; os, as.
Meu vizinho gosta muito de animais: você precisa ver o 4. Assinale a opção correta.
cachorro, a gata, os tucanos e as araras que ele tem em casa. a) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco.
b) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros.
Combinações dos Artigos c) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco.
d) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco
É muito frequente a combinação dos artigos definidos e livros.
indefinidos com preposições. O quadro seguinte apresenta a e) Nenhuma das alternativas.
forma assumida por essas combinações:
5. “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário ape-
Preposições Artigos Combinações nas um disparo: o assaltante recebeu a bala na cabeça e
a ao, aos, à, às morreu na hora.”
No texto, os vocábulos destacados são, respectivamente:
o, os, a, do, dos, da, das, dum, duma, a) preposição e artigo.
de
as, um, duns, dumas b) preposição e preposição.
uma, uns, no, nos, na, nas, num, numa, c) artigo e artigo.
em
umas nuns, numas d) artigo e preposição.
por (per) pelo, pelos, pela, pelas e) artigo e pronome indefinido.

Observações: 6. Procure e assinale a única opção em que há erro no em-


1. As formas à e às indicam a fusão da preposição a com prego do artigo.
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe- a) Nem todas as opiniões são valiosas.
cida por crase. b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
2. As formas pelo(s) /pela(s) resultam da combinação c) Leu todos os dez romances do escritor.
dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. d) Andou por todo Portugal.
e) Todas as cinco, menos uma, estão corretas.
EXERCÍCIOS
7. Assinale a opção em que há erro.
1. Os artigos são responsáveis por diversos detalhes de sig- a) Li a notícia no Estado de S. Paulo.
nificação nas diferentes situações comunicativas em que b) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
são empregados. Leia as frases seguintes e comente o c) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
valor dos artigos destacados. d) Vi essa notícia em A Gazeta.
a) Estou levando produtos da região. e) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia.
b) O menino estava tão encabulado que não sabia o que
fazer com as mãos. 8. Indique o erro quanto ao emprego do artigo.
c) Em poucos instantes, pôs-se a chorar e a chamar pela a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas
mãe. se acovardam.
d) A carne está custando 20 reais o quilo. b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se
e) Aquele era o momento de minha vida. acovardam.
c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se
2. Explique as diferenças de significado entre as frases de acovardam.
cada par: d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se
a) Todo dia ele faz isso. acovardam.
Todo o dia ele faz isso. e) Em certos momentos, a mais corajosas pessoas se
b) Pedro não veio. acovardam.
O Pedro não veio.
c) Essa caneta é minha. GABARITO
Essa caneta é a minha.
d) O dirigente sindical apresentou reivindicações dos
trabalhadores na reunião. 1. a) Região específica.
O dirigente sindical apresentou as reivindicações dos b) Sentido de posse (mãos dele).
trabalhadores na reunião c) Posse (mãe dele).
e) Chico Buarque, grande compositor brasileiro, é tam- d) Sentido de cada quilo.
bém escritor. e) Momento específico.
Chico Buarque, o grande compositor brasileiro, é tam-
bém escritor. 2. a) Diariamente x O dia inteiro.
b) Qualquer Pedro, pouco conhecido x Pedro especí-
Língua Portuguesa

3. Observe: fico, bem conhecido.


“... foram intimados a comparecer...” c) Uma entre minhas canetas x Minha única caneta.
“... não a fizeram...” d) Algumas reivindicações x A totalidade das reivindi-
“... a sua oração...” cações.
e) Um dos grandes compositores brasileiros x O único
As três ocorrências do a são, respectivamente: grande, o maior compositor brasileiro.
a) preposição, pronome, preposição.
b) artigo, artigo, preposição. 3. d 4. c 5. a 6. d 7. a 8. e
c) pronome, artigo, preposição.

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Numeral sêxtuplo = seis vezes
séptuplo, sétuplo = sete vezes
Do Ponto de Vista Semântico óctuplo = oito vezes
nônuplo = nove vezes
Numeral é a palavra que quantifica numericamente os décuplo = dez vezes
seres ou indica a ordem que eles ocupam numa certa se- undécuplo = onze vezes
quência. duodécuplo = doze vezes
Apenas dois fatos ocorreram. cêntuplo = cem vezes
Apenas o segundo fato merece atenção.
Desses, os mais usados são duplo ou dobro e triplo ou
Subclassificação do Numeral tríplice. Os demais, muito menos usados, são substituídos
pelo cardinal seguido de vezes. Assim, em vez de undécuplo,
usa-se onze vezes; em vez de duodécuplo, usa-se doze vezes.
• Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres. Obs.: Muitas vezes o numeral foge do seu significado exato,
Há cinco vagas para cem candidatos. indicando uma quantidade indefinida e conseguindo, com
• Ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres isso, um efeito expressivo ou enfático.
numa determinada sequência. Eu já lhe disse mil vezes que não gosto dessa sua atitude.
Acerte o quarto botão da esquerda para a direita. (exagero)
• Multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade
é multiplicada. Numeral fracionário: concorda com o cardinal indicador
Os especuladores lucraram o triplo do capital investido. do número de partes em que se dividiu a quantidade. Com-
• Fracionário: indica em quantas partes uma quantidade prou um terço das terras do município.
é dividida. Comprou dois quartos da produção anual.
Os agricultores só recuperaram um terço das sementes Obs.: O fracionário meio concorda em gênero e número
plantadas. com o substantivo a que se refere.
É meio-dia e meia (hora).
Do Ponto de Vista Sintático São homens de meias palavras.
O numeral, sintaticamente, pode funcionar como: Leitura dos Numerais Fracionários
• palavra adjetiva
O juiz expulsou dois jogadores. Apenas dois numerais fracionários apresentam formas
O corretor cometeu duplo engano. típicas: meio e terço. Os demais fracionários são indicados
de duas maneiras:
• palavra substantiva • por um cardinal (representando o numerador da fra-
Dois mais dois são quatro. ção) seguido de um ordinal (representando o deno-
A inflação subiu o dobro em 1982. minador). 1/4 = um quarto; 2/8 = dois oitavos ; 5/10 =
cinco décimos ; 3/100 = três centésimos;
Do Ponto de Vista Mórfico • por um cardinal (representando o numerador) e outro
cardinal seguido de avos (representando o denomina-
Numeral cardinal: exceto um, os cardinais são todos dor). Esse processo é utilizado para os ordinais que se
plurais. Os cardinais terminados em ão ocorrem sob forma situam no intervalo de onze a noventa e nove.
singular e plural (um milhão / dois milhões) e são masculinos. 5/12 = cinco doze avos ; 3/67 = três sessenta e sete
Os milhares de vítimas (certo). avos
As milhares de vítimas (errado).
Alguns numerais cardinais e ordinais apresentam formas
Os cardinais um, dois e todas as centenas a partir de variantes: quatorze / catorze; bilhão / bilião; septuagésimo /
duzentos apresentam forma masculina e feminina. setuagésimo. Entretanto, as formas cincoenta (50) e hum (1),
um – uma; dois – duas; duzentos – duzentas; novecentos ainda que usadas nas relações bancárias, não são registradas
– novecentas e, portanto, devem ser tidas como erradas.
Numeral ordinal: flexiona-se em gênero e número. Leitura do cardinal
primeiro – primeira
primeiro – primeiros Na leitura (ou escrita por extenso) do cardinal, coloca-se
e após as centenas e após as dezenas.
Numeral multiplicativo: flexiona-se em gênero e número 2623 = dois mil seiscentos e vinte e três.
quando funcionam como palavras adjetivas. Caso contrário,
ficam invariáveis. Leitura dos ordinais superiores a dois mil
Arriscou dois palpites duplos.
O atacante cometeu dupla falta.
Língua Portuguesa

Segundo a tradição gramatical, nos ordinais superiores


Os atletas renderam o dobro do que costumavam. a dois mil (2000), lê-se o milhar como cardinal e os demais
como ordinais. Ex.: 2101ª inscrição – a duas milésima centési-
Alguns numerais multiplicativos ma primeira inscrição. Nesse caso, entretanto, o número todo
pode ser lido como ordinal. Ex.: 10203º quilômetro rodado –
duplo ou dobro = duas vezes o décimo milésimo ducentésimo terceiro quilômetro rodado.
triplo ou tríplice = três vezes Obs.: Muitas vezes, como forma de compensar a dificul-
quádruplo = quatro vezes dade de se ler um ordinal muito extenso, usa-se o cardinal
quíntuplo = cinco vezes posposto ao substantivo. O cardinal, nessa situação, fica

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invariável. Ex.: Usa-se inscrição 2101 e lê-se: inscrição dois 6. No preenchimento de cheques, faz-se uso dos numerais
mil cento e um, em vez de 2101ª inscrição (dois milésima cardinais. Preencha o cheque abaixo com a quantia indi-
centésima primeira inscrição). cada.
Pague por este cheque a quantia de: R$5.657,12
Bento XVI – Século XIX ______________________________________________
Na inscrição de séculos, reis, papas, capítulos de obras: ______________________________________________
• Usa-se o ordinal até dez: _____________________________________________
século V = século quinto ou a sua ordem.
Paulo VI = Paulo sexto
• Usa-se o cardinal acima de dez: 7. Assinale a alternativa em que o numeral não está em-
século XIX = século dezenove pregado corretamente.
Luiz XIV = Luiz quatorze a) A citação encontra-se à altura da página vinte e duas.
Bento XVI = Bento dezesseis b) As declarações estão na página duzentos e trinta e
Obs.: se, nesses casos, o numeral vier antes do substan- dois.
tivo, sempre se usa o ordinal: c) A vigésima quarta hora já havia soado.
vigésimo século d) A encomenda foi entregue na Rua Vinte e um, casa
décimo nono século dois.

EXERCÍCIOS 8. Assinale a alternativa que traz a leitura correta dos nu-


merais destacados nas frases seguintes.
1. Complete os espaços, segundo o modelo: I – “João Paulo II manteve-se em Roma por 27 anos.”
O dólar subiu duas vezes mais. (o dobro) II – Segundo dizem, o capítulo X é o mais interessante
a) Cada quilo de grão produziu dez vezes mais. _________ do livro todo.
b) Em condições mais favoráveis, os operários renderão III – A supremacia papal entrou em declínio no fim do
cem vezes mais. __________ século XI.
IV – Tutmósis III subiu ao trono egípcio em 1479 a.C.
2. Complete os espaços vazios com o numeral fracionário,
segundo o modelo: a) João Paulo Dois; capítulo dez; século onze; Tutmósis
Queria duas de cada cem sacas de café. (dois centésimos) três.
a) Seu lucro era de um por mil. ___________________ b) João Paulo Segundo; capítulo décimo; século décimo
______________________ primeiro; Tutmósis terceiro.
b) Pretendia nove partes entre cinquenta da produção. c) João Paulo segundo; capítulo décimo; século onze;
_______________________ Tutmósis terceiro.
c) A seca estragou sete de cada dez alqueires da plan- d) João Paulo segundo; capítulo dez; século onze; Tut-
tação. _____________________________ mósis terceiro.
d) Treze entre vinte e cinco perfurações jorravam petró-
leo. _____________________________ 9. Muitas vezes os numerais são utilizados para indicar
quantidade indeterminada. Assinale, dentre as frases
3. Classifique os numerais destacados nos versos a seguir. abaixo, aquela em que isso ocorreu:
“A primeira vez que te vi, / Era menino e tu menina (...) a) “já pedi duzentos mil réis emprestados ao André
Quando te vi pela segunda vez, / Já eras moça. (...) Gonzaga, para as alianças e outros proveitos.” (José
Vejo-te agora. Oito anos faz / Oito anos que não te via... Candido de Carvalho)
(...)” (Manuel Bandeira) b) “Como e por que lhe veio aos vinte anos a deter-
minação de sair do convento, não sei (...)” (Clarice
Resposta: Lispector)
Primeira: _____________________________________ c) “Mas reconheço que em Frederico viveu uma raposa
Segunda: _____________________________________ de mil astúcias.” (José Cândido de Carvalho)
Oito: _________________________________________
GABARITO
4. “Inquietante expectativa marcou a aproximação do 800º.
pavimento.” (Murilo Rubião)
1. a) O décuplo
A leitura correta do numeral destacado na frase acima é:
b) O cêntuplo
a) octogésimo.
2. a) Um milésimo
b) octagésimo.
b) Nove cinquenta avos
c) octogenário.
c) Sete décimos
d) octingentésimo.
d) Treze vinte avos
Língua Portuguesa

3. Ordinal, ordinal, cardinal.


5. Estabeleça correspondência entre as duas colunas, rela-
4. d
cionando o numeral cardinal ao ordinal correspondente.
5. c, d, a, b, e ,f
a) 91 ( ) quinquagésimo quinto
6. Cinco mil seiscentos e cinquenta e sete reais e doze
b) 901 ( ) quingentésimo quinto
centavos.
c) 55 ( ) nonagésimo primeiro
7. b
d) 505 ( ) noningentésimo primeiro
8. c
e) 704 ( ) setingentésimo quarto
9. c
f) 74 ( ) setuagésimo quarto

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Pronome Vamos imaginar, agora, que Gorete esteja conversando
com um amigo e queira afirmar que o cão que acompanha
Pronome substitui e/ou acompanha o nome. esse amigo está doente. Ela pode se expressar assim:
Pedro acordou tarde. Ele ainda dormia, quando sua mãe O cão está doente, ou então, Ele está doente.
o chamou. • ele designa o que chamamos de 3ª pessoa gramatical,
Pronomes: Ele = Pedro (só substitui). isto é, a pessoa, o ser a respeito de quem se fala.
Sua = de Pedro (substitui Pedro e acompanha “mãe”).
O = Pedro (só substitui Pedro). eu, nós, tu, vós, ele, eles são, nas frases analisadas, exem-
plos de pronomes pessoais.
Existem seis tipos de pronomes:
• pessoais; Podemos concluir, então, que pronomes pessoais são
• demonstrativos; aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas
• possessivos; gramaticais.
• relativos; São três as pessoas gramaticais:
• interrogativos; • 1ª pessoa (a que fala): eu, nós
• indefinidos. • 2ª pessoa (com quem se fala): tu, vós
• 3ª pessoa (de quem se fala): ele(s), ela(s).
As provas cobram muito os pronomes relativos, os de-
monstrativos e os pessoais “o” e “lhe”. Quadro dos pronomes pessoais
Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos Caso oblíquo (outras funções)
Caso reto
(sujeito) Átonos (sem Tônicos (com
Quando um pronome é empregado junto de um subs- preposição escrita) preposição escrita)
tantivo, ele é chamado de pronome adjetivo; e quando um
Singular:
pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado
eu, me, mim, comigo
de pronome substantivo.
Ninguém pode adivinhar suas vontades? tu te, ti, contigo
Ninguém → pronome substantivo (pois está sozinho). ele(a) se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela
suas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo Plural:
vontades). nós, nos, nós, conosco
vós, vos, vós, convosco
Encontrei minha caneta, mas não a apanhei. eles(as) se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas
minha → pronome adjetivo.
a → pronome substantivo. Observações:
1. Um pronome pessoal é pronome reto quando exerce a
EXERCÍCIO função de sujeito da oração e é um pronome oblíquo
quando exerce função que não seja a de sujeito da
Coloque: (1) para pronome substantivo e (2) para pro- oração.
nome adjetivo. Ela pediu ajuda para nós.
a) Estas montanhas escondem tesouros. Ela: pronome reto (funciona como sujeito).
b) Aquilo jamais se repetirá. nós: pronome oblíquo (não funciona como sujeito).
c) Qualquer pessoa o ajudaria.
d) Nossa esperança é que ele volte. Nós jamais a prejudicamos.
Nós: pronome reto (sujeito).
Pronomes Pessoais a: pronome oblíquo (não sujeito).

Vamos supor que a Gorete esteja com fome e que ela 2. Os pronomes oblíquos átonos nunca aparecem pre-
queira contar isso para uma outra pessoa que a esteja ouvin- cedidos de preposição.
do. É claro que, numa situação normal de comunicação, não A vida me ensina a ser realista.
usaria a frase Gorete está com fome, e sim a frase:

Eu estou com fome. pron. obl. átono
• eu designa o que chamamos de 1ª pessoa gramatical,
isto é, a pessoa que fala. 3. Os pronomes oblíquos tônicos sempre aparecem
Se, no entanto, fosse mais de uma pessoa que estivesse precedidos de preposição.
com fome, uma delas poderia falar assim: Ela jamais iria sem mim.
Nós estamos com fome.

Vamos supor, agora, que Gorete esteja conversando com prep. pron. obl. tônico
Língua Portuguesa

um amigo e queira saber se tal amigo está com fome. Ela,


então, usaria a seguinte frase: 4. Os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da
Tu estás com fome? ou: Você está com fome? preposição com, combinam-se com ela, originando as
• tu (você) designa o que chamamos de 2ª pessoa gra- formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco.
matical, isto é, a pessoa com quem se fala.
Emprego dos Pronomes Pessoais
Se, por outro lado, Gorete estiver conversando com mais de
uma pessoa e quiser saber se elas estão com fome, falará assim: a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos e se podem
Vós estais com fome? ou: Vocês estão com fome? indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio

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sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são Observação:
chamados pronomes reflexivos. Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas
Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome distintas: Vossa (Majestade, Excelência etc.) e Sua (Majesta-
reflexivo. de, Excelência etc.). Você deve usar a forma Vossa quando
estiver falando com a própria pessoa e usar a forma Sua
b) Os pronomes oblíquos si e consigo são sempre re- quando estiver falando a respeito da pessoa.
flexivos. Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei)
Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma) Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei)
Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo)
Pronomes Possessivos
Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se-
guir são gramaticalmente incorretas. Pronomes possessivos são aqueles que se referem às
Marcos, eu preciso falar consigo. três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe
Eu gosto muito de si, minha amiga. ou pertence a elas.
Tuas opiniões são iguais às minhas.
c) Os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam • tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa
um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse do singular (tu).
caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos. • minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª
Os jogadores se abraçavam após o gol. Onde: se (= um pessoa do singular (eu).
ao outro) → pronome reflexivo recíproco.
É importante fixar bem que há uma relação entre os pro-
d) Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como nomes possessivos e os pronomes pessoais.
sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode ter outras Observe atentamente o quadro abaixo:
funções, nunca sujeito. Daí termos frases como:
Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
Sujeito
eu → meu, minha, meus, minhas
Ela trouxe o livro para mim. (correto)
tu → teu, tua, teus, tuas
Não pode ser sujeito ele → seu, sua, seus, suas
Ela trouxe o livro para mim ler. (errado) nós → nosso, nossa, nossos, nossas
vós → vosso, vossa, vossos, vossas
Não pode ser sujeito
eles → seu, sua, seus, suas
e) Entre todos os pronomes pessoais somente os pro- Emprego dos Pronomes Possessivos
nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja
o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função a) Quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª,
de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer V.Excia etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa
a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos (do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
pelos seus pronomes oblíquos correspondentes. Vossa Majestade depende de seu povo.
Eu → me, mim; Tu → te, ti.

Pron. tratamento 3ª pessoa
Eu e ela iremos ao jogo. (correto)
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
Sujeito

Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto) Pron. tratamento 3ª pessoa

Sujeito não sujeito b) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se
referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como
Não houve nada entre eu e ela. (errado) à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala).
Não houve nada entre mim e ela. (correto) Sua casa foi vendida (sua = de você)
Sua casa foi vendida (sua = dele, dela)
Pronomes Pessoais de Tratamento
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode
Os pronomes de tratamento* são pronomes pessoais gerar ambiguidade ou frases com duplo sentido. Quando isso
usados no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas. ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s)
por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.
Língua Portuguesa

Os principais são:
Vossa Alteza (V.A.) → Príncipe, Duques
Vossa Majestade (V.M.) → Reis c) Os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª
Vossa Santidade (V.S.) → Papas pessoa do singular como para 3ª pessoa do plural (confira
Vossa Eminência (V.Emª.) → Cardeais tal afirmação no quadro acima).
Vossa Excelência (V.Exª.) → Autoridades em geral
d) Os pronomes possessivos podem, em muitos casos,
* Ver Manual de Redação da Presidência da República, para usos ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes.
conforme normas de redação oficial. A chuva molha-me o rosto. (= molha meu rosto).

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Pronomes Indefinidos Quadro dos pronomes relativos
Variáveis
Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª Invariáveis
Masculino Feminino
pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando consi-
derado de modo vago e indeterminado. o qual, os quais, a qual, as quais,
que, quem,
Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas. cujo, cujos, quanto, cuja, cujas,
onde, como
quantos quanta, quantas
Quadro dos pronomes indefinidos
Observações:
• Como relativo, o pronome que é substituível por o qual,
Variáveis Invariáveis a qual, os quais, as quais.
algum(ns); alguma(s) alguém Já li o livro que comprei. (= livro o qual comprei)
nenhum(ns); nenhuma(s) ninguém • Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo
todo(s); toda(s) tudo pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a,
outro(s); outra(s) outrem os, as.
muito(s); muita(s) nada Ele sempre consegue o que deseja.
pouco(s); pouca(s) cada
certo(s); certa(s) algo pron. dem. pron. relativo
tanto(s); tanta(s) (= aquilo) (o qual)
quanto(s); quanta(s)
qualquer; quaisquer • O relativo quem só é usado em relação a pessoas e
aparece sempre precedido de preposição.
O professor de quem você gosta chegou.
Observação:
Um pronome indefinido pode ser representado por ex-
pessoa preposição
pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões
são denominadas locuções pronominais. As mais comuns • O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em-
são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um, pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre
seja quem for. eles uma relação de posse e equivale a do qual, da
Seja qual for o resultado, não desistiremos. qual, dos quais, das quais.
Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja
Pronomes Interrogativos frente = frente do qual)
Note que após o pronome cujo (e variações) não se
Pronomes interrogativos são aqueles empregados para usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo:
fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que Visitei a cidade cujo prefeito morreu, e não:
ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se re- Visitei a cidade cujo o prefeito morreu.
ferem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes: • O relativo onde equivale a em que.
Que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s). Conheci o lugar onde você nasceu.
Que horas são? (frase interrogativa direta)
Gostaria de saber que horas são. (interrogativa indireta) (em que)
Quantas crianças foram escolhidas? • Quanto(s) e quantas(s) só são pronomes relativos se
estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s),
Pronomes Relativos tanta(s), todo(s), toda(s).
Sempre obteve tudo quanto quis.
Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in-
formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia indefinido relativo
falar assim:
Eu conheço o menino. O menino caiu no rio. Outros exemplos de reunião de frases por meio de pro-
nomes relativos:
Mas essas duas informações poderiam também ser trans- Eu visitei a cidade. Você nasceu na cidade.
mitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma onde
única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada Eu visitei a cidade em que você nasceu.
a repetição do substantivo menino. A frase ficaria assim: na qual

Eu conheço o menino que caiu no rio. Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e
qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é
Língua Portuguesa

1ª oração 2ª oração exigida pelo verbo nascer (quem nasce, nasce em algum lugar).
Você comprou o livro. Eu gosto do livro.
Observe que a palavra que substitui, na segunda oração, de que
a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa Você comprou o livro eu gosto.
do qual
é a função dos pronomes relativos.
Podemos dizer, então, que pronomes relativos são os que Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve
se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo
na oração seguinte. verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa).

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EXERCÍCIOS Pronomes Demonstrativos
(Cespe/Prefeitura do Rio Branco) À semelhança do Brasil, o Pronomes demonstrativos são os que indicam a posição
Acre compõe-se de uma grande diversidade de povos indí- ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais.
genas, cujas situações frente à sociedade nacional também Aquela casa é igual à nossa.
são muito variadas.
1. A substituição de “cujas” por as quais mantém a correção
gramatical do período e as relações lógicas originais. Pron. dem.

Analisando o emprego do pronome relativo CUJO: Quadro dos pronomes demonstrativos


• acompanha substantivo posterior; Variáveis Invariáveis
• refere-se a substantivo anterior;
• sentido de posse; este, esta, estes, estas isto
• varia com a palavra posterior. esse, essa, esses, essas isso
aquele, aquela,
Observo os povos indígenas cujo líder é guerreiro. aquilo
aqueles, aquelas
Observo os povos indígenas cuja cultura é milenar.
Observo as tribos indígenas cujos líderes são guerreiros. o, a, os, as o
Observo as tribos indígenas cujas culturas são milenares.
Atenção!
Cuidado! Também podem funcionar como pronomes demonstra-
São estruturas inadequadas as seguintes: tivos as palavras: o(s), a(s), mesmo(s), semelhante(s),
Observo os povos indígenas que o líder é guerreiro. tal e tais, em frases como:
Observo os povos indígenas que o líder deles é guerreiro. Chegamos hoje, não o sabias? (o = isto)
Quem diz o que quer, ouve o que não quer. (o = aquilo)
Regra: Tais coisas não se dizem em público! (tais = estas)
Para “ligar” dois substantivos com relação de posse entre
si, somente é correto no padrão da Língua Portuguesa o É importante saber distinguir quando temos artigo o,
emprego do relativo cujo e suas variações. a, os, as e quando pronomes demonstrativos o, a, os, as.
O livro que você trouxe não é o que te pedi.
(PMVTEC/Analista) Na saúde, o município destaca o proje- – Note que o equivale a aquele.
to MONICA – Monitoramento Cardiovascular –, em que se A revista que você trouxe não é a que te pedi.
quantificou o risco de a população de Vitória na faixa de 25 – Note que a equivale a aquela.
a 64 anos ter problemas cardiovasculares.
Pode fazer o que você quiser.
2. Mantendo-se a correção gramatical do período, o trecho
– Note que o equivale a aquilo.
“em que se quantificou” poderia ser reescrito da seguinte
maneira: por meio do qual se quantificou.
Cuidado!
(PMVSEMUS/Médico) Texto dos itens 3, 4 e 5: Artigo pressupõe um substantivo ligado a ele na expressão.
Preocupam-se mais com a AIDS do que os meninos e as me- O livro, a revista, o grande e precioso livro, a nova e in-
ninas da África do Sul, onde a contaminação segue em ritmo teressante revista.
alarmante. Chegam até a se apavorar mais com a gripe do
frango do que as crianças chinesas, que conviveram com a São três situações de uso dos pronomes demonstrativos:
epidemia. Esses dados constam de uma pesquisa inédita que este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso,
ouviu 2.800 crianças com idade entre 8 e 15 anos das classes aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
A e C em catorze países. 1) Para referência a objetos em relação às pessoas que
3. Preservam-se as ideias e a correção gramatical do texto participam de um diálogo (pessoas do discurso).
ao se substituir o pronome “onde” por cuja, apesar de
o texto tornar-se menos formal. Regra:
Primeira pessoa: eu, nós (pessoa que fala). Deve-se em-
Estudando o pronome relativo ONDE pregar este, esta, isto com referência a objeto próximo de
Observe: quem fala.
Visitei o bairro. Você mora no bairro. Segunda pessoa: tu, vós, você (pessoa que ouve). Deve-
Note que no = em + o. -se empregar esse, essa, isso com referência a objeto pró-
Então: Visitei o bairro no qual você mora. ximo de quem ouve.
Note que no qual = em + o qual. Terceira pessoa: ele, ela, eles, elas (pessoa ou assunto
da conversa). Deve-se empregar aquele, aquela, aquilo com
Empregando onde, teremos:
referência a objeto distante tanto de quem fala, como de
Visitei o bairro onde você mora.
quem ouve.
Regras:
Língua Portuguesa

• onde só pode se referir a um lugar; Exemplo 1:


• podemos substituir onde por no qual e suas variações; • Correspondência do Governador para o Presidente da
• podemos substituir onde por em que. Assembleia Legislativa.
Senhor Presidente,
ONDE versus AONDE Solicito a V. Exa. que essa Casa Legislativa analise com
Observe: urgência o projeto que destina verba para reforma do
Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...) Ginásio Estadual Américo de Almeida.
Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...) • Resposta do Presidente da Assembleia Legislativa para
Então: aonde = a + onde. o Governador.

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Senhor Governador, é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o
Informo a V. Exa. que esta Casa colocará em pauta na desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e
quarta-feira próxima a análise do projeto que destina 16 visto que — isto a história não cessa de nos ensinar
verba para reforma do Ginásio Américo de Almeida. — o discurso não é simplesmente aquilo que traduz
Essa Governadoria pode aguardar informativo na as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por
quinta-feira. 19 que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos
apoderar.
Exemplo 2:
Aqui nesta sala onde estamos, às vezes, escutamos vo- Julgue os itens, relativos às estruturas linguísticas do texto.
zes vindas daquela sala onde estão tendo aula de Finanças 5. Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto
Públicas. se o pronome “onde” (l. 2) for substituído por as quais.
6. A expressão “no qual” (l. 5) tem como referente a ex-
2) Para referência a termos anteriores e posteriores pressão “elemento transparente ou neutro”.
Regra: 7. O pronome “aquilo” (l. 14 e 17) pode ser substituído
Para termos a serem mencionados: este, esta, isto. por o, sem prejuízo do sentido original e de correção
Para termos já mencionados: esse, essa, isso. gramatical.
8. O pronome “isto” (linha 16) recupera o sentido do trecho
3) Para referência a termos anteriores separadamente “visto que o discurso (…) desejo”. (l. 12-15)
Regra:
Para referência ao primeiro mencionado: aquele, aquela, (TCE-AC/Analista) Há umas ocasiões oportunas e fugitivas,
aquilo.
em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia;
Para referência ao último mencionado: este, esta, isto.
outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são an-
Para referência ao termo entre o primeiro e o último:
tes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma
esse, essa, isso.
igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa
4. (AFRF) Em relação aos elementos que constituem a coe­ tomassem água benta, para conduzi-las à nossa casa, onde
são do texto abaixo, assinale a opção correta. estavam hospedadas.
9. Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três pri-
1 O caráter ético das relações entre o cidadão e o mas de Sapucaia”, a substituição de “em que” por onde
poder está naquilo que limita este último e, mais que manteria o sentido original e a correção gramatical do
isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primei- texto.
4 ra versão, como direitos civis, limitavam a ação do
Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade (Cariacica/Assistente Social) Em alguns segmentos de nossa
que este tivesse, de proprietário. Com a extensão sociedade, o trabalho fora de casa é considerado inconve-
7 dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo niente para o sexo feminino. É óbvio que a participação de
sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente um indivíduo em sua cultura depende de sua idade. Mas é
– a fazer mais do que limitar o governante: devem necessário saber que essa afirmação permite dois tipos de
10 orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar di- explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente
recionados a um aumento da qualidade de vida, que cultural.
não se esgota na linguagem dos direitos humanos, 10. A expressão “essa afirmação” retoma a ideia de que o
13 mas tem nela, ao menos, sua condição necessária, trabalho fora de casa pode ser considerado inconveniente
ainda que não suficiente. para as mulheres.

a) Em “o orienta” (l. 3), “o” refere-se a “cidadão” (l. 1). (Iema-ES/Advogado) O destino dos compostos orgânicos
b) Em “este tivesse” (l. 6), “este” refere-se a “Estado” (l. 5). no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é
c) Em “aqueles passam” (l. 8), “aqueles” refere-se a “di- largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos que-
reitos políticos” (l. 7). bram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono
d) “sua ação” (l. 10) e “seus atos” (l. 10) remetem ao (CO2), mas outros produtos químicos permanecem no meio
mesmo referente: “proprietário” (l. 6). ambiente por anos, absolutamente intocados.
e) “sua condição” (l. 13) refere-se a “um aumento na 11. O termo “Esses organismos” está empregado em referên-
qualidade de vida” (l. 11). cia a “mata-matos” e “medicamentos”, ambos na mesma
linha.
(PMDF/Médico)
(BB/Escriturário) Em meio a uma crise da qual ainda não sabe
1 Notaria apenas que, em nossos dias, as regiões
onde essa grade é mais cerrada, onde os buracos como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tra-
negros se multiplicam, são as regiões da sexualidade tado de Roma, pontapé inicial da integração no continente.
4 e as da política: como se o discurso, longe de ser 12. O emprego de preposição em “da qual” atende à regência
do verbo “escapar”.
Língua Portuguesa

elemento transparente ou neutro no qual a sexua-


lidade se desarma e a política se pacifica, fosse um
7 dos lugares onde elas exercem, de modo privilegiado, (TRT 9ª R/Analista) Relação é uma coisa que não pode exis-
alguns de seus mais temíveis poderes. Por mais que tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para
o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial
10 interdições que o atingem revelam logo, rapidamen- dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas
te, sua ligação com o desejo e com o poder. vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos
Nisto não há nada de espantoso, visto que o exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”,
13 discurso — como a psicanálise nos mostrou — não que “liga” duas coisas.

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13. Os pronomes “essa” e “dela” são flexionados no feminino Alterações gráficas dos pronomes
porque remetem ao mesmo referente do pronome em Verbo com final -r, -s, -z, diante de pronomes o, a, os, as.
“completá-la”. Vamos cantar os hinos. →Vamos cantá-los.
14. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual, Cantamos os hinos. → Cantamo-los.
ao se retirar do texto a expressão “que são”. Fiz o relatório. → Fi-lo.
Verbo com final -m, -ão, -õe, diante de pronomes o, a,
É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen- os, as.
ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis Eles cantam os hinos. → Eles cantam-nos.
combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode conti- Pais dão presentes aos filhos. → Pais dão-nos aos filhos.
nuar a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará Põe o livro aqui. → Põe-no aqui.
seu salvador e este último, uma vítima para salvar.
15. O pronome “cujos” atribui a “pessoas” a posse de uma 19. (S. Leopoldo-RS/Advogado) A substituição das palavras
característica que também pode ser expressa da seguinte grifadas pelo pronome está incorreta em:
maneira: com papéis que combinem entre si. a) “que transpõe um conceito moral” – que o transpõe.
b) Em “a democracia convida a um perpétuo exercício de
(MS/Agente) “Tempo é Vida” é o bordão da campanha, que reavaliação. Isso quer dizer que, para bem funcionar,
expressa o apelo daqueles que estão à espera de um trans- exige crítica. Substituir “exige crítica” por exige-a.
plante. c) “o que expõe o Brasil” – o que o expõe.
16. A substituição de “daqueles” por dos prejudica a correção d) “seria extirpar suas camadas iletradas” – seria extir-
gramatical e a informação original do período. par-lhes.
e) “mais apto a exercer a crítica” – mais apto a exercê-la.
(TRT1ª R/Analista) A raça humana é o cristal de lágrima / Da
lavra da solidão / Da mina, cujo mapa / Traz na palma da mão. 20. (Guarapari/Técnico de Informática) A substituição do
17. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale segmento grifado pelo pronome está feita de modo in-
a opção correta. correto em:
a) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo a) “o privilégio de acessar o caminho da universidade”
(cujo o mapa, por exemplo). = o privilégio de acessá-lo.
b) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual apare- b) “no final têm que saltar o muro do vestibular” = no
ce no texto ligado ao substantivo mapa na expressão final têm que saltar-lhe.
“cujo mapa”. c) “ficam impedidos de desenvolver seus talentos” =
c) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta ficam impedidos de desenvolvê-los.
flexões de gênero e número. d) “perdendo a proteção de escolas especiais desde a
d) O pronome relativo quem, assim como o relativo que, infância” = perdendo-a desde a infância.
tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em e) “Injusta porque usa seus recursos” = injusta porque
geral. os usa.
e) O pronome relativo que admite ser substituído por o
qual e suas flexões de gênero e número. Colocação dos pronomes oblíquos átonos: me, te, se,
nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes.
(DFTrans/Analista) Ao se criticar a concepção da linguagem Pronome antes do verbo chama-se próclise:
como representação do outro e para o outro, não se a de- Eu te amo. Você me ajudou.
sautoriza nem sequer a refuta. Pronome depois do verbo chama-se ênclise:
18. Mantêm-se a coerência e a correção da estrutura sintá- Eu amo-te. Você ajudou-me.
tica e das relações semânticas do texto ao se inserir o
pronome se logo após “sequer”. Pronome no meio da estrutura do verbo chama-se me-
sóclise:
Amar-te-ei. Ajudar-te-ia.
Pronomes Pessoais Oblíquos
(Emprego e Colocação Pronominal) 21. (Seplan/MA) Quanto aos jovens de hoje, falta a estes
jovens maior perspectiva profissional, sem a qual não
o, a, os, as → somente no lugar de trechos sem prepo- há como motivar estes jovens para a vida que os espera.
sição inicial. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituin-
lhe, lhes → somente no lugar de trechos com preposição do-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
inicial. a) faltam-lhes - motivar-lhes.
Devemos dar valor aos pais. → Devemos dar-lhes valor. b) falta-lhes - motivar-lhes.
Amo os pais. → Amo-os. c) lhes falta - lhes motivar.
Apertei os pregos da caixa. → Apertei-lhe os pregos. d) falta-lhes - motivá-los.
Apertei os pregos da caixa. → Apertei-os. e) lhes faltam - os motivar.
Língua Portuguesa

Cuidado! Colocação Pronominal


Pronomes que podem ficar no lugar de trechos com ou
sem preposição: me, te, se, nos, vos. Pronomes oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, o, a, lhe.
Eu lhe amo. (errado)
Eu te amo. (certo) Regras básicas:
Eu a amo. (certo) • Não iniciar oração com pronome oblíquo átono:
Dei-lhe amor. (certo) Me dedico muito ao trabalho. (errado)
Dei-te amor. (certo) • Não escrever tais pronomes após verbo no particípio:
Dei-a amor. (errado) Tenho dedicado-me. (errado).

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Correção: Tenho-me dedicado. (Portugal) Observação:
Tenho me dedicado. (Brasil) Se houver caso de próclise, prevalece o pronome antes
do verbo.
• Não escrever esses pronomes após verbo no futuro: Eu não te darei o céu. (certo)
Ele faria-me um favor. (errado) Eu não dar-te-ei o céu. (errado)
Ele me faria um favor. (correto)
Cuidado!
Casos de próclise obrigatória Verbo no infinitivo fica indiferente aos casos de próclise.
1. Advérbios. É importante não se irritar à toa. (certo)
2. Negações. É importante não irritar-se à toa. (certo)
3. Conjunções subordinativas (que, se, quando, embora
etc.). 24. “Encontrará lavrado o campo”. Com pronome no lugar
4. Pronomes relativos (que, o qual, onde, quem, cujo). de “campo”, escreveríamos assim:
5. Pronomes demonstrativos (este, esse, aquele, aquilo). a) encontrará-o lavrado
6. Pronomes indefinidos (algo, algum, tudo, todos, vários b) encontrará-lhe lavrado
etc.). c) encontrar-lhe-á lavrado
7. Exclamações. d) lhe encontrará lavrado
8. Interrogações. e) encontrá-lo-á lavrado
9. Em mais pronome mais gerúndio (-ndo).
(Abin/Analista) Em 2005, uma brigada completa, atualmente
Observação: instalada em Niterói – com aproximadamente 4 mil soldados –,
Em caso de não ser obrigatória a próclise, então ela será deslocada para a linha de divisa com a Colômbia.
25. A substituição de “será deslocada” por deslocar-se-á
será facultativa.
mantém a correção gramatical do período.
22. Julgue os itens seguintes, quanto à colocação pronominal.
26. (Metrô-SP/Advogado) O termo grifado está substituído
a) Jamais devolver-te-ei aquela fita. de modo incorreto pelo pronome em:
b) Deus pague-lhe esta caridade! a) Como forma de motivar funcionários = como forma
c) Tenho dedicado-me ao estudo das plantas. de motivar-lhes.
d) Ali fazem-se docinhos e salgadinhos. b) De que todos na empresa tenham habilidades múlti-
e) Te amo, Maria! plas = de que todos as tenham.
f) Algo vos perturba? c) Para obter sucesso = para obtê-lo.
g) Eu me feri. d) Essas mudanças causam perplexidade = essas mudan-
h) Eu feri-me. ças causam-na.
i) Eu não feri-me. e) As pessoas buscam novas regras = as pessoas bus-
j) O rapaz que ofendeu-te foi repreendido. cam-nas.
k) Em me chegando a notícia, tratarei de divulgá-la.
27. (TRT 19ª R) Antonio Candido escreveu uma carta, fez
Colocando pronomes na locução verbal cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio. Subs-
tituem de modo correto os termos sublinhados na frase,
Regra: respectivamente,
• Se não houver caso de próclise, o pronome está livre. a) destas – enviou-as
• Se houver caso de próclise, o pronome só pode ficar b) daquela – os enviou
antes do verbo auxiliar ou após o verbo principal, sem- c) da mesma – enviou-lhes
pre respeitadas as regras básicas. d) delas – lhes enviou
e) dela – as enviou
23. Julgue as alternativas em C ou E.
a) Elas lhe querem obedecer. 28. Assinale abaixo a alternativa que não apresenta correta
b) Elas querem-lhe obedecer. colocação dos pronomes oblíquos átonos, de acordo com
c) Elas querem obedecer-lhe. a norma culta da língua portuguesa:
d) Elas não querem-lhe obedecer. a) Eu vi a menina que apaixonou-se por mim na juven-
e) Elas não querem obedecer-lhe. tude.
b) Agora se negam a falar.
Casos de ênclise obrigatória c) Não te afastes de mim.
1. Verbo no início de oração: d) Muitos se recusaram a trabalhar.
Me trouxeram este presente. (errado)
Trouxeram-me este presente. (certo) GABARITO

2. Verbo no imperativo afirmativo: 1. E 11. E 21. d


Vá ali e me traga uma calça. (errado) 2. C 12. C 22. E, E, E, E, E, C,
Língua Portuguesa

Vá ali e traga-me uma calça. (certo) 3. E 13. E C, C, E, E, C


4. e 14. C 23. C, C, C, E, C
Casos de mesóclise obrigatória 5. E 15. C 24. e
A mesóclise é obrigatória somente se o verbo no futuro 6. C 16. E 25. C
iniciar a oração: 7. C 17. e 26. a
Te darei o céu. (errado) 8. E 18. C 27. e
Dar-te-ei o céu. (certo) 9. E 19. e 28. a
Eu te darei o céu. (certo) 10. E 20. b
Eu dar-te-ei o céu. (certo)

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Emprego de Tempos e Modos Verbais EXERCÍCIOS
Tempos Verbais Conjugue os verbos cantar, vender e partir em todos os
tempos simples.
Para visualizar e memorizar melhor, vamos esquematizar os
tempos e modos verbais com suas desinências (terminações). Verbos irregulares sofrem mudança de letra e som no
No esquema a seguir, observe as letras a, b, c, d, e, f, g, radical e ou nas terminações padronizadas acima, para ver-
h, i. Essas letras representam os tempos verbais. bos regulares. Repito: muda letra e som. Não basta mudar
letra para ser verbo irregular.
Já as letras I e S representam os modos indicativo e sub-
Certa vez a prova do concurso do Senado perguntou se
juntivo, respectivamente.
o verbo “agir” é irregular. Vamos fazer o teste?
Em cada tempo, observe a terminação que o verbo ado- O teste consiste em conjugar o verbo em uma pessoa
tará, conforme a conjugação. qualquer, no presente, no passado e no futuro. Se for regu-
1 – primeira conjugação: final – ar. Cantar. lar, o verbo passa no teste completo, mantém-se inalterado.
2 – segunda conjugação: final – er. Comer. Talvez mude letra, mas não muda o som.
3 – terceira conjugação: final – ir. Sorrir. Já para ser irregular, o verbo só precisa de uma mudança
em um desses tempos.
I – Modo Indicativo S – Modo Subjuntivo
TESTE:
a – presente g – presente
b – futuro do presente h – futuro Verbo Presente Passado Futuro Classifi-
c – futuro do pretérito i – pretérito imperfeito cação
d – pretérito imperfeito Agir Eu ajo Eu agi Eu agirei Regular
e – pretérito perfeito (muda só (no padrão) (no padrão)
f – pretérito mais-que-perfeito letra)
Fazer Eu faço Eu fiz Eu farei Irregular
Padrão dos Verbos Regulares (mudou (mudou Observe
letra e letra e som) que perde
Na primeira pessoa singular (EU) som) o “z”.

c b Observação:
1 – ria 1 – rei Alguns verbos sofrem tantas alterações que seu radical
2 – ria 2 – rei desaparece e muda totalmente ao longo da conjugação. Cha-
3 – ria 3 – rei mamos tais verbos de anômalos: SER e IR.

Conjugação dos Dois Verbos Anômalos: Ser e Ir

a c b
1–o 2 – seria 2 – serei
2–o 3 – iria 3 – irei
3–o
a
2 – sou
3 – vou
d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
1 – ava 1 – ei 1 – ara d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
2 – ia 2 – i 2 – era 2 – era 2 – fui 2 – fora
3 – ia 3 – i 3 – ira 3 – ia 3 – fui 3 – fora

h
h (se / quando) 2 – for
1-r 3 – for
2-r
(se/ quando) 3-r
g
(que) 2 – seja
3 – vá
Língua Portuguesa

i
g 1–e (se) 2 – fosse
(que) 2–a 3 – fosse
3–a
i (se) 1-asse EXERCÍCIOS
2-esse
3-isse Conjugue os verbos ser e ir em todos os tempos simples.

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Nas provas de concursos em geral, podemos observar EXERCÍCIOS
que basta conhecer a conjugação de nove verbos irregulares.
E, melhor ainda, basta conhecer bem três tempos verbais Conjugue os verbos haver, ter e pôr em todos os tempos
em que as questões incidem mais. É claro que não ficamos simples.
dispensados de conhecer todos os tempos verbais.
Esses verbos mais importantes formam famílias de verbos
derivados deles. O resultado é que ficamos sabendo, por Verbos defectivos apresentam falhas na conjugação. Mas
tabela, um número grande de verbos. tenha cuidado: a falha ocorre apenas no presente. Esses
São eles: ser, ir, ver, vir, intervir, ter, pôr, haver, reaver. verbos não serão defectivos no passado, nem no futuro.

Conjugação dos Verbos Irregulares Ver e Vir Flexão Verbal


c b Verbo é a palavra variável que expressa:
2 – veria 2 – verei • ação (estudar);
3 – viria 3 – virei • posse (ter, possuir);
• fato (ocorrer);
a • estado (ser, estar);
2 – vejo • fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove
3 – venho agora, choveu ontem, choverá amanhã.

d (antigamente) e (ontem) f (outrora) Conjugação é a distribuição dos verbos em sistemas con-


2 – via 2 – vi 2 – vira forme a terminação do infinitivo:
3 – vinha 3 – vim 3 – viera -ar → cantar, estudar: primeira conjugação.
-er → ver, crer: segunda conjugação.
h
(se / quando) 2 – vir -ir → dirigir, sorrir: terceira conjugação.
3 – vier
As vogais a, e, i dessas terminações chamam-se vogais
temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam
g sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações:
põe, pusera etc.
(que) 2 – veja
• Radical: é a parte invariável do verbo no infinitivo, re-
3 – venha tirada a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-,
i dirig-.
(se) 2 – visse • Tema: é o resultado de juntar a vogal temática ao ra-
3 – viesse dical: canta-, cre-, dirigi-.
EXERCÍCIOS • Rizotônica: é a forma verbal com vogal tônica no radi-
cal: estUda, vIvo, vImos.
Conjugue os verbos ver e vir em todos os tempos simples. • Arrizotônica: é a forma verbal com vogal tônica fora
do radical: estudAmos, vivEis, virIam.
Conjugação dos Verbos Irregulares Haver, Ter e Pôr • Flexão verbal: pode ser de número (singular e plural),
c b de pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e
haveria haverei modo.
teria terei – flexão de número: no singular, eu aprendo, ele che-
poria porei ga; no plural, nós aprendemos, eles chegam.
– flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor
a da mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho,
hei nós vimos. Na segunda pessoa, o receptor da men-
tenho sagem: tu cantas, vós cantais; tu vens, vós viestes.
ponho Obs.: Quando “vós” se refere a uma só pessoa, indica
singular apesar de tomar a flexão plural: Senhor, Vós
d (antigamente) e (ontem) f (outrora) que sois todo poderoso, ouvi minha prece.
havia houve houvera
tinha tive tivera Flexão de Tempo
punha pus pusera
Situa o momento do fato: presente, pretérito e futuro.
h São três tempos primitivos: infinitivo impessoal, presente
(se / quando) houver
tiver do indicativo e pretérito perfeito simples do indicativo.
puser
Derivações
• Do infinitivo impessoal, surge o pretérito imperfeito
Língua Portuguesa

do indicativo, o futuro do presente do indicativo, o


g
futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal,
(que) haja o gerúndio e o particípio.
tenha • Da primeira pessoa do singular (eu) do presente do
ponha indicativo, obtemos o presente do subjuntivo.
• Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito sim-
i
(se) houvesse ples do indicativo, encontramos o pretérito mais que
tivesse perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do sub-
pusesse juntivo e o futuro do subjuntivo.

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Os tempos podem assumir duas formas: Pretérito perfeito simples
• Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos o Ação passada terminada antes da fala. Forma-se, nos
livro. Faremos revisão. verbos regulares, com adição ao radical das terminações:
• Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio: • 1ª conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram: can-
tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito. tei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram.
• 2ª conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram: vivi,
Flexão de Modo viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram.
• 3ª conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram: parti,
Modo Indicativo partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.

Indica atitude do falante e condições do fato. Pretérito perfeito composto


O modo indicativo traduz geralmente a segurança: Estu- Indica repetição ou continuidade do passado até o pre-
dei. Não agi mal. Amanhã chegarão os convites. sente: Tenho feito o melhor possível. Não temos nos preju-
dicado.
Tempos do Modo Indicativo Forma-se com o presente do indicativo de ter (ou haver)
Presente: basicamente significa o fato realizado no mo- mais o particípio.
mento da fala. Ele estuda Francês. A prova está fácil.
Pode significar também: Pretérito mais que perfeito simples
• Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de Jesus. Fato concluído antes de outro no passado. Usa-se:
A Constituição exige isonomia. • Em situações formais na escrita: Já explicara o conte-
• Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema todos údo na aula anterior.
os domingos. • Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Comportou-
• Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500. -se como se fora (=fosse) senhora das terras.
• Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no
Militares governam o Brasil por 20 anos.
Senado.
• Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo ano,
o país tem eleições.
Forma-se trocando o final –ram (cantaram, viveram, par-
• Pedido: Você me envia os pedidos do memorando
tiram) por: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram:
amanhã.
cantara, cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, can-
taram.
O presente dos verbos regulares se forma com adição ao
vivera, viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram.
radical das terminações:
partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram.
• 1a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am: canto, can-
tas, canta, cantamos, cantais, cantam. Pretérito mais que perfeito composto
• 2a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em: vivo, vives, O mesmo sentido da forma simples. Usado na língua fa-
vive, vivemos, viveis, vivem. lada e também na escrita, sem causar erro, nem diminuir o
• 3a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em: parto, partes, nível culto: Já tinha explicado o conteúdo na aula anterior.
parte, partimos, partis, partem. Forma-se com o imperfeito de ter ou haver mais o par-
ticípio: havia explicado, tinha vivido (=vivera), havia partido
Pretérito imperfeito (partira).
Passado em relação ao momento da fala, mas simultâneo
em relação a outro fato passado. Pode significar: Futuro do presente simples
• Hábitos no passado: Quando jogava no Santos, Pelé Fato posterior em relação à fala: Trabalharei no Senado
fazia gols espetaculares. em dois anos. E também:
• Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada • Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem,
fazia uma curva fechada. existirá mais consumo.
• Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou. • Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? Por
• Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. Es- que estarei aqui?
tava conversando quando a criança caiu.
• Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes termi-
ela chegava. nações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão:
• Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, cantareis,
chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve cantarão. Viverei, viverás, viverá, viveremos, vivereis,
congestionamento. viverão.
• Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que canta- partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão.
va... (Exceto fazer, dizer e trazer, que mudam o “z” em “r”.)
• Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, o ga-
barito saía no site da banca.
Língua Portuguesa

Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente


simples. Veja:
O imperfeito se forma com adição ao radical das termi- • com ideia de intenção: Hei de falar com ele até do-
nações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr): mingo.
• 1a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam: • com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até
cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis, domingo.
cantavam. • com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir”
• 2a e 3a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam: mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar.
vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam. Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros)

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Futuro do presente composto Pretérito perfeito
Indica: • Suposta conclusão antes do tempo da fala: Talvez ele
• Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos lido tenha chegado. Duvido que ela tenha saído sozinha.
o livro quando o professor perguntar. • Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que
• Possibilidade: Já terão chegado? ele já tenha chegado quando vocês voltarem.

Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver) Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver)
mais o particípio: teremos lido, haveremos lido. mais o particípio: tenha chegado, tenha saído.

Futuro do pretérito simples Pretérito mais que perfeito


• Futuro em relação a um passado: Ele me disse que Passado suposto antes de outro passado: Se tivessem
estaria aqui até as 17h. lido o aviso, não se atrasariam.
• Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse. Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou ha-
• Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso? ver) mais o particípio: tivessem lido.
Ele teria 25 anos quando se formou.
• Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal humi- Futuro simples
lhação! Seria possível uma crise assim? Suposição no futuro: Posso aprender o que quiser. Poderei
• Desejo presente de modo educado: Gostariam de sair aprender o que quiser.
conosco? Poderia me ajudar? Forma-se trocando o final -ram do perfeito do indicati-
vo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes,
Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -íamos, rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos,
-íeis, -iam: cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver,
cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, cantaríeis, vivermos, viverdes, viverem.
cantariam.
viveria, viverias, viveria, viveríamos, viveríeis, viveriam. Futuro composto
(Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” por “r”: faria, Futuro suposto antes de outro: Isso será resolvido depois
diria, traria) que tivermos recebido a verba.
Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou
Futuro do pretérito composto haver) mais o particípio: tivermos recebido.
• Suposição no passado: Se os juros caíssem, o consumo
teria aumentado. Modo Imperativo
• Incerteza no passado: Quando teriam entregado as
notas? Expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
• Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar. pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas:
tu, você, vós, vocês.
Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou • Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira
pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado.
• O imperativo pode ser suavizado com:
a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã.
Modo Subjuntivo
b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse
Indica incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobretudo
baixo!
em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. Gosta-
d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe
ria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé.
rasgou a roupa; não vá brigar com ele.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.):
Tempos do Modo Subjuntivo Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação),
Presente ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca?
Indica presente ou futuro: É pena que o país esteja em Queria calar a boca? Queira calar a boca.
crise. (presente) Espero que os empregos voltem. (futuro) g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas
Forma-se trocando o final -o do presente (canto, vivo, com a forma verbal adequada.
parto) por: • O imperativo pode ser reforçado:
• 1a conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em: cante, can- a) Com repetição: Saia, saia já daqui!
tes, cante, cantemos, canteis, cantem. b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra
• 2a e 3a conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am: viva, vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde!
vivas, viva, vivamos, vivais, vivam. • O imperativo pode ser:
Exceção: dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver: dê, dês, a) Afirmativo
dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...; 1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran-
queira...; saiba...; haja... do-se -s final: deixa (tu), deixai (vós).
Língua Portuguesa

ð Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós).


Pretérito imperfeito ð Verbo “dizer” e terminados em -azer e -uzir
Ação simultânea ou futura: Duvidei que ele viesse. Eu podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu),
queria que ele fosse logo. Gostaríamos que eles trouxessem traz/traze (tu), traduz/traduze (tu).
os livros. 2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
Forma-se trocando o final -ram do perfeito simples do vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês).
indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses, ð Verbos sem a pessoa “eu” no presente indi-
-sse, -ssemos, -sseis, -ssem: cantasse, cantasses, cantasse, cativo terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli
cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse... (vós).

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b) Negativo Composto (passado): aspecto de ação concluída. Tendo
Copia exatamente o presente do subjuntivo: não sorrido, olhou para o pai. Tendo compreendido os perigos,
deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não abandonou a estrada.
deixeis vós, não deixem vocês.
ð Verbos sem “eu” no presente indicativo não pos- Particípio
suem imperativo negativo. Com verbo auxiliar
• ter ou haver, locução verbal chamada tempo composto
Formas Nominais (não varia em gênero e número): A polícia tem pren-
dido mais traficantes. Já havíamos chegado quando
Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo você veio.
ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio. • ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e nú-
Infinitivo é a pura ideia da ação. Subdivide-se em infini- mero): Muitos ladrões foram presos pela milícia. Os
tivo impessoal e pessoal. corruptos estão presos.
1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, ne-
nhum sujeito próprio. É agradável viajar. Posso falar Sem verbo auxiliar
com João. Usos: Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os sol-
• Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso. dados não ofereceram resistência.
• Como predicativo: Seu maior sonho é cantar. Forma-se trocando o -r do infinitivo por -do: beber ⇒
• Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros. bebido, aparecer ⇒ aparecido, cantar ⇒ cantado.
• Objeto indireto: Gosto de viajar.
• Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar. Atenção!
• Complemento nominal: Este livro é bom de ler. • Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no
• Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pen- particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou
sando). vindo aqui todo dia. (gerúndio)
• Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas • Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança as-
de comer. sustada não dorme.
• Tom imperativo: O que nos falta é estudar. • Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos
mortos são enterrados como indigentes.
Duas formas do infinitivo impessoal:
Simples (valor de presente). Ações de aspecto não con- Vozes do Verbo
cluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. Perder
o jogo irrita.
Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva,
Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter es-
voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito
tudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo irrita.
em relação à ação do verbo.
Lembrete! Sujeito é o assunto da oração. Não precisa ser
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Não
o praticante da ação.
estudou para errar. Não estudei para errar. Não estu-
damos para errarmos. Não estudaram para errarem.
Usos: 1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação.
• Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisa- O governo aumentou os juros.
mos de imaginação. 2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação.
• Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem. Os juros foram aumentados pelo governo.
(eu x os pássaros) Note que o sentido se mantém nas duas frases acima.
• Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos Há dois tipos de voz passiva:
amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos. a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação)
• Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem. ou estar (passiva de estado): Os juros foram au-
mentados pelo governo. O ladrão foi preso pelos
Duas formas do infinitivo pessoal: guardas. O ladrão está preso.
Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar- Repare:
mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos • O agente da voz passiva (pelo governo, pelos
uma vaga. guardas) indica o ser que pratica a ação sofrida
Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos pelo sujeito. Preposição “por” ou “de”: Ele é
chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo, querido de todos.
obtivemos uma vaga. • Locuções: temos sido amados. Tenho sido ama-
do. Estou sendo amado.
Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo ou de b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se”
advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o cantando. com verbo transitivo direto (não pede preposi-
Usos: ção): Não se revisou o relatório = O relatório não
• Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Jurando foi revisado.
vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e continu- 3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre
Língua Portuguesa

ada (Fechando os olhos, começou a imaginar a festa.). pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me
• Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando. lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos tarde.
Morreu jurando inocência.
• Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo. Classificando os Verbos

Duas formas de gerúndio: a) Pela função:


Simples (presente): aspecto não concluído. Sorrindo, olha • Principal é sempre o último verbo de uma locução
para o pai. Ignorando os perigos, continuou na estrada. => (verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Co-
Forma-se trocando o -r do infinitivo por -ndo. mecei a sorrir.

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• Auxiliar são os verbos anteriores na locução. Servem destruis/destróis, tu construis/constróis, nós he-
para matizar aspectos da ação do verbo principal: mos/havemos. A maioria possui duplo particípio:
ser, estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar. Tinha expulsado os invasores. Os invasores foram
Comecei a sorrir. O carro foi lavado. Temos vivido. expulsos. A gráfica havia imprimido o livro. O livro
Ando estudando. Vou lavar. está impresso. Tínhamos entregado a encomenda.
A encomenda será entregue.
Ser: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto Como regra: ter e haver pedem o particípio regular
pelo escolhido. (-ado/-ido); ser e estar pedem o particípio irregular.

Estar: EXERCÍCIOS
ð Na voz passiva de estado: O livro está aberto.
ð Com gerúndio, ação duradoura num momento 1. (FCC/TCE-SP) “... quando há melhoria também em fa-
preciso: Estou escrevendo um livro. tores de qualidade de vida ...”. O verbo flexionado nos
mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
Ter e Haver está na frase:
ð Nos tempos compostos com particípio: Já tinham a) que levou nota máxima...
(ou haviam) aberto o livro. Se tivesse (ou houvesse) b) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins.
ficado, não perderia o trem. c) era um dos estados menos desenvolvidos do país.
ð Com preposição “de” e infinitivo, sentido de obriga- d) ainda que siga como um dos mais atrasados ...
ção (ter) ou de promessa (haver): Tenho de estudar e) conseguiu se distanciar um pouco dos retardatários.
mais. Hei de chegar cedo amanhã.
Ir 2. (FCC/Bagas) “De um lado, havia Chega de Saudade, de
ð Com gerúndio, indicando: Tom Jobim e Vinicius de Morais”. A frase cujo verbo está
– ação duradoura: O professor ia entrando devagar. flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na
– ação em etapas sucessivas: Os alunos iam chegando frase é:
a pé.
a) A “Divina” era uma cantora presa ao sambacanção...
ð No presente do indicativo mais infinitivo, indicando
b) um compacto simples que ele gravou em julho de
intenção firme ou certeza no futuro próximo: Vou
1958.
encerrar a reunião. Corra! O avião vai decolar!
c) A batida da bossa nova, por sua vez, aparecera no
LP...
Vir
d) Quando se pergunta a João Gilberto por que...
ð Com gerúndio, indica:
e) Ele recompõe músicas tradicionais e contemporâneas.
– ação gradual: Venho estudando este fenômeno há
tempo.
– duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos 3. (FCC/PBGAS) “Assim, mesmo que tal evolução impacte
vinham chegando, quando o sinal tocou. as contas públicas ...”. O verbo flexionado nos mesmos
ð Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos tempo e modo em que se encontra o grifado está tam-
a descobrir o culpado mais tarde. bém grifado na frase:
a) Entre os fatores apontados pela pesquisa, deve ser
Andar, com gerúndio, sentido de duração, continui- considerado o controle dos índices de inflação.
dade: Ando estudando muito. Ele anda escrevendo b) Com a valorização do salário mínimo, percebe-se um
livros. aumento do poder de compra dos trabalhadores mais
humildes.
b) Pela Flexão: regular, irregular, defectivo e abundante. c) A última pesquisa Pnad assinala expressiva melhoria
• Regular: o radical e as terminações do padrão de das condições de vida em todas as regiões do país.
cada conjugação não mudam letra e som. Pode até d) É desejável que ocorra uma redução dos índices de
mudar letra, mas o som permanece: agir ⇒ ajo, agi, violência urbana, consolidando as boas notícias tra-
agirei; ficar ⇒ fico, fiquei, ficarei; tecer ⇒ teço, teci, zidas pela pesquisa.
tecerei. e) Segundo a pesquisa, a renda obtida por aposentados
• Irregular: o radical e/ou as terminações mudam letra acaba sendo veículo de movimentação da economia
e som. Não basta mudar letra. Deve mudar também regional.
o som: fazer ⇒ faço, fiz, farei.
Obs.: fazer é capaz de substituir outro verbo na 4. (FCC/PBGAS) “Apesar do rigor científico das pesquisas
sequência de frases. Veja: Gostaríamos de reverter que conduzira ...”. O tempo e o modo em que se encontra
o quadro do país como fez (=reverteu) o governo o verbo grifado acima indicam
anterior. a) ação passada anterior a outra, também passada.
• Defectivo: não possui certas formas, em razão de b) fato que acontece habitualmente.
eufonia ou homofonia. c) ação repetida no momento em que se fala.
Grupo 1: impessoais e unipessoais, conjugados d) situação presente em um tempo passado.
apenas na terceira pessoa. Indicam fenômenos da e) situação passada num tempo determinado.
Língua Portuguesa

natureza, vozes de animais, ruídos, ou pelo sentido


não admitem certas pessoas. chover, zurrar, zunir. 5. (FCC/Assembl.Leg./SP) Os verbos grifados estão corre-
Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do singular tamente flexionados na frase:
no presente do indicativo e suas derivadas: abolir, a) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a
jungir, puir, soer, demolir, explodir, colorir. região, os responsáveis propuseram a liberação dos
Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, reaver, recursos necessários para sua reconstrução.
urgir, viger, falir. b) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar
• Abundante: possui mais de uma forma correta. projetos que prevessem a exploração sustentável o
Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/requere, tu meio ambiente.

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c) Os consumidores se absteram de comprar produtos 11. (FCC/Assembl.Leg./SP) Quanto à flexão e à correlação
de empresas que não consideram a sustentabilidade de tempos e modos, estão corretas as formas verbais
do planeta. da frase:
d) A constatação de que a vida humana estaria compro- a) Não constitue desdouro valer-se de uma frase feita, a
metida deteu a exploração descontrolada daquela menos que se pretendesse que ela venha a expressar
área de mata nativa. um pensamento original.
e) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas b) Se os valores antigos virem a se sobrepor aos novos, a
que destruiu cidades inteiras com os alagamentos. sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos
e hábitos desfibrados.
6. (FCC/Bagas) Ambos os verbos estão corretamente fle- c) Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da
xionados na frase: moralidade, não haveria razão para que todos não
a) O descrédito sofrido pelo mais recente relatório so- obtessem amplas vantagens.
breviu da descoberta de ter havido manipulação dos d) Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine,
dados nele apresentados. basta que seus valores tivessem chegado à triste con-
b) As informações que comporam o relatório sobre solidação dos lugares-comuns.
Mudanças Climáticas contiam erros só descobertos e) Não conviria a ninguém valer-se de um cargo público
depois de algum tempo.
para auferir vantagens pessoais, houvesse no hori-
c) Os relatórios sobre o aquecimento global, sem que
zonte a certeza de uma sanção.
se queresse, troxeram conclusões pessimistas sobre
a vida no planeta.
d) Alguns cientistas de todo o mundo tiveram sua repu- 12. (FCC/Bagas) Está correta a flexão verbal, bem como
tação abalada por fazerem previsões aleatórias, sem adequada a correlação entre os tempos e os modos na
base científica. frase:
e) Ninguém preveu com segurança as consequências a) Zeus teria irritado-se com a ousadia de Prometeu e
que o derretimento de geleiras poderia trazer para o havia condenado a estar acorrentado ao monte
diversas populações. Cáucaso.
b) Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hér-
7. (FCC/Bagas) Transpondo-se o segmento “João Gilberto cules intercedera, compadecido que ficou.
segue as duas estratégias” para a voz passiva, a forma c) O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda,
verbal resultante é: não viesse Hércules a abater a águia e livrá-lo do su-
a) eram seguidos. plício.
b) segue-se. d) Irritado com a ousadia que Prometeu cometesse,
c) é seguido. Zeus o teria condenado e acorrentado ao monte
d) são seguidas. Cáucaso.
e) foram seguidas. e) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando
Hércules o livrara do suplício, e abateu a águia.
8. (FCC/Sergas) Transpondo-se para a voz passiva a cons-
trução “um artista plástico pesquisando linguagem”, a 13. (FCC/Sergas) Está plenamente adequada a correlação
forma verbal resultante será: entre tempos e modos verbais na frase:
a) sendo pesquisada. a) Se separássemos drasticamente o visível do invisível,
b) estando a pesquisar. o efeito de beleza das obras de arte pode reduzir-se,
c) tendo sido pesquisada. ou mesmo perder-se.
d) tendo pesquisado. b) Diante do frêmito que notou na relva, o autor com-
e) pesquisava-se. pusera um verso que havia transcrito nesse texto.
c) Ambrosio Bierce lembraria que houvesse sons inau-
9. (FCC/Bagas) “Os relatórios do IPCC são elaborados por díveis, da mesma forma que nem todas as cores se
3000 cientistas de todo o mundo ...”. O verbo que ad- percebam no espectro solar.
mite transposição para a voz passiva, como no exemplo d) Se o próprio ar que respiramos é invisível, argumenta
grifado, está na frase: Mário Quintana, por que não viéssemos a crer que
a) Cientistas de todo o mundo oferecem dados para os pudesse haver cor na passagem do tempo?
relatórios sobre os efeitos do aquecimento global.
e) A caneta esferográfica, de onde saírem as mágicas
b) As geleiras do Himalaia estão sujeitas a um rápido der-
imagens de um escritor, é a mesma que repousará
retimento, em virtude do aquecimento do planeta.
sobre a cômoda, depois de o haver servido.
c) Os cientistas incorreram em erros na análise de dados
sobre o derretimento das geleiras do Himalaia.
d) Populações inteiras dependem da água resultante do (Cespe/Anatel/Analista) Durante muitos anos discutiu-se
derretimento de geleiras, especialmente na Ásia. apaixonadamente se as empresas multinacionais (EMNs) iam
e) São evidentes os efeitos desastrosos, em todo o mun- dominar o mundo, ou se serviam aos interesses imperialistas
do, do aquecimento global decorrente da atividade de seus países-sede, mas esses debates foram murchando,
humana. seja porque não fazia sentido econômico hostilizar as EMNs,
Língua Portuguesa

seja porque elas pareciam, ao menos nas grandes questões,


10. (FCC/PBGAS) “... de como se pensavam essas coisas antes alheias e inofensivas ao mundo da política.
dele”. A forma verbal grifada acima pode ser substituída 14. A substituição das formas verbais “iam” e “serviam” por
corretamente por iriam e serviriam preserva a coerência e a correção textual.
a) havia pensado.
b) deveriam ser pensadas. (Cespe/Anatel/Analista) Até agora, quando os países-mem-
c) eram pensadas. bros divergiam sobre assuntos comerciais, era acionado o
d) seria pensada. Tribunal Arbitral. Quem estivesse insatisfeito com o resul-
e) tinham sido pensados. tado do julgamento, no entanto, tinha de apelar a outras

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instâncias internacionais, como a Organização Mundial do Em relação às ideias e a aspectos morfossintáticos do texto
Comércio (OMC). acima, julgue os itens a seguir.
15. Pelo emprego do subjuntivo em “estivesse”, estaria de 21. A substituição de “se decompõe” por é decomposto
acordo com a norma culta escrita a substituição de “ti- mantém a correção gramatical do período.
nha de apelar” por teria de apelar. 22. A substituição de “foi instalada” por instalou-se preju-
dica a correção gramatical do período.
(Cespe/IRBr/Diplomata) Píndaro nos preveniu de que o futu-
ro é muralha espessa, além da qual não podemos vislumbrar (Cespe/TRT 9ª R) Relação é uma coisa que não pode exis-
um só segundo. O poeta tanto admirava a força, a agilidade tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para
e a coragem de seus contemporâneos nas competições dos completá-la.
estádios quanto compreendia a fragilidade dos seres huma- 23. O emprego do modo subjuntivo em “haja”, além de ser
nos no curto instante da vida. Dele é a constatação de que o exigido sintaticamente, indica que a existência de “uma
homem é apenas o sonho de uma sombra. Apesar de tudo, outra coisa” é uma hipótese ou uma conjectura.
ele se consolará no mesmo poema: e como a vida é bela!
16. Embora o efeito de sentido seja diferente, no lugar do É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen-
futuro do presente em “consolará”, estaria gramatical- ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis
mente correto e textualmente coerente o emprego do combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar
futuro do pretérito consolaria ou do pretérito perfeito a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu
consolou. salvador e este último, uma vítima para salvar. O condicio-
namento para o desempenho de um dos papéis é bastante
(Cespe/STJ/Técnico) Tudo o que signifique para os negros sorrateiro e trabalha de forma invisível.
possibilidades de ascensão social mais amplas do que as 24. O uso do futuro do presente em “procurará” sugere mais
oferecidas pelo antigo e caricato binômio futebol/música uma probabilidade ou suposição decorrente da situação
popular representará um passo importante na criação de do que uma realização em tempo posterior à fala.
uma sociedade harmônica e civilizada.
17. O emprego do tempo futuro do presente do verbo re- (TRE-AP)
presentar é exigência do emprego do modo subjuntivo Nesse período foram implantados 2.343 projetos de
em signifique. assentamento (PA). A criação de um PA é uma das etapas
do processo da reforma agrária. Quando uma família de
A opinião é de Paul Krugman, um dos mais importantes e trabalhador rural é assentada, recebe um lote de terra para
polêmicos economistas do mundo, atualmente. Segundo ele, morar e produzir dentro do chamado assentamento rural.
países emergentes como o Brasil embarcaram, durante a dé- A partir da sua instalação na terra, essa família passa a ser
cada passada, na ilusão de que a adoção de reformas liberais beneficiária da reforma agrária, recebendo créditos de apoio
resolveria todos os seus problemas. Isso não aconteceu. E, (para compra de maquinários e sementes) e melhorias na
segundo ele, está claro que faltaram políticas de investimento infraestrutura (energia elétrica, moradia, água etc.), para se
em educação e em saúde. estabelecer e iniciar a produção. O valor dos créditos para
18. Como introduz a ideia de probabilidade, se a forma ver- apoio à instalação dos assentados aumentou. Os montantes
bal “resolveria” fosse substituída por poderia resolver, investidos passaram de R$ 191 milhões em 2003 para R$
estariam preservadas as relações semânticas e a corre- 871,6 milhões, empenhados em 2006.
ção gramatical. Também a partir do assentamento, essa família passa a
participar de uma série de programas que são desenvolvidos
O Brasil ratificou o Protocolo de Kyoto, para combater o au- pelo governo federal. Além de promover a geração de renda
mento do efeito estufa, e apresentou uma proposta à Rio+10 das famílias de trabalhadores rurais, os assentamentos da
de aumento da participação de energias renováveis na matriz reforma agrária também contribuem para inibir a grilagem
energética em todo o mundo. Se os líderes mundiais não de terras públicas, combater a violência no campo e auxiliar
foram capazes de dar um passo significativo em prol das na preservação do meio ambiente e da biodiversidade local,
energias do futuro, o Rio de Janeiro demonstrou que não especialmente na região Norte do país.
aceita mais os impactos ambientais negativos da energia do Na qualificação dos assentamentos, foram investidos R$
passado, apontando a direção a ser seguida por uma política 2 bilhões em quatro anos. Os recursos foram aplicados na
energética realmente sustentável no país. construção de estradas, na educação e na oferta de luz elétri-
19. Por fazer parte de uma estrutura condicional, a forma ca, entre outros benefícios. O governo também construiu ou
verbal “foram” pode ser substituída por fossem. reformou mais de 32 mil quilômetros de estradas e pontes,
beneficiando diretamente 197 mil assentados. Além disso, o
(Cespe/TRT-PE/Analista Judiciário) Talvez o habeas corpus da número de famílias assentadas beneficiadas com assistência
saudade consinta o teu regresso ao meu amor. técnica cresceu significativamente. Em 2006, esse número
20. O advérbio “Talvez” admite que a forma verbal “Consin- foi superior a 555 mil.
ta” seja alterada para Consente, no modo indicativo. O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrá-
ria (PRONERA), que garante o acesso à educação entre os
Língua Portuguesa

(Cespe/TRT 9ª R/Técnico) O material orgânico presente no trabalhadores rurais, promoveu, mediante convênios com
lixo se decompõe lentamente, formando biogás rico em instituições de ensino, a realização de 141 cursos. Com o
metano, um dos mais nocivos ao meio ambiente por con- programa Luz Para Todos – parceria do Ministério do Desen-
tribuir intensamente para a formação do efeito estufa. No volvimento Agrário, INCRA e Ministério das Minas e Energia
Aterro Bandeirantes, foi instalada, no ano passado, a Usina –, os assentamentos também ganharam luz elétrica. Mais de
Termelétrica Bandeirantes, uma parceria entre a prefeitura 132 mil famílias em 2,3 mil assentamentos já foram benefi-
e a Biogás Energia Ambiental. Lá, 80% do biogás é usado ciadas com o programa.
como combustível para gerar 22 megawatts, energia elétrica O fortalecimento institucional do INCRA, com a realiza-
suficiente para atender às necessidades de 300 mil famílias. ção de dois concursos públicos, e o aumento no número de

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
28 superintendências e sua modernização tecnológica tam- mais de 200 quilômetros para fora da costa, formando 25
bém foram algumas das ações realizadas no período. Foram extensos planaltos submersos com profundidades médias
nomeados 1.300 servidores aprovados no concurso realizado de 200 metros.
em 2005. Somado aos nomeados desde 2003, o número de 34. A redação para fora da costa e forma em lugar de “para
novos servidores passou para 1.800, o que representa um fora da costa, formando” mantém a correção gramatical
aumento de mais de 40% na força de trabalho do Instituto. do período.
Em questão, nº 481, Brasília, 14/2/2007 (com adaptações).
A Petrobras e o governo do Espírito Santo assinaram um
25. Estão empregadas em função adjetiva as seguintes pala- protocolo de intenções com o objetivo de identificar opor-
vras do texto: “investidos”, “aplicados”, “beneficiando” tunidades de negócios que potencializem o valor agregado
e “assentados”. da indústria de petróleo e gás no estado.
26. O vocábulo “Somado” é forma nominal no particípio e 35. O emprego do modo subjuntivo em “que potencializem”
introduz oração reduzida com valor condicional. justifica-se por tratar-se de uma hipótese.

(TCU) (PM-ES) A economia colonial brasileira gerou uma divisão


de classes muito hierarquizada e bastante simples. No topo
Veja – Dez anos não é tempo curto demais para mudanças da pirâmide, estavam os grandes proprietários rurais e os
capazes de afetar o clima em escala global? grandes comerciantes das cidades do litoral. No meio, loca-
Al Gore – Não precisamos fazer tudo em dez anos. De qual- lizavam-se os pequenos proprietários rurais e urbanos, os
quer forma, seria impossível. A questão é outra. De acordo pequenos mineradores e comerciantes, além dos funcioná-
com muitos cientistas, se nada for feito, em dez anos já não rios públicos.
teremos mais como reverter o processo de degradação da 36. A substituição de “localizavam-se” por estavam locali-
Terra. (Veja, 11/10/2006, com adaptações). zados prejudica a correção gramatical do período.
27. O emprego do futuro-do-presente do indicativo em “te-
remos” indica que a preposição “em”, que precede “dez (Petrobras/Advogado) Cabe lembrar que o efeito estufa
anos”, tem o sentido de daqui a. existe na Terra independentemente da ação do homem. É
importante que este fenômeno não seja visto como um pro-
Época – Em seu livro, o senhor diz que todos os países devem blema: sem o efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer
ter uma estratégia para se desenvolver. a Terra o suficiente para que ela fosse habitável. Portanto o
Vietor – Qualquer país precisa ter uma estratégia de cres- problema não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação.
cimento. 37. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção
28. A locução verbal “devem ter” expressa uma ação ocor- gramatical do texto ao se substituir “que este fenômeno
rida em um passado recente. não seja” por este fenômeno não ser.

(Cespe/Prefeitura de Rio Branco/AC) As sociedades indígenas Trabalho Semiescravo


acreanas dividem-se de maneira desigual em duas grandes
famílias linguísticas: Pano e Arawak. Alguns desses povos Autoridades europeias ameaçam impor barreiras não tari-
encontram-se também nas regiões peruanas e bolivianas fárias ao etanol e exigir certificados de que, desde o cultivo,
fronteiriças ao Acre. são observadas relações de trabalho não degradantes e pro-
29. A substituição de “dividem-se” por são divididas man- cessos autossustentáveis.
tém a correção gramatical do período. 38. No fragmento intitulado “Trabalho semiescravo”, pre-
30. Em “encontram-se”, o pronome “se” indica que o sujei- servam-se a correção gramatical e a coerência textual
to da oração é indeterminado, o que contribui para a ao se empregar forem em lugar de “são”.
impessoalização do texto.
(Inmetro) Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros
A história do Acre começou a se definir em 1895, quando representantes de programas nacionais de certificação flo-
uma comissão demarcatória foi encarregada de estabelecer restal.
os limites entre o Brasil e a Bolívia, com base no Tratado de 39. A substituição da expressão “é composto” por com-
Ayacucho, de 1867. põem-se mantém a correção gramatical do período.
No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial
da linha divisória entre os dois países (nascente do Javari), Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto nº 5.296.
que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época 40. A substituição de “foi editado” por editou-se mantém
ocupada por brasileiros. Internet: <www.agenciaamazonia. a correção gramatical do período.
com.br> (com adaptações).
O Inmetro tem realizado estudos aprofundados que visam
31. A substituição de “se definir” por ser definida prejudica
diagnosticar a realidade do país e encontrar melhores solu-
a correção gramatical e a informação original do período.
ções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para
32. O emprego do futuro do pretérito em “ficaria” justifica-
Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz. Idem,
-se por se tratar de uma ideia provável no futuro. ibidem (com adaptações).
41. O segmento “tem realizado” pode, sem prejuízo para
Língua Portuguesa

O Brasil tem-se caracterizado por perenizar problemas, para a correção gramatical do período, ser substituído por
os quais não se encontram soluções ao longo de décadas. qualquer uma das seguintes opções: vem realizando,
Ellen Gracie e Paulo Skaf. Folha de S. Paulo, 18/3/2007 está realizando, realiza.
33. Para o trecho “não se encontram soluções”, a redação
não são encontradas soluções mantém a correção gra- (MS/Agente) Não ingira nem dê remédio no escuro para que
matical do período. não haja trocas perigosas.
42. Em “para que não haja trocas perigosas”, o emprego do
Na região entre Caravelas, sul da Bahia, e São Mateus, norte modo subjuntivo justifica-se por se tratar de situação
do Espírito Santo, a plataforma continental prolonga-se por hipotética.

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Os pequenos tecercam, perguntam se você será o pai delas, Em vez de transmitir seja lá o que for e de qualquer ma-
disputam o teu colo ou a garupa como que implorando pelo neira, a tradição oral é uma palavra organizada, elaborada,
toque físico, TE convidam para voltar, te perguntam se você estruturada, um imenso acervo de conhecimentos adquiridos
irá passear com elas. pela coletividade, segundo cânones bem determinados. Tais
43. O pronome “te” destacado pode ser corretamente subs- conhecimentos são, portanto, reproduzidos com uma meto-
tituído por lhe. dologia rigorosa. Existem, também, especialistas da palavra
cujo papel consiste em conservar e transmitir os eventos do
“Ações que não emancipam os usuários, pelo contrário, re- passado: trata-se dos griôs.
forçam sua condição de subalternização perante os serviços 51. O termo “cujo” refere-se a palavra.
prestados.”
44. O fragmento ações que não emancipam os usuários, (Terracap) Há cinquenta anos, a cidade artificial procura en-
pelo contrário, reforçam a condição deles de subalter- contrar uma identidade que lhe seja natural. “Nós queremos
nização perante os serviços prestados substitui corre- ação! Acabar com o tédio de Brasília, essa jovem cidade mor-
tamente o original. ta! Agitar é a palavra do dia, da hora, do mês!”, gritava Renato
Russo, com todas as exclamações possíveis, no fim dos anos 70,
(Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe quando era voz e baixo da banda punk Aborto Elétrico. Em
pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer meio à burocracia oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os
desconfiávamos.” parques, as superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.
45. O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale Foi a primeira manifestação cultural coletiva a dizer ao país
a sua. que a cidade existia fora da Praça dos Três Poderes e que,
além disso, estava viva.
Ao coração, coube a função de bombear sangue para o res- 52. A palavra “que” pode ser substituída por o(a) qual em
to do corpo, mas é nele que se depositam também nossos todas as ocorrências do primeiro parágrafo.
mais nobres sentimentos. Qual é o órgão responsável pela
saudade, pela adoração? Quem palpita, quem sofre, quem Texto: A alternativa existente seria o aproveitamento da
dispara? O próprio. energia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada
46. A repetição do pronome na frase “Quem palpita, quem 53. O tempo do verbo indica um fato passado em relação a
sofre, quem dispara?” cria destaque e certo suspense outro, ocorrido também no passado.
na informação.
47. A resposta “O próprio.”, dada às perguntas feitas ante- Texto: No que se refere às práticas assistenciais, tem sido
riormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o comum a confusão na utilização dos termos assistência e
adjetivo, o que valoriza enfaticamente o termo “próprio”. assistencialismo.
54. O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era
(Terracap) Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte: comum a confusão na utilização dos termos assistência
se alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos, e assistencialismo é uma reescrita correta, de acordo
biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um com as normas gramaticais, do original acima.
novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o
órgão transplantado? (Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital com o pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer
coração em frangalhos, literalmente. Além de apaixonado por desconfiávamos.”, julgue.
alguém que não lhe dá a mínima, você está com as artérias 55. A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo
obstruídas e os batimentos devagar quase parando. A vida passado inacabado.
se esvai, mas localizaram um doador compatível: já para a
56. A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade,
mesa de cirurgia.
um fato incerto de acontecer.
Horas depois, você acorda. Coração novo.
48. O pronome “Você” é empregado na frase como forma
(Iphan) Pode-se dizer que ele assume o papel de historiador
de indeterminar o agente da ação, traço característico
da oralidade brasileira. Assim, “Você entrou no hospital” se admitirmos que a história é sempre um reordenamento
corresponde a Entrou-se no hospital. dos fatos proposto pelo historiador.
49. A sequência “a mínima”, à qual falta o nome importân- 57. A forma verbal “é” pode ser substituída por seja.
cia, faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da
informação. GABARITO

(Adasa) Na história da humanidade, a formação de grandes 1. b 16. C 31. E 46. C


comunidades, com a sobrecarga do meio natural que ela 2. a 17. E 32. C 47. C
implica, priva cada vez mais os seres humanos de seu acesso 3. d 18. C 33. C 48. C
livre aos recursos de subsistência de que eles necessitam e re- 4. a 19. E 34. C 49. C
cai, necessariamente, sobre a sociedade enquanto sistema de 5. a 20. E 35. C 50. E
convivência, a tarefa (responsabilidade) de proporcioná-los. 6. d 21. C 36. E 51. E
Essa tarefa (responsabilidade) é frequentemente negada com 7. d 22. E 37. C 52. E
Língua Portuguesa

algum argumento que põe o ser individual como contrário ao 8. a 23. C 38. E 53. C
ser social. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, o 9. a 24. C 39. E 54. E
reino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo 10. c 25. E 40. C 55. C
de que necessita, se convive adequadamente nela. 11. e 26. E 41. C 56. C
50. O pronome demonstrativo ‘Isso’ tem como referência 12. c 27. C 42. C 57. C
anafórica o termo “ser social” do período anterior. 13. e 28. E 43. E
14. C 29. C 44. C
(Iphan) Os povos da oralidade são portadores de uma cul- 15. C 30. E 45. C
tura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da escrita.

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Advérbio e Locução Adverbial palavra não houver alteração fonética, temos combinação.
Caso a preposição sofra redução, temos contração.
Advérbio exprime uma circunstância do fato expresso
pelo verbo, pelo adjetivo ou pelo advérbio. combinação contração
ao (a + o) do (de + o)
Um advérbio
Longe, o rio roncava ameaçadoramente. aos (a + os) dum (de + um)
aonde (a + onde) desta (de + esta)
Uma locução adverbial
Obs.: Não se deve contrair a preposição de com o artigo
Fabiano falava com dificuldade.
que encabeça o sujeito de um verbo.
Está na hora da onça beber água. (errado)
Uma oração adverbial Está na hora de a onça beber água. (certo)
Quando começou a chuva, todos se recolheram.
Esta regra vale também para construções como:
Conforme a circunstância que exprimir, o advérbio ou a Chegou a hora de sair. (errado)
locução adverbial podem ser: Chegou a hora de ele sair. (certo)
De modo: O vento soprava fortemente.
De lugar: A família estava em tomo da fogueira. As preposições podem assumir inúmeros valores:
De tempo: Amanhã procuraremos água fresca. • de lugar: ver de perto
De afirmação: De fato, o tempo se apresenta nublado. • de origem: ele vem de Brasília
De negação: Não era propriamente uma conversa de • de causa: morreu de fome
amigos. • de assunto: falava de futebol
De dúvida: Talvez o frio diminua pela madrugada. • de meio: veio de trem
• de posse: casa de Paulo
De intensidade: Iniciou uma história bastante confusa. • de matéria: chapéu de palha
De causa: Os meninos tremiam de frio.
De companhia: Os meninos mais velhos saíram com o pai. Morfossintaxe da Preposição
De instrumento: O garoto feriu-se com a faca.
De meio: Fabiano navegava a vela. A preposição não desempenha função sintática na ora-
De fim ou finalidade: O lenhador trouxe o machado para ção. Ela apenas une termos, palavras. É um conectivo e, como
o trabalho. tal, é responsável pela coesão de um texto.
De concessão: Apesar do calor, permanecemos na praia.
De preço: Vendemos os ovos a cinco cruzeiros. EXERCÍCIOS
De opção: Lutava contra a tempestade.
1. Indique as relações estabelecidas pelas preposições des-
Preposição tacadas nas frases seguintes.
a) Ergueram-se todos contra Getúlio.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da b) Resido em São Paulo há anos.
oração, subordinando um ao outro. c) O estádio fica a dois quilômetros daqui.
d) O mendigo morreu de fome.
Chegou de ônibus. e) Ganhei uma linda caneta de ouro.
f) Os cavalos partiram a galope.
O termo que antecede a preposição é denominado re- g) Arrombaram a porta com uma chave falsa.
gente; o termo que a sucede é denominado regido. h) Ele não entende nada de política.
i) A vaca não vai para o brejo.
Classificação das Preposições j) Ante o crime organizado, o governo tomará atitude.
k) Desde maio, chove continuamente.
a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, l) Entre hoje e amanhã, sairá o resultado.
em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. m) Tu vais comparecer perante o trono.
Obs.: A preposição per só é utilizada na expressão de per n) Sem combater a inflação, não se pode baixar os juros.
si (que significa cada um por sua vez, isoladamente) ou nas o) Existe interesse por concursos aqui.
contrações pelo, pela, pelos, pelas. 2. Explique a diferença de sentido entre:
b) Acidentais. Não são efetivamente preposições, mas a) Ele queria vender antiguidades no museu.
podem funcionar como tal: afora, conforme, consoante, du- b) Ele queria vender antiguidades ao museu.
rante, exceto...
3. Nas frases seguintes, selecione as locuções prepositivas.
Locução Prepositiva a) Apesar de João ter saído cedo, de acordo com as ins-
truções de seu pai, não chegou a tempo.
Conjunto de duas ou mais palavras com valor de pre- b) Em vez de Marica ficar perto de mim, ela preferiu ficar
posição: junto de ti.
Língua Portuguesa

abaixo de, acerca de, a fim de, ao lado de, apesar de,
4. Reescreva as frases seguintes, corrigindo-as.
através de, de acordo com, em vez de, junto de, para
a) Está na hora do menino sair.
com, perto de, ... b) Chegou a hora do povo falar.
Emprego das Preposições 5. As relações expressas pelas preposições estão corretas
na sequência:
Algumas preposições podem aparecer combinadas com I – Sai com ela.
outras palavras. Quando na junção da preposição com outra II – Ficaram sem um tostão.

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III – Esconderam o lápis de Maria. Conjunção
IV – Ela prefere viajar de navio.
V – Estudou para passar. Palavra invariável que pode ligar duas orações ou duas
palavras que tenham a mesma função na oração. São con-
a) companhia, falta, posse, meio, fim. junções coordenativas. Veja:
b) falta, companhia, posse, meio, fim.
c) companhia, falta, posse, fim, meio. Paulo e Carla se amam.
d) companhia, posse, falta, meio, fim. • A palavra “e” ligou dois termos da oração.
e) companhia, falta, meio, posse, fim. “Nós, gatos, já nascemos pobres, porém já nascemos livres.”
• A palavra “porém” liga duas orações de sentido completo,
GABARITO ou seja, que podem ser desdobradas em duas orações inde-
pendentes: Nós, gatos, já nascemos pobres. Já nascemos livres.
1. a) oposição i) lugar de destino A conjunção pode ligar orações dependentes, isto é, uma
b) lugar fixo j) posição completa a outra. São conjunções subordinativas. Veja:
c) distância k) tempo de início Não sabemos se os juros vão diminuir.
d) causa l) intervalo de tempo • A palavra “se” introduziu a oração “se os juros vão
e) material m) posição diminuir” como complemento da forma verbal “sabemos”
f) modo n) condição da oração “Não sabemos”. Por isso, dizemos que a oração
g) instrumento o) assunto.
h) assunto “se os juros vão diminuir” é subordinada.
2. a) dentro do museu para visitante comprar.
b) para o museu comprar. Locução Conjuntiva
3. a) apesar de, de acordo com
b) em vez de, perto de, junto de São formadas pela palavra “que” antecedida de advér-
4. a) Está na hora de o menino sair.
b) Chegou a hora de o povo falar. bios, preposições ou particípios: antes que, desde que, já
5. a que, até que, para que, sem que, dado que, posto que, visto
que, uma vez que, à medida que etc.

Conjunções e Locuções Coordenativas

Classificação Conjunções e Locuções Exemplos


Aditivas: soma. E, nem, mas também, bem como, como, como Ele não dormiu nem brincou.
também etc.
Adversativas: oposição, contraste, Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no A chuva chegou, mas a terra ainda está
compensação. entanto, não obstante. seca.
Alternativas: escolha, alternância. Ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer etc.Ou chove, ou faz sol. (escolha)
Ora chove, ora faz sol. (alternância)
Conclusivas: resultado lógico. Logo, portanto, por isso, assim, desse modo, Começou a chover; leve, pois, um
destarte, pois (depois do verbo), por conse- guarda-chuva.
guinte, posto isso etc.
Explicativas: justificativa. Que, porque, pois (antes do verbo), porquanto, Leve um guarda-chuva, pois começou
visto que etc. a chover.

Conjunções e Locuções Subordinativas

Classificação Conjunções e Locuções Exemplos


Causais: causa, motivo, razão (pri- Porque, já que, uma vez que, visto que, dado Como os juros caíram, o consumo au-
meiro fato que provoca outro). que, sendo que, porquanto, pois (antes do ver- mentou.
bo), na medida em que, como (antes da oração
principal).
Consecutivas: efeito de um fato Que, relacionada a uma palavra ou entonação de Gritou tão alto ontem, que quase ficou
intenso. caráter intensivo (tão, tal, tanto, tamanho etc.). sem voz.
Comparativas: igualdade, superio- Como, tal qual, que, do que, quanto, assim A quebra de um átomo é mais fácil do
ridade, inferioridade. como etc. que a eliminação de um preconceito.
Conformativas: adequação, har- Conforme, como, segundo, consoante. O advogado elaborou a defesa confor-
monia. me o réu pediu.
Língua Portuguesa

Concessivas: ressalva, exceção. Embora, ainda que, por mais que, se bem que, Por mais que chova, ainda teremos
mesmo que, por menos que, apesar de que, racionamento de água.
apesar de, a despeito de, malgrado, posto que,
conquanto etc.
Condicionais: condição, hipótese, Se, caso, contanto que, a menos que, salvo se, O país não pagará os juros da dívida,
suposição. sem que, desde que etc. sem que reduza os gatos públicos.
Proporcionais: proporção, equilí- Quanto mais, quanto menos, tanto mais, à me- Quanto mais estudo, menos erro nas
brio. dida que, à proporção que, ao passo que etc. provas.

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Finais: finalidade, objetivo. Para que, a fim de que, que, porque, a fim de, Ana esforçou-se por acertar todas as
para, por. questões da prova.
Temporais: noções de tempo. Quando, enquanto, logo que, sempre que, de- Enquanto a chuva cai, o clima vai fi-
pois que, desde que, mal, antes que etc. cando ameno.
Observação: assim como as preposições, as conjunções a) Desde que imponhas
não exercem função sintática. Trata-se de meros conectivos b) Se bem que impões
entre orações. c) Contanto que imponhas
d) Conquanto imponhas
EXERCÍCIOS e) Porquanto impões.

1. Nas frases abaixo, cada espaço pontilhado corresponde 8. Assinale a opção em que a frase contém uso incorreto
a uma conjunção retirada. de conjunção.
I – Porém já cinco sóis eram passados .... dali nos par- a) O homem ciou a máquina para facilitar sua vida, e
tíramos. contudo ela correspondeu a essa expectativa.
b) Diga-lhe que abra logo a porta, que eu estou com
II – ... estivesse doente, faltei à escola.
pressa.
III – ... haja maus, nem por isso devemos descrer dos bons.
c) Ele tinha todas as condições para representar bem
IV – Pedro será aprovado ... estude. os colegas; nem todos lhe reconheciam os méritos,
V – ... chova, sairei de casa. porém.
d) O problema é que ainda não se sabe se ele agiu
As conjunções retiradas são, respectivamente: conforme as normas da empresa.
a) Quando, ainda que, sempre que, desde que, como. e) Ao perceber o que tinham feito com seus livros, gri-
b) Que, como, embora, desde que, ainda que. tou que parecia um louco.
c) Como, que, porque, ainda que, desde que.
d) Que, ainda que, embora, como, logo que. 9. Nos trechos: “Vejo três meninas caindo rápidas, enfu-
e) Que, quando, embora, desde que, já que. nadas, como se dançassem ainda” e “... e a prima-dona
com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como
2. Não gostava muito de novelas policiais; admirava, po- um cometa”, as palavras destacadas expressam respec-
rém, a técnica de seus atores. tivamente ideias de:
Comece com: Admirava a técnica... a) Comparação, objeto.
a) Visto como d) Porquanto b) Modo, origem.
b) Enquanto e) À medida que c) Modo, comparação.
c) Conquanto d) Comparação, instrumento.
e) Consequência, consequência.
3. A serem considerados os resultados, o trabalho foi efi-
ciente. 10. “Da própria garganta saiu um grito de admiração, que
Comece com: O trabalho foi eficiente... Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo”,
a) Desde que d) Embora a palavra destacada expressa uma ideia de:
b) Ainda que e) Por isso a) Explicação d) Modo
c) A menos que b) Concessão e) Consequência
c) Comparação
4. Assinale o período em que ocorre a mesma relação
significativa indicada pelos termos destacados em “A 11. “Apenas se viu cruzando a linha de chegada, começou
atividade científica é tão natural quanto qualquer outra a gritar de alegria.” Comece com: Começou a gritar de
atividade econômica”. alegria, ...
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi pro- a) Conquanto d) Já que
movido. b) À medida que e) Contudo
b) Quanto mais estuda, menos erra questões. c) Tanto que
c) Tenho tudo quanto queria.
d) Sabia a lição tão bem como eu. 12. “Havendo tempo, irei à sua casa.” Comece com: Irei à
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo. sua casa, ...
a) Se houvesse d) Desde que houvesse
5. “Podem acusar-me: estou com a consciência tranqui- b) Embora haja e) Caso haja
la.” Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser c) Exceto se houver
substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre
as duas orações pela conjunção: 13. “Ele insiste em trabalhar, conquanto mal tenha saído
a) Portanto d) Pois de uma pneumonia.” Comece com: Mal saiu de uma
b) E e) Embora pneumonia, ...
c) Como a) No entanto d) Embora
b) Por isso e) Então
6. Em: “...ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar c) Logo
Língua Portuguesa

das ondas...”, a partícula como expressa uma ideia de:


a) Causa d) Proporção 14. ... a esposa estar, há muito empo, longe de casa, o
b) Explicação e) Comparação marido não sente sua falta, ... se rodeia de amigos, ...
c) Conclusão comemorar sua liberdade. Observando a coerência na
indicação das circunstâncias, assinalar a alternativa que
7. “Que não pedes diálogo de amor, é claro, desde que preenche adequadamente as colunas.
impões a cláusula da meia-idade.” O segmento desta- a) Em razão de; à proporção que; para
cado poderia ser substituído, sem alteração do sentido b) Apesar de; já que; a fim de
da frase, por: c) Na hipótese de; desde que; por

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d) Não obstante; quando; sem Quem me dera! Cruz-credo!
e) No caso de; conforme; de modo a Que coisa incrível! Alto lá!
Quem diria! Bico fechado!
15. Classifique a palavra como nas construções seguintes,
fazendo corresponder, convenientemente, os parênte-
ses. A seguir, assinale a opção correta. SINTAXE DA ORAÇÃO
I – Preposição
II – Conjunção subordinativa causal Relações Morfossintáticas e Semânticas no
III – Conjunção subordinativa conformativa Período Simples
IV – Conjunção coordenativa aditiva
V – Advérbio interrogativo de modo Conceituando frase, período e oração

( ) Perguntamos como chegaste aqui. Frase precisa ter sentido completo. Sem verbo, é frase
( ) Percorrera as salas como eu mandara. nominal. Com verbo, é frase verbal. Início com maiúscula, fim
( ) Tinha-o como amigo. com ponto, exclamação, interrogação ou reticências.
( ) Como estivesse muito frio, fiquei em casa. Psiu! Chuva, fogo, vento, neve, tudo de uma vez. (frases
( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos. nominais)
Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (frase verbal)
a) II, IV, V, III, I d) III, I, II, IV, V O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (frase
b) IV, V, III, I, II e) I, II, IV, V, III verbal)
c) V, III, I, II, IV
Período é frase com verbo, ou seja, é frase verbal. Sen-
GABARITO tido completo. Início com maiúscula, fim com ponto, excla-
mação, interrogação ou reticências.
1. b 4. d 7. e 10. b 13. a O período é simples quando tem só uma oração. Esta
2. d 5. d 8. a 11. d 14. b oração é chamada de oração absoluta.
3. e 6. e 9. c 12. e 15. b Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
destacam-se as vagas em concurso público. (período simples
tem apenas um verbo ou locução, com o mesmo sujeito; a
Interjeição oração é absoluta)

Palavra invariável que exprime sensações e estados emo- O período é composto quando tem mais de uma ora-
cionais. ção. Haverá oração principal, oração coordenada e oração
subordinada.
Tipos de Interjeição Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (período com-
posto tem dois ou mais verbos independentes. Orações in-
Classifica-se de acordo com o sentimento traduzido: dependentes são coordenadas)
• Alegria: oba!, oh!, ah! Viva!, aleluia!, maravilha O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (perí-
• Alívio: ufa!, uf!, arre!, até que enfim odo composto. Uma oração tem função sintática para outra:
• Animação ou estímulo: coragem!, vamos!, avante!, uma é subordinada e a outra é principal).
eia!, firme!
• Aplauso: bravo!, bis!, viva! Oração só precisa ter verbo. O sentido não precisa ser
• Desejo: tomara!, oxalá! completo.
• Dor: ai!, ui! Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (três orações,
• Espanto ou surpresa: ah!, chi!, ih!, oh!, ué!, puxa!, porque são três verbos independentes)
uau!, opa!, caramba!, gente!, céus!, uai!, hem! (va- O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (duas
riante: hein!), hã! orações, porque são dois verbos com sentidos próprios, in-
• Impaciência: hum! dependentes, ou seja, não formam locução verbal)
• Invocação ou chamamento: olá!, alô!, ô!, psiu!, psit!, Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
ó!, atenção!, olha! destacam-se as vagas em concurso público. (uma oração
• Silêncio: silêncio!, psiu! absoluta)
• Suspensão: alto!, basta!, chega!
• Medo ou terror: credo!, cruzes!, uh!, ai!, Jesus!, ui!
• Tristeza: oh! meu Deus! que pena! que azar! EXERCÍCIOS

Obs.: Essa lista pode ser aumentada com palavras que Identifique frases, períodos e orações
passam a funcionar como interjeições, dependendo do con-
texto em que ocorrem. 1. Casa de ferreiro, espeto de pau.
2. Todos os que lançam mão da espada, à espada perece-
Locuções Interjetivas rão. (Mt. 26, 52)
Língua Portuguesa

3. O temer ao Senhor é o princípio da sabedoria.


São grupos de duas ou mais palavras que funcionam 4. Foi escolhido o projeto que tinha sido mais bem elaborado.
como interjeições: 5. Dentre as mais belas histórias, uma não tão bela.
Valha-me Deus! Ai de mim! 6. Sobre a mesa, um copo de leite.
Meu Deus do céu! Ora, bolas! 7. O candidato da oposição está melhor do que os da situação.
Ai, meu Deus! Oh, céus!
Minha Nossa Senhora! Que horror! Termos da Oração
Jesus Cristo! Puxa vida!
Macacos me mordam! Raios o partam! • Termos essenciais: sujeito e predicado.

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• Termos integrantes: objeto, complemento nominal, 25. ( ) Caíram ao solo os lápis e os cadernos.
agente da passiva. 26. ( ) Assaltaram um banco na cidade.
• Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto ad- 27. ( ) Já é muito tarde.
verbial, aposto. 28. ( ) São sete horas da noite.
• Vocativo. 29. ( ) ( ) Convém que o país cresça.
30. ( ) Abre a porta, Maria!
Estudo dos Termos em Sequência Didática 31. ( ) Chegaste antes da hora marcada.
32. ( ) Devagar, caminhavam os tropeiros na estrada.
1) Sujeito 33. ( ) Aquelas aves azuis cruzavam o céu cinzento.
34. ( ) Nada o aborrecia.
O primeiro passo para uma análise sintática correta é 35. ( ) Poucos entenderam a palavra do chefe.
encontrar o sujeito. 36. ( ) Brincavam na calçada os meninos e as meninas.
Para encontrar o sujeito, lembremos que o sujeito é o 37. ( ) Chegaram os primeiros imigrantes italianos.
assunto da oração. 38. ( ) Ouviu-se uma voz de choro dentro da noite brasi-
Uma pergunta bem feita ajuda a encontrar o sujeito com leira.
segurança. Devemos perguntar antes do verbo: O que é que 39. ( ) Ao longe, tocavam os sinos da aldeia.
+ verbo? ou Quem é que + verbo? 40. ( ) Atropelaram um cão na estrada.
Aqui faltava um caderno.
Pergunte: O que é que faltava? 41. (MJ/Adm.) Aparece uma oração sem sujeito em:
Resposta (sujeito): um caderno. a) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e
informal...”
A resposta pode estar onde estiver (antes ou depois do b) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de
verbo). Ela será o sujeito. Só depois de encontrar o sujeito, ganhar a vida’ sem cometer crimes.”
podemos procurar complementos para o verbo. c) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...”
d) “Isso é quase um sonho para muitos”
São quatro casos de sujeito inexistente e) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$ 300
por mês.”
VERBO SENTIDO
2) Predicativo Versus Aposto
= existir
haver = ocorrer Observe a Questão:
= tempo decorrido (Cespe/Abin) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência
= tempo (Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligên-
fazer cia (Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a
= clima atividade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora
= tempo do fluxo de informações necessárias às decisões de governo,
ser = data, hora no que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades,
= distância aos antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
aos mais altos interesses da sociedade e do país.
Fenômenos naturais: chover, ventar, nevar etc. 42. As vírgulas que isolam a expressão “reais ou potenciais”
são obrigatórias, uma vez que se trata de um aposto
Coloque nos parênteses que precedem as orações: explicativo.
(S) para sujeito simples (um só núcleo).
(C) para sujeito composto (dois ou mais núcleos). Veja o quadro:
(O) para sujeito oculto, elíptico ou implícito (subentendido
no contexto).
(I) para sujeito indeterminado (3ª plural; ou com índice e Predicativo Aposto
verbo na 3ª singular). É adjetivo ou equivalente. É substantivo ou equivalente.
(SS) para sujeito inexistente ou oração sem sujeito. Refere-se a um substantivo Refere-se a um substantivo
(SO) para sujeito for uma oração (sujeito oracional). ou equivalente. ou equivalente.
8. ( ) Voavam, nas alturas, os pássaros. Estado passageiro ou perma- Explica, resume, restringe,
9. ( ) Entraram, apressadamente na sala, o diretor e o nente. enumera.
secretário. Separado explica, junto res-
Separado do nome.
10. ( ) Deixaremos a cidade amanhã. tringe.
11. ( ) Havia muitas pessoas no gabinete do diretor.
12. ( ) Todos os dias passavam muitos vendedores pelas Exemplos de Predicativo
estradas.
13. ( ) Entregaram a ela um bilhete anônimo. Nós somos estudantes. (substantivo na função de pre-
14. ( ) Choveu copiosamente no dia de ontem. dicativo)
15. ( ) Apareceu um pássaro no jardim. Nós somos vinte. (numeral na função de predicativo)
Língua Portuguesa

16. ( ) Hoje, pela manhã, telefonaram muitas vezes para você. Eu sou seu. (pronome na função de predicativo)
17. ( ) A mente humana é poderosa arma contra o mal. Nós somos esforçados. (adjetivo na função de predicativo)
18. ( ) A vida e a morte são os extremos da raça humana. Nós somos de ferro. (locução adjetiva na função de pre-
19. ( ) Necessitamos de muita paz. dicativo)
20. ( ) O querer e o fazer são alcançáveis. A solução é que você venha. (oração não função de pre-
21. ( ) ( ) ( ) Querer e fazer é alcançável. dicativo)
22. ( ) Todos necessitam de ajuda.
23. ( ) O valor do homem é medido pela cultura. (SGA-AC/Administrador) Uma decisão singular de um juiz
24. ( ) Houve dias de sol em pleno inverno. da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a

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534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante 53. A mãe carinhosa observava o filho.
rígidos para que os estabelecimentos penais da região pos- Morfologia:
sam receber novos presos, confirma a dramática dimensão Sintaxe:
da crise do sistema prisional. Semântica:
43. O trecho “pequena cidade a 534 km da cidade de São
Paulo” encontra-se entre vírgulas por exercer a função 54. A mãe, carinhosa, observava o filho.
de aposto. Morfologia:
Sintaxe:
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing- Semântica:
ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados
e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola 55. A mãe era carinhosa.
aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, Morfologia:
como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível. Sintaxe:
44. O nome próprio “Mirta Roses Periago” funciona como Semântica:
aposto de “A diretora-geral da OPAS”.
56. O trem atrasado chegou.
Indique se o termo destacado é aposto ou predicativo. Morfologia:
45. A moça, bonita, chegou. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 57. O trem chegou atrasado.
Morfologia:
46. A moça, chefe da seção, chegou. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 58. O trem, atrasado, chegou.
Morfologia:
47. A mãe, carinhosa, observava o filho. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 59. O trem continua atrasado.
Morfologia:
48. A mãe, fonte de carinho, observava o filho. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 60. Os inquietos meninos esperavam o resultado.
Morfologia:
49. As ameaças, reais ou potenciais, ainda existem. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 61. Os meninos esperavam o resultado inquietos.
Morfologia:
3) Adjunto Adnominal Versus Predicativo Sintaxe:
Semântica:
Adjunto adnominal Predicativo
É adjetivo ou equivalente. É adjetivo ou equivalente. 62. Os meninos, inquietos, esperavam o resultado.
Morfologia:
Refere-se ao substantivo. Refere-se ao substantivo. Sintaxe:
Estado passageiro ou perma- Semântica:
Estado permanente.
nente.
Restrição. Explicação. 63. O furioso Otelo matou Desdêmona.
Morfologia:
Indique se o termo sublinhado é adjunto adnominal ou Sintaxe:
predicativo. Semântica:
50. A moça bonita chegou.
Morfologia: 64. Otelo estava furioso.
Sintaxe: Morfologia:
Semântica: Sintaxe:
Semântica:
Língua Portuguesa

51. A moça, bonita, chegou.


Morfologia: 4) Adjunto Adnominal Versus Predicativo do Objeto
Sintaxe:
Semântica: Técnica. Fazer a voz passiva. Ver se fica junto ou separado,
quando faz mais sentido.
52. A moça parece bonita. Lembrar que junto é adjunto adnominal.
Morfologia: Lembrar que separado é predicativo.
Sintaxe: Obs.: separado significa fora do objeto, quando anali-
Semântica: samos.

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65. O juiz considerou a jogada ilegal. Analise os termos destacados colocando ADN para adjunto
Na voz passiva: A jogada foi considerada ilegal pelo juiz. adnominal e ADV para adjunto adverbial.
Note: “ilegal” separado de “a jogada”. Então: 74. Muitos animais da floresta são perigosos.
Morfologia: adjetivo. 75. Estes belos animais vieram da floresta.
Sintaxe: predicativo do objeto. 76. Ele é um narciso às avessas.
Semântica: estado. 77. Ele sempre agiu às avessas.
78. Investigaram em sigilo os escândalos de alguns políticos.
66. O juiz observou a jogada ilegal. 79. Uma investigação em sigilo desvendou alguns mistérios.
Na voz passiva: A jogada ilegal foi observada pelo juiz. 80. É saudável caminhar de manhã.
Note: “ilegal” junto de “a jogada”. Então: 81. Passeios de manhã fazem bem à saúde.
Morfologia: adjetivo.
82. Devemos dirigir com cautela.
Sintaxe: adjunto adnominal.
83. Manobras com cautela são mais seguras.
Semântica: característica.
84. As enchentes causam muito prejuízo à população.
67. O edital deixou a turma agitada. 85. A população sofre muito com as enchentes.
Morfologia:
Sintaxe: 6) Adjunto Adverbial
Semântica:
Indique a circunstância expressa pelos adjuntos adverbiais
68. Um fraco rei faz fraca a forte gente. destacados.
Morfologia: 86. No Pátio do Colégio afundem meu coração paulistano.
Sintaxe: 87. As cores das janelas e da porta estão lavadas de velhas.
Semântica: 88. Clara passeava no jardim com as crianças.
89. Ainda era muito cedo, não podia aparecer ninguém.
69. Gosto de vocês alegres. 90. Foi para vós que ontem colhi, senhora, este ramo de
Morfologia: flores que ora envio.
Sintaxe: 91. A gente não pode dormir com os oradores e os perni-
Semântica: longos.
92. Quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre a sonhar...
70. O pai tornou o filho um vencedor. 93. És tão mansa e macia, que teu nome a ti mesma acaricia.
Morfologia: 94. Sigo depressa machucando a areia.
Sintaxe: 95. Saio de meu poema como quem lava as mãos.
Semântica: 96. O céu jamais me dê a tentação funesta de adormecer
ao léu, na lomba da floresta.
71. Helena virou professora.
97. A bunda, que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca
Morfologia:
é trágica.
Sintaxe:
98. Talvez um dia o meu amor se extinga.
Semântica:

72. A vida fez dele um lutador. 7) Predicativo Versus Adjunto Adverbial


Morfologia:
Sintaxe: Predicativo Adjunto adverbial
Semântica: É advérbio ou locução ad-
É adjetivo ou equivalente.
verbial.
73. (Idene-MG/Analista) No fragmento a seguir (...) não con- Refere-se a um verbo, um
sidero desertor um jogador que, por qualquer motivo, Refere-se ao substantivo.
adjetivo ou um advérbio.
não queira defender a seleção de seu país), o termo Estado passageiro ou perma- Tempo, modo, lugar, causa,
“desertor” desempenha a função de nente. intensidade etc.
a) predicativo do sujeito.
Varia. Não varia.
b) predicativo do objeto direto.
c) predicativo do objeto indireto.
Analise os termos destacados colocando PDV para predica-
d) adjunto adverbial de modo.
tivo e ADV para adjunto adverbial.
e) adjunto adverbial de causa.
99. A moça chegou bonita.
5) Adjunto Adnominal Versus Adjunto Adverbial 100. A moça chegou rápido.
101. A moça chegou rápida.
102. A moça chegou rapidamente.
Língua Portuguesa

Adjunto adnominal Adjunto adverbial


103. A cerveja desceu redondo.
É advérbio ou locução ad- 104. A cerveja desceu redonda.
É adjetivo ou equivalente.
verbial. 105. Dona Vitória entrou lenta.
Refere-se a um verbo, um 106. Dona Vitória lentamente entrou.
Refere-se a um substantivo.
adjetivo ou um advérbio. 107. Dona Vitória, lento, entrou.
Varia. Não varia. 108. Dona Vitória, lenta, entrou.
Tempo, modo, lugar, causa, 109. Vivem tranquilos os anões do orçamento.
Estado, situação.
intensidade etc. 110. Vivem na tranquilidade os anões do orçamento.

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8) Complemento Nominal Versus Adjunto Adnominal d) “de jovens e idosos” é locução adjetiva e funciona
como complemento nominal de ingresso.
Complemento nominal Adjunto adnominal e) O emprego dos parênteses em “(o que acho válido)”
deve-se à intercalação de um comentário à margem.
Pode ser agente, posse ou
É alvo, é passivo.
espécie. 129. (Idene-MG/Analista) O segmento inicial do Hino Na-
Completa adjetivo, advérbio cional Brasileiro diz o seguinte: “Ouviram do Ipiranga
Só determina substantivo.
ou substantivo abstrato. as margens plácidas// De um povo heroico o brado
retumbante”. Mantendo o sentido original do excerto,
Identifique os termos destacados conforme o código: CN reescrevendo seus versos a partir do sujeito da oração
para complemento nominal e ADN para adjunto adnominal. original e desfazendo as inversões nele ocorrentes, o
111. Foi forte o chute do jogador na bola. texto resultaria em
112. O mergulho do atleta no mar causou espanto. a) As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
113. A comunicação do crime à polícia deixou revoltada a retumbante de um povo heroico.
população do bairro. b) As plácidas margens ouviram do Ipiranga o heroico
114. O ataque dos EUA ao Iraque promoveu inimizade do brado retumbante de um povo.
povo árabe contra o Ocidente. c) As margens do Ipiranga, plácidas, ouviram de um
115. Nenhum de nós seria capaz de tanto. povo o retumbante brado heroico.
116. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da seta. d) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram o brado
117. As outras filhas do latim se mantiveram mais ou menos retumbante de um povo heroico.
fiéis às suas tradições. e) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga de um povo
118. Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! o heroico brado retumbante.
119. As leis de assistência ao proletariado ainda não são
muito eficientes. 9) Função Sintática dos Pronomes Oblíquos
120. O interesse do povo não diminuiu.
121. Minha terra tem macieiras da Califórnia. Indique a função sintática dos pronomes oblíquos destaca-
122. Os vigilantes, enérgicos, regularizavam a ocupação dos dos:
(OD) objeto direto
lugares.
(OI) objeto indireto
123. O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração.
(CN) complemento nominal
124. (...) fez o paraíso cheio de amores e frutos, e pôs o (ADN) adjunto adnominal
homem nele. (S) sujeito
125. O olho da vida inventa luar.
126. Lá vem o acendedor de lampiões da rua! Técnica: trocar o pronome por o menino e analisar.
127. O estudante de Direito elogiou o leitor de alfarrábios.
130. Agora, meu filho, diga-me toda a verdade.
(Jucerja/Administrador)
Trocando por “o menino”: Agora, meu filho, diga toda a
“Velhos e novos” verdade AO MENINO.
Assim, temos “diga” como VTDI e “AO MENINO” como
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2006. objeto indireto. Portanto, o pronome “me” também será
objeto indireto.
Quero discutir uma questão que vem há muito me in-
comodando. Há alguns anos, o governo e a sociedade se 131. O vento batia-me gostosamente no rosto.
preocupam com o ingresso no mercado de trabalho de jovens
e idosos (o que acho válido). E a faixa intermediária, como Trocando por “o menino”: O vento batia gostosamente
fica? Sendo velhos para o mercado de trabalho e novos para no rosto DO MENINO.
se aposentarem, ficam esquecidos, sujeitos a todo tipo de Assim, temos “DO MENINO” conectado a “rosto”, que
humilhação, caindo muitas vezes na depressão, no alcoolis- é substantivo concreto. Portanto, “do menino” só pode ser
mo, com baixa autoestima. Por que até o momento ainda adjunto adnominal e, portanto, o pronome “me” também
não foram lembrados? Alguém já fez alguma pesquisa a esse será adjunto adnominal.
respeito, para saber o número dos cidadãos brasileiros que
passam por esse momento? Agora, continue seguindo o modelo acima.
132. Aquele mal atormentou-me durante muito tempo.
133. Deixei-me ficar ali em paz.
Atenciosamente,
134. O processo me foi favorável.
Jussimar de Jesus
135. Comuniquei-lhe os fatos ontem de manhã.
136. Os meus conselhos foram-lhe bastante úteis.
128. Com referência às palavras e expressões empregadas
Língua Portuguesa

137. Vejo-lhe na fronte uma certa amargura.


no texto, está incorreto o que se afirma em: 138. Confiei-lhe todos os meus segredos.
a) A carta foi escrita em linguagem formal, e as inter- 139. Sempre te considerei um grande amigo.
rogações cumprem um papel retórico. 140. Vocês devem ser-me sempre fiéis.
b) A maioria dos verbos está no presente do indicativo, 141. Contou-nos essa jovem uma triste história.
mas “ainda não foram lembrados” está no pretérito 142. Deixou-nos o moribundo uma bela obra.
perfeito passivo. 143. Eles nos viram entrar aqui.
c) “que vem há muito me incomodando”, que refere-se 144. O resultado nos será benéfico.
à questão e é sujeito de vem. 145. Chora-lhe de saudade o coração.

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146. O leitor deve permitir-se repousar um pouco. cidadania, muitas vezes com o hino nacional de fundo, seja
147. O leitor deve perguntar-se a razão da leitura. exercida em outras atividades do dia-a-dia. Por exemplo? Na
148. O professor deu-se férias. cobrança de transparência das ações de políticos, no con-
149. A minha paz vos dou. trole do dinheiro arrecadado pelos impostos, no banimento
150. Esta regra vos permitirá entender o caso. da vida pública daqueles que nos roubam recursos, mas,
151. Batei na porta e abrir-se-vos-á. sobretudo sonhos.
153. Os pronomes pessoais são muito versáteis quanto aos
(Jucerja/Administrador) valores sintáticos que expressam, em função dos con-
textos frasais em que se encontrem. Considerando essa
Operário em construção (fragmento) reflexão, compare, nos dois fragmentos retirados do
texto de Grecco, o emprego dos pronomes pessoais
Era ele que erguia casas nele presentes e indique a alternativa que contém a
Onde antes só havia chão. indicação correta das funções que eles desempenham
Como um pássaro sem asas nas orações.
Ele subia com as casas I. “que nos roubam recursos”
Que lhe brotavam da mão. II. “que me incomodam”
Mas tudo desconhecia Ambos os termos desempenham a função de:
De sua grande missão: a) objeto direto tanto de roubar quanto de incomodar.
Não sabia, por exemplo b) objeto indireto tanto de roubar quanto de incomodar.
Que a casa de um homem é um templo c) objeto direto e indireto, respectivamente.
Um templo sem religião d) objeto indireto e direto, respectivamente.
Como tampouco sabia e) adjunto adnominal e complemento nominal.
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade 10) Podem ser Verbos de Ligação
Era a sua escravidão.
Veja o mnemônico: CAFÉ SPP MTV
De fato, como podia
Um operário em construção C Continuar
Compreender por que um tijolo A Andar
Valia mais do que um pão?
F Ficar
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria E Estar
Quanto ao pão, ele o comia... Obs.: somente serão verbos de liga-
Mas fosse comer tijolo! S Ser ção se tiverem predicativo do sujeito.
E assim o operário ia P Parecer
Com suor e com cimento Nota: Outros verbos sinônimos des-
Erguendo uma casa aqui P Permanecer tes podem ser de ligação.
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente M Manter-se
Um quartel e uma prisão: T Tornar-se
Prisão de que sofreria
V Virar
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção. Classifique os verbos.
154. Ana estava tranquila.
(MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa. Org.
Eucanaã Ferraz. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 461)
155. Ana estava em casa.
156. Fernando foi elogiado.
152. Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos 157. Fernando era calmo.
pronomes nos versos. 158. O país anda preocupado.
159. O país anda depressa com as reformas.
I – “Era ele que erguia casas” – pronome pessoal reto,
160. João continua esforçado.
em função de sujeito.
161. João continua no trabalho.
II – “Que lhe brotavam da mão.” – pronome pessoal
162. A moça chegou bonita.
oblíquo, em função de objeto indireto. 163. A moça chegou rápido.
III – “Que a casa que ele fazia” – pronome relativo, em 164. A moça chegou a piloto.
função de objeto direto. 165. Ela vive despreocupada.
IV – “Sendo a sua liberdade” – pronome possessivo, 166. Ela vive bem aqui.
em função de adjunto adnominal. 167. Ele tornou o setor mais produtivo.
168. Ele tornou-se mais produtivo.
É correto apenas o que se afirma na alternativa:
Língua Portuguesa

a) I e II. 11) Termo Essencial: Predicado


b) I e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV. V.LIG. + P.S. => P.N.
e) I, II e III. SUJEITO V. NÃO LIG. + SEM P.S. => P.V.
V. NÃO LIG. + COM predvo.=> P.V.N.
(Prefeitura Cel. Fabriciano-MG) Há duas expressões no fute-
bol que me incomodam. (...) Sem ditar regras, e muito menos Classifique os predicados: verbal, nominal ou verbo-nominal.
sem a pretensão de dar aula de educação cívica, prefiro que a 169. Todo aquele monumento foi restaurado.

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170. Muitos vícios são curados pelas boas leituras. • Aposto resumitivo consiste de termo que sintetiza uma
171. Ana continua a mesma doçura. lista de elementos já citados. Veja:
172. Elogiaram Pafúncio. Lemos Castro Alves, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo,
173. Faz quatro noites que me estão observando. todos poetas do Romantismo.
174. A cantora apareceu sorridente e parecia cansada. Obs.: aposto resumitivo: todos.
175. Alguém chegou atrasado.
176. Eles falaram sério. 194. A cidade, os campos, as plantações, as montanhas, tudo
177. Elas falaram sérias. era mar.
178. Joana e eu entramos apressados no cinema. 195. João, Maria, Lúcio e Teresa, ninguém acreditava.
196. Piratas modernos, os sequestradores precisam ser de-
12) Aposto Versus Vocativo tidos.
197. Piratas modernos, os sequestradores, serão detidos.
Aposto Vocativo 198. Nem todos estavam escalados. Restavam alguns: Robi-
nho, Fernando e Franco.
Fala sobre. Fala com.
Explica, resume, restringe ou enumera. Chama. GABARITO
Identifique predicativos, adjuntos adnominais, apostos e
vocativos nas orações. 1. frase nominal.
179. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhores da 2. frase verbal, período composto, duas orações.
aldeia. 3. frase verbal, período simples, oração absoluta.
180. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhor da al- 4. frase verbal, período composto, duas orações.
deia. 5. frase nominal.
181. A mãe, dona de bela voz, entre cantos dizia: 6. frase nominal.
– Vá ao mercado para mim, filho! 7. frase verbal, período composto, duas orações (note
182. Durante sete anos, Jacó serviu Labão, pai de Raquel, verbo subentendido: estão).
serrana, bela. 8. S 27. SS
183. Jacó serviu ao pai de Raquel, serrana bela. 9. C 28. SS
10. O 29. SO,S
Tipos de Aposto 11. SS 30. O
12. S 31. O
Aposto Explicativo Versus Aposto Restritivo 13. I 32. S
14. SS 33. S
Restrição significa atributo dado a uma parte do todo. 15. S 34. S
Explicação significa atributo dado à totalidade. 16. I 35. S
17. S 36. C
Entendendo restrição e explicação 18. C 37. S
184. homem honesto. 19. O 38. S
185. homem mortal. 20. C 39. S
186. pedra amarela.
21. I,I,SO 40. I
187. pedra dura.
22. S 41. a
188. homem fiel.
189. céu azul. 23. S 42. E
24. SS 43. C
Entendendo aposto explicativo e aposto restritivo 25. C 44. C
• Aposto restritivo é nome próprio atribuído a um substan- 26. I
tivo anterior, com a finalidade de particularizar um ser 45. Morfologia: adjetivo
entre outros. Sintaxe: predicativo
• Aposto explicativo repete o sentido com outras palavras, Semântica: estado
igualando o sentido das expressões. 46. Morfologia: substantivo (chefe)
Sintaxe: aposto
190. Gosto do poeta Fernando Pessoa e do Drummond, mi- Semântica: explicação
neirão ensimesmado. 47. Morfologia: adjetivo
191. A obra de Drummond é orgulho da citada de Itabira. Sintaxe: predicativo
192. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, no es- Semântica: estado
tado de Minas Gerais. 48. Morfologia: substantivo (mãe)
193. O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes, maior Sintaxe: aposto
acidente geográfico das Américas. Semântica: explicação
49. Morfologia: adjetivo
Língua Portuguesa

Aposto Enumerativo Versus Aposto Resumitivo Sintaxe: predicativo


Semântica: estado
• Aposto enumerativo constitui lista de seres que especifica
50. Morfologia: adjetivo
um termo genérico antecedente. Veja:
Lemos autores românticos: Castro Alves, Casimiro de Sintaxe: adj. adn.
Abreu, Álvares de Azevedo. Semântica: característica
=> Aposto enumerativo: Castro Alves, Casimiro de Abreu, 51. Morfologia: adjetivo
Álvares de Azevedo. Sintaxe: predicativo
Termo genérico antecedente: autores românticos. Semântica: estado

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52. Morfologia: adjetivo 74. ADN
Sintaxe: predicativo 75. ADV
Semântica: estado 76. ADN
53. Morfologia: adjetivo 77. ADV
Sintaxe: adj. adn. 78. ADV
Semântica: característica: 79. ADN
54. Morfologia: adjetivo 80. ADV
Sintaxe: predicativo 81. ADN
Semântica: estado 82. ADV
55. Morfologia: adjetivo 83. ADN
Sintaxe: predicativo 84. ADN
Semântica: estado 85. ADV
56. Morfologia: adjetivo 86. lugar
Sintaxe: adj. adn. 87. causa
Semântica: característica 88. companhia
57. Morfologia: adjetivo 89. tempo, intensidade, tempo, negação
Sintaxe: predicativo 90. finalidade
Semântica: estado 91. causa
58. Morfologia: adjetivo 92. lugar
Sintaxe: predicativo 93. intensidade
Semântica: estado 94. modo
59. Morfologia: adjetivo 95. lugar
Sintaxe: predicativo 96. negação, lugar, lugar
Semântica: estado 97. tempo, negação/tempo
60. Morfologia: adjetivo 98. negação
Sintaxe: adj. adn. 99. PDV
Semântica: característica 100. ADV
61. Morfologia: adjetivo 101. PDV
Sintaxe: predicativo 102. ADV
Semântica: estado 103. ADV
62. Morfologia: adjetivo 104. PDV
Sintaxe: predicativo 105. PDV
Semântica: estado 106. ADV
63. Morfologia: adjetivo 107. ADV
Sintaxe: adj. adn. 108. PDV
Semântica: característica 109. PDV
64. Morfologia: adjetivo 110. ADV
Sintaxe: predicativo 111. CN
Semântica: estado 112. ADN, CN
65. Morfologia: adjetivo 113. CN, CN, ADN
Sintaxe: predicativo do objeto 114. AND, CN, ADN, CN
Semântica: estado 115. CN
66. Morfologia: adjetivo 116. ADN
Sintaxe: adj. adn. 117. CN
Semântica: característica 118. ADN
67. Morfologia: adjetivo 119. CN
Sintaxe: predicativo 120. ADN
Semântica: estado 121. ADN
68. Morfologia: adjetivo 122. CN
Sintaxe: adj. adn. 123. ADN
Semântica: característica 124. CN
69. Morfologia: adjetivo 125. ADN
Sintaxe: predicativo do objeto 126. ADN
Semântica: estado. 127. ADN, ADN
70. Morfologia: substantivo (vencedor) 128. D (ADN)
Sintaxe: predicativo do objeto 129. A
Língua Portuguesa

Semântica: estado 130. OI


71. Morfologia: substantivo 131. ADN
Sintaxe: predicativo do sujeito 132. OD
Semântica: estado 133. S
72. Morfologia: substantivo 134. CN
Sintaxe: predicativo do sujeito 135. OI
Semântico: estado 136. CN
73. b 137. ADN

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138. OI SINTAXE DO PERÍODO
139. OD
140. CN Relações Morfossintáticas e Semânticas no
141. OI Período Composto
142. OI
143. S Período Composto por Coordenação
144. CN
145. ADN No período composto por coordenação, as orações re-
146. S cebem o nome de orações coordenadas e podem ser assin-
147. OI déticas ou sindéticas.
148. OI • São assindéticas quando não são introduzidas por co-
149. OI nectivos (conjunções).
150. O • São sindéticas quando são introduzidas por conectivos
151. OI (conjunções).
152. D
153. D Observe:
154. VL No período:
155. VI Compramos, vendemos, fazemos qualquer negócio.
156. VTD (loc. verbal) Há quatro orações coordenadas e todas assindéticas.
157. VL
158. VL Porém no período:
159. VI As casas estavam fechadas e as ruas desertas.
160. VL Há duas orações coordenadas, sendo a primeira assin-
161. VI dética e a segunda sindética.
162. VI
163. VI As orações coordenadas sintédicas podem ser:
164. VL
165. VL 1. Orações coordenadas sindéticas aditivas
166. VI Quando simplesmente ligadas à anterior, sendo introdu-
167. VL zidas por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas
168. VL aditivas, que são: e, nem, e não, mas também, bem como,
169. PV também etc.
170. PV Ele não toma uma atitude nem nos apoia.
171. PN A casa foi vendida e o carro trocado.
172. PV Ele comprou o carro e não comprou a casa.
173. PV, PV
174. PVN, PN 2. Orações coordenadas sindéticas adversativas
175. PVN Quando o seu sentido se opõe ao da anterior, sendo in-
176. PV troduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas coorde-
177. PVN nativas adversativas, que são: mas, porém, todavia, contudo,
178. PVN entretanto, no entanto, não obstante etc.
179. aposto Queremos lutar, mas ninguém nos apoia.
180. vocativo Estou estudando, porém preciso parar.
181. aposto, vocativo Ele estudou, contudo não passou.
182. aposto
183. aposto 3. Orações coordenadas sindéticas alternativas
184. restrição Quando têm significados que se excluem (ou um ou ou-
185. explicação tro), sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjun-
186. restrição tivas coordenativas alternativas, que são: ou, ou... ou, já...
187. explicação já, ora... ora, seja... seja, quer... quer etc.
188. restrição Ou ele resolve tudo, ou tenho de ir eu mesmo.
189. explicação Quer estude, quer trabalhe, ele não muda.
190. restritivos: Fernando Pessoa, Drummond. Esta terra é assim mesmo, ora chove, ora faz sol.
Explicativo: Mineirão ensimesmado.
191. ADN: de Drummond. 4. Orações coordenadas sindéticas conclusivas
Aposto restritivo: de Itabira. Quando exprimem uma conclusão, sendo introduzidas
192. apostos restritivos: São Francisco, da Canastra, de por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas con-
Minas Gerais. ADV: no estado de Minas Gerais.
Língua Portuguesa

clusivas, que são: logo, portanto, então, por isso, por con-
193. apostos restritivos: Amazonas, dos Andes. seguinte, pois (depois do verbo) etc.
Aposto explicativo: maior acidente geográfico das Houve algum engano, por isso vamos verificar.
Américas. ADN: das Américas. Ele estudou muito, logo venceu na vida.
194. aposto resumitivo: TUDO. Ele pagou seus compromissos, então merece crédito.
195. aposto resumitivo: NINGUÉM.
196. aposto explicativo: piratas modernos. 5. Orações coordenadas sindéticas explicativas
197. aposto explicativo: os sequestradores. Quando encerram uma explicação daquilo que vem ex-
198. aposto enumerativo: Robinho, Fernando e Franco. presso na anterior, sendo introduzidas por conjunções ou

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locuções conjuntivas coordenativas explicativas, que são: Período Composto por Subordinação
pois (antes do verbo), que, porque, por quanto etc.
Saia logo, pois já são nove horas. Vimos no período composto por coordenação que as
Ele está lutando, pois precisa vencer. orações são independentes, não havendo nenhuma ligação
Não a prejudique, porque ela é doente. de subordinação entre elas, ou seja, uma principal e uma,
ou várias subordinadas.
Quanto ao período composto por subordinação, haverá
EXERCÍCIOS uma espécie de dependência entre elas, havendo é claro,
uma principal e uma ou mais subordinadas.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir, As orações de um período composto por subordinação
em relação às orações sublinhadas: podem ser:
(A) para oração coordenada assindética. • substantivas;
(B) para oração coordenada sindética adversativa. • adjetivas;
(C) para oração coordenada sindética aditiva. • adverbiais.
(D) para oração coordenada sindética alternativa.
(E) para oração coordenada sindética explicativa. • Orações Subordinadas Substantivas
(F) para oração coordenada sindética conclusiva.
As orações subordinadas substantivas, além de desempe-
1. ( ) O vaqueiro do Sul ou está cavalgando ou está par- nharem as funções de substantivo, desempenham também
ticipando de corrida. as funções dos elementos de um período simples, ou seja:
2. ( ) Havia muita gente na sala, mas ninguém socorreu a) Sujeito – oração subordinada substantiva subjetiva
Desempenha a função de sujeito da oração principal.
a vítima.
Veja:
3. ( ) O vaqueiro no Norte conhece bem os seus espaços, Período simples:
pois nasceu nas caatingas. É necessário a morte do peru.
4. ( ) Ele devia estar muito enfraquecido, pois desmaiou. (sujeito)
5. ( ) O trabalho do vaqueiro é duro, portanto ele tem de Período composto:
ser um homem forte. É necessário que o peru morra.
6. ( ) Você vem comigo, ou vai-se embora com eles? (oração subordinada substantiva subjetiva)
7. ( ) Telefonei-lhe ontem, mas você tinha saído.
8. ( ) Meus amigos, o verdadeiro homem não foge, en- b) Objeto direto – oração subordinada substantiva ob-
frenta tudo. jetiva direta
Desempenha a função de objeto direto da oração prin-
9. ( ) Ele foi a São Paulo de automóvel e voltou de avião.
cipal.
10. ( ) Passou a noite, veio o novo dia e ele continuava Veja:
dormindo. Período simples:
11. ( ) Você não estuda, portanto não passará de ano. Eu quero a tua colaboração.
12. ( ) Tudo parecia difícil, mas ela não reclamava, nem (objeto direto)
perdia o ânimo. Período composto:
13. ( ) Havia problemas, mas ninguém tentava resolvê-los. Eu quero que tu colabores.
14. ( ) Ninguém nos atendeu; ou estavam dormindo, ou (oração subordinada substantiva objetiva direta)
tinham saído.
15. ( ) Não perturbes teu pai, que ele está trabalhando. c) Objeto indireto – oração subordinada substantiva
16. ( ) Nós o prevenimos; portanto ele acautelou-se. objetiva indireta
Desempenha a função de objeto indireto da oração
17. ( ) Ele não só me atrapalha, como também me preju-
principal.
dica. Veja:
18. ( ) Nós o prevenimos, mas ele descuidou-se. Período simples:
19. ( ) Vocês sentem-se prejudicados; ninguém, no entan- Eu preciso de tua colaboração.
to, protesta. (objeto indireto)
20. ( ) Certamente ele acautelou-se, pois nós o prevenimos. Período composto:
21. ( ) Tudo já está terminado, portanto vamo-nos embora. Eu preciso de que tu colabores.
22. ( ) Provavelmente seremos punidos, porque transgre- (oração subordinada substantiva objetiva indireta)
dimos a lei.
23. ( ) O professor não veio; logo não haverá aula. d) Complemento nominal – oração subordinada subs-
tantiva completiva nominal
24. ( ) Transgredimos a lei, logo seremos punidos.
Desempenha a função de complemento nominal da
25. ( ) Você se diz meu amigo, todavia nem sempre o en- oração principal.
tendo. Veja:
Período simples:
GABARITO Sou favorável à execução da fera.
Língua Portuguesa

(complemento nominal)
1. D 8. A 15. E 22. E Período composto:
2. B 9. C 16. F 23. F Sou favorável a que executem a fera.
(oração subordinada substantiva completiva nominal)
3. E 10. A 17. C 24. A
4. E 11. F 18. B 25. B e) Predicativo – oração subordinada substantiva pre-
5. F 12. B 19. B dicativa
6. D 13. A 20. E Desempenha a função de predicativo do sujeito da ora-
7. B 14. D 21. F ção principal.

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Período simples: 13. Observe as orações sublinhadas nos períodos seguintes:
Meu desejo é a vossa felicidade. I – Era necessário que Tistu compreendesse.
(predicativo do sujeito) II – Todos esperavam que vencêssemos.
Período composto: III – Tistu precisava de que o ajudassem.
Meu desejo é que sejais feliz.
(oração subordinada substantiva predicativa) São respectivamente:
a) objetiva direta, objetiva direta e subjetiva.
f) Aposto – oração subordinada substantiva apositiva b) subjetiva, objetiva direta e objetiva indireta.
Desempenha a função de aposto da oração principal. c) subjetiva, subjetiva e completiva nominal.
Veja: d) predicativa, completiva nominal e subjetiva.
Período simples: e) subjetiva, objetiva indireta e objetiva direta.
Só quero uma coisa: a tua absolvição.
(aposto)
14. Numere corretamente, de acordo com a classificação
Período composto: das orações subordinadas substantivas:
Só quero uma coisa: que sejais absolvido. (1) Subjetiva
(oração subordinada substantiva apositiva)
(2) Objetiva direta
Observação: (3) Objetiva indireta
Você deve ter notado que as orações subordinadas subs- (4) Predicativa
tantivas começaram todas por: (5) Completiva nominal
• Conjunção integrante: que ou se (6) Apositiva
Todavia podem também ser introduzidas por:
• Advérbio interrogativo: por que? onde? quando? ( ) Fabiano viu que tudo estava perdido.
como? ( ) O seu desespero era que os bichos se finavam.
• Pronomes interrogativos: que? quem? qual? quanto? ( ) Era preciso que chovesse.
• Pronomes indefinidos: quem? quantos? ( ) Tudo dependia de que Deus fizesse um milagre.
( ) Eles só esperavam uma coisa: que chovesse.
( ) Sinhá Vitória fez referência a que Fabiano a acom-
EXERCÍCIOS panhasse.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir,
Assinale a sequência obtida:
analisando o que estiver sublinhado.
a) 2 – 4 – 1 – 3 – 6 – 5
(OSSSU) para oração subordinada substantiva subjetiva.
b) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 – 6
(OSSSOD) para oração subordinada substantiva objetiva di-
c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6
reta.
d) 2 – 4 – 1 – 6 – 5 – 3
(OSSSOI) para oração subordinada substantiva objetiva in-
direta.
(OSSSPR) para oração subordinada substantiva predicativa. GABARITO
(OSSSAP) para oração subordinada substantiva apositiva.
(OSSSCN) para oração subordinada substantiva completiva 1. OD 5. CN 9. SU 13. b
nominal. 2. SU 6. AP 10. PR 14. a
1. ( ) Ali, bem ali, esperávamos que os balões caíssem. 3. OD 7. PR 11. c
2. ( ) É necessário que você colabore. 4. CN 8. SU 12. d
3. ( ) Alberto disse que não morava na cidade.
4. ( ) Ficamos à espera de que o barco se aproximasse. • Orações Subordinadas Adjetivas
5. ( ) Somos gratos a quem nos ajuda.
6. ( ) Reconheço-lhe uma qualidade: você é sincera. A oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor
7. ( ) O sonho do pai era que o filho se formasse. de um adjetivo e funciona como adjunto adnominal de um
8. ( ) Convém que te justifiques. termo que a antecede. Observe:
9. ( ) Está provado que esta doença já tem cura. Na hora da despedida, o japonês disse uma frase co-
10. ( ) Roberto era quem mais reclamava. movente.
A palavra sublinhada funciona como adjunto adnominal
11. No período: “Que conversassem de amores, é possível”. da palavra frase.
A primeira oração classifica-se como:
a) subordinada substantiva predicativa. Veja agora a substituição:
b) subordinada substantiva apositiva. Na hora da despedida, o japonês disse uma frase que
c) subordinada substantiva subjetiva. me comoveu.
d) subordinada substantiva objetiva direta. O termo sublinhado, que substitui a palavra comovente
e) principal. da oração, recebe o nome de oração subordinada adjetiva,
Língua Portuguesa

e está sendo introduzida pelo pronome relativo que.


12. A oração sublinhada em: “Não permita Deus que eu
morra...” tem: Veja outros exemplos:
Valor de função sintática de Restavam-se as conversas interrompidas à noite.
a) adjetivo objeto direto Restavam-se as conversas que eram interrompidas à noite.
b) substantivo sujeito Algumas fábricas liberam gases prejudiciais à saúde.
c) advérbio adjunto adverbial Algumas fábricas liberam gases que prejudicam à saúde.
d) substantivo objeto direto As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por
e) adjetivo sujeito um pronome relativo (que, quem, qual, cujo, onde, quando).

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Que: Mulher que muito se mira, pouco fiado tira. • Oração Subordinada Adjetiva
Quem: Sou eu quem perde.
1. Restritiva
Observação:
Para analisar orações em que entre o relativo quem, é Características
necessário desdobrá-lo em: aquele que. a) Restringe a significação do substantivo ou do pronome
Qual: Dê-me o troco do dinheiro com o qual você pagou antecedente .
a entrada. b) É indispensável ao sentido da frase.
Cujo: Xadrez é um jogo cujas regras nunca entendi. c) Não se separa por vírgula da oração principal.
Onde: Conheço a rua onde mora o professor. O livro que ela lia era a loucura do homem agoniado.

Observação: 2. Explicativa
Onde = em que
Quanto: Tudo quanto existe é obra divina. Características
a) Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente.
A oração subordinada adjetiva pode ser: b) É dispensável ao sentido da frase.
c) Vem separada por vírgulas da oração principal.
Restritiva ou Explicativa Jorge de Lima, que foi um poeta da segunda fase, do
Modernismo brasileiro, escreveu uma obra junto com
É restritiva quando restringe ou limita o sentido do nome Murilo Mendes.
ou pronome a que se refere. A qualidade ou propriedade
expressa pela oração subordinada adjetiva, nesses casos, não EXERCÍCIOS
é intrínseca, não é essencial ao nome ou pronome a que se
reporta a oração. Coloque nos parênteses que precedem os períodos seguin-
O homem que crê, nunca se desespera. tes, em relação à oração que estiver sublinhada.
Oração principal: O homem nunca se desespera. (R) para oração subordinada adjetiva restritiva.
Oração subordinada adjetiva: que crê. (E) para oração subordinada adjetiva explicativa.
Justificativa: Nem todo homem crê.
Logo, a crença não é qualidade comum a todos os ho- 1. ( ) Os alunos que chegarem atrasados serão advertidos.
mens. 2. ( ) A vida, que é curta, deve ser bem aproveitada.
3. ( ) A perseverança, que a marca dos fortes, leva a su-
A oração restringe ou limita o sentido do termo homem, cessos na vida.
pois o autor refere-se somente ao homem que crê, e não a
4. ( ) Quero somente as fotos que saírem perfeitas.
todo e qualquer homem.
5. ( ) Pedra que rola fica lisa.
6. ( ) O carro que bateu vinha a mais de oitenta.
É explicativa quando exprime uma qualidade inerente,
7. ( ) O Amazonas, que é o maior rio do mundo em vo-
essencial ao nome com que se relaciona.
O homem, que é mortal, tem no túmulo o epílogo da vida. lume d’água, nasce nos Andes.
Oração principal: O homem tem no túmulo o epílogo da 8. ( ) O cavalo que ganhou o grande prêmio Brasil chama-
vida. -se Sun Set.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é mortal. 9. ( ) Os carros que não tiverem placa serão multados.
Justificativa: todo homem é mortal. 10. ( ) O homem, que é um ser mortal, tem uma missão
Logo, a morte é inerente à natureza do homem. sobre a terra.
11. ( ) A lua, que é um satélite da terra, recebe a luz solar.
Os exemplos apresentados revelam-nos que a adjetiva 12. ( ) O negro que está faminto precisa de cuidados especiais.
restritiva é indispensável ao sentido do período, enquanto 13. ( ) A vida, que é boa, deve ser aproveitada.
que a adjetiva explicativa pode ser retirada do período sem 14. ( ) Ali fica o consultório que pertence a meu amigo.
prejudicar o sentido. A adjetiva explicativa vem sempre en- 15. ( ) As justificativas, que escutei, são do pobre coitado.
tre vírgulas e as restritivas aceitam vírgulas apenas, onde 16. ( ) Ontem vi o amigo que vai viajar comigo.
terminam. 17. ( ) O médico, que está a serviço do povo, atendeu a
um chamado.
Importante: 18. ( ) Era um homem que tinha muita coragem.
Se, no entanto, as palavras: quem, qual, onde, quan- 19. ( ) O médico prestou favores que não podem ser esti-
to, quando e como figuram na oração, sem antecedente mados.
expresso, as orações por eles introduzidas não mais serão 20. ( ) É deliciosa a sensação inusitada que senti.
adjetivas, mas sim, subjetivas. 21. ( ) Ontem examinei a senhora gorda que está diabética.
Exemplifiquemos comparando adjetivas com subjetivas: 22. ( ) O cliente que chegar atrasado será advertido.
Conheço a rua onde mora o professor. 23. ( ) O médico que ajudou o preto chama-se Jamur.
Antecedente expresso: rua 24. ( ) O Rio de Janeiro, que é a cidade rica em belezas
Or. sub. adj. restr.: onde mora o professor naturais, é hospitaleira.
25. ( ) O homem que desmaiou vinha mal intencionado.
Língua Portuguesa

Diga-me onde mora o professor.


oração sub. sub. ob. direta GABARITO
Ficamos admirados todos quantos o viram. 1. R 6. R 11. E 16. R 21. R
Antecedente expresso: todos 2. E 7. E 12. R 17. E 22. R
Or. sub. adj. restr.: quantos o viram 3. E 8. R 13. E 18. R 23. R
4. R 9. R 14. R 19. R 24. E
Veja quanto pode emprestar-me. 5. R 10. E 15. E 20. R 25. R
or. sub. sub. obj. direta

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• Orações Subordinadas Adverbiais toras são: antes que, quando, assim que, logo que, até que,
depois que, mal, apenas.
Além das orações subordinadas substantivas e adjeti- Assim que deu o sinal, os alunos saíram.
vas, existem as adverbiais, que exercem a função de adjunto
adverbial, ou seja, funcionam como adjunto adverbial de EXERCÍCIOS
outras orações e vêm, normalmente, introduzidas por uma
conjunção subordinativa (com exceção das integrantes). 1. No período: “As nuvens são cabelos crescendo como
São classificadas de acordo com a conjunção ou locução rios” (JCMN).
conjuntiva que as introduz. A oração sublinhada é classificada como:
1) Causal a) adverbial consecutiva.
Indica a causa da ação expressa pelo verbo da oração b) adverbial final.
principal. As principais conjunções introdutoras são: porque, c) adverbial proporcional.
visto que, já que, uma vez que, como. d) adverbial comparativa.
Só não morri à míngua, porque o povo daqui me socorreu.
2. Nos versos:
“... delas se emite um canto
2) Comparativa
de uma tal continuidade
Estabelece uma comparação com a ação indicada pelo que continua cantando (1)
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- se deixa de ouvi-lo a gente;
toras são: que e do que (precedidos do mais, menos, melhor, como a gente às vezes canta (2)
pior, maior, menor), como. para sentir-se existente” (3)
Obs.: frequentemente, omite-se nas comparativas o ver- (J.C.M.N.)
bo da oração subordinada.
Ela é tão bela como uma flor. Temos nos versos (1), (2) e (3) sublinhados, respectiva-
mente, orações subordinadas adverbiais:
3) Concessiva a) consecutiva ‑ comparativa – final.
Indica uma concessão às ações do verbo da oração prin- b) final – proporcional – comparativa.
cipal. Isto é, admite uma contradição ou um fato inesperado. c) causal – conformativa – final.
As principais conjunções introdutoras são: embora, a menos d) causal – comparativa – final.
que, se bem que, ainda que, contanto etc.
Fiz a prova, embora tivesse chegado atrasado. 3. No período: “Não permita Deus que eu morra sem que
eu volte para lá”. (Gonçalves Dias)
4) Condicional A oração subordinada adverbial deve ser classifica como:
Indica a situação necessária à ocorrência da ação do a) comparativa.
verbo da oração principal. As principais conjunções condi- b) consecutiva.
cionais que as introduzem são: se, salvo se, exceto, desde c) condicional.
d) final.
que, contanto que, sem que.
Só irei com vocês, se me pagarem a passagem.
4. No período: “Como havia pouca gente presente, a reu-
nião foi suspensa”.
5) Conformativa A oração destacada apresenta uma circunstância de:
Indica uma conformidade entre o fato que expressa e a a) tempo.
ação do verbo da oração principal. As principais conjunções b) condição.
introdutórias são: como, consoante, segundo, conforme. c) causa.
Como havíamos previsto, a festa esteve ótima. d) consequência.

6) Consecutiva 5. Coloque nos parênteses que precedem os períodos


Indica a consequência resultante da ação do verbo da abaixo, em relação às orações subordinadas adverbiais
oração principal. As principais conjunções introdutórias são: sublinhadas:
(tão)... que, (tanto) ... que, (tamanho)... que etc. (1) para causal
Tremia tanto, que mal podia andar. (2) para comparativa
(3) para concessiva
7) Final (4) para condicional
Indica o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração (5) para conformativa
principal. As principais conjunções que as introduzem são: (6) para consecutiva
para que, afim de que, (= para que). (7) para final
Fiz-lhe sinal, para que viesse. (8) para proporcional
(9) para temporal
8) Proporcional
a) ( ) À medida que o trem se aproximava, o barulho
Língua Portuguesa

Indica uma relação de proporcionalidade com o verbo aumentava.


da oração principal. As principais conjunções introdutoras b) ( ) Ele agia, como devia.
são: à medida que, enquanto, quanto mais... mais, quanto c) ( ) Nada farei, sem que me auxilies.
mais... menos, à proporção que. d) ( ) Leem, como analfabetos.
À medida que caminhávamos, víamos aparecer a casa. e) ( ) Sempre que posso, leio alguma coisa.
f) ( ) Ainda que as estatísticas comprovem, não acre-
9) Temporal dito no que dizem.
Indica a circunstância de tempo em que ocorre a ação do g) ( ) A inflação está tão acelerada, que os preços dos
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- gêneros alimentícios aumentam diariamente.

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h) ( ) Os preços dos gêneros alimentícios aumentam (Teresina-PI/Agente Fiscal) A produtividade industrial, que
diariamente, porque a inflação está acelerada. se mede dividindo o volume da produção pelo número de
i) ( ) Semeie hoje, para que colha bons frutos amanhã. trabalhadores, vem crescendo há bastante tempo, mas, até
j) ( ) Os deveres tomam-se agradáveis, se os cumpri- recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível
mos com boa vontade. de emprego.
k) ( ) Os outros nos tratam, conforme os tratamos. 5. A oração “que se mede dividindo o volume da produ-
l) ( ) À proporção que lemos, vamos adquirindo mais ção pelo número de trabalhadores” está entre vírgulas
cultura. porque tem natureza restritiva.
m) ( ) Só valorizamos certas coisas, quando as perdemos.
n) ( ) Tanto vai o vaso à fonte, que um dia se rompe. Emprego das Conjunções
o) ( ) O amor só floresce, se o regarmos com muito
carinho. 1) Conjunções subordinativas e locuções prepositivas
p) ( ) O silêncio pode comunicar tanto, quanto a palavra. Causais: porque, pois, visto que, já que, na medida em
q) ( ) Habituai-vos a obedecer, para aprender a mandar que, que, visto como, uma vez que, como (anteposto à oração
(R.R.) principal), porquanto.
r) ( ) Se eu não fosse imperador, desejaria ser profes- Os turistas desistiram da visita, visto que chovia.
sor (D. Pedro II) Já que o país não crescia, o investidor se retirava.
s) ( ) Os olhos nunca enganam; nem mesmo quando
pretendem enganar. Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo
t) ( ) Se os espelhos falassem, haveria menos gente que, posto que, apesar de que, por mais que, por menos que,
diante deles.
apesar de, não obstante, malgrado, conquanto.
Embora chova, sairei.
GABARITO Por mais que tente, não te entendo.
A fé ainda move montanhas, posto que esteja abalada.
1. d c) 4 i) 7 o) 4 Malgrado seja domingo, ela está trabalhando.
2. a d) 2 j) 4 p) 2
3. c e) 9 k) 5 q) 7 Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a não
4. c f) 3 l) 8 r) 4 ser que, sem que.
5. a) 8 g) 6 m) 9 s) 9 O amor não se rompe, desde que sejam fortes os laços.
b) 5 h) 1 n) 6 t) 4 Se viagens instruíssem homens, os marinheiros seriam
o mais sábios.
A não ser que trabalhe, não prosperará.
EXERCÍCIOS
Consecutivas: tal que, tanto que, de sorte que, de modo
(MMA) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão que, de forma que, tamanho que.
de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina A fé era tamanha que muitos milagres se operavam.
de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, Choveu tanto que a ponte caiu.
que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa,
receosos de serem detidos e repatriados. Conformativas: conforme, como, segundo, consoante.
1. O uso das vírgulas justifica-se por isolar oração subor- Chorarão as pedras das ruas, como diz Jeremias sobre as
dinada adjetiva restritiva.
de Jerusalém destruída.
(MMA/Analista) Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao
Comparativas: como, assim como, tal qual, que, do que,
mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustí-
(tanto) quanto / como.
vel, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer propor-
ção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos Janete estuda mais que trabalha.
na sua permanência no mercado por muito tempo. Elias canta tal qual Zezé.
2. A vírgula após “bicombustível” isola oração subordinada Jesus crescia tanto em estatura quanto em sabedoria.
adjetiva explicativa.
Finais: para que, porque, a fim de que, para, a fim de.
(MPE-RR/Atendente) Os Estados Unidos da América (EUA), O gerente deu ordens para que nada faltasse aos hós-
que desde a última década vinham relegando para um segun- pedes.
do plano esforços direcionados à conservação de energia – os Estudei porque vencesse na vida.
carros grandes têm hoje maior participação relativa, no total
da frota norte-americana, que a registrada antes do primeiro Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao pas-
choque do petróleo, em 1973/1974 –, até estabeleceram me- so que, quanto mais... mais, quanto mais... menos, quanto
tas ambiciosas de redução do consumo de óleo no setor de menos... mais, quanto menos... menos.
transportes, contando com expressiva produção de etanol. Quanto mais conhecia os homens, mais Pafúncio confiava
3. A vírgula empregada após “transportes” isola oração em Deus.
adjetiva restritiva. À medida que enxergava, o ex-cego se alegrava.
Língua Portuguesa

(MRE/Assistente de Chancelaria) Segundo o ex-assessor es- Temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de-
pecial de Lula, Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba, pois que, mal, sempre que.
onde esteve com Raúl Castro, de quem é amigo pessoal, os Sempre que corríamos à janela, assistíamos ao pôr-do-sol.
cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês, exata- Mal as provas chegaram, os alunos se agitaram.
mente por valorizar o crescimento econômico sem levar em
conta o desenvolvimento social. 2) Conjunções coordenativas (para comparar e distin-
4. O trecho “que chegou recentemente de Cuba” está entre guir)
vírgulas por tratar-se de oração subordinada adjetiva Aditivas: e, nem ( = e não), mas também.
restritiva. Astolfo não cantou nem dançou.

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Anita trabalhou e estudou. contra 1.044 da Boeing. No entanto, a Airbus entregou 434
O povo não só exige respeito, mas também paga im- aviões a jato; sua concorrente, 398.
postos. 10. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
gramatical do período, ser substituído por ao passo que.
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto,
entretanto, não obstante. (Banco do Brasil/Escriturário) Uma pesquisa realizada em 16
O país cresceu, mas não gerou empregos. países mostrou que os jovens brasileiros são os que colecio-
nam o maior número de amigos virtuais. A média brasileira
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. de contatos é mais do que o dobro da mundial, que tem como
Ou saio para ir com você ou fico em casa. base países como Estados Unidos da América (EUA) e China.
11. Em “mais do que”, a eliminação de “do” prejudica a cor-
Conclusivas: logo, pois (após o verbo da oração e entre reção gramatical do período.
vírgulas), portanto, assim, por isso, por conseguinte, dessar-
te/destarte, posto isso. (Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o
Mílvio estuda Português faz dois anos, portanto já sabe desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em
muito. escala mundial – como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
do – quanto regional, com disputas nos vários continentes.
Explicativas: pois (antes do verbo), que ( = porque), por- 12. O emprego de “tanto” está articulado ao emprego de
que, porquanto. “quanto” e ambos conferem ao período o efeito de sen-
Feche a porta, que está frio. tido de comparação.
O país cresceu, porque o desemprego diminuiu. 13. Subentende-se após “quanto” a elipse da expressão
como.
EXERCÍCIOS
(CBM-ES/Soldado) Exigências da paz
(Banco do Brasil/Escriturário) As empresas que pretendem
fazer um investimento social mais eficaz tendem a não ser as 1 Acredito na paz e na sua possibilidade como forma
executoras dos projetos, contratando consultores ou orga- normal de existência humana. Mas não acredito nas ca-
nizações especializadas para desenvolvê-los. Ao adotar essa ricaturas de paz que nos são constantemente propostas,
estratégia, a empresa compartilha o papel de produtora so- 4 e até inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada,
cial com a organização executora. mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.
6. A substituição de “Ao adotar” por Quando adota man- A paz não é uma abstração. É uma forma de convi-
tém a correção gramatical e o sentido original do perí- 7 vência humana. Expressa o modo existencial como os
odo. homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino
da História.
(Banco do Brasil/Escriturário) O número de mulheres no 10 Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.
mercado de trabalho mundial é o maior da História, tendo Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o
alcançado, em 2007, a marca de 1,2 bilhão, segundo relatório que importa são as situações concretas em que vive a
da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em dez anos, 13 humanidade.
houve um incremento de 200 milhões na ocupação feminina. Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e con-
Ainda assim, as mulheres representaram um contingente some slogans de paz, mas a que desenvolve concreta-
distante do universo de 1,8 bilhão de homens empregados. 16 mente formas de existência social em que os homens
7. O desenvolvimento das ideias do texto confere à ora- vivam com dignidade, e possam participar dos valores
ção reduzida iniciada por “tendo alcançado” um valor materiais e espirituais que respondam às necessidades
adjetivo, correspondente a que tem alcançado. 19 básicas da vida humana.
8. A relação de sentidos entre as orações do 1º parágrafo Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar
do texto permite substituir “Ainda assim” por No en- disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar
tanto ou por Apesar disso, sem prejuízo da correção 22 tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a
gramatical do texto. falsa paz: A paz concordista que aceita, com tolerância
descabida, situações injustas.
(Banco do Brasil/Escriturário) Vale notar, também, que os 25 A paz conformista que adia soluções contorna pro-
bons resultados dos bancos médios brasileiros atraíram gran- blemas, silencia dramas sob a alegação de que o mun-
des instituições do setor bancário internacional interessa- do sempre foi assim, e de que é preciso esperar com
das em participação segmentada em forma de parceria. O 28 paciência.
Sistema Financeiro Nacional só tem a ganhar com esse tipo A paz alienante que distrai a consciência para que
de integração. Dessa forma, o cenário, no médio prazo, é não se percebam os males que machucam o corpo e
de acelerado movimento de fusões entre bancos médios, 31 encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que
processo que já começou. Será um novo capítulo da história disfarça absurdos, desculpa atrocidades, justifica opres-
bancária do país. sões e torna razoáveis espoliações desumanas.
9. A relação semântico-sintática entre o período que ter- 34 A paz não tem a missão de camuflar erros, mas
mina em “parceria” e o que começa com “O Sistema de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio
Língua Portuguesa

Financeiro” seria corretamente explicitada por meio da para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o
conjunção Entretanto. 37 problema.
Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver
(Banco do Brasil/Escriturário) A Airbus mantém 4.463 aerona- paz no lar em que a criança está morrendo por falta de
ves em operação, enquanto a Boeing tem 24 mil – incluindo 40 remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode
5 mil Boeing 737, o principal rival do Airbus 320, o mesmo haver paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a
modelo do envolvido em recente acidente aéreo. As duas perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o pri-
empresas travam um duelo à parte pelo mercado da aero- 43 meiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego,
náutica. No ano passado, a Airbus recebeu 791 encomendas o ódio, a perseguição.

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E então a paz começa a chegar. 23. As ocorrências da preposição “para” nas linhas 7 e 18
46 A paz é uma infatigável busca de valores para o bem introduzem, no desenvolvimento da argumentação, fi-
de todos. É o esforço criador da humanidade gerando nalidades para as ações centradas em “relacionar” (l. 6)
recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espiri- e em “desenrolaram-se” (l. 20), respectivamente.
49 tuais, que são indispensáveis à subsistência, ao cresci-
mento e ao relacionamento consciente e fraterno da (MMA/Analista) Por ironia, as notícias mais frequentes pro-
humanidade. duzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descober-
ta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante
Acerca das ideias e da sintaxe do texto, julgue os itens. escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação
14. A oração “Pois o que importa são as situações concretas” humana.
(l.11-12) estabelece uma relação de causa com a oração 24. O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguin-
anterior.
tes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
15. A oração “Se a humanidade quiser a paz efetiva” (l. 20)
estabelece uma relação de condição.
16. Nos períodos “A paz conformista que adia soluções” (MPE-RR/Atendente) Enquanto autoridades internacionais
(l. 25), “A paz alienante que distrai a consciência” (l. 28) vêm condenando duramente a expansão da produção de
e “A paz cúmplice que disfarça absurdos” (l. 31), o vo- biocombustíveis, o governo federal arma-se, acertadamente,
cábulo “que” é um pronome relativo que exerce função para enfrentar a onda de rejeição daí nascida.
de sujeito. 25. A substituição do termo “Enquanto” por À medida que
17. Na oração “A paz é uma infatigável busca de valores” prejudica a correção gramatical do período.
(l. 46), a expressão sublinhada é predicativo do sujeito.
(MRE/Assistente de Chancelaria) O boom no preço das com-
Julgue os itens subsequentes, relativos à sintaxe do trecho: modities exportadas pelo Brasil amplia o fôlego da economia
“Expressa o modo existencial como os homens trabalham, nacional para absorver importações crescentes sem ameaçar
se relacionam e conduzem o destino da História”. o equilíbrio externo. O nível do câmbio, entretanto, também
18. Subentende-se a expressão essa forma de convivência produz efeitos adversos, não neutralizados pela política eco-
como sujeito da forma verbal “Expressa”. nômica.
19. Antes de “se relacionam” e de “conduzem” subentende- 26. O termo “entretanto” pode, sem prejuízo para a corre-
-se o conector “como”. ção gramatical e a informação original do período, ser
20. A expressão “o destino da história” é complemento substituído por qualquer um dos seguintes: contudo,
direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e mas, porém, todavia, conquanto.
“conduzem”.
(MRE/Assistente de Chancelaria) Certamente, o recorde de
(CPC) Se a Holanda tivesse vencido os portugueses no Nor-
atração de investimentos externos confirmado agora tem
deste no século XVII, nosso herói não seria Matias de Albu-
relação direta com o fato de o país ter-se transformado de
querque, mas Domingos Fernandes Calabar, senhor de terras
e contrabandista que traiu os portugueses e se passou para devedor em credor internacional. Ao assegurar um volume
o lado dos batavos. de reservas cambiais superior ao necessário para garantir o
21. A substituição de “Se a Holanda tivesse vencido” por pagamento da dívida externa, o Brasil tranquilizou os credo-
Tivesse a Holanda vencido preserva a correção e o sig- res sobre a sua possibilidade de honrar os compromissos.
nificado. 27. A substituição de “Ao assegurar” por Quando assegurou
prejudica a correção gramatical do período e altera as
(Seplag/DFTrans/Técnico) suas informações originais.

1 A compreensão dos processos históricos relacio- (MRE/Assistente de Chancelaria) O afastamento de Fidel Cas-
nados a determinados assuntos é possível quando se tro, como quer que deva ser analisado de diversos pontos
levam em consideração manifestações concretas que de vista, tem certamente significado simbólico. Ele aponta
4 acontecem na vida das pessoas, contextualizando-as no para o fim de uma singular experiência revolucionária no
espaço e no tempo. Assim sendo, é de suma importância hemisfério, que, não obstante o que aparece como sobrevi-
relacionar fatos históricos brasileiros ao desenvolvimen- da melancólica nas condições de hoje, ao nascer incendiou
7 to dos meios de transporte para facilitar o entendimento romanticamente a imaginação de muitos de nós e nos mo-
da participação e da importância destes na integração bilizou.
das regiões brasileiras e no seu desenvolvimento so- 28. O termo “não obstante o” pode, sem prejuízo para a
10 cioeconômico. correção gramatical e para as informações originais do
Tão antigos quanto a existência do próprio homem período, ser substituído por apesar do ou a despeito do.
são o desejo e a necessidade humanos de se deslocar, de
13 se mover, de transportar, enfim, de transitar, fato que se
(Teresina-PI/Agente Fiscal) No ano passado, a produção in-
antecipa mesmo ao surgimento dos meios de transporte.
dustrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o
Foi exatamente pela necessidade de transitar que, há
16 500 anos, os europeus chegaram ao continente ameri- total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer
cano e fizeram do território que hoje se chama Brasil o dizer que a produtividade cresceu sem necessidade de de-
Língua Portuguesa

seu espaço de exploração. Entretanto, para descobrir as missões de trabalhadores, como ocorreu entre 1990 e 2003.
19 potencialidades de um país com tamanha vastidão terri- 29. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
torial e conhecê-lo em sua totalidade, desenrolaram-se gramatical e para as informações originais do período,
muitas histórias. ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo
que, na medida que, conquanto.
22. A relação que o período iniciado por “Assim sendo”
(l. 5-6) mantém com as ideias do período imediatamente (Teresina-PI/Agente Fiscal) A despeito da desaceleração
anterior permite que esse termo seja substituído por econômica nas nações ricas, as cotações das commodities
Desse modo ou Por isso. agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão.

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30. A expressão “A despeito da” pode, sem prejuízo para a e) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e
correção gramatical e as informações originais do perí- carros, por exemplo, que são impactados pela de-
odo, ser substituída por qualquer uma das seguintes: cisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele
Apesar da, Embora haja, Não obstante a. a jornalistas. O ministro avaliou, entretanto, que o
impacto maior se dará nas operações de comércio
(Prefeitura de Vila Velha-ES) O restante corresponde à água exterior. Isso porque a decisão sobre juros tende a
salgada dos mares (97%) e ao gelo nos polos e no alto das trazer mais recursos para o Brasil “Isso porque a de-
montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta cisão sobre juros tende a trazer mais recursos para
preocupação. o Brasil”. (conclusão)
31. A oração “Administrar essa cota de água doce” exerce
função sintática de sujeito. (SGA-AC) A sentença determina, entre outras medidas, que
as penitenciárias somente acolham presos que residam em
Ele só descobre que um bem é fundamental quando dei- um raio de 200 km. Segundo o juiz, as medidas que tomou
xa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a são previstas pela Lei de Execução Penal. Sua sentença foi
muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que
liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir
irá recorrer ao Tribunal de Justiça.
e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras
37. As orações subordinadas “que as penitenciárias somente
liberdades, preso no porão.
acolham presos”, “que tomou” e “que irá recorrer ao
32. A oração “que um bem é fundamental” exerce a mesma Tribunal de Justiça” desempenham a função de com-
função sintática que “todas as outras liberdades”. plemento do verbo.
33. No trecho “de que me adiantava isso”, o pronome “isso”
complementa a forma verbal “adiantava”. (SGA-AC) Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o gover-
no estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça.
(Abin/Analista) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência 38. O emprego da conjunção “Contudo” estabelece uma
(Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência relação de causa e efeito entre as orações.
(Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a ativi-
dade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora do (SGA-AC) Falara com voz sincera, exaltando a beleza da pai-
fluxo de informações necessárias às decisões de governo, no sagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o
que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades, aos resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do
antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos rio e da floresta. Era isso o que mais queria, se Alícia estivesse
aos mais altos interesses da sociedade e do país. ao seu lado.
34. O primeiro período sintático permaneceria gramatical- 39. As orações “se dependesse só dele” e “se Alícia estivesse
mente correto e as informações originais estariam pre- ao seu lado” estabelecem circunstância de condição em
servadas com a substituição da palavra “mediante” por relação às orações às quais se subordinam.
qualquer uma das seguintes expressões: por meio de,
por intermédio de, com, desencadeando, realizando, (SGA-AC) Não parecia estar no iate, e sim em sua casa, em
desenvolvendo, empreendendo, executando. Manaus: sentado, pernas e pés juntos, tronco ereto, a cabeça
oscilando, como se fizesse um não em câmera lenta.
O dinheiro foi aplicado em um poderoso esquema para evitar 40. A oração “como se fizesse um não em câmera lenta”
ataques terroristas, como ocorreu nos Jogos de Munique, em expressa uma comparação estabelecida pelo narrador.
1972, quando palestinos da organização Setembro Negro
invadiram a Vila Olímpica e mataram dois atletas israelenses. (SGA-AC) Eu esperava o fim da tarde com ansiedade.
35. A inserção de o que imediatamente antes de “ocorreu” 41. A correção gramatical e o sentido do texto seriam manti-
prejudicaria a sintaxe do período e modificaria o sentido dos se a preposição a fosse incluída após a forma verbal
da informação original. “esperava”: Eu esperava ao fim da tarde com ansiedade.

(DFTrans/Analista) Acho que se compreenderia melhor o


36. (TRT 1ª R/Analista)As conjunções destacadas nos trechos
funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um
a seguir estão associadas a uma determinada interpre- efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, inde-
tação. Assinale a opção que apresenta trecho do texto pendentemente da enunciação, e que envelopamos em um
seguido de interpretação correta da conjunção desta- código também pronto.
cada. 42. O valor condicional da oração iniciada por “supondo”
a) A série de dados do Caged tem início em 1992. Con- permite sua substituição, no texto, por se supusermos,
tra os três primeiros meses de 2007, quando foram sem que sejam prejudicadas a coerência ou a correção
criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo gramatical.
informações do MTE, o crescimento no número de
empregos formais criados foi de 38,7%. (proporcio- (MS/Agente) Para aumentar o volume de doações e trans-
nalidade) plantes de órgãos no país, o ministro da Saúde lançou a Cam-
b) “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, panha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos.
bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalis- 43. A primeira oração do texto estabelece com a segunda
Língua Portuguesa

tas. (comparação) uma relação de tempo.


c) “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. ‘É um
erro imaginar que há inflação no Brasil’. (consequência) (MS/Agente) Acredito que todos possam fazer uma reflexão
d) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e diante disso: 28,6% das intoxicações por medicamentos ocor-
carros, por exemplo, que são impactados pela decisão ridas com 25 crianças são acidentais, portanto, poderiam ser
dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jorna- evitadas, observa a coordenadora.
listas. O ministro avaliou, entretanto, que o impacto 44. O termo “portanto” estabelece uma relação adversativa
maior se dará nas operações de comércio exterior. entre as informações da oração que o precede e as da
(oposição) oração subsequente.

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(Abin/Oficial de Inteligência) Há histórias, no plural; o mundo EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
tornou-se intensamente complexo e as respostas não são
diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de
um curso único para a história, os projetos humanos têm um Aspectos Sintáticos, Semânticos, Estilísticos –
assentamento inicial que já permite abrir o presente para a Prática Aplicada
construção de futuros possíveis.
45. A relação que a oração iniciada por “e as respostas” man- Vírgula
tém com a anterior mostra que a função da conjunção
“e” corresponde à função de por isso. • Separa objeto direto ou indireto antecipado e com
pleonástico.
(Detran/Analista de Trânsito) Construções e usos de interesse Ao injusto, nada lhe devo.
particular desrespeitam sistematicamente os códigos de obra • Separa adjunto adverbial longo e deslocado.
e as leis de ocupação do solo. Invadem o espaço público, e Antes do início do mês, começam as obras.
o resultado é uma cidade de edificação monstruosa e hostil • Separa predicativo do sujeito deslocado, com verbo
ao transeunte. É preciso, portanto, que o espírito da blitz na intransitivo ou transitivo.
avenida Paulista seja estendido para toda a cidade. Descrente, chorou. Ivo, aflito, pedia explicações.
46. A palavra “portanto” estabelece relação de condição • Separa aposto explicativo.
entre segmentos do texto. Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas.
• Separa vocativo.
(Detran/Analista de Trânsito) Há, porém, outras mais graves, Não diga isso, Mariana.
que se instalam lentamente no organismo, como o aumento • Separa expressões explicativas e corretivas.
da pressão arterial e a ocorrência de paradas cardíacas. Estas Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes.
podem passar despercebidas, já que nem sempre apresen- • Separa nome de lugar antes de data.
tam uma relação tão clara e direta com o fator ambiental. Brasília, 17 de janeiro de 1998.
De imediato, existe o alerta: onde morar em metrópoles? • Entre elementos enumerados.
47. A locução “já que” estabelece uma relação de compa- Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia.
ração no período. • Indica verbo oculto.
O pai trabalha na capital; a mãe, no interior.
(Detran/Analista de Trânsito) Todavia, foi somente após a • Antes de subordinada substantiva apositiva.
Independência que começou a se manifestar explicitamente, Teve um pressentimento, que morreria jovem.
no Brasil, a preocupação com o isolamento das regiões do • Antes de subordinada adjetiva explicativa.
país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente.
48. O termo “Todavia” estabelece uma relação de causa • Separa subordinada adverbial deslocada.
entre as ideias expressas no primeiro e no segundo pe- Se perder o emprego, vou para outra cidade.
ríodos do texto. • Entre coordenadas assindéticas.
Entrou no carro, ligou o rádio, ficou à espera.
(Detran/Analista de Trânsito) Observe o trecho: • Separa conjunção coordenativa deslocada.
linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como Não se defende; quer a própria condenação, portanto.
meio de expressão e de comunicação entre as pessoas. • Antes de conjunção coordenativa.
49. No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação Decida logo, pois seu concorrente age rápido.
da palavra “como” deixa subentender uma expressão • Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente
mais complexa: assim como. do da anterior.
A vida continua, e você não muda.
(Ibama/Analista) Preso em diversas ocasiões, só foi defini- • Antes de mas também, como também (em correlação
tivamente absolvido em 1º de março de 1984, quatro anos com não só).
depois, portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo Não só reclama, mas também torce contra nós.
com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha
se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico Ponto e vírgula
Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia
de policiais federais. • Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor
50. Os termos “portanto” e “enquanto” estabelecem idên- que a do ponto.
ticas relações de sentido. A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo.
• Separa coordenadas adversativas e conclusivas com
GABARITO conjunção deslocada.
Não estuda; não quer, pois, a aprovação.
1. E 14. E 27. E 40. C • Separa orações que já tem vírgula no seu interior.
2. C 15. C 28. C 41. E Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava.
3. E 16. C 29. E 42. E • Separa coordenadas que formam um paralelismo ou
4. E 17. C 30. C 43. E um contraste.
5. E 18. E 31. C 44. E Muitos entendem pouco; poucos entendem muito.
Língua Portuguesa

• Aparece no final dos itens de uma enumeração.


6. C 19. C 32. C 45. C
Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu
7. E 20. E 33. E 46. E
o emprego; b) saúde da filha pirou.
8. C 21. C 34. C 47. E
9. E 22. C 35. E 48. E
10. C 23. C 36. d 49. E
Dois-pontos
11. E 24. E 37. E 50. E
• Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e de
12. C 25. E 38. E oração apositiva.
13. E 26. E 39. C Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”.

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• Antes de citações. • Separa o latinismo sic (confirma algo exagerado ou
Ana gritava: “Eu faço tudo!”. improvável).
• Antes de explicação ou esclarecimento. Levava na mala US$20 milhões (sic).
Sombra e água fresca: as férias começaram. • O ponto sempre vem após o segundo parêntese, salvo
Festa no prédio: o síndico se mudou. se um período inteiro estiver entre parênteses.
• Depois da invocação nas correspondências. Todos votaram contra (alguns rasgaram a célula).
Cara amiga: O perigo já passara. (A mão ainda tremia.)
• Depois de exemplo, nota, observação.
Nota: aos domingos o preço será maior. Travessão
• Depois de a saber, tais como, por exemplo.
Combate doenças, tais como: dengue, tifo e malária. • É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou
expressão.
Aspas A vida – quem sabe? – pode ser melhor.
• Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor
• No início e no final das transcrições. e, depois dela, quando se segue uma identificação de
O preso se defendia: “Não fui eu”. quem falou.
• Só aparecem após a pontuação final se abrangem o – Agora? – indaguei.
período inteiro. – imediatamente! – explodiu Júlio.
“Fica, amor”. Quantas vezes eu te disse isso. • Liga palavras ou expressões que indicam início e final
• Destacam palavras ou expressões nos enunciados de de percurso.
regras. Inaugurada a nova estrada Rio-Petrópolis.
A preposição “de” não cabe aqui. • É usando duplamente quando um trecho extenso se
• Indicam estrangeirismos, gírias, arcaísmos, formas po- intercala em outro.
pulares etc. (tais expressões podem vir sublinhadas ou Vi Roma – quase me perdi pelas vielas – e Paris.
em itálico).
Você foi muito “legal” com a gente.
Ortografia é o seu maior “problema”. Ponto
• Destacam palavras empregadas em sentido irônico.
Foi “gentilíssimo”: gritou comigo e bateu a porta. • Aparece no final da frase, quando se conclui todo o
• Destacam títulos de obras. pensamento.
“Quincas Borba” é o meu livro preferido. Mudemos de assunto. O povo espera fortes medidas.
• É usado nas abreviaturas.
Gen., acad., ltda.
Reticências
• Estando a abreviatura no final da frase, não há outro
• Indicam interrupção ou suspensão por hesitação, sur- ponto.
presa, emoção. Comprou ações da Multimport S.A.
Você... Aqui... Para sempre... Não acredito! • Separa as casas decimais nos números, salvo os indi-
• Para realçar uma palavra ou expressão seguinte. cativos de ano.
Abriu a caixa de correspondência e... nada. 127.814; 22.715.810. Nasceu em 1976.
• Indicam interrupção por ser óbvia a continuação da
frase. QUESTÕES DE CONCURSOS
Eu cumpro cada um dos meus deveres; já você...
• Indicam a supressão de palavras num texto transcrito. (TST) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos
Ficar ou fugir, “... eis a questão”. papéis para atender às exigências das empresas.
• Podem vir entre parênteses, se o trecho suprimido é 1. Por constituir uma expressão adverbial deslocada para
longo. depois do sujeito, seria correto que a expressão “cada
“São onze jogadores: José, Mário (...) e Paulo”. vez mais” estivesse, no texto, escrita entre vírgulas.

Parênteses (TST) O cenário econômico otimista levou os empresários


brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de
• Separam a intercalação de uma explicação ou de um trabalho nos últimos cinco anos.
comentário. 2. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se
Ativistas (alguns armados) exigiam reforma. deslocar o trecho “nos últimos cinco anos” para depois
• Separam a indicação da fonte da transcrição. de “brasileiros”, desde que esse trecho seja seguido de
“Todo óbvio é ululante.” (Nelson Rodrigues). vírgula.
• Separam a sigla de estado ou de entidade após seu
nome completo. (TJDFT) Investir no país é considerado uma burrice; constituir
Vitória (ES). Programa de Integração Social (PIS). uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida.
Língua Portuguesa

• Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi- 3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica
valente a outra. que essa oração constitui um aposto explicativo para a
O animal pesaria 10 arrobas (150 kg). oração anterior.
• Separam números e letras, numa relação de itens, e
asterisco. (MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri-
(1), (2), (a), (b), (*). lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a
• Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule
parêntese. essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do-
1), 2), a), b). mésticos trancados e fora do alcance dos pequenos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
4. A substituição dos sinais de ponto e vírgula por ponto b) É muito comum que as pessoas valendo-se do sen-
final, no último tópico, mesmo com ajuste na letra ini- so comum, vejam o pessimismo e o otimismo como
cial para maiúscula da palavra seguinte, prejudicaria a simples oposições: no entanto, não é esta a posição
correção gramatical do período. do autor do texto.
c) Talvez, se não houvesse a expectativa da suprema
(Banco do Brasil) Representantes dos maiores bancos brasi- felicidade, também não haveria razão para sermos
leiros reuniram-se no Rio de Janeiro para discutir um tema pessimistas, ou otimistas, eis uma sugestão, das en-
desafiante. trelinhas do texto.
5. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do d) O autor nos conta que outro dia, interessou-se por um
texto, é possível deslocar a oração “para discutir um fragmento de um blog; e o transcreveu para melhor
tema desafiante”, que expressa uma finalidade, para explicar a relação entre otimismo e pessimismo.
o início do período, fazendo-se os devidos ajustes nas e) Quem acredita que o pessimismo é irreversível, não
letras maiúsculas e acrescentando-se uma vírgula logo observa que, na vida, há surpresas e espantos que
após “desafiante”. deveriam nos ensinar algo, sobre a constante impre-
visibilidade de tudo.
6. (Pref. Mun. S.P.) A frase corretamente pontuada é:
(DFTrans) As estradas da Grã-Bretanha tinham sido constru-
a) Nas cidades europeias; onde foram implantados pe-
ídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carru-
dágios o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo agens romanas:
o número, e a extensão dos engarrafamentos. 10. A vírgula que precede a conjunção “e” indica que esta
b) Nas cidades, europeias onde foram, implantados pe- liga duas orações de sujeitos diferentes; mas a retirada
dágios o fluxo de automóveis se reduziu; diminuindo desse sinal de pontuação preservaria a correção e a co-
o número e a extensão dos engarrafamentos. erência textual.
c) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
dágios o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo, (TCU/Analista) Ao apresentar a perspectiva local como infe-
o número e a extensão, dos engarrafamentos. rior à perspectiva global, como incapaz de entender, de ex-
d) Nas cidades europeias onde foram implantados pe- plicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade
dágios; o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente
o número, e a extensão dos engarrafamentos. dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um
e) Nas cidades europeias onde foram implantados pe- único código unificador de comportamento humano, e abre o
dágios, o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo caminho para a realização do sonho definitivo de economias
o número e a extensão dos engarrafamentos. globais de escala.
11. A supressão da vírgula logo após o termo “humano” não
7. (TCE-AL) Está inteiramente correta a pontuação da se- prejudica a correção gramatical do texto.
guinte frase:
a) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano 12. (TRT 18ª R) Está inteiramente adequada a pontuação
Novo, pois não há como de fato alguém começar algo da seguinte frase:
inteiramente do nada. a) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do
b) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano corpo, já quem cultiva uma amizade, conta com o
Novo; pois não há como, de fato, alguém começar conforto moral.
algo inteiramente do nada. b) No que me diz respeito, não me interessam os amigos
c) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de de ocasião: prezo apenas os verdadeiros, os que me
Ano Novo: pois não há como de fato, alguém começar apoiam incondicionalmente.
algo inteiramente do nada. c) De que pode valer, gozarmos um momento de felici-
d) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano dade, se não dispomos de alguém, a quem possamos
estendê-la?
Novo, pois não há como, de fato, alguém começar
d) Confio sempre num amigo; pois minha confiança
algo inteiramente do nada.
nele, certamente será retribuída com sua confiança
e) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
em mim.
Novo; pois não há como de fato alguém começar algo, e) São essas enfim, minhas razões para louvar a amiza-
inteiramente do nada. de: diga-me você agora quais as suas?
(MMA) O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregular- 13. (TCESP/Agente Fiscal) O emprego das vírgulas assinala
mente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi- a ocorrência de uma ressalva em:
gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito a) onde é vista como a pequena, mas muito respeitada,
tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana, irmã.
e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes b) que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito,
frequentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de no restrito clube...
7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado.
Língua Portuguesa

c) de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de


8. As vírgulas da primeira linha justificam-se por isolar ora- Buenos Aires, se estão esgotando.
ção reduzida de gerúndio intercalada na principal. d) abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades.
e) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das
9. (TRF 5ª R) A frase cuja pontuação está inteiramente cor- reservas totais, é úmido e rico em etano...
reta é:
a) Momentos de extrema felicidade, sabe-se, costumam (TST/Técnico) É preciso “investir no povo”, recomenda o Per
ser raros e efêmeros; por isso, há quem busque tirar Capita — um centro pensante, criado recentemente na Aus-
o máximo proveito de acreditar neles e antegozá-los. trália —, com seus dons progressistas.

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14. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões de- d) indica a aceitação de um fato real e comum, sem
marcam a inserção de uma informação que define o que qualquer observação particular.
é “Per Capita”. e) introduz enumeração das possibilidades decorrentes
das descobertas antes citadas.
(STF/Analista) A ação ética só é virtuosa se for livre e só o
será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão
interior do próprio agente e não de uma pressão externa. (Banco do Brasil/Escriturário) Os brasileiros com idade entre
Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre 14 e 24 anos têm em média 46 amigos virtuais, enquanto
a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana a média global é de 20. No mundo, os jovens costumam
apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores ter cerca de 94 contatos guardados no celular, 78 na lista
morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao de programas de mensagem instantânea e 86 em sítios de
sujeito). relacionamento como o Orkut.
15. Os sinais de parênteses têm a função de organizar as 20. O emprego da vírgula após “celular” justifica-se por iso-
ideias que destacam e de inseri-las na argumentação do lar oração de natureza explicativa.
texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão
(Banco do Brasil) Nas Américas, os jogos estimulam a reflexão
preservaria a coerência textual e a correção do texto.
sobre as possibilidades de um continente unido, pacífico,
próspero, com a construção de uma rede de solidariedade
(STF/Analista) Muito da experiência humana vem justamente e cooperação por meio do esporte, uma das principais ex-
de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por pressões do pan-americanismo.
isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade 21. O emprego de vírgulas após “unido” e após “pacífico”
de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta tem justificativas diferentes.
em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução
que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto. 22. (Metrô-SP/Téc.Segurança) Apontado por entidades
16. O deslocamento do travessão para logo depois de “pro- internacionais como um dos mais bem estruturados e
fissionalmente” preservaria a correção gramatical do bem geridos programas ambientais do mundo, o Projeto
texto e a coerência da argumentação, com a vantagem Tietê está sob ameaça de ser interrompido. Sua segunda
de não acumular dois sinais de pontuação juntos. etapa está terminando e, apesar do cumprimento do
cronograma e do vulto das obras – que permitiram sig-
(Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o nificativo avanço nos serviços de coleta e de tratamento
desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em de esgoto –, a diretoria de Controle Ambiental da Cetesb
escala mundial — como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun- alerta: a meta de aumentar o número de empresas no
do — quanto regional, com disputas nos vários continentes. monitoramento de efluentes despejados no rio não foi
17. A substituição dos travessões por parênteses prejudica cumprida. O não atendimento dessa exigência do con-
a correção gramatical do período. trato de financiamento, firmado pelo governo estadual
com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
18. (SADPB/Agente Seg.Penitenciária) “O estudo do cérebro poderá impedir a liberação dos recursos para a terceira
conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas etapa do programa. Essa fase prevê a universalização da
décadas, com o surgimento de tecnologias que permi- coleta de esgoto e o combate à poluição nos afluentes
tem observar o que acontece durante atividades como do rio.
o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao
mesmo tempo, essa revolução na tecnologia abre novas Considere as afirmativas seguintes, a respeito dos sinais
possibilidades para um campo da ciência que sempre de pontuação empregados no texto.
despertou controvérsias de caráter ético – a interferên- I – Os travessões isolam um segmento explicativo, mar-
cia no cérebro destinada a alterar o comportamento de cado por uma pausa maior do que haveria caso esse
segmento estivesse separado por vírgulas.
pessoas.
II – Os dois-pontos (9ª linha) assinalam a causa da amea-
– a interferência no cérebro destinada a alterar o com-
ça referida anteriormente, introduzida pela forma verbal
portamento de pessoas”.
alerta.
III – A vírgula que aparece após a expressão do mundo
O emprego do travessão indica, considerando-se o con- (3ª linha) pode ser corretamente substituída por ponto
texto, e vírgula.
a) enumeração de fatos de caráter científico.
b) retomada resumida do assunto do parágrafo. Está correto o que se afirma em
c) repetição destinada a introduzir o desenvolvimento a) I e II, somente.
posterior. b) I e III, somente.
d) retificação de uma afirmativa feita anteriormente. c) II e III, somente.
e) especificação de uma expressão usada anteriormente. d) III, somente.
Língua Portuguesa

e) I, II e III.
19. (Metrô-SP) No trecho “– e comerciais, por meio das pa-
tentes.” O emprego do travessão (Banco do Brasil) A turbulência decorrente do estouro de
a) confere pausa maior no contexto, acrescentando mais essa bolha ainda não teve suas consequências totalmen-
sentido de crítica ao segmento. te dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto
b) introduz segmento desnecessário no contexto, pois é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão
repete o que foi afirmado anteriormente. interconectado, gigantesco e que tem o risco no DNA. O único
c) assinala apenas escolha pessoal do autor, sem signi- consenso é que o mercado precisa ser mais transparente.
ficação importante no parágrafo. (Veja, 12/3/2008 – com adaptações).

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23. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro
gramatical do texto ao se inserir um sinal de dois-pontos de pontuação.
depois da primeira ocorrência de “é” e um ponto de a) A cooperação entre seus países, permitiria à região
interrogação depois de “DNA”. fazer frente a outras potências, como os Estados Uni-
dos e o Japão, e assim, assegurar o bem-estar social
24. (TCEAM/Analista Controle Externo) Está inteiramente e a segurança da população.
correta a pontuação da seguinte frase: b) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações
a) A realização de estudos com primatas não humanos, menos desenvolvidas do continente; e instituiu uma
tem revelado que a inteligência ao contrário do que moeda única – o euro que atraiu investidores e che-
se pensa, não é nosso dom exclusivo. gou a ameaçar o domínio do dólar como reserva in-
b) A conclusão é, na verdade, surpreendente: a cons- ternacional de valor.
ciência humana, longe de ser um dom sobrenatural, c) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragi-
emerge da consciência dos animais. lidades na estrutura econômica de algumas nações
c) Ernst Mayr, eminente biólogo do século passado não do bloco: à medida que, a turbulência dos mercados
teve dúvida em afirmar que, a nossa consciência, é se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal
uma evolução da consciência dos animais. de alguns países, sobretudo a Grécia.
d) Sejam sinfonias sejam equações de segundo grau, há d) Diante do risco de que o deficit crescente no orça-
operações que de tão sofisticadas, não são acessíveis mento grego pudesse contaminar outros europeus
à inteligência de outros animais. com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a
e) O que caracteriza efetivamente o verdadeiro altruís- confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-
mo, é o comportamento cooperativo que se adota, -se, às pressas, na semana passada.
de modo desinteressado. e) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na
semana passada, as ruas de Atenas, foram tomadas
25. (GOVBA/Soldado/PMBA) Analise as frases a seguir: por manifestantes e os funcionários públicos entra-
I – Este quadro moral levou a duas situações dramáticas: ram em greve.
o gosto do mal e o mau gosto.
II – O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir (Funiversa/HFA/Ass.Téc.Adm.) Na frase: “As demissões re-
uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer cordes nas companhias americanas devido à crise fizeram
necessidades sensíveis. vítimas inusitadas – os próprios executivos de recursos hu-
manos.”
Considerando-se o emprego dos dois-pontos nos perí- 30. Não haverá incorreção gramatical, caso o travessão seja
odos acima, é correto o que se afirma em: substituído por vírgula.
a) Os dois-pontos introduzem segmentos de sentido
enumerativo e conclusivo, respectivamente, assina- Reescritura de Frases e Parágrafos – Substituição
lando uma pausa maior em cada um deles. de palavras ou de trechos de texto
b) Os segmentos introduzidos pelos dois-pontos apre-
sentam sentido idêntico, de realce. Texto para responder à questão seguinte.
c) Os sinais marcam a presença de afirmativas redun-
dantes no contexto, mas que reforçam a opinião do O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios pro-
autor. blemas que os responsáveis pela construção da Nova Capital
d) Os dois-pontos indicam a interferência de um novo da República enfrentaram, desde o início de suas atividades
interlocutor no contexto, representando o diálogo no Planalto Central, em fins de 1956.
com o leitor. A região não contava com nenhuma fonte de geração de
e) Os dois segmentos introduzidos pelos dois-pontos energia elétrica nas proximidades, e o prazo, imposto pela
são inteiramente dispensáveis, pois seu sentido está data fixada para a inauguração da capital — 21 de abril de
exposto com clareza nas afirmativas anteriores a eles. 1960 —, era relativamente curto para a instalação de uma
fonte de energia local, em caráter definitivo.
Na frase: “Ela encontrou um bebê recém-nascido em um A alternativa existente seria o aproveitamento da ener-
terreno baldio em frente de sua casa, em Curitiba.” gia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das
26. No trecho “de sua casa, em Curitiba”, a eliminação da Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa
vírgula e a substituição da preposição “em” por de man- dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km
têm o sentido original da frase. de Brasília. Assim, tendo em vista o surgimento da nova Ca-
pital do Brasil, as obras foram aceleradas, e a primeira etapa
27. (Funiversa/Terracap) A vírgula da frase “Ao coração, cou- da Usina de Cachoeira Dourada foi inaugurada em janeiro de
be a função de bombear sangue para o resto do corpo” 1959, com 32 MW e potência final prevista para 434 MW.
justifica-se pelo deslocamento do termo “Ao coração”, Entretanto, paralelamente à adoção de providências
com finalidade estilística de criar ênfase. para o equacionamento do problema de suprimento de ener-
gia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras me-
Língua Portuguesa

(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans- didas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à ins-
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” talação de fontes de energia elétrica necessárias às ativida-
28. O travessão foi usado para enfatizar trecho do enuncia- des administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de
do. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito, obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia
ou, no discurso oral, com entonações enfáticas. elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez,
no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira
29. (Funiversa/Sejus/Téc. Adm.) Cada uma das alternativas do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do
a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto. Ribeirão do Gama.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Hoje, a Capital Federal conta com a CEB, Companhia O Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônus na
Energética de Brasília, que já recebeu vários prêmios. Em conta de luz gerou créditos de R$ 570 mil a 88 mil clientes res-
novembro de 2009, ela conquistou uma importante vitória ponsáveis pelo recolhimento de pouco mais de quatro mil tone-
em seu esforço pela melhoria no atendimento aos clientes. ladas de lixo reciclável, como vidro, plástico, papel, metal e óleo.
Venceu o prêmio IASC - Índice Aneel de Satisfação do Con- A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a partir
sumidor, pela quinta vez. A empresa foi escolhida a melhor de pesquisas em comunidades de baixa renda de Fortaleza e
distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste, a partir região metropolitana da capital, para montar a arquitetura
de pesquisa que abrange toda a área de concessão das 63 do programa.
distribuidoras no Brasil. Para participar, o cliente procura o posto de coleta ou a
Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, a CEB associação comunitária e solicita o cartão do Programa Ecoel-
foi apontada como uma das cinco melhores distribuidoras ce. A cada entrega, o operador do posto registra o volume de
de energia elétrica do País. O Índice Aneel de Satisfação do resíduos, com informações sobre o tipo de material e peso, e,
Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos, ficou acima da mé- por meio da máquina de registro de coleta, calcula o bônus a
dia nacional, de 66,74 pontos. Anteriormente, a Companhia ser creditado na conta do cliente. Os resíduos recebidos são
obteve o Prêmio IASC em 2003, 2004, 2006 e 2008. separados e encaminhados para a indústria de reciclagem.
Entre suas importantes iniciativas sociais, destaca-se o Reconhecido pela Organização das Nações Unidas
Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto de inser- (ONU), o programa tem como vantagens estimular a eco-
ção e reinserção social de crianças, denominado “Gente de nomia de energia com melhoria da qualidade de vida das
Sucesso”, que foi implementado em parceria com o Instituto comunidades envolvidas, tanto pela diminuição da conta
de Integração Social e Promoção da Cidadania — INTEGRA de luz quanto pela redução dos resíduos nas vias urbanas.
e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal. Alberto B. Gradvohl et alii. Programa Ecoelce de troca de
Internet: <http://www.ceb.com.br> (com adaptações). resíduos por bônus na conta de energia. Agência Nacional de
Acesso em 3/1/2010. Energia Elétrica (Brasil). In: Revista pesquisa e desenvolvimento
da ANEEL, n.º 3, jun./2009, p. 115-6 (com adaptações).
31. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas
a seguir, há uma reescritura de parte do texto. Assinale 32. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas
aquela em que a reescritura altera o sentido original. a seguir, há uma reescritura de uma parte do texto. Assi-
a) A empresa foi escolhida a melhor distribuidora de nale aquela em que a reescritura mantém a ideia original.
energia elétrica do Centro-Oeste / Escolheu-se a em- a) A preocupação com o planeta intensificou-se a partir
presa como a melhor distribuidora de energia elétrica dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que
do Centro-Oeste. as questões ambientais começaram a ser tratadas de
b) A partir de pesquisa que abrange toda a área de con- forma relevante e participativa nos diversos setores
cessão das 63 distribuidoras no Brasil / A partir de socioeconômicos. / A preocupação com o planeta
pesquisa que abrange todas as áreas de concessão intensificou-se com a crise petroleira, a partir dos
de todas as distribuidoras no Brasil. anos 1970, pois as questões ambientais começaram
c) O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios a ser tratadas de forma relevante e participativa nos
problemas que os responsáveis pela construção da diversos setores socioeconômicos.
Nova Capital da República enfrentaram / O suprimen- b) O processo de reciclagem é muito relevante na medi-
to de energia elétrica foi um dos sérios problemas da em que o lixo recebe o devido destino, retornan-
enfrentados pelos responsáveis pela construção da do à cadeia produtiva. / O processo de reciclagem é
Nova Capital da República. muito relevante à medida que o lixo recebe o devido
d) O prazo, imposto pela data fixada para a inauguração destino, retornando à cadeia produtiva.
da capital – 21 de abril de 1960 –, era relativamente c) A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a
curto para a instalação de uma fonte de energia local / partir de pesquisas em comunidades de baixa renda
O prazo (...) era relativamente curto para a instalação, de Fortaleza e região metropolitana da capital, para
em caráter definitivo, de uma fonte de energia local. montar a arquitetura do programa. / Por causa de
e) Paralelamente à adoção de providências / Paralela- pesquisas em comunidades de baixa renda de For-
mente ao fato de se adotarem providências. taleza e região metropolitana da capital, a COELCE
instalou 62 pontos de coleta no Ceará, para montar
Texto para responder à questão seguinte. a arquitetura do programa.
d) Para participar, o cliente procura o posto de coleta
A preocupação com o planeta intensificou-se a partir ou a associação comunitária e solicita o cartão do
dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que as Programa Ecoelce. / O cliente, para participar, assim
questões ambientais começaram a ser tratadas de forma que procura o posto de coleta ou a associação comu-
relevante e participativa nos diversos setores socioeconômi- nitária, solicita o cartão do Programa Ecoelce.
cos. Preservar o ambiente e economizar os recursos naturais e) Reconhecido pela Organização das Nações Unidas
tornou-se importante tema de discussão, com ênfase no uso (ONU), o programa tem como vantagens estimular
a economia de energia com melhoria da qualidade
Língua Portuguesa

racional, em especial de energia elétrica.


O processo de reciclagem é muito relevante na medida de vida das comunidades envolvidas, tanto pela di-
em que o lixo recebe o devido destino, retornando à cadeia minuição da conta de luz quanto pela redução dos
produtiva. resíduos nas vias urbanas. / Reconhecido pela ONU,
Uma economia de 15,3 gigawatts.hora (GWh) em dois o programa tem como vantagens estimular a econo-
anos foi um dos resultados do projeto desenvolvido pela mia de energia com melhoria da qualidade de vida
Companhia Energética do Ceará (COELCE). O montante é das comunidades envolvidas, em virtude tanto da
equivalente ao suprimento de quase oito mil residências diminuição da conta de luz quanto da redução dos
com perfil de consumo da ordem de 80 kilowatts.hora/mês. resíduos nas vias urbanas.

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Em uma manhã de inverno de 1978, a assistente social Zé- Um homem vai devagar.
lia Machado, 49 anos de idade, encontrou um bebê recém- Um cachorro vai devagar.
-nascido em um terreno baldio. Um burro vai devagar.
33. A expressão “a assistente social”, caso seja colocada após
o substantivo próprio a que se refere, cria, necessaria- Devagar... as janelas olham.
mente, uma falha gramatical. Eta vida besta, meu Deus.

Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17.
clareza sobre ela.
34. A frase Essa é uma questão delicada, por isso é impor-
tante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita 40. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
adequada da original registrada. nativa incorreta.
a) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica
da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe
Parte da população torna-se receptora de “benefícios” não
do texto reflete a similaridade conceitual estabele-
no sentido do patamar do direito e, sim, na perspectiva da
cida entre os substantivos.
troca votos-favores.
b) A fusão dos elementos humanos à paisagem natu-
35. A frase parte da população torna-se receptora de “be-
ral, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de
nefícios” não somente no sentido do patamar do direi-
artigos na primeira estrofe.
to, mas também na perspectiva da troca votos-favores
c) Ao longo do texto, quase não há inserção de adje-
é uma reescrita adequada da original.
tivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não
promover espaço para o detalhamento.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans- d) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e ausência de conhecimento sintático, promovendo
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” lentidão e morosidade na leitura.
36. A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem e) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e
perda de sentido, como por seja qual for o país. lexical na segunda estrofe.
(Funiversa/Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país 41. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
que passe pela nossa mente – e alguns outros de cuja exis- nativa incorreta.
tência sequer desconfiávamos.” a) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação:
37. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação se-
sentido, pela locução além de. mântica da estrutura textual.
b) A variação da abordagem semântica na estrutura
(Funiversa/Terracap) A vida se esvai, mas localizaram um sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao
doador compatível: já para a mesa de cirurgia. leitor.
38. A seguinte reescritura do trecho está gramaticalmente c) Nenhum atributo é legado aos substantivos da se-
correta: localizaram um doador compatível; portanto, gunda estrofe, porém, apesar desta característica, é
vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em perceptível a introdução de movimentação espacial.
qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva. d) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo
indefinido.
39. (Funiversa/Adasa) O trecho “É a conduta dos seres hu- e) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi emprega-
manos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da da a personificação, processo que humaniza objetos.
negação do outro, o que tem feito do presente humano
o que ele é.” pode ser reescrito, sem que haja alteração Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom “trata-
de sentido, da seguinte forma: mento penal” não pode residir apenas na abstenção da vio-
a) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação lência física ou na garantia de boas condições para a custódia
de outro mundo, o que faz do presente o que ele é. do indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade:
b) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em deve, antes disso, consistir em um processo de superação de
relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus
o que ele é. direitos e da recomposição dos seus vínculos com a socie-
c) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o dade, visando criar condições para a sua autodeterminação
outro seja na forma do semelhante ou na forma do responsável.
mundo, que faz do presente o que ele é.
d) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos 42. (Funiversa/Sejus) Nas alternativas a seguir, são apresen-
para com os outros e para com o mundo que faz deste tadas reescrituras de trechos do segundo parágrafo do
mundo o que ele é. texto. Assinale aquela em que se preserva o sentido do
e) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo trecho original.
por negar o outro, o que torna o homem mau como a) Um tratamento eficaz da pena não pode dispensar
Língua Portuguesa

o presente em que ele vive. a agressão física ou a garantia de uma permanência


prolongada do indivíduo por um certo tempo privado
Texto para responder às questões 40 e 41. de sua liberdade.
b) A abstenção da violência física e a garantia de boas
Cidadezinha qualquer condições para a custódia do indivíduo correspondem
a um bom “tratamento penal”.
Casas entre bananeiras c) Em se tratando de pena privativa de liberdade, um bom
mulheres entre laranjeiras “tratamento penal” não é garantido pela falta de vio-
pomar amor cantar. lência física ou pela boa guarda do detento na prisão.

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d) Um bom “tratamento penal” resiste a um processo CONCORDÂNCIA VERBAL
de superação de uma história de conflitos.
e) Um bom “tratamento penal” supõe a superação dos • Sujeito composto com pessoas gramaticais diferentes.
conflitos da história, promovendo direitos e recom- Verbo no plural e na pessoa de número mais baixo.
pondo os vínculos da sociedade, para que o sujeito Carlos, eu e tu vencemos.
se torne mais responsável. Carlos e tu vencestes ou venceram.

1 A União Europeia inaugurou um novo patamar de • Sujeito composto posposto ao verbo. Verbo no plural ou
integração política e econômica no globo. A cooperação de acordo com o núcleo mais próximo.
entre seus países permitiria à região fazer frente a outras Vencemos Carlos, eu e tu. Ou:
4 potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim, Venceu Carlos, eu e tu.
assegurar o bem-estar social e a segurança de sua po-
pulação. Com o passar dos anos, o bloco incorporou na- • Sujeito composto de núcleos sinônimos (ou quase) ou em
7 ções menos desenvolvidas do continente e instituiu uma gradação. Verbo no plural ou conforme o núcleo próximo.
moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a A alegria e o contentamento rejuvenescem. Ou:
A alegria e o contentamento rejuvenesce.
ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional
Os EUA, a América, o mundo lembraram ontem o Onze de
10 de valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as
Setembro. Ou:
fragilidades na estrutura econômica de algumas nações Os EUA, a América, o mundo lembrou ontem o Onze de
do bloco. À medida que a turbulência dos mercados Setembro.
13 se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de
alguns países, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que • Núcleos no infinitivo, verbo no singular.
o deficit crescente no orçamento grego pudesse conta- Obs.: artigo e contrários, verbo no plural.
16 minar outros europeus com situação fiscal semelhante e Cantar e dançar relaxa.
pôr em xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais Obs.: O cantar e o dançar relaxam.
reuniram-se às pressas na semana passada. Ao fim do Subir e descer cansam.
19 encontro, chegou-se a um acordo para ajudar a Grécia.
Ainda que não tenha sido feita menção formal a um • Sujeito = mais de, verbo de acordo com o numeral.
resgate financeiro, a reunião serviu para acalmar o te- Obs.: repetição ou reciprocidade, só plural.
22 mor dos investidores internacionais. In: Veja, 17/2/2010, Mais de um político se corrompeu.
p. 57 (com adaptações). Mais de dois políticos se corromperam.
Obs.: Mais de um político, mais de um empresário se cor-
43. (Funiversa) Cada uma das alternativas a seguir apresenta romperam. Mais de um político se cumprimentaram.
reescritura de fragmento do texto. Assinale aquela em
que a reescritura mantém a ideia original. • Sujeito coletivo, partitivo ou percentual, verbo concorda
a) A União Europeia lançou um novo andar para a inte- com o núcleo do sujeito ou com o adjunto.
gração política e econômica no globo (linhas 1 e 2). Obs.: coletivo distante do verbo fica no singular ou no plural.
b) A cooperação entre seus países faria que a região O bando assaltou a cidade (assaltar, no passado).
O bando de meliantes assaltou ou assaltaram a cidade.
esbarrasse em outras potências, como os Estados
A maior parte das pessoas acredita nisso. Ou:
Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).
A maior parte das pessoas acreditam nisso.
c) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da econo- A maior parte acredita.
mia de certos países que integram a União Europeia Oitenta por cento da turma passaram ou passou.
(linhas de 10 a 12). Obs.: O povo, apesar de toda a insistência e ousadia, não
d) Diante do risco de que o deficit crescente no or- conseguiu ou conseguiram evitar a catástrofe.
çamento grego pudesse influenciar outros países
europeus que apresentam situação fiscal similar e • Sujeito = pronome pessoal preposicionado
comprometer a confiabilidade da União Europeia, lí- a) núcleo singular, verbo singular.
deres regionais encontraram-se às pressas na semana Algum de nós errou. Qual de nós passou.
passada (linhas de 14 a 18). b) núcleo plural, verbo plural ou com o pronome pessoal.
e) Ainda que não tenha sido discutida uma solução fi- Alguns de nós erraram ou erramos. Quais de nós
nanceira, o encontro teve como objetivo reduzir o erraram ou erramos.
medo dos investidores internacionais (l. 20 a 22).
• Sujeito = nome próprio que só tem plural
GABARITO a) Não precedido de artigo, verbo no singular.
Estados Unidos é uma potência. Emirados Árabes fica
1. C 12. b 23. C 34. C no Oriente Médio.
2. E 13. a 24. b 35. E b) precedido de artigo no plural, verbo no plural.
3. E 14. C 25. a 36. C Os Estados Unidos são uma potência. Os Emirados Ára-
Língua Portuguesa

4. E 15. C 26. E 37. C bes ficam no Oriente Médio.


5. C 16. E 27. C 38. E
6. e 17. E 28. C 39. c • Parecer + outro verbo no infinitivo, só um deles varia.
7. d 18. e 29. d 40. d Os alunos parecem gostar disso. Ou:
8. C 19. a 30. C 41. b Os alunos parece gostarem disso.
9. a 20. E 31. b 42. c
• Pronome de tratamento, verbo na 3ª pessoa.
10. C 21. E 32. e 43. d
Vossas Excelências receberão o convite.
11. C 22. a 33. E
Vossa Excelência receberá seu convite.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• Sujeito = que, verbo de acordo com o antecedente. EXERCÍCIOS
Fui eu que prometi.
Foste tu que prometeste. Regra Básica
Foram eles que prometeram.
O núcleo do sujeito conjuga o verbo.
• Sujeito = quem
a) verbo na 3ª pessoa singular; ou Dica:
Fui eu quem prometeu. (prometer, passado) Núcleo do sujeito começa sem preposição.
Foste tu quem prometeu. Foram eles quem prometeu.
b) verbo concorda com o antecedente. 1. (TRT 1ª R/Analista) Julgue os fragmentos de texto apre-
Fui eu quem prometi. Foste tu quem prometeste. Foram sentados nos itens a seguir quanto à concordância verbal.
eles quem prometeram. I – De acordo com o respectivo estatuto, a proteção
à criança e ao adolescente não constituem obrigação
• Dar, bater, soar exclusiva da família.
a) Se o sujeito for número de horas, concordam com nú- II – A legislação ambiental prevê que o uso de água para
mero. o consumo humano e para a irrigação de culturas de
Deu uma hora. Deram duas horas. subsistência são prioritários em situações de escassez.
Soaram dez horas no relógio. III – A administração não pode dispensar a realização
b) Se o sujeito não for número de horas. do EIA, mesmo que o empreendedor se comprometa
O relógio deu duas horas. Soou dez horas no relógio. expressamente a recuperar os danos ambientais que,
porventura, venham a causar.
• Faltar, restar, sobrar, bastar, concordam com seu sujeito IV – A ausência dos elementos e requisitos a que se
normalmente. referem o CPC pode ser suprida de ofício pelo juiz, em
Obs.: sujeito oracional, verbo no singular. qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não for
Faltam cinco minutos para o fim do jogo. proferida a sentença de mérito.
Restavam apenas algumas pessoas.
Sobraram dez reais. A quantidade de itens certos é igual a
Basta uma pessoa. a) 0.
Obs.: Ainda falta depositar dez reais. (note o sujeito ora- b) 1.
cional) c) 2
d) 3.
• Com os verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir e) 4.
a) seguidos de pronome oblíquo, o infinitivo não se fle-
xiona. Obs.: 1
Mandei-os sair da sala. Ele deixou-as falar. O professor Depois que o primeiro núcleo do sujeito já está escrito,
o segundo que houver deve estar escrito ou representado
viu-os assinar o papel. Eu os senti bater à porta.
por um pronome.
b) seguidos de substantivo, o infinitivo pode se flexionar
O uso de água e o de combustível são prioritários. (dois
ou não.
núcleos)
Mandei os rapazes sair ou saírem. Ele deixou as amigas
Veja a repetição do “o”. O segundo é pronome. Sem
falar ou falarem. O professor viu os diretores assinar ou
preposição. É núcleo.
assinarem.
Mas em: O uso de água e de combustível é prioritário.
c) seguidos de infinitivo reflexivo, este pode se flexionar (um só núcleo = uso)
ou não.
Cuidado: Na locução verbal, o infinitivo é impessoal Obs.: 2
(sem variação). O pronome relativo pode exercer a função de sujeito,
Vi-os agredirem-se no comício. Ou: Vi-os agredir-se no de objeto, de complemento etc., sempre dentro da oração
comício. Ele prefere vê-las abraçarem-se ou abraçar-se. adjetiva.
Cuidado: Os números da fome podem ficar piores. (fi-
carem: errado) Cuidado!
O pronome relativo refere-se a um termo antes, mas
• Concordância especial do verbo ser. esse termo faz parte de outra oração. O termo referido pre-
a) se sujeito indica coisa no singular, e predicativo indica enche, supre apenas o sentido. Esse termo referido não é o
coisa no plural, ser prefere o plural, mas admite o sin- sujeito, o objeto etc. da oração subordinada adjetiva.
gular. A casa / que comprei / era velha.
Tua vida são essas ilusões. (presente). Ou: Tua vida é
essas ilusões. Oração principal: A casa era velha
b) se sujeito ou predicativo for pessoa, ser conforme a Sujeito = A casa
Língua Portuguesa

pessoa. Oração subordinada adjetiva: que comprei


Você é suas decisões. Seu orgulho eram os velhinhos. Sujeito = eu
O motorista sou eu. Ou: Eu sou o motorista. Objeto direto (sintático) = que
c) data, hora e distância, verbo conforme o numeral.
É primeiro de junho. (presente) São ou é quinze de maio. Atenção:
É uma hora. São vinte para as duas. É uma légua. São Somente o sentido é que nos leva a ver que: comprei a casa.
três léguas. Porém, o pronome relativo está no lugar da casa. O pronome
d) indicando quantidade pura, verbo na 3ª pessoa singular. relativo é o objeto sintático.
Quinze quilos é pouco. Três quilômetros é suficiente. Podemos chamar de objeto semântico o termo “A casa”,

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
mas apenas pelo sentido, jamais pela análise sintática. A aná- 12. ( ) Na sala, existiam vinte pessoas.
lise sintática deve ser feita dentro de cada oração. 13. ( ) Na sala, existia vinte pessoas.
14. ( ) No carnaval, houve menos acidentes.
(TCU) “Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, 15. ( ) No carnaval, houveram menos acidentes.
creio que não poderemos escapar da conclusão de que o pro- 16. ( ) No carnaval, ocorreram menos acidentes.
cesso é totalmente coerente com as premissas da ideologia 17. ( ) No carnaval, ocorreu menos acidentes.
econômica que têm se afirmado como a forma dominante 18. ( ) Haverá dois meses que não o vejo.
de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, 19. ( ) Haverão dois meses que não o vejo.
aproximadamente.” 20. ( ) Jamais pode haver incoerências no texto.
2. A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” estabele- 21. ( ) Jamais podem haver incoerências no texto.
ce relação de concordância com o termo antecedente 22. ( ) Jamais podem existir incoerências no texto.
“ideologia”. 23. ( ) Jamais pode existir incoerências no texto.
3. Qual é o sujeito sintático de “têm”? 24. ( ) Haviam sido eleitos novos presidentes.
4. Qual é o sujeito semântico de “têm”? 25. ( ) Havia sido eleito novos presidentes.
5. Qual é a função sintática de “as premissas da ideologia”?
Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens a se-
(TCU) “Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no guir quanto à concordância verbal.
mês seguinte cinquenta e cinco; em março de 1877 contava
quatrocentas e noventa.” 26. (TRT 9ª R) Na redação da peça exordial, deve haver indi-
6. O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, cações precisas quanto à identificação das partes bem
por isso mantém-se no singular, sem concordar com o como do representante daquele que figurará no polo
sujeito da oração – “vinte aranhas”. ativo da eventual ação.

Obs.: Verbo sem sujeito chama-se verbo impessoal. (TCU) “O melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá
A regra é ficar na 3ª pessoa do singular. Ver verbo haver. andando, até achar entrada. Há de haver alguma”.
27. Na expressão Há de haver verifica-se o emprego impes-
“Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos soal do verbo haver na forma “Há”.
velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca
tinha sido imaginado antes.” (DFTrans) “As estradas da Grã-Bretanha tinham sido cons-
7. É gramaticalmente correta e coerente com a argumen- truídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por car-
tação do texto a seguinte reescrita para o período final: ruagens romanas”.
Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos ins- 28. Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas
trumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo verbais, preservam-se a coerência textual e a correção
que ainda não fôra imaginado. gramatical ao se substituir “tinham sido” por havia sido.

“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar (PMDF) “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das
o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, democracias foi extraordinário”.
temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” 29. A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma
8. A forma verbal “temia” concorda com o sujeito de tercei- flexionada “houve”, pelo verbo pessoal existir exige
ra pessoa do singular ele, que foi omitido pelo narrador. que se faça a concordância verbal com “liberdade” e
“crescimento”, de modo que, fazendo-se a substituição,
9. A substituição de “teria” por teriam não altera o sentido deve-se escrever existiram.
nem a adequação gramatical do trecho “o valor de suas
casas, que serviam de garantia para os empréstimos, (Abin) “Melhorar o mecanismo de solução de controvérsias
teria de continuar subindo indefinidamente”. é um dos requisitos para o fortalecimento do Mercosul, vide
as últimas divergências entre Brasil e Argentina”.
Regras Especiais 30. Mantém-se a obediência à norma culta escrita ao se
substituir a palavra “vide” por haja visto, uma vez que
Verbo haver com sujeito. as relações sintáticas permanecem sem alteração.
Eles haviam chegado.
Outros Verbos Impessoais
Verbo haver sem sujeito tem o sentido de existir, acon-
tecer ou tempo decorrido. Verbo fazer indicando tempo ou clima.

Regra: 31. (Metrô-DF) Assinale a opção correspondente ao período


Verbo sem sujeito (impessoal) fica no singular (3ª pessoa). gramaticalmente correto.
Aqui havia uma escola. → Aqui existia uma escola. a) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
uma escola = objeto direto mas até agora eles não tem nenhum resultado con-
uma escola = sujeito clusivo.
Língua Portuguesa

b) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas. En-


Aqui havia duas escolas. → Aqui existiam duas escolas. tretanto, até agora, eles não têm nenhum resultado
Cuidado: Aqui haviam duas escolas. (errado) conclusivo.
c) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
Obs.: O verbo haver no sentido de existir é invariável. mas, até agora eles não têm nenhum resultado con-
clusivo.
Certo ou errado? d) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas en-
10. ( ) Na sala, havia vinte pessoas. tretanto, até agora, eles não tem nenhum resultado
11. ( ) Na sala, haviam vinte pessoas. conclusivo.

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Sujeito com Núcleo Coletivo, Partitivo ou Percentual Sujeito Composto Escrito após o Verbo

Regra: Regra:
O núcleo conjuga o verbo, ou o adjunto adnominal Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo
conjuga o verbo. próximo conjuga o verbo.

(Ibram-DF) “Um caso de amor e ódio. A maioria dos estudio- “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz
sos evita os clichês como o diabo foge da cruz, mas as frases um livro, um governo, ou uma revolução”.
39. No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro”
feitas dão o tom do uso da língua.”
exerce a função de sujeito.
32. No segundo período do texto, a forma verbal “evita”, em-
pregada no singular, poderia ser substituída pela forma Atenção:
flexionada no plural, evitam, caso em que concordaria Com a palavra se, o verbo de ação não tem objeto direto.
com “estudiosos”, sem que houvesse prejuízo gramatical Quando temos a palavra se, o objeto direto vira sujeito pacien-
para o período. te. Então, chamamos a palavra se de partícula apassivadora.

(MPU) “A maioria dos países prefere a paz.” “Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da lin-
33. Está de acordo com a norma gramatical escrever “pre- guagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos,
ferem”, em lugar de “prefere”. e não algo que existe em si, independentemente da enun-
ciação, e que envelopamos em um código também pronto.
(PF) “Hoje, 13% da população não sabe ler.” Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca
34. A forma verbal “sabe”, no texto, está flexionada para é prévio, empregar ou não um estrangeirismo teria menos a
concordar com o núcleo do sujeito. ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na
língua do falante. O que importa é o efeito que palavras es-
trangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou,
(PCDF) “Uma equipe de policiais está junta por dez anos e
que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma
aprenderam a investigar.”
placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se
35. Está adequada à norma culta a redação do texto. associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio.”
40. Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último
(TCU) “Os meus pupilos não são os solários de Campanela períodos sintáticos do texto, o segundo período também
ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que admitiria uma construção sintática de sujeito indeter-
não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.” minado, podendo ser alterado para Poderia se mudar
36. A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa muitas perspectivas.
do plural para concordar com a ideia de coletividade
que a palavra “povo” expressa. Atenção:
Muito cuidado com as duas opções de análise! Em lo-
Cuidado com a exceção! cução verbal com a palavra SE na função de partícula apas-
Quando o núcleo coletivo, partitivo ou percentual está sivadora, podemos analisar como sujeito simples nominal,
após o verbo, somente o núcleo conjuga o verbo. (regra: o núcleo conjuga o verbo) ou como sujeito oracional,
(regra: o verbo fica no singular).
(Iema-ES) “Quando se constrói um transgênico, os objetivos
41. A flexão de plural em lugar de “Pode-se” respeita as
são previsíveis, bem como seus benefícios. Entretanto, os
regras de concordância com o sujeito oracional “dar a
riscos de efeitos indesejáveis ao meio ambiente e à saúde
entender”.
humana são imprevisíveis, a não ser que se gere também
uma série de estudos para avaliar suas reais consequências.” Regra:
37. Seria mantida a correção gramatical do período caso a Sujeito oracional pede verbo no singular.
forma verbal “gere” estivesse flexionada no plural, em Cantar e dançar relaxa. (certo) => O sujeito de “relaxa”
concordância com a palavra “estudos”. é oração: cantar e dançar.
Cantar e dançar relaxam (errado).
Sujeito com Núcleos Sinônimos ou Quase
Atenção:
Regra: Caso os verbos do sujeito oracional expressem sentidos
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo opostos, teremos plural.
próximo conjuga o verbo. Subir e descer cansam. (certo) => Note os opostos: subir
A paz e a tranquilidade descansam a alma. e descer.
A paz e a tranquilidade descansa a alma. Subir e descer cansa. (errado)

Verbo no Infinitivo
(Abin) “A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin)
Língua Portuguesa

e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)


Regra 1:
permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de Como verbo principal, não pode ser flexionado.
Inteligência.” Temos de estudarmos. (errado)
38. Como o sujeito do primeiro período sintático é formado Temos de estudar. (certo)
por duas nominalizações articuladas entre si pelo sentido
– “criação” e “consolidação” –, estaria também gramati- Observe:
calmente correta a concordância com o verbo permitir Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
no singular – permite. mizarem os processos burocráticos. (errado)

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Os países precisam investir em novas tecnologias e oti- Regra:
mizar os processos burocráticos. (certo) A flexão volta a ser opcional, mesmo que o sujeito
do infinitivo seja representado por pronome.
Note: Mandei-os abraçar-se. (certo)
Subentendemos “precisam” antes de “otimizar”. Então, Mandei-os abraçarem-se. (certo também)
“otimizar” é verbo principal. Forma locução verbal. Note que o sentido de “abraçar” é fazer ação um ao
outro (recíproca).
Dica:
O verbo principal é o último da locução verbal. O pri- (MI) “A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio,
meiro é auxiliar. Conforme o padrão da Língua Portuguesa, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes
só o verbo auxiliar se flexiona. para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar
vir da Europa alguns pássaros etc.”
Regra 2: 45. Em “mandar vir da Europa alguns pássaros”, a forma
Como verbo que complementa algum termo, o infinitivo verbal “vir” poderia concordar com a expressão nominal
pode se flexionar ou não. É facultativo. Claro que precisa se “alguns pássaros”, que é o sujeito desse verbo.
referir, pelo menos, a um sujeito semântico no plural.
Regra 4:
(TRT 9ª R) “E a crise norte-americana, que levou investidores Infinitivo após o verbo parecer.
a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos
de hedge.” Regra:
42. No trecho “que levou investidores a apostar no aumento Flexionamos o verbo parecer, mas não o verbo no infini-
dos preços de alimentos em fundos de hedge”, a substi- tivo; ou deixamos o verbo parecer no singular e flexionamos
tuição de “apostar” por apostarem manteria a correção o verbo no infinitivo.
gramatical do texto. Os meninos parecem brincar. (certo)
Os meninos parece brincarem. (certo também)
(Iema-ES) “O Ibama tem capacitado seus quadros para au-
xiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso Atenção:
sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacio- Somente quando flexionamos apenas o verbo auxiliar é
nais e reservas extrativistas.” que se pode considerar de fato uma locução verbal.
43. Se a forma verbal “elaborarem” estivesse no singular Os meninos parecem brincar.
elaborar, a correção gramatical seria preservada.
Portanto, não temos locução verbal em
(HFA) “Essa fartura de tal modo contrasta com o padrão de Os meninos parece brincarem.
vida médio, que obriga aquelas pessoas a se protegerem Trata-se de uma figura de linguagem de ordem sintáti-
do assédio, do assalto e da inveja, sob forte esquema de ca que consiste em antepor a uma oração parte da oração
segurança.” seguinte (prolepse).
44. Se o infinitivo em “se protegerem” fosse empregado, Traduzindo: a oração subordinada substantiva subjetiva
alternativamente, na forma não flexionada, o texto man- tem seu sujeito escrito antes do verbo da oração principal,
teria a correção gramatical e a coerência textual. mas o predicado da oração subordinada substantiva subjetiva
permanece após o verbo da principal.
Regra 3:
Muita atenção com os verbos causativos mandar, fazer, Os meninos parece brincarem. É o mesmo que, na ordem
deixar e semelhantes e os sensitivos ver, ouvir, notar, per- direta: Os meninos brincarem parece.
ceber, sentir, observar e semelhantes. Oração principal: parece.
Esses verbos não são auxiliares do infinitivo, ou seja, não Oração subordinada substantiva subjetiva: Os meninos
formam locução verbal como verbo principal do infinitivo. brincarem.
É simples: basta ver que o sujeito de um, geralmente,
não é o mesmo do outro. E verbos que formam locução Regra especial do verbo ser.
verbal devem possuir o mesmo sujeito sintático.
Sujeito “Ser” varia Predicativo
Vejamos as regras em três situações diferentes:
a) O sujeito do infinitivo é representado por substantivo.
Regra: Coisa Singular Singular ou Plural Coisa Plural
A flexão do infinitivo é opcional. Obs.: o plural é preferível.
Mandei os meninos entrar. (certo) Seu orgulho são os livros.
Mandei os meninos entrarem. (certo também) Seu orgulho é os livros.

b) O sujeito do infinitivo é representado por pronome. Cuidado!


Língua Portuguesa

Regra: Se o plural vier primeiro, somente verbo no plural.


A flexão do infinitivo é proibida. Os livros são seu orgulho.
Mandei-os entrar. (certo)
Coisa Com a Pessoa Pessoa
Mandei-os entrarem. (errado)
Obs.: a ordem não importa.
Observação: Seu orgulho eram os filhos.
Note o pronome “OS” no lugar de “os meninos”. Os filhos eram seu orgulho.
As alegrias da casa será Gabriela.
c) O sentido do infinitivo é de reciprocidade. Gabriela será as alegrias da casa.

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Sem Sujeito Com o Numeral Hora Substantivos + Adjetivo
Distância Adjetivo concorda com substantivo mais próximo ou com
Data todos. No plural, o masculino prevalece sobre o feminino.
Acordo e relação diplomática / diplomáticos
São nove horas.
Proposta e relação diplomática / diplomáticas
Eram vinte para a uma da tarde.
Relação e acordos diplomáticos
É uma e quarenta da manhã.
Até lá são duzentos quilômetros.
Adjetivo + Substantivo
Adjetivo concorda com substantivo mais próximo.
Obs.: nas datas, o núcleo do predicativo conjuga o verbo.
Novo acordo e relação, nova relação e acordo.
Hoje são 19.
Amanhã serão 20.
Substantivo + Adjetivos
É dia 20.
Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular.
(núcleo = dia)
Artigo e substantivo no sing. + adjetivos no sing. (2º com
Quantidade pura Singular Nada artigo)
Pouco As embaixadas brasileira e argentina.
Bastante... A embaixada brasileira e a argentina.
Dois litros é bastante. O mercado europeu e o americano.
Vinte milhões de reais é muito. Os mercados europeu e americano.
Três quilômetros será suficiente.
Quinze quilos é pouco. Ordinais + Substantivo
Ordinais com artigo => substantivo no singular ou no plural.
(PMDF) “Antes da Revolução Industrial, um operário só pos- Só o 1º ordinal com artigo => substantivo no plural.
suía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos O penúltimo e o último discurso / discursos
de sua casa.” O penúltimo e último discursos.
46. A flexão de plural na forma verbal “eram” deve-se à
concordância com “os pregos”; mas as regras gramaticais É bom, é necessário, é proibido
permitiriam usar também a flexão de singular, era. Não variam com sujeito em sentido vago ou geral (sem
artigo definido, pronome...)
GABARITO É necessário aprovação rápida do acordo.
É necessária a aprovação rápida do acordo.
1. a 20. C
2. E 21. E Um e outro, nem um nem outro
3. que, pronome relativo 22. C Substantivo seguinte no singular, adjetivo no plural.
com função de sujeito 23. E Um e outro memorando foi encaminhado.
sintático. 24. C O governo não aprovou nem uma nem outra medida
4. As premissas da ideolo- 25. E provisória.
gia econômica, referen- 26. C
te do pronome relativo. 27. C Particípio
5. Complemento nominal 28. E Só não varia nos tempos compostos (com ter ou haver)
do adjetivo “coerente”. 29. E – voz ativa.
6. E 30. E O Ministério havia obtido informações.
7. E 31. b Informações foram obtidas. Terminada a conferência,
8. E 32. C procedeu-se ao debate.
9. E 33. C
7. C 34. E De + Adjetivo
8. C 35. E Adjetivo não varia ou concorda com termo a que se refere.
9. E 36. E Essa decisão tem pouco de sábio / de sábia.
10. C 37. E
11. E 38. E Meio, bastante, barato e caro
12. C 39. C Variam quando adjetivos (modificam substantivo).
13. E 40. E Não variam quando advérbios (modificam verbo ou ad-
14. C 41. E jetivo).
15. E 42. C Bastantes índios invadiram o Ministério. Reivindicações
16. C 43. C de meias palavras, porém protestos meio confusos.
17. E 44. C Atendê-las custa caro, pois não são baratos os prejuízos.
18. C 45. C
19. E 46. C Possível
Língua Portuguesa

O mais, o menos, o maior... + possível.


Os mais, os menos, os maiores... + possíveis.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Quanto possível não varia.
Haverá reuniões o mais curtas possível.
Regra Geral Haverá reuniões as mais curtas possíveis.
As reuniões serão tão curtas quanto possível.
Adjetivo concorda com substantivo
Acordo diplomático, relação diplomática, acordos diplo- Só
máticos, relações diplomáticas. Varia = sozinho.

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Não varia = somente. Julgue os itens seguintes.
Não estamos sós na sala. “Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre
Só nós estamos na sala. sua mãe e seu marido”.
21. O vocábulo meio é um advérbio, por isso não concorda
Variam com cômica.
• Mesmo, próprio
Os membros mesmos / próprios ignoram a solução. “Existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades re-
• mesmo = realmente ou até: não varia presentados pelo superintendente da usina, o diretor-geral,
A solução será mesmo essa. o presidente da corporação, a junta executiva do conselho
Mesmo os membros criticaram. de diretoria e o próprio conselho de diretoria.”
• extra 22. Com relação à norma gramatical de concordância, o
As horas extras serão pagas. autor poderia ter usado, sem incorrer em erro, a forma
• quite funcionários e autoridades representadas.
Os servidores estão quites com suas obrigações.
• nenhum “Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos,
Não entregaremos propostas nenhumas. alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio
• obrigado desbotado.”
– Obrigada, disse a secretária. 23. No texto lido seria gramaticalmente correta a construção
• anexo, incluso apertada em uma roupa de chita, meia desbotada.
As planilhas estão anexas / inclusas.
Em anexo não varia (Iades) “Oitenta e cinco por cento dos casos estudados foram
As planilhas estão em anexo. muito bem-sucedidos”.
• todo 24. O verbo ser, conjugado como “foram”, pode ser empre-
As regras todas foram estabelecidas. gado também no singular.
Não variam (Iades) “O fundamental é não morrer de fome e ver supridas
• alerta certas necessidades básicas”.
Os vigias do prédio estão alerta. 25. O termo “supridas” poderia ser usado no masculino
• menos
singular, sem prejuízo gramatical.
Essas eram nações menos desenvolvidas.
• haja vista
(Iades) “Essa é uma questão delicada, daí a importância que
Haja vista as negociações, os americanos não cederão.
se tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a
• em via de
Os europeus estão em via de superar os americanos. política de assistência social nos espaços”,
• em mão 26. O verbo “trabalha” poderia ser usado no plural, sem
Entregue em mão os convites. prejuízo gramatical.
• a olhos vistos
A reforma agrária cresce a olhos vistos. (Funiversa/Terracap) “São emissoras transmitidas de qual-
• de maneira que, de modo que, de forma que quer país que passe pela nossa mente – e alguns outros de
Os ouvintes silenciaram, de maneira que estão do nosso cuja existência sequer desconfiávamos.”
lado. 27. A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria
• cor com nome proveniente de objeto mudança inaceitável de sentido, uma vez que remeteria
Papéis rosa, tecidos abóbora. Carros vinho. a emissoras, e não mais a país.

EXERCÍCIOS (Funiversa/Terracap) “Já existem vários portais ativos e em


crescimento que disponibilizam para o internauta canais de
Julgue os itens seguintes quanto à concordância nominal. televisão. O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada
1. É proibida entrada de pessoas não autorizadas. menos de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,
2. Fica vedada visita às segundas-feiras. crescendo à razão de duas por dia). São emissoras transmiti-
3. Os consumidores não somos nenhuns bobocas. das de qualquer país que passe pela nossa mente – e alguns
4. Traga cervejas o mais geladas possível. outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
5. Houve menas gente no comício hoje. 28. A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda
6. Vai inclusa à relação o recibo dos depósitos. com o sujeito implícito duas por dia.
7. Era deserta a vila, a casa, o campo.
8. É necessária muita fé. (Funiversa/Terracap) “Em meio à burocracia oficial, o rock
9. Em sua juventude, escreveu bastantes poemas. ocupou o espaço urbano, os parques, as superquadras de
10. Ele usava uma calça meia desbotada. Lucio Costa, cresceu e apareceu.”
11. A Marinha e o Exército brasileiro participaram do desfile. 29. Os verbos “cresceu” e “apareceu” deveriam vir flexio-
12. A Marinha e o Exército brasileiros participaram do desfile. nados no plural para concordar com seus referentes, os
13. Remeto-lhe incluso uma fotocópia do certificado. parques e as superquadras.
14. O garoto queria ficar a só.
Língua Portuguesa

15. Os Galhofeiros é um ótimo filme dos Irmãos Marx. GABARITO


16. Descontado o imposto, restou apenas R$10.000,00.
17. Muito obrigada – disse-me ela – eu mesma resolverei o 1. E 7. C 13. E 19. E 25. E
problema: vou comprar trezentos gramas de presunto. 2. C 8. E 14. E 20. E 26. E
18. Necessitam-se de leis mais rigorosas para controlar os 3. C 9. C 15. C 21. C 27. E
abusos dos motoristas inescrupulosos. 4. C 10. E 16. E 22. C 28. E
19. Já faziam duas semanas que a reunião estava marcada,
5. E 11. C 17. C 23. E 29. E
mas os diretores não compareciam para concretizá-la.
6. E 12. C 18. E 24. E
20. Senhor diretor, já estamos quite com a tesouraria.

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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL 15. O plano visa ao combate da inflação.
16. O plano visa combater a inflação.
Observe: 17. O plano visa a combater a inflação.
18. O policial visou o sequestrador e atirou.
19. O policial visou ao sequestrador e atirou.
Todos leram o relatório. 20. O combate que o plano visa exige rigor.
Todos se referiram ao rela- Verbo + objeto 21. O combate a que o plano visa exige rigor.
Regência
tório. 22. O combate ao qual o plano visa exige rigor.
verbal
Todos chegaram ao colégio. Verbo + adjunto 23. O combate a quem o plano visa exige rigor.
adverbial 24. O sequestrador que o policial visou fugiu.
Todos fizeram referência ao 25. O sequestrador a que o policial visou fugiu.
26. O sequestrador a quem o policial visou fugiu.
relatório. Nome +
Regência Obs.: o pronome relativo “quem” sempre é preposicio-
O voto foi favorável ao re- complemento nado, quando seu papel é complemento.
nominal
latório. nominal 27. O sequestrador ao qual o policial visou fugiu.

Problemas estudados pela regência: Verbo Prep. Complemento Sentido


1) Diferença entre o uso formal e o uso informal: Chegamos implicar algo = acarretar
em São Paulo. (informal) x Chegamos a São Paulo. (formal) implicar com alguém = embirrar
2) Diferença de sentido com diferentes regências: Assis-
timos ao filme. (sentido de “ver”) x Assistimos os doentes. Julgue os itens.
(sentido de “ajudar”) 28. A crise implicou em desemprego.
29. A crise implicou desemprego.
Atenção! 30. Ele implica com a sogra.
Os verbos que serão estudados aqui exigem cuidado, 31. Foi grande o desemprego em que a crise implicou.
porque podem receber diferentes tipos de complemen- 32. Foi grande o desemprego que a crise implicou.
to e mudar de sentido. CUIDADO também para notar 33. O estudo implica vitória.
que pode existe uma forma culta (correta) e uma forma 34. O estudo implica na vitória.
coloquial (incorreta). E as provas podem pedir que o can-
didato saiba a diferença. Verbo Prep. Complemento
Verbos Importantes: obedecer a algo/alguém
assistir, avisar, informar, comunicar, visar, aspirar, custar, cha-
mar, implicar, lembrar, esquecer, obedecer, constar, atender, Julgue os itens.
proceder. 35. Os motoristas obedecem o código de trânsito.
36. Os motoristas obedecem ao código de trânsito.
Para as provas de diversas bancas, é importante estudar 37. Eles estudaram o código e o obedecem.
e saber a maneira correta de completar esses verbos. 38. Eles estudaram o código e lhe obedecem.
39. Eles estudaram o código e obedecem a ele.
40. O código que eles obedecem é rigoroso.
Verbo Prep. Complemento Sentido 41. O código a que eles obedecem é rigoroso.
Assistir a algo = ver 42. Os funcionários obedecem o chefe.
Assistir (a) alguém = ajudar 43. Os funcionários obedecem ao chefe.
44. Eles ouvem o chefe e o obedecem.
Obs.: Entre parênteses (a) quando for elemento facultativo. 45. Eles ouvem o chefe e lhe obedecem.
46. Eles ouvem o chefe e obedecem a ele.
Julgue os itens a seguir. 47. O chefe que eles obedecem é rigoroso.
1. Ontem, assistimos ao jogo do Vasco. 48. O chefe a que eles obedecem é rigoroso.
2. Ontem, assistimos o jogo do Vasco. 49. O chefe a quem eles obedecem é rigoroso.
3. O bombeiro assistiu o acidentado.
4. O bombeiro assistiu ao acidentado.
avisar algo a alguém
5. Foi bom o jogo que assistimos.
6. Foi bom o jogo a que assistimos. informar alguém de / algo
7. Foi bom o jogo ao qual assistimos. comunicar sobre
8. Foi bom o jogo o qual assistimos.
9. O acidentado que o bombeiro assistiu melhorou. Julgue os itens.
10. O acidentado a que o bombeiro assistiu melhorou. 50. Avise o prazo aos estudantes.
11. O acidentado a quem o bombeiro assistiu melhorou. 51. Avise os estudantes sobre o prazo.
12. O acidentado ao qual o bombeiro assistiu melhorou. 52. Avise do prazo os estudantes.
13. O acidentado o qual o bombeiro assistiu melhorou. 53. Avise aos estudantes o prazo.
Língua Portuguesa

54. Avise aos estudantes sobre o prazo.


55. Avise-lhes o prazo.
Verbo Prep. Complemento Sentido 56. Avise-lhes do prazo.
visar a algo = almejar 57. Avise-os do prazo.
visar (a) verbo = almejar 58. Avise-os o prazo.
visar algo/alguém = mirar 59. Avise-o a eles.
60. O prazo que lhes avisei expirou.
Julgue os itens a seguir. 61. O prazo de que lhes avisei expirou.
14. O plano visa o combate da inflação. 62. O prazo de que os avisei expirou.

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63. O prazo que os avisei expirou. 91. Atendi o telefonema.
64. Avisamos-lhe que é feriado. 92. Atendi ao telefonema.
65. Avisamos-lhe de que é feriado. 93. Vi o cliente e o atendi.
66. Avisamo-lo que é feriado. 94. Vi o cliente e lhe atendi.
67. Avisamo-lo de que é feriado.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Verbo Prep. Complemento Sentido proceder a algo = realizar, fazer
aspirar a algo = almejar proceder = ter fundamento
aspirar algo = respirar, sorver proceder de lugar = ser originário de
Julgue os itens. proceder = agir, comportar-se
68. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava o ar puro
do campo. Julgue os itens seguintes.
69. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava ao ar puro 95. O delegado procedeu ao inquérito.
do campo. 96. O delegado procedeu o inquérito.
70. Estava na fazenda. Ali, aspirava o ar puro do campo. 97. Os argumentos do advogado procedem.
71. Estava na fazenda. Ali, aspirava ao ar puro do campo. 98. O delegado procede de Brasília.
  99. O delegado procedeu com firmeza.
Verbo Prep. Complemento Sentido  
chamar alguém = convidar, invocar Verbo Prep. Complemento Sentido
chamar (a) alguém = qualificar, atribuir constar de partes = ser formado de
característica partes
constar em um todo = estar dentro de um
Julgue os itens. todo
72. Chamaram o delegado para o evento. constar = estar presente
73. Chamaram ao delegado para o evento.
74. Chamaram o delegado de corajoso. Julgue os itens.
75. Chamaram ao delegado de corajoso. 100. O nome do candidato constava na lista de aprovados.
76. Chamaram corajoso o delegado. 101. O nome do candidato constava da lista de aprovados.
77. Chamaram corajoso ao delegado.
102. O relatório consta de dez páginas.
78. Chamaram-lhe corajoso.
103. O relatório consta com dez páginas.
79. Chamaram-lhe de corajoso.
80. Chamaram-no de corajoso. 104. Tais informações constam.
81. Chamaram-no corajoso. 105. Consta uma multa.
   
Verbo Prep. Complemento Verbo Prep. Complemento Sentido
esqueci algo ou alguém custar adverbial = valor
esqueci-me de algo ou alguém Julgue os itens.
esqueci-me (de) algo ou alguém 106. O carro custa R$20.000,00.
Atenção! O sentido não pode ser “demorar”:
Lembre-se: entre parênteses (de), preposição facultativa. 107. O desfile custou a terminar.
Cuidado! O sujeito não pode ser pessoa.
Julgue os itens. 108. O pai custou a acreditar no filho.
82. Esqueci dos eventos. Importante! O sentido adequado é algo (sujeito) custar
83. Esqueci os eventos. (ser difícil) para alguém (complemento). Veja:
84. Esqueci-me dos eventos. O relatório custou ao especialista.
85. Esqueci-me que era feriado. Custou-me acreditar. (Sentido: acreditar foi difícil para
86. Esqueci-me de que era feriado. mim). Aqui o sujeito é oracional: acreditar.
87. Esqueci de que era feriado.
Custou ao pai acreditar no filho. (Certo). Aqui o sujeito
88. Esqueci que era feriado.
é a oração: acreditar no filho. O complemento é: ao pai.
Atenção! Existe um uso literário raro:
Esqueceu-me o seu aniversário. Sentido: o seu aniversário Julgue os itens.
saiu de minha memória. (PMDF/Médico) A leitura crítica pressupõe a capacidade do
Sujeito: o seu aniversário (não é complemento). Aqui o com- indivíduo de construir o conhecimento, sua visão de mundo,
plemento é representado pelo pronome “me”. sua ótica de classe.
Obs.: A mesma regra do verbo “esquecer” vale também para 109. O trecho “de construir o conhecimento” estabelece
os verbos “lembrar” e “recordar”. relação de regência com o termo “capacidade”, espe-
Língua Portuguesa

  cificando-lhe o significado.
Verbo Prep. Complemento (TRT 9ª R/Técnico) Ao realizar leilões de créditos de carbono
atender (a) algo no mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a outras
atender (a) alguém cidades brasileiras de como transformar os aterros, de fontes
de poluição e de encargos onerosos para as finanças muni-
Julgue os itens a seguir. cipais, em fontes de receitas, inofensivas ao meio ambiente.
89. Atendi o cliente. 110. Em “de como transformar”, o emprego da preposição
90. Atendi ao cliente. “de” é exigido pela regência de “transformar”.

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(TRT 9ª R/Analista) Há séculos os estudiosos tentam entender a) A causa por que lutou ao longo de uma década po-
os motivos que levam algumas sociedades a evoluir mais deria tornar-se prioridade de programas sociais de
rápido que outras. Só recentemente ficou patente que, além seu estado.
da liberdade, outros fatores intangíveis são essenciais ao b) Seria implementado o plano no qual muitos funcio-
desenvolvimento das nações. nários falaram a respeito durante a assembleia anual.
O principal deles é a capacidade de as sociedades criarem c) A equipe que a instituição mantinha parceria a lon-
regras de conduta que, caso desrespeitadas, sejam impla- go tempo manifestou total discordância da linha de
cavelmente seguidas de sanções. pesquisa escolhida.
111. O emprego da preposição de separada do artigo que d) Todos concordavam que as empresas que a licença
determina “sociedades”, em “a capacidade de as socie- de funcionamento não estivesse atualizada deveriam
dades”, indica que o termo “as sociedades” é o sujeito ser afastadas do projeto.
da oração subordinada. e) Alheio aos assuntos sociais, o diretor não se afinava
com a nova política que devia adequar-se para de-
(Crea-DF) Caso uma indústria lance uma grande concentra- senvolver os projetos.
ção de poluentes na parte alta do rio, por exemplo, a coleta
de uma amostra na parte baixa não será capaz de detectar (Detran-DF) Das 750 filiadas ao Instituto Ethos, 94% dos car-
o impacto, mesmo que esta seja feita apenas um minuto gos das diretorias são ocupados por homens brancos.
antes de a onda tóxica atingir o local. Esse tipo de controle, 118. A substituição de “Das” por Nas não acarretaria pro-
portanto, pode ser comparado à fotografia de um rio. blema de regência no período, que se manteria gama-
112. No trecho “antes de a onda tóxica atingir o local”, a ticalmente correto.
substituição da parte grifada por da resulta em um su-
jeito preposicionado. De janeiro a maio, as vendas ao mercado chinês atingiram
US$ 1,774 bilhão.
(HUB) É possível comparar a saúde mental de pessoas que 119. Pelos sentidos textuais, a substituição da preposição a,
vivem em uma região de conflitos à das pessoas que vivem imediatamente antes de “mercado”, por em não alte-
em favelas ou na periferia das grandes cidades brasileiras? raria os sentidos do texto.
113. Considerando, para a regência do verbo comparar, o se-
guinte esquema: comparar X a Y, é correto afirmar que, (MRE/Assistente) O Brasil só conseguiu passar da condição de
no texto, X corresponde a “a saúde mental de pessoas país temerário para a aplicação de recursos, em uma época
que vivem em uma região de conflitos” e Y corresponde de prosperidade mundial, para a de mercado preferencial dos
a “[a saúde mental] das pessoas que vivem em favelas investidores, justamente no auge de um período de turbu-
ou na periferia das grandes cidades brasileiras”. lência financeira nos mercados internacionais, porque está
colhendo agora os resultados de uma política econômica
ortodoxa. (Zero Hora (RS), 26/2/2008 – com adaptações).
114. (MPE-RS/Agente Administrativo) “... para aprovar, até o
120. Imediatamente após “para a”, subentende-se o termo
final de 2009, um texto ...” O verbo que exige o mesmo
elíptico condição.
tipo de complemento que o destacado está na frase:
a) De fato, o resultado é modesto.
A ética aponta o caminho por meio da consideração daquilo
b) como fugir aos temas ...
que se convencionou chamar de direitos e deveres.
c) já respondem por 20% do total das emissões globais. 121. O pronome “daquilo” pode ser substituído, sem prejuízo
d) que já estão na atmosfera ... para a correção gramatical do período, por do ou por
e) só prejudica formas insustentáveis de desenvolvimento. de tudo.
115. (Metrô-SP/Advogado) “... que preferiu a vida breve glorio- Estudo do Banco Mundial (BIRD) sobre políticas fundiá-
sa a uma vida longa obscurecida”. O verbo que apresenta rias em todo o mundo defende que a garantia do direito à
o mesmo tipo de regência que o destacado está na frase: posse de terra a pessoas pobres promove o crescimento
a) para finalizar com uma celebridade do contagiante econômico.
futebol. 122. As regras de regência da norma culta exigem o emprego
b) “as fronteiras entre a ficção e realidade são cada vez da preposição “a” imediatamente antes de “pessoas
mais vagas”. pobres” para que se complemente sintaticamente o
c) e retirou a menininha do berço incendiado. termo garantia.
d) Lembrei o exemplo de mártires...
e) Não foram estes homens combatentes de grandes A cocaína é um negócio bilionário que conta com a proteção
feitos militares ... das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo
contingente é estimado em 20.000 homens.
116. (Seplan-MA) Está correto o emprego da expressão des- 123. No texto, “cujo”, pronome de uso culto da língua, corres-
tacada na frase: ponde à forma mais coloquial, mas igualmente correta,
a) É vedada a exposição às cenas de violência a que do qual.
estão sujeitas as crianças.
b) Os fatos violentos de que se deparam as crianças (TRF) Um dos motivos principais pelos quais a temática das
multiplicam-se dia a dia. identidades é tão frequentemente focalizada tanto na mídia
Língua Portuguesa

c) O autor refere-se a um tempo em cujo os índices de assim como na universidade são as mudanças culturais.
violência eram bem menores. 124. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual
d) As tensões urbanas à que se refere o autor já estão ao usar o pronome relativo que em lugar de “quais”,
banalizadas. desde que precedido da preposição por.
e) As mudanças sociais de cujas o autor está tratando
pioraram a qualidade de vida. (TRF) A busca de sentido para o cosmos se engata com a
procura de sentido para a existência da família humana.
117. (AFRF) Marque o item em que a regência empregada 125. Substituir “com a” por na não prejudicaria os sentidos
atende ao que prescreve a norma culta da língua escrita. originais ou a correção gramatical do texto.

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(TJBA) Por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos mesmo tempo, dois verbos que têm a mesma regên-
judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz. Aos cia: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, está
olhos dos seus julgadores refulgiu sucessivamente a inocên- também correta a seguinte construção: Preferimos
cia divina, e nenhum ousou estender-lhe a proteção da toga. a) ignorar e desconfiar das coisas...
126. “Lhe” equivale à expressão a Ele e se refere a “Cristo”. b) subestimar e descuidar das coisas...
c) não suspeitar e negligenciar as coisas...
(TJBA) Julgue o trecho abaixo quanto à correção gramatical. d) nos desviar e evitar as coisas...
127. Exatamente no processo do justo por excelência, daquele e) nos contrapor e resistir às coisas...
em cuja memória todas as gerações até hoje adoram por
excelência o justo, não houve no código de Israel norma 133. (Ipea) Ambos os elementos destacados estão empre-
que escapasse à prevaricação dos seus magistrados. gados de modo correto na frase:
a) Nas sociedades mais antigas, em cujas venerava-
(DFTrans/Analista) Seja qual for a função ou a combinatória -se a sabedoria dos ancestrais, não se manifestava
de funções dominantes em um determinado momento de qualquer repulsa com os valores tradicionais.
comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função b) Os pais experientes, a cujas recomendações o ado-
pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de recur- lescente não costuma estar atento, não devem es-
so para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/ morecer diante das reações rebeldes.
locutor o vê e o concebe, ou para fazer o destinatário tomar c) A autoridade da experiência, na qual os pais julgam
atitudes, assumir crenças e eventualmente desejos do locutor. estar imbuídos, costuma mobilizar os filhos em bus-
128. No período sintático “postula-se que (...) desejos do lo­ car seu próprio caminho.
cutor”, as três ocorrências da preposição “de” estabelecem d) Quando penso em fazer algo de que ninguém tenha
a dependência dos termos que regem para com o termo
ainda experimentado, arrisco-me a colher as desven-
“função pragmática”, como mostra o esquema seguinte.
turas com que me alertaram meus pais.
e) A autoridade dos pais, pela qual os adolescentes cos-
de ferramenta tumam se esquivar, não deve ser imposta aos jovens,
de atuação sobre o outro cuja a reação tende a ser mais e mais libertária.
função pragmática:
de recurso para fazer o outro con-
ceber o mundo 134. (Codesp) A matança ............estão sujeitas as baleias é
preocupação da Comissão Baleeira Internacional, ........
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing- atuação se iniciou em 1946 e ........ participam mais de
ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados 50 países.
e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola As formas que preenchem corretamente as lacunas na
aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, frase acima são, respectivamente:
como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível. a) a que – cuja – de que
129. O emprego de preposição em “aos locais” justifica-se b) que – cujo – de que
pela regência de “vacina”. c) à que – cuja – com que
d) à que – cuja a – com que
130. (TRT 21ª R) Está correto o emprego do elemento des- e) a que – cuja a – de que
tacada na frase:
a) Quase todas as novidades à que os moradores tive- GABARITO
ram acesso são produtos da moderna tecnologia.
b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores 1. C 28. E 55. C 82. E 109. C
de Aracampinas têm acesso à luz elétrica. 2. E 29. C 56. E 83. C 110. E
c) A hipertensão na qual foram acometidos muitos mo- 3. C 30. C 57. C 84. C 111. C
radores tem suas causas na mudança de estilo de vida.
4. C 31. E 58. E 85. C 112. C
d) O extrativismo, em cujo os caboclos tanto se empe-
5. E 32. C 59. C 86. C 113. C
nhavam, foi substituído por outras atividades.
6. C 33. C 60. C 87. E 114. e
e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimen-
7. C 34. E 61. E 88. C 115. c
tos dos quais o antropólogo exemplifica a mudança
8. E 35. E 62. C 89. C 116. a
dos hábitos alimentares dos caboclos.
9. C 36. C 63. E 90. C 117. a
10. C 37. E 64. C 91. C 118. C
131. (Sesep-SE) Isso proporciona à fábula a característica de
ser sempre nova. A mesma regência do verbo detacado 11. C 38. E 65. E 92. C 119. E
na frase acima repete-se em: 12. C 39. C 66. E 93. C 120. C
a) Histórias criadas por povos primitivos desenvolviam 13. C 40. E 67. C 94. C 121. C
explicações fantasiosas a respeito de seu mundo. 14. E 41. C 68. E 95. C 122. C
b) As narrativas de povos primitivos constituem um rico 15. C 42. E 69. C 96. E 123. E
acervo de fábulas, tanto em prosa quanto em versos. 16. C 43. C 70. C 97. C 124. C
c) Pequenas narrativas sempre foram instrumento, 17. C 44. E 71. E 98. C 125. C
nas sociedades primitivas, de transmissão de va- 18. C 45. C 72. C 99. C 126. C
Língua Portuguesa

lores morais. 19. E 46. C 73. E 100. C 127. C


d) Nas fábulas, seus autores transferem atitudes e 20. E 47. E 74. C 101. E 128. E
características humanas para animais e seres ina- 21. C 48. C 75. C 102. C 129. E
22. C 49. C 76. C 103. E 130. b
nimados.
23. E 50. C 77. C 104. C 131. d
e) Fábulas tornaram-se recursos valiosos de transmissão
24. C 51. C 78. C 105. C 132. e
de valores, desde sua origem, em todas as sociedades.
25. E 52. C 79. C 106. C 133. b
26. C 53. C 80. C 107. E 134. a
132. (Ipea) Preferimos confiar e acreditar nas coisas ..., a
27. E 54. E 81. C 108. E
expressão destacada complementa corretamente, ao

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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE d) Submeterei _________ alunos a uma prova.
e) Nunca me prestaria a isso nem ____________.
CRASE f) Ficaram todos obrigados ____________ horário.
g) Já não amava __________ moça.
Crase é a contração de a + a = à.
h) Ofereceu uma rosa _______ moça.
O acento (`) é chamado de acento grave, ou simplesmen-
i) Reprovo _______ atitude.
te de acento indicador de crase.
j) Não teremos direito ______ abono.
Gostei de + o filme. = Gostei do filme.
k) Não se negue alimento _______ que têm fome.
Acredito em + o filho. = Acredito no filho.
l) ___________ hora tudo estava tranquilo.
Refiro-me a + o filme. = Refiro-me ao filme.
m) Deves ser grato _______ que te fazem benefícios.
Refiro-me a + a revista. = Refiro-me à revista.
n) Traga-me _____ cadeira, por favor.
o) Diga _______ candidatos que logo os atenderei.
Exercitando e fixando a diferença entre a letra “a” como ar-
p) É isso que acontece ______ que não têm cautela.
tigo somente e a letra “a” como preposição somente.
q) Ofereça uma cadeira ______ senhora.
1. Ponha nos parênteses P se o a for preposição, A se for
r) Abra ___________ janelas: o calor está sufocante.
artigo:
s) Compareceste ________ festa?
a) A nave americana Voyager chegou a ( ) Saturno.
b) O Papa visitou a ( ) nação brasileira.
Exercitando e fixando a regra prática de crase com a(s) =
c) Admirava a ( ) paisagem.
aquela(s).
d) Cabe a ( ) todos contribuir para o bem comum.
Faça o exercício a seguir observando as comparações entre
e) Ele só assiste a ( ) filmes de cowboy.
parênteses. Onde tiver a + o no masculino, você usará crase
f) Procure resistir a ( ) essa tentação. (a + a) no feminino.
g) Ajude a ( ) Campanha. 4. Preencha as lacunas com a, as, quando se tratar do artigo
h) O acordo satisfez a ( ) direção do Sindicato. ou do pronome demonstrativo; e com à, às, quando hou-
i) Falou a ( ) todos com simpatia contagiante. ver crase da preposição a com artigo ou o demonstrativo
j) O acordo convém a ( ) funcionários e a ( ) funcionárias. a, as:
a) Estavam acostumados tanto ____ épocas de guerra
Exercitando e fixando a regra prática de crase com artigo. quanto ____ de paz. (Compare: Estavam acostumados
2. Complete as lacunas com a, as, à ou às junto dos subs- tanto aos tempos de guerra quanto aos de paz.)
tantivos femininos, observando as correspondências b) Confiava ____ tarefas difíceis mais _____ velhas
necessárias: o = a; os = as; ao = à; aos = às. amizades do que _____ novas. (Compare: Confiava
Observe o paralelismo. os trabalhos difíceis mais aos velhos amigos do que
a) Dava comida aos gatos e ____ gatas. aos novos.)
b) Estimava o pai e ____ mãe. c) ______ espadas antigas eram mais pesas que ___ de
c) Perdoa aos devedores e ___ devedoras. hoje. (Compare: Os rifles antigos eram mais pesados
d) Prefiro o dia para estudar; ela prefere ____ noite. que os de hoje.)
e) Terás direito ao abono e ____ gratificação. d) _____ forças de Carlos Magno eram tão valentes como
f) Confessou suas dúvidas ao amigo e ___ amiga. ____ do Rei Artur. (Compare: Os soldados de Carlos
g) Nunca faltava aos bailes e _____ festas de São João. Magno eram tão valentes como os do Rei Artur.)
h) Sempre auxilio os vizinhos e __ vizinhas. e) _____ forças de Bernardo deram combate ____ que
i) Tinha atitudes agradáveis aos homens e ___ mulheres. defendiam Carlos Magno. (Compare: Os homens de
Bernardo deram combate aos que defendiam Carlos
Pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo Magno.)
f) Esta moça se assemelha ____ que você me apresentou
Método prático ontem. (Compare: Este rapaz se assemelha ao que
Entregue o livro a este menino. você me apresentou ontem.)
Note: a + este  a + aquele (veja que temos a + a). g) ______ Medicina dá combate ____ doenças dos ho-
mens e ____ dos animais. (Compare: Os médicos dão
Então: combate aos males dos homens e aos dos animais.)
Entregue o livro àquele menino. h) Esta tinta não se compara ___ que usaram antes.
(Compare: Este papel não se compara ao que usaram
Leia este livro. antes.)
Note: só temos este, sem preposição a. Então ficará sem i) Prestava atenção ___ palavras dos velhos, mas não
crase com “aquele”: ____ dos jovens. (Compare: Prestava atenção aos
Leia aquele livro. ensinamentos dos velhos, mas não aos dos jovens.)

Exercitando e fixando a regra prática de crase com pronome Importante:


aquele(s), aquela(s), aquilo. Precisamos enxergar situações em que o artigo defini-
Língua Portuguesa

3. Preencha as lacunas com aquele, aqueles, aquela, aque- do pode ser suprimido corretamente. Nesse caso, apenas
las, aquilo, se não houver preposição a; ou então com o sentido mudará.
àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo, se ocorrer a Todo o país comemorou.
preposição a exigida pelo termo anterior regente. Sentido: país definido.
a) A verba aprovada destinava-se apenas ________ des- Todo país comemorou.
pesas inadiáveis. Sentido: país qualquer.
b) Prefiro este produto __________.
c) As providências cabem ________ que estejam inte- Todo Brasil comemorou. (errado)
ressados. Todo o Brasil comemorou. (certo)

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Conclusão: lecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo
O artigo definido é necessário para acompanhar nomes o país que estão contribuindo para o cumprimento dos
já definidos, únicos, específicos. Mas é facultativo, do ponto Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como
de vista de correção gramatical, quando o nome não está __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redu-
definido, não é específico. Apenas o sentido se altera. ção da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um
compromisso assumido, perante __4__ Organização das
5. (TJDFT) Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 me-
julgue os fragmentos apresentados nos itens a seguir. tas sociais até o ano de 2015.
a) Direito a trabalho e a remuneração que assegure con- 1 2 3 4 5
dições de uma existência digna. a) a à à a às
b) Direito à unir-se em sindicatos. b) as a a à as
c) Direito a descanso e à lazer. c) às à a à às
d) Direito à uma segurança social. d) a a a a as
e) Direito à proteção à família. e) as a a à às
f) Assistência para a mãe e às crianças.
g) Direito à boa saúde e à educação de qualidade. Casos Especiais de Crase
(TST) “São parâmetros hoje exigidos pelo mercado no que Sinal de Crase em Locuções Femininas
se refere à empregabilidade.”
6. Ocorre acento grave em “à” antes de “empregabilida- 1. Locuções adverbiais
de” para indicar que, nesse lugar, houve a fusão de uma Risquei o lápis.
preposição, exigida pelo vocábulo antecedente, com um Risquei a caneta.
artigo definido, usado antes dessa palavra feminina. Risquei a lápis.
Risquei à caneta.
(TJDFT) “A fé crescente na revolução científica gerava otimis-
mo quanto às futuras condições da humanidade.” Regra:
7. O acento indicativo de crase é opcional no texto; por- O sinal de crase distingue entre a locução adverbial fe-
tanto, pode ser retirado sem prejuízo para a correção minina e o objeto direto.
gramatical da frase. Vendo a prazo.
Vendo à vista.
(HUB) “Há contradições entre o mundo universitário tradi- Vendo a vista.
cional e as aspirações dos estudantes e de seus familiares Dobrei a direita.
quanto a possibilidades finais de inserção profissional no Dobrei à direita.
mundo real.”
8. O emprego do sinal indicativo de crase (à) em “quanto Nota:
a possibilidades” dispensaria outras transformações no Será facultativo o sinal de crase somente com a locução
texto e manteria a correção gramatical do período. adverbial feminina de instrumento, apenas no caso de não
haver duplo sentido sem o sinal de crase.
(PRF) “Muitos creem que a Internet é um meio seguro de Risquei o muro a caneta. (certo)
acesso às informações.” Risquei o muro à caneta. (certo)
9. A omissão do artigo definido na expressão “acesso às Perceba que se trata de locução adverbial de instrumen-
informações”, semanticamente, reforçaria a noção ex- to, mesmo sem ter visto o sinal de crase.
pressa pelo substantivo em plena extensão de seu sig-
nificado e, gramaticalmente, eliminaria a necessidade 2. Locuções prepositivas
do emprego do sinal indicativo de crase, resultando na A espera de vagas terminou.
seguinte forma: acesso a informações. Consegui matricular-me.
À espera de vagas, ficamos todos.
Julgue os itens 10, 11 e 12 quanto ao uso da crase. Ainda não nos matriculamos.
10. (TRF) “O TCU quer avaliar o controle exercido pela Supe-
rintendência da Receita Federal sobre à rede arrecada- Regra:
dora de receitas federais. O sinal de crase é necessário para indicar a locução pre-
positiva feminina. O sinal distingue entre a locução e outras
11. (AFRF) Para os membros da Comissão de Assuntos Eco- estruturas.
nômicos do Senado (CAE), a qual os acordos internacio-
nais são submetidos, cabe ao Brasil novas solicitações de Quais outras estruturas?
empréstimos ao FMI. Sujeito, objeto, complemento não constituem locução
prepositiva.
12. (AFRF) As Metas de Desenvolvimento do Milênio preve-
em a redução da pobreza a metade até 2015. Dica:
Língua Portuguesa

De modo geral, a locução prepositiva introduz locução


13. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas adverbial.
do texto. Os trabalhadores já concluíram a cata de cocos.
Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desen- Os trabalhadores saíram cedo à cata de cocos.
volvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa Observação:
do governo federal em conjunto com o Movimento Na- Locução prepositiva possui a seguinte estrutura:
cional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Preposição + substantivo + preposição
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai se- à custa de

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à maneira de Vi até a praia. (certo)
à beira de Vi até à praia. (errado)
à procura de
Sinal de Crase diante de Pronomes de Tratamento
Locução adverbial possui a seguinte estrutura:
Preposição + substantivo Vossa Senhoria deve comparecer. (certo)
à vista A Vossa Senhoria deve comparecer. (errado)
a prazo
a lápis Regra:
à caneta De modo geral, não se pode empregar artigo antes de
pronomes de tratamento.
3. Locução adjetiva Refiro-me a Vossa Senhoria. (certo)
Estrutura: preposição + substantivo Refiro-me à Vossa Senhoria. (errado)
Relação: qualifica, especifica um substantivo.
Houve pagamento à vista. Observe também:
Houve pagamento a prazo. O senhor deve comparecer. (certo)
O risco à caneta não sai. Senhor deve comparecer. (errado)
O risco a lápis sai.
Regra:
4. Locução conjuntiva Exigem artigo os pronomes de tratamento: Senhor, Se-
À proporção que / À medida que nhora, Madame, Senhorita.
Ele enriqueceu à medida que investiu na bolsa. Refiro-me ao Senhor.
Foi grande a medida que ele investiu na bolsa. (Notemos Refiro-me à Senhora.
aqui o sujeito: a medida foi grande)
À proporção que estudava, surgiam dúvidas. Mas, cuidado!
Os matemáticos estudam a proporção que existe entre Visitarei o Senhor.
os números. (Note aqui o objeto direto de “estudam”: estu- Visitarei a Senhora.
dam o quê? Resposta: estudam a proporção..., como alguém
estuda o limite e a derivada). Atenção:
O artigo é opcional com o tratamento dona.
Sinal de Crase na Indicação de Horário Dona Maria chegou.
A Dona Maria chegou.
Regra:
Ocorre crase somente se indicarmos a hora como horário Então:
quando algo ocorre, ocorreu ou ocorrerá. Refiro-me a Dona Maria.
Não ocorre crase quando indicamos quanto tempo pas- Refiro-me à Dona Maria.
sou ou passará.
Nós vamos chegar lá às duas horas. Vamos analisar uma questão interessantíssima!
Compare com: Nós chegaremos lá ao meio-dia. (MI/Agente Adm.) A expressão nominal “D. Fortunata” é em-
Nós vamos estar lá daqui a duas horas. (quantidade de pregada, no texto, sem artigo. Por essa razão, caso a palavra
tempo que vai passar) sublinhada em “deu joias à mulher” fosse substituída por “D.
Nós estamos aqui há duas horas. (quantidade de tempo Fortunata”, o acento grave sobre o a que sucede “joias” não
que já passou, tempo decorrido) deveria ser empregado.
Resposta: Certo
Sinal de Crase após a Palavra “Até”
(MJ/Analista) “Às vezes faz bem chorar / E nas velhas cordas
Vou ao clube. procurar / Notas e acordes esquecidos / Os dedos calejados
Vou até o clube. deslizar / Recordar, saudoso, um samba antigo”.
Vou até ao clube. 14. A letra de Ivor Lancelllotti emprega adequadamente o
acento de crase. Também está correto esse uso do acento
Nota: em
Após “até”, será facultativa a preposição pedida pelo a) Deixei o carro no lava à jato e fui à confeitaria escolher
termo anterior. uns doces.
b) Quando saímos à cavalo estamos apenas à procura
Então: de paz e sossego.
Vou à praia. c) Retiraram-se às pressas para não responderem às
Vou até a praia. perguntas da mídia.
Vou até à praia. d) Daqui à uma hora e meia irei até à piscina para exa-
minar a água e o cloro.
Língua Portuguesa

Conclusão: e) Encaminhamos ontem à V. Sa. os convites para a re-


Crase facultativa após “até”, desde que seja pedida pre- cepção à família.
posição pelo termo anterior.
(MJ/Economista) Presente à entrevista de apresentação da
Mas, cuidado! pesquisa, o secretário de Educação Continuada, Alfabetiza-
Vi o clube. (certo) ção e Diversidade do MEC, André Luiz Lázaro, admitiu que
Vi até o clube. (certo) há um desafio de qualidade a ser superado no EJA.
Vi até ao clube. (errado) 15. A supressão do acento grave em “presente à entrevista”
Vi a praia. (certo) manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

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Sinal de Crase diante de Pronome Possessivo Feminino: a) O pesquisador deu maior atenção à cidade menos
minha, sua, tua, nossa, vossa privilegiada.
Meu livro chegou. (certo) b) Este resultado estatístico poderia pertencer à qual-
O meu livro chegou. (certo) quer população carente.
c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entre-
Conclusão: vista.
O artigo definido é facultativo antes de pronomes pos- d) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade
sessivos. sertaneja.
Minha revista chegou. (certo) e) Veranópolis soube unir a atividade à prosperidade.
A minha revista chegou. (certo)
Sinal de Crase diante de Nomes Próprios de Lugar (To-
Aplicação (Como o artigo fica facultativo, então a crase pônimos)
ficará também facultativa):
Refiro-me a meu livro. (certo) Regra Prática:
Refiro-me ao meu livro. (certo) Se volto da, crase no a.
Refiro-me a minha revista. (certo) Se volto de, crase pra quê.
Refiro-me à minha revista. (certo)
Saímos de Brasília, fomos a Fortaleza (voltamos de Forta-
Informação: leza), depois fomos a Natal (voltamos de Natal), descemos
Artigo pressupõe substantivo escrito ao qual se refere à Bahia (voltamos da Bahia). Então retornamos a Brasília
na sequência. (voltamos de Brasília).
O uso de água e o de combustível são prioritários.
Mas:
Note: Saímos de Brasília, fomos à Fortaleza dos sonhos (volta-
Substantivo “uso”. Artigo “o”, que acompanha “uso”. mos da Fortaleza dos sonhos), depois fomos à Natal dos
Mas, em “o de combustível”, apenas subentendemos holandeses (voltamos da Natal dos holandeses), desce-
“uso”. Não está escrito. Então, não temos aqui artigo defini- mos à Bahia (voltamos da Bahia). Então retornamos à
do. Trata-se de pronome demonstrativo “o = aquele”. bela Brasília (voltamos da bela Brasília).

Observe ainda: 18. (IBGE) Assinale a opção em que o a sublinhado nas duas
Meu livro chegou e o seu não. frases deve receber acento grave indicativo de crase.
Note que o artigo é facultativo, porém o pronome “o” a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar
não é. O pronome é obrigatório para representar o termo em voz alta.
“livro” não repetido. b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça cen-
tral se esvaziava.
Aplicação (Onde o pronome “o” ou “a” for obrigatório, c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram
então a crase também será obrigatória): a Bahia.
Refiro-me a meu livro e não ao seu. (certo) d) Bateram a porta! Fui atender. / O carro entrou a direita
Refiro-me a meu livro e não a seu. (errado) da rua.
Refiro-me ao meu livro e não ao seu. (certo) e) Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.
Refiro-me ao meu livro e não a seu. (errado)
GABARITO
Então:
Refiro-me a minha revista e não à sua. (certo)
1. a) P c) àqueles f) à
Refiro-me a minha revista e não a sua. (errado)
b) A d) aqueles g) a, às, às
Refiro-me à minha revista e não à sua. (certo)
c) A e) àquilo h) à
Refiro-me à minha revista e não a sua. (errado)
d) P f) àquele i) às, às
e) P g) aquela
16. (MJ/Agente) “À margem das rodovias de grande movi-
f) P h) àquela 5. C, E, E, E, C, C, C
mento...” Diferente do exemplo destacado, o único caso
g) A i) aquela 6. C
em que o acento grave foi usado de forma ERRADA, nas
h) A j) àquele 7. E
alternativas abaixo, é
i) P k) àqueles 8. E
a) Ficamos à vontade no evento.
j) PP l) àquela 9. C
b) Refiro-me à minha irmã.
m) àqueles 10. E
c) Chegarei à uma hora, não ao meio-dia.
2. a) às n) aquela 11. E
Nota:
b) a o) àqueles 12. E
Aqui temos o numeral “uma”. Só ele pode ter crase
c) às p) àqueles 13. d
antes de si. Não há crase antes do artigo indefinido
d) a q) àquela 14. c
Língua Portuguesa

“uma”.
e) à r) aquelas 15. E
d) Dirija-se à qualquer moça do balcão.
f) à s) àquela 16. d
Nota:
g) às 17. b
Proibido crase diante de palavras indefinidas. Lembre
h) as 4. a) às, às 18. d
que o artigo que a crase contém é definido.
i) às b) as, às, às
e) À medida que os anos passam, fico pior.
c) as, as
3. a) àquelas d) as, as
17. (IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao empre-
b) àquele e) as, às
go do acento indicativo de crase.

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QUADRO-RESUMO DE CRASE

CRASE OBRIGATÓRIA CRASE PROIBIDA CRASE FACULTATIVA


Antes de hora = trocar por ao meio-dia. Antes de palavra masculina. Antes de pronome possessivo adjetivo
Chegou às duas horas. (ao meio-dia) Andava a pé. feminino.
Espero desde as três horas. (o meio-dia) Foi assassinato a sangue-frio. Refiro-me à/a sua tia.
Escreveu a lápis.

Com as palavras moda ou maneira Antes de verbo. Antes de nome de mulher.


ocultas. Estava decidido a fugir. Dei o carro à/a Maria.
Quero bife à milanesa. (à moda milanesa) Tudo a partir de 1,99.
Estilo à Rui Barbosa. (à maneira de Rui
Barbosa)

Subentendendo as palavras faculdade, A (no singular) + palavra no plural. Depois da preposição Até.
universidade, escola, companhia, em- Só faço favor a pessoas dignas. Fui até à / a praia.
presa e semelhantes. Dê isto a suas irmãs. Mas: Visitei até a praia. (VTD)
O Governo não fez concessões à Ford.
Preferiu a Faculdade de Letras à Hélio
Afonso.
Antes da palavra distância, quando de- Antes de pronome indefinido ou pala- Antes de Europa, Ásia, África, Espanha,
terminada. vra por ele modificada. França, Inglaterra, Escócia e Holanda
Fiquei à distância de dez metros. Disse isso a toda pessoa.
Fiquei a distância. Não irei a festa alguma.

Aqui não cabe crase, pois a palavra “fes-


ta” está determinada por pronome in-
definido. Compare com masculino: Não
irei a baile algum.
Nas locuções com palavras femininas. Antes de pronome de tratamento, salvo Antes do tratamento dona.
Choveu à noite. Dona, Senhora, Madame, Senhorita. Ele dirigiu a palavra a / à dona Maria.
Ele melhora à medida que é medicado. Enviarei tudo a Vossa Senhoria.
Houve um baile à fantasia.
Antes de terra, salvo quando antônimo Antes de terra antônimo de bordo. Em locuções adverbiais femininas de
de bordo. Mandou o marinheiro a terra. instrumento.
O agricultor tem apego à terra. Galdesteu matou o rei a / à faca.
Do céu à terra. Voltou à terra onde nasceu. Antes de quem e cujo(s), cuja(s). Mas: Preencher à máquina ou em letra
O prêmio cabe a quem chegar primeiro. de forma. (crase obrigatória para evitar
Esta é a autora a cuja peça me referi. duplo sentido)
Antes de Senhora, Madame, Senhorita. Entre palavras repetidas.
Ninguém resiste à Senhora Neide. (Mas: Estavam cara a cara.
Vi a Senhora Neide. – VTD) Venceu a corrida de ponta a ponta.
Antes de nomes de lugar especificados Depois de preposições (ante, após, com,
ou que aceitem artigo. conforme, contra, desde, durante, entre,
Fui à bela Brasília. mediante, para, perante, sob, sobre, se-
Fui à Bahia. gundo).
Após as aulas, conforme a ocasião, para
a paz; segundo a lei etc.
Quando ocorre as diante de pronome Quando se subentende um indefinido
possessivo adjetivo no plural. entre a preposição a e o substantivo
Refiro-me às suas tias. feminino.
Estacionamento sujeito a multa. (a uma
multa)
Antes da palavra casa, quando deter- Antes de casa = lar.
minada por adjunto de posse. Retornei a casa.
Chegamos à casa de Pafúncio.
Língua Portuguesa

Antes de nomes de lugar que não ad-


mitem o artigo.
Fui a Brasília.
Chegamos a Maceió.
Antes de numerais.
O número de acidentes chegou a 35.
Antes de nomes de santas.
Sou grato a Santa Clara.

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EXERCÍCIOS No texto “A simplicidade sempre foi criadora de excelên-
cia espiritual e de liberdade interior. Henry David Thoreau
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “Às vezes até esqueço (+1862), que viveu dois anos em sua cabana na floresta junto
que fui adotada”. a Walden Pond, atendendo estritamente às necessidades
1. O verbo esquecer está empregado com traços tipica- vitais, recomenda incessantemente em seu famoso livro-
mente coloquiais, pois a forma padrão culta exige que, -testemunho: Walden ou a vida na floresta: “simplicidade,
na frase, ele seja acompanhado de pronome me e pre- simplicidade, simplicidade”.”
posição de. 9. O acento indicativo de crase antes de “necessidades vi-
tais” é exigência da palavra “estritamente”.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e (Funiversa/HFA) Na frase: “As demissões recordes nas com-
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” panhias americanas devido à crise fizeram vítimas inusitadas
2. A troca da preposição “de”, na segunda ocorrência, – os próprios executivos de recursos humanos.”
por em provocaria uma falha na regência do verbo 10. O uso da crase em “à crise” deve-se ao fato de ser uma
desconfiar. locução adverbial feminina.

(Funiversa/Terracap) A respeito do texto “Cada órgão do 11. (Alesp) Orientação espiritual ...... todas as pessoas é um
nosso corpo tem uma função vital e precisa estar 100% em dos propósitos ...... que escritores e pensadores vêm se
condições.” dedicando, porque a perplexidade e a dúvida são inevi-
3. A expressão “em condições”, segundo a gramática da táveis ...... condição humana.
língua portuguesa, exige um complemento que integre As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
o seu sentido. Porém, no texto, a ausência desse com- chidas, respectivamente, por:
plemento não promoveu prejuízo para a compreensão a) à - a - à
da informação. b) à - à - a
c) a - a - à
Por maiores que sejam os esforços e a generosidade dos d) a - à - à
e) a - a - a
que lhes oferecem atenção e cuidado, essas crianças estarão
desprovidas do fundamental: carinho e referência familiar.
12. (Bagas) Tomando a melodia ...... música europeia, ao
4. O termo “lhes” pode ser substituído pela expressão à
mesmo tempo em que a harmonia era inspirada no jazz
elas, com acento indicativo de crase, pois o pronome
americano, a bossa nova foi buscar o ritmo na música
elas remete a “crianças”, substantivo feminino utilizado africana, o que resultou numa mistura que parece encan-
no texto. tar ...... todos os estrangeiros que vêm ...... conhecê-la.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
(Funiversa/Iphan) Os povos da oralidade são portadores de ordem dada:
uma cultura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da a) à - a - a
escrita. b) à - a - à
5. O acento indicativo de crase em “semelhante à dos povos c) a - à - a
da escrita” pode ser eliminado, pois é opcional. d) a - à - à
e) à - à - a
6. (Funiversa/Sejus) Cada uma das alternativas a seguir
apresenta reescritura de fragmento do texto. Assinale 13. (TCE/SP) A alimentação diária, ...... base de feijão com
aquela em que a reescritura apresenta erro relacionado arroz, fornece ...... população brasileira os nutrientes
ao emprego ou à ausência do sinal indicativo de crase. necessários ...... uma boa saúde.
a) Seu desenvolvimento pode ser atribuído a violações As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
de direitos humanos. chidas, respectivamente, por:
b) O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de a) a - à - à
direitos aquele que pertencesse à raça ariana. b) à - a - a
c) Pelo horror absoluto à exterminação. c) à - à - a
d) A ruptura do paradigma deve-se à barbárie do totali- d) a - a - à
tarismo. e) à - à - à
e) É necessária a reconstrução dos direitos humanos.
14. (FCC/TRE-RN) Graças ...... resistência de portugueses e
7. (Funiversa/Terracap) No trecho: “Em meio à burocracia espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por Na-
oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os parques, as poleão e deu início ...... campanha vitoriosa que causaria
superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.”, o uso ...... queda do imperador francês.
do sinal indicativo de crase é Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,
a) facultativo, pois antecipa palavra feminina seguida de a) a - à - a
adjetivo masculino. b) à - a - a
b) inadequado, pois não indica contração. c) à - à - a
c) proibido, porque não se admite crase antes de subs- d) a - a - à
Língua Portuguesa

tantivos abstratos. e) à - a - à
d) obrigatório, pois indica uma vogal átona representada
por um artigo. 15. (DNOCS) Muitos consumidores não se mostram atentos
e) adequado, pois representa a contração da preposição ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema e
a e do artigo definido feminino a. não chegam ...... boicotar empresas poluentes; outros
se queixam de falta de tempo para se dedicarem ......
(Funiversa/Terracap) Na frase “O que se opõe à nossa cultura alguma causa que defenda o meio ambiente. As lacu-
de excessos e complicações é a vivência da simplicidade”. nas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
8. O acento indicativo de crase é facultativo. respectivamente, por

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a) à - a - a c) à - à - a e) a - à – à
b) à - a - à d) a - a - à

16. (SP/BIBLIOT) Alguns atribuem ...... linguagem as infindá-


veis possibilidades de comunicação entre os homens.
Mas é comum que durante uma conversa o falante faça
alusões ...... conteúdos implícitos que ultrapassam aquilo
que está de fato sendo dito; tais conteúdos podem ser
corretamente inferidos pelo interlocutor, devido, por
exemplo, ...... entonação usada pelo falante.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
ordem dada:
a) a − à − à c) a − a − à e) a − à − a
b) à − a − à d) à − à − a

17. (TJ-SE/Técnico Judiciário) A frase inteiramente correta,


considerando-se a colocação ou a ausência do sinal de
crase, é:
a) Brigas entre torcidas de times rivais se iniciam sem-
pre com provocações de parte à parte, à qualquer
momento.
b) O respeito as medidas de segurança tomadas em um
evento de grande interesse garante à alegria do es-
petáculo.
c) Uma multidão polarizada pode ser induzida à atitudes
hostis, tomadas em oposição às medidas adotadas.
d) Com a constante invasão às sedes de clubes, os diri-
gentes passaram a monitorar a presença de torcedo-
res, até mesmo nos treinos.
e) As pessoas, enfurecidas, iam em direção à um dos
dirigentes, quando os policiais conseguiram controlar
toda a multidão.

18. (TRT 16ª R) Lado ...... lado das restrições legais, são im-
portantes os estímulos ...... medidas educativas, que
permitam avanços em direção ...... um desenvolvimento
sustentável do setor da saúde.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
chidas, respectivamente, por
a) a − à − à c) à − a − a e) a − à − a
b) à − a − à d) a − a − a

19. (TRT 7ª R) Pela internet, um grupo de jovens universi-


tários buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas de
enchentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema,
disposto ...... colaborar na reconstrução da cidade.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
chidas, respectivamente, por:
a) as - a - a c) as - à - à e) as - a – à
b) às - à - a d) às - a - à

20. (TRT 20ª R) Exportadores brasileiros lançaram-se ...... con-


quista de vários mercados internacionais, após ...... mo-
dernização do setor agropecuário, que passou a oferecer
...... esses mercados produtos de qualidade reconhecida.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
chidas, respectivamente, por
a) à - a - a c) a - a - à e) à - à – a
b) à - a - à d) a - à - à
Língua Portuguesa

GABARITO

1. E 6. b 11. c 16. b
2. C 7. e 12. a 17. d
3. C 8. C 13. c 18. d
4. E 9. E 14. c 19. a
5. E 10. E 15. a 20. a

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BNB

SUMÁRIO

Conhecimentos Gerais

Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade,
educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia,
suas inter‐relações e suas vinculações históricas.................................................................................................................. 3

O nordeste brasileiro:
geografia, atividades econômicas, contrastes intra-regionais, o polígono das secas e as características das
regiões naturais do nordeste; o nordeste no contexto nacional..................................................................................... 21

O Banco do Nordeste do Brasil S.A.:


legislação básica, programas e informações gerais de sua atuação como agente impulsionador do
desenvolvimento sustentável da região nordeste........................................................................................................... 24

Informática:
conceitos de informática, hardware e software; sistemas operacionais (Windows e Linux); editor de texto e
edição e formatação de textos, processador de texto (Word e BrOffice.org Writer); planilhas eletrônicas (Excel
e BrOffice.org Calc); editor de apresentações (PowerPoint e BrOffice.org Impress); conceitos de tecnologias
relacionadas à Internet e Intranet, protocolos web, navegador (Internet Explorer, Google Chorme e Mozilla
Firefox), pesquisa na Web; conceitos de proteção lógica e segurança da informação, realização de cópias de
segurança (backup), vírus e ataques a computadores e antivírus; conceitos de organização e de gerenciamento
de informações, arquivos, pastas e programas...............................................................................................................26

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Conhecimentos Gerais
Otoniel Linhares / Marcelo Andrade

Otoniel Linhares predominante até pouco tempo na região. A  escolha do


eleitorado reflete a queda de um sistema que não está mais
BRASIL se sustentando nem conseguindo enfrentar os desafios eco-
nômicos, políticos e sociais presentes no continente.
Governo Temer A crise econômica e a instabilidade política são contextos
importantes para entendermos o que está acontecendo na
Denúncias: o presidente Temer foi alvo de duas denún- América Latina. O conflito entre direita e esquerda tem se
cias de corrupção feitas pelo então Procurador‑Geral da intensificado, assim como os movimentos de conservadoris-
República Rodrigo Janot ao STF no segundo semestre de mo e neoliberalismo na política.
2017. Na primeira denúncia, Temer foi acusado de ter ne- A América Latina é uma região de semelhante histórico
gociado o recebimento de 38 milhões de reais em troca de colonial que agrupa 33 países, hoje característicos por apre-
vantagens indevidas ao grupo empresarial J&F. Na segunda, sentarem economias em desenvolvimento e grande desigual-
de obstruir a Justiça e de ter participado de organização dade social. Nos últimos anos, a crise econômica regional
criminosa que teria recebido ao menos R$ 587 milhões em tem intensificado a polarização política e a instabilidade em
propina. As duas denúncias foram barradas em votações na governos de países influentes na dinâmica do continente,
Câmara dos Deputados. como Brasil, Colômbia e Venezuela. Vamos conferir juntos
Custo da salvação: estima‑se que o governo tenha gasto os últimos acontecimentos?
mais de 32 bilhões de reais para barrar as denúncias contra
Temer e salvar seu mandato. O presidente queimou capital Polarização Política
político e perdeu poder de barganha para negociar outros te-
mas da agenda do Executivo, como a reforma da Previdência. A crise econômica e a instabilidade política são contextos
Popularidade: Temer enfrenta alta rejeição do eleitorado, importantes para entendermos o que está acontecendo na
com aprovação girando em torno de 6%. Contribuem para América Latina. O conflito entre direita e esquerda tem se
isso a percepção da população dos efeitos ainda tímidos da intensificado, assim como os movimentos de conservadoris-
retomada econômica, as denúncias de corrupção e o esforço mo e neoliberalismo na política.
pela aprovação de medidas impopulares, como as reformas No geral, as  posições políticas são rotuladas em sete
trabalhistas e da Previdência. A intervenção federal anun- grandes grupos:
ciada para conter a escalada da violência no Rio de Janeiro
é vista como uma medida com potencial para aumentar a
popularidade de Temer, uma tentativa de concorrer a ree-
leição em outubro.

Operação Lava Jato
Lava Jato: é uma grande operação iniciada pela Polícia
Federal (PF), em março de 2014, para investigar corrupção na
Petrobras. Pelo esquema, um grupo de empreitaras decidia Como a esquerda e a direita se diferem na economia?
entre elas a distribuição dos contratos da estatal. O dinheiro Assim como em outras temáticas, na economia o foco da dis-
excedente era destinado às empreitaras, aos  diretores da cussão é o problema entre interesses individuais e coletivos.
Petrobras e a políticos e seus partidos como forma de per-
petuar o esquema de corrupção. Características da Esquerda
Lula condenado: o ex‑presidente Lula foi condenado Voltadas para o coletivo, alguns exemplos de pautas de
a 12 anos e um mês de prisão pelo TRF-4, em segunda esquerda são:
instância, por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a • meios de produção sob o comando de coletividades
sentença, Lula pediu para a construtora OAS reformar um (Estado, cooperativas, comunidades);
apartamento tríplex em Guarujá (SP), que a empreiteira lhe • acordos coletivos entre empresários e força de traba-
daria em troca de decisões favoráveis em contrato entre a lho;
empresa e o governo. • impostos mais altos para financiar serviços públicos
Prisão: o Tribunal decidiu que Lula deveria ser preso amplos e para distribuir renda.
assim que se esgotou os recursos que ele apresentou.
Eleições: mesmo condenado, e  eventualmente preso, Características da Direita
Lula pode se candidatar a presidente na eleição deste ano. Essencialmente individualistas, alguns exemplos  de
Essa situação também envolve um impasse: de acordo com pautas na direita são:
Conhecimentos Gerais

a Lei da Ficha Limpa, um condenado em segunda instância • meios de produção sob o comando privado (indivíduos
não pode disputar eleições, mas Lula pode recorrer tanto ou empresas);
na Justiça Eleitoral quanto ao STF e arrastar o processo até • acordos individuais entre empregadores e empregados;
depois das eleições. • impostos mais baixos e liberdade ao indivíduo para
definir o uso do seu dinheiro.
América Latina: Cenários Políticos
Venezuela: A Crise
A América Latina tem sofrido mudanças significativas
no seu cenário político, com uma ascensão das alas con- A Venezuela foi incorporada como um dos Estados Parte
servadoras em detrimento das mais progressistas, que era do Mercosul em 2012, mas estava suspensa desde dezem-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
bro de 2016 pela demora em cumprir questões comerciais A legenda do partido político foi lançada em 2017 sob
dentro do bloco. Em 2017, depois de violações de princípios o nome de Força Alternativa Revolucionária do Comum,
democráticos na crise que assola a Venezuela, os  países mantendo a sigla FARC.
fundadores decidiram suspendê‑la do bloco por “ruptura O governo colombiano e as lideranças das Forças Ar-
da ordem democrática”. madas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociaram um
A relação entre o Mercosul e a Venezuela esteve muito acordo de paz a partir de novembro de 2012, que findou em
conturbada pela constante violação dos direitos humanos, meados de 2016. O conflito armado já dura 52 anos, vitimou
autoritarismo e desrespeito a questões democráticas que mais de 220 mil pessoas.
são base do tratado do Mercosul. Exemplo disso é o não A participação política das FARC, segundo ponto da
cumprimento da separação dos três poderes  – Executivo, agenda de negociações, foi acordada em outubro de 2013,
Legislativo e Judiciário. O  Mercosul recentemente aplicou ficando decidido que o grupo guerrilheiro não apenas teria
a cláusula democrática à Venezuela, fazendo uma série de sua representatividade política legitimada, como também
pedidos e requisições. nos dois próximos processos eleitorais nacionais (2018 e
2022) seu partido terá vagas mínimas tanto na Câmara Alta,
Venezuela: o Fim de uma Era? quanto na Câmara Baixa, mesmo se não alcançar o mínimo
Nos primeiros cinco meses de 2017, cerca de 60 mani- de votos para ocupar as cadeiras.
festantes morreram em conflitos de oposição ao governo Os principais pontos que dividiram a opinião pública
vigente. No poder após a morte de Hugo Chávez, de quem era foram:
vice‑presidente, Nicolas Maduro enfrenta forte oposição da • a criação do partido político e as cadeiras garantidas
direita, uma inflação em 500% ao ano, recessão econômica no Legislativo;
e um choque institucional entre os três poderes. • a anistia de crimes de guerra, tanto das Farc como das
A Assembleia aconteceu em 30 de julho e elegeu 545 forças armadas do Estado.
constituintes, todos chavistas, já que a oposição optou por
não participar da corrida eleitoral por acreditar que a parti- As FARC deixaram 6,3 milhões de deslocados internos e
cipação legitimaria a Constituição resultante. Governos de um saldo de mais de 25 mil desaparecidos. Estima‑se que
vários países, inclusive o Brasil, se disseram contrários ao hoje tenham 8 mil guerrilheiros, o que comprova seu declínio
processo, afirmando que não irão reconhecer o resultado. em número – dez anos atrás, eles tinham 20 mil. De qualquer
O país tem a maior inflação da América do Sul, seu PIB forma, existe uma convergência no interesse do cessar‑fogo
despencou em 2014 e a queda dos preços mundiais do pe- de ambas as partes.
tróleo – principal fonte de receitas do país – foram motivos As questões mais importantes conversadas pelas par-
que levaram ao estado de recessão e à crise de desabas- tes e acordadas são: reforma agrária, participação política
tecimento – principalmente de alimentos – que assolam o institucionalizada das FARC, provavelmente a criação de
país. Além da crise econômica, existem também problemas um partido político e oposição, fim do conflito e cessão de
sérios na política: o governo Maduro sofre pressão de alas hostilidades, solução ao problema de drogas ilícitas, negociar
da direita quanto à sua forma de governar. a descriminalização, acordo sobre vítimas e justiça.
No ano de 2014, existiram várias manifestações pró e
contra o governo Maduro, que resultaram na morte de 42 Cuba: as Mudanças
pessoas e em 800 feridos. O seu governo também perse-
guiu opositores que classifica como golpistas. Esses fatores Cuba é o único país socialista da América. Atravessou
fizeram com que nas eleições parlamentares houvesse uma uma crise com o fim da União Soviética em 1991, por assim
vitória da oposição de direita, o que não acontecia desde perder seu principal aliado político‑econômico, que compra-
1999. Logo, Maduro terá dificuldades em governar com um va seu açúcar e lhe vendia petróleo. Desde 2008, quando
parlamento de oposição. Fidel Castro foi sucedido pelo irmão Raúl Castro, a ilha vem
passando por reformar liberalizantes na economia.
Colômbia: Tratado de Paz Em 2015, Cuba e Estados Unidos reataram relações
diplomáticas após 53 anos de ruptura e reabriram suas
Durante a década de 1960, muita coisa aconteceu no embaixadas em ambos os países. O  embargo econômico
mundo: a corrida espacial movimentou o embate entre EUA estadunidense, aplicado desde 1962, ainda não acabou,
e URSS, o homem chegou à lua e, em um país fronteiriço ao porque depende de aprovação no Congresso dos EUA. Fidel
nosso, uma organização que viria a mudar o rumo de sua Castro morreu no dia 25 de novembro de 2016.
população foi fundada: as FARC.
Em 1964, as forças militares colombianas agiram contra a Mercosul: Conheça o Bloco Econômico mais
população em um dos rotineiros conflitos. Foi nesse contexto Abrangente na Região
que surgiu o movimento das Forças Armadas Revolucioná-
rias da Colômbia (FARC), organização que originalmente Mercosul é a sigla para Mercado Comum do Sul. Fazem
defendia a reforma agrária, o acesso à posse de terras e a parte todos os países da América do Sul, mesmo que em con-
Conhecimentos Gerais

constituição de um Estado de ideais socialistas, delineando dições diferentes, o que faz dele a mais abrangente iniciativa
seu caráter resistente inspirado sobretudo pela Revolução de integração regional da América Latina. O bloco econômico
Cubana (1953-1959). foi criado em 1991 pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Houve uma etapa rápida de renegociação entre o gover- Os chamados Estados Parte administram e tomam decisões
no e as FARC, especialmente sobre o ponto da impunidade dentro do Mercosul, sendo eles todos os fundadores, mais
dos crimes cometidos pelos guerrilheiros das FARC. Em a Bolívia. O restante dos países da América do Sul são países
dezembro, essa etapa foi concluída e o tratado final entrou associados, que podem participar das reuniões dos órgãos
em vigor sem uma nova consulta ao público. Esse processo do Mercosul como convidados para discutir termas de in-
de paz foi o mais duradouro e mais bem sucedido da história teresse comum. São eles: Chile, Colômbia, Equador, Peru,
do conflito colombiano, sob a ótica internacional. Guiana e Suriname.

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Os Refugiados e de comunicação que ajudou a intensificar os movimentos
migratórios. A facilidade das transferências bancárias, por
Os refugiados são um grupo específico de imigrantes exemplo, permite a um imigrante africano que mora na Eu-
e têm essa denominação por conta de uma convenção ropa enviar parte de seu salário mensalmente para ajudar
específica feita em 1951 que trouxe regulamentação aos di- os familiares que vivem em sua terra natal.
ferentes tipos de imigrantes. Refugiado é uma pessoa que sai
de seu país por conta de “fundados temores de perseguição História
por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou Os movimentos migratórios fazem parte da história da
opiniões políticas”, em situações nas quais “não possa ou humanidade desde que o homo erectus deixou a África rumo
não queira regressar”. à Europa e à Ásia há 1,8 milhão de anos. Com as grandes
A ONU considera esta a pior crise humanitária do século. navegações, nos séculos XV e XVI, o fenômeno se intensificou
Em 2015, o grupo de pessoas que se deslocou de seus países e no período entre o final do século XIX e início do século
fugindo de perseguições políticas e guerras chegou a 60 XX ocorreu a maior migração em massa da história. Os exa-
milhões, não em trânsito, mas que passaram por essa situ- minadores podem cobrar nas provas as principais relações
ação. A origem da maior parte dos refugiados é a África ou o entre os fluxos migratórios históricos e atuais.
Oriente Médio e eles fogem por conta de conflitos internos,
guerras, perseguições políticas, ações de grupos terroristas Brasil
e violência aos direitos humanos. Metade do fluxo anual de Nosso país é uma nação formada por imigrantes – dos
refugiados são sírios, devido à fuga da guerra civil em que o portugueses, que chegaram aqui a partir de 1500, passando
país está desde 2011.
pelos africanos trazidos como mão de obra escrava, até a
onda de europeus, japoneses e árabes que chegou ao país
Geopolítica
entre o final do século XIX e início do século XX. Atualmente,
A maioria dos migrantes que chegam atualmente na
Europa são sírios que fogem da guerra. O conflito envolve o país vem recebendo imigrantes de países vizinhos como
diversos interesses geopolíticos no Oriente Médio entre os Bolívia e Paraguai, além de africanos e haitianos. O governo
países que apoiam o regime do ditador sírio Bashar al‑Assad também está concedendo asilo a milhares de sírios que
e as nações que querem derrubá‑lo. Além disso, o cenário chegam aqui desde 2013. Durante seus estudos, vale a pena
caótico na Síria e no Iraque permitiu o fortalecimento de or- estabelecer comparações entre a situação dos refugiados no
ganizações extremistas como o chamado Estado Islâmico (EI). Brasil e na Europa.

Demografia Migrações: Caminhos Forçados


A taxa de natalidade em muitos países na Europa está
entre as mais baixas do mundo, o que deve gerar pressões Rohingyas
demográficas no futuro. Com o envelhecimento da popula- Pelo menos 688 mil pessoas pertencentes à minoria
ção e o baixo índice de fecundidade, a perspectiva é que, em étnica rohingya tiveram de fugir de Mianmar em direção a
países como a Alemanha, haja uma diminuição da população, Bangladesh, a partir de agosto de 2017, após serem atacadas
o que também afetaria o número de trabalhadores ativos por militares do país, em ações de extrema violência. Num
para manter a produção e sustentar a previdência. Diante país de maioria budista, os rohingyas, que são muçulmanos,
dessa perspectiva, a chegada dos migrantes pode ajudar a sofrem perseguições há décadas e não têm direito a cida-
reverter a queda populacional e manter a economia girando dania. Pelo menos 6,7 mil rohingyas morreram no primeiro
nos próximos anos. mês de conflito.

Crise Econômica Crise Migratória


Muitos países europeus ainda não se recuperaram da Em todo o mundo, há mais de 65,6 milhões de pessoas
crise econômica que atingiu o continente em 2008. A taxa na condição de deslocadas à força, para escapar de persegui-
de desemprego em países como Grécia e Espanha supera ção religiosa ou política, de guerras e violações aos direitos
os 20%. Neste cenário, os migrantes são vistos pelos setores humanos ou de calamidades naturais.
mais xenófobos da sociedade como concorrentes na disputa
pelas poucas vagas no mercado de trabalho. Muitos partidos Fluxo de Refugiados
de extrema‑direita vêm se apoiando neste discurso para Do total de deslocados à força, os  que tiveram de se
ganhar eleitores insatisfeitos com a crise. mudar para outros países (refugiados) somam 22,5 milhões.
Os maiores fluxos de refugiados ocorrem entre países asiá-
Choque Cultural
ticos. Da Ásia partem quase 60% do total de refugiados do
A adaptação dos migrantes muçulmanos na sociedade
mundo, e é nesse mesmo continente que se abriga mais da
europeia é outro tema relacionado à atual crise. Na França,
metade deles. A África é a segunda região com o maior fluxo
o uso do véu islâmico em lugares públicos é vetado e a Suíça
proíbe os minaretes (torres no alto das mesquitas para cha- de refugiados.
mar os fiéis para as orações). Sem conseguir integrar‑se entre
Conhecimentos Gerais

os europeus, muitos migrantes acabam vivendo de forma Europa


segregada, na periferia de grandes cidades como Paris. Além
disso, o governo de países como a Hungria resiste em permitir A guerra civil na Síria, iniciada em 2011, levou 5,5 milhões
o ingresso maciço de refugiados muçulmanos, alegando que de sírios a abandonarem o país. A maioria se deslocou para
é preciso defender as raízes e os valores cristãos da Europa. países vizinhos, e  outra parte procurou acolhimento nos
países mais ricos da União Europeia. Refugiados provenien-
Globalização e Tecnologia tes de outros países do Oriente Médio e da África buscam o
O tema da migração também pode ser explorado nos mesmo caminho. Para chegar à Europa, milhares de migran-
vestibulares a partir da ótica da globalização. O desenvolvi- tes desafiam os mares revoltos do Mediterrâneo, e muitos
mento tecnológico permitiu avanços nos meios de transporte morrem durante a tentativa.

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Migrantes Econômicos sente lutando contra as tropas estadunidenses que invadiram
o país em 2003. Depois de quase ser dissolvido esse grupo,
Em 2017, o total de migrantes internacionais, incluindo ele renasceu em 2006 com o nome de Estado Islâmico.
os refugiados, era de 258 milhões. A maioria se desloca para É considerada a organização terrorista mais poderosa e
outros países com o objetivo de buscar melhores oportuni- perigosa no mundo atualmente. Seu surgimento se relaciona
dades de trabalho e de vida. É por isso que mais de 60% dos diretamente à política externa do governo George W. Bush,
migrantes vivem atualmente nos países mais ricos. Após a a “Guerra ao Terror”, uma resposta aos ataques de 11 de
crise econômica mundial de 2008, entretanto, aumentou o setembro de 2001 cometidos pela organização terrorista Al
fluxo dos migrantes entre os países em desenvolvimento. Qaeda. Nesse contexto, quando os EUA invadiram o Iraque,
vários movimentos se organizaram em entidades terroristas,
Terrorismo que queriam combater as invasões – e o Estado Islâmico foi
uma delas.
O que é Terrorismo? Em 2010, com o novo líder Abu Bakr al‑Baghdadi, o grupo
O termo terrorismo pode ser vago e servir meramente passou a ser reconhecido como “Estado Islâmico do Iraque e
para fins retóricos. Existem várias formas de se fazer terro- da Síria” (Islamic State of Irak and Syria). Entre 2011 e 2013,
rismo: eleitoral, midiático, econômico, entre outros. De todo devido aos conflitos na Síria no pós‑primavera árabe, o ISIS
modo, existem definições precisas do que “terrorismo” de (Islamic State of Irak and Syria) ganhou força, conforme foi
fato significaria. A Organização das Nações Unidas, por exem- aumentando o número de rebeldes lutando contra o regime.
plo, define da seguinte forma: “Atos criminosos pretendidos Em 2014, o E.I. estava tão forte que dominou algumas
ou calculados para provocar um estado de terror no público áreas na Síria e no Iraque, as quais chamou de califados – o
em geral […]” termo se refere aos antigos impérios islâmicos depois de
Dessa forma, de acordo com a definição da ONU, para Maomé, que seguiam rigorosamente as leis islâmicas. Esse
que se possa diferenciar uma ação terrorista de outras ações é o principal objetivo do E.I.: tomar territórios para chamar
violentas, é preciso analisar o contexto geral em que tal ação de seu, criar esse Estado que tem como princípio as leis islâ-
foi tomada. Geralmente, terroristas não têm como fim atingir micas e destruir tudo o que remeter ao Ocidente – política,
as vítimas diretas de seus ataques. O que realmente importa cultura, religiosa e historicamente.
é que o ato seja chocante o suficiente para aterrorizar o resto
da sociedade, movimentando a imprensa, as redes sociais e Como Agem e como se Financiam?
os órgãos governamentais. O Estado Islâmico toma posse de bases militares, bancos,
No fim das contas, um ato terrorista serve como uma campos de petróleo, em todas as áreas que conquista, a fim
vitrine para grupos terroristas se promoverem, mostrarem de dominar tudo o que existe no território. Dessa forma,
força e desafiarem seus inimigos. O grupo terrorista consegue também exerce controle sobre a população que reside ali,
dessa forma chamar atenção para suas causas políticas, que uma vez que agem como um verdadeiro Estado, com o líder
geralmente são bastante radicais. (o califa), governo próprio, com ministérios, cortes islâmicas e
De maneira semelhante, o governo dos Estados Unidos segurança. Cobram impostos e taxas da população, também,
também traz uma definição explícita do considera terrorismo: além de vender petróleo ilegalmente.
“[…] violência premeditada e politicamente motivada, perpe- O E.I. é conhecido por querer destruir a história – mo-
trada contra alvos não‑combatentes e praticada por grupos numentos, estátuas, templos históricos -, mas também pela
ou agentes clandestinos, normalmente com a intenção de truculência com que age com civis, realizando sequestros
influenciar um público”. Ou seja, os ataques terroristas teriam e extorsões. A venda ilegal de petróleo, os sequestros e as
alguns fatores em comum, que seriam: extorsões garantem ao E.I. uma renda diária estimada em 2
• Premeditação: são planejados previamente pelos seus milhões de dólares.
perpetradores.
• Fim político: o grupo pretende causar algum efeito Atentados e Ataques
político, como motivar governantes a fazer ou deixar O Estado Islâmico é conhecido por suas estratégias de
de fazer alguma coisa. mortes coletivas. Ou seja, a organização promove execuções,
• Vítimas são civis: atos terroristas não acontecem em decapitações, enforcamentos e amputações em massa e
campo de batalha, onde conflito e violência já são espe- divulga os vídeos na internet. Eles fazem isso com os grupos
rados; o terrorismo ocorre de maneira inadvertida em que consideram infiéis – as minorias étnicas e religiosas, além
espaços públicos de grande circulação (prédios, praças, de ocidentais  – e os apóstatas  – muçulmanos que teriam
shoppings, voos comerciais, aeroportos, boates etc). renegado a religião.
• Grupos são clandestinos: os grupos políticos que rea- Os últimos ataques mais reverberados na mídia, em esca-
lizam ataques terroristas existem sem reconhecimento lamundial, tiveram a autoria assumida pelo Estado Islâmico.
e respaldo legal: não são partidos políticos, entidades Essas ações, que tomaram lugar na Europa, nos Estados
governamentais, intergovernamentais. Normalmente Unidos, além de outros países na Ásia e na África, mostram
são grupos que procuram justamente derrubar gover- o poder de capilarização que a organização tem no mundo.
nos ou até mesmo a ordem internacional.
Conhecimentos Gerais

• Objetivo é obter audiência: o ato terrorista serve tanto Ataque terrorista deixa mortos e feridos em Barcelona
para aterrorizar a população, quanto para convencer (17/8/2017)
outras a aderir às causas do grupo (o Estado Islâmico, Foi o sexto atentado em que os autores usaram um
por exemplo, tem conquistado novos adeptos ao longo atropelamento como forma de atingir as vítimas em 2017.
do tempo, até mesmo em países ocidentais). Segundo a polícia espanhola, 13 pessoas morreram e mais
de cem ficaram feridas depois que um motorista com uma
Estado Islâmico: Entenda o Grupo van atropelou pessoas em La Rambla, uma das vias mais
O Estado Islâmico é um grupo terrorista e extremista, movimentadas da cidade.
que age em torno da religião islâmica. Surgiu de outra célula Meses antes, pessoas foram atropeladas em ataques
terrorista, se entitulava “Al Qaeda no Iraque” – e estava pre- em Paris, Estocolmo e Londres. Apenas na capital inglesa

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foram três ataques do mesmo tipo. Em 2016, atentados de origem árabe, teria ido para a Síria em 2013 para lutar
semelhantes tinham acontecido em Berlim, na Alemanha, ao lado de jihadistas.
e Nice, na França.
Em 20 de abril de 2017, em um ataque na avenida Ataque ao jornal Charlie Hebdo
Champs Elysée, em Paris, o autor também usou um carro para No dia 7 de janeiro de 2015, os irmãos Said e Chérif Koua-
se aproximar de suas vítimas, mas não chegou a atropelar chi, armados com metralhadoras, invadiram a sede do jornal
ninguém. Segundo policiais, um homem num veículo atirou satírico Charlie Hebdo, em Paris, já alvo de ameaças por suas
contra uma viatura que estava parada num sinal vermelho. charges ofensivas a Maomé, e mataram 12 pessoas, entre
Ele depois saiu do carro e continuou atirando, até que foi elas alguns cartunistas da publicação e um segurança. Além
baleado e morto. disso, um atirador matou uma policial no dia seguinte e, dois
dias depois do ataque, um outro homem foi a um mercado
Quatro mortos e 20 feridos em um ataque perto do koscher e matou mais quatro fregueses e um policial na troca
Parlamento britânico, em Londres. A polícia local informou de tiros. Nos três dias de tensão, foram 18 as pessoas mortas,
que está tratando o incidente como um ataque terrorista sem contar os terroristas, que foram “abatidos”.
Um atentado em Londres na manhã quarta‑feira, 22 de
março de 2017, provocou ao menos quatro mortes, entre elas Ataque em café em Copenhague
a do autor do ataque, e deixou ao menos 20 pessoas ficaram Um homem “de características árabes” abriu fogo contra
feridas, perto do Parlamento Britânico, no Reino Unido. Um um café em Copenhague, na Dinamarca, que estava sediando
indivíduo com uma arma branca atacou um policial por volta um simpósio sobre liberdade de expressão do artista Lark
de 14h40 (11h40 pelo horário de Brasília) nas imediações Vilks, que fez uma charge na qual Maomé é um cachorro.
de Westminster. O agressor foi morto a tiros pelas forças de O ato matou o cineasta Finn Noorgard e feriu outras três pes-
segurança, segundo o presidente da Câmara dos Comuns soas. No mesmo fim de semana, o atirador ainda matou um
(deputados), David Lidington. Ainda não se sabe a motivação senhor que vigiava uma sinagoga e feriu mais três pessoas.
do ataque, nem se o terrorista tem ligação com algum grupo A polícia dinamarquesa afirmou que o homem foi “abatido”.
organizado. A polícia informou que está tratando o incidente
como um “ataque terrorista” até que tenha indícios do con- Ataques em Paris
trário. A sessão parlamentar que transcorria em Westminster Na noite do dia 13 de novembro de 2015, 130 pessoas
foi suspensa. O edifício foi fechado e isolado. morreram e centenas ficaram feridas em vários ataques
Fonte: El País reivindicados pelo Estado Islâmico (EI, ex‑Isis), quase si-
multâneos, em Paris. Primeiramente, três homens‑bombas
Relembre os ataques mais marcantes da história recente se explodiram próximo às entradas do Stade de France,
da Europa. matando um segurança do local e evacuando o estádio,
onde estava acontecendo um amistoso da França contra a
Ataque no metrô de Madri de 2004 Alemanha. Logo depois, vários bares e restaurantes foram
Na manhã do dia 11 de março de 2004, um atentado à alvos de tiroteios, o que levou à morte de mais 39 pessoas.
bomba matou 191 pessoas e deixou mais de 1,5 mil feridos Por fim, a casa noturna Bataclan, que no momento estava
em Madri, na Espanha. Primeiro, três bombas explodiram em lotada por causa do show da banda norte‑americana The
um dos vagões do trem parado na estação de Atocha. Logo Eagles of Death Metal, foi palco de mais um massacre, que
em seguida, outras quatro bombas explodiram nas estações começou quando terroristas entraram no local, fizeram os
El Pozo de Tío Raimundo e Santa Eugenia e mais quatro, na espectadores reféns e acabaram matando 90 pessoas.
rua Téllez, a cerca de 500 metros de Atocha. As investigações
do caso descobriram que o atentado foi realizado por uma Ataques em Bruxelas
célula terrorista do grupo jihadista Al Qaeda. Na manhã do dia 22 de março de 2016, a  cidade de
Bruxelas, na Bélgica, foi alvo de dois atentados que mata-
Ataque ao metrô de Londres de 2005 ram 32 pessoas e foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
Na manhã do dia 7 de julho de 2005, quatro ho- Às oito horas da manhã, duas bombas explodiram na área de
mens‑bombas se suicidaram em Londres matando 52 pes- embarque do aeroporto de Zaventem perto do check‑in da
soas e ferindo outras dezenas. Os ataques aconteceram nas companhia aérea American Airlines. Um pouco mais tarde,
estações de metrô Aldgate, Edgware Road e Russell Square e uma outra explosão atingiu a estação de metrô de Maalbeek.
em um ônibus de dois andares. Os atos foram reivindicados
pelo grupo terrorista Al Qaeda. Ataque em Nice
Na madrugada de 14 de julho de 2016, conhecido como
Ataque em escola judia de Toulouse de 2012 o Dia da Bastilha na França e muito comemorado em todo
No dia 19 de março de 2012, um homem de origem o país, 84 pessoas morreram e mais dezenas ficaram feridas
argelina abriu fogo contra a escola judia Ozar Hatorah, loca- em um ataque na cidade francesa de Nice. Um caminhão,
lizada na cidade de Toulouse, na França, matando um adulto carregado de armas e em alta velocidade, percorreu uma
e três crianças. O ataque aconteceu cerca de uma semana distância de cerca de 2 quilômetros atropelando a multidão
Conhecimentos Gerais

depois do mesmo homem ter usado a mesma arma para que assistia aos fogos perto da costa. O motorista do veículo,
assassinar três policiais franceses. O atirador foi morto pelas de origem tunisiana, ainda disparou alguns tiros antes de ser
autoridades responsáveis. morto pela polícia local.
Ataque a museu judaico em Bruxelas de 2014 Ataque de Wurzburg
No dia 24 de maio de 2014, um homem matou quatro No dia 18 de julho de 2016, um jovem afegão de 17 anos
pessoas com um fuzil kalashnikov no Museu Judaico de invadiu um trem que ia em direção à cidade de Wurzburg, no
Bruxelas, na Bélgica. O atirador foi detido em Marselha, na centro‑sul da Alemanha, e feriu quatro pessoas gravemente
França, seis dias após o atentado e extraditado para a Bélgica. com um machado. O adolescente tentou fugir, mas foi morto
De acordo com a imprensa local, acredita‑se que o homem, pela polícia. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico,

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mas o ministro do Interior do país, Thomas de Maizière, As formas de recrutamento do E.I. são extremamente
afirmou que o caso não teve nenhuma ligação com o grupo eficazes em diversas partes do mundo. Na Europa, por exem-
terrorista. plo, existem muçulmanos decepcionados com a xenofobia
que sofrem e com a falta de oportunidades e que, por isso,
Ataque em shopping de Munique aceitam fazer parte do E.I. Já em lugares como a Síria, onde a
No dia 22 de julho de 2016, um jovem de 18 anos de guerra civil contra o ditador é extremamente violenta, alguns
origem iraniana abriu fogo no maior shopping da cidade rebeldes se juntam ao grupo a fim de ganhar mais força na
de Munique, na Alemanha, o  Olympia‑Einkaufszentrum, luta contra o governo.
matando 8 pessoas. O adolescente, que se suicidou depois
do ataque, era vítima de bullying, tinha distúrbios mentais A Guerra Civil na Síria
e planejou o atentado por cerca de 1 ano, com base em A ONU considera que a guerra civil na Síria seja a maior
atentados de atiradores solitários que mataram jovens em crise humanitária do século XXI. Hoje, estima‑se que o
escolas e universidades, principalmente dos Estados Unidos. conflito vitimou ao menos 250 mil pessoas, que mais de
4,5 milhões tenham saído do país como refugiadas e que
Ataque em Ansbach outros 6,5 milhões foram obrigadas a se deslocar dentro da
Na noite do dia 24 de julho de 2016, 15 pessoas ficaram Síria. Com a economia em frangalhos, quase 70% dos sírios
feridas na cidade de Ansbach, na Alemanha, após um migran- que permaneceram agora vivem abaixo da linha de pobreza.
te sírio de 27 anos explodir uma bomba enquanto tentava Como começou tudo isso?
entrar em um festival de música da região, que contava com Março de 2011 na Síria. Um grupo de crianças em Daraa,
cerca de 2,5 mil pessoas. O  homem, que já tinha pedido no sul da Síria, pichou frases com críticas ao governo, e foi
asilo no país, foi o único a morrer. O ataque foi reivindicado preso. Inconformadas, centenas de pessoas saem às ruas da
pelo Estado Islâmico, que afirmou que o jovem havia jurado cidade para protestar contra as restrições à liberdade promo-
lealdade ao grupo. vidas pelo governo do ditador Bashar Al‑Assad. Num primeiro
momento, simpatizantes dos que se rebelaram contra o gover-
Atentado à igreja perto de Rouen no começaram a pegar em armas – primeiro para se defender
No dia 26 de julho de 2016, dois homens invadiram uma e depois para expulsar as forças de segurança de suas regiões.
igreja na pequena cidade de Saint‑Etienne‑du‑Rouvray, perto Esse levante de pessoas nas ruas, lutando por democracia, faz
de Rouen, na França, durante uma missa e degolaram o padre parte de um movimento chamado Primavera Árabe.
da paróquia, Jacques Hamel, de 84 anos. Antes de matar o
religioso, os dois homens o fizeram ajoelhar e celebraram Primavera Árabe
uma missa em árabe, que foi gravada, enquanto alguns fieis A chamada Primavera Árabe foi um fenômeno que acon-
eram feitos reféns. O ataque, que resultou na morte também teceu em países do Oriente Médio e do norte da África, em
dos dois terroristas, foi reivindicado pelo Estado Islâmico. que pessoas – principalmente os jovens – tomaram as ruas
A  igreja fazia parte da infância do presidente da França, pedindo liberdade de expressão, democracia e justiça social.
François Holland, já que a cidade do atentado foi onde o Essas revoltas foram esperançosas para grande parte desses
mandatário nasceu. países, que eram ditaduras longevas – e, de fato, presidentes
do Egito, da Tunísia, da Líbia caíram.
Número de mortos no metrô de São Petersburgo vai a Porém, cinco anos depois do início dessa primavera,
14; Rússia identifica suspeito pode‑se dizer que o único caso de “sucesso” foi o da Tunísia,
A Rússia identificou no dia 4 de abril de 2017 o autor do onde ocorreram eleições diretas, foi aprovada a Constituição
ataque suicida ao sistema de metrô de São Petersburgo, que mais progressista do mundo árabe e se elegeu um novo go-
deixou 14 mortos. Akbarzhon Jalilov, de 22 anos, procedente verno. No resto dos países, esse clima de tensão acirrou as
do Quirguistão, também colocou uma segunda bomba em disputas de poder entre milícias e favoreceu a expansão de
outra estação, desativada a tempo. grupos terroristas. Isso deu espaço a governos ainda mais
Mais cedo, o  serviço secreto do Quirguistão tinha in- autoritários que os anteriores.
formado que Jalilov nasceu no país, mas era naturalizado
russo – informação não confirmada pela Rússia, de acordo Grupos Envolvidos no Conflito Sírio
com a France Presse. Ele viria da região de Och, uma zona
que forneceu um importante contingente de extremistas ao Governo Sírio e Aliados
grupo Estado Islâmico (E.I.). O ataque em São Petersburgo O governo sírio é liderado pelo ditador Bashar Al‑Assad.
não foi reivindicado. Ele é sucessor de uma família que está no poder desde 1970.
(http://g1.globo.com/mundo/noticia/russia‑identifica‑ O  regime no país era brutal com a população, de partido
suspeito‑de‑atacar‑metro‑de‑sao‑petersburgo.ghtml) único e laico – apesar de a família Assad ser xiita. Apesar de
não apoiarem o ditador, cristãos, xiitas e até parte da elite
Poder de Recrutamento sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade
A organização ganhou força em 2011, quando a guerra de ter um país tomado pelos extremistas.
civil na Síria, contra o ditador Bashar Al‑Assad começou a Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio
Conhecimentos Gerais

se intensificar. Assim, desenvolveu um enorme poder de do Irã e do grupo libanês Hezbollah. Juntos eles formam um
mobilização e uma capacidade operacional muito eficiente, “eixo xiita” – ou seja, seguem essa interpretação da religião
com alto treinamento e muitos aparatos militares. islâmica  – no Oriente Médio. O  grupo se opõe a Israel e
Não existem números exatos sobre a quantidade de pes- disputa a hegemonia no Oriente Médio com as monarquias
soas que são parte da organização Estado Islâmico. Estima‑se sunitas, lideradas pela Arábia Saudita. O  principal aliado
que são cerca de 35 mil pessoas, mas outras avaliações de fora é a Rússia, que mantém uma antiga parceria com
colocam números próximos a 100 mil. A organização utiliza a Síria. Tanto o apoio do Hezbollah e das milícias iranianas,
desde vídeos no YouTube a posts nas redes sociais ou revistas quanto os bombardeios mais recentes realizados pelas for-
online, em que profere discurso religioso que instiga o ódio ças russas têm sido fundamentais para a sobrevivência do
para convidar pessoas a se juntar a eles. regime de Assad

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Grupos Rebeldes O Brexit
Uma das primeiras forças internas que se rebelou contra
o governo sírio foram os grupos sunitas – Assad é xiita. São A sigla Brexit é uma junção de Britain e exit, que em por-
chamados de “rebeldes moderados”, por não serem adeptos tuguês significa saída do Reino Unido (da União Europeia).
do radicalismo islâmico. A organização está envolvida com O Brexit consiste basicamente da saída do Reino Unido do blo-
países da Europa e com os Estados Unidos com o objetivo co da União Europeia. No dia 23 de junho de 2016, os cidadãos
de derrubar o governo de Assad. britânicos participaram de um plebiscito em que podiam esco-
lher entre duas opções: o Reino Unido permanecer (remain)
Extremistas Islâmicos ou deixar (leave) a União Europeia. No fim das contas, venceu
Entre os grupos que querem derrubar Assad, há também a opção pela saída dos britânicos da UE, com 52% dos votos.
facções extremistas islâmicas, que estão fragmentadas em
diversos grupos. Uma das organizações que mais conquista- Por que o Reino Unido Escolheu Deixar a União Europeia?
ram terreno, principalmente nos primeiros anos do conflito, A realização e o resultado do plebiscito sobre a presença
foi a Frente Al‑Nusra, um braço da rede extremista Al Qaeda do Reino Unido na União Europeia traduzem um sentimento
na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o grupo terroris- compartilhado por muitos europeus em relação a essa orga-
ta Estado Islâmico (E.I.) aproveitou‑se da situação de caos nização – especialmente nos últimos anos. A crise dos refugia-
criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de forma dos, considerada pela ONU a maior crise humanitária desde a
avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio. Segunda Guerra Mundial, é uma das razões da desconfiança
da população – também por conta da xenofobia de alguns
Curdos grupos – com relação às políticas que o país instituirá e às obri-
Os curdos são uma etnia de 27 a 36 milhões de pessoas gações que têm de cumprir com a UE, como o asilo de pessoas.
no mundo que vivem em diversos países, inclusive na Síria A campanha pelo Brexit certamente foi muito fortalecida
e em países vizinhos. Eles reivindicam a criação de um Es- pela percepção de que o Reino Unido estava sendo prejudica-
tado próprio para o seu povo – o Curdistão. Desde o início do pela facilidade com que muitos estrangeiros conseguiam
do conflito na Síria uma milícia formada para defender as migrar para o país. A  alegação de que o país não possui
regiões habitadas pelos curdos no norte do país, se forta- controle efetivo sobre suas próprias fronteiras por causa da
leceu. Para o regime de Assad, tornaram‑se bastante úteis, União Europeia pesou bastante para o resultado final.
porque a milícia se opõe aos rebeldes moderados e também
ao Estado Islâmico. União Europeia

O Mundo Islâmico Criada em 1957, a  UE é o maior bloco econômico do


O islã não é sinônimo de terrorismo, como é muitas planeta, que agrupa 28 países em um mercado comum.
vezes, retratado. O islã diz respeito à religião islâmica (ou Entre os mecanismos de integração estão a zona do euro
muçulmana) que segue o livro sagrado Alcorão e Deus cha- (que estabelece uma moeda em comum), o Espaço Schengen
mado em árabe de Allah (ou “Alá”, na transliteração adotada (com regras de circulação de cidadãos entre os membros do
em português). A história desta religião remonta ao profeta bloco) e o Tratado de Lisboa (espécie de Constituição da UE).
Maomé. O Islamismo tem 1,7 bilhão de seguidores, a segun-
da religião mais popular do mundo. Os grupos terroristas Crise e Nacionalismo
islâmicos interpretam os dizeres do Alcorão de forma radical A crise de 2008 afetou a UE, e muitos países passaram a
e extremista e apesar de ocuparem a maior parte da mídia questionar até que ponto é vantajoso abrir mão de sua so-
internacional, não são reflexo da maioria das pessoas que berania para atender ao projeto de integração do bloco. Esse
segue e acredita no Islamismo. cenário levou à ascensão de movimentos nacionalistas, no
“Dize: Ele é Allah, Único. Allah é O Solicitado. Não gerou qual o espírito de cooperação é substituído pela competição
e não foi gerado. E não há ninguém igual a Ele.” [Sagrado e pelo apego à identidade nacional.
Alcorão 112:1-4].
“Allah é O Criador de todas as cousas. E Ele, sobre todas Catalunha
as cousas, é Patrono. Dele são as chaves dos céus e da terra. Com o objetivo de obter mais autonomia, o governo da
E os que renegam os sinais de Allah, esses são os perdedo- Catalunha realizou um referendo em outubro de 2017 para
res.” [Sagrado Alcorão 39:62-63] decidir sobre sua independência. Apesar do resultado em
favor da separação, a votação foi considerada inconstitucio-
Sunitas versus Xiitas nal, e o governo da Espanha interveio com a destituição do
Os muçulmanos são divididos em duas correntes presidente e a dissolução do Parlamento. Mas os separatistas
principais: os sunitas e os xiitas. Essas correntes tomaram venceram as eleições para a formação do novo legislativo,
forma no momento em que Maomé morreu e seu lugar era o que mantém viva a questão do separatismo na Espanha.
disputado nessa sucessão frente ao Islã. A maioria, os suni-
tas, defendiam que o sucessor poderia ser um muçulmano Brexit
qualquer – porém, da tribo de Maomé. Já os xiitas, a minoria, Em plebiscito realizado em 2016, os britânicos escolhe-
Conhecimentos Gerais

queriam que alguém da família do profeta fosse o sucessor. ram deixar a UE. Pesou em favor da decisão a possibilidade de
Hoje, os sunitas ainda são maioria, cerca de 85%, e os xiitas retomar o controle sobre suas próprias leis e ter uma política
continuam sendo minoria, com cerca de 15%. migratória própria. As negociações com a UE para a saída do
É importante salientar que em ambas as vertentes exis- Reino Unido devem se estender até 2019. Apesar de deixar
tem extremistas, que interpretam essas questões de maneira o bloco, os britânicos querem manter o acesso privilegiado
radical. Logo, existem grupos religiosos que entendem o ao mercado comum europeu.
Alcorão de forma mais ou menos flexível em ambos os lados.
Há, também, grupos terroristas islâmicos que se relacionam Extrema Direita
às duas correntes. O grupo terrorista libanês Hezbollah é xiita A extrema direita vem conquistando resultados expressi-
e o grupo terrorista Estado Islâmico é sunita, por exemplo. vos em diversas nações europeias. A Áustria tem um partido

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ultranacionalista na coalizão governista, enquanto países Theresa May. Agora, Reino Unido e União Europeia terão de
como Polônia e Hungria adotam posturas anti‑imigratórias. fazer intensas negociações, que definirão como será a relação
Nas eleições de 2017 na Alemanha, um partido de extrema entre eles de agora em diante
direita chegou ao Parlamento pela primeira vez desde 1945.
O termo “Espaço Schengen” ainda cria um pouco de Economia
confusão entre algumas pessoas. Isso porque não são todos As previsões sobre as consequências do Brexit para a
os países da União Europeia que fazem parte desse espaço, economia não são positivas. O país deve sofrer perdas por
apesar de que grande maioria aderiu a esse tratado. Por não participar mais do mercado comum europeu – a União
exemplo, o Reino Unido faz parte da UE, mas não está na zona Europeia já sinalizou de que não manterá intacto o acesso a
Schengen, assim como também não está na zona do euro. esse mercado se o Reino Unido não aceitar também a livre
E ainda existem os países que não fazem parte da UE, como circulação de pessoas. Não se sabe ao certo em que nível a
Suíça e Noruega, mas que aderiram à convenção. economia britânica e mundial será afetada, mas os resultados
O Espaço Schengen nada mais é do que um tratado de em curto prazo já são negativos. Nos próximos anos, o país
livre circulação de pessoas, que dá o direito de circular em 26 pode experimentar desvalorização da moeda, aumento da
países da UE sem precisar passar por controle de passaporte inflação, recessão econômica, queda na renda per capita,
(a não ser quando você chega de um país de fora ou quando entre outros problemas graves.
você deixa a zona). Além disso, o Reino Unido também não participará mais
das negociações da criação de uma área de livre comércio
entre a União Europeia e os Estados Unidos, que se for con-
cretizada será a maior área de livre comércio já registrada
na história.

Imigração
Apesar de ainda não serem conhecidas as consequências
exatas em relação à imigração, é provável que haja maior con-
trole na entrada de estrangeiros no país. Como membro da
União Europeia, o Reino Unido teve de receber uma parcela
dos refugiados que chegaram ao continente, o que parece
ter sido um dos grandes motivos para o Brexit. Agora, sem
fazer parte do bloco, o país terá mais liberdade para regular
a entrada de imigrantes.
Além da questão da imigração, também há o argumento
de que a União Europeia cria uma situação injusta entre seus As polêmicas envolvendo a política migratória
membros, em que países com economias mais fortes (como de Trump
Alemanha, França e Reino Unido) sustentam países econo-
micamente mais fracos e endividados (Espanha, Portugal, Conheça as principais decisões adotadas pelo
Grécia, Itália etc). governo norte‑americano para restringir a entrada de
Por fim, é preciso notar que o Reino Unido é um país que estrangeiros nos EUA
guarda algumas diferenças com seus vizinhos. Fica localizado
em uma ilha e sua vocação marítima o alçou à condição de A política de “tolerância zero” em relação à imigração
maior império do mundo no século XIX, com colônias espa- ilegal adotada pelo governo do presidente Donald Trump
lhadas por todo o globo. É daí que vem a famosa frase “O sol nos Estados Unidos (EUA) provocou muita polêmica nas
nunca se põe no império britânico”. Isso criou um sentimento últimas semanas por separar as crianças dos pais detidos
nacionalista muito forte. ao tentar ingressar no país sem autorização. Esta diretriz se
O sentimento de independência do Reino Unido em soma a outras contestadas decisões da política migratória
relação ao resto da Europa pode ter sido um apelo para que adotada por Trump, para quem as restrições ao ingresso de
a população deixasse seus pares europeus. Membro da UE estrangeiros é uma prioridade em sua agenda.
desde 1973, o Reino Unido sempre teve uma participação
titubeante no bloco. Turquia: reeleição consagra Erdogan como o
Um exemplo disso é que o país nunca adotou o euro como presidente mais poderoso da história do país
moeda (a libra esterlina continua a circular). O país também
não participou completamente do acordo de Schengen, que No dia 24 de junho, o  presidente turco Recep Tayyip
não era originalmente parte da União Europeia, mas desde Erdogan, do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP),
1997 faz parte do quadro jurídico da organização. Tal acordo venceu as eleições presidenciais no primeiro turno. “A ven-
Conhecimentos Gerais

criou um espaço de livre circulação de pessoas entre países cedora destas eleições é a democracia, a vontade nacional.
europeus, sem a necessidade de controle de passaporte. O vencedor destas eleições é cada um dos 81 milhões de nos-
sos concidadãos”, exclamou Erdogan ao comemorar a vitória.
Agora que o Brexit venceu, o que acontece? Erdoan está há 15 anos poder, reconhecido como o presi-
Com a vitória da saída do Reino Unido da União Europeia, dente mais poderoso da história da Turquia desde que Mus-
abre‑se um período de incertezas, afinal, essa é a primeira tafa Kemal Atatürk fundou a República (1923). A trajetória de
vez que um membro decide deixar a união. O agora ex‑pri- Erdogan começou em 2003, então como primeiro‑ministro
meiro‑ministro britânico, David Cameron, que fez campanha e, a partir de 2014, como presidente. Agora ele vai cumprir
pela permanência de seu país, renunciou ao seu cargo em um novo mandato de cinco anos, com a vantagem de manter
outubro, deixando‑o à nova primeira‑ministra da Inglaterra, a maioria no Parlamento.

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O principal rival do presidente Erdogan na recente eleição Em meio à sensação de caos, alguns grupos da sociedade
turca, Muharrem Ince, denunciou casos de fraudes na vo- defendem que a intervenção militar seria a única saída para
tação, mas considerou que a margem de vitória de Erdogan o país resolver problemas como a corrupção, a  ética nos
(52,6%) não pode ser justificada por irregularidades. gastos públicos e a crise econômica.
Fonte: uol.com.br, 27 de junho de 2018. No fim de maio deste ano, durante a paralisação de
caminhoneiros, também chamou a atenção o uso de faixas
em caminhões, não apenas para protestar contra o preço
Terrorismo: ETA anuncia dissolução e encerramento dos combustíveis, mas para pedir a derrubada do governo
de atividades políticas do presidente Michel Temer por intervenção militar.

Considerado um grupo terrorista pela União Europeia, Fonte: uol.com.br, 8 de junho de 2018.
a organização separatista basca ETA anunciou oficialmente
sua dissolução, encerrando a última insurreição armada da Proteção de dados: a questão da privacidade dos
Europa ocidental após quatro décadas de violência. cidadãos na internet
O anúncio aconteceu em maio. Na carta divulgada à
imprensa da Espanha, a ETA afirma que “dissolveu comple- O que o seu computador ou celular diz sobre você? Mes-
tamente todas as suas estruturas” e que decidiu “dar por mo que a gente não perceba, o uso da internet deixa pegadas
encerrados seu ciclo histórico e sua função para propiciar um e rastros no mundo virtual. Quando você acessa plataformas
novo ciclo político”. O texto destaca que a decisão “fecha o de jogos online, interage em redes sociais, usa aplicativos,
ciclo histórico de 60 anos” da organização. compra em uma loja virtual, lê notícias ou se cadastra em um
Fonte: uol.com.br, 15 de junho de 2018. sistema, alguma empresa pode ter acesso a um dado seu.
Fonte: uol.com.br, 1º de junho de 2018.
Colômbia recebeu 1 milhão de pessoas da Venezuela
nos últimos 15 meses
A crise de combustíveis e a matriz energética
Mais de um milhão de pessoas migraram da Venezuela à brasileira
Colômbia nos últimos 15 meses, das quais 819 mil são vene-
zuelanos com “vocação de permanência”, informaram nesta A greve dos caminhoneiros explicitou a extrema depen‐
quarta‑feira (13) fontes oficiais em Bogotá. “Mais de um dência do petróleo para a economia brasileira
milhão de pessoas emigraram da Venezuela para a Colômbia Os 9 dias de greve dos caminhoneiros contra a elevação
nos últimos 15 meses, das quais há 250 mil, mais ou menos, dos preços do diesel provocou uma grave crise de abas-
que são colombianos retornados e 819.034 venezuelanos tecimento de alimentos e combustíveis em todo o Brasil.
com vocação de permanência”, afirmou o fiscal de Fronteira O  episódio também deixou claro que, mesmo tendo uma
com a Venezuela, Felipe Muñoz, em entrevista coletiva. matriz energética equilibrada entre recursos renováveis e não
Muñoz acrescentou que, destes venezuelanos, 376.572 renováveis, o país ainda é muito dependente do petróleo.
estão regulares, enquanto 442.462 se inscreveram no Re- Matriz energética é o conjunto dos recursos de energia
gistro Administrativo de Migrantes Venezuelanos (RAMV), empregados pelo mundo, por uma região ou por um país.
realizado entre 6 de abril e 8 de junho. Todos os países calculam periodicamente os recursos de que
Essas pessoas “vão ter alguma medida de regularizações dispõem, quanto de energia produzem e suas finalidades.
temporária nas próximas duas semanas”, detalhou. Uma das matrizes mais utilizadas é a que considera a oferta
Fonte: ebc.com.br, 13 de junho de 2018. de energia – a soma da energia produzida domesticamente
e da importada, deduzidas as exportações.
Fonte: atualidades.abril.com, 7 de junho de 2018.
Temer e Benítez discutem construção de pontes entre
Brasil e Paraguai Mundo
A construção de pontes entre o Paraguai e o Brasil e a Rússia: Copa e Geopolítica
cooperação para o combate ao crime organizado, narcotrá-
fico e lavagem de dinheiro foram temas tratados em reunião 2018 é ano de Copa do Mundo, e todas as atenções do
entre o presidente Michel Temer e o presidente eleito do planeta estarão voltadas para o país‑sede, a Rússia. Portanto,
Paraguai, Mario Abdo Benítez. serão grandes as chances de o país ser abordado nos con-
O Brasil foi o destino da primeira viagem de Abdo ao cursos deste ano. Mas não será tão difícil assim se inteirar
exterior após a eleição. Ele toma posse no dia 15 de agosto, sobre a Rússia. A mídia deve explorar bastante não apenas o
em Assunção, para um mandato de cinco anos. O presiden- evento esportivo, mas as principais questões sociais, políticas
te eleito do Paraguai disse ter feito a Temer a proposta de e econômicas do país.
“aprofundar o processo” para a construção de quatro pontes O evento se transformará no palco ideal para que o
de ligação entre os países. A construção das pontes é uma presidente Vladimir Putin, que concorrerá à reeleição nas
Conhecimentos Gerais

demanda antiga do país vizinho. eleições de março, tente mostrar uma imagem positiva de
Fonte: ebc.com.br, 11 de junho de 2018. seu país ao mundo. Apesar do baixo preço do petróleo, seu
principal item de exportação, e  das sanções econômicas
impostas pelas Europa e pelos EUA, a Rússia vem tentando
Crise no Brasil: a reivindicação por intervenção militar superar essas dificuldades com o estímulo à produção e ao
é constitucional? comércio interno.
Geopoliticamente, o país ainda é visto pelas potências
Desde 2013, o Brasil vive um clima de tensão e instabilida- ocidentais com preocupação, principalmente após os dis-
de política. Em 2016, houve o impeachment da ex‑presidente túrbios na Ucrânia em 2014, que levaram a Rússia a anexar
Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, assumiu o poder. a Crimeia. No Oriente Médio, Putin elevou o status de seu

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país ao desempenhar papel decisivo na luta contra o Estado Eleição na Alemanha: mais 4 anos de Angela Merkel
Islâmico e na manutenção de seu aliado, o ditador Bashar
Al‑Assad, no comando da Síria. Internamente, a  Rússia é Em 24 de setembro de 2017, aconteceram as eleições
criticada por perseguir a oposição política e as minorias, parlamentares na Alemanha. Você sabe como funciona o
principalmente homossexuais. sistema eleitoral de lá? Conheça os partidos e o modelo de
votação!
O risco permanente da Coreia do Norte Conquistando o quarto mandato depois de 12 anos à
frente do governo alemão, Angela Merkel é a chanceler
O ano de 2018, começou com uma notícia promissora: re-
eleita para os próximos 4 anos. Dos 61,5 milhões de alemães
presentantes da Coreia do Norte e do Sul tiveram o primeiro
encontro oficial em dois anos. Na conversa os norte‑coreanos aptos a votar, 76,2% participaram e levaram ao Bundestag
anunciaram que devem mandar uma delegação de atletas (parlamento alemão) o bloco conservador de Merkel e a
para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeong Chang, na entrada de um partido de ultradireita, chamado Alternativa
Coreia do Sul. No entanto, a  prudência recomenda não pela Alemanha (AFD). O discurso da AFD tende a ser xenó-
esperar muitos progressos. fobo e avesso à manutenção da moeda Euro, com 13,1% dos
Desde a guerra entre as duas Coreias (1950-1953),  as votos, sendo uma das surpresas na disputa eleitoral de 2017.
relações entre os dois países são pautadas pela hostilidade, Alguns motivos apresentados por especialistas e jornais
com algumas tentativas frustradas de negociações em inter- para a reeleição de Merkel foram:
valos esporádicos. Os significativos avanços no programa nu-
clear norte‑coreano realizados no ano passado fortaleceram • estabilidade e continuidade política;
o regime de Kim Jong‑Un e lhe deram poder para negociar • liderança e firmeza perante ameaças internacionais;
concessões econômicas com os EUA. Embora uma guerra não • período econômico de grande qualidade de vida e
esteja nos planos de nenhum dos lados envolvidos, o risco bem‑estar à população, no geral.
aumenta diante de qualquer erro de cálculo  – um teste
de um foguete norte‑coreano que atinja acidentalmente
o Japão, por exemplo, pode desencadear um conflito de Brasil
grandes proporções.
Febre amarela
A China se consolida como potência
Intensificação do surto preocupa as autoridades e a
O presidente chinês Xi Jinping ampliou ainda mais sua população. Saiba mais sobre as formas de transmissão,
liderança interna após o Congresso Nacional do Partido a prevenção e os sintomas da doença.
Comunista, realizado no ano passado. Com ar confiante, O verão chegou sob a ameaça da febre amarela silvestre.
anunciou que a China está preparada para assumir o papel de A doença é endêmica, ou seja, constante na maior parte do
potência mundial e o protagonismo nas relações internacio- país, mas o surto atual é considerado o pior da história.
nais. Para isso, a China avança em sua diplomacia econômica, Ele teve início no começo de 2017, atingindo  Minas Ge-
investindo em projetos de infraestrutura e empréstimos em
rais e Espírito Santo, além de alguns casos isolados em São
diversas partes do mundo para angariar aliados.
Paralelamente, o país tenta preencher o vácuo de poder, Paulo e Bahia. Após perder força no inverno, a doença voltou
com a gradativa retirada dos EUA da defesa do sistema mun- a se espalhar agora no verão de 2018, atingindo todo o Su-
dial e de seu papel de protagonista das principais decisões in- deste além do Distrito Federal.
ternacionais. Xi Jinping vem se tornando uma das vozes mais O avanço da doença levou a Organização Mundial de
proeminentes na defesa da globalização e do livre‑comércio Saúde (OMS) a considerar São Paulo como área de risco,
e se firma como uma liderança mais ponderada do que o recomendando a vacinação a todos os viajantes internacio-
presidente norte‑americano Donald Trump. nais que passarem pelo estado. Essa recomendação já vale
para todos os estados das regiões Norte e Centro‑Oeste,
Natureza em fúria Minas Gerais, Maranhão e parte dos estados da região Sul,
Bahia e Piauí.
A temperatura do planeta vem batendo seguidos re- Além de ficar atento contra o risco de adquirir a doença,
cordes desde o início do século, um sinal inequívoco das é importante informar‑se sobre a febre amarela porque as
alterações climáticas pelas quais a Terra vem passando. Se epidemias costumam ser tema importante nos concursos.
o cenário mais catastrófico, como a elevação do nível dos
A seguir, você confere alguns aspectos da doença que me-
mares a ponto de fazer submergir ilhas e cidades costeiras,
recem atenção nos seus estudos.
deve ocorrer a médio e longo prazo, alguns fenômenos
climáticos já começam a se intensificar como consequência
do aquecimento global. A febre amarela silvestre
Em 2017, a temporada de furacões no Oceano Atlântico
A febre amarela é provocada por um mesmo vírus, da fa-
Conhecimentos Gerais

foi uma das mais violentas dos últimos anos e as chuvas de


monções no Sudeste Asiático deixaram milhares de mortos. mília faviviridae, e pode ser transmitida por diferentes mos-
A tendência é que 2018 não seja diferente e diversos pontos quitos vetores. Quando ocorre nas matas, a febre amarela
do planeta sejam atingidos por extremos climáticos. Além é chamada de  silvestre e os principais hospedeiros  são
de furacões, tufões e tornados mais intensos, o mundo deve as diferentes espécies de macacos. Quando picados pela
presenciar fortes nevascas, como vêm ocorrendo neste fêmea do mosquito Haemagogus ou Sabethes os macacos
inverno no hemisfério norte, secas prolongadas e violentos infectados transmitem o vírus a ela e o mosquito passa a
temporais. Para os especialistas, se as alterações climáticas transmitir o vírus ao picar as pessoas. Importante ressaltar
não são responsáveis pela ocorrência direta desses fenôme- que os macacos são os hospedeiros da doença e eles não a
nos, o aquecimento global ajuda a torná‑los mais intensos transmitem diretamente ao ser humano.

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Fatos Políticos extinguida, totalizando 47 mil quilômetros quadrados de
terras indígenas e unidades de reservas biológicas que esta-
O que muda com a lei de migração? vam protegidas desde 1984. Entre o Pará e o Amapá, a área
• A nova lei facilitou o processo de obtenção de docu- poderia sofrer com desmatamento, garimpo e contaminação
mentos para legalizar a permanência do imigrante no de rios, segundo ambientalistas, devido à mineração. Além
Brasil, bem como o acesso ao mercado de trabalho disso, os povos indígenas e os vilarejos próximos estariam
regular e serviços públicos. ameaçados.
• Os imigrantes não podem mais ser presos por estarem A Justiça Federal suspendeu esse decreto e o governo
de modo irregular no país. federal emitiu nota com a intenção de levar o debate ao
• Permite aos imigrantes que se manifestem politica- público e aos parlamentares, voltando atrás na sua decisão.
mente, associando‑se a reuniões políticas e sindicatos.
• Diferente do Estatuto do Estrangeiro, a  lei também Entenda o fim da missão de paz da ONU no Haiti
trata dos brasileiros que vivem no exterior.
• A nova lei repudia expressamente a discriminação e a A Minustah permaneceu 13 anos no país mais pobre das
xenofobia. Américas, sob comando dos militares brasileiros
• A política de vistos humanitários foi institucionalizada. Terminou no dia 31 de agosto de 2017 a Missão das
Nações Unidas para Estabilização do Haiti, a  Minustah.
Corrupção passiva: votação salva Temer de denúncia Chefiada desde o início pelos militares brasileiros, a missão
de paz da ONU foi criada em junho de 2004 com o objetivo
Logo nos primeiros dias do mês de agosto, pairou no de tentar pacificar o país que estava à beira da guerra civil.
ar a ameaça de acontecer um novo impeachment no país: Após 13 anos, as tropas da ONU conseguiram evitar conflitos
o Presidente da República, Michel Temer, fora acusado de de grandes proporções, mas a missão não conseguiu acabar
corrupção passiva pela Procuradoria‑Geral da República com as intensas divisões políticas, agravadas pelo quadro
(PGR), por ter supostamente aceitado suborno de Joesley crônico de miséria.
Batista, empresário da JBS envolvido na Operação Lava Jato. O Haiti fica localizado no Caribe, ocupando a parte oci-
A Câmara votou o arquivamento da acusação formal da dental da ilha Hispaniola – no lado oriental fica a República
PGR, com placar final em: 263 deputados a favor, 227 contra, Dominicana. Foi a principal colônia francesa das Américas e
2 abstenções e 19 ausentes. Assim, entre boatos de renúncia a primeira a conseguir a libertação dos escravos, em 1789.
e de quem sucederia o cargo, Temer se manteve no poder. A independência veio em 1804, e o Haiti se tornou a primeira
república negra das Américas. No entanto, o país foi obrigado
Especialistas notaram que, nos discursos dos deputados,
a pagar uma indenização altíssima à França e sofreu com a
houve predomínio de palavras como ‘Reformas’ e ‘Estabi-
interferência dos EUA no início do século XX – fatores que
lidade’. No final do mês, uma segunda denúncia começou
contribuíram para a miséria e a instabilidade política que
em sigilo e ainda não se sabe muito sobre a nova acusação.
marcaram os anos seguintes.
Reformas: estagnações e principais votações
A Crise Política
A história do Haiti sempre foi marcada por grandes tur-
Logo após a vitória na Câmara, Temer garantiu que o bulências políticas. Um dos personagens mais influentes do
foco seria a Reforma da Previdência, a PEC 287, que altera país foi o médico François Duvalier, conhecido como Papa
o cálculo do benefício e das idades mínimas de aposenta- Doc. Eleito presidente em 1957, ele implementou uma das
doria, entre outras propostas. Enquanto o assunto ficou, na mais brutais ditaduras do mundo no século XX. Governou
verdade, um pouco estagnado ao longo de agosto de 2017, até morrer em 1971, quando foi substituído por seu filho,
entrou em jogo a Reforma Tributária, querendo reduzir cinco Jean‑Claude Duvalier, o Baby Doc, que deu continuidade ao
tributos para dois impostos mais centrais e simplificados. terrível regime por mais 15 anos. Em 1986, sob forte pressão
Nada foi aprovado ainda. popular, ele fugiu para a França.
Por outro lado, algumas propostas saíram do discurso e
foram votadas na Reforma Política de 2017: é possível que Terras indígenas
já vejamos mudanças nas próximas eleições! Afinal, sistema Para os grandes proprietários rurais, as demarcações de
eleitoral proporcional, distrital, distrital misto, distritão. terras indígenas representam um obstáculo para o avanço
do agronegócio. Desde que Temer assumiu a presidência em
Ocupação militar no Rio de Janeiro maio de 2016 e consolidou seu alinhamento com a bancada
ruralista e Temer, nenhum decreto de homologação para
Caso de guerra ou não, a cidade do Rio de Janeiro teve demarcações foi assinado pelo presidente.
suas ruas ocupadas por fuzileiros navais e tanques de guerra, Além disso, estão em trâmite na Câmara e no Senado
principalmente em comunidades dominadas por organiza- diversas medidas que afetam as comunidades indígenas e
ções criminosas e tráfico de drogas. Na tentativa de combate contam com o respaldo dos ruralistas. Uma delas é a Pro-
à alta criminalidade na região metropolitana fluminense, posta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000, que visa a
as Forças Armadas e as polícias federal e estadual executaram transferir do Executivo para o Legislativo o poder de apro-
Conhecimentos Gerais

a Operação Onerat (carga, em latim), que visa desarticular o var terras indígenas e quilombolas e ratificar ou até revisar
roubo de cargas e a venda de drogas ilícitas. A meta é cumprir demarcações já homologadas, além de vedar ampliação de
55 mandados, sem previsão para a retirada oficial das tropas. terra indígena já demarcada.

Amazônia: a exploração de riquezas aberta ao mercado Trabalho no campo


Outra pauta defendida pela bancada ruralista é a altera-
No final de agosto de 2017, uma região amazônica rica ção das regras do trabalho no campo. O próprio presidente
em ouro, ferro, cobre, manganês e outros minérios foi libe- da FPA, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB‑MT), é autor
rada para a extração comercial, em um decreto do governo do Projeto de Lei que deverá ser discutido por uma Comissão
federal. No entanto, para isso, uma reserva ambiental foi Especial na Câmara no segundo semestre.

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Entre as propostas apresentadas estão a possibilidade • exploração sexual, que faz cerca de 4,5 milhões de
de jornada de trabalho de 18 dias seguidos sem folga, a li- vítimas, sendo uma a cada quatro delas menor de
beração de trabalho aos domingos e feriados e a retirada idade;
da contabilização do tempo de deslocamento até o trabalho • o relatório aponta ainda que muitas crianças ao redor
como parte das horas trabalhadas – este último item é fun- do mundo são obrigadas por criminosos a pedir esmo-
damental para o trabalhador rural, que gasta muitas horas las nas ruas;
para chegar à área da produção agropecuária. • grande parte da escravidão moderna acontece em
Outros pontos polêmicos dizem respeito à segurança propriedades particulares como casas e fazendas,
e à saúde do trabalhador. O projeto tira dos ministérios da longe da visão do público.
Saúde e do Trabalho o estabelecimento de regras para a
manipulação de agrotóxicos. Além disso, o texto da proposta Como a escravidão moderna afeta o Brasil?
diz que a remuneração pode ser feita por meio de “salário De acordo com o último relatório da Fundação Walk Free,
ou remuneração de qualquer espécie”, o que abre brechas o Brasil possui 161,1 mil pessoas em trabalho escravo. Em
para que o trabalhador rural seja remunerado com moradia 2014, o número de pessoas nessa situação era 155,3 mil.
e alimentação – esta situação poderia ser caracterizada como Apesar do aumento, a Fundação considera que o país ainda
trabalho análogo à escravidão. apresenta uma baixa incidência, quando comparado com
outras nações, atingindo 0,078% da população. Nas Améri-
Um panorama da escravidão moderna no Brasil e cas, o Brasil só não possui incidência menor que os Estados
no mundo Unidos e o Canadá.
A escravidão moderna existe em todas as partes do A exploração no Brasil é mais concentrada nas áreas
mundo, gerando por ano um lucro de cerca de 150 bilhões rurais, especialmente no cerrado e na Amazônia. Entre as
de dólares. 936 pessoas em situação de exploração resgatadas em 2015,
O regime escravocrata desempenhou importante influ- a maioria era de homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível
ência sobre a estrutura social do Brasil, onde a escravidão de escolaridade e que migraram dentro do país em busca de
durou cerca de 300 anos e foi abolida através da Lei Áurea melhores condições de vida.
em 1888. Isso quer dizer que não existe mais escravidão
no país? Não exatamente! Mesmo que o trabalho escravo O Brasil tem avançado no combate ao trabalho escravo?
tenha sido banido no Brasil e em quase todos os países do Dados do Ministério do Trabalho mostram que nos últi-
mundo, ele continua a atingir muitas pessoas. Confira de mos 20 anos, quase 50 mil pessoas foram libertadas no Brasil
que forma a chamada escravidão moderna acontece na por ações dos grupos móveis de fiscalização. Esses grupos
sociedade brasileira e que medidas têm sido adotadas para são equipes compostas por auditores fiscais, procuradores
combater o problema. do trabalho e policiais fiscais ou rodoviário federais e atuam
desde 1995 na fiscalização do trabalho forçado.
O que significa escravidão moderna? A participação da escolta policial é necessária desde a
A expressão “escravidão moderna” é usada para desig- Chacina de Unaí em 2004, quando quatro funcionários do
nar as relações de trabalho em que pessoas são forçadas Ministério do Trabalho foram mortos em uma emboscada
a exercer uma atividade contra a sua vontade mediante quando investigavam uma denúncia de trabalho escravo em
formas de intimidação, como ameaça, detenção, violência fazendas da região.
física ou psicológica. A cada dia, em média cinco pessoas em trabalho forçado
A escravidão moderna é diferente da escravidão antiga, são libertadas no Brasil. Os estados com maior número de
praticada no Brasil durante os períodos colonial e imperial. resgates nos últimos cinco anos foram Minas Gerais (2 mil
A principal diferença é que, no período da escravidão antiga, resgates), Pará (1.808), Goiás (1.315), São Paulo (916) e
a lei permitia que uma pessoa fosse propriedade da outra, Tocantins (913).
um objeto que poderia ser negociado em troca de dinheiro. Há ainda em vigor no país o 2º Plano Nacional para
Hoje, o Código Penal Brasileiro proíbe que uma pessoa seja Erradicação do Trabalho Escravo, elaborado pela Comissão
tratada como mercadoria. Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae),
Outra distinção é que os custos para adquirir um escravo formada por diversas instituições governamentais, interna-
eram mais altos antes, quando ele precisava ser comprado. cionais e da sociedade civil, onde buscam realizar ações para
Hoje, as pessoas em situação de escravidão são geralmente combater e prevenir o trabalho escravo no Brasil.
aliciadas e muitas vezes o patrão gasta apenas com o trans- Por fim, uma nova mudança é a tramitação no Senado de
porte até a propriedade. uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para tornar
Atualmente, a escravidão atinge mais de 45,8 milhões imprescritível o crime de submissão de alguém ao trabalho
de pessoas em todo o mundo. É o que diz o Índice Global escravo. A proposta foi apresentada pelo senador Antônio
de Escravidão, publicado em 2016 pela Fundação Walk Free, Carlos Valadares (PSB‑SE) e aguarda indicação de relator na
da Austrália. A organização define a escravidão como “uma Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
situação de exploração da qual não se consegue sair porque
Conhecimentos Gerais

está sob ameaça, violência, coerção ou abuso de poder”. Desmatamento


Como principais tipos de trabalho que empregam mão
de obra escrava, a Walk Free aponta: Bancada Ruralista
• a indústria da pesca, onde milhares de pessoas são O grupo representa os interesses de latifundiários e
forçadas a trabalhar em barcos de pesca, podendo grandes proprietários de terra no Congresso Nacional e,
permanecer anos sem ver a costa. As  vítimas desse entre outras demandas, defende a ampliação das áreas
tipo de trabalho relatam que quem é pego tentando destinadas à agropecuária na Amazônia. A bancada exerceu
escapar pode ser morto ou lançado ao mar; forte pressão sobre o governo Temer para que o presidente
• trabalhos vinculados às drogas, que empregam inclu- levasse adiante um pacote de medidas que reduzem o grau
sive trabalho escravo infantil; de proteção das florestas na Amazônia.

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Renca Provocação ou censura
A Reserva Nacional do Cobre e Associados faz parte do A arte costuma ser provocadora, na medida em que
plano de expansão do setor mineral encaminhado pelo go- pode questionar valores sociais. Por isso, muitas obras geram
verno federal. Cerca de 85% de sua área está sob proteção. polêmica e escândalos. Censura é uma maneira de limitar a
Em 2017 o governo tentou editar uma medida provisória criatividade do artista e retirar da sociedade a oportunidade
extinguindo a reserva e permitindo a exploração de sua de refletir sobre determinados temas.
área não protegida por grandes mineradoras. Devido a forte
pressão interna e externa, que alertaram sobre a destruição Influências
A polarização política que divide a sociedade brasileira,
ambiental que esses empreendimentos trariam, a  MP foi
não raro, extrapola para outros temas. Questões partidárias
suspensa. e ideológicas também estavam em jogo na polêmica das
obras de arte – os protestos foram mobilizados por grupos
Jamanxim de direita, e a defesa, por intelectuais e populares alinhados
A Floresta Nacional (Flona) e o Parque Nacional do Ja- com a esquerda.
manxim (Parna) são duas áreas com alto nível de proteção
ambiental. O  governo federal editou duas medidas provi- Mundo
sórias alterando o status de partes da Flona e do Parna do
Jamanxim para áreas de proteção ambiental, que permite Encontro entre Trump e Kim Jong‑un é destaque na
exploração dos recursos naturais pela iniciativa privada, imprensa mundial (11/6/2018)
incluindo a mineração. Após pressão de ambientalistas e de
governos estrangeiros, a MP relativa ao Flona foi suspensa. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que
No entanto, o governo encaminhou um projeto de lei com cerca de 120.000 cidadãos norte‑coreanos estão detidos em
o mesmo texto, que será votado em 2018 pelo Congresso. campos de trabalho forçados e um sem número de crianças
O Parna do Jamaxim, contudo, perdeu 862 hectares de sua têm alimentação deficitária.
área, transformados em APA. Apesar das várias sanções da ONU contra Pyongyang,
a Casa Branca deixou no ar a possibilidade de Kim participar
Desmatamento da Assembleia Geral da ONU em Nova York neste ano.
Trump também não descartou a possibilidade de Kim
A taxa de desmatamento da Amazônia caiu 16% em 2017.
Jong‑un ser recebido na Casa Branca em breve. Mas para alia-
Ainda assim, o nível está acima dos índices registrados no dos dos EUA, como o Japão, talvez o mais preocupante seja a
período entre 2011 e 2015 e da meta estabelecida pela Po- retirada dos ativos militares de Washington da região asiática.
lítica Nacional de Mudança do Clima. Um dos compromissos O presidente estadunidense surpreendeu quando clas-
assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, sobre as mudanças sificou os exercícios militares que costuma realizar com a
climáticas, é restaurar 12 milhões de hectares de florestas e Coreia do Sul na região como “provocativos”, um termo que
zerar o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030. costuma ser usado pela própria Coreia do Norte e pela China.

Cultura Trump retira EUA do acordo nuclear com o Irã

Polêmica No dia 10 de maio de 2018 o presidente norte‑americano,


Donald Trump, anunciou sua decisão de retirar os Estados Uni-
Mostras de arte realizadas em 2017 – como a exposição dos, do acordo nuclear com o Irã. O pacto, feito em 2015, foi
celebrado após um compromisso do Irã em limitar suas ativi-
Queermuseu, em Porto Alegre, e uma performance no Mu-
dades nucleares em troca do alívio nas sanções internacionais.
seu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) – levaram grupos Trump chamou o acordo de desastroso e disse que o
da sociedade civil a protestar por julgarem que elas feriam “pacto celebrado jamais deveria ter sido firmado”, porque
a moral cristã e incentivavam a pedofilia. Defensores das não provê garantias que o Irã tenha abandonado mísseis
obras e de seus autores consideraram as críticas uma forma balísticos.
de censura, fruto da intolerância de grupos conservadores
e fundamentalistas religiosos. Imigrantes fazem manifestação e greve de fome para
entrar nos Estados Unidos
Críticas
Um dos questionamentos centrais foi a presença de Uma manifestação de imigrantes da América Central,
crianças nas exposições, o  que contrariaria as normas do que acontece anualmente desde 2010, acabou em conflito,
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O estatuto proíbe com envio da guarda nacional norte‑americana à fronteira
a exposição de crianças e adolescentes a situações constran- entre EUA e México e uma greve de fome de 15 imigrantes.
gedoras ou que possam comprometer seu desenvolvimento Os imigrantes protestam no estado de Oaxaca por ainda
psicológico. E obriga organizadores a alertar sobre o conte- não terem recebido vistos humanitários temporários. Segun-
údo dos espetáculos, com a classificação etária indicativa do entidades de defesa humanitária, os documentos foram
prometidos pelo presidente do México, Enrique Peña Nieto.
(indicação da idade mínima recomendada).
Conhecimentos Gerais

O que é arte
Educação
A repercussão dos protestos jogou luz no debate sobre Estado laico
o que é ou não arte. O conceito de arte está em constante
mudança, acompanhando a evolução da sociedade. A arte É aquele que mantém neutralidade e não adota nenhu-
já foi considerada a representação do belo  – noção que ma religião como oficial – é o caso do Brasil. A Constituição
também se altera ao longo do tempo. Outra questão é que prescreve a separação entre o Estado e a Igreja e garante a
nem sempre o que um artista pinta significa que ele seja liberdade de religião como direito fundamental. Além disso,
a favor do objeto ou da cena representada. Muitas vezes, proíbe relações de dependência ou aliança com qualquer
é crítica ou ironia. religião.

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Ensino religioso tos humanos temem que os militares infrinjam as garantias
No ensino religioso confessional as aulas seguem os constitucionais dos cidadãos.
ensinamentos de uma religião específica, podendo ser
ministradas por seus representantes. Já no não confessio- Causas da violência
nal, as  aulas devem contemplar todas as religiões, numa A violência no país é motivada por algumas causas
perspectiva plural. estruturais, como o inchaço das periferias e a favelização,
a desigualdade social e a desestruturação familiar. O tráfico
Legislação de drogas, por sua vez, alimenta o crime organizado e gera
A Procuradoria‑Geral da República (PRG) ajuizou no recursos para compras de armas e corrupção de agentes
Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Incons- do Estado.
titucionalidade (ADI) sobre o ensino religioso nas escolas
públicas brasileiras. Para a PGR, as  aulas de religião não Violência policial
podem ser confessionais, pois atentam contra o princípio da A política de segurança baseada na repressão e na lógica
laicidade do Estado brasileiro garantido pela Constituição. Já do enfrentamento torna a polícia brasileira uma das mais
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê o ensino letais do mundo. Em 2016, 4.222 pessoas foram mortas pela
religioso, de matrícula facultativa, alertando que é vedado o polícia, índice que evidencia o uso abusivo da força letal
proselitismo (intuito de conversão a uma crença). como resposta pública ao crime. O despreparo e a falta de
estrutura também provoca o assassinato de muitos policiais,
Decisão do STF a maioria em ações fora de serviço.
Em setembro de 2017, o  STF julgou constitucional o
ensino confessional nas escolas públicas, autorizando, dessa Transporte
forma, essa modalidade de ensino. Posteriormente, a Base
Nacional Comum Curricular, homologada em dezembro de Matriz de Transporte
2017, incluiu a disciplina de ensino religioso nos nove anos
do Ensino Fundamental, como conteúdo de oferta obrigatória É o conjunto dos meios de transporte (modais) de produ-
pelas escolas e de matrícula facultativa. tos e pessoas, pelas vias terrestre, fluvial, aérea e por dultos.
A matriz é medida pelos volumes transportados e sua distri-
Consequências buição, em porcentagem, entre essas quatro modalidades.
A decisão gerou controvérsia ao distanciar‑se do conceito
de uma educação pública laica e tem potencial para ampliar Concessões
a disputa entre as diversas religiões no campo da educação – São a principal forma pela qual os governos federal e
religiões majoritárias, como o catolicismo, tendem a ser dos estados, principalmente, transferem às empresas da
favorecidas. Mas ainda há incertezas sobre a aplicação da iniciativa privada a construção, reformas ou a administração
medida, já que não se sabe como a disciplina será ministrada de rodovias, aeroportos, ferrovias e portos já construídos.
nem qual será o papel do Estado na definição de conteúdos. As empresas investem em infraestrutura, por exemplo, em
troca de retorno financeiro, como a cobrança de pedágios
Segurança em rodovias. O governo Temer iniciou um programa que pre-
tende acelerar e ampliar fortemente as concessões federais.
Violência no Brasil Em março de 2017, a administração de quatro aeroportos
(Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Florianópolis) passou
Em 2016, mais de 61 mil pessoas foram assassinadas para a iniciativa privada.
no Brasil, o maior índice já registrado na história. A taxa de
homicídios por 100 mil habitantes é de 29,7. Homens, jovens, Transporte Intermodal
negros e moradores das regiões metropolitanas das maiores Matrizes eficientes são construídas com a logística de
capitais constituem a fatia mais vulnerável da população. transporte intermodal, concepção planejada de integrar e
O número de homicídios vem crescendo em cidades médias aproveitar os diferentes meios. Isso inclui sua adequação
e pequenas. ao tipo e volume de produtos transportados, distâncias que
serão percorridas e criação de áreas de carga e de armaze-
Violência no Rio namento. O objetivo é otimizar recursos e minimizar custos
financeiros e ambientais.
Em 2017, 6,7 mil pessoas foram vítimas de homicídios
no estado. Com a decadência das Unidades de Polícia Pa- Desequilíbrios
cificadoras (UPPs) e a crise financeira no estado, que afeta O Brasil transporta mais de 60% de suas mercadorias
investimentos em segurança, o crime organizado voltou a por rodovias, o  que distorce a matriz, já que ferrovias e
avançar sobre territórios que já tinham perdido. hidrovias são mais indicadas para grandes volumes e dis-
Conhecimentos Gerais

tâncias. A predominância das rodovias em nossa matriz tem


Intervenção início nos anos 1920, com a exportação de café, e cresce
A escalada da violência no Rio de Janeiro levou o presi- na década de 1950, com a chegada de montadoras estran-
dente Michel Temer a autorizar uma intervenção na seguran- geiras ao país.
ça pública do estado. Foi nomeado um interventor, o general
Walter Braga Netto, que passa a ter poder para administrar e Custo Elevado
reestruturar a segurança pública do estado. Com a medida, A ausência de uma matriz eficiente e equilibrada acarreta
o governo espera que as Forças Armadas auxiliem a polícia prejuízos para os produtores e afeta a economia como um
no combate ao crime organizado e melhorem a eficiência da todo. Devido ao déficit de infraestrutura, os produtos brasi-
segurança pública. No entanto, grupos de defesa dos direi- leiros tornam‑se menos competitivos no mercado externo,

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pois os produtores repassam aos seus preços o alto custo O Brasil no ranking
do transporte. O Brasil ocupa 90º posição em ranking de 144 países.
Nosso país caiu 11 posições em relação ao ano passado.
Política Brasil Os dados mostram o Brasil bem posicionado nas categorias
de igualdade na educação e saúde. Na educação e saúde. Na
Lava Jato educação, o Brasil conseguiria atingir a igualdade de acesso
em apenas 13 anos.
É uma grande operação iniciada pela Polícia Federal (PF), Mas sua média é puxada para baixo por causa da desi-
em março de 2014, para investigar corrupção na Petrobras. gualdade política. No quesito representatividade política,
Pelo esquema, um grupo de empreiteiras decidia entre elas pelo ritmo atual, seriam necessários 99 anos para atingir o
equilíbrio de gênero. O Brasil aparece na 110º posição, atrás
a distribuição dos contratos da estatal. O dinheiro excedente
de países como Marrocos, Mali, Argélia, Argentina, Colômbia,
era destinado às empreiteiras, aos  diretores da Petrobras
Peru, Chile e México.
e a políticos e seus partidos como forma de perpetuar o O Brasil tem poucas mulheres em cargos políticos e no
esquema de corrupção. Legislativo. Na Câmara Federal, por exemplo, as mulheres
conquistaram apenas 9,9% das cadeiras nas eleições de
Lula Condenado 2014. No Senado, elas representam 13 das 81 cadeiras (16%).
E no governo do presidente Michel Temer, somente 2 dos 28
O ex‑presidente Lula foi condenado a 12 anos e um mês ministérios são ocupados por mulheres.
de prisão pelo TRF-4, em segunda instância, por corrupção e
lavagem de dinheiro. Segundo a sentença, Lula pediu para a Motivos para a desigualdade
construtora OAS reformar um apartamento triplex em Gua- Qual seriam os motivos para tanta disparidade econô-
rujá (SP), que a empreiteira lhe daria em troca de decisões mica? Segundo a pesquisa, em muitos lugares, o que existe
favoráveis em contrato entre a empresa e o governo. O tribu- é a pura discriminação – mulheres ocupam a mesma função
nal decidiu que Lula deve ser preso assim que se esgotarem de seus colegas homens e ganham menos para realizar a
os recursos que ele pode apresentar. A Constituição define mesma tarefa.
que alguém só pode começar a cumprir pena de prisão após Mas o principal motivo seria outro: as mulheres ainda são
cumpridos todos os níveis de recursos, mas o STF decidiu as principais responsáveis pelo cuidado da casa, dos filhos e
recentemente que a partir da condenação em segunda ins- dos idosos. Com a pausa do trabalho ou a jornada reduzida,
tância, caso de Lula, o condenado já pode ser preso. diminuem‑se também as suas oportunidades de carreira ou
até mesmo a possibilidade de voltar a ocupar um emprego
Eleição bem remunerado. Pesa ainda que mulheres com filhos são
preteridas por empresas que não querem pagar benefícios
Mesmo condenado, e eventualmente preso, Lula pode se como a licença‑maternidade.
candidatar a presidente na eleição deste ano. Essa situação
também envolve um impasse: de acordo com a Lei da Ficha Políticas de incentivo à igualdade
Limpa, um condenado em segunda instância não pode dispu- As maiores economias do mundo estão estimulando
tar eleições, mas Lula pode recorrer tanto na Justiça Eleitoral políticas para combater a desigualdade de gênero. “A igual-
quanto ao STF e arrastar o processo até depois das eleições. dade de gênero é um imperativo moral e econômico. Alguns
países entenderam isso e agora estão colhendo os dividendos
Abusos das medidas tomadas para tratar o tema”, afirmou Saandia
Zahidi, do Fórum Econômico Mundial.
Tramita no Congresso o projeto que altera a Lei de Abu- No Reino Unido, empresas com mais de 150 funcionários
são obrigadas a divulgar as diferenças salariais. Dessa for-
so de Autoridade, que prevê punição a juízes, promotores,
ma, uma funcionária poderá constatar se ganha menos que
procuradores e delegados que cometerem excessos. Entre
seus colegas na mesma posição. Os governos da Alemanha,
as práticas tidas como abuso de autoridade estão obter
Estados Unidos, Suíça e Bélgica também possuem regras
provas por meios ilícitos e decretar a condução coercitiva de semelhantes.
testemunha ou investigado sem intimação prévia. A questão A Islândia é considerada o melhor lugar para ser mulher.
envolvendo eventuais excessos da Lava Jato é delicada, Em 2018, o  país se tornou o primeiro do mundo a impor
pois é muito tênue a relação entre o abuso do poder e a igualdade salarial entre homens e mulheres. Agora empre-
impunidade. gadores que não pagarem o mesmo para ambos os gêneros
terão que pagar multa. No país, também existem cotas de
Direitos humanos: igualdade salarial entre homens e gênero e mulheres ocupam 41% dos cargos no parlamento.
mulheres só será alcançada em 217 anos
A desigualdade entre homens e mulheres é um problema Economia
mundial e voltou a crescer após uma década de avanços. Um
estudo do Fórum Econômico Mundial (FEM) de 2017 concluiu A importância das exportações para o Brasil
Conhecimentos Gerais

que se as mudanças não acelerarem, não será possível elimi-


nar a diferença econômica global entre mulheres e homens Afinal, por que é tão importante enviar nossos produtos
nos próximos dois séculos. para o exterior? Entenda a relevância das exportações.
O relatório “Global Gender Gap Report 2017” anali- Você deve se lembrar da  Operação Carne Fraca, rea-
sou dados de 144 países em quatro temas fundamentais: lizada pela  Polícia Federal, que desvendou um esquema
trabalho, educação, saúde e política dos gêneros. Foram em que funcionários de empresas do setor de frigoríficos
calculados quantos homens e mulheres participam da força pagavam propina a funcionários públicos responsáveis pela
de trabalho, a remuneração recebida e o crescimento no em- fiscalização da qualidade dos produtos, para que permitis-
prego. Também foram analisados dados de escolaridade e de sem a sua venda mesmo fora da validade ou em condições
representatividade política (mulheres em cargos políticos). impróprias para consumo.

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A notícia, claro, foi muito mal recebida tanto por con- andares no centro de São Paulo. O prédio, que pertencia à
sumidores brasileiros, quanto por parceiros comerciais União e já havia sido cede da Polícia Federal, era ocupado
mundo afora, que não tardaram em anunciar a suspensão por 146 famílias ligadas ao movimento sem‑teto Luta por
da importação de produtos das empresas envolvidas no Moradia Digna (LMD), que viviam precariamente no local.
escândalo – como as gigantes JBS e BRF. O desabamento do edifício expôs o drama habitacional
O caso derrubou o valor das ações dessas empresas na em São Paulo, onde milhares de pessoas não possuem
Bolsa de Valores de São Paulo e veio em momento delicado, condições dignas de moradia. Trata‑se de um dos principais
no meio de uma das mais severas crises econômicas que o problemas sociais que as cidades brasileiras enfrentam
país já viveu. Além de tudo, manchou – mesmo que tempo- atualmente e um tema que pode ser cobrado no vestibular.
rariamente – a imagem de um relevante produto da pauta Confira a seguir alguns conceitos importantes sobre a
exportadora brasileira. questão habitacional nas grandes cidades para você com-
preender melhor a dimensão do problema.
A importância do comércio internacional
Para entender a importância das exportações, é preciso
Déficit habitacional
entender a relevância do comércio internacional como um
todo. A teoria econômica clássica, desenvolvida a partir do
século XVIII, já apresentava argumentos a favor da partici- É o termo usado para expressar o número de pessoas
pação dos países no comércio internacional. vivendo sem condições apropriadas de moradia. Segundo
As parcerias comerciais, de acordo com essa teoria, sem- estudo da Fundação João Pinheiro em parceria com o Mi-
pre seriam benéficas a todos os envolvidos por causa de uma nistério das Cidades, o número de domicílios considerados
coisa chamada vantagem comparativa. Segundo esse con- inadequados em 2013 era de 5,8 milhões, o equivalente a
ceito, criado pelo intelectual inglês David Ricardo, cada país 9% do total de habitações.
seria mais produtivo do que outro em alguma área específica Para calcular o déficit habitacional são levados em conta
da economia. E essa diferença de produtividade tornaria o quatro fatores:
comércio algo positivo para todos os seus envolvidos. – habitações precárias, como casas em áreas de risco,
sem saneamento básico e ocupações de mananciais;
Na prática, como é a dinâmica das exportações? – coabitação familiar, no caso de uma ou mais famílias
É preciso fazer a ressalva de que esse é apenas um dividirem a mesma residência por falta de opção;
exemplo simplificado da teoria das vantagens comparativas, – excesso de moradores em domicílio alugados, quando
que continuou a ser aprimorada nos séculos seguintes. Esse mais de três pessoas compartilham um mesmo dormitório;
modelo teórico também ganhou críticas, como a teoria da – ônus excessivo com aluguel, quando mais de 30% da
deterioração dos termos de troca, da Cepal (Comissão Eco- renda familiar é gasta com moradia. Este fator é o de maior
nômica para a América Latina), segundo a qual o comércio peso, sozinho ele atende por 44% do déficit habitacional
internacional pode ser mau negócio para países em desen- do país.
volvimento, normalmente com vantagens comparativas em
produtos agrícolas, de baixo valor agregado.
Especulação imobiliária
Mesmo sendo um país considerado industrializado,
o agronegócio continua a ser um dos setores mais fortes da
economia brasileira. Isso pode ser verificado na relação de Um dos mais relevantes motivos para o gasto excessivo
produtos mais exportados por empresas brasileiras. com o aluguel é a especulação imobiliária, que ocorre a partir
Em 2016, segundo dados do Ministério da Indústria, da valorização de um terreno ou imóvel e pode se dar de duas
Comércio Exterior e Serviços, a carne de frango congelada, maneiras: com o investimento privado a fim de aumentar o
fresca ou refrigerada correspondeu a 2,92% das exportações preço final, ou com obras públicas de melhoria dos entornos
brasileiras. Já a categoria “Carne de bovino congelada, fresca e dos serviços. Não é raro que o segundo caso ocorra em
ou refrigerada” correspondeu a 2,35% das exportações. Ou áreas previamente compradas por grandes investidores, que
seja, apenas esses dois produtos, de baixo valor agregado, se beneficiam com o aumento dos preços de seus terrenos e
foram responsáveis por trazer cerca de 1 em cada 20 dólares imóveis a partir dos investimentos governamentais na região.
vindos de exportações do nosso país. A especulação imobiliária é ilegal, pois atenta contra a
Essas medidas, mesmo que temporárias, geraram gran- função social da propriedade, que é a exigência constitucio-
des perdas: as empresas JBS e BRF – duas gigantes do setor nal para que todo terreno ou edificação tenha uma destina-
alimentício brasileiro – chegaram a R$ 5,5 bilhões apenas ção socialmente útil. Em tese, a lei impede que esses imóveis
um mês após o início da Carne Fraca. fiquem ociosos e à mercê de especuladores, que mantêm os
Pode‑se dizer que o caso reafirmou a importância do estabelecimentos vazios esperando uma futura valorização.
comércio internacional para o Brasil – e também a lição de Ainda assim, esta é uma prática econômica comum em países
que negligenciar a qualidade de nossos produtos terá sempre com crescente urbanização, como o Brasil.
um preço alto para o país.
Conhecimentos Gerais

Gentrificação
Sociedade
Trata‑se da expulsão imobiliária de um grupo de pesso-
O problema da moradia nas grandes cidades as de baixa renda de uma região, bairro ou cidade, para a
brasileiras
entrada de outro, com maior poder aquisitivo. O processo é
necessariamente forçoso e assemelha‑se a uma higienização
Desabamento de edifício de 24 andares revela o drama
do déficit habitacional na cidade de São Paulo social. Em geral, acontece através do aumento dos valores
Na madrugada do dia 30 de abril para o 1º de maio, um dos imóveis e aluguéis por mudanças nas leis de zoneamento
incêndio provocou o desabamento de um edifício de 24 e melhorias nos serviços públicos e privados, como pavimen-

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tação das vias, saneamento, iluminação e novos comércios. prio governo (como em Mianmar, Índia e Arábia Saudita) ou
Isso obriga a população local a deslocar‑se para áreas mais de grupos religiosos extremistas, como o Estado Islâmico.
periféricas, com piores serviços e baixa qualidade de vida.
Dessa forma, o  espaço sofre uma reorganização de suas Xenofobia
características culturais, socioeconômicas e arquitetônicas. A estagnação econômica, a crise dos refugiados e o temor
A segregação socioespacial diminui a qualidade de vida do terrorismo acentuaram a aversão e o medo de pessoas de
e incentiva a ocupação de encostas e o crescimento desor- culturas diferentes (em geral, estrangeiros), em diversas regi-
denado das favelas. De acordo com Censo 2010, o  mais ões do mundo. Isso levou os EUA e alguns países da Europa
recente realizado pelo IBGE, o Brasil tem mais de 11 milhões a adotar um discurso nacionalista e conservador, e políticas
de pessoas vivendo em favelas. Quase 60% dessa população anti‑imigração, como a construção de muros para barrar a
está concentrada nas regiões metropolitanas de São Paulo, entrada de imigrantes. No Brasil, o aumento do número de
Rio de Janeiro, Salvador, Belém e Recife. refugiados é acompanhado pelo crescimento da xenofobia.

Os movimentos sociais e o poder público Gênero


Pelo menos uma pessoa LGBT é assassinada por dia no
Desde 1948 o direito à moradia digna consta na Decla- Brasil – o país é campeão mundial de homicídios de transgê-
ração Universal dos Direitos Humanos, das Nações Unidas. neros. Essas pessoas também estão expostas ao preconceito
É também um direito básico assegurado pela Constituição e exclusão social. No mundo, a prática homossexual é con-
brasileira de 1988, sendo, portanto, um dever do poder siderada crime em mais de 70 países – em sete deles, como
público criar condições mínimas para o amplo acesso da po- o Sudão e o Irã, é punida com pena de morte.
pulação. De acordo com a Lei Maior do Brasil, a promoção de
programas de construção de moradia popular, bem como de Tecnologia
melhorias nas condições habitacionais, é uma competência
comum da União, dos Estados e Municípios. Internet: rede de intrigas
O objetivo dos movimentos sociais, como a Frente de
Luta pela Moradia (FLM) e o Movimento dos Trabalhadores Internet
Sem Teto (MTST), é pressionar o poder público no sentido
de mudar as leis que regulam o reajuste do aluguel, impedir Notícias Falsas
a gentrificação, acelerar e ampliar os projetos habitacionais, A disseminação de fake news pela internet é um fator que
e também exigir soluções emergenciais para casos críticos. vem afetando eleições no mundo e pode atingir a disputa
Entre suas principais estratégias de ação direta está a ocu- presidencial neste ano no Brasil. Embora a veiculação deli-
pação de prédios e terrenos públicos ociosos, bem como de berada de mentiras no meio político seja uma prática antiga,
imóveis abandonados. a  novidade é a velocidade de sua propagação nas redes
sociais (Facebook e Twitter), em aplicativos de mensagens
Relações Pessoais no Século XXI (WhatsApp) e em sites de notícias falsas.

Intolerância: os limites da liberdade de expressão Trump e Fake News


O uso maciço de fake news na internet marcou a cam-
Conceito e Causas panha presidencial norte‑americana de 2016. Investigações
Intolerância é a não aceitação das diferenças e a incapaci- conduzidas por autoridades apontam que o republicano
dade de reconhecer uma opinião divergente. Manifestações Donald Trump teria sido favorecido por operadores russos
de ódio têm crescido no Brasil e no mundo devido a fatores que disseminaram informações falsas para prejudicar a
como a crise política e econômica e o fortalecimento do indi- candidatura da democrata Hillary Clinton.
vidualismo e da cultura do medo. A internet e as redes sociais
também têm papel central na visibilidade e na repercussão Combate às Fake News
dos episódios de intolerância. Facebook e Google adotaram providências para coibir a
prática, entre elas o estabelecimento de parceria com grupos
Racismo de checagem de notícias para atestar a veracidade de seu
A discriminação com base em características físicas, como conteúdo. O Facebook também decidiu que o feed de cada
a cor da pele, tem origem na escravidão e ainda hoje persiste internauta passará a priorizar posts de amigos e familiares
nos países que adotaram esse sistema, como os EUA e o em detrimento das páginas jornalísticas e de empresas. Já
Brasil. Devido ao preconceito racial, os negros são os mais o Google implantou um selo de verificação de fatos para
afetados pela violência, os que têm os mais baixos salários combater conteúdos enganosos.
Conhecimentos Gerais

e escolaridade e representam a maior parte da população


carcerária do país. Fake News: Notícias falsas são uma ameaça para as
eleições de 2018
Religião O ex‑presidente Lula foi expulso de um restaurante no
Os seguidores das crenças de matriz africana, como um- Nordeste. O deputado Jair Bolsonaro teria o rosto estampado
banda e candomblé, são os principais alvos da intolerância nas latas de Pepsi em sinal de apoio a sua candidatura. E o juiz
religiosa no Brasil, fenômeno que tem relação direta com o Sérgio Moro pediu para a população não reeleger nenhum
racismo. Em algumas nações, a situação é ainda mais grave, político. O que essas notícias têm em comum? Todas são fal-
quando as restrições à liberdade de religião partem do pró- sas e foram tidas como verdadeiras por milhares de pessoas.

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Diariamente, as fake news (notícias falsas) circulam pela Intolerância: do ódio à barbárie
internet e se espalham rapidamente por plataformas como
Facebook, WhatsApp e Youtube. Fatos mentirosos não são O que gera a intolerância
novidade, mas ganharam uma escala sem precedentes com Um interessante entendimento das razões da intolerância
as redes sociais. Muitas podem ter um alcance maior do é o da antropóloga francesa Françoise Héritier (1933-2017).
que as informações da imprensa e de fontes reconhecidas Segundo ela, a intolerância está associada à dificuldade de
como confiáveis. reconhecer a expressão da condição humana no que nos
Em geral, essas notícias trazem informações curiosas, é absolutamente diverso. Ser intolerante seria “restringir
apelativas, com apelo à emoção, sensacionalistas ou com a definição de humano aos membros do grupo; os outros,
grande potencial de clique ou leitura. Existe também a proli- sendo não humanos, podem ser tratados como tais”. Está aí
feração de notícias enviesadas, as chamadas junk news, que uma das chaves para a compreensão das causas do aumento
se caracterizam por tirar o contexto de um assunto para dar da intolerância nos últimos tempos. A ela se juntam outras:
outro sentido para o fato.
Isolamento e cultura do medo
As desigualdades sociais e culturais reforçam o isola-
Novas regras eleitorais combatem as notícias falsas
mento dos indivíduos em grupos que não reconhecem no
A Justiça Eleitoral também está preocupada com o fe-
outro um semelhante, mas sim uma ameaça. Esse senti-
nômeno das fake news nas próximas eleições. Em fevereiro,
mento costuma ser materializado contra aqueles excluídos
o  governo divulgou novas regras eleitorais que tratam do
historicamente, como negros e índios. O temor do desco-
assunto. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nhecido torna‑se mais real e ameaçador com a inclusão
ministro Luiz Fux, afirmou que o combate às notícias falsas social e econômica desses grupos, como ocorreu no Brasil a
durante a campanha das Eleições 2018 será uma prioridade partir de meados dos anos 2000. Nos países desenvolvidos,
do órgão. a chegada de refugiados da África e do Oriente Médio gera
A legislação eleitoral vigente também veta qualquer um sentimento de deslocamento social e econômico e de
tipo de propaganda paga em sites de notícias da internet perda de laços identitários, que também leva a considerar
ou empresas, salvo mecanismos de busca. No âmbito das o estrangeiro como inimigo.
redes sociais, o  candidato pode impulsionar as postagens
em seu próprio perfil, desde que a mensagem seja em seu Individualismo e imediatismo
próprio benefício (não podem impulsionar a postagem que A substituição da ideia de coletividade e de solidariedade
falar mal do adversário). pelo individualismo, em que falta a experiência do lugar co-
mum e do convívio social, leva o indivíduo a não considerar
Vivemos em uma bolha? mais o outro e pensar apenas na satisfação imediata de seus
Notícias não servem apenas para informar ou convencer. desejos e interesses pessoais. Esse imediatismo também
Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) tomou o lugar da reflexão: a falta de interesse em ouvir
mostra como as redes sociais reforçam a propensão humana argumentos contrários às ideias preconcebidas favorece a
a buscar informações que se alinhem a ideias preconcebidas. proliferação de atos e comentários intolerantes.
A pesquisa de 2016 concluiu que a interação com notícias
partidarizadas fortalece a sensação de pertencimento a um Crise política e econômica
grupo. A falta de perspectivas de ascensão social abre espaço
As notícias falsas alimentariam ainda o mecanismo da para a adesão a discursos extremistas e xenófobos, como os
“bolha de filtro” das redes sociais. Empresas como o Google dos partidos de extrema direita. A crise fomenta o ódio e a
e o Facebook usam algoritmos que identificam interesses discriminação a determinados grupos, identificados como os
do usuário e filtram o conteúdo que vai aparecer no feed culpados pela crise. Ao mesmo tempo surge um terreno fértil
de notícias usando critérios de relevância, com base no que para “salvadores da pátria”, candidatos, grupos e partidos
a pessoa ou amigos dela curtiram. Os algoritmos priorizam com discurso autoritário  – segundo eles, a  única maneira
de colocar ordem no caos.
qualquer tipo de conteúdo que capture a atenção popular,
o que acentua o impacto de uma mentira.
O papel das redes sociais
Se episódios de intolerância no Brasil e no mundo sempre
Eleições no Brasil
ocorreram, é certo que a internet e, sobretudo, as mídias
O acirramento da intolerância e da polarização política
sociais impulsionaram a visibilidade, o alcance e a repercus-
faz das eleições marcadas para outubro deste ano as mais são desses fatos. Com a internet, as discussões e as opiniões
imprevisíveis das últimas décadas, o  que tende a ser um ganharam exposição pública e alcançaram um novo patamar.
terreno fértil para a proliferação das fake news. Um post intolerante, por exemplo, pode ser replicado para
Conhecimentos Gerais

milhares de pessoas, em diferentes lugares do mundo, de for-


Regulamentação ma ultraveloz e em tempo real. O anonimato ou a sensação
O TSE anunciou que irá realizar uma força‑tarefa em de impunidade, propiciada pela mediação tecnológica e pelo
conjunto com o Exército, a Agência Brasileira de Inteligência distanciamento físico, leva pessoas que normalmente teriam
e a Polícia Federal para combater as fake news durante o certo pudor em expor pensamentos preconceituosos a ma-
processo eleitoral deste ano. Na reforma eleitoral aprovada nifestar suas opiniões livremente, sem qualquer limite ético.
em 2017, foi liberado o chamado “impulsionamento de A forte polarização política e a necessidade de se impor uma
conteúdo”, quando um candidato, partido político, empresa determinada visão de mundo favoreceram o surgimento de
ou um indivíduo paga para uma postagem ser propagada no outros fenômenos na rede. Um deles são as chamadas bolhas
Facebook e demais redes sociais. virtuais. Por meio de seu histórico de navegação, as redes

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sociais fazem chegar a cada usuário conteúdos e opiniões que A região era formada por grande extensão de Mata
mais lhe agradam ou interessam, deixando de mostrar ideias Atlântica. Foi a primeira a ser explorada economicamente
divergentes. Pesquisas mostram que, quanto mais a pessoa pelo colonizador português, que plantava além de outras
está inserida nesse ambiente restrito, mais predisposta está culturas, a cana-de-açúcar e o cacau, o que contribuiu para
em compartilhar conteúdos que confirmem suas crenças, o desmatamento da região.
sem se preocupar com a veracidade das informações – daí Na região Nordeste inclui a Reserva Biológica do Atol
a disseminação das fake news (ou notícias falsas), que, por das Rocas, que pertence ao estado do Rio Grande do Norte.
sua vez, retroalimentam o ciclo da intolerância. Está presente também o arquipélago de Fernando de
Noronha, paraíso ecológico e turístico que pertence ao es-
A intolerância política
Se vivemos em uma sociedade cada vez mais intolerante, tado de Pernambuco.
é natural que o discurso de ódio também contamine o debate Essa região ocupa a maior costa litorânea do país. A ci-
político. No processo de polarização política, o crescimento dade de Teresina, capital do Piauí, é a única capital da região
da extrema direita tende a levar ao crescimento da extrema que não está situada no litoral.
esquerda – e vice‑versa. E esses dois extremos, que parecem
tão distantes, acabam por se aproximar, unidos pelo fio da
intolerância. Segundo o cientista político francês Jean‑Pierre
Faye, a distância entre a extrema esquerda e a extrema direita
é menor do que entre elas e o centro do espectro político.
Um exemplo dessa percepção ocorreu no Brexit, o referendo
de 2016 que decidiu pela saída do Reino Unido da União
Europeia. Partidários das extremas esquerda e direita do
país votaram em favor do Brexit e mantiveram o discurso
unificado na crítica à globalização e no fortalecimento da
soberania dos britânicos diante dos europeus.
No Brasil, o  processo de impeachment da presidente
Dilma Roussef (PT), em agosto de 2016, expôs a forte pola-
rização ideológica que já vinha tomando conta do país. De
um lado estavam os que viram o afastamento da presidente
como um “golpe”, com o objetivo de deter o que avaliam
como as conquistas sociais dos governos petistas, e  que
hoje criticam o governo de Michel Temer (MDB), pelos re-
trocessos nas questões sociais e ambientais, entre outras. De
outro, os favoráveis ao impeachment, que responsabilizam o
Partido dos Trabalhadores (PT) pela corrupção generalizada
que levou o país a sua maior crise econômica e política das
últimas décadas.
Como resultado, uma sucessão de ataques violentos e
manifestações de ira – brigas entre familiares por divergên- Os nove estados da Região Nordeste e suas capitais são:
cia política, exclusão de amigos nas redes sociais e políticos • Maranhão (MA) – São Luís
vaiados em lugares públicos. A polarização ideológica que • Piauí (PI) – Teresina
vem pautando a política nacional agora ameaça contaminar • Ceará (CE) – Fortaleza
o debate que antecede as eleições de 2018, quando serão • Rio Grande do Norte (RN) – Natal
eleitos o presidente da República, governadores, senadores
• Paraíba (PB) – João Pessoa
e deputados.
• Pernambuco (PE) – Recife
Com o crescimento dos extremos, sobra pouco espaço
para a negociação e o consenso. A impossibilidade do diálogo • Alagoas (AL) – Maceió
coloca em risco o próprio sistema político e a democracia, • Sergipe (SE) – Aracaju
que pressupõem a convivência de ideias diferentes e a • Bahia (BA) – Salvador
aceitação do outro. No limite, a intolerância representa a
perda do que nos caracteriza como humanos e civilizados – a As cidades históricas da região Nordeste, com seus mo-
racionalidade, a empatia, a capacidade de se comunicar e numentos e edifícios que remontam da época colonial, fa-
resolver conflitos – e o retorno à barbárie. vorecem o turismo.
São Luís é a única cidade brasileira fundada pelos fran-
O NORDESTE BRASILEIRO ceses, foi dominada pelos holandeses, mas tem prédios com
Conhecimentos Gerais

características portuguesa.
Geografia, Atividades Econômicas, Contrastes João Pessoa foi considerada a segunda cidade mais ar-
Intra-regionais, o Polígono das Secas e as borizada do mundo.
Características das Regiões Naturais do Nordeste; Recife guarda particularidades por ter sido a sede do
governo holandês no Brasil, e da colonização portuguesa.
o Nordeste no Contexto Nacional
Salvador, com suas construções coloniais, é destacada
A região Nordeste é formada por nove estados litorâneos como o centro da cultura africana no Brasil.
e ocupa uma área de 1.554.291.607 km2, o equivalente a O Nordeste se destaca também pelo rico artesanato,
18,27% do território brasileiro. pelas festas folclóricas e pela comida típica.

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Sub-regiões Nordestinas Zona do Agreste
O Agreste nordestino se estende numa faixa estreita e
A região Nordeste foi demarcada em quatro sub-regiões, paralela à zona da mata, que vai do Rio Grande do Norte até
observando-se aspectos característicos de cada área: Zona grande parte da Bahia.
da Mata, Agreste, Sertão e o Meio Norte. Apresenta um clima de transição entre o tropical úmido
do litoral e o semiárido do sertão, com temperaturas que
variam entre 18 e 30 graus.
O relevo da Zona do Agreste é acidentado, com planaltos
que fazem barreira, evitando que o ar que vem do litoral
leve a brisa úmida para a região. Em áreas que formam vales
entre os planaltos, o ar consegue passar e surgem brejos,
favorecendo à agricultura nessa região.
O cultivo de milho, feijão, frutas tropicais, mandioca e
verduras, como também a criação de gado e caprinos, abas-
tecem os mercados da região do Agreste e também a Zona
da Mata.
A Zona do Agreste também fornece mão de obra para a
zona da mata, no período do corte da cana-de-açúcar.
As cidades que mais se destacam nessa região são: Caru-
aru e Garanhuns em Pernambuco; Feira de Santana na Bahia
e Campina Grande na Paraíba.

Sertão
O Sertão nordestino corre paralelo à Zona do Agreste,
se alargando ao sul, por quase todo o estado da Bahia. É a
maior das quatro zonas nordestinas.
Com o clima semiárido, e com poucas chuvas, chegando
a mais de 40 graus no verão, sofre períodos longos de seca,
como a que ocorreu entre 1979 a 1984. Com as frequentes
estiagens, uma grande parte de sertão, recebeu o nome de
“Polígono das Secas”, área que corresponde a 10% do terri-
Zona da Mata tório brasileiro. O solo do sertão é seco e pedregoso.
A Zona da Mata do nordeste brasileiro compreende uma A vegetação predominante é a caatinga, onde se desta-
faixa litorânea, que se estende do Rio Grande do Norte até cam o umbuzeiro, o xique-xique, o mandacaru e a palma,
o sul da Bahia. plantas resistentes ao solo seco.
O clima é o tropical úmido, com temperaturas entre 25 No sertão dos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do
Norte, encontram-se grandes áreas de lavoura de algodão
e 31 graus ao longo do ano. Na Zona da Mata, as chuvas são
arbóreo, de fibra longa e muito resistente que abastece as
irregulares, tendo maior ocorrência nos meses de abril a ju- indústrias têxteis.
lho. O relevo é formado por planaltos, planícies e depressões A área de sertão, que vem se alargando, ao longo dos
em diferentes altitudes. anos, quase atinge o litoral do Ceará e Rio Grande do Norte.
Pouco restou da Mata Atlântica que cobria a região. Há No vale do rio Açu, no Rio Grande do Norte, se destaca
hoje pequenas áreas isoladas, considerando que a agroin- a fruticultura irrigada, mudando a paisagem e a economia
dústria canavieira cobre grande extensão de terra. local.
A Zona da Mata tornou-se um polo industrial de grande No vale do rio São Francisco, nas cidades de Petrolina em
importância para o País. Pernambuco e Juazeiro na Bahia, onde se desenvolvem a agri-
O sul da Bahia, que já foi um grande produtor e expor- cultura de irrigação, o cultivo de manga, melão, mamão e uva,
tador de cacau, teve seu declínio com o ataque da praga abastecem o mercado interno e grande parte é exportada.
vassoura de bruxa, que gerou uma crise econômica na região. O cultivo de uvas, de excelente qualidade, fez surgir a
Com a descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano, indústria do vinho, que abastece o mercado interno e já é
exportado para vários países.
região próxima a capital Salvador, com a instalação de uma
refinaria na cidade de Mataripe e a criação do polo petro- Meio-Norte
químico de Camaçari, no município de mesmo nome, a eco- A sub-região nordestina denominada Meio-Norte, com-
nomia voltou a crescer. preende os estados do Maranhão e Piauí. É um espaço de
A partir da década de 1960, a região recebeu várias in- transição entre o sertão semiárido e a Amazônia, é cortada
dústrias nos setores de cimento, borracha, papel, calçados, por vários rios, entre eles o Pindaré, o Grajaú, o Mearim, o
produtos alimentares entre outros. Itapecuru e o Parnaíba.
Em 1973, com o início das obras do porto de Suape, na Com clima tropical, apresenta elevadas temperaturas,
chegando no verão a atingir mais de 40 graus.
Conhecimentos Gerais

cidade de Ipojuca, a Zona da Mata pernambucana surge


como grande polo industrial, com a instalação de mais de Nas grandes planícies fluviais do Maranhão, formadas
90 empresas, entre elas uma refinaria e um estaleiro. Suape pelos rios Parnaíba, Mearim, Pindaré, Itapecuru e Grajaú,
tornou-se também, pela sua localização, um grande expor- predomina a cultura do arroz.
tador da região. Durante muito tempo, a economia da região sobreviveu
da extração do babaçu, da cera de carnaúba, da cultura e
A Zona da Mata, com grande extensão litorânea, tem
beneficiamento do arroz e da criação de gado.
praias, com águas quentes, que estão entre as mais bonitas O extrativismo mineral, na região da Serra dos Carajás, no
do País, exibem paisagens diversificadas, entre coqueirais, sul do Pará no município de Parauapebas, na Região Norte,
dunas, falésias, piscinas naturais, manguezais, recifes, corais tornou o Porto de Itaqui, no Maranhão, o escoadouro das
etc., que permitem a prática de esportes náuticos. jazidas de ferro, manganês, cobre e níquel.

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O Meio-Norte se modernizou, a agropecuária se expan- Indústria
diu, o solo do cerrado foi corrigido e grandes plantações de
soja fazem parte da economia da região. A região Nordeste vive intenso processo de industrializa-
A economia da Região Nordeste do Brasil é a terceira ção. O Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado na
maior do país, atrás da Região Sudeste e Sul respectivamen- cidade de Ipojuca, em Pernambuco, a 40 km ao sul da cidade
te. A economia do Nordeste foi a que apresentou o maior do Recife, é um dos principais polos de investimentos do País.
crescimento nos últimos anos. São mais de 120 empresas instaladas, entre elas, a Re-
Em 2012, o produto interno bruto cresceu 3%, mais que finaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a Petrobras
o triplo da média do País. É na região Nordeste que vive mais Distribuidora S/A, a Shell do Brasil S/A, a Arcor do Brasil Ltda,
de um quarto da população brasileira. a Bunge Alimento etc.
O Polo Automotivo de Pernambuco, localizado na Mata
A economia é baseada na agricultura, extrativismo ve-
Norte do estado, recebe a instalação da fábrica da Fiat.
getal e mineral, na indústria e comércio, nas atividades tu-
Ao redor do Recife, na Região Metropolitana, estão ins-
rísticas, entre outras. taladas indústrias mecânicas, de papel, de produtos alimen-
Na região Nordeste se desenvolve a agricultura da cana tícios, de cimento, têxtil, de material elétrico e outras.
de açúcar, para a produção de açúcar e etanol, na Zona da O Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, tem mais de
Mata, região que se estende numa faixa litorânea, que vai do 90 empresas químicas e petroquímicas instaladas.
Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, com destaque para Em Mataripe, na Bahia está instalada a refinaria de petró-
os estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. leo Landulpho Alves. Fortaleza constitui um centro industrial
A região já foi a mais importante área produtora de cana nos setores têxtil, alimentar, de calçados e de confecção de
de açúcar do mundo e a principal região econômica do Brasil roupas.
nos séculos XVI e parte do século XVII. A Rota do Vinho, no Vale do Rio São Francisco, com sete
A cultura do milho, feijão, café, mandioca, coco, casta- vinícolas instaladas nas cidades de Petrolina, Santa Maria da
nha de caju, banana, sisal e agave, predomina em diversos Boa Vista e Lagoa Grande, todas em Pernambuco e Juazeiro,
estados. na Bahia, concentra um polo industrial e turístico, com toda
O Meio Norte (Nordeste Ocidental) uma área de transição a infraestrutura para os visitantes.
entre o Sertão semiárido e a Amazônia úmida, onde estão os
estados do Maranhão e Piauí, é cortado por vários rios, ao Turismo
longo dos quais se formam grandes planícies fluviais, apro-
veitadas principalmente para a cultura do arroz. A atividade turística do Nordeste é um fator importante
Com a correção do solo do cerrado no sul do Maranhão para a economia da região.
e sudeste do Piauí, se desenvolve a cultura da soja. A Bahia A região concentra grandes áreas repletas de belezas
é o segundo produtor nacional de laranja e algodão do país. naturais como o extenso litoral, com praias de águas quen-
Se destaca também na produção de soja. A cultura do tes e cristalinas, que estão entre as mais bonitas do país,
o Arquipélago de Fernando de Noronha (PE), um paraíso
algodão é também desenvolvida no Ceará, Piauí, Rio Grande
ecológico, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, os
do Norte e a Paraíba, que produz um algodão naturalmente Canyons do São Francisco entre outros.
colorido. Na Região Nordeste estão localizadas cidades históricas,
A fruticultura irrigada, beneficiada pelo clima tropical, é Patrimônio da Humanidade, como os centros históricos de
desenvolvida no Vale do Rio Açu, no Rio Grande do Norte, Olinda (PE), São Luís (MA) e Salvador (BA).
com grande produção de melão, melancia etc., e no Vale A cidade de João Pessoa guarda construções barrocas do
Médio do rio São Francisco, no Sertão, principalmente nas século XVI. O centro histórico do Recife concentra um grande
cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), onde são produzidas número de construções históricas.
uva, manga, melão, abacaxi, mamão etc., que são vendidas O teatro de Nova Jerusalém (PE), o maior teatro ao ar
para o mercado interno e exportadas, através do aeroporto livre do mundo, já levou para a região mais de três milhões
internacional de Petrolina, para diversos países. de pessoas.

Extrativismo Vegetal e Mineral Seca de 2012 a 2017 no semiárido foi a mais longa na
história do Brasil
No setor de extração, o Nordeste se destaca na produção
de petróleo, e gás natural, produzidos na Bahia, Sergipe e A seca que castigou o semiárido brasileiro de 2012 a
Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará. Na Bahia é explorado 2017, em especial o sertão do Nordeste, foi a pior da his-
no litoral e na plataforma continental. tória já registrada no Brasil, aponta levantamento do Inmet
O Rio Grande do Norte produz 95% do sal marinho con- (Instituto Nacional de Meteorologia).
sumido no Brasil. Pernambuco é responsável por 95% do Desde quando começou a série histórica no século 19,
total do gesso brasileiro. em 1845, nunca havia acontecido um período de seis anos
O Nordeste possui também jazidas de granito, pedras consecutivos com chuvas abaixo da média e estiagem pro-
longada na região, que normalmente já possui um índice
preciosas e semipreciosas. A mina de Itataia, em Santa Qui-
pluviométrico reduzido em comparação com outros lugares
téria, no Ceará, possui uma das maiores reservas de urânio do país – por lá costuma chover entre 200 e 800 milímetros
Conhecimentos Gerais

do mundo. em um ano normal, dependendo do lugar (leia mais abaixo).


O babaçu, encontrado no Piauí e em grande parte do Em 173 anos, houve oito períodos de seca prolongada na
território do Maranhão, é importante para a região, de sua área de abrangência do que hoje é chamado de semiárido
semente se extrai um óleo utilizado na fabricação de sabão, brasileiro. Fora estes períodos, houve diversos anos de seca
margarina, cremes, de suas folhas se fabrica cestas, esteiras intensa, mas sem sequência de anos. Por quatro vezes foi
etc. registrado um período de seca de cinco anos consecutivos:
A carnaúba, palmeira típica, encontrada no norte dos no final do século 19 (de 1876 a 1880), no início do século 20
estados do Piauí e Maranhão, da qual tudo se aproveita, das (de 1901 a 1905), de 1929 a 1933 e de 1979 a 1983. Fecham
folhas se produz a cera de carnaúba, com larga aplicação a lista das estiagens que duraram mais de um ano os biênios
industrial. 1955-1956 e 1997-1998 e os quatro anos de 1990 a 1993.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
A boa notícia é que os modelos meteorológicos dispo-
níveis indicam que a seca prolongada acabou e deve chover
acima da média na região ao longo deste semestre. “Desde
janeiro, chove forte no sertão nordestino e no semiárido
como um todo”, afirma Expedito Rebello, coordenador de
Meteorologia Aplicada do Inmet.
“Em fevereiro, a tendência tem sido mantida e os modelos
meteorológicos indicam chuvas intensas também para mar-
ço, abril e maio, quando o período chuvoso chega ao fim no
semiárido. Chuva no sertão, historicamente só de dezembro
a maio, a partir daí já não cai uma gota do céu”, diz Rebello.
“Todos os anos costuma chover alguma coisa na região do
semiárido. O problema é que chove tão pouco que, quando
chove abaixo da média, acontece a seca. Foi o que ocorreu
de 2012 para cá”, afirma o especialista.
“As secas são um fenômeno cíclico e natural no nosso
semiárido, existem desde sempre e invariavelmente estão
associadas a fenômenos climatológicos complexos”, afirma o
pesquisador. “Em 2017 e 2016, ocorreu o fenômeno da seca
verde, que é quando começa a chover, verdejam os campos
e matas, mas em poucas semanas para e tudo começa a
morrer de novo.”
Ele conta que, na seca que durou de 1929 a 1933, come-
çou a migração maciça de populações do interior do Nordeste
para os Estados do Sudeste. Só em 1970 aconteceu a primeira
seca em que não morreram flagelados de fome ou sede.
“Hoje a seca atinge menos gente do que em meados do
século passado”, explica o pesquisador. “A tecnologia, o de-
senvolvimento econômico e social e o aparato de assistência
social são muitos mais sofisticados. As pessoas sofrem menos”.
A parte do território nacional que sofre com as secas
é chamada de semiárido. O perímetro foi delimitado pelo
Ministério da Integração Nacional em 2005 – em substitui-
ção ao conceito de Polígono das Secas criado na década de
1950 – e inclui 1.189 municípios, ou cerca de 20% das cidades
brasileiras.
Além da maior parte de todos os Estados do Nordes-
te, fora o Maranhão, a área que abrange 18% do território
nacional inclui ainda porções do norte de Minas Gerais e
do Espírito Santo. Em comum, esses lugares possuem uma
precipitação pluviométrica anual inferior a 800 milímetros,
risco de seca maior que 60% ou índice de aridez de até 0,5
de acordo com uma escala específica.
Como comparação, Brasília, que tem períodos bem se-
cos, tem uma média anual de cerca de 1.450 milímetros de O BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A
chuva, segundo o Inmet. Em Manaus, uma das capitais mais
úmidas do país, costuma chover cerca de 2.300 milímetros Legislação Básica, Programas e Informações Gerais
em média em um ano normal.
Uma característica no clima no interior do Nordeste, ex- de sua Atuação como Agente Impulsionador do
plica o meteorologista do Inmet, é que as chuvas acontecem Desenvolvimento Sustentável da Região Nordeste
de maneira concentrada e aleatória.
O tipo de nuvem que se forma na região são os cumulus O Banco do Nordeste (BNB) foi criado pela Lei Federal nº
nimbus: muito pesados, baixos e desgarrados uns dos outros. 1.649, de 1952, para atuar no chamado Polígono das Secas,
Isso faz com que a ocorrência de chuvas seja aleatória, chova designação dada a perímetro do território brasileiro atingido
em uma área pequena e em outra ao lado não. Diferente- periodicamente por prolongados períodos de estiagem. A em-
mente das chuvas provocadas por frentes frias, como no presa assumia então a atribuição de prestação de assistência
Sudeste, em que, conforme a frente avança, chove por toda às populações dessa área, por meio da oferta de crédito.
a extensão sob ela. Em 66 anos, o Banco teve sua atuação ampliada: está pre-
Outras questões são a presença de serras e chapadas que sente em cerca de 2 mil municípios, abrangendo toda a área
Conhecimentos Gerais

retêm o fluxo das nuvens baixas e o fato de chover muito dos nove estados da Região Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará,
intensamente em um período muito curto do ano. Isso não Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe
é bom para as plantações e criações de animais, além de e Bahia), além do norte de Minas Gerais (incluindo os Vales
acabar tendo o efeito de lavar o solo seco com as enxurradas do Mucuri e do Jequitinhonha) e o norte do Espírito Santo.
e deixá-lo cada vez mais pobre. Atualmente, mantém a liderança na aplicação de recursos de
A explicação da meteorologia para a seca prolongada é longo prazo e de crédito rural em sua área de atuação.
uma sequência de fenômenos complexos combinados. Os Hoje, o BNB orienta-se pela missão de agir como o banco
dois principais que influenciam a região são o El Niño e o Di- de desenvolvimento do Nordeste, com o propósito de ser
pólo do Atlântico. Sempre que ocorrem as secas, geralmente reconhecido por sua capacidade de promover o bem-estar
são associadas a um ou aos dois fatores. das famílias e a competitividade das empresas da Região.

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O Banco do Nordeste do Brasil S.A. é uma instituição integração das políticas públicas necessárias ao desenvolvi-
financeira múltipla, organizada sob a forma de sociedade mento local e territorial.
de economia mista, de capital aberto e tem mais de 90% de É papel dos comitês locais e territoriais priorizar as ativida-
seu capital sob o controle do Governo Federal. Desde sua des econômicas com maior potencial competitivo, estabele-
criação, tem sede na cidade de Fortaleza, no Ceará. cendo parcerias para a redução dos entraves ao seu desenvol-
São clientes do Banco agentes econômicos, institucionais vimento e promovendo a expansão do crédito. Dessa forma,
e pessoas físicas. Os agentes econômicos compreendem as o Programa atua ativamente na organização das atividades
empresas (micro, pequena, média e grande empresa), as as- produtivas, favorecendo, entre outros aspectos, a cooperação
sociações e cooperativas. Os agentes institucionais englobam entre empreendedores e parceiros, a difusão de tecnologia e
as entidades governamentais (federal, estadual e municipal) inovação e o apoio à execução de políticas públicas que pro-
e não governamentais. As pessoas físicas compreendem os movam o desenvolvimento da população da Região.
produtores rurais (agricultor familiar, mini, pequeno, médio Com intuito de tornar essas transformações efetivas e
e grande produtor) e os empreendedores informais. perenes, a metodologia de trabalho do Programa de Desen-
Reconhecida como a maior instituição da América Latina volvimento Sustentável e seu conjunto de estratégias surgem
voltada para o desenvolvimento regional, a empresa opera de ampla discussão interna, envolvendo o quadro gestor e
como órgão executor de políticas públicas, especialmente o quadro técnico do Banco do Nordeste, aproveitando toda
com a operacionalização do Fundo Constitucional de Finan- experiência acumulada com iniciativas de desenvolvimento
ciamento do Nordeste (FNE). local e territorial.
O FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo Banco
do Nordeste desde a criação dos fundos constitucionais fede- Responsabilidade Básica e Missão
rais, em 1989. Sua aplicação volta-se à redução da pobreza
e das desigualdades inter e intrarregionais, por meio do fi- Conhecer, facilitar, articular e induzir ações relativas à Polí-
nanciamento de setores produtivos, em consonância com o tica de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, em
plano regional de desenvolvimento, instrumento elaborado consonância com o direcionamento estratégico da Instituição,
de forma conjunta por órgãos federais e estaduais. a partir da efetivação, por parte de parceiros, de planos de
Para isso, dos recursos totais do FNE aplicados anual- ação em nível local e territorial cujo objetivo consiste no for-
mente pelo BNB na Região, pelo menos metade destina-se talecimento de atividades econômicas priorizadas, com vistas
ao Semiárido. Mini, micro e pequenos empreendedores são à estruturação de financiamentos de riscos mitigados.
clientes preferenciais e há conjugação do crédito com a as-
sistência técnica. Forma de Atuação
Em sua estratégia de apoio ao pequeno empreendedor, o
BNB criou, em 1998, o programa de microcrédito produtivo e O agente de desenvolvimento atuará como conhecedor
orientado urbano que é hoje o maior do tipo na América do da realidade territorial, facilitador e articulador do processo
Sul: o Crediamigo. Ao final de 2016, o programa alcançou a de construção e implementação de planos de ação territorial,
marca de 2 milhões de clientes ativos. Em 2005, o microcrédi- além de conduzir as ações a serem desenvolvidas pelos atores
to orientado chegou à zona rural com a criação do programa envolvidos com o desenvolvimento, como os Conselhos Mu-
Agroamigo, que já ultrapassa a marca de 1 milhão de clientes. nicipais de Desenvolvimento Sustentável e Conselhos Territo-
Além dos recursos federais, o Banco tem acesso a outras riais, na perspectiva da organização, fortalecimento e elevação
fontes de financiamento nos mercados interno e externo, por do patamar de competitividade das atividades econômicas,
meio de parcerias e alianças com instituições nacionais e inter- por meio da efetivação de planos de ação territoriais e locais.
nacionais, incluindo instituições multilaterais, como o Banco Cada agente de desenvolvimento empreenderá suas
Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). ações em municípios e territórios previamente estabelecidos,
O BNB também exerce trabalho de atração de investimen- observando-se suas atuais lotações e domicílios.
tos, apoia a realização de estudos e pesquisas com recursos
não reembolsáveis e estrutura o desenvolvimento por meio de Públicos Prioritários
projetos de grande impacto. Mais que um agente de interme-
diação financeira, a empresa se propõe a prestar atendimento As ações previstas nos planos de ação territoriais e lo-
integrado a quem decide investir em sua área de atuação, dis- cais deverão direcionar-se, prioritariamente, para os públi-
ponibiliza base de conhecimentos sobre o Nordeste e aponta cos pertencentes às atividades ou aglomerações produtivas
as melhores oportunidades de investimento na Região. definidas e, de maneira geral, aos clientes dos segmentos
Para isso, o Banco mantém, desde 1954, o Escritório Téc- determinados pelo Banco do Nordeste.
nico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), responsá-
vel pela elaboração e difusão de conhecimentos técnicos e Metodologia
científicos sobre o Nordeste, bem como pelo planejamento,
formulação, coordenação e avaliação de políticas e progra- O Etene, por meio do Ambiente de Estudos, Pesquisas
mas, com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável. e Avaliação do Banco do Nordeste, será o responsável por
O Banco do Nordeste reconhece a importância da inova- fornecer os relatórios com as informações socioeconômicas
ção para o desenvolvimento de políticas, estratégias e ações dos municípios que comporão os territórios de atuação dos
que impactem diretamente na dinamização da economia, agentes de desenvolvimento. Deverão fazer parte desses re-
Conhecimentos Gerais

com sustentabilidade. Com essa visão, criou, em 2016, o Hub latórios, dentre outros, aspectos relacionados à população,
Inovação Nordeste (Hubine), equipamento que tem ofere- indicadores de renda, pobreza e desigualdade, IDH, PIB, prin-
cido apoio para empreendedores que desenvolvam ideias cipais atividades econômicas, estrutura fundiária e formas
inventivas para superar os desafios da Região. de organização produtiva.
O Programa de Desenvolvimento Territorial incorpora Também fará parte do relatório o mapeamento da situa-
um conjunto de estratégias com objetivo de potencializar a ção dos financiamentos realizados nos municípios de atuação,
competitividade das atividades produtivas regionais, como levando-se em conta as atividades econômicas mais financiadas,
a construção e implementação de plano de ação e dotação nível de inadimplência dos financiamentos, quantidade de ope-
orçamentária para financiamentos, o fortalecimento da go- rações, volume de recursos contratados, assim como a quantida-
vernança por meio de comitês locais e territoriais, além da de de contratações de financiamentos FNE Empresarial e Pronaf.

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Marcelo Andrade Múltiplo Quantidade de bytes
Equivale a
1 Kilobyte (KB) 1.024 bytes (210)
HARDWARE E SOFTWARE
1 Megabyte (MB) 1.048.576 bytes (220) 1.024 KB
Sistemas de Informação 1 Gigabyte (GB) 1.073.741.824 bytes (2 )30
1.024 MB
1 Terabyte (TB) 1.099.511.627.776 bytes (240) 1.024 GB
De um modo geral, o  termo Sistema de Informação
refere-se a uma estrutura organizada de pessoas, equipa- O número 1.024 foi escolhido, pois é a potência de duas
mentos e processos que coletam, manipulam, armazenam mais próxima de 1.000 (103). Para efeitos práticos, podemos
e distribuem os dados e informações e fornecem um meca- adotar que 1 KB equivale a mil bytes, 1 MB a um milhão de
nismo de feedback. Uma visão comum desse sistema está bytes e 1 GB a um bilhão de bytes.
no uso dos computadores, máquinas capazes de aceitar uma
ENTRADA DE DADOS estruturada, realizar seu PROCESSA- Hardware
MENTO através de regras preestabelecidas e produzir uma
SAÍDA DE INFORMAÇÃO com resultados aceitáveis. Os principais componentes de um computador en-
contram-se instalados dentro de um gabinete (conhecido
erroneamente como CPU) em uma placa-mãe (mainboard
ou motherboard), como o processador, a memória principal,
as unidades de armazenamento e o chipset.
Itens de hardware conectados à placa-mãe e acessíveis
ao usuário, fora do gabinete, são periféricos.

Processador

Processador, UCP (Unidade Central de Processamento)


ou CPU, conhecido como “cérebro” da máquina, é o principal
circuito eletrônico (chip) de um computador, onde acontece
o processamento dos dados. Entre suas funções estão:
1) execução dos cálculos necessários ao processamento;
2) processamento das instruções (comandos); e
3) gerenciamento do fluxo de informações entre o pro-
O funcionamento do computador depende da interação cessador, memórias, periféricos e demais itens de hardware.
entre os elementos que o compõe: o Peopleware (usuários)
manipula o Software, parte lógica (programas, instruções) que É composto pela Unidade de Controle (UC), Unidade
controla o Hardware, parte física, tangível (dispositivos, equi- Lógica e Aritmética (ULA) e Registradores.
pamentos), fazendo com que atividades úteis sejam realizadas. É na CPU que os dados são convertidos em informações.
São chips responsáveis pela execução de cálculos, testes
Linguagem Binária lógicos e instruções que resultam em todas as tarefas que
um computador pode fazer. Embora haja poucos fabricantes
Existem duas maneiras de representar uma informação: (essencialmente, Intel, AMD e VIA), o mercado conta com
analógica ou digitalmente. Um equipamento analógico ma- uma variedade de processadores.
nipula a eletricidade variando-a de forma contínua, irregular,
permitindo que a mesma assuma qualquer valor entre o
mínimo (zero) e o máximo. O equipa­mento digital, como os
nossos computadores pessoais, permite que a eletricidade
assuma apenas dois valores bem definidos: o mínimo, 0
(zero), e o máximo, 1 (um). Cada um desses valores recebe
o nome de bit (binary digit, ou dígito binário).
Qualquer tipo de informação, seja um texto, imagem ou
programa, será processado e armazenado pelo computador na
forma de uma grande sequência de uns e zeros. Um conjunto
de 8 bits forma um byte (binary term, ou termo binário) que
é usado para representar caracteres (A=01000001 no padrão
ASCII) e medir capacidades de armazenamento de informação.
A representação através de um “B” maiúsculo significa
byte, enquanto o bit é representado por um “b” minúsculo.
Quando uma questão apresentar um valor em bytes e for ne-
cessário convertê-lo em bits, basta multiplicá-lo por 8 (oito);
Conhecimentos Gerais

se, por outro lado, apresentar um valor em bits, consiga o


equivalente em bytes dividindo-o por 8 (oito).

30 Bytes = 240 bits 32 bits = 4 Bytes

Como um byte é uma unidade com valor muito peque-


no (armazena apenas um caractere), é comum que sejam
utilizados prefixos multiplicadores, conhecidos da nossa
linguagem decimal, como o kilo, para apresentar grandes
quantidades de informação:

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Microfone: transmite sons para uma placa de som que
os converte para sinais digitais, possibilitando seu armaze-
namento e transmissão.
Centrino: nome comercial da combinação de Joystick: dispositivo de controle de ações do computador
três componentes de hardware com a marca Intel, num para aplicações especiais, como jogos e programas gráficos.
mesmo equipamento – processador (Pentium M, Core, Core Drives de CD-ROM (Leitoras de CD): equipamentos que
2 ou Core i7), chipset e interface de rede wireless. A partir de fazem apenas a leitura de dados gravados em um CD e os
janeiro de 2010 o nome Centrino passa a se referir apenas transfere ao computador, usando tecnologia ótica (laser).
a dispositivos sem fio.
Periféricos de Saída
Impressora e plotter: periférico exclusivamente de saída
Atom: processador de 15 mm desenvolvido que permite a visualização de textos e imagens em diversos
para netbooks (subnotebooks), smart phones e computado- substratos como papéis especiais, transparências, lona, PVC,
tecido, cerâmica etc.
res ultraportáteis (nettops), privilegiando baixo consumo de
Monitor: serve de interface visual para o usuário, permi-
energia em detrimento de perfomance (baixa frequência
tindo a visualização de informações na tela e sua interação
interna e pouca memória cache). Podem ter um ou dois
com elas.
núcleos e GPU integrada.
Periféricos de Entrada e Saída (Híbridos ou Mistos)
Clock Interno
Monitor Touch Screen (tela sensível ao toque): tecnologia
presente na tela de um monitor ou acoplado a ela que detecta
a presença e localização de um toque, permitindo interação
direta com o usuário que envia dados (sem a necessidade
de outros periféricos) e recebe de volta novas informações.
Drive de Disquete (FDD, Floppy Disk Drive): dispositivo
eletromecânico que lê e grava dados em um pedaço de
plástico circular revestido de material ferromagnético, de
forma semelhante a uma fita cassete. Expondo esse disco a
um campo magnético, ele ficará permanentemente magne-
Frequência de trabalho do processador que identifica a
tizado, armazenando a informação.
capacidade do processador de realizar cálculos e processar
Gravadoras de CD, DVD e Blu-ray: equipamentos que
instruções. É medido em bilhões de operações por segundo
transferem dados entre um disco de 12 cm (5¼”) de diâmetro
(GHz). Atualmente, encontrada nas frequências de 1,4 a e o computador, usando tecnologia ótica (laser). Podem ser
4,2 GHz. chamadas de unidade CD-RW ou unidade DVD-RAM.
Drive de Fita Magnética (streamer, hexabyte ou DAT):
Clock Externo dispositivo de armazenamento de grande capacidade em
fita plástica revestida de material magnético, assim como as
Frequência de trabalho da placa-mãe, ou FSB, é o ritmo fitas de áudio ou vídeo. Normalmente utilizada nas cópias
(velocidade) com que ocorre a comunicação entre o proces- de segurança (backup).
sador e as outras partes da máquina. É medido em milhões Zip e Jaz Drives: dispositivos que permitem o armaze-
de acessos por segundo (MHz). Atualmente, encontrada nas namento de dados em discos magnéticos de média capa-
frequências de 266 a 1.600 MHz. cidade (Zip Disks de 100, 250 e 750 MB; Jaz Disks de 1 e 2
GB), criados pela Iomega em 1994. Os discos apresentam a
Periféricos conveniência do disquete 3.5”, mas armazenam mais dados
e são mais rápidos.
São equipamentos que ligam o usuário ao computador, USB Flash Drive (UFD): conhecido como Pen Drive, é um
permitindo a entrada de dados que serão levados ao pro- dispositivo de armazenamento de dados em massa, com-
cessador (periféricos de entrada, input devices) onde serão posto por uma memória flash (EEPROM) integrada a uma
analisados e, posteriormente, apresentados ao usuário, interface USB para conexão com o computador.
através de periféricos de saída (output devices). Hard Disk Drive (HDD, HD, Disco Rígido, Disco Local ou
Winchester): dispositivo que armazena dados em discos de
Periféricos de Entrada metal recobertos por material magnético onde os dados são
gravados através de cabeçotes de leitura e gravação. É a me-
Scanner: aparelho de leitura ótica que permite converter mória permanente do computador, não volátil, que fornece
imagens e textos em papel para um formato digital que pode um meio de armazenamento para o sistema operacional,
ser manipulado em computador. dados do usuário e demais programas.
Teclado: principal meio de comunicação entre o usuário
Conhecimentos Gerais

e o computador. Transforma os toques em códigos para o Barramentos e Slots de Expansão


computador. É  semelhante a uma máquina de escrever e
permite a inserção de dados através de caracteres. Slot é um termo em inglês para designar ranhura, fenda,
Mouse: utilizado em softwares com ambiente gráfico, conector, encaixe ou espaço. Tem a finalidade de dotar a pla-
permite a movimentação de um ponteiro na tela e a execu- ca-mãe de novos recursos ou melhorar o seu desempenho.
ção de algumas ações através de cliques com seus botões. Barramentos são as vias de comunicação que levam
Webcam: câmera de vídeo de baixo custo que capta a informação de um componente a outro no computador
imagens e as transfere para o computador, sendo utilizada (normalmente, essa ligação liga o chipset da placa-mãe
em videoconferência, em editores de vídeo, editores de aos demais equipamentos, como impressora, placa de som
imagem e monitoramento de ambientes. etc.). Há vários tipos de barramentos em um computador,

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para ligar diversos equipamentos diferentes. Todos os barra- – Ótica: armazenam informações em uma superfície
mentos existentes na placa-mãe vão culminar em conectores capaz de refletir a luz e usam laser para sua leitura
(slots) que podem estar na própria placa-mãe (barramentos (CD e DVD).
internos) ou na traseira do gabinete do computador (portas
ou barramentos externos). Nosso computador tem vários tipos de memórias, que
Em algumas provas, pode-se encontrar o termo Interface podem ser classificadas (didaticamente) em:
para representar também a palavra barramento.
DRAM SDRAM
(dinâmica) (DDR)
Barramentos Externos: ligam os componentes que ficam RAM
SRAM
fora do gabinete. O Barramento Paralelo transmite sinais em Primária
(estática)
ROM
vários condutores elétricos em paralelo (8 bits simultanea-
mente), enquanto o Barramento Serial envia bit a bit, em Secundária
Unidades de
Armazenamento
Disquete, HD, CD,
DVD, Pen Drive
Memórias
série, por um condutor elétrico único. Cache
Barramento Paralelo: LPT (Linha Paralela de Transmis- Intermediária (SRAM)
são), DB 25 (conector tipo A, host), IEEE 1284. Apoio Virtual (HD)
Taxas de transferência: entre 150 Kbps e 16 Mbps.
Usado para: impressoras, scanners, Zip e Jaz Drive.
Observações: barramento antigo está em desuso devido Memória Primária (Principal)
à grande possibilidade de falhas na transmissão de dados e
Memória essencial, indispensável para o funcionamento
comprimento limitado do cabo (2 m).
do computador. São endereçadas diretamente pelo proces‐
sador e usadas durante o processamento. É capaz de arma-
Barramento Serial RS-232 (Recommended Standard):
zenar não somente os dados, mas também os programas
COM1, COM2, ... DB9, EIA232 (Electronic Industries Alliance).
que irão manipular esses dados. É dividida em ROM e RAM.
Usado para: monitores, mouses, canetas óticas e joys-
ticks.
Taxas de Transferência: 115 Kbps (14,4 KB/s).
Memória RAM (Random Access Memory)
Observações: barramento antigo (usa-se preferencial-
mente a USB).

Barramento Serial PS/2 (Personal System): conector


miniDIN 6.
Usado para: mouse e teclado.
Taxas de Transferência: 115 Kbps.
Observações: barramento que veio substituir o barra-
mento RS232 para mouses e o DIN 5 pinos para teclados
(antigo padrão AT).

Barramento Serial USB (Universal Serial Bus): conector


padrão USB tipo A, B, mini A e mini B, micro A e Micro B,
fornecendo até 6 amperes a voltagens de 5, 12 ou 24 V. Memória de acesso aleatório que pode ser lida ou gra-
Usado para: qualquer equipamento externo (impressora, vada pelo processador e outros dispositivos, responsável
scanner, teclado, mouse, caneta óptica, joystick, câmeras pelo armazenamento temporário das informações para a
fotográficas, webcam etc.). CPU. Quando um programa está em execução, seus dados e
Taxas de Transferência: USB1.1 = 12 Mbps (Full-speed, instruções estão na memória RAM, e por isso ela é também
1996), USB2.0 = 480 Mbps (Hi-speed, 2000) e USB3.0 = 4,8 chamada de memória de trabalho. Armazena informações na
Gbps (Super-speed, 2007). forma de pulsos elétricos e, por isso, é considerada VOLÁTIL,
Observações: permite conectar até 127 equipamentos si- ou seja, seu conteúdo é totalmente apagado com a falta de
energia elétrica.
multaneamente. Esse barramento usa as tecnologias Hotbus
Um programa que não está aberto não está na RAM,
(é possível conectar e remover dispositivos sem reinicializar
mas armazenado em outro tipo de memória, dita auxiliar
o computador) e Plug and Play (dispositivos conectados são
ou secundária. Quando o usuário abre o programa, suas
reconhecidos pelo sistema operacional sem reinicializar o
instruções e dados são jogados na memória RAM, de onde
computador). a CPU passa a trazer essas instruções e dados para permitir
que o programa seja executado. Portanto, a capacidade de
Memórias armazenamento e “velocidade” da memória RAM influen-
ciam diretamente no desempenho do computador.
Memória é todo componente eletrônico capaz de arma-
zenar dados e informações. Há vários tipos de memórias, Tipos de Memória RAM
desde as utilizadas o tempo todo pelo computador até as
Conhecimentos Gerais

raramente solicitadas; desde as que armazenam dados por De acordo com a sua fabricação, a memória RAM pode
muito tempo (mesmo com o computador desligado) até ser de dois tipos principais: a DRAM (RAM Dinâmica) e a
aquelas que só armazenam informações enquanto o com- SRAM (RAM Estática):
putador está sendo utilizado. • DRAM: menos rápida, mais barata e encontrada em
De acordo com o meio de armazenamento, as memórias maior quantidade em nossos computadores. São
podem ser classificadas em: fabricadas com capacitores (pequenas pilhas) que
– Semicondutoras: armazenam informações em chips se descarregam com o tempo e devem sofrer atua­
de silício (RAM, ROM, EPROM, Cache); lizações frequentes (refresh, realimentação). Esse
– Magnéticas: armazenam informações em uma super- processo toma tempo do processador e aumenta o
fície magnetizável (disquete, HD, fita); tempo final de processamento;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
– A SDRAM (DRAM Síncrona) tinha uma velocidade • EEPROM (ROM programável e apagável eletricamen-
boa e acessos com frequências sincronizadas com te) pode ser gravada e apagada milhares de vezes
a frequência da placa-mãe (uma revolução em por meio do aumento da tensão elétrica em seus
relação aos modelos anteriores); conectores. Quando um chip EEPROM permite que
– Atualmente as memórias mais comuns são chama- múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa
das de DDR-SDRAM ou simplesmente DDR (Dupla só operação, é então conhecido como Memória Flash
Taxa de Dados). São mais rápidas que a SDRAM e usado em pen drives.
convencional porque utilizam duas vezes cada ciclo
de sua frequên­cia para transmitir/receber dados. A principal característica em comum entre esses tipos
• SRAM: mais rápida, mais cara, e, por isso, aparece em de memória é que NÃO SÃO VOLÁTEIS, ou seja, o conteúdo
menor quantidade em nossos micros. São usadas na dessas memórias é mantido mesmo quando não houver
construção de memória cache e nos registradores. Não energia elétrica alimentando o computador.
há a necessidade de refresh nesse tipo de RAM, porque No computador, um exemplo de memória ROM é o chip
utiliza semicondutores ao invés de capacitores. que armazena o BIOS (Sistema Básico de Entrada e Saída),
que existe em toda placa-mãe:
Memória ROM (Read Only Memory) • BIOS (Basic Input Output System): é a primeira camada
de software do sistema, a mais intimamente ligada ao
Memória não volátil que, uma vez gravada, não pode ser hardware. É encarregado de reconhecer os componen-
alterada. Normalmente é usada por fabricantes de hardware para tes de hardware instalados, realizar o boot e prover
armazenar nela o programa básico que determina o funciona- informações básicas para o funcionamento do micro.
mento de um equipamento (Firmware ou software embarcado).
Nos computadores é possível encontrar chips de memó- Memória Secundária (Memória Auxiliar)
ria ROM e outros com variações da ROM original:
• PROM (ROM Programável): vem de fábrica “limpa” Qualquer dispositivo capaz de armazenar dados perma-
e pode ser gravada uma única vez por equipamentos nentemente, mesmo na ausência de energia elétrica (não
especiais; voláteis). Podem conter programas que controlam o com-
• EPROM (ROM programável e apagável): pode ser putador, como o Sistema Operacional, e ainda os arquivos
gravada e apagada por meio de luz ultravioleta; de dados e programas do usuário.

Memória Tecnologia de Leitura e Gravação Capacidade de armazenamento


HD (disco rígido) magnética, acesso direto
160 GB a 2 TB
Fita de backup magnética, acesso sequencial
Disquete de 3½” magnética 1,44 MB ≈ 1.474 KB (1,38 MB utilizáveis)
Zip Disk magnética 100, 250 e 750 MB
Jaz Disk magnética 1 e 2 GB
CD ótica 800 MB
DVD ótica 4,7 (padrão) a 17 GB
Blu-ray ótica (laser azul) 23 a 54 GB
Pen Drive elétrica, flash, EEPROM 1 a 256 GB

Memória Cache (Memória Intermediária) chamada de Arquivo de Troca, Permuta ou Paginação, Swap
File e Memória Paginada.
Além da RAM principal (SDRAM), há uma pequena quan- A memória virtual é um recurso de armazenamento tem-
tidade de memória RAM estática (SRAM) nos nossos compu- porário usado por um computador para executar programas
tadores. Essa memória é muito rápida e fica localizada dentro
do processador (5 ns contra 70 ns da SDRAM), interposta entre que precisam de mais memória do que ele dispõe. Quando
ele e a RAM principal. O nome cache vem do francês e significa o computador está com pouca memória RAM e precisa de
“escondida”, pois quem controla o que entra e o que sai dela é mais, imediatamente, para completar a tarefa atual, o Win-
a própria CPU, e não os programas ou o sistema operacional. dows usará um espaço reservado em disco rígido para simular
A cache serve para armazenar os dados e instruções que a RAM do sistema.
foram mais frequentemente trazidos da memória principal. Ou O Windows XP define o tamanho inicial do arquivo de
seja, se um dado está sendo requisitado na RAM, ele é arma- paginação como 1,5 vezes e o tamanho máximo como duas
zenado na cache para que, quando for requisitado novamente, vezes a quantidade de RAM instalada no computador. Essa
não precise ser buscado na RAM, que está mais distante e é “reserva” de espaço é feita quando o Windows é carregado
menos rápida, aumentando a performance do processador e
reduzindo o tempo de acesso aos dados e instruções. (inicialização), mas a área em si de memória virtual só será
De acordo com a proximidade em relação ao núcleo de utilizada quando (e se) necessário.
processamento, a  memória cache recebe níveis: a cache Usando a memória virtual, se o processador procurar
primária (L1) é a mais próxima, a mais rápida e a mais cara. por um dado na memória RAM, poderá encontrar apenas
Conhecimentos Gerais

A cache secundária (L2) está ainda dentro do processador, um endereço, um atalho, para o dado que está de fato ar-
porém um pouco mais afastada do núcleo e tem capacidade mazenado no HD.
de armazenamento superior à L1. Alguns processadores para Quando um programa está sendo mais usado que outro,
servidores possuem um terceiro nível (L3), como o Xeon e o
eles trocam de lugar: o programa mais usado, se estiver na
Itanium, da Intel, e o Opteron, da AMD.
Virtual, é transposto para a real e o programa menos usado,
Memória Virtual (Memória de Apoio) se estiver na real, é transposto imediatamente para a virtual.
Se a memória virtual estiver sendo utilizada o desempenho
É a parte do HD usada como memória RAM, ou é a parte do computador será bastante prejudicado, pois o acesso ao
da memória fixa usada como memória provisória. Pode ser HD é mais lento que à RAM.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
WINDOWS 7 segundo plano somente quando o usuá­rio precisar deles.
Ele foi feito para executar programas, hibernar, voltar e se
Introdução reconectar a redes sem fio mais rápido. E, com suporte a
64 bits, o usuário aproveita totalmente os mais recentes e
O Windows 7 é um sistema operacional com caracterís- poderosos computadores de 64 bits.
ticas gerais semelhantes as suas versões anteriores:
• gerencia o software instalado e o hardware disponível Personalize seu Computador
no computador, permitindo interação entre usuário e O Windows 7 deixa o usuário se expressar facilmente,
computador; com temas, planos de fundo de área de trabalho, apresen-
• oferece suporte a instalações Plug and Play; tações de slides da área de trabalho personalizados, barra
• é multitarefa preemptivo, multiusuário e multisessão. de tarefas reformulada e gadgets mais flexíveis e divertidos.
Novos downloads estão disponíveis na Galeria de Personali‐
Com o intuito de corrigir as muitas falhas do seu último zação, para que o usuário possa baixar extras divertidos para
sistema operacional lançado, o  Windows Vista, e  apro- dar um toque pessoal ao seu computador.
veitando a oportunidade para lançar algumas novidades,
a Microsoft divulgou assim suas melhorias mais interessantes Avisos que não Chateiam
para o Windows 7. A Central de Ações, uma novidade do Windows 7,
permite que o usuário controle as mensagens de manuten-
Uma área de trabalho melhor ção e segurança. Ele pode ativar ou desativar as notificações
Com o Windows 7 é possível acessar as coisas no compu- para coisas como o Windows Defender ou o Controle de
tador mais rápido do que nunca. A Barra de Tarefas tem bo- Conta do Usuário. Se o Windows precisar da sua atenção,
tões maiores e visualizações em tamanho grande, e o usuário
o  usuário verá uma notificação no canto direito da barra
pode fixar programas nela, para acessá-los com um só clique.
de tarefas.
As Listas de Atalhos contêm atalhos para arquivos, pastas e
sites. E o Snap, o Peek e o Shake oferecem maneiras novas,
fáceis e divertidas de se livrar de todas as janelas abertas. Windows Live Essentials

Listas de Atalhos – Novidade do Windows 7: são listas de O Windows 7 não disponibiliza, em sua instalação padrão,
itens abertos recentemente, como arquivos, pastas ou sites, programas para fotos, filmes, mensagens instantâneas, e-
organizados pelo programa que o usuário usa para abri-los. -mail, blogs, proteção para a família. Usuários de qualquer
Além de poder abrir itens recentes usando uma Lista de versão do W7 que desejem utilizar programas da Microsoft
Atalhos, o usuário também pode fixar favoritos na Lista de para estas finalidades podem baixar do site da empresa um
Atalhos; dessa forma, é possível acessar de maneira rápida conjunto de programas chamado Windows Live Essentials
os itens usados diariamente. Para abrir uma Lista de Atalhos, que inclui Messenger, Galeria de Fotos, Mail, Movie Maker,
basta clicar com o botão direito do mouse em um ícone de Writer, Proteção para a Família e a Barra de Ferramentas,
programa na barra de tarefas do Windows 7 ou clicar uma além do Microsoft Office Outlook Connector, Suplemento
vez sobre ícones no Menu Iniciar. do Office Live e Microsoft Silverlight.

Aero Snap: novo e rápido jeito de redimensionar as jane- Utilização do Windows 7


las abertas, simplesmente arrastando-as para as bordas da
tela. Dependendo de onde o usuário arrastar uma janela, será Ao iniciar o Windows 7, o usuário é recepcionado por
possível expandi-la verticalmente, colocá-la na tela inteira ou uma Tela de Boas-vindas, onde deve-se informar o nome
exibi-la lado a lado com outra janela. do usuário e sua senha para que o Windows efetue seu
logon (entrada no sistema) e apresente a área de trabalho
Aero Shake: minimiza rapidamente todas as janelas personalizada.
abertas, exceto a que está sacudida pela barra de título No Windows XP, a Tela de Boas-Vindas pode ser ativada
(arrastada de um lado para outro). ou desativada. Nesta versão do Windows, não é possível
desativá-la.
Aero Peek: exibe temporariamente a área de trabalho
apontando para o botão Mostrar Área de Trabalho, na ex-
Área de Trabalho
tremidade da Barra de Tarefas.

Pesquisa mais Inteligente Ao inicializar o Windows todo o ambiente gráfico visua-


Digitando na caixa de pesquisa do menu Iniciar os resul- lizado é definido como área de trabalho, onde encontra-se
tados aparecem instantaneamente, agrupados por categoria, apenas um ícone, a Lixeira, uma barra horizontal, localizada
documentos, imagens, músicas, e-mail e programas. na parte inferior da tela, chamada Barra de Tarefas (Taskbar)
Conhecimentos Gerais

e um plano de fundo (papel de parede ou desktop). Outros


Compartilhamento fácil com o Grupo Doméstico ícones (representações gráficas de arquivos, pastas e recur-
Com o Grupo Doméstico é simples compartilhar arquivos sos do sistema) podem ser adicionados à área de trabalho
e impressoras em uma rede doméstica. Um Grupo Domés- e ativados por um duplo clique.
tico é um conjunto de computadores em uma rede os quais Outros itens presentes na área de trabalho do Windows
podem compartilhar arquivos e impressoras. são os gadgets (bugigangas), miniprogramas que oferecem
informações rápidas e acesso fácil a ferramentas usadas
Feito para ser Veloz com frequência, como apresentação de slides ou manchetes
O Windows 7 tem melhorias de desempenho funda- atualizadas continuamente, calendário, bloco de anotações
mentais para usar menos memória e executar serviços em e medidor de uso da CPU e RAM.

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Barra de Tarefas • Janelas: organiza automaticamente as janelas de
programas abertos;
Parte da área de trabalho que é, por padrão, visível todo • Iniciar Gerenciador de Tarefas: mostra a janela do
o tempo (mesmo com várias janelas de programas abertos), Gerenciador de Tarefas (CTRL + ALT + DEL ou CTRL +
foi completamente reprojetada para ajudar o usuário a ge- SHIFT + ESC);
renciar e acessar mais facilmente seus arquivos e programas • Bloquear a Barra de Tarefas: impede ou permite que
mais importantes. Ela contém o botão Iniciar, botões fixos da a barra de tarefas seja movida ou redimensionada.
Barra de Tarefas e botões de programas em execução. Cada
programa aparece como um botão único sem rótulo, mesmo Menu Iniciar
quando vários itens de um programa estão abertos, para se
obter uma aparência limpa e organizada. O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tare-
A Barra de Ferramentas Inicialização Rápida não está mais fas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, que mostra uma lista de
disponível, enquanto outras, como a barra de endereços, opções onde o usuário pode iniciar a utilização do sistema,
ainda podem ser mostradas e agora dispõem de mais espaço. como iniciar programas, abrir pastas usadas com frequência,
A Barra de Tarefas pode ser usada para ver rapidamente pesquisar arquivos, pastas e programas, ajustar configura-
outras janelas abertas sem clicar fora da janela em que está ções do computador, obter ajuda para o uso do sistema,
trabalhando. Basta apontar o mouse para um botão da barra desligar o computador, fazer logoff ou alternar para outra
de tarefas, e as visualizações de qualquer janela aberta asso- conta de usuário.
ciada a esse botão serão exibidas acima da barra de tarefas.
O lado esquerdo do Menu Iniciar permite acesso a to-
A Área de Notificação (região mais à direita da Barra de Ta-
dos os programas instalados no computador, inclusive aos
refas, onde se localiza o relógio do sistema) contém atalhos para
programas e informações de status importantes. No passado, Acessórios do Windows e Ferramentas do Sistema. É atu-
a área de notificação podia às vezes ficar cheia de ícones. Agora, alizado com links para os 10 (dez) programas abertos com
o usuário pode escolher quais ícones estão sempre visíveis e mais frequência pelo usuário atual e, na parte superior são
manter o restante deles disponíveis em uma área de exceden- fixados atalhos para outros programas, os quais aparecerão
tes, onde estarão acessíveis com apenas um clique de mouse. independentemente de utilização frequente.
O botão Mostrar Área de Trabalho foi movido para a O lado direito permite acessar pastas especiais do Win-
extremidade oposta da barra de tarefas do botão Iniciar, dows criadas para cada usuário e outros recursos do sistema.
facilitando clicar ou apontar para o botão sem abrir aciden-
talmente o menu Iniciar. O Menu Iniciar não pode mais ser configurado para ser
visualizado usando o estilo de versões antigas do Windo-
Propriedades da Barra de Tarefas ws, chamado Menu Iniciar clássico. O cabeçalho do menu
Conhecimentos Gerais

Iniciar, contendo o nome e imagem de exibição do usuário


A Barra de Tarefas pode ser personalizada através do atual, foi transferido para o painel da direita. As opções dos
Painel de Controle, usando-se o ícone Barra de Tarefas e botões do rodapé do menu Iniciar do Windows XP foram
Menu Iniciar ou clicando-se em uma área livre da barra com
adaptadas em único botão e incluído na base do painel da
o botão direito do mouse e a opção Propriedades. O menu
direita do menu Iniciar.
de contexto apresentado após o clique com o botão direito
em uma área livre da Barra de Tarefas permite realizar as
seguintes atividades: • Trocar Usuário: se houver mais de uma conta de
• Barras de Ferramentas: acrescenta ou remove barras usuário no computador, a Troca Rápida de Usuário é
com funcionalidades adicionais à Barra de Tarefas, um modo fácil de outra pessoa fazer logon no com-
como a Barra de Endereços; putador sem fazer seu logoff ou fechar os programas

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e arquivos da sessão atual. Também disponível após
pressionamento de CTRL + ALT + DEL.
• Fazer Logoff: permite a entrada de um novo usuário, Backup e Restauração : os backups ajudam a
fechando todos os programas abertos do usuário atu- garantir que os arquivos não serão permanentemente per-
al, encerrando a sessão, sem desligar o computador. didos ou danificados em caso de acidentes. Caso o Backup
• Bloquear: mostra a Tela de Boas-vindas e apenas o do Windows não tenha ainda sido usado, o  assistente de
usuário atual ou um administrador poderão desblo- Backup do Windows criará automaticamente uma agenda
queá-lo. para o usuário, que poderá ser alterada. Com o recurso de
• Desligar: fecha todos os arquivos e programas abertos backup do Windows 7 é possível realizar backup e restaura-
e encerra o Windows, para que o computador seja ção de arquivos de todos os usuários do computador e da
desligado com segurança. imagem do sistema, lidar com versões anteriores e realizar
• Reiniciar: encerra o Windows, desliga o computador restauração do sistema a um ponto anterior.
e o reinicia.
• Suspender: estado de economia de energia que
permite que o computador reinicie rapidamente a
operação de energia plena quando o usuário desejar
continuar o trabalho. Barra de Tarefas e Menu Iniciar : personaliza a
• Hibernar: estado de economia de energia projetado aparência e comportamento da Barra de Tarefas e do Menu
principalmente para laptops. Enquanto a suspensão Iniciar, indicando os tipos de itens a serem exibidos e a ma-
coloca o trabalho atual e as configurações na memória neira como devem ser mostrados:
e usa uma pequena quantidade de energia, a hiberna- • Mantidos: bloquear e ocultar automaticamente a
ção coloca no disco rígido os documentos e programas Barra de Tarefas, comportamento dos ícones inativos
abertos e desliga o computador. na Área de Notificação.
• Alterados: agrupar botões semelhantes para combi-
Suspensão Híbrida: projetada especificamente para nar e ocultar rótulos dos botões da Barra de Tarefas.
computadores desktop. É  uma combinação de suspensão • Novidades: usar ícones pequenos; Local da Barra de
e hibernação. Ele coloca todos os documentos e programas Tarefas na tela (inferior, superior, esquerda, direita);
abertos na memória e no disco rígido e, em seguida, coloca ativar/desativar Aero Peek; ação do botão de energia;
o computador em um estado de energia fraca, de forma que armazenar e exibir programas e itens abertos recen-
o usuário possa retomar rapidamente o seu trabalho. temente.
• Removidos: manter a Barra de Tarefas sobre as outras
Os itens Executar e Itens Recentes não estão mais janelas; mostrar o relógio; estilos visuais (Windows XP
disponíveis no menu Iniciar, por padrão. Para mostrar o ou Clássico); limpar lista de documentos recentes e
Executar: programas usados com mais frequência.
1) clicar em Propriedades da Barra de Tarefas e do
Menu Iniciar do Painel de Controle, ou com o botão
direito no botão Iniciar / Propriedades.
2) clicar Menu Iniciar / Personalizar e ativar a opção Central de Ações : substituiu a Central de Segu-
Comando Executar. rança do Windows nesta versão do Windows, gerenciando as
Para mostrar os Itens Recentes: configurações do firewall, o Windows Update, as configura-
1) clicar em Propriedades da Barra de Tarefas e do ções do software antispyware, a segurança da internet e as
Menu Iniciar do Painel de Controle, ou com o botão configurações de controle da Conta do Usuário. A Central de
direito no botão Iniciar / Propriedades. Ações também monitora as configurações de manutenção
2) em Privacidade, marcar a caixa de seleção Armaze‐ do computador e fornece links para soluções de problemas e
nar e exibir itens abertos recentemente no menu Iniciar outras ferramentas que podem ajudar a corrigir problemas.
e na barra de tarefas. É  o local central para exibir alertas e tomar providências
3) clicar no botão Personalizar e ativar a opção Itens que podem ajudar a executar o Windows uniformemente.
Recentes.

Executar: apresenta uma janela onde, de maneira prática


e rápida, é possível abrir programas instalados no Windows, Grupo Doméstico : facilita o compartilhamen-
arquivos, pastas e quando conectado à internet, sites. to de bibliotecas e impressoras em uma rede doméstica,
permitindo compartilhar imagens, músicas, vídeos, documen­
Itens Recentes: exibe uma lista de até 15 itens, com ata- tos e impressoras com outras pessoas do grupo doméstico.
lhos para os últimos arquivos abertos. A limpeza da lista Do- O grupo doméstico é protegido por senha e o usuário poderá
cumentos recentes não exclui os arquivos correspondentes. sempre escolher o que vai compartilhar com o grupo.
Caixa de Pesquisa: é uma das maneiras mais convenien-
Conhecimentos Gerais

tes de encontrar algo no computador. Para usá-la, basta abrir


o menu Iniciar e começar a digitar. À medida que se digita, Windows Defender : software antispyware
os  resultados da pesquisa são exibidos acima da caixa de incluído no Windows e executado automaticamente ao
pesquisa, no painel esquerdo do menu Iniciar. ser ativado. O uso do software antispyware pode ajudar o
usuário a proteger seu computador contra spyware e outros
Painel de Controle: personaliza as configurações do com- possíveis softwares indesejados.
putador, altera a aparência e o funcionamento do Windows, Para ajudar a manter as definições atualizadas, o Windows
adiciona e remove programas ou dispositivos de hardware, Defender trabalha com o Windows Update para instalar
configura as conexões de rede e as contas de usuário, entre automaticamente novas definições à medida que elas são
outras opções. lançadas.

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Windows Explorer

É o gerenciador de arquivos do Windows. No Windows Explorer, é possível ver a hierarquia das pastas no computador
e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos.

Elementos das Janelas cutadas junto a este objeto são mostradas na barra,
como em um menu de contexto, mostrando apenas
Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as tarefas que são relevantes. Três botões aparecem
têm alguma coisa em comum. A maioria das janelas possui sempre na Barra de Ferramentas: Organizar, Modos
as mesmas partes básicas: de Exibição e Mostrar o Painel de Visualização:
• Barra de Título 1 : na área superior livre, exibe o título
do arquivo em uso e o nome do programa aberto. No 1.
canto esquerdo, aparece um ícone que representa
o programa que está usando a janela (no Windows
Explorer a Barra de Título não apresenta ícone do
programa ou título do objeto selecionado). No canto
direito são mostrados os botões Minimizar, Restaurar,
Maximizar e Fechar 2 , os quais permitem ocultar a
janela, reduzi-la, alargá-la para preencher a tela in-
teira e fechá-la, respectivamente. Ainda na Barra de
Título, os botões Voltar e Avançar são mostrados 3 ,
a Barra de Endereços 4 , Botão Atualizar 5 e Caixa
de Pesquisa 6 .
• Barra de Menus 7 : contém itens nos quais o usuário
pode clicar para ativar recursos e comandos em um
programa. Por padrão não é mostrada no Windows
Explorer do Windows 7, pois os comandos de menu
mais comuns agora podem ser acessados pela Barra
de Ferramentas. Quando necessário, o pressionamen- A opção Layout permite mostrar ou ocultar a Barra
to do ALT ou F10 permite visualizá-la temporariamen- de Menus e os Painéis de Detalhes 9 , Visualização
te. Para fixá-la, deve-se clicar em Organizar / Layout 14 , Navegação 10 e Biblioteca 11 .
Conhecimentos Gerais

/ Barra de Menus.
• Barra de Ferramentas 8 : de forma geral, uma Barra
de Ferramentas apresenta botões e menus dropdown 2. Modos de Exibição : ao ser clicada a
distribuídos para facilitar a ativação de recursos do imagem do botão, cinco dos modos de exibição vão
programa, facilitando a execução de tarefas comuns. sendo ativados um a um, em sequência (a opção
No Windows Explorer do Windows 7, a Barra de Fer- Ícones ativa apenas Ícones Grandes). Clicar a seta
ramentas e o Painel de Tarefas do Windows XP foram preta ao lado do botão permite escolher um de um
fundidos e a Barra de Ferramentas atual não apresenta total de oito modos visuais diferentes de ícones.
mais botões para ativar comandos. Sempre que um A guia deslizante permite definir com precisão o
objeto é selecionado, as ações que podem ser exe- tamanho do ícone a ser mostrado.

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Mover e copiar arquivos e pastas

Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel da


direita, arrastando seu ícone para o painel da esquerda, de um
local em uma unidade de armazenamento para outro local...
• Na mesma unidade, MOVE.
• Pressionando simultaneamente CTRL, COPIA.
• Em outra unidade, COPIA.
• Pressionando simultaneamente SHIFT, MOVE.

14 : mostra Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel


3. Mostrar o Painel de Visualização da direita, arrastando-se uma pasta ou arquivo e soltando-o
ou oculta o Painel de Visualização. em qualquer local pressionando simultaneamente a tecla
ALT (ou CTRL + SHIFT), será criado um atalho para o arquivo.
• Barra de Status x Painel de Detalhes: a maioria dos Usando o botão direito do mouse, a partir do painel da
programas mostra uma barra horizontal na parte infe- direita, arrastando-se um arquivo para o painel da esquerda
rior da janela onde aparecem informações ao usuário e soltando-o em qualquer local será mostrada uma lista com
sobre o arquivo em uso ou sobre o objeto selecionado opções para copiar, mover ou criar atalho para o arquivo.
na janela. No Windows Explorer, essa Barra de Status
foi substituída por um Painel de Detalhes 9 , que apa-
rece na mesma posição da primeira, mas ocupando um
espaço maior e mostrando mais informações. O painel
de detalhes mostra as propriedades mais comuns as-
sociadas ao arquivo selecionado, como o autor, a data
da última alteração e qualquer marca descritiva que
possa ter sido adicionada ao arquivo.

• Painel de Navegação 10 : substituto do Painel de Pastas,


é um painel à esquerda da área de trabalho do WE que
mostra uma árvore de pastas hierarquizada com atalhos
para todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de tra-
balho, Atalhos Favoritos, Bibliotecas, Grupo Doméstico,
Redes e Pesquisas salvas. Quando uma das pastas deste
Painel é clicada, seu conteúdo é mostrado no Painel do
Conteúdo 12 (único sempre visível).
No Painel de Pastas podemos visualizar sinais de e Bibliotecas
antes das pastas ou unidades. O sinal de indica Nas versões anteriores do Windows, o gerenciamento
que dentro da unidade ou pasta podemos encontrar de arquivos significava organizá-los em pastas e subpastas
outra(s) pasta(s). O sinal de indica que já estamos diferentes. Nesta versão do Windows, o usuário pode usar
visualizando a(s) outra(s) pasta(s) existente(s) naquela também bibliotecas para organizar e acessar arquivos, inde-
pasta ou unidade. pendentemente de onde eles estejam armazenados.
• Painel da Biblioteca 11 : é exibido apenas quando uma Bibliotecas é o local onde o usuário gerencia documentos,
biblioteca está sendo visualizada (como a biblioteca músicas, imagens e outros arquivos. O usuário pode procurar
Documentos) e aparece logo acima do Painel do arquivos da mesma forma como faz em uma pasta ou exibir os
Conteúdo. Mostra informações sobre a biblioteca se- arquivos organizados por propriedades como data, tipo e autor.
lecionada, como seu nome e quantos locais estão nela Uma biblioteca se assemelha em alguns pontos a uma
agrupados e permite alterar o modo de organização pasta. Por exemplo, ao abrir uma biblioteca, o usuário vê um
dos ícones mostrados no Painel do Conteúdo. ou mais arquivos. Porém, diferente de uma pasta, a biblioteca
reúne os arquivos que estão armazenados em diversos locais.
• Painel da Visualização 14 : mostra o conteúdo da maioria As bibliotecas não armazenam de fato os itens. Elas monito-
dos arquivos. Se uma mensagem de e-mail, um arquivo ram as pastas que contêm os itens e permitem que o usuário
de texto ou uma imagem forem selecionados, seu con- os acesse e organize de várias maneiras. Por exemplo, se o
teúdo poderá ser visto sem abri-lo em um programa. usuário tem arquivos de música em pastas no disco rígido
e na unidade externa, poderá todos esses arquivos de uma
Ações com Arquivos vez usando a Biblioteca de música.
Selecionar vários arquivos e/ou pastas
• Adjacentes: clique o 1º arquivo, mantenha pressiona-
Conhecimentos Gerais

da a tecla SHIFT, clique o último arquivo.


• Não adjacentes: clique o 1º arquivo, mantenha pres-
sionada a tecla CTRL, clique outros arquivos.

Renomear uma pasta ou arquivo selecionado


• Pressionar F2.
• Clique sobre o nome da pasta ou arquivo já selecio-
nado.
• Arquivo / Renomear.
• Botão direito sobre o arquivo/pasta e clicar Renomear.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
O Windows tem quatro bibliotecas padrão: Documentos, • o Windows reserva, por padrão, 10% da capacidade de
Músicas, Imagens e Vídeos. O usuário também pode criar armazenamento de cada disco local ou partição para
novas bibliotecas, que podem incluir até 50 pastas. a Lixeira, podendo o usuário configurar esse tamanho
• Biblioteca Documentos. Organiza documentos de pro- até o limite da capacidade total do disco;
cessamento de texto, planilhas, apresentações e outros • é possível configurar a Lixeira para que os arquivos
arquivos relacionados a texto. Por padrão, os arquivos não sejam para ela movidos, mas sempre removidos
movidos, copiados ou salvos na Biblioteca Documentos permanentemente;
são armazenados na pasta Meus Documentos. • não é possível abrir arquivos que estão na Lixeira;
• Biblioteca Imagens. Organiza as imagens digitais, se-
jam elas obtidas da câmera, do scanner ou de e-mails • é possível esvaziar toda a Lixeira, confirmando a exclusão;
recebidos de outras pessoas. Por padrão, os arquivos • ao restaurar um arquivo da Lixeira, o mesmo voltará
movidos, copiados ou salvos na Biblioteca Imagens para o local de origem, usando opções do clique duplo /
são armazenados na pasta Minhas Imagens. Restaurar, botão direito / Restaurar, menu Arquivo /
• Biblioteca Músicas. Organiza as músicas digitais, Restaurar ou clicar o botão Restaurar este item da
como as que o usuário copia de um CD de áudio ou Barra de Ferramentas;
as baixadas da Internet. Por padrão, os arquivos mo- • é possível restaurar arquivos e pastas da Lixeira para
vidos, copiados ou salvos na biblioteca Músicas são qualquer outro local usando Recortar / Colar ou
armazenados na pasta Minhas Músicas. arrastando-os;
• Biblioteca Vídeos. Organiza e arruma seus vídeos, • para mostrar novamente o ícone da Lixeira na área de
como clipes da câmera digital ou da câmera de vídeo, trabalho do Windows: Painel de Controle / Persona‑
ou arquivos de vídeo baixados da Internet. Por padrão, lização / Alterar ícones da área de trabalho.
os arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca
Vídeos são armazenados na pasta Meus Vídeos.
LINUX E SOFTWARE LIVRE
Lixeira
Histórico
Lixeira é uma pasta especial do Windows que pode
ser acessada através de seu ícone na área de trabalho ou Em 1971, quando Richard Stallman iniciou sua carreira
Windows Explorer . Quando o usuário exclui no Laboratório de Inteligência Artificial do Massachusetts
um arquivo do computador, ele apenas é movido para a Institute of Technology (MIT), fazia parte de uma comunidade
Lixeira onde fica temporariamente armazenado até a Lixeira que incluía empresas e programadores onde havia coopera-
ser esvaziada. Com isso, o usuário tem a oportunidade de ção entre seus membros, compartilhando programas. Porém,
recuperar arquivos excluídos e restaurá-los para os locais
no início dos anos 1980, quase todos os softwares passaram
originais. Características da Lixeira:
• para excluir arquivos e levá-los para a Lixeira, pode-se a ser proprietários, proibindo e impedindo a livre troca de
adotar, inicialmente, os seguintes procedimentos: softwares entre os usuários.
– pressionar a tecla delete; Em uma tentativa de trazer de volta o espírito cooperativo
– clicar com o botão direito do mouse sobre o objeto que prevalecia na comunidade de informática nos seus pri-
a ser excluído e escolher a opção Excluir no menu mórdios, Stallman idealizou o Projeto GNU (Gnu não é Unix)
de contexto; em 1983, com a intenção de criar um sistema operacional
– clicar a opção de menu Arquivo / Excluir; livre e tornar a cooperação possível outra vez, removendo
– recortar o objeto e colar na pasta Lixeira; os obstáculos impostos pelos donos dos softwares proprie-
– arrastar o ícone do objeto para a Lixeira. tários. Como o interesse pelo Projeto GNU e seus softwares
• para excluir definitivamente arquivos ou pastas, sem começou a crescer, outras pessoas se envolveram no projeto
passar pela lixeira, é possível realizar as mesmas ta- e, em 1985, foi criada a Free Software Foundation, uma ins-
refas acima, mantendo pressionada a tecla SHIFT; tituição filantrópica para o desenvolvimento dos softwares
• por padrão, uma caixa de diálogo é apresentada ao livres e arrecadar fundos para ajudar a desenvolver o GNU.
usuário para confirmar a exclusão de uma pasta ou O  primeiro objetivo do projeto deveria ser a construção
arquivo, exceto quando arrastados para a Lixeira. Essa
caixa de diálogo é uma ferramenta de segurança do de um sistema operacional, que serviria como base para a
Windows que tenta impedir exclusões acidentais; instalação de qualquer outro software livre.
• um arquivo, enquanto armazenado na Lixeira, ainda O sistema operacional Unix foi escolhido como modelo
ocupa espaço no disco rígido de onde foi excluído. Seu por ser um software com design geral já testado e portável,
espaço será liberado quando o arquivo for removido e  porque a compatibilidade tornava fácil para os atuais
da Lixeira; usuários do Unix a mudança para o GNU. De 1984 ao início
• não é possível restaurar arquivos excluídos definiti- dos anos 1990 o Projeto GNU já havia conseguido produzir
vamente, usando ferramentas disponíveis em uma todos os componentes principais do sistema operacional,
instalação padrão do Windows; exceto um, compiladores, editores, formatadores de texto,
• apenas arquivos de discos rígidos (HDs) conectados software de e-mail e muitos outros estavam prontos, mas
diretamente ao computador vão para a lixeira; faltava o kernel, o núcleo do sistema.
Em 1991, o estudante finlandês Linus Torvalds desenvol-
Conhecimentos Gerais

veu um kernel Unix-like, batizou-o Linux e o disponibilizou


em 1992. A  combinação do Linux com o quase completo
sistema GNU resultou em um sistema operacional completo:
o sistema GNU/Linux.
A meta do Projeto GNU era dar liberdade aos usuários,
não apenas ser popular. Então, foram criadas algumas regras
de distribuição que evitassem a transformação do software
GNU em software proprietário. O método utilizado é cha-
mado de Copyleft, o qual usa a lei de direitos autorais dos
softwares licenciados (copyright), mas no sentido oposto de

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seu propósito habitual: em vez de um meio de privatização Conceitos Gerais
do software, torna-se um meio de manter o software livre.
A GNU General Public License (Licença Pública Geral), Sistemas de arquivos: um sistema de arquivos é uma
GNU GPL ou simplesmente GPL é a licença com maior uti- estrutura que indica como os dados devem ser gravados em
lização por parte de projetos de software livre, em grande dispositivos de gravação. É de acordo com os recursos ofere-
parte devido à sua adoção para o Linux. cidos por essa estrutura que é possível determinar o espaço
Em termos gerais, a GPL baseia-se em quatro liberdades: disponível e ocupado em disco, e gerenciar como partes de
um arquivo podem ficar “distribuídas” nas áreas de armaze-
namento. É também o sistema de arquivos que determina
LIBERDADE NRO 0 – Executar o programa, para qual- como os dados podem ser acessados, copiados, movidos,
quer propósito. renomeados, protegidos e eliminados. Portanto, sem um
LIBERDADE NRO 1 – Estudar como o programa funciona sistema de arquivos, é impossível utilizar um disco rígido (e
e adaptá-lo para as suas necessidades. outros dispositivos) para armazenamento de informações.
LIBERDADE NRO 2 – Redistribuir cópias de modo que O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistemas
o usuário possa ajudar ao seu próximo. de arquivos, de diversos sistemas operacionais, além de
LIBERDADE NRO 3 – Aperfeiçoar o programa e liberar os alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instala-
seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade do em dual boot com outros sistemas, como Windows, por
se beneficie deles. exemplo, ele poderá ler e escrever nas partições formatadas
em FAT e NTFS. Entre os sistemas nativos, destacam-se o EXT2
Software livre é o software que vem com permissão para (similar ao FAT32), o EXT3 (similar ao NTFS), EXT4 e o Reiser.
qualquer um copiar, usar e distribuir, com ou sem modifi-
cações, gratuitamente ou por um preço. Em particular, isso Shell e Usuários
significa que o código fonte deve estar disponível.
O Linux, assim como qualquer sistema operacional
Kernel e Distribuições moderno, é  perfeitamente capaz de oferecer interação
com o usuário por meio de gráficos, fazendo com que seja
No Linux, o kernel é o próprio sistema operacional – o possível utilizar a maioria de seus recursos através do mouse.
restante é acessório. O kernel do Linux em si é muito pequeno Porém, em dado momento, o modo gráfico pode não estar
e não tem muita coisa, mas claro que tem o mais importante, disponível, restando apenas o modo texto (para a inserção
já que ele é o sistema propriamente dito. Porém, para que de comandos). Além disso, determinadas tarefas só podem
o Linux seja utilizável, é necessário que existam, também, ser executadas por comandos digitados.
outros programas que, junto com o kernel, façam o sistema Quando o comando é inserido, cabe ao interpretador de
completo e amigável para um usuário qualquer. comandos, o shell, executá-lo. O Linux conta com mais de
É aí que entram os Shell (ambientes onde o usuário um, sendo os mais conhecidos o bash e o sh.
pode comandar o sistema por meio de comandos de texto), Quando um terminal é acessado, uma informação apare-
as interfaces gráficas (ambientes que apresentam ícones e ce no campo de inserção de comandos. É importante saber
janelas, como o Windows), os aplicativos (para digitar tex-
interpretá-la. Para isso, veja os exemplos abaixo:
tos, construir planilhas, desenhar e acessar a Internet, por
exemplo) e outros mais.
Muitas empresas e programadores obtêm o Kernel do Exemplo 1 Exemplo 2
Linux e juntam a ele outros programas que julgam importan- root@tosha: /root# marrrcelo@queijominas:~$
tes. Cada uma dessas mesmas pessoas ou instituições relança
o Linux com seu próprio nome, ou com algum “apelido”, Nos exemplos, a palavra existente antes do símbolo @
chamado Distribuição Linux. diz qual o nome do usuário que está usando o terminal.
Algumas distribuições são bem pequenas (cabendo em Os nomes que aparecem depois do @ indicam o computador
um disquete ou em um CD) e outras já são bem maiores (com que está sendo acessado seguido do diretório.
centenas de programas juntos). O  que diferencia uma da O caractere que aparece no final indica qual o poder do
outra é a maneira como são organizados e pré-configurados usuário. Se o símbolo for #, significa que usuário tem poderes
os aplicativos e como será feita a instalação do sistema. São de administrador (root). Por outro lado, se o símbolo for $,
exemplos de distribuições: Red Hat, Slackware, Suse, Fedora, significa que este é um usuário comum, incapaz de acessar
Debian, Mandrake, Conectiva, Mandriva, Kurumin, Ubuntu, todos os recursos que um administrador acessa. Indepen-
Gentoo, Knopix, Turbo Linux, Mint. dentemente de qual seja, é depois do caractere $ ou # que
o usuário pode digitar os comandos.
Dual Boot Interface Gráfica: o sistema Linux pode se apresentar
para o usuário do mesmo modo amigável que o Windows.
Dual boot ou multi boot é a possibilidade de se escolher O Linux tem ambientes gráficos, permite o uso do mouse
um entre vários sistemas operacionais disponíveis para um e ícones, janelas e menus. As  interfaces gráficas mais co-
mesmo computador. Quando dois ou mais sistemas estão nhecidas são a KDE, Gnome (GNU Network Object Model
instalados em um mesmo disco rígido particionado, é neces- Environment), Blackbox e X11 (X Windows System).
Conhecimentos Gerais

sária a instalação de um gerenciador de boot (boot manager)


que consiste em um programa instalado a partir do Linux que Comandos
gerencia o setor de boot do HD (MBR – Master Boot Record)
permitindo a inicialização seletiva do sistema operacional, ou Para utilizar os comandos em Linux, basta digitá-los e
seja, ele apresenta um menu de opções para que o usuário pressionar a tecla Enter. É importante frisar que, dependendo
possa escolher um entre os sistemas operacionais disponíveis da distribuição Linux utilizada, um ou outro comando pode
para aquela inicialização. estar indisponível. Além disso, alguns comandos só podem
Entre os gerenciadores de boot mais comuns estão ser executados por usuários com privilégios de administrador.
o GNU/Grub (GRand Unified Bootloader) e o LILO (LInux A relação a seguir mostra os principais comandos segui-
LOader). dos de uma descrição:

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cal (calendar) – exibe um calendário. de forma sequencial, sem nenhuma relação de dependência
cat arquivo (concatenate) – concatena arquivos ou mos- entre eles, usa-se o caractere “;” (ponto e vírgula):
tra o conteúdo de um arquivo.
cat info.txt cd /home/marrrcelo;cat info.txt;sleep 60;shutdown – h +5
resultado: mostra o conteúdo do arquivo info.txt na tela.
cat info.txt info2.txt resultado: vai para a pasta do usuário marrrcelo, mostra o
resultado: concatena os arquivos info.txt e info2.txt e conteúdo do arquivo info.txt, aguarda 60 segundos e desliga
mostra o resultado na tela. o computador em 5 minutos.
cd diretório (change directory) – abre um diretório. Por Para a execução de comandos em segundo plano (back-
exemplo, para abrir a pasta /mnt, basta digitar cd /mnt. Para ground), deixando o Shell livre para a execução de outros co-
ir ao diretório raiz a partir de qualquer outro, digite cd / ou mandos, deve-se usar o “&” (E comercial) ao final do comando:
cd ~ para ir à pasta pessoal do usuário atual.
clear – elimina todo o conteúdo visível, deixando a linha find – name info.txt &
de comando no topo, como se o sistema acabasse de ter resultado: procura pelo arquivo de nome info.txt em
sido acessado. segundo plano, liberando o Shell para a digitação de outros
cp origem destino (copy) – copia um arquivo ou diretório comandos.
para outro local. Por exemplo, para copiar o arquivo info.txt Para a execução de comandos concatenados (encadeados
com o nome info2.txt para /home, basta digitar cp info.txt ou conectados) onde o segundo aproveite o resultado do
/home/info2.txt. primeiro na sua execução pode-se utilizar o caractere “|”
df – mostra o espaço livre/ocupado pelas partições. (pipe, barra vertical).
du diretório (directory usage) – mostra o espaço em disco
ocupado por um diretório recursivamente. ls – R | lpr
emacs – abre o editor de textos emacs. resultado: lista diretórios e sub-diretórios recursivamente
find diretório parâmetro termo – o comando find serve e envia essa informação para o próximo comando, que irá
para localizar informações. Para isso, deve-se digitar o co- imprimi-la.
mando seguido do diretório da pesquisa mais um parâmetro
e o termo da busca. Parâmetros: Diretórios
– name – busca por nome
– type – busca por tipo No Linux, o sistema de diretórios e arquivos começa na
– size – busca pelo tamanho do arquivo raiz, simbolizada por “/”. Abaixo dela é possível achar os dire-
– mtime – busca por data de modificação tórios dos usuários, das configurações globais, dos programas
halt – desliga o computador. instalados e dos dispositivos disponíveis no computador. Essa
kill – encerra (mata) processos em andamento. estrutura foi inspirada no Unix e é usada em quase todas as
ls (list) – lista os arquivos e diretórios da pasta atual. distribuições Linux.
lpr arquivo – imprime o arquivo especificado.
mv origem destino (move) – move o arquivo ou o dire- /bin – contém arquivos programas do sistema que são
tório para o destino especificado. usados com frequência pelos usuários.
mkdir diretório (make directory)  – cria um ou vários /boot – contém arquivos necessários para a inicialização
diretórios (separados por espaços) dentro do diretório atual. do sistema.
passwd usuário (password) – cadastra ou altera senha, /cdrom – ponto de montagem da unidade de CD-ROM.
bloqueia (-l) e desbloqueia (-u) usuários. /media – ponto de montagem de dispositivos diversos do
ps (process stat) – mostra os processos em execução. sistema (rede, pendrives, CD-ROM em distribuições mais novas).
pwd (pathway directory) – mostra o diretório em que o /dev – contém arquivos usados para acessar dispositivos
usuário está. (periféricos) existentes no computador.
rm arquivo (remove) – apaga o arquivo especificado. /etc – arquivos de configuração de seu computador local.
rmdir diretório (remove directory) – apaga o diretório /floppy – ponto de montagem de unidade de disquetes.
especificado, desde que vazio. /home – diretórios contendo os arquivos dos usuários.
shutdown – desliga ou reinicia o computador.
/lib  – bibliotecas compartilhadas pelos programas do
su (subsitute user) – alterna o usuário atual.
sistema e módulos do kernel.
tar -xzvf arquivo.tar.gz – extrai um arquivo compactado
em tar.gz. /lost+found – local para a gravação de arquivos/diretórios
who – mostra os usuários conectados ao sistema, o ter- recuperados pelo utilitário fsck.ext2. Cada partição possui
minal, data e hora da conexão. seu próprio diretório lost+found.
whoami – exibe o nome do usuário que está conectado. /mnt – ponto de montagem temporário.
/proc – sistema de arquivos do kernel. Este diretório não
Praticamente todos os comandos citados possuem parâ‐ existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e
metros que permitem incrementar suas funcionalidades. Por usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam
exemplo, se o usuário digitar o comando ls com o parâmetro configurações do sistema ou modificar o funcionamento de
-R (/s -R), este mostrará todos os arquivos do diretório atual dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos.
/root – diretório do usuário root.
Conhecimentos Gerais

e subdiretórios, inclusive os arquivos ocultos (o parâmetro R


gera uma operação recursiva, pois varre diretórios). /sbin – diretório de programas usados pelo superusuário
A forma mais prática de conhecer os parâmetros disponí- (root) para administração e controle do funcionamento do
veis para cada comando é consultando as informações de aju- sistema.
da. Para isso, pode-se usar a chave-help após o comando para /tmp – diretório para armazenamento de arquivos tem-
o qual se deseja conseguir informações. Também é possível porários criados por programas.
utilizar os comandos man, help ou info, seguidos do comando /usr – contém maior parte de seus programas. Normal-
para o qual se deseja obter informações mais detalhadas. mente acessível somente como leitura.
Alguns comandos podem ser utilizados em conjunto, um /var – contém maior parte dos arquivos que são gravados
após o outro, na mesma linha de comando, usando alguns ca- com frequência pelos programas do sistema, e-mails, spool
racteres especiais. Para a execução de dois ou mais comandos de impressora, cache etc.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
WORD 2016 Faixas de Opções
Também chamadas de menus horizontais, guias ou abas ①
foram introduzidas no Office 2007. Esse novo componen-
te substitui menus, barras de ferramentas e a maioria dos
painéis de tarefas das versões anteriores do Word por um
O Word 2016 é a 16ª versão do processador de textos mecanismo único simples e fácil de explorar. Os novos menus
mais usado do mundo, lançado em 1983 para DOS e em agrupam as ferramentas por tarefa, mantendo os comandos
1989 para Windows. É um software que facilita a criação, usados com mais frequência sempre à mão.
edição e publicação de textos, permitindo ainda a inserção O local onde o Excel (e Word) mantém os botões faz
de imagens, tabelas e gráficos, como parte da suíte (pacote) parte da composição da barra de ferramentas do software,
de aplicativos para escritório Microsoft Office 2016. A ins- nome comum inclusive em diversos aplicativos Microsoft.
talação do Office 2016 exige, no mínimo, um computador O nome faixa de opções faz menção inclusive à barra de
com processador de 1 GHz (32 ou 64 bits), 1 GB (32 bits) ou ferramentas (equivalente ao conjunto de ícones na parte
2 GB (64 bits) de RAM, 3 GB de espaço livre no HD, sistema superior do software, onde o usuário pode acessar diversas
operacional Windows 7 ou mais recente. funcionalidades do software por meio de um único clique).

Os antigos menus verticais e as barras de ferramentas do • personalizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido;
Word 2003 foram fundidos e se estendem em sentido hori- • mostrar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido
zontal de uma ponta à outra da interface. Cada uma das nove abaixo da Faixa de Opções;
guias básicas (Arquivo, Página Inicial, Inserir, Design, Layout, • personalizar a Faixa de Opções...;
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir) possui vários • recolher a Faixa de Opções.
Grupos ② que mostram comandos agrupados por funciona-
lidade. Um Comando ③ pode ser um botão, uma caixa ou A sequência dos menus, seus nomes e botões conti-
um menu (galeria). Mais opções de cada grupo podem ser dos em cada grupo podem ser alterados.
acessadas em uma janela, clicando nos Iniciadores de caixa
de diálogo ④, marcas em forma de seta diagonal existentes
no canto inferior direito de alguns grupos. Localização dos Comandos nos Menus

Guias adicionais/contextuais aparecerão sob de‐ De forma generalizada, os programas guardam em seus
manda ⑤, sempre que imagens, tabelas, desenhos, dia- menus todos os comandos disponíveis aos usuários, organi-
gramas (SmartArts), cabeçalhos, equações ou gráficos forem zados em uma ou outra lista de acordo com alguma caracte-
selecionados. Essas ferramentas contextuais permitem tra- rística comum entre eles. Mais importante do que memorizar
balhar com um conjunto específico de comandos voltados quais comandos estão dispostos em certo menu é conseguir
para o objeto selecionado, que aparecem com uma cor de perceber em qual deles deve estar certo comando, asso-
ênfase, após a última guia padrão. ciando seu funcionamento e características principais às de
outros pertencentes ao mesmo menu.
Personalização da Faixa de Opções Não existe uma definição oficial a respeito do tipo de co-
mando que pertence a cada menu. Obtida com a prática, uma
Para ganhar algum espaço na região central do aplicativo proposta para essa definição, apresentando o conteúdo dos
e exibir um trecho um pouco maior do documento em edição, menus e seus representantes de uso mais comum vem a seguir.
a faixa de opções pode ser retraída/ocultada/minimizada
Conhecimentos Gerais

com um clique duplo sobre qualquer uma das guias. A tecla Menu Página Inicial

de atalho CTRL+F1 ou o botão ⑥ também podem Em entrevistas com usuários, a Microsoft registrou os
ser usados com a mesma finalidade. comandos utilizados com maior frequência e os dispôs numa
guia exibida sempre que o Word é iniciado. Com isso, co-
Menu Arquivo/Opções/Personalizar Faixa de Opções mandos dos antigos menus Editar e Formatar, como Fonte,
ou clicar com o botão direito numa área livre ou botão da Parágrafo e Estilo, do Word 2003, entre os mais usados, são
Faixa de Opções mostra opções que permitem: facilmente encontrados no Menu Página Inicial.
• adicionar Grupo à Barra de Ferramentas de Acesso No Word, ao se selecionar um trecho de texto e se cli-
Rápido ⑦ (adiciona o botão ou grupo clicado); car o menu Página Inicial, é exibido um menu com diversas

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opções, entre as quais, a opção Copiar, que permite copiar funcionalidade que permite localizar palavras no documento
o trecho selecionado para a área de transferência, além de que está sendo editado.

Menu Arquivo e edição do texto com opções dos comandos desse menu,
denominado Backstage. Muito do que se faz no Word tem
Comandos usados com menor frequência durante a a ver com o gerenciamento de arquivos, executando-se
edição do texto e que executam ações no documento como tarefas comuns como abrir, fechar, salvar, imprimir e criar
um todo, sem alterar seu conteúdo. Então, como durante novos documentos. A organização dos comandos no menu
a utilização dos itens do menu Arquivo não há necessidade Arquivo mostra as tarefas de “bastidores” no programa - em
de enxergar o documento, o visual do menu Arquivo foi al- resumo, tudo aquilo que o usuário faz para um arquivo, e
terado para ocupar todo o espaço destinado à visualização não no arquivo.

Menu Layout

Apresenta comandos para configurar as páginas, onde aqueles mais importantes alteram todo o documento, ou partes
dele, gerando modificações no conteúdo das páginas.

Menu Exibir

Mostra recursos já disponibilizados pelo Word que alteram a visualização do documento e não necessitam configuração
antes de exibidos ao redor do documento, para orientar o trabalho do usuário.
Conhecimentos Gerais

Menu Inserir

Em oposição aos itens do menu Exibição, o menu Inserir mostra recursos que poderão ser trazidos de fora do Word e
necessitam configuração antes de inseridos dentro do documento.

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Menu Referências

Disponibiliza comandos para a inserção de Sumários (índices analítico, remissivo, de ilustrações e autoridades), Legenda
e Notas de rodapé.

Menu Revisão

Mostra comandos usados após a edição do documento, como revisão da ortografia, inserção de comentários e controle
de alterações do revisor.

Menu Correspondências

Mostra comandos para a criação de Malas Diretas, Envelopes e etiquetas.

Menu Página inicial Colar Especial (CTRL + ALT + V)


A parte inferior do botão Colar permite optar por um
Grupo Área de Transferência formato de colagem diferente do padrão – Colar Especial...
Um trecho de planilha do Excel será colado, por padrão,
A Área de Transferência (clipboard, em inglês – prancheta) como tabela comum no Word se usado CTRL+V, simples-
é um espaço da memória RAM do computador usado como mente. Caso se necessite aplicar de outra forma a planilha
área de armazenamento temporário para os itens que são co- no documento atual, como uma imagem, apenas seu texto
piados ou recortados e podem ser depois aplicados (colados) ou mantendo vínculo com a planilha de origem (colar como
no mesmo aplicativo ou em outro. Os comandos do Word que, objeto), o atalho de teclado CTRL+ALT+V pode ser usado,
de alguma forma, usam a área de transferência do Windows
ficam dispostos neste grupo, como Recortar, Copiar, Colar. assim como o pequeno ícone que aparece ao
A seguinte sequência de ações permitirá copiar a palavra lado do trecho colado de forma simples, permitindo escolher
“fértil” em outro ponto do texto: aplicar um clicar duplo sobre entre as opções:

a palavra “fértil”; clicar o botão ; clicar no local onde


se deseja colocar a cópia da palavra; clicar o botão .

Como as teclas de atalho para os comandos Copiar


Conhecimentos Gerais

(CTRL+C) e Colar (CTRL+V) são amplamente usadas e conhe-


cidas, é comum que sejam exigidas as imagens dos botões
associadas a eles. Memorize-as.
Considerando-se que o computador em uso esteja exe-
cutando o sistema operacional Windows, é correto afirmar

que, por meio do ícone , pode-se saber se a área de


transferência do Windows está vazia.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
① Marcadores, ② Numeração e ③ Lista de Vários Níveis:
Pincel de Formatação criam listas destacando o início de cada parágrafo com símbo-
los ou números. Podem-se criar listas com vários níveis, usando
Copia a FORMATAÇÃO de um trecho de texto ou elemen-
quaisquer símbolos, imagem, letras e números variados.
to gráfico para outro. Basta selecionar o trecho que possui
a formatação desejada, clicar no pincel e selecionar o tre- ④ Diminuir Recuo (esquerdo): CTRL + SHIFT + M. ⑤
cho que receberá a formatação. Clicar duas vezes no botão Aumentar recuo (esquerdo): CTRL + M.
mantém a ferramenta ativa enquanto a formatação copiada ⑥ Classificar: coloca o texto selecionado em ordem al-
é colada em vários trechos de texto. fabética ou classifica dados numéricos.
⑦ Mostrar Tudo (CTRL+*): mostra os caracteres não
Página Inicial / Área de Transferência / Pincel de For- imprimíveis, como marcas de parágrafo e outros símbolos
matação ou (CTRL + SHIFT + C – copiar formatação e CTRL + de formatação ocultos.
SHIFT + V – colar formatação)
Alinhamento: define a posição dos parágrafos com
Grupo Fonte relação a qualquer formatação de recuo. Para alinhar os
parágrafos com relação às margens esquerda e direita do
documento, deve-se remover qualquer formatação de recuo.

⑧ ⑨
Alinhar à Esquerda Centralizar
① Tipo da Fonte (CTRL+SHIFT+F). CTRL + Q CTRL + E
② Tamanho da Fonte (CTRL+SHIFT+P): tamanhos de 8
a 72. Limites: mínimo 1 e máximo 1638, com variações de
0,5 ponto.
⑩ ⑪
③ Aumentar Fonte: CTRL + > (lista pré-definida) ou CTRL Alinhar à Direita Justificar
+ ] (um ponto mais). CTRL+G CTRL + J
④ Reduzir Fonte: CTRL + < (lista pré-definida) ou CTRL
+ [ (um ponto menos).
⑤ Maiúsculas e Minúsculas: altera a capitalização do ⑫ Espaçamento Entre linhas: define o espaço vertical
texto selecionado. O atalho de teclado SHIFT+F3 alterna o entre as linhas dentro dos parágrafos selecionados texto.
texto selecionado entre maiúsculas e minúsculas, como no
ciclo representado a seguir, funcionando como alternativa
ao uso desse botão.
⑥ Limpar Formatação: remove formatos de fonte (CTRL
+ Espaço) e parágrafo (CTRL + F), devolvendo o texto se- Simples 1,5 Duplo
lecionado ao estilo Normal, padrão de formatação que o (CTRL + 1) (CTRL + 5) (CTRL + 2)
documento usava quando criado.
O comando Limpar Formatação não removerá o real- ⑬ Sombreamento: colore o plano de fundo atrás do
ce do seu texto. Para limpá-lo, selecione o texto realçado texto ou parágrafo selecionado. ⑭ Bordas.
e clique na seta ao lado de Cor de Realce de Texto e clique
em Sem Cor. 3.5. Estilos (e formatação)
⑦ Negrito: CTRL + N ou CTRL + SHIFT + N.
⑧ Itálico: CTRL + I ou CTRL + SHIFT + I. Conjunto de ações de formatação que podem ser apli-
cadas ao texto, tabelas e listas do documento para alterar
⑨ Sublinhado: aplica à seleção o último estilo de subli-
rapidamente sua aparência. Ao aplicar um estilo, todo um
nhado selecionado nas opções da seta. A tecla de atalho sem-
pre aplica sublinhado simples (CTRL + S ou CTRL + SHIFT + S). grupo de formatos é aplicado em uma simples operação.
⑩ Tachado. ⑪ Subscrito: CTRL + =.
⑫ Sobrescrito: CTRL + +.
⑬ Efeitos de texto: aplica um efeito visual ao texto se-
lecionado como sombra, brilho e reflexo.
⑭ Realce. ⑮ Cor da Fonte.
Conhecimentos Gerais

Grupo Parágrafo
É possível criar e modificar os estilos. As modificações
em um estilo serão aplicadas automaticamente a todos os
trechos de texto que usem esse estilo no documento atual.

No Word, as opções de modificação de um estilo, por


exemplo, o Normal, incluem alterações na formatação de
fonte e de tabulação do texto.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Um índice analítico pode ser inserido no Word para faci- formatação do documento e possibilita o compar-
litar a identificação de conteúdos de um documento, sendo tilhamento de arquivo. O formato PDF garante que
necessárias configurações específicas que atribuam estilos quando o arquivo é exibido online ou é impresso,
de títulos como entradas para formar o índice. É necessário mantenha exatamente o formato pretendido e os da-
aplicar estilos apropriados aos títulos do documento a serem dos no arquivo não podem ser facilmente alterados.
inseridos no sumário, para, dessa forma, o programa poder O formato PDF também é útil para documentos que
identificar tais títulos. serão reproduzidos usando métodos de impressão
comercial.
Menu Arquivo (ALT + A) XPS (XML Paper Specification) XPS é um formato de ar-
quivo eletrônico de layout fixo que preserva a formata-
Substitui o Botão Office da versão anterior, apresen- ção do documento e possibilita o compartilhamento de
tando várias opções do menu Arquivo do Word 2003, arquivo. O formato XPS garante que quando o arquivo é
como Novo, Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, Fechar. exibido online ou é impresso, mantenha exatamente o
Uma nova coluna com várias opções aparece à direita dos formato pretendido e os dados no arquivo não podem
botões mostrando recursos adicionais, como em Recente, ser facilmente alterados.
Novo e Imprimir. Um documento elaborado no Microsoft Word pode
A exibição padrão é Informações, que mostra infor- ser convertido em um arquivo no formato pdf, o que
mações sobre o arquivo em uso, como tamanho, número impede que ele seja alterado.
de palavras e páginas e a data da última alteração. É aqui A principal vantagem do formato pdf é a consistência
também onde se converte um arquivo de versão anterior, obtida em todos os tipos de computadores, ou seja, o
definem permissões, prepara o compartilhamento de um documento aparecerá de maneira idêntica indepen-
documento e gerencia diferentes versões que tenham sido dentemente da plataforma em que ele estiver sendo
salvas. lido.
• Outros formatos – abre a caixa de diálogo Salvar como
Salvar Como... (F12) para selecionar entre todos os tipos de arquivos pos-
síveis.
– TXT – texto sem formatação (compatibilidade com
Mostra uma lista de opções para que Bloco de Notas).
o usuário salve o documento atual com outro nome, em ou- – RTF – Rich Text Format (compatibilidade com Wor-
tro local (cria cópias de segurança) e com outras extensões: dPad, editor de textos do Windows).
• Documento do Word – mantém a extensão DOCX ou – HTML – página Web.
DOTX (modelo de arquivo, sem macro). – XML – linguagem de marcação extensível.
• Documento Habilitado para Macro – extensão DOCM
ou DOTM (modelo do Word com macro). No Word, por meio do recurso de compartilhamento de
No Word, um modelo pode assumir as extensões .dotx documento, diferentes usuários podem editar um mesmo
ou .dotm. O tipo de terminação de arquivo .dotx per- documento, ao mesmo tempo, mantendo a sincronia das
mite habilitar macros no arquivo. alterações efetuadas.
Documentos, planilhas e apresentações criados na É possível definir senhas para proteger um documen‐
versão 2010 do Office são salvos no formato XML e, to, permitindo que somente os revisores autorizados mo-
por isso, apresentam as letras “x” ou “m” nas exten- difiquem o conteúdo de um arquivo. Na caixa de diálogo
sões de nome de arquivo; “x” significa um arquivo XML Salvar como, o item Ferramentas / Opções Gerais... mostra
sem macros. Por exemplo, ao salvar um documento no
as seguintes opções:
Word, o arquivo utilizará, por padrão, a extensão .docx
em vez da extensão .doc.
• Documento do Word 97-2003 – salva uma cópia do
documento que será totalmente compatível com o
Word 97-2003.
• Documento do Works – salva uma cópia com formato
WPS.
• Texto OpenDocument – salva o documento no formato
Documento Aberto (ODT).
Quando o usuário trabalha com dois formatos de ar-
Conhecimentos Gerais

quivo, como .docx e .odt, pode haver diferenças de for-


matação e nem todos os recursos estarão disponíveis.
O usuário poderá converter dados e conteúdo, mas a
maneira como se trabalha com o conteúdo pode ser No Word, as informações de um documento podem ser
diferente, dependendo dos formatos usados. protegidas/desprotegidas, por meio de senha, de modo a
• PDF ou XPS – publica uma cópia do documento como restringir/permitir a determinados usuários os processos de
um arquivo PDF ou XPS. formatação e de edição do texto. Por meio dessa opção, é
PDF (Portable Document Format) PDF é um formato possível atribuir funções específicas apenas aos usuários aos
de arquivo eletrônico de layout fixo que preserva a quais foi concedida permissão.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Menu Layout da Página

Colunas (estilo de boletim informativo)

Contínua: insere uma quebra de seção e começa a nova


seção na mesma página. Útil para criar uma alteração de
formatação, como um número diferente de colunas em uma
Em colunas em estilo de boletim informativo, o texto flui mesma página.
continuamente do fim de uma coluna para o início da coluna
seguinte. O usuário pode especificar o número de colunas
que deseja em estilo de boletim informativo, ajustar suas
larguras e adicionar linhas verticais entre colunas. Também
é possível adicionar um título de faixa que abranja a largura
da página.

Página Ímpar ou Página Par: insere uma quebra de seção


e inicia a nova seção na próxima página de número ímpar ou
par. Útil para que os capítulos do documento sejam sempre
iniciados em uma página ímpar ou par.
Quando uma linha, coluna ou página é preenchida com
texto ou elementos gráficos, o Word insere uma quebra “au-
tomática” (ou involuntária) e cria uma nova. O usuário pode
forçar uma quebra em um local específico inserindo uma
quebra de linha, coluna ou página “manual” (ou forçada).

Quebras

Seção: é uma parte independente de um documento em


que o usuário define determinadas opções de formatação
de página, como numeração de linha, número de colunas ou
cabeçalhos e rodapés. As seções permitem variar o layout de
um documento em uma página ou entre páginas.
① Quebra de página automática.

② Quebra de página manual.


① Seção formatada como uma única coluna.
② Seção formatada como duas colunas.
Por exemplo, o usuário pode forçar uma quebra de página
Quebras de seção: dividem o documento em seções que, para assegurar que o título de um capítulo comece sempre
depois, podem ser formatadas independentemente. É possí- em uma nova página.
vel formatar um documento em seções diferentes para que
uma use orientação retrato e, outra, paisagem.
Numa monografia onde a capa não deve mostrar núme-
Conhecimentos Gerais

ros de página, o índice deve ter numeração romana e o corpo


do trabalho numeração arábica, a quebra do documento em
três seções permite que todas estas partes permaneçam jun-
tas num arquivo único. Quebra de página: o Word insere uma quebra de página
Tipos de quebras de seção (a linha pontilhada dupla re- automaticamente quando o texto digitado atinge o final de
presenta uma quebra de seção): uma página. Se for necessário que a página seja quebrada
Próxima Página: insere uma quebra de seção e começa em um local diferente, o usuário poderá inserir uma quebra
a nova seção na próxima página. Útil para iniciar novos ca- de página manual, que marca o ponto em que uma página
pítulos em um documento. termina e outra página começa.

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Quebra de linha: a quebra de linha manual encerra a Clip-Art: mostra um painel para pesquisa por imagem
linha atual e faz com que o texto continue na linha seguinte. vetorial, filmes, sons ou fotos de catálogo no documento.
Formas: insere formas geométricas prontas, como círcu-
los, quadrados e setas.
SmartArt: um elemento gráfico SmartArt é uma repre-
sentação visual das informações que podem ser criadas com
rapidez e facilidade, escolhendo entre vários layouts dife-
Quebra de coluna: leva o texto após o cursor para uma rentes, para comunicar mensagens ou ideias com eficiência.
nova coluna. Gráfico: insere vários tipos de gráficos de dados, como
gráficos de colunas linhas, pizza, barras, área, dispersão,
ações, superfície, rosca, bolha e radar.
Instantâneo: tira uma foto de todas as janelas abertas no
computador ou de parte delas e as adiciona ao documento.
Hyperlink (CTRL+K): cria uma ligação entre o objeto se-
lecionado e um outro objeto (página da web, arquivo, outro
Quebra Automática de Texto: separa o texto ao redor do local do mesmo documento, envio de email ou criação de
objeto. Por exemplo, separa o texto das legendas do corpo novo documento).
do texto.

quebras atalhos (ENTER)


coluna CTRL + SHIFT + ENTER
linha SHIFT + ENTER
página CTRL + ENTER

No MS Word, a opção de inclusão de uma quebra de Indicador: atribui um nome ao ponto do documento
seção contínua possibilita, na seção selecionada, atribuir al- onde está o cursor, para que um hiperlink possa ser criado
guns recursos de formatação, exclusivos à seção desejada, apontando para este local específico.
sem que os mesmos recursos sejam efetivos nas demais se- Referência Cruzada: insere um hiperlink automático para
ções do documento, como formatação de colunas, margens o local atual, que pode mais tarde ser citado em outros pon-
e parágrafos. tos do documento e trazer o usuário de volta àquele local
específico.
Menu Inserir Cabeçalho e Rodapé: áreas situadas nas margens supe-
rior e inferior, de cada página de um documento, onde pode-
Folha de Rosto: insere uma página no início do documen- -se inserir textos ou elementos gráficos – como números de
to, completamente formatada, com alguns campos para pre- página, data, logotipo de uma empresa, o nome de arquivo
enchimento com informações sobre o arquivo, autor e data. do documento— que são impressos no início ou no fim de
cada página de um documento.

Página em Branco: insere uma nova página em branco


na posição do cursor.
Quebra de Página: insere quebra de página na posição
do cursor, levando o texto à sua direita dele para uma nova
página, na mesma seção.
Imagem: abre caixa de diálogo para seleção de imagem
a ser inserida na posição atual do cursor.
Conhecimentos Gerais

Os cabeçalhos e rodapés aparecem apenas no modo de


exibição de layout de impressão (modo de exibição de um
documento da forma como ele aparecerá quando for impres-
so. Por exemplo, itens como cabeçalhos, notas de rodapé,

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colunas e caixas de texto aparecem em suas posições reais) Equação (ALT+=): para criar e editar equações e fórmu-
e em documentos impressos. Eles não aparecem nem são las, as versões anteriores do Word usavam o suplemento
impressos nos documentos da Web exibidos em navegado- Microsoft Equation 3.0. O Word 2013 inclui suporte interno
res. No entanto, são mantidos no documento da Web, de para escrever e editar equações.
modo que apareçam quando o usuário retornar ao formato Símbolo: adiciona ao texto caracteres que não estão
disponíveis no teclado, como letras gregas, símbolos mate-
.docx do documento.
máticos, de moeda etc.
Número de Página: insere numeração da página com for-
matações e posições pré-definidas. A numeração da página Tabela
pode ser formatada pelo usuário para iniciar em numeração
específica e usar algarismos romanos ou letras.
Caixa de Texto: insere caixas de texto pré-formatadas,
que podem ser redimensionadas, colocadas sobre qualquer
parte do texto e apresentar formatação independente do
restante do texto no documento.
Partes Rápidas: cria, armazena, localiza e insere partes
reutilizáveis de conteúdo, incluindo AutoTexto, propriedades
do documento, como título e autor, e campos.
• AutoTexto: conteúdo reutilizável que pode ser arma-
zenado e acessado sempre que necessário. O usuário pode
salvar o AutoTexto na galeria de AutoTexto selecionando
o texto que deseja reutilizar, clicando em AutoTexto e em
Salvar Seleção na Galeria de AutoTexto (ALT+F3), definin-
do um pequeno nome pelo qual o bloco de texto deve ser
conhecido e armazenado. Para reutilizá-lo basta digitar seu
nome e pressionar F3.
• Propriedade de Documento: permite escolher em uma
lista de propriedades que o usuário pode inserir no docu-
mento.
• Campo: códigos de campo para inserir campos que
podem fornecer informações atualizadas automaticamente,
O Word oferece diversas maneiras de criar uma tabela. A
como a hora, título, números de página e assim por diante.
melhor maneira depende do grau de complexidade desejado.
• Organizador de Blocos de Construção: mostra todos Tabelas Rápidas: modelos de tabelas para inserir uma
os blocos de construção disponíveis no Word. Também é tabela com base em uma galeria de tabelas pré-formatadas.
possível editar propriedades, excluir e inserir blocos de cons- Os Converter Texto em Tabela...: transforma o texto sele-
trução. cionado em tabela, usando caracteres separadores — como
WordArt: forma rápida de fazer o texto se destacar com vírgulas ou tabulações — para indicar onde se deseja dividir
efeitos especiais. Após definição do efeito artístico a ser apli- o texto em colunas e marcas de parágrafo para indicar onde
cado ao texto selecionado, a guia contextual Ferramentas de se deseja começar uma nova linha.
Desenho permite configurar o efeito aplicado.
Letra Capitular: transforma a primeira letra do parágrafo
selecionado em letra maiúscula grande, destacando-o. É possível criar uma tabela dentro de outra tabela (ta-
Linha de Assinatura: insere uma linha de assinatura que bela aninhada) para elaborar páginas da Web ou inserir
especifica quem deve assinar. textos e elementos gráficos em diferentes células de tabela
Data e Hora: adiciona rapidamente a data e hora atuais compondo um layout diferenciado. Uma tabela pode ainda
no ponto de inserção, permitindo escolher o formato e so- ser copiada para dentro de outra.
licitar atualização automática.
Objeto: insere um objeto externo que permanecerá vin-
culado ao programa que o criou. Quando clicado duas vezes
o programa será executado para modificar o objeto, como
planilhas, apresentações, imagens, fórmulas e gráficos.
Conhecimentos Gerais

Planilha do Excel: insere uma pasta de trabalho do Excel


no ponto de inserção, como um objeto, a qual pode ser edi-
tada no Word, usando-se todas as ferramentas e recursos
do Excel.
Inserir Tabela... : arrastar o mouse sobre a grade selecio-
na o número de linhas e colunas que se deseja inserir no local
do cursor. O comando Inserir Tabela... permite que o usuário:

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• Especifique as dimensões e o formato da tabela antes AutoVerificação
da inserção da tabela no documento. SINALIZA trechos de texto usando um sublinhado ondula-
• Em Tamanho da tabela, insira o número de colunas e do vermelho para indicar possíveis problemas de ortografia e
linhas. sublinhado ondulado verde para indicar possíveis problemas
• Em Comportamento de AutoAjuste, escolha as opções gramaticais, facilitando sua identificação e posterior corre-
para ajustar o tamanho da tabela. ção, usando as seguintes opções:
1) clicar com botão direito no trecho sublinhado com
Após criar uma tabela, o Word oferece diversas maneiras ondulado vermelho ou verde.
de formatar essa tabela. Se o usuário decidir usar Estilos
de tabela (guia contextual Ferramentas de Tabela/Design), 2) clicar em na barra de status.
poderá formatar sua tabela de uma vez e até mesmo ter 3) ALT + F7.
uma visualização de como será a aparência de sua Tabela
formatada em um determinado estilo antes de aplicar de
fato o estilo (Visualização Dinâmica). 4) na Guia Revisão.
5) F7.
Menu Referências 6) alteração direta no texto.
7) alterar o idioma da revisão.
Sumário (Índice Analítico)

O Sumário é um campo do Word que prepara uma pe-


quena lista organizada e enumerada para exibir a sequência
dos assuntos abordados em um documento.

Durante a correção, é possível ignorar, adicionar ao


Dicionário ou alterar os erros baseado em sugestões que
A preparação para a criação de um sumário consiste na o Word apresenta. Os erros gramaticais mais comuns são:
aplicação de estilos de título — por exemplo, Título 1, Título concordância nominal e verbal, pontuação, excesso de es-
2 e Título 3 — ao texto que deseja incluir no sumário. O Word paços, crase, capitalização.
pesquisa esses títulos e os insere no sumário do documento.
Criado o sumário dessa maneira, pode-se atualizá-lo fa- No Microsoft Word, o recurso de verificação de ortografia
cilmente após alterações no documento, clicando sobre ele e gramática é útil para o usuário corrigir termos ou trechos
com o botão direito do mouse, a opção Atualizar Sumário que são marcados conforme determinada convenção. Por
da guia Referências ou o atalho de teclado F9. exemplo, quando a marcação aparece como uma linha ver-
melha ondulada abaixo do termo, significa que esse termo
Notas de Rodapé apresenta grafia incorreta; se a marcação aparece como uma
linha verde ondulada abaixo do segmento marcado, há indí-
Notas de Rodapé são usadas para apresentar informa- cios de potenciais erros gramaticais nesse segmento.
ções adicionais que são inapropriadas para o corpo do texto
e para identificar as citações incluídas no documento. São Controlar Alterações (CTRL+SHIFT+E): para evitar que o
exibidas ao final da página onde a nota foi inserida e o Word usuário distribua documentos inadvertidamente contendo
acrescenta automaticamente uma marca no ponto de sua alterações controladas e comentários, o Word exibe as alte-
inserção no texto. rações controladas e os comentários por padrão.

As notas de fim são idênticas às notas de rodapé, exceto


pelo fato de aparecerem ao final do documento, e não no Novo Comentário: insere uma observação ou anota-
ção ao documento. O Word exibe o comentário em um
Conhecimentos Gerais

fim da página onde foram inseridas.


balão na margem direita ou no Painel de Revisão com as
iniciais do usuário que inseriu o comentário. Eles podem
Menu Revisão ser impressos.
Ortografia e Gramática

No Microsoft Word, é possível encontrar recursos como


dicionário de sinônimos, verificação ortográfica, controle de
alterações e, ainda, criar restrições de formatação e edição
do documento.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Menu Correspondências Tabulação e Recuos: as marcas de tabulação sobre a ré-
gua permitem indicar onde começa um recuo ou uma coluna
No Word, é possível criar uma mala direta a partir de de texto, indicando o alinhamento do texto à esquerda, à
um modelo de carta. Nesse caso, o modelo é conectado a direita, centralizado ou de acordo com um caractere decimal
uma fonte de dados, a qual é um arquivo que contém as ou de barra.
informações a serem mescladas no documento principal. Os recuos determinam a distância das linhas dos parágra-
fos selecionados em relação às margens esquerda ou direita.

Recuo especial de primeira linha


Recuo especial de deslocamento
Recuo à esquerda
Recuo à direita

Botão esquerdo 2x: Página Inicial / Parágrafo ou


(CTRL + M) – os recuos especiais não podem ser negativos.

Mala Direta Exibição/Janela/Dividir e Remover divisão: no Word


2013, a partir do menu Exibição, é possível dividir em duas
No Microsoft Word, pode-se usar a mala direta para partes a janela de um documento que esteja em edição, de
enviar e-mails personalizados a uma lista de endereços de modo que seções diferentes do mesmo documento possam
e-mail contida no Outlook ou em um banco de dados. ser vistas simultaneamente.

Área de Trabalho
Réguas

As réguas horizontais e verticais no Word são normal-


mente usadas para alinhar texto, gráficos, tabelas e outros
elementos em um documento. Podem ser ocultadas e pos‐ Visualização Dinâmica
sibilitam controlar a formatação das margens, cabeçalho e
rodapé, recuos, tabulação. Mostra uma visualização da forma como um recurso afeta
o documento ao passar o mouse sobre uma opção de forma-
Margens: clicar duas vezes a região escura da régua mos- tação de fonte, estilo, imagem etc. A formatação será aplicada
tra a caixa de diálogo Configurar Página, onde se pode definir ao documento apenas após o clicar com o mouse (desativação
o tamanho das margens. em Arquivo / Opções / Geral / Visualização Dinâmica).

Seleção com o mouse

Local clicar... seleciona...


2x sobre uma palavra a palavra
1x sobre uma palavra, com a tecla CTRL pressionada a frase onde está a palavra
3x sobre uma palavra o parágrafo onde está a palavra
texto

e arrastar ou com a tecla SHIFT pressionada do início ao fim do trecho


selecionando um trecho, segurar CTRL, selecionar outros trechos trechos não adjacentes
e arrastar sob qualquer trecho, com a tecla ALT pressionada uma área retangular
1x a linha mais próxima do clicar
esquerda
margem

2x o parágrafo próximo ao clicar


Conhecimentos Gerais

3x (ou CTRL + clicar) o documento todo (texto todo)

Minibarra de Ferramentas

Ao selecionar texto em um documento, a Minibarra de


ferramentas aparecerá de maneira desbotada. Apontar o
mouse para ela fará com que fique sólida e será possível
clicar em uma opção de formatação nela.

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EXCEL 2016 alfabética, da esquerda para a direita (nome da última co-
luna = XFD), e 1.048.576 linhas (220) ② numeradas de cima
para baixo.
No MS Excel, a planilha corresponde às páginas dispo-
níveis ou criadas para uso dentro de um arquivo do Excel,
enquanto a pasta de trabalho é o nome do arquivo propria-
O Microsoft Office Excel 2016 é a 16ª versão da planilha
mente dito. Ao se salvar um arquivo, salvam-se todas as
eletrônica mais usada no mundo, lançado em 1987 para Win-
planilhas nele contidas.
dows. É um software que facilita a análise de dados inseridos
em uma grande tabela (folha de cálculo), realizando cálculos
e construindo gráficos. O Excel é destinado à elaboração de Guia das Planilhas ④: mostra a planilha atual de tra-
tabelas e planilhas eletrônicas para cálculos numéricos, além balho e, por padrão, outras duas disponíveis. Podem ser
de servir para a produção de textos organizados por linhas e renomeadas e coloridas, excluídas ou adicionadas, movidas
colunas identificadas por números e letras. ou duplicadas.
Para se alterar o nome da planilha é suficiente dar um
Área de Trabalho duplo clique em ; digitar o nome e pressionar
a tecla Enter.
Pasta: arquivo do Excel criado com uma planilha (página)
pronta para edição. Página Inicial / Células / Inserir / Inserir Planilha (SHIFT
+ F11) ou
Planilha: tabela, folha ou página de cálculo, formada por
16.384 colunas (214) ①, dispostas na vertical, em ordem Página Inicial / Células / Formatar / Renomear Planilha

Célula ③: retângulo formado pelo cruzamento de uma Fórmulas / Nomes Definidos / Definir Nome... ou
coluna e uma linha, onde são inseridos os dados e cálculos. Gerenciador de Nomes
O nome, endereço ou referência de uma célula é dado pela
coluna, seguida da linha que a formam. O Excel 2010 possui Barra de fórmulas ⑥: mostra o conteúdo da célula ativa
17.179.869.184 células (234). Quando é inserido um cálculo e permite editá-lo.
na célula, esta pode ser chamada célula de absorção ou cé- Ao se realizar um cálculo no Excel, a fórmula é inserida
lula de resultado.
Para se inserir dados em uma planilha do Microsoft Excel, na barra de fórmulas, no campo eo
resultado é disponibilizado em uma célula.
deve-se, inicialmente, selecionar a célula onde os dados serão
Conhecimentos Gerais

inseridos. Esse procedimento pode ser realizado com o uso do


mouse, posicionando o cursor na célula desejada, ou a partir das Conteúdo x Resultado: o que é mostrado na barra de
setas do teclado, ou teclando ENTER, para, em seguida, se digitar fórmulas é o conteúdo – o que é mostrado na célula é a
os dados na célula e, por fim, confirmar a operação com ENTER. representação do conteúdo, ou o seu resultado.

Caixa de nome ⑤: identifica a célula ativa, gráfico ou Autocálculo ⑦: recurso presente na barra de status que
objeto de desenho selecionado, localiza uma célula qualquer, mostra, para células selecionadas, a média aritmética, con-
atribui nome a uma célula ou intervalo de células. tagem de células com dados e a soma desses valores. Pode
Página Inicial / Edição / Localizar e Selecionar / Ir para... mostrar ainda o mínimo, máximo e contagem de números.

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Seleção e Edição de Células

clicar... seleciona...
1x em uma célula a célula
2x em uma célula edita o conteúdo na célula
e arrastar intervalo de células (células adjacentes)
em uma célula, manter a tecla SHIFT pressionada, clicar em
intervalo de células (células adjacentes)
outra célula
em uma célula, manter a tecla CTRL pressionada, clicar em adiciona células à seleção anterior
outra célula (seleciona células não-adjacentes)
no cabeçalho da coluna ou linha toda a coluna ou linha
no retângulo entre os cabeçalhos das colunas e linhas todas as células da planilha atual
no ponto médio entre duas colunas ou linhas e arrastar altera a largura da coluna anterior ou altura da linha anterior

Caracteres Especiais
Iniciadores de Cálculo

Caractere Nome Características Os operadores aritméticos do Excel 2007 para a multi-


= igual caractere amplamente utilizado plicação, divisão, potenciação e porcentagem são, respecti-
mesma funcionalidade do =, menos vamente, *, /, ^ e %.
+ mais Ao se iniciar uma fórmula no MS Excel com o sinal de =,
usado
indica-se que o conteúdo de determinada célula será um cálculo,
- menos altera o sinal do primeiro valor
cujas operações, se houver vários operadores aritméticos, serão
@ arroba usado apenas para funções resolvidas na seguinte sequência: potenciação, multiplicação e
No Microsoft Excel, o caractere que se utiliza para iniciar divisão, adição e subtração, respectivamente. O uso de parên-
fórmulas de cálculo é o sinal de igual (=), sem o qual o sistema teses pode alterar a sequência de resolução de uma operação.
interpreta os dados como sendo números simples ou dados Para se calcular a média aritmética dos números contidos
alfanuméricos. nas células B2, B3 e B4, inserindo-se o resultado na célula
No Excel, uma célula de resultado, também conhecida B5, é suficiente clicar a célula B5, digitar =B2+B3+B4/3 e, em
como célula de absorção, deve ser preenchida com conteú- seguida, teclar ENTER.
do antecedido dos seguintes sinais: = (igual), @ (arroba), +
(mais) ou – (menos). Operadores de Comparação
Operadores Matemáticos
Caractere Operação Caractere Operação
Prioridade Caractere Operação = igual a >= maior ou igual a
1º ()e% Parênteses e Porcentagem > maior que <= menor ou igual a
Potenciação (Exponenciação) < menor que <> diferente de
2º ^ e ^(1/x)
e Radiciação
3º *e/ Multiplicação e Divisão
4º +e- Soma e Subtração

Operadores de Referência

Símbolo Função / Exemplo leitura


Representa intervalos de células (células adjacentes) Soma de
: dois pontos
=SOMA(A1:A20) A1 ATÉ A20
Operação de união, usada para unir células ou intervalos
Soma de
; ponto e vírgula distintos
A1 E A20
=SOMA(A1;A20)
Operação de interseção. O espaço em branco é usado para Soma da interseção de A1 até
Conhecimentos Gerais

espaço simples destacar células comuns a dois intervalos A10


=SOMA(A1:A10 A1:C5) com A1 até C5
Cria referências mistas e absoluta. Fixa o endereço da célula. A1 multiplicado
$ cifrão
=$A$1*B$2 por B2
Identifica uma célula de outra planilha, na mesma pasta Multiplica a célula A1, da planilha
! exclamação
=Plan2!A1*B5 Plan2 por B5 da planilha atual
Multiplica a célula A1, da planilha
Identifica uma célula de outra planilha, em outra pasta
[] colchetes Plan2, da pasta Teste.xls por B5
=[Teste.xls]Plan2!A1*B5
da planilha atual

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro na matriz ou
referência são ignorados. Nos cálculos simples, onde apenas
referências e operadores matemáticos são utilizados, células
com texto geram erro e células vazias são tratadas como zero.

No Excel, é comum o uso de referências para a criação de


intervalos em uma tabela. Por exemplo, B20:D30 se refere
às células que se encontram nas colunas B, C e D, da linha
20 a 30.
No Excel, em uma planilha em edição, caso se deseje
fazer referência à célula A22 de uma outra planilha denomi-
nada Planejamento, que esteja em outro arquivo chamado
receitas.xls, localizado no mesmo diretório em que esteja o Os argumentos que são valores de erro ou texto que não
arquivo que contenha a planilha em edição, será suficien- podem ser traduzidos em números geram erros.
te digitar, na planilha em edição, a expressão [receitas.xls]
Planejamento!A22.
Inserir fórmulas
Operador de Texto
Quando o usuário cria uma fórmula que contém uma
função, a caixa de diálogo Inserir função ajuda o usuário a
Caractere Operação inserir funções de planilha. Enquanto o usuário digita uma
& conecta, ou concatena, valores de células função na fórmula, a caixa de diálogo Inserir função exibe
diferentes para produzir um valor de texto seu nome, cada um de seus argumentos, as descrições, seu
único resultado atual e o resultado atual da fórmula inteira.

Principais Funções do Excel

=SOMA(núm1; núm2;...)
• Retorna a soma de todos os números na lista de ar-
gumentos.
3.6. Precedência (prioridade)
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 que se de-
seja somar.

Em uma planilha do Excel 2016, a fórmula =SOMA(B2:B11)


apresenta a sintaxe correta para se obter a soma dos valores
contidos nas células da linha 2 à linha 11 da coluna B.
Funções Em uma planilha Excel, para somar os valores contidos
nas células de B2 até B16 e colocar o resultado na célula B17,
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos é suficiente que o usuário digite, na célula B17, a fórmula
usando valores específicos, denominados argumentos, em uma =SOMA(B2:B16) e tecle ENTER.
determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas
para executar cálculos simples ou complexos. Por exemplo, a =MULT(núm1;núm2;...)
função ARRED arredonda um número na célula A10. • Multiplica todos os números fornecidos como argu-
mentos e retorna o produto.
Sintaxe (estrutura) de uma função • núm1, núm2,... são números de 1 a 255 que se deseja
multiplicar.

=SOMAQUAD(núm1;núm2; ...)
• Retorna a soma dos quadrados dos argumentos.
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os
quais se deseja a soma dos quadrados.
Estrutura ①: a estrutura de uma função começa com um
sinal de igual (=), seguido do nome da função, um parêntese
de abertura, os argumentos da função separados por ponto
e vírgula (;) e um parêntese de fechamento.
Nome da função ②: comando que indica qual o cálculo
ou avaliação será realizado com os argumentos da lista. Para
Conhecimentos Gerais

obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula


e pressione SHIFT+F3.
=MÍNIMO(núm1;núm2;...)
Argumentos ③: os argumentos podem ser números,
texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matri- • Retorna o menor número na lista de argumentos.
zes, valores de erro como #N/D ou referências de célula. O • núm1, núm2,... são de 1 a 255 números dos quais se
argumento que o usuário atribuir deve produzir um valor deseja saber o valor mínimo.
válido para esse argumento. Os argumentos também podem • Caso o texto e os valores lógicos não devam ser igno-
ser constantes, fórmulas ou outras funções. rados, utilize a função MÍNIMOA.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os • Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO
números nesta matriz ou referência serão contados. Células retornará 0.

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=MÁXIMO(núm1;núm2;...) • Se uma matriz ou argumento de referência contiver
• Idem MÍNIMO, retorna o maior número na lista de texto, valores lógicos ou células vazias, estes valores serão
argumentos. ignorados; no entanto, células com valor zero serão incluídas
(devem ser consideradas no cálculo).
=MENOR(matriz;k)
• Retorna o k-ésimo menor valor do conjunto de dados. Em uma planilha, seja do Excel, seja do Calc, em que
Use esta função para retornar valores com uma posição es- apenas as células B1, B2, B3 e B4 estejam preenchidas, res-
pecífica relativa em um conjunto de dados. pectivamente, com os valores 265, 234, 645 e 700, para se
• matriz é um intervalo de dados numéricos cujo menor calcular a média desses valores e inseri-la na célula B5, é
k-ésimo valor se deseja determinar. suficiente clicar essa célula, digitar no local apropriado a
• k é a posição (a partir do menor) no intervalo de dados fórmula =média (B1:B4) e teclar ENTER.
a ser fornecido.
• Se matriz estiver vazia, MENOR retornará o valor de =MED(núm1;núm2;...)
erro #NÚM!. • Retorna a mediana dos números indicados. A mediana
• Se k ≤ 0 ou k exceder o número de pontos de dados, é o número no centro de um conjunto de números ORGANI‐
MENOR retornará o valor de erro #NÚM!. ZADOS; isto é, metade dos números possui valores que são
• Se n for o número de pontos de dados em ma- maiores do que a mediana e a outra metade possui valores
triz, MENOR(matriz;1) será igual ao menor valor, e menores.
MENOR(matriz;n) será igual ao maior valor. • núm1; núm2;... são de 1 a 255 números dos quais se
deseja obter a mediana.
=MAIOR(matriz;k) • Se houver uma quantidade par de números no con-
• Idem MENOR, retorna o k-ésimo maior valor do con- junto, MED calculará a média dos dois números do meio.
junto de dados.
=MODO(núm1;núm2;...)
=ARRED(núm;núm_dígitos) • Retorna o valor que ocorre com mais frequência em
• Arredonda um número até uma quantidade especifi- uma matriz ou intervalo de dados.
cada de dígitos. • núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os
• núm é o número que você deseja arredondar. quais se deseja calcular o modo.
• núm_dígitos especifica o número de dígitos para o qual • Se o conjunto de dados não contiver pontos de dados
você deseja arredondar núm. duplicados (amodal), MODO retornará o valor de erro #N/D.
• Se núm_dígitos for maior que 0, então núm será ar- • Numa amostra bimodal, o Excel mostrará como res-
redondado para o número especificado de casas decimais. posta o valor que aparecer primeiro, entre aqueles que se
• Se núm_dígitos for 0, então núm será arredondado repetem, na sequência de leitura e escrita (da esquerda para
para o inteiro mais próximo. direita e de cima para baixo).
• Se núm_dígitos for menor que 0, então núm será ar-
redondado para a esquerda da vírgula decimal.

=HOJE( ) =CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
• Retorna o número de série da data atual. O número de • Calcula o número de células não vazias e os valores na
série é o código de data-hora usado pelo Excel para cálculos lista de argumentos.
de data e hora. • valor1; valor2;... são argumentos de 1 a 255 que re-
• O Excel armazena datas como números de série se- presentam os valores que se deseja calcular. Neste caso, um
quenciais para que eles possam ser usados em cálculos. Por valor é qualquer tipo de informações, incluindo texto vazio
padrão, 1° de janeiro de 1900 é o número de série 1 e 1° (“”), mas não incluindo células em branco.
de janeiro de 2008 é o número de série 39448 porque está • Se um argumento for uma matriz ou referência, as cé-
39.448 dias após 1° de janeiro de 1900. lulas vazias na matriz ou referência são ignoradas.
• Se o usuário não precisa calcular valores lógicos, texto
=AGORA( ) ou valores de erro, utilize a função CONT.NÚM.
• Retorna o número de série sequencial da data e hora
atuais. =CONTAR.VAZIO(intervalo)
• Os números à direita da vírgula decimal no número de • Conta o número de células vazias no intervalo espe-
série representam a hora; os números à esquerda represen- cificado.
tam a data. Por exemplo, o número de série 0,5 representa • intervalo é o intervalo no qual se deseja contar as cé-
a hora 12:00 (meio-dia). lulas em branco.
Conhecimentos Gerais

• A função AGORA só muda quando a planilha é calculada • Células com fórmulas que retornam “” (texto vazio)
ou quando a macro que contém a função é executada (ao abrir também são contadas. Células com valores nulos não são
a pasta, por exemplo), não sendo atualizada continuamente. contadas.
No Excel, a função AGORA( ) permite obter a data e hora
do sistema operacional. =CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
• Conta quantas células contêm números e também os
=MÉDIA(núm1;núm2; ...) números na lista de argumentos.
• Retorna a média aritmética dos argumentos. • valor1; valor2, ... são argumentos de 1 a 255 que con-
• núm1; núm2;... são de 1 a 255 argumentos numéricos têm ou se referem a uma variedade de diferentes tipos de
para os quais se deseja obter a média. dados, mas somente os números são contados.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• Os argumentos que são números, datas ou representa- • intervalo_soma são as células que serão realmente
ções de texto de número são calculados; os argumentos que somadas.
são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos • As células em intervalo_soma são somadas somente
em números são ignorados. se suas células correspondentes em intervalo coincidirem
com os critérios estipulados.
=CONT.SE(intervalo;critérios) • Se intervalo_soma for omitido, as células em intervalo
• Calcula o número de células não vazias em um intervalo serão somadas.
que corresponde a determinados critérios.
• intervalo é o intervalo de células no qual se deseja
contar células não vazias.
• critérios é o critério na forma de um número, expres-
são ou texto que define quais células serão contadas. Por
exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, “32”,
“>32”, “maçãs”. Atualização de Cálculos
Quando células que contenham cálculos com referências
são arrastadas pela alça de preenchimento, as células são pre-
enchidas com uma atualização do conteúdo da célula original.
Essa operação pode ser usada para automatizar a cons-
trução de cálculos repetitivos, construindo nas demais células
cálculos com a mesma estrutura da original, porém com re-
ferências de célula atualizadas, de acordo com o movimento
realizado a partir da primeira.
As referências nos cálculos serão atualizadas também
=SE(teste_lógico;valor_se_verdadeiro;valor_se_falso) quando copiadas e coladas em outra célula, sem a neces-
• Retorna um valor se uma condição especificada for sidade da alça. Recortar e colar não irá atualizá-las, apenas
avaliada como VERDADEIRO e um outro valor se for avaliado movê-las.
como FALSO. Use SE para conduzir testes condicionais sobre
valores e fórmulas.
• teste_lógico é qualquer valor ou expressão que possa
ser avaliado como VERDADEIRO ou FALSO. Esse argumento
pode usar qualquer operador de comparação.
• valor_se_verdadeiro é o valor retornado se teste_ló‐
gico for VERDADEIRO e pode ser uma fórmula, uma outra
função, texto ou simplesmente um número.
• valor_se_falso é o valor retornado se teste_lógico for As células C1 e C2 conterão, respectivamente, os números
FALSO. 14 e 4, após a realização da seguinte sequência de ações:
• Se teste_lógico for FALSO e valor_se_falso for omitido clicar a célula C1; digitar =A1 + B1 e teclar ENTER; clicar no-
(ou seja, se não houver ponto e vírgula após valor_se_verda‐
deiro), o valor lógico FALSO será retornado. Se teste_lógico
for FALSO e valor_se_falso for vazio (ou seja, se houver um vamente C1; clicar ; clicar C2; pressionar e manter
ponto e vírgula após valor_se_verdadeiro seguida dos pa- pressionada a tecla CTRL; teclar V; liberar a tecla CTRL.
rênteses de fechamento), o valor 0 (zero) será retornado.
• É possível aninhar até sete funções SE como argumen- Os números 18 e 24 aparecerão, respectivamente, nas
tos valor_se_verdadeiro e valor_se_falso para construir tes- células E2 e E3, ao final da seguinte sequência de ações:
tes mais elaborados. clicar a célula E2; digitar =C2+D2 e teclar ENTER; clicar no-

vamente a célula E2, clicar o botão ; clicar a célula

E3; clicar .

Referências Relativas, Absolutas e Mistas


Ao se executar a função SE do Excel, verifica-se se uma
Referências relativas: uma referência relativa em uma
condição é satisfeita ou não. Caso a condição seja satisfeita,
haverá o retorno de um valor relativo a verdadeiro, se a con- fórmula, como A1, é baseada na posição relativa da célula
dição for falsa, haverá o retorno de outro valor. que contém a fórmula e da célula à qual a referência se re-
No Microsoft Excel, a função SE pode avaliar uma con- fere. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar,
dição e retornar um valor, se a condição for verdadeira, ou a referência será alterada. Se o usuário copiar a fórmula ao
retornar outro valor, se a condição for falsa. longo de linhas ou colunas, a referência se ajustará auto-
Conhecimentos Gerais

Por exemplo, a fórmula =SE(MÉDIA(C7:C12)>10;SOMA maticamente. Por padrão, novas fórmulas usam referências
(C7:C12);0) está sintaticamente correta e pode ser inserida relativas. Por exemplo, se o usuário copiar uma referência
na célula C14. relativa que está na célula B2 para a célula B3, a referência
será automaticamente ajustada de =A1 para =A2.
=SOMASE(intervalo;critérios;intervalo_soma)
• Adiciona as células especificadas por um determinado
critério.
• intervalo é o intervalo de células que se deseja calcular.
• critérios são os critérios na forma de um número, ex-
pressão ou texto, que define quais células serão adicionadas.

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Referências absolutas: uma referência absoluta de célula meses do ano, dias da semana, datas, sequências numéricas
em uma fórmula, como $A$1, sempre se refere a uma célula (Editar/Preencher/Série).
em um local específico. Se a posição da célula que contém É possível criar séries de preenchimento personalizadas
a fórmula se alterar, a referência absoluta permanecerá a através do menu Ferramentas/Opções/Listas personalizadas.
mesma. Se o usuário copiar a fórmula ao longo de linhas ou Arrastar a alça de preenchimento para baixo ou para a
colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, direita (no sentido crescente das linhas e colunas) cria uma
novas fórmulas usam referências relativas e o usuário precisa sequência progressiva.
trocá-las para referências absolutas. Por exemplo, se o usuá- Arrastar a alça de preenchimento para cima ou para a
rio copiar uma referência absoluta na célula B2 para a célula esquerda (no sentido decrescente das linhas e colunas) cria
B3, ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1. uma sequência regressiva.
Por exemplo, as seleções iniciais na tabela a seguir são
estendidas da forma mostrada. Os itens separados por vír-
gulas estão em células adjacentes.

Seleção inicial Série expandida


1, 2, 3 4, 5, 6
9:00 10:00, 11:00, 12:00
Referências mistas: uma referência mista tem uma coluna Seg Ter, Qua, Qui
absoluta e linha relativa, ou linha absoluta e coluna relativa.
Uma referência de coluna absoluta tem o formato $A1, $B1 Segunda-feira Terça-feira, Quarta-feira
e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o Jan Fev, Mar, Abr
formato A$1, B$1 e assim por diante. Se a posição da célula que Jan, Abr Jul, Out, Jan
contém a fórmula se alterar, a referência relativa será alterada Jan-99, Abr-99 Jul-99, Out-99, Jan-00
e a referência absoluta não se alterará. Se o usuário copiar a 15-Jan, 15-Abr 15-Jul, 15-Out
fórmula ao longo de linhas ou colunas, a referência relativa 1999, 2000 2001, 2002, 2003
se ajustará automaticamente e a referência absoluta não se
1-Jan, 1-Mar 1-Mai, 1-Jul, 1-Set,...
ajustará. Por exemplo, se o usuário copiar uma referência mista
da célula A2 para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1. Trim3 (T3 ou Trimestre3) Trim4, Trim1, Trim2,...
texto1, textoA texto2, textoA, texto3, textoA,...
1o Período 2o Período, 3o Período,...
Produto 1 Produto 2, Produto 3,...

No aplicativo Excel, um sinal de cifrão ($) deve ser utili-


zado imediatamente antes de uma referência absoluta a ser
fixada. Esse procedimento evita que a referência da célula Para preencher a célula ativa com o conteúdo da célula
possa ser alterada ao ser usada uma alça de preenchimento posicionada acima (preencher para baixo), pressione CTRL+D.
ou comandos, como copiar e colar. Para preencher com o conteúdo da célula posicionada à es-
A inserção do símbolo $ na identificação de uma célula, querda (preencher à direita), pressione CTRL+R.
como, por exemplo, em $A$1, NÃO permite a proteção do Para obrigar o Excel a repetir um valor que está sendo
conteúdo dessa célula contra alterações. atualizado quando arrastado pela alça de preenchimento,
mantenha o CTRL pressionado. Essa mesma ação irá atua-
lizar um número, acrescendo-o em uma unidade, quando
arrastado pela alça.

É possível usar Opções de AutoPreenchimento


para escolher opções de como preencher a seleção. Por
exemplo, pode-se escolher Preencher Formatação Somente
Após a execução da seguinte sequência de ações, os ou Preencher sem Formatação.
números 143 e 33 estarão contidos, respectivamente, nas
células F3 e F4: clicar a célula F3; digitar =D2+$E$2 e, em AutoSoma
seguida, teclar ENTER; clicar novamente a célula F3 e clicar
O Excel disponibiliza aos usuários um recurso que facilita
a soma de um conjunto de valores contidos em células. O
; clicar a célula F4; clicar .
botão (ALT + =) pode ser usado de diversas formas,
Conhecimentos Gerais

Alça de Preenchimento automatizando o uso da função SOMA.


Página Inicial / Edição / AutoSoma ou Fórmulas /
A alça de preenchimento é o pequeno quadrado preto AutoSoma
visível sempre no canto inferior direito da seleção. Quando o
ponteiro está sobre a alça sua aparência muda de uma cruz As funções MÉDIA, CONT.NÚM, MÁXIMO e MÍNIMO tam-
branca e grossa para uma cruz preta e fina. bém podem ser automatizadas através do clique na seta ao
Arrastar a alça de preenchimento de uma célula copia o lado da imagem do botão AutoSoma, que ainda dá acesso
conteúdo de uma célula para outras células na mesma linha a um assistente de funções, permitindo acesso a todas as
ou coluna. Entretanto, o Excel pode preenchê-las rapidamen-
te com vários tipos de séries de dados como, por exemplo, outras funções do Excel - SHIFT + F3 ou .

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Seleção da célula de resposta e aceitação da sugestão • Caso mais de um valor tenha sido selecionado numa
mesma coluna, o Excel os somará em colunas.
• Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da
soma apareça.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• Visualizar a sugestão de intervalo dada pelo Excel (su-
gere somar os valores adjacentes à célula selecionada). O
intervalo de sugestão será interrompido por células com
funções, vazias ou com texto.
• Mostrar o resultado, pressionando ENTER (move célu-
la ativa para baixo), TAB (move célula ativa para a direita),
clicando Inserir ou novamente no botão Soma (mantêm a
seleção na mesma célula).

No Microsoft Excel 2016, o acionamento do botão ,


depois de se ter selecionado uma sequência de células conten-
do números, todas dispostas em uma mesma coluna de uma
planilha, produzirá como resultado a soma desses números.

Formatação e Alinhamento de Células


Menu Página Inicial / Número

Este grupo oferece ao usuário as principais opções de


formatação das células e seus valores, permitindo ainda a
formatação de itens selecionados de gráficos. A tecla de ata-
lho CTRL + 1 pode ser usada para abrir uma caixa de diálogo
e acessar configurações da célula ou objeto selecionado.

Seleção da célula de resposta e alteração da sugestão Guia Categoria


Mostra opções para um formato numérico. A caixa Exemplo
• Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da mostra como ficarão as células selecionadas com a formata-
soma apareça. ção escolhida. Clicar em Personalizado permite criar formatos
personalizados para números, como para códigos de produtos.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• Visualizar e alterar a sugestão de intervalo dada pelo Geral: células sem formato específico de número.
Excel, editando-a ou selecionando-se um novo intervalo de
células a serem somadas. Número: usada em células que devem mostrar números
• Mostrar o resultado, pressionando ENTER, TAB, clicando em geral. É possível escolher quantas casas decimais serão
Inserir ou novamente no botão Soma. mostradas, ativar o separador de milhar e escolher o estilo
de número negativo. Formatar um valor numa célula com
esta categoria e optar por duas casas decimais e ativar o se-
parador de milhar é equivalente a aplicar o botão Separador

de milhares .

Considere que, em planilha em edição no Excel 2016, um


usuário registre, nas células C2, C3, C4, C5, C6 e C7, os seguin-
tes valores, respectivamente: 10, 20, 20, 30, 50, 100. Nessa
situação, caso o usuário selecione a célula C8, formate-a com
a opção Separador de Milhares, nela digite =C4/C2+C7/C6 e,
em seguida, tecle ENTER, aparecerá nessa célula o valor 4,00.

Para exibir mais ou menos dígitos após a vírgula decimal,


pode-se também utilizar os botões Aumentar casas decimais
Conhecimentos Gerais

e Diminuir casas decimais .

Para se aumentar o número de casas decimais da coluna


Seleção do intervalo a ser somado B, é suficiente selecionar os dados da referida coluna e clicar

• Selecionar o intervalo de células que se deseja somar. o botão .


• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• A função soma será automatizada, mostrando o resul- Moeda (CTRL + $): usado para quantias monetárias em
tado na primeira célula livre e adjacente aos valores previa- geral – permite selecionar a quantidade de casas decimais,
mente selecionados. símbolo de moeda e estilo de número negativo.

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rizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale
Contábil : usado para quantias monetárias com à largura de um caractere.
símbolo de moeda e casas decimais alinhadas em uma colu-
na – permite escolher apenas quantidade de casas decimais Orientação : altera a inclinação do texto nas
e símbolo da moeda. células selecionadas e permite criar texto empilhado. Pode
ser usada para economizar espaço em células, na direção
horizontal.

Controle de texto: ajusta a maneira como o texto deve


ser exibido em uma célula.

• Quebrar texto automaticamente: divide o texto


automaticamente em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do com-
• Data e hora: exibem números de série de data e hora primento do conteúdo da célula.
como valores de data e hora – valores numéricos podem ser • Reduzir para caber: reduz o tamanho dos caracteres
apresentados na forma de data e vice-versa. para que todos os dados de uma célula selecionada caibam
• Porcentagem: multiplica o valor das células seleciona- dentro da coluna. O tamanho dos caracteres será ajustado
das por 100 e exibe o resultado com um símbolo de porcen- automaticamente caso a largura da coluna seja modificada.
tagem. Pode ser ativado através do uso do botão Estilo de • Mesclar células: combina duas ou mais células selecio-
nadas em uma única célula. A referência de célula de uma
célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
porcentagem (CTRL + %).
original de células selecionadas. Caso várias células com con-
• Fração: mostra o valor atual na forma de um número
teúdos diferentes estejam selecionadas, mesclar as células
inteiro acrescido de uma fração, na base escolhida, que re-
irá manter apenas o dado da célula superior esquerda, des-
presente seus valores decimais.
prezando os demais. Pode-se usar ainda o botão Mesclar e
• Científico: usa notação científica para representar nú-
mero de valores elevados.
• Texto: exibe células com formato de texto mesmo centralizar .
quando houver um número na célula – a célula é exibida
exatamente como digitada.
• Especial: útil para rastrear valores de bancos de dados
e listas, como CEP, telefone e CPF.
• Personalizado: permite mostrar números usando como
base um formato pré-existente que pode alterado pelo usuário.

No Excel, o recurso de mesclar células de uma planilha


permite criar uma célula de planilha a partir de células vizi-
nhas selecionadas.

Congelar Painéis
O botão possui funcionalidades que podem ser
utilizadas para excluir todos os elementos da célula ou remover Quando se rola para baixo numa planilha para ver as
seletivamente a formatação, o conteúdo ou os comentários. linhas de dados, mas, ao chegar no final da tela, os nomes
das colunas na primeira superior desaparecem, ou deixam de
Alinhamento de Texto estar visíveis. Para corrigir isso, a opção de congelar painéis
no programa Excel permite que, a partir do menu Exibição/
Horizontal: altera o posicionamento horizontal do conte- Janela, seja fixada, em tela, uma parte desejada da tabela
údo das células. Por padrão, o Excel alinha texto, na direção para que essa parcela permaneça visível mesmo quando a
horizontal, à esquerda, números à direita e os valores lógicos tabela estiver sendo rolada.
e de erro são centralizados. O alinhamento horizontal padrão É possível congelar quantas linhas e colunas forem ne-
é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram cessárias, desde que esteja selecionada, antes de aplicar o
Conhecimentos Gerais

congelamento, selecionada a linha abaixo da última que se


os tipos de dados. pretende congelar e selecionada a coluna à direita da última
que se pretende congelar, clicando então em Congelar Pai-
Vertical: altera o posicionamento vertical do conteúdo néis. Todas as colunas à esquerda e linhas acima da célula que
das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmen- estiver selecionada serão impedidas de se movimentarem
te na parte inferior das células. O alinhamento horizontal quando a planilha for rolada.
padrão é Geral.

Recuo: recua o conteúdo das células a partir de qualquer O recurso Congelar Painéis não impede a alteração das
borda da célula, dependendo das opções escolhidas em Ho- informações nas células congeladas.

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Classificar – Menu Dados
A classificação de dados permite colocar uma lista de
nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis
de inventário de produtos do mais alto para o mais baixo,
por exemplo. A classificação de dados ajuda a visualizar e a
compreender os dados de modo mais rápido e melhor, or-
ganizar e localizar dados desejados e por fim tomar decisões
mais efetivas.
O usuário pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), Para classificar os processos do menor valor para o maior,
números (dos menores para os maiores ou dos maiores para é suficiente selecionar as células de C2 a C7, clicar a ferra-
os menores) e datas e horas (da mais antiga para o mais nova
e da mais nova para o mais antiga) em uma ou mais colunas. menta , selecionar a opção Classificar do menor para
o maior e, em seguida, clicar o botão Classificar.

Classificar linhas por 2 ou 3 critérios (colunas)

Para obter melhores resultados, o intervalo classificado


deve ter rótulos de colunas ou cabeçalhos.
1. Clicar no intervalo que se deseja classificar.
2. No menu Dados, clicar em Classificar.
3. Nas caixas Classificar por e Em seguida por, clicar nas
colunas que se deseja classificar, começando pela mais im-
portante.
4. Selecionar outras opções de classificação desejadas
e clicar em OK.
Na planilha mostrada, para se colocarem em ordem al- No Microsoft Excel, a filtragem de dados consiste em
fabética as regiões administrativas, é suficiente selecionar uma maneira fácil e rápida de localizar e trabalhar um sub-
conjunto de dados em um intervalo de células ou de tabela;
as células de A2 até B6, clicar o botão e, na lista por meio dessa ferramenta, pode-se, por exemplo, filtrar
disponibilizada, clicar Classificar de A a Z. os dados para visualizar apenas os valores especificados, os
valores principais (ou secundários) ou os valores duplicados.
Classificar linhas na ordem crescente (A a Z ou 0 a 9) ou Na guia Dados do Microsoft Excel 2016, é possível acionar
na ordem decrescente (Z a A ou 9 a 0) a funcionalidade Filtrar, que realiza a filtragem de informações
em uma planilha, permitindo filtrar uma ou mais colunas de
1. Clicar em uma célula na coluna pela qual se deseja dados com base nas opções escolhidas em uma lista ou com
classificar. filtros específicos focados exatamente nos dados desejados.

Mensagens de Erro
2. Clicar em Classificar em Ordem Crescente ou
Quando um usuário digita o nome da função ou argumen-
tos de fórmulas e funções errados o Excel retornará um valor
em Classificar em Ordem Decrescente . de erro, que varia de acordo com o tipo de erro ocorrido.

Erro Quando ocorre Como corrigir


Corrigir o divisor para um número diferente de zero,
A fórmula ou função tenta realizar uma divisão por
#DIV/0! alterar o valor zero para #N/D ou usar uma função do
zero.
tipo =SE(B5=0;””;A5/B5).
O Excel não reconhece o texto em uma fórmula.
#NOME? Corrigir o nome da função.
=SUM(A1:A3) ou =SSOMA(A1:A3)
Rastrear erro, corrigir referências inválidas e fórmulas
#REF! Referência de célula inválida. =B2+A0
que apontam para elas.
O Excel não reconhece um argumento ou operando
#VALOR! como válido para determinada operação (como Verificar valores das células envolvidas.
somar um texto). =A1+“teste”
Um valor não está disponível para a função ou Verificar as células a que a fórmula ou função faz
#N/D
Conhecimentos Gerais

fórmula. referência.
O usuário fornece uma interseção de duas áreas
#NULO! Alterar a referência para que ela intercepte.
que não se interceptam.
Certifique-se de que os argumentos usados na
Valores numéricos inválidos foram inseridos em função são números. Por exemplo, mesmo se o valor
#NÚM!
uma fórmula ou função. que o usuário deseja inserir for R$ 1.000, insira 1000
na fórmula.
Ocorre quando uma coluna não é larga o bastante Alterar a largura da coluna. Corrigir o valor negativo
#########
ou quando é usada uma data ou hora negativa. da data ou hora.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
POWERPOINT 2016

O Microsoft Office PowerPoint 2016 é a 16ª versão do editor de apresentações de slides da Microsoft. É um software
que facilita a criação e animação de slides, permitindo a inserção de imagens, sons, vídeos, tabelas e gráficos. O PowerPoint
é um aplicativo utilizado para a criação de apresentações de slides para palestras, cursos, organização de conteúdos, entre
outras finalidades.

Interface (área de trabalho) menu, estão as que permitem mudar o layout do slide e a
formatação do plano de fundo do slide.

Painel de Slides

Grande espaço de trabalho central ①, com áreas me-


nores ao redor. Os textos podem ser digitados diretamente
nas caixas com uma borda tracejada, chamadas de espaços
reservados. Todo o texto digitado em um slide fica em uma
caixa como essa.
A maioria dos slides inclui um ou mais espaços reserva-
dos para títulos, corpo de texto, como listas ou parágrafos
normais, e outros conteúdos, como imagens ou gráficos.

Painel de Miniaturas
Conhecimentos Gerais

Região que apresenta versão em miniatura do slide no Novo slide: adiciona um slide à sequência da apresenta-
qual está trabalhando ②. O usuário pode clicar nas minia- ção com o MESMO LAYOUT do anterior.
turas lá exibidas para navegar entre os slides, num painel
chamado Slides. Clicar essas miniaturas com o botão direito
do mouse mostra um menu de contexto com opções.
Em um slide em branco de uma apresentação criada Guia Página Inicial / Grupo Slides / Novo slide…
utilizando-se o Microsoft PowerPoint 2016 (em português), (CTRL + M)
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais • Copiar e colar no painel de miniaturas.
importantes é clicando com o botão direito do mouse so- • Segurar CTRL e arrastar com o botão esquerdo.
bre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes nesse • Arrastar um slide com o botão direito.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Adicionar Seção: no PowerPoint é possível usar o novo Redefinir slide: remove todas as formatações aplicadas
recurso Seções para organizar os slides, muito semelhante ao slide, devolvendo-o ao formato do slide mestre.
à maneira como usam-se pastas para organizar arquivos. O
usuário pode usar seções nomeadas para controlar grupos Ocultar slide: oculta os slides selecionados para impres-
de slides e pode atribuir seções a colegas para esclarecer a são e apresentação, mantendo a possibilidade de edição.
propriedade durante a colaboração. Se estiver começando
do zero, as seções poderão até ser usadas para destacar os
tópicos na apresentação.

Guia Apresentação de Slides / Configurar / Ocultar

slide

Um slide oculto é mostrado, no modo de Classificação


de Slides ou na guia Slides, com um símbolo especial, para
informar que ele está oculto. Quando se faz a apresentação,
os slides ocultos são ignorados automaticamente.

Layout do Slide: aplica um layout (distribuição de con-


teúdo predefinida) aos slides selecionados. Estrutura de Tópicos
Guia Página Inicial / Grupo Slides / Layout do slide
O painel de Slides pode ser alternado para outro cha-
Os layouts de slides contêm formatação, posicionamento mado Tópicos, onde a visualização dos slides em forma de
e espaços reservados para todo o conteúdo que aparece tópicos permite a leitura dos títulos e tópicos, o que facilita
em um slide. Os espaços reservados são os contêineres em a revisão do texto, sem características de edição de layout
layouts que retêm esse conteúdo como texto (incluindo e design.
texto do corpo, listas com marcadores e títulos), tabelas,
gráficos, gráficos SmartArt, filmes, sons, imagens e clip-art. Painel de Anotações
E um layout também contém o tema (cores, fontes, efeitos e
plano de fundo) de um slide. Painel no modo de exibição normal ③ usado para incluir
anotações no slide, as quais serão impressas ou salvas com a
apresentação. O usuário pode imprimir anotações como pá-
ginas de anotações (páginas impressas que exibem anotações
do autor abaixo do slide que contém as anotações) e usá-las
Conhecimentos Gerais

para si mesmo enquanto executa a apresentação, ou então,


se forem anotações a serem fornecidas ao público, podem ser
distribuídas para que acompanhem a apresentação de slides.
No MS PowerPoint, o usuário pode utilizar o modo de
anotações para fazer comentários sobre conteúdos ou partes
dos slides, na condução de uma apresentação ou para im-
pressão do material. No entanto, durante a transição de um
slide para outro, essas anotações não são exibidas em tela no
Elementos de layout que o usuário pode incluir em um modo tela cheia, ficando invisíveis durante a apresentação,
slide do PowerPoint. inclusive para o apresentador.

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Modos de Exibição animados e efeitos de transição terão durante a apresentação
real. Para iniciar a apresentação a partir do slide atual, deve-se
Os modos de exibição do PowerPoint 2016 que o usuário executar o seguinte atalho de teclado SHIFT + F5.
pode usar para editar e imprimir apresentações são:
1. Modo de exibição Normal ④. Anotações: localizado abaixo do painel Slide, permite
2. Modo de exibição de Classificação de Slides. digitar anotações que se apliquem ao slide atual. Mais tarde,
3. Modo de exibição de Anotações. o usuário poderá imprimir suas anotações e consultá-las ao
4. Modo de exibição Apresentação de Slides (inclui o fornecer a apresentação. O usuário também poderá impri-
modo de exibição Apresentador). mir as anotações para distribuí-las ao público ou incluir as
5. Modo de exibição Leitura. anotações em uma apresentação que enviará para o público
6. Modos de exibição mestres: Slide, Folheto e Anotações. ou publicará em uma página da Web.

Modo de Exibição do Apresentador: maneira de exibir


a apresentação com as anotações do orador em um com-
putador (o laptop, por exemplo), ao mesmo tempo em que
o público-alvo exibe a apresentação sem anotações em um
monitor diferente.

Normal: visualização padrão, mais usada, mostra todas O PowerPoint dá suporte ao uso de apenas dois monito-
as ferramentas de edição. O modo de exibição Normal é o res por apresentação. Entretanto, o usuário pode configurar
principal modo de exibição de edição, no qual o usuário pode seu computador para executar uma apresentação em três ou
escrever e criar sua apresentação. mais monitores que estejam conectados a um computador.

Classificação de Slides: amplia o painel Slides para facilitar


a reorganização dos slides e visualização ampla da apresenta- As anotações do orador são mostradas em letras gran-
ção. Clique duplo edita o slide clicado no modo Normal. Esse des e claras, para que o usuário possa utilizá-las como um
modo de exibição facilita a classificação e a organização da script para a sua apresentação.
sequência de slides à medida que o usuário cria a apresentação
e também quando prepara a apresentação para impressão.
Nesse modo, também é possível adicionar seções.

Modo de Exibição
Classificação de Slides

Modo de Exibição Normal

Modo de exibição Leitura: fornece a apresentação não


para um público (por exemplo, em uma tela grande), mas,
em vez disso, para uma pessoa que a visualizará no próprio 1. O número do slide (por exemplo, slide 1 de uma apre-
computador. Pode ser usado também quando for necessário sentação de 8 slides).
exibir uma apresentação sem a utilização do modo de exi- 2. O slide que está sendo exibido no momento para o
bição Apresentação de Slides em tela inteira, mas sim em público.
uma janela com controles simples que facilitem a revisão da 3. As anotações do orador, que podem ser usadas como
Conhecimentos Gerais

apresentação. O usuário sempre poderá alternar do modo um script para a apresentação.


de exibição Leitura para outro modo de exibição, se quiser 4. Clicar para ir para o slide anterior.
alterar a apresentação. 5. Caneta ou marca-texto.
6. Clicar para exibir um menu que permite terminar a
Apresentação de Slides (F5): inicia a apresentação dos apresentação, escurecer ou clarear a tela do público ou ir
slides em tela cheia (ESC para sair) e mostra a apresentação para um número de slide específico.
à audiência. O primeiro slide da apresentação é exibido. Esse 7. Clicar para ir para o próximo slide.
modo ocupa toda a tela do computador, exatamente como a 8. O tempo decorrido da apresentação, em horas e minutos.
apresentação será vista pela audiência em uma tela grande. É 9. Miniaturas dos slides que o usuário pode clicar para
possível ver a aparência que gráficos, intervalos, filmes, efeitos pular um slide ou retornar para um slide já apresentado.

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A função do Modo de Exibição do Apresentador, presente turas do painel Slides.
no MS Powerpoint versão 2016, é exibir as anotações na tela
do laptop/desktop, mas não no projetor.

Slide Mestre
Exibe uma guia especial onde é possível editar os slides
com layout padrão, os quais poderão ser aplicados a qual-
quer outro slide.
O slide mestre é um elemento do modelo de design que
armazena informações sobre o modelo, inclusive estilos de A ferramenta correspondente ao botão pode ser
fontes, tamanhos e posições de espaços reservados, design usada em uma sequência de ações para se ajustar o espa-
do plano de fundo e esquemas de cores. çamento entre caracteres de um texto da apresentação que
No Microsoft PowerPoint, o slide mestre facilita a cria- for selecionado.
ção de apresentações com mais de um estilo e com temas
diferentes.
Quando se deseja que no PowerPoint 2016 todos os
slides contenham as mesmas fontes e imagens (como lo-
gotipos), essas alterações devem ser feitas no Slide Mestre.
Cada apresentação contém, pelo menos, um slide mes-
tre. O principal benefício de modificar e usar slides mestres
é que o usuário pode fazer alterações de estilo universal É possível se alterar a orientação (de horizontal para ver-
em todos os slides de sua apresentação, inclusive naqueles tical) do texto que está dentro do retângulo tracejado com
adicionados posteriormente a ela. Ao usar um slide mestre,
o usuário poupa tempo, pois não precisa digitar as mesmas o auxílio da ferramenta .
informações em mais de um slide.
Como os slides mestres afetam a aparência de toda a
apresentação, ao criar e editar um slide mestre ou os layouts
correspondentes, o usuário trabalha no modo de exibição
Slide Mestre. As alterações nos slides mestres e seus layouts
são realizadas em uma área de edição especial. Para voltar
ao modo de edição da apresentação, o modo de exibição Menu Inserir
mestre deve ser fechado.
O slide mestre serve de modelo para os slides da apresen-
tação, de modo que modificações feitas na estrutura desse
slide refletirão em todos os outros slides da apresentação.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide
mestre, o usuário está modificando essencialmente o slide
mestre. Cada layout de slide é configurado de maneira dife-
rente, mas todos os layouts associados a um determinado Durante a criação de uma apresentação no PowerPoint
slide mestre contêm o mesmo tema (esquema de cores, 2016, para inserir uma figura, deve-se clicar na guia Inserir,
fontes e efeitos). no grupo Ilustrações, clicar em Imagem e, em seguida, sele-
Para que uma apresentação contenha dois ou mais estilos
cionar a figura que se deseja a partir de seu local. A opção
ou temas diferentes (como planos de fundo, esquemas de
Do scanner ou câmera, para adicionar imagens a uma apre-
cores, fontes e efeitos), o usuário precisa inserir um slide
mestre para cada tema diferente. sentação ou álbum de fotografias, presente no PowerPoint
O usuário pode criar uma apresentação que contenha 2003, não está disponível no PowerPoint 2016.
um ou mais slides mestres e salvá-la como um arquivo de
Modelo do PowerPoint (.potx ou .pot) e usá-la para criar
outras apresentações.

Folheto Mestre: visualiza a impressão de vários slides por


página e mostra as opções para edição dos folhetos (1, 2, 3,
4, 6 e 9 slides por página), incluindo cabeçalho e rodapé.
No Microsoft PowerPoint, as caixas de texto são elemen-
Uma forma de se fazer a impressão de slides do Power-
Point é organizá-los por meio de folhetos, podendo ser im- tos gráficos que podem ser dimensionados com a finalidade
pressos até 6 slides por página. de inclusão, no slide, de letras, palavras ou textos que se
deseje digitar e inserir em qualquer espaço do slide, dentro
Conhecimentos Gerais

Anotações Mestras: personaliza a impressão das anota- de uma apresentação.


ções, incluindo cabeçalho e rodapé. Utilizando-se o Microsoft PowerPoint, é possível importar
para um mesmo slide tanto planilha do Excel quanto texto
Faixas de Opções do Word.

Menu Página Inicial

Menu com opções semelhantes àquelas encontradas no


mesmo menu do Word 2016. Novo Slide, Layout, Redefinir
e Seção aparecem também no menu de contexto das minia- Ao se criar uma apresentação no MS PowerPoint, é

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possível inserir textos do MS Word ou da Internet e ainda Arquivo MIDI .mid ou .midi
inserir planilha do MS Excel bem como imagens e vídeos de
Arquivo de áudio MP3 .mp3
diversos tipos.
Uma vantagem do PowerPoint 2016, em relação às ver- Arquivo de áudio do Windows .wav
sões anteriores, é o suporte aos arquivos de vídeo do tipo Arquivo Windows Media Audio .wma
MPEG.
Com o Microsoft PowerPoint 2016, o usuário pode sal- Formato de arquivo Extensão
var sua apresentação em qualquer um dos tipos de arquivo Adobe Flash Media .swf
listados na tabela a seguir:
Arquivo do Windows Media .asf
Arquivo de vídeo do Windows .avi
Salvar Como tipo de arquivo Extensão
Arquivo de filme .mpg ou .mpeg
Apresentação do PowerPoint .pptx
Arquivo Windows Media Video .wmv
Apresentação do PowerPoint Habilitada
.pptm
para Macro
Apresentação do PowerPoint 97-2003 .ppt Vídeos nos formatos .mp4, .mov e .qt poderão ser
Formato de Documento PDF .pdf executados no PowerPoint se o player Apple QuickTime
Formato de Documento XPS .xps estiver instalado.
Modelos de Design do PowerPoint .potx Guia sob Demanda – Ferramentas de Desenho
Modelo de Design Habilitado para Macros
.potm
do PowerPoint Depois de inseridos com opção do menu Inserir, selecio-
Modelo de Design do PowerPoint 97-2003 .pot nar uma imagem, SmartArt, tabela ou desenho faz com que
Tema do Office .thmx seja exibida uma guia especial com comandos específicos
adaptados para o objeto selecionado. Selecionar um desenho
Apresentação do PowerPoint .pps; .ppsx
faz com a guia abaixo seja mostrada:
Apresentação de Slides do PowerPoint Ha-
.ppsm
bilitada para Macro
Apresentação do PowerPoint 97-2003 .ppt
Suplementos do PowerPoint .ppam
Suplemento do PowerPoint 97-2003 .ppa
Vídeo do Windows Media wmv
GIF (Graphics Interchange Format) .gif
Formato de Arquivo JPEG (Joint Photo-
.jpg
graphic Experts Group)
Formato PNG (Portable Network Graphics) .png A inserção, por meio da guia Inserir, de uma caixa de texto
no slide mostrado causa a exibição do comando Ferramentas
TIFF (Tag Image File Format) .tif
de Desenho. Nesse caso, se, em seguida, for aplicado um
Bitmap independente de dispositivo .bmp clique na guia Formatar, serão disponibilizadas ferramentas
Metarquivo do Windows .wmf que permitem definir o estilo do texto e a cor de preenchi-
Metarquivo Avançado do Windows .emf mento para a caixa de texto.
Estrutura de tópicos/RTF .rtf No Microsoft PowerPoint, a opção de agrupar objetos
permite que sejam unidas em uma única autoforma diversos
Apresentação de Imagens do PowerPoint .pptx itens de um slide, de modo que se atribua a todos eles um
Apresentação OpenDocument .odp único comando, como, por exemplo, alterar o tamanho dos
objetos por proporção.
Formatos de arquivo de áudio compatíveis:
Menu Design
Formato de arquivo Extensão
Arquivo de áudio AIFF .aiff No Microsoft PowerPoint, conjuntos de slides para apre-
sentação podem ser criados em mesmo tamanho, respeitan-
Arquivo de áudio AU .au
do-se as dimensões padrão dos slides para que caibam na
tela ou possam ser projetados em superfícies.
Conhecimentos Gerais

Na guia Design, encontra-se a opção que permite definir, para o slide mostrado na figura, a aparência do plano de fundo,
o layout de espaço reservado, além das cores e estilos de fonte.

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Menu Transições

No aplicativo PowerPoint, o tipo de efeito de animação em que o slide é apresentado por meio de um efeito do tipo
padrão quadriculado ou de exibição gradativa é chamado Transição.

No PowerPoint 2016, é possível controlar a velocidade de cada efeito de transição de slides e também adicionar a exe-
cução de som em cada transição.
No PowerPoint 2016, os slides podem ter imagens animadas do tipo gif e a transição de um slide para o próximo pode
ocorrer de forma automática, por meio da configuração de um temporizador.

Menu Animações

No PowerPoint 2016, a ferramenta Pincel de Animação permite copiar efeitos de animação de um objeto para outro, de
forma semelhante à cópia de formatação de texto realizada com a ferramenta Pincel de Formatação.

Menu Apresentação de Slides Uma das funções do recurso Testar Intervalos do MS Po-
werPoint 2016 é gravar o tempo utilizado em cada slide e
trocar automaticamente os slides com base neste tempo.

Para se iniciar a apresentação dos slides a partir do slide


Menu Revisão
atual, é suficiente clicar o botão .
No PowerPoint, em uma apresentação definida como
personalizada, apenas os slides que tenham sido seleciona-
dos serão exibidos.
No aplicativo Microsoft PowerPoint, uma das maneiras
possíveis de se iniciar a apresentação dos slides de um arqui-
vo em edição é clicar no menu Apresentações e selecionar a
opção Exibir Apresentação.

Menu Exibir

No PowerPoint, é possível associar a emissão de sons a


um slide, devendo esse slide ser adequadamente configu-
rado para indicar o momento exato em que será iniciada a
execução do som.
Uma narração pode ser adicionada a uma apresentação Para exibir um slide mestre no Microsoft PowerPoint ou
de slides nos seguintes casos: para uma apresentação com no BrOffice.org Impress, deve-se clicar, sucessivamente, o
Conhecimentos Gerais

base na Web; para arquivar uma reunião de modo que os menu Exibir, a opção Mestre e a subopção Slide Mestre.
oradores possam examiná-la mais tarde e ouvir os comen- No MS PowerPoint, os mestres que contêm e refletem os
tários feitos durante a apresentação; e para apresentações elementos de estilo, usados na apresentação toda, podem
executadas automaticamente. ser aplicados em slides, anotações e folhetos.

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LIBReOFFICe No dia 25 de janeiro de 2006, foi anunciado oficialmente
o lançamento da ONG BrOffice.org que passou a organizar
as atividades da comunidade OpenOffice.org.br. Apesar da
mudança de nome, o BrOffice.org continuou representando
o OpenOffice.org, com a garantia de todos os instrumentos
jurídicos de proteção à marca BrOffice.org.
Em 2010, com a aquisição da Sun Microsystems pela
A origem do LibreOffice remonta a meados da década de Oracle, a comunidade OpenOffice.org sofreu uma grande
1990, quando a empresa alemã Star Division criou um pacote avaria devido à forma que a Oracle trata os projetos de código
de escritório chamado StarOffice e começou a distribui-lo aberto, trazendo um grande prejuízo ao projeto, se traduzin-
gratuitamente para as plataformas Windows e Linux. do na insatisfação dos voluntários do projeto, o que resultou
Em 1999, a Star Division foi adquirida pela empresa ame- um fork (derivação) deste projeto, surgindo o LibreOffice.
ricana Sun Microsystems. Logo após lançar o StarOffice 5.2, Como o nome OpenOffice pertence à Oracle, os membros
em 13 de outubro de 2000, a Sun Microsystems doou parte da comunidade de desenvolvedores da suíte de aplicativos
do código fonte do StarOffice para a comunidade de código de mesmo nome decidiram dar o novo nome LibreOffice
aberto, tornando-se colaboradora e patrocinadora principal ao software e um nome diferente para a comunidade: the
do recém lançado projeto OpenOffice.org. Document Foundation (TDF).
No Brasil, uma comunidade de voluntários se formou A TDF é uma empresa alemã independente e sem fins
com a missão de adaptar o OpenOffice.org para o português lucrativos, criada em setembro de 2010 por membros da
brasileiro. Em fevereiro de 2002, a um grupo de brasilei- comunidade OpenOffice para desenvolver uma suíte de apli-
ros foi destinada a primeira grande tarefa do projeto: a cativos para escritório livre (seguindo a LGPL), com suporte a
tradução do glossário padrão, que daria o subsídio para a OASIS ODF (formato de arquivo aberto e público, aceito como
compilação das primeiras versões do OpenOffice.org em padrão mundial sob o nome ISO/IEC 26300, já tendo sido
português do Brasil. oficialmente aprovado pela Associação Brasileira de Normas
Em 2004, no entanto, devido a problemas com a marca Técnicas (ABNT), baseado em XML e sem direitos autorais.
Open Office, registrada anteriormente por uma empresa do O LibreOffice é um conjunto de aplicativos livre, para
Rio de Janeiro, foi necessário trocar o nome da comunidade escritório, que possui interface similar à de outros produtos
e do produto. Surgiu assim o BrOffice.org. do gênero em ambiente gráfico e oferece os programas:

Programa Tipo de arquivo Extensão nativa Funcionalmente idêntico ao MS Extensão nativa


Writer Texto .odt Word .docx
Calc Planilha .ods Excel .xlsx
Impress Apresentação .odp PowerPoint .pptx
Base Banco de dados .odb Access .mdb e .accdb
Math Fórmula .odf Equation ---
Draw Desenho .odg Publisher .pub

LIBREOFFICE WRITER 5/6 1.1. Barra de Status

O Writer é o aplicativo do LibreOffice equivalente ao Word Significado Clique ...


da Microsoft, permitindo realizar praticamente as mesmas Para alternar entre o modo de
ações de redação e edição de textos simples e multimídia. inserção e o modo de sobres-
⑪ Modo de inserção atual crever textos em um documento
pressione a tecla Insert ou clique
1. Área de trabalho na barra de Status.
Botão esquerdo ou direito:
mostra menu para definir Se-
⑫ Modos de seleção leção padrão, Estender seleção
(SHIFT), Adicionar seleção (CTRL)
ou Seleção em bloco (ALT) .
O asterisco (*) indica que um
documento em processo de
⑬ edição apresenta alterações Duplo: salva o documento.
que ainda não foram salvas
Informações sobre o objeto Duplo: abre caixa de diálogo
⑭ selecionado, como figuras e para formatação do objeto se-
CONheCIMeNtOS GeRAIS

tabelas lecionado.
Em cada imagem para ativar um
layout de visualização diferente:
Página Individual (exibe as
páginas uma em baixo da outra
e nunca lado a lado), Colunas
⑮ Layouts de visualização (páginas lado a lado) e Modo de
Livro (a primeira página é uma
página à direita com um número
de página ímpar e as demais lado
a lado como em um livro aberto).

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Na guia deslizante ou nos símbo-
⑯ Zoom los de + e – aumenta ou diminui 3.5. Exportar como PDF...: arquivos editados no
o zoom. aplicativo Writer do LibreOffice podem ser exportados para
arquivos com a extensão .pdf usando a janela exibida por este
2. Seleção de texto com o Mouse comando, permitindo definição de qualidade das imagens,
intervalo de páginas a exportar e senha de proteção. Usando
clicar... seleciona... o mesmo comando disponível na barra de ferramentas será
2x sobre uma palavra a palavra clicada exibida uma janela onde poderá ser definido apenas o local
onde um arquivo PDF será criado a partir do documento
3x sobre uma palavra a frase onde está a palavra atual, sem a possibilidade de configurar o intervalo de pági-
o parágrafo onde está a nas, qualidade das imagens e senhas para o arquivo gerado.
4x sobre uma palavra
palavra O documento atual não é fechado ou alterado.
e arrastar ou a tecla ShIFt
do início ao fim do trecho
pressionada
3.6. exportar como ePUB... : disponibilizado ante-
com a tecla CtRL pressio‐ riormente como uma extensão (Writer2ePub) permite criar
trechos não adjacentes
nada um arquivo ePub a partir de qualquer formato de arquivo
e arrastar sob qualquer que o Writer possa ler e tem como principais características:
trecho, pressionando a uma área retangular • código gerado (XHTML, CSS e XML) extremamente
tecla ALt limpo e simples;
• compatível com os programas / plataformas eReader
Diferentemente do que acontece no Word, clicar na mais comuns: iPad, Adobe Digital Editions;
margem esquerda do Writer não realiza nenhuma forma de • correção automática de formatação incorreta;
seleção especial. Para selecionar todo o documento, pode • metadados gerenciados com simplicidade e flexibili-
usar o menu Editar / Selecionar tudo, o atalho CTRL + A ou o dade.

botão . Se o cursor estiver dentro de uma tabela, o CTRL 4. Menu exibir


+ A selecionará inicialmente a célula, depois a tabela e, só
então, o documento todo. Comandos para exibir novos elementos ao redor do
documento atual e/ou não essenciais, sem necessidade de
3. Menu Arquivo configurações iniciais.

Comandos que executam ações no documento como um


todo e não o alteram internamente.

3.1. Novo (CtRL + N): quando acionado pela ima-


gem do botão ou tecla de atalho cria, imediatamente, um
documento novo, em branco, pronto para edição, em uma
nova janela, sem alterar o documento atual. Se o comando
for acionado pelo menu Arquivo/Novo ou pela seta ao
lado da imagem do botão serão apresentadas opções para
criação de novos arquivos de qualquer programa do pacote
LibreOffice, como planilhas, apresentações e modelos para
formulários e etiquetas.

3.2. Salvar tudo: salva alterações realizadas em todos os


arquivos do LibreOffice atualmente abertos.

3.3. Recarregar: no aplicativo Writer do pacote


LibreOffice, a partir do menu Arquivo, é possível acessar
a opção Recarregar, que substitui o documento atual pela
última versão salva. Todas as alterações efetuadas após o 4.1. Navegador (F5): permite navegar pelos objetos
último salvamento serão perdidas. do documento, acessando com agilidade algumas “cate-
gorias” como páginas, gráficos, tabelas e seções. O painel
exibido permite definir o objeto usado na navegação entre
CONheCIMeNtOS GeRAIS

3.4. Exportar... e Exportar como PDF... : abrem uma as diferentes partes do documento, como títulos, tabelas,
janela para configuração de opções de criação de arquivo PDF quadros, objetos ou hyperlinks e permite uma rápida mo-
a partir do documento atual, como definição do intervalo vimentação entre eles. Clicar com o botão direito / Objeto
de páginas, qualidade das imagens e senhas de abertura e / Renomear permite alterar o nome padrão para facilitar a
permissão do arquivo gerado. A opção Exportar... permite identificação do objeto.
também a criação de arquivos em formato HTML, XHTML,
XML e TXT. A opção de exportar um documento editado no Editar / Localizar (CTRL + F) / Navegar por...
Writer como PDF (portable document format) permite que
esse documento seja visualizado utilizando-se aplicativo não 4.2. Barra de status: mostra ou oculta a barra de status
pertencente à suíte LibreOffice. na borda inferior da janela.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
4.3. Limites do texto: a manutenção ou não das linhas
demarcadoras dos limites do texto é uma opção primária do
menu Exibir e mostra ou oculta os limites da área imprimível
da página. As linhas de limite não são impressas.

① Nome da fonte: permite selecionar um tipo de letra


4.4. Caracteres não imprimíveis (CTRL+F10): (fonte) a ser aplicado, disponibilizadas pelo Windows. A es-
mostra ou oculta os caracteres não imprimíveis no texto, colha da fonte pode ser realizada digitando‑se o nome da
é  exibido normalmente na barra de ferramentas padrão. fonte pelo teclado.
Esses caracteres incluem marcas de parágrafo, quebras de ② Tamanho da Fonte: apresenta uma lista de tamanhos
linha, paradas de tabulação e espaços. de fontes sugeridas, com valores de 6 a 96 (em intervalos
irregulares). Esta ferramenta aceita a digitação e aplicação
de qualquer tamanho de fonte entre 2 e 999,9 (com varia-
4.5. Fontes de dados (CTRL+SHIFT+F4): mostra uma ções de 0,1).
faixa horizontal entre as Barras de Ferramentas e a régua ③ Cor da Fonte: aplica a última cor utilizada ao texto se-
mostrando os bancos de dados registrados. A exibição da fon- lecionado. A pequena seta permite selecionar uma nova cor.
te de dados pode ser usada para arrastar campos de tabela ④ Cor de Realce: faz o texto selecionado parecer mar-
de bancos de dados registrados e soltá‑los nos documentos, cado com marca‑texto ou ativa a ferramenta Realce com a
bem como para criar arquivos de mala direta. última cor usada. A pequena seta permite escolher cores e
remover o realce.
⑤ Negrito (CTRL + B): aplica o efeito (também chamado
4.6. Tela inteira (CTRL+SHIFT+ J): exibe ou oculta estilo) negrito ao texto selecionado, dando‑lhe destaque.
os menus e as barras de ferramentas no Writer ou no Calc. ⑥ Itálico (CTRL + I): aplica o efeito itálico ao texto sele-
Para sair do modo de tela inteira, clique no botão Ativar/ cionado, dando‑lhe destaque.
Desativar tela inteira. ⑦ Sublinhado (CTRL + U): aplica uma linha contínua sob
todo o trecho de texto selecionado, dando‑lhe destaque.
A opção Formatar / Caractere / Efeitos de fonte / Sublinhado
4.7. Galeria: a execução da função do ícone Galeria permite a escolha de cores e outros tipos de sublinhado,
pode ser ativada, também, no menu Ferramentas e mostra como duplo, pontilhado e ondulado.
um painel vertical à direita da área de trabalho do Writer ⑧ Tachado
com listas de imagens que podem inseridas no documento ⑨ Sobrescrito (CTRL + SHIFT + P): eleva a posição e
arrastando e soltando. reduz o tamanho da fonte do trecho de texto selecionado.
Exemplos: 23 – 1º.
⑩ Subscrito (CTRL + SHIFT + B): rebaixa a posição e
5. Menu Inserir
reduz o tamanho da fonte do trecho de texto selecionado.
Exemplo: H2O.
Comandos para inserir novos elementos dentro do do-
⑪ Limpar Formatação Direta (CTRL+M): remove forma-
cumento atual, com necessidade de configurações iniciais.
tações de fonte e parágrafo aplicadas ao texto selecionado,
devolvendo‑o ao Estilo Padrão.
5.1. Caractere especial: insere caracteres especiais
a partir das fontes instaladas. Um caractere especial é aquele 6.2. Parágrafo: para formatar um parágrafo não
que não é encontrado em um teclado padrão. Por exemplo, é necessário selecioná‑lo todo. Basta selecionar uma parte
© ¾ æ ç ñ ö ø ¢ são caracteres especiais. qualquer ou manter o cursor dentro dele.
5.2. Sumário e Índice: mostra um submenu para inserir
entradas de índice, índices e entrada bibliográfica.

5.2.1. Sumário, Índice ou Bibliografia...: permite a


construção de índice automatizado de conteúdo a partir dos ① Ativar/Desativar marcadores: destaca e recua o início
de cada parágrafo selecionado com um símbolo.
títulos no documento. Antes de começar, o texto a ser usado
② Ativar/Desativar numeração: destaca e recua o início
no índice deve estar formatado com estilos de parágrafo
de cada parágrafo selecionado com uma sequência numérica.
para níveis de título diferentes (tal como títulos de capítulo
③ Alinhar à Esquerda (CTRL + L): mantêm as linhas
e seção): Título 1, Título 2, Título 3, e assim por diante. Estes
do parágrafo alinhadas apenas à esquerda em relação aos
estilos vão aparecer no sumário.
recuos definidos.
④ Centralizar (CTRL + E): mantêm as linhas do parágrafo
Conhecimentos Gerais

6. Menu Formatar alinhadas pelo centro (desalinhadas pela esquerda e pela


direita ao mesmo tempo) em relação aos recuos definidos.
Comandos para modificar os elementos existentes no ⑤ Alinhar à Direita (CTRL + R): mantêm as linhas do
documento atual. parágrafo alinhadas apenas à direita em relação aos recuos
definidos.
⑥ Justificado (CTRL + J): mantêm as linhas do parágrafo
6.1. Caractere: para formatar toda uma palavra não alinhadas ao mesmo tempo pela direita e esquerda em re-
é necessário selecioná‑la. Basta que o cursor esteja dentro da lação aos recuos definidos. Com esse alinhamento definido
palavra (entre dois caracteres quaisquer da palavra) – exceto para o parágrafo atual, o alinhamento para a última linha
com o uso do botão cor da fonte, que exige seleção de texto. do parágrafo pode ser especificado como esquerdo, direito

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ou justificado. Se a última linha de um parágrafo justificado aplicadas ao texto, tabelas e listas do documento para alterar
consistir em uma palavra, a palavra será alongada até a lar- rapidamente sua aparência. Ao aplicar um estilo, todo um
gura do parágrafo com opção Expandir palavra única ativada. grupo de formatos é aplicado com um clique do mouse.
⑦ Entrelinhas: altera o espaçamento entre as linhas
dentro do parágrafo selecionado. O espaçamento simples 8. Menu Ferramentas
acomoda a maior fonte na linha, além de uma pequena
quantidade de espaço adicional. A quantidade de espaço Comandos úteis, mas dispensáveis ao usuário.
adicional varia de acordo com a fonte usada. O espaçamen-
to 1,5 aplica uma vez e meia o espaçamento simples entre
linhas e o duplo, o dobro. Outras opções estão disponíveis 8.1. Ortografia e Gramática (F7): inicia uma caixa de
no menu Formatar / Parágrafo. diálogo para verificação ortográfica separada no documento
⑧ Aumentar espaçamento entre parágrafos (ou numa seleção de texto).
⑨ Diminuir espaçamento entre parágrafos
⑩ Aumentar recuo: reduz em 1,25 cm o recuo esquerdo
do parágrafo. 8.2. Autoverificação Ortográfica (ShIFt+F7):
⑪ Diminuir recuo: aumenta em 1,25 cm o recuo es- sinaliza trechos de texto usando um sublinhado ondulado
querdo do parágrafo. vermelho para indicar possíveis problemas de ortografia,
facilitando sua identificação e posterior correção. A Auto‐
7. estilos Verificação pode ser desativada com um clique sobre o
botão Autoverificação ortográfica na Barra de Ferramentas
Padrão ou pelo menu Ferramentas / Opções / Configurações
Gerenciar estilos do idioma / Recursos para redação / Verificar ortografia
(F11): conjunto de ações de formatação que podem ser ao digitar.

LIBREOFFICE CALC 5/6


1. Área de trabalho

1.1. Pasta: arquivo do Calc criado com uma planilha em


branco, pronta para edição. Inserir / Planilha Formatar / Planilha... Editar /
Planilha...
CONheCIMeNtOS GeRAIS

1.2. Planilha: tabela, folha ou página de cálculo, formada


por 1.024 colunas (AMJ) ①, dispostas na vertical, em ordem 1.3. Célula ③: retângulo formado pelo cruzamento de
alfabética, da esquerda para a direita, e 1.048.576 linhas ② uma coluna e uma linha, onde são inseridos os dados e cál-
numeradas de cima para baixo. culos. O nome, endereço ou referência de uma célula é dado
pela coluna, seguida da linha que a formam.
1.2.1. Guia das Planilhas ④: mostra a planilha atual de A barra de fórmulas do LibreOfffice contém o ícone da
trabalho e, por padrão, outras duas disponíveis. Podem ser função de soma, o ícone do assistente de funções, uma caixa
renomeadas e coloridas, excluídas ou adicionadas, movidas de nome de células ou intervalo e uma linha de entrada de
ou duplicadas. fórmulas:

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1.4. Caixa de Nome ⑤: identifica a célula ou intervalo o retângulo existente acima
selecionado, localiza uma célula qualquer, atribui nome a todas as células da plani-
da linha 1 e à esquerda da
uma célula ou intervalo de células. lha atual
coluna A
Exibir / Navegador (F5) Planilha / Intervalos altera a largura da coluna
nomeados e expressões / Gerenciar... (Ctrl+F3) no ponto médio entre duas
anterior ou altura da linha
colunas ou linhas e arrastar
anterior (ALT+direcionais)
1.5. Linha de Entrada ⑥: mostra o conteúdo da célula
ativa e permite editá-lo. 3. Caracteres especiais
Conteúdo x Resultado: o que é mostrado na barra
de fórmulas é o conteúdo – o que é mostrado na célula é a 3.1. Iniciadores de Cálculo
representação do conteúdo, ou o seu resultado.
No Calc, apenas os caracteres igual (=), mais (+) e menos
1.6. Autocálculo ⑦: quando um conjunto de células com (-) podem ser usados como iniciadores de cálculos, para fór-
valores numéricos é selecionado em uma planilha Calc, sempre mulas ou funções. O arroba (@), usado no Excel, não inicia
é exibido na barra de status a soma dos valores selecionados. cálculos, inserindo apenas texto nas células do Calc.
Pode mostrar ainda média, contagens, mínimo, máximo. Diferentemente do Excel, as funções que utilizam acen‑
tos, como MÉDIA, MÍNIMO e MÁXIMO, devem ser acentua‐
1.7. Janela / Dividir ⑧: ferramenta presente na ponta das pelo usuário para que sejam aceitas no Calc.
das barras de rolagem vertical e horizontal, permite dividir
a janela atual em quatro painéis que mostram regiões dife- 3.2. Operadores Matemáticos
rentes da mesma planilha.
prioridade caractere operação
2. Seleção e edição de Células 1º ()% Parênteses (transfere priori-
dade) e porcentagem (divisão
clicar... seleciona... por cem)
1x em uma célula a célula 2º ^ potenciação (exponenciação)
2x em uma célula edita o conteúdo na célula 3º */ multiplicação e divisão
intervalo de células 4º +‐ soma e subtração
e arrastar
(células adjacentes)
3.3. Operadores de Comparação
em uma célula, manter a
intervalo de células
tecla SHIFT pressionada,
(células adjacentes) caractere operação caractere operação
clicar em outra célula
em uma célula, manter a adiciona células à seleção = igual a >= maior ou
tecla CTRL pressionada, anterior (seleciona células igual a
clicar em outra célula não-adjacentes) > maior que <= menor ou
no cabeçalho da coluna igual a
toda a coluna ou linha
ou linha < menor que <> diferente de

3.4. Operadores de Referência

SÍMBOLO FUNÇÃO / eXeMPLO LeItURA


Representa intervalos de células (células adja-
Soma de
: dois pontos centes)
A1 ATÉ A20
=SOMA(A1:A20)
Operação de união, usada para unir células ou
Soma de
; ponto e vírgula intervalos distintos
A1 E A20
=SOMA(A1;A20)
Operação de interseção, usado para destacar
Soma da interseção de A1 até A10
! exclamação células comuns a dois intervalos
com A1 até C5
=SOMA(A1:A10!A1:C5)
Cria referências mistas e absoluta. Fixa o ende-
CONheCIMeNtOS GeRAIS

A1 multiplicado
$ cifrão reço da célula.
por B2
=$A$1*B$2
Identifica uma célula de outra planilha, na
Multiplica a célula A1, da planilha Plan2 por
. ponto mesma pasta
B5 da planilha atual
=Plan2.A1*B5
Identifica uma célula de outra planilha, em
Multiplica a célula A1, da planilha Plan2, da
# cerquilha outra pasta
pasta Teste.xls por B5 da planilha atual
=‘Teste.ods’#Plan2.A1*B5

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No LibreOffice Calc, ao se digitar a fórmula =Planilha2. 3.5. Operador de Texto
A1 + $A$2 na célula A3 da planilha Planilha1, será efetu-
ada a soma do valor constante na célula A1 da planilha caractere operação
Planilha2 com o valor absoluto da célula A2 da planilha & conecta, ou concatena, valores de células dife-
Planilha1. rentes para produzir um valor de texto único

3.6. Precedência (prioridade)

4. Funções 4.2. Principais Funções do Calc

O Calc do LibreOffice oferece um conjunto de funções, =SOMA(núm1; núm2;...)


incluindo funções logicas, estatísticas e financeiras, para • Retorna a soma de todos os números na lista de ar-
possibilitar a inserção de formulas que executem cálculos gumentos.
complexos em seus dados. Funções são fórmulas prede- • núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 30 que se
finidas que efetuam cálculos usando valores específicos, deseja somar.
denominados argumentos, em uma determinada ordem
ou estrutura. =MULT(núm1;núm2;...)
• Multiplica todos os números fornecidos como argu-
4.1. Sintaxe (estrutura) de uma função mentos e retorna o produto.
• núm1, núm2,... são números de 1 a 30 que se deseja
multiplicar.

=SOMAQUAD(núm1;núm2; ...)
• Retorna a soma dos quadrados dos argumentos.
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 30 para os quais
① Estrutura: a estrutura de uma função começa com um
se deseja a soma dos quadrados.
sinal de igual (=), seguido do nome da função, um parêntese
de abertura, os argumentos da função separados por (;) e
=MÍNIMO(núm1;núm2;...)
um parêntese de fechamento.
• Retorna o menor número na lista de argumentos.
② Nome da função: comando que indica qual o cálculo
• núm1, núm2,... são de 1 a 30 números dos quais se
ou avaliação será realizada com os argumentos da lista a
deseja saber o valor mínimo.
seguir. Para obter uma lista das funções disponíveis, clique
• Caso o texto e os valores lógicos não devam ser igno-
em uma célula e pressione SHIFT+F3.
③ Argumentos: os argumentos podem ser números, rados, utilize a função MÍNIMOA.
texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, ma- • Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO
trizes, valores de erro como #N/D ou referências de célula. retornará 0.
O argumento que o usuário atribuir deve produzir um valor
válido para esse argumento. Os argumentos também podem =MÁXIMO(núm1;núm2;...)
ser constantes, fórmulas ou outras funções. • Idem MÍNIMO, retorna o maior número na lista de
argumentos.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas
os números nesta matriz ou referência serão contados. =MENOR(matriz;k)
Células vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro na • Retorna o k-ésimo menor valor do conjunto de dados.
matriz ou referência são ignorados. Nos cálculos simples, Use esta função para retornar valores com uma posição
onde apenas referências e operadores matemáticos são específica relativa em um conjunto de dados.
utilizados, células com texto geram erro e células vazias são • matriz é um intervalo de dados numéricos cujo menor
tratadas como zero. k-ésimo valor se deseja determinar.
CONheCIMeNtOS GeRAIS

• k é a posição (a partir do menor) no intervalo de dados


a ser fornecido.
• Se matriz estiver vazia, MENOR retornará o valor de
erro #VALOR!. Se k ≤ 0 a função MENOR retornará o valor de
erro Erro:502 (argumento inválido). Se k exceder o número
de pontos de dados, a função MENOR retornará o valor de
erro #VALOR!.
• Se n for o número de pontos de dados em matriz,
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não MENOR(matriz;1) será igual ao menor valor, e MENOR
podem ser traduzidos em números geram erros. (matriz;n) será igual ao maior valor.

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=MAIOR(matriz;k) =MODO(núm1;núm2;...)
• Idem MENOR, retorna o k‑ésimo maior valor do con- • Retorna o valor que ocorre com mais frequência em
junto de dados. uma matriz ou intervalo de dados.
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 30 para os quais
=ARRED(núm;núm_dígitos) se deseja calcular o modo.
• Arredonda um número até uma quantidade especi- • Se o conjunto de dados não contiver pontos de da-
ficada de dígitos. dos duplicados (amodal), MODO retornará o valor de erro
#VALOR!.
• núm é o número que o usuário deseja arredondar.
• Numa amostra bimodal, o Excel mostrará como respos-
• núm_dígitos especifica o número de dígitos para o ta o menor valor entre aqueles que se repetem.
qual o usuário deseja arredondar núm.
• Se núm_dígitos for maior que 0, então núm será ar- =CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
redondado para o número especificado de casas decimais. • Calcula o número de células não vazias e os valores na
• Se núm_dígitos for 0, então núm será arredondado lista de argumentos.
para o inteiro mais próximo. • valor1; valor2;... são argumentos de 1 a 30 que repre-
• Se núm_dígitos for menor que 0, então núm será sentam os valores que se deseja calcular. Neste caso, um
arredondado para a esquerda da vírgula decimal. valor é qualquer tipo de informações, incluindo texto vazio
(“”), mas não incluindo células em branco.
=HOJE( ) • Se um argumento for uma matriz ou referência, as cé-
• Retorna o número de série da data atual. O número de lulas vazias na matriz ou referência são ignoradas.
série é o código de data‑hora usado pelo Calc para cálculos
de data e hora. =CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
• Conta quantas células contêm números e também os
O Calc armazena datas como números de série sequen- números na lista de argumentos.
ciais para que eles possam ser usados em cálculos. Por • valor1; valor2, ... são argumentos de 1 a 30 que contêm
padrão, 30 de dezembro de 1899 é o número de série 0 ou se referem a uma variedade de diferentes tipos de dados,
(zero) e 1º de janeiro de 2010 é o número de série 40179 mas somente os números são contados.
porque está 40.179 dias após 30 de dezembro de 1899. • Os argumentos que são números, datas ou representa-
ções de texto de número são calculados; os argumentos que
são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos
=AGORA( ) em números são ignorados.
• Retorna o número de série sequencial da data e hora
atuais. =CONT.SE(intervalo;critérios)
• Os números à direita da vírgula decimal no número de • Calcula o número de células não vazias em um intervalo
série representam a hora; os números à esquerda represen- que corresponde a determinados critérios.
tam a data. Por exemplo, o número de série 0,5 representa • intervalo  é o intervalo de células no qual se deseja
a hora 12:00 (meio‑dia). contar células não vazias.
• A função AGORA só muda quando a planilha é calcu- • critérios é o critério na forma de um número, expres-
lada ou quando a macro que contém a função é executada são ou texto que define quais células serão contadas. Por
(ao abrir a pasta, por exemplo), não sendo atualizada exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, “32”,
continuamente. “>32”, “maçãs”.

=MÉDIA(núm1;núm2; ...) =SE(teste_lógico;valor_se_verdadeiro;valor_se_falso)
• Retorna a média aritmética dos argumentos. • Retorna um valor se uma condição especificada for
• núm1; núm2;... são de 1 a 30 argumentos numéricos avaliada como VERDADEIRO e um outro valor se for avaliado
para os quais se deseja obter a média. como FALSO. Use SE para conduzir testes condicionais sobre
• Se uma matriz ou argumento de referência contiver valores e fórmulas.
texto, valores lógicos ou células vazias, estes valores serão teste_lógico é qualquer valor ou expressão que possa
ignorados; no entanto, células com valor zero serão inclu‐ ser avaliado como VERDADEIRO ou FALSO. Esse argumento
ídas (devem ser consideradas no cálculo). pode usar qualquer operador de comparação.
valor_se_verdadeiro é o valor retornado se teste_lógico
for VERDADEIRO e pode ser uma fórmula, uma outra função,
=MED(núm1;núm2;...) texto ou simplesmente um número.
Conhecimentos Gerais

• Retorna a mediana dos números indicados. A mediana valor_se_falso é o valor retornado se teste_lógico for
é o número no centro de um conjunto de números ORGA‐ FALSO.
NIZADOS; isto é, metade dos números possui valores que É possível aninhar até sete funções SE como argumentos
são maiores do que a mediana e a outra metade possui valor_se_verdadeiro e valor_se_falso para construir testes
valores menores. mais elaborados.
• núm1; núm2;... são de 1 a 30 números dos quais se
deseja obter a mediana. =SOMASE(intervalo;critérios;intervalo_soma)
• Se houver uma quantidade par de números no con- • Adiciona as células especificadas por um determinado
junto, MED calculará a média dos dois números do meio. critério.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• intervalo é o intervalo de células que se deseja calcular.
• critérios são os critérios na forma de um número, ex-
pressão ou texto, que define quais células serão adicionadas.
• intervalo_soma  são as células que serão realmente
somadas.
• As células em intervalo_soma são somadas somente
se suas células correspondentes em intervalo coincidirem 5.1.3. Referências mistas: uma referência mista tem uma
com os critérios estipulados. coluna absoluta e linha relativa, ou linha absoluta e coluna
• Se intervalo_soma é omitido, as células em intervalo relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
são somadas. $A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta
tem o formato A$1, B$1 e assim por diante. Se a posição da
5. Atualização de Cálculos célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa
será alterada e a referência absoluta não se alterará. Se o
Quando células que contenham cálculos com referências usuário copiar a fórmula ao longo de linhas ou colunas, a re-
são arrastadas pela alça de preenchimento, as células são ferência relativa se ajustará automaticamente e a referência
preenchidas com uma atualização do conteúdo da célula absoluta não se ajustará. Por exemplo, se o usuário copiar
original. uma referência mista da célula A2 para B3, ela se ajustará
Essa operação pode ser usada para automatizar a cons- de =A$1 para =B$1.
trução de cálculos repetitivos, construindo nas demais células
cálculos com a mesma estrutura da original, porém com re-
ferências de célula atualizadas, de acordo com o movimento
realizado a partir da primeira.
As referências nos cálculos serão atualizadas também
quando copiadas e coladas em outra célula, sem a neces-
sidade da alça. Recortar e colar não irá atualizá‑las, apenas
movê‑las.
6. Alça de Preenchimento

A alça de preenchimento é o pequeno quadrado preto


visível sempre no canto inferior direito da seleção. Quando o
ponteiro está sobre a alça sua aparência muda de uma cruz
branca e grossa para uma cruz preta e fina.
Arrastar a alça de preenchimento de uma célula copia
o conteúdo de uma célula para outras células na mesma
linha ou coluna. Entretanto, o Excel pode preenchê‑las rapi-
damente com vários tipos de séries de dados, como meses
5.1. Referências Relativas, Absolutas e Mistas do ano, dias da semana, datas, sequências numéricas (Editar
/ Preencher).
5.1.1. Referências relativas: uma referência relativa em É possível criar séries de preenchimento personalizadas
uma fórmula, como A1, é  baseada na posição relativa da através do menu Ferramentas / Opções / LibreOffice Calc /
célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência se Listas de Classificação.
refere. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, Arrastar a alça de preenchimento para baixo ou para a
a referência será alterada. Se o usuário copiar a fórmula ao direita (no sentido crescente das linhas e colunas) cria uma
longo de linhas ou colunas, a  referência se ajustará auto- sequência progressiva.
maticamente. Por padrão, novas fórmulas usam referências Arrastar a alça de preenchimento para cima ou para a
relativas. Por exemplo, se o usuário copiar uma referência esquerda (no sentido decrescente das linhas e colunas) cria
relativa que está na célula B2 para a célula B3, a referência uma sequência regressiva.
será automaticamente ajustada de =A1 para =A2. Por exemplo, as seleções iniciais na tabela a seguir são
estendidas da forma mostrada. Os itens separados por vír-
gulas estão em células adjacentes.

Seleção inicial Série expandida


1, 2, 3 4, 5, 6
5.1.2. Referências absolutas: uma referência absoluta 1 2,3,4
Conhecimentos Gerais

de célula em uma fórmula, como $A$1, sempre se refere a Seg Ter, Qua, Qui
uma célula em um local específico. Se a posição da célula
que contém a fórmula se alterar, a referência absoluta per- Segunda‑feira Terça‑feira, Quarta‑feira
manecerá a mesma. Se o usuário copiar a fórmula ao longo Jan Fev, Mar, Abr
de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará.
Jan, Abr Jul, Out, Jan
Por padrão, novas fórmulas usam referências relativas e
o usuário precisa trocá‑las para referências absolutas. Por texto1, textoA texto2, textoA, texto3, textoA,...
exemplo, se o usuário copiar uma referência absoluta na 1º Período 2º Período, 3º Período,...
célula B2 para a célula B3, ela permanecerá a mesma em
ambas as células =$A$1. Produto 1 Produto 2, Produto 3,...

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• Mostrar o resultado, pressionando ENTER, TAB ou
Aceitar.

Em uma planilha em edição no Calc do LibreOffice, se


uma célula for preenchida com número e, em seguida, a alça
de preenchimento dessa célula for arrastada para células
seguintes na mesma linha ou coluna, as células serão au-
tomaticamente preenchidas com uma sequência numérica
iniciada com número digitado.
Para obrigar o Calc a repetir um valor que está sendo 7.3. Seleção do intervalo a ser somado
atualizado quando arrastado pela alça de preenchimento,
mantenha o CTRL pressionado. • Selecionar o intervalo de células que se deseja somar.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• A função soma será automatizada, mostrando o
7. Autosoma resultado na primeira célula livre e adjacente aos valores
previamente selecionados.
O Calc disponibiliza aos usuários um recurso que facilita • Caso mais de um valor tenha sido selecionado numa
a soma de um conjunto de valores contidos em células. mesma coluna, o Excel os somará em colunas.

O botão pode ser usado de diversas formas, auto-


matizando o uso da função SOMA. Este botão não permite,
como acontece no Excel, automatizar também o uso de
outras funções além da soma.

7.1. Seleção da célula de resposta e aceitação da


sugestão

• Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da


soma apareça.
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
• Visualizar a sugestão de intervalo dada pelo Calc
(sugere somar os valores adjacentes à célula selecionada).
O intervalo de sugestão será interrompido por células com
funções, vazias ou com texto. 8. Formatação de Células
• Mostrar o resultado, pressionando ENTER (move cé-
lula ativa para baixo), TAB (move célula ativa para a direita) 8.1. Formatar / Células
ou clicando Aceitar – clicar novamente o botão Soma não
mostra o resultado, como no Excel. Este menu oferece ao usuário as principais opções de
formatação das células e seus valores, permitindo ainda a
formatação de itens selecionados de gráficos. A tecla de ata-
lho CTRL + 1 pode ser usada para abrir uma caixa de diálogo
e acessar configurações da célula selecionada.

8.1.1. Números
8.1.1.1. Categoria: mostra opções para um formato
numérico. A caixa Exemplo mostra como ficarão as células
selecionadas com a formatação escolhida. Clicar em Defini‑
Conhecimentos Gerais

7.2. Seleção da célula de resposta e alteração da do pelo usuário permite criar formatos personalizados para
sugestão números.
• Número: usada em células que devem mostrar núme-
• Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da ros em geral. É possível escolher quantas casas decimais e
soma apareça. zeros a esquerda serão mostrados, ativar o separador de
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma. milhar e escolher o estilo de número negativo. Para exibir
mais ou menos dígitos após a vírgula decimal, pode‑se
• Visualizar e alterar a sugestão de intervalo dada pelo
Calc, editando‑a ou selecionando‑se um novo intervalo de
células a serem somadas. também utilizar os botões Adicionar casa decimal

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
8.2. Formatar / Mesclar células
e Excluir casa decimal , na barra de ferramentas
Formatação. Combina duas ou mais células selecionadas em uma
única célula. A referência de célula de uma célula mescla-
da será a da célula superior esquerda da faixa original de
• Moeda (CTRL + $): usado para quantias mone-
células selecionadas. Caso várias células com conteúdos
tárias em geral – permite selecionar a quantidade de casas
diferentes estejam selecionadas, mesclar as células po-
decimais e zeros a esquerda, símbolo de moeda e estilo de
derá manter apenas o dado da célula superior esquerda,
número negativo.
desprezando os demais ou agrupar todos os conteúdos
na célula mesclada, separados por espaços. Pode‑se usar

ainda o botão Mesclar células  .

9. Assistente de Gráfico

Os gráficos são a forma mais simples de mostrar ao seu


• Data e hora: exibem números de série de data e hora
público o que seus números estão dizendo, e o assistente
como valores de data e hora – valores numéricos podem ser
de gráfico do Calc o ajuda a criá‑los com apenas alguns
apresentados na forma de data e vice‑versa.
cliques. O coração de um gráfico do Calc é a área de plo-
• Porcentagem: multiplica o valor das células sele-
tagem, a área que exibe os dados graficamente. A área de
cionadas por 100 e exibe o resultado com um símbolo de
plotagem é envolvida por elementos de gráfico opcionais,
porcentagem. Pode ser ativado por meio do uso do botão
como títulos, legendas ou rótulos, que o usuário pode
usar para explicar exatamente o que a área de plotagem
Estilo de porcentagem (com duas casas decimais) ou
está mostrando.
pelo atalho CTRL + %.
A criação de um gráfico personalizado, em quatro
• Fração: mostra o valor atual na forma de um número
inteiro acrescido de uma fração, na base escolhida, que
represente seus valores decimais. etapas, será iniciada clicando‑se o botão Gráfico
• Científico: usa notação científica para representar ou pelo menu Inserir / Gráfico.
número de valores elevados. • Etapa 1 de 4 – tipo de gráfico: definição do estilo do
• Texto: exibe células com formato de texto mesmo gráfico a ser usado. O Calc oferece nove tipos – coluna,
quando houver um número na célula – a célula é exibida barra, pizza, área, linha, XY (dispersão), rede (radar), co-
exatamente como digitada. tações (ações), coluna e linha. Muitos deles podem ser
apresentados com efeito 3D.
8.1.2. Alinhamento • Etapa 2 de 4 – intervalo de dados: permite selecio-
8.1.2.1. Horizontal: altera o posicionamento horizontal nar e alterar os dados que participarão da construção do
do conteúdo das células. As alterações no alinhamento dos gráfico.
dados não alteram os tipos de dados. • Etapa 3 de 4 – série de dados: personaliza a sequência
8.1.2.2. Vertical: altera o posicionamento vertical do com que os dados serão mostrados no gráfico.
conteúdo das células. • Etapa 4 de 4 – elementos do gráfico: acrescenta
8.1.2.3. Recuo: recua o conteúdo das células a partir de título e subtítulo, configura legenda, eixos e grades.
qualquer borda da célula, dependendo das opções escolhidas
em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo Mesmo depois de pronto, todas as configurações
equivale à largura de um caractere. do gráfico podem ser alteradas, inclusive seus valores.
8.1.2.4. Orientação do texto: altera a inclinação do texto Sempre que o valor de uma célula que tenha participado
nas células selecionadas e permite criar texto empilhado. da construção do gráfico for alterado, o gráfico será au-
Pode ser usada para economizar espaço em células, na tomaticamente atualizado.
direção horizontal. Em planilhas eletrônicas, uma tabela dinâmica ajuda a
8.1.2.5. Propriedades: ajusta a maneira como o texto ter uma visão geral de uma planilha, por meio do resumo
deve ser exibido em uma célula. e da análise dos dados, por exemplo, por total, média ou
Conhecimentos Gerais

• Disposição automática do texto: divide o texto automa- número, sem inserir uma única fórmula. No Excel ela é
ticamente em várias linhas dentro de uma célula. O número acionada a partir do item de menu Relatório de tabela
de linhas depende da largura da coluna e do comprimento e gráficos dinâmicos. No LibreOffice Calc ela é acionada
do conteúdo da célula. a partir do item Assistente de dados, contido no menu
• Reduzir para caber no tamanho da célula: reduz o Dados.
tamanho dos caracteres para que todos os dados de uma Em relação às opções do item de menu Filtrar no Excel
célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos 2003 e às opções do item de menu Filtro no LibreOffice
caracteres será ajustado automaticamente caso a largura da Calc 3.2, é correto afirmar que as opções Autofiltro, Filtro
coluna seja modificada. padrão e Filtro avançado estão presentes apenas no Calc.

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LIBREOFFICE IMPRESS 5/6 Para criar uma apresentação, o usuário pode utilizar tanto
o PowerPoint como o LibreOffice Impress, desde que previa-
O LibreOffice Impress é uma versão do editor de apre- mente instalados, pois ambos possuem modelos de slides.
sentações de slides que compõe o pacote de escritório livre O Impress é um software que permite a edição de apre-
e gratuito LibreOffice. É um software que facilita a criação sentações de slides, os quais, de acordo com a preferência
e animação de slides, permitindo a inserção de imagens, do usuário, podem ser adequados à audiência para a qual
sons, vídeos, tabelas e gráficos, apresentando-se como será apresentado o conteúdo, podendo-se escolher o for-
programa funcionalmente idêntico ao Microsoft Office mato como retrato ou paisagem, e variar os tipos de design
PowerPoint. e leiaute, os estilos e a formatação.

1. Principais Comandos do Menu Arquivo 2. Principais Comandos do Menu editar


1.1. Novo (CtRL + N): cria arquivos novos de qualquer 2.1. Duplicar... (ShIFt + F3): cria cópias do objeto
programa do pacote LibreOffice. selecionado, permitindo identificar a quantidade de có-
1.2. Salvar: para salvar uma apresentação do LibrerOffice pias, deslocamento, ampliação e cores dos novos objetos
Impress com senha, pressiona-se a combinação de teclas criados.
CTRL + S e na tela que se abre, digita-se o nome do arquivo 2.2. Pontos (F8): permite a modificação das bordas de
no campo Nome, seleciona-se a caixa de combinação Salvar uma figura geométrica (para arredondar os cantos de um
com senha e clica-se no botão Salvar. Para concluir, digita-se quadrado, por exemplo).
e redigita-se a senha e clica-se no botão OK. 2.3. Mapa de imagem: permite definir uma URL a uma
1.3. Salvar tudo: salva todos os arquivos abertos do região de uma imagem de modo que, quando essa região
pacote LibreOffice. for clicada, o usuário será levado a abrir uma página web.
1.4. Recarregar: permite substituir a apresentação
atual, a qual sofreu alterações que não se deseja salvar,
mantendo-se a última versão salva.
3. Principais Comandos do Menu exibir
1.5. Versões...: salva, mostra e compara versões da
apresentação atual. No Impress, a forma de edição de eslaides pode ser
1.6. exportar...: cria uma cópia da apresentação para definida pelo usuário, que dispõe, entre outras, dos modos
formatos como HTML, SWF (Flash), PDF e arquivos de ima- de exibição em Estrutura de tópicos, Notas, Folhetos e Clas-
gem, como BMP, JPG e GIF. O aplicativo Impress permite sificador de slides.
CONheCIMeNtOS GeRAIS

exportar uma apresentação ou desenho para diferentes


formatos, inclusive para os formatos SVM, EPS e PBM e 3.1. Normal: alterna para a exibição normal na qual é
outros, como EMF, MET, PCT, PGM, PNG, PPM, RAS, SVM,
possível criar e editar slides.
TIFF, WMF, XPM e PWP.
3.2. estrutura de tópicos: na edição de slides, o Impress,
Para facilitar a publicação de arquivos na Internet, do LibreOffice, permite que os slides sejam visualizados em
usuários do aplicativo Impress podem visualizar uma apre- estrutura de tópicos contendo apenas os textos dentro dos
sentação de slides em forma de arquivo HTML por meio da slides, para facilitar a edição ou revisão de conteúdo e editar
opção Visualizar no Navegador da Web, disponível no menu os títulos e cabeçalhos dos slides.
Arquivo. 3.3. Organizador de slides: exibe miniaturas dos slides.

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3.4. Notas: alterna para a exibição de página de notas, 5.8. Interação: define como o objeto selecionado se
onde o usuário pode adicionar notas aos slides. Nos slides comportará quando ele for clicado durante uma apresen-
elaborados por meio do Impress, é  possível incluir notas tação de slides.
para edição de textos que orientem a interpretação do
conteúdo do slide. O texto da nota não fica visível para a 6. Principais Comandos do Menu Slide
audiência quando os slides estão sendo exibidos no modo
apresentação de slides. 6.1. Novo Slide (CTRL+M): para se inserir um novo eslai‐
3.5. Slide mestre de folhetos: alterna para a exibição de na apresentação que esteja sendo editada, é necessário
da página mestre de folhetos, onde é possível dimensionar realizar a seguinte sequência de ações: clicar o menu Inserir;
vários slides para que se ajustem a uma página impressa. e, por fim, clicar a opção Slide, o qual será inserido depois
3.6. Slide mestre: alterna para uma das várias exibi- do slide atual.
ções mestre, onde é possível adicionar elementos que 6.2. Duplicar slide: insere uma cópia do slide após o
deverão ser exibidos em todos os slides da apresentação. slide atual.
O slide mestre serve para definir uma formatação padrão 6.3. Slide de resumo: cria um novo slide com uma lista
para todos os slides que forem criados com base nele. Em de marcadores contendo os títulos dos slides seguintes ao
um slide mestre do LibreOffice Apresentação (Impress), slide selecionado. O  slide de resumo é inserido atrás do
os  espaços reservados que se podem configurar a partir último slide.
da janela Elementos mestres são Número da página, Data/ 6.4. Inserir slide de um arquivo: insere um arquivo no
hora, Rodapé e Cabeçalho. slide ativo. O usuário pode inserir arquivos do LibreOffice
3.7. Navegador (CTRL+SHIFT+F5): abre o um painel com Draw ou Impress, ou textos de um documento HTML ou de
o qual é possível saltar para outros slides ou mover entre um arquivo de texto.
arquivos abertos. 6.5. Transição de slides: define o efeito especial que
será executado quando um slide for exibido durante uma
3.8. Galeria: abre a Galeria, onde encontram‑se figuras
apresentação de slides.
e sons para inserir no documento.
6.6. Ocultar slide: oculta o slide selecionado para que não
seja exibido durante uma apresentação de slides.
4. Principais Comandos do Menu Inserir
7. Principais Comandos do Menu Apresentação
4.1. Figura, Gráfico, Objeto (Fórmula), Forma, Tabela,
de Slides
Caixa de texto (F2), Anotação (CTRL+ALT+C), FontWork,
Hiperlink (CTRL+K), Caractere especial, Número do slide,
7.1. Iniciar no primeiro slide (F5).
Cabeçalho e rodapé.
7.2. Iniciar do slide atual (SHIFT+F5).
4.2. Multimídia / Imagem animada: cria uma animação
7.3. Cronometrar: inicia uma apresentação de slides com
personalizada no slide atual. Só é possível usar objetos exis- um temporizador no canto inferior esquerdo, com o qual é
tentes para criar uma animação. possível cronometrar a apresentação sendo exibida.
4.3. Áudio ou vídeo: insere um arquivo de vídeo ou de 7.4. Apresentação de slides personalizada: define uma
som no documento, com os formatos: Advanced Audio Co- apresentação de slides personalizada utilizando slides con-
ding (.aac), AIF Audio (.aiff), Advanced Systems Format (.asf), tidos na apresentação atual. Podem‑se selecionar os slides
AU Audio (.au), AVI (.avi), CD Audio (.cda), Digital vídeo (.dv), que atendem às necessidades do público.
Flash vídeo (.flv), MIDI Audio (.midi), MPEG Audio (.mp2, 7.5. Configurações da apresentação de slides: define as
.mp3, .mpa, .m4a), MPEG Video (.mpg, .mpeg, .mpv, .mp4, configurações da apresentação de slides, inclusive com que
.m4v), Ogg Bitstream (.ogg), Real Audio (.ra), Real media slide iniciar, o tipo de apresentação, o modo como os slides
(.rm), Quicktime Video (.mov), Vivo Video (.viv), WAVE Audio avançam e as opções de ponteiro.
(.wav), WebM Video (.webm),.Windows Media Audio (.wma),
Windows Media Video (.wmv).
8. Principais Comandos do Menu Ferramentas
5. Principais Comandos do Menu Formatar 8.1. Ortográfica (F7): verifica a ortografia manualmente.
8.2. Substituir cores: abre a caixa de diálogo do con-
5.1. Formatação padrão (CTRL+SHIFT+M): remove a ta‑gotas para substituir cores em figuras de meta‑arquivo
formatação direta e a formatação por estilos de caracteres e de bitmap.
da seleção. 8.3. Player de mídia: abre a janela do Player de mídia,
5.2. Caractere: muda a fonte e a formatação de fonte para poder visualizar arquivos de filme e som e inseri‑los no
dos caracteres selecionados. documento atual.
5.3. Parágrafo: modifica o formato do parágrafo atual, 8.4. Macros: permite gravar, organizar e editar macros.
por exemplo, alinhamento e recuo. 8.5. Opções da Autocorreção: define as opções para a
Conhecimentos Gerais

5.4. Marcadores e numeração: adiciona marcadores ou substituição automática de texto à medida que o usuário
numeração ao parágrafo atual e permite que o usuário edite digita.
o formato da numeração ou dos marcadores. 8.6. Personalizar: personaliza menus, teclas de atalho,
5.5. Objeto e forma / Posição e tamanho (F4): redimen- barras de ferramentas e atribuições de macros do LibreOffice
siona, move, gira ou inclina o objeto selecionado. para eventos.
5.6. Estilos / Gerenciar estilos (F11): lista os estilos dis- 8.7. Opções: abre uma caixa de diálogo para configuração
poníveis em uma janela flutuante. personalizada do programa.
5.7. Agrupar: agrupa os objetos selecionados de forma 8.8. Compactar apresentação...: ativa assistente para
que possam ser movidos ou formatados como um único reduzir o tamanho da apresentação atual, comprimindo
objeto. imagens e removendo dados desnecessários.

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CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET empresa. Consequentemente, todos os conceitos aplicados
à Internet podem ser também aplicados à Intranet, que
Redes e Internet pode ser então considerada uma Internet “em miniatura”
ou “privada”.
Uma rede de computadores é qualquer estrutura física Extranet é a parte de uma Intranet que usa a Internet
e lógica que permita a conexão de computadores, com a para compartilhar parte de suas informações. Uma Extranet
finalidade de troca de informações e compartilhamento de também pode ser entendida como uma porção da rede da
recursos. empresa que é disponibilizada a usuários externo. Outro uso
A Internet é o conjunto das redes, em escala mundial, comum do termo Extranet se dá na designação da “parte
interligadas utilizando uma mesma tecnologia (protocolos privada” de um site, onde somente “usuários registrados”
TCP/IP), permitindo o acesso à informações e transferência podem navegar, previamente autenticados por sua senha
de dados. (login de acesso).
Normalmente, um computador que se conecta à Inter-
net pode acessar informações a partir de uma vasta gama VPN (Rede Privada Virtual)
de servidores disponíveis e outras informações a partir de
computadores, movendo-os para a memória do computador
Uma VPN é uma rede privada que usa a infraestrutura
local. A  mesma conexão permite que o computador para
das redes públicas para transmitir dados. Porém, como as
enviar informações para servidores da rede e que, por sua
redes são públicas há, normalmente, necessidade de se
vez, a informação é acessada e potencialmente modificada
por uma variedade de outros computadores interligados. utilizar protocolos de segurança para que os dados sejam
A maioria das informações amplamente acessíveis na Inter- transmitidos de forma sigilosa.
net consiste de hipertexto (documentos interligados) e de As VPNs seguras utilizam protocolos de segurança e con-
outros recursos da World Wide Web (WWW). troles de acesso (criptografia e firewall). A VPN é bloqueada
A circulação de informações na Internet é alcançada por da parte pública para assegurar que mesmo estando fisica-
meio de um sistema de redes interconectadas que compar- mente hospedada, apenas os usuários autorizados tenham
tilham dados com comutação por pacotes padronizados. acesso a ela, garantindo assim a integridade dos dados e a
Trata-se de uma “rede de redes”, que consiste de milhões confidencialidade da comunicação.
de redes públicas e privadas, acadêmicas, empresariais, As redes VPNs também são conhecidas pelos termos
governamentais e de redes de âmbito local ao global que “Túneis Virtuais” ou simplesmente “tunelamento”.
estão ligados por fios de cobre, fibra óptica, cabos, ligações
sem fios, e outras tecnologias. Classificação das Redes quanto a Extensão
Geográfica

PAN (Personal Area Network): rede pessoal; dispositivos


ligados a um único computador.

LAN (Local Area Network): rede local, de pequena ex-


tensão (1 km), capaz de conectar salas e prédios vizinhos.

MAN (Metropolitan Area Network): rede metropolitana,


com a extensão de uma cidade (10 km) – campus de univer-
sidades e TV a cabo.

WAN (Wide Area Network): rede extensa, sem limita-


ção geográfica – grandes bancos e operadoras de cartão de
crédito.

Os termos Internet e World Wide Web são frequente-


mente utilizados sem muita distinção. No entanto, a Internet
e a World Wide Web não são a mesma. A Internet é um siste-
ma de comunicações de dados global. É uma infraestrutura
de hardware e software que fornece conectividade entre os
Conhecimentos Gerais

computadores. Em contraste, a Web é um dos serviços de co-


municação através da Internet. É uma coleção interligada de
documentos e outros recursos, ligadas por hiperlinks e URLs.

Intranet e Extranet
A Intranet é uma rede privada que se baseia na mesma
tecnologia da Internet, mas que é utilizada para agilizar e
incrementar a comunicação e a produtividade dentro de uma

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Meios Físicos de Transmissão
Com Fios

coaxial par trançado fibra ótica


cabeamento

tipos fino ou grosso UTP ou STP monomodo ou multimodo


conector BNC, formato de T e terminadores RJ 45 SC, FC, ST, FDDI
velocidade de
10 Mbps 10, 100 ou 1.000 Mbps 100 ou 1.000 Mbps
transmissão
padrão 10base2 e 10base5 10, 100 ou 1.000baseT 100baseF, 1.000baseS ou L

não sofre interferência


características eletromagnética. Resistente à
corrosão

Sem Fios (ondas eletromagnéticas)

tipos infravermelho (IrDA) microondas (radiofrequência RF)


obstáculos entre os dispositivos não podem existir podem existir
alcance máximo 1m 1 m a 50 km
velocidade de transmissão 4 a 16 Mbps 3 a 108 Mbps
características requer “sight line”: ponto focal e desvio máximo de 15 o
Bluetooth, WiFi, WiMAX

Topologias e Arquiteturas
Topologias são formas de construção das redes que definem a forma de conexão (física) e o funcionamento da rede (lógica).

BARRA ANEL ESTRELA


através de cabo central diretamente um ao outro, por meio do concentrador,
ligação entre os PCs
compartilhado formando caminho fechado ou núcleo da rede
se um computador falha a rede NÃO para a rede PARA a rede NÃO para
tipo de cabo coaxial UTP ou fibra UTP ou fibra
chega a todos da rede e é chega ao destinatário, que o passa sempre pelo núcleo
distribuição da
descartada, exceto pelo destinatário copia e reenvia até o emissor, da rede e de lá segue até
informação
(difusão, ou broadcast) cruzando todo o anel seu destino

A arquitetura de uma rede é um conjunto de características padronizadas que especificam como uma rede funciona
(cabos, conectores, concentradores, placas de rede, protocolos, regras). É o “modelo” da rede. Todos os equipamentos
usados em uma mesma rede devem ter as mesmas especificações (mesma arquitetura).
Conhecimentos Gerais

arquiteturas Ethernet FDDI Token Ring Wi-Fi


IEEE 802.3 802.4 802.5 802.11
topologia barra (coaxial) ou estrela (par trançado) anel duplo anel barra, sem cabos
A mais usada atualmente. Gerações:
Com 4 ou 16 Mbps,
1. Ethernet 10 Mbps (coaxial ou PT) Self Healing Estrutura de WLAN mais
características é pouco usada
2. Fast Ethernet 100 Mbps (PT ou FO) CDDI (PT) usada atualmente
atualmente
3. Giga Ethernet 1.000 Mbps (PT ou FO)

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Wi-Fi: Modos de funcionamento

Infraestrutura: requer equipamento central (concentrador sem fio), chamado ponto de acesso.
Ad-Hoc: as placas de rede dos computadores se comunicam diretamente entre si, sem a necessidade de concentradores.

Subpadrões Wi-Fi

802.11b 802.11a 802.11g 802.11n


velocidade de 104 Mbps
11 Mbps (6) 54 Mbps (30) 54 Mbps
transmissão (600-MIMO)
frequência 2,4 GHz 5 GHz 2,4 GHz 2,4 e 5 GHz
alcance 100 m 50 m 100 m 500 m
telefones sem fio,
interferência rede menos saturada
microondas, bluetooth
mais cara, usada em compatível com o
mais usado em hotspots,
características empresas, não se comunica “b” e mais rápido
mais barato (2001)
com outros padrões (2002) (2006)

Protocolos sucessivamente de uma camada a outra chegar à camada


Física que levará a solicitação ao destinatário. Ao se chegar
Até o fim dos anos de 1970 cada desenvolvedor de ao destino, o caminho é feito ao inverso.
tecnologias para redes era responsável por criar seu pró- As camadas são dividas em três grupos: Aplicação (Apli-
prio método de transporte que se encarregasse de fazer a cação, Apresentação, Sessão), Transporte (Transporte) e Rede
comunicação entre dois computadores em uma rede. Como (Rede, Link de Dados e Física), onde em cada uma alguns
os padrões eram muito divergentes a ISO (International Or‑ softwares específicos (protocolos) atuarão.
ganization for Standardization – Organização Internacional Um Protocolo é um conjunto de regras que estabelece
para Padronização) criou um modelo chamado OSI (Open um padrão de comunicação entre os computadores de uma
Systems Interconnection  – 1977) para que os fabricantes rede. Ou seja, para que esses computadores possam inte-
pudessem criar tecnologias a partir deste modelo. ragir, se entender, devem seguir a mesma regra de envio e
O modelo OSI é estruturado em sete camadas: Aplicação, recebimento de informações. Com isso pode-se dizer que o
Apresentação, Sessão, Transporte, Rede, Link de Dados e protocolo é uma linguagem que permite aos computadores
Física. Quando uma informação é solicitada, deverá passar ligados a uma rede se comuniquem.

Modelo de camadas OSI

• define o protocolo a ser usado de acordo com a solicitação do aplicativo


7 APLICAÇÃO
e usuário (SMTP, POP, IMAP, HTTP, FTP, ONS)

6 Apresentação • traduz as mensagens para um formato padrão universal

• negocia o método de comunicação, estabelece e encerra as sessões de


5 Sessão
comunicação

4 TRANSPORTE • divide a mensagem em pacotes sequenciais e adiciona um número de


controle (TCP, UDP)

3 REDE • adiciona aos pacotes um endereço para que localizem o destino, trans-
formando-os em datagramas (IP, roteador)
Conhecimentos Gerais

2 Link de Dados • adiciona o MAC e transforma datagramas em quadros – conjuntos de


bits (placas de rede, switch)

1 Física • os bits são transferidos (cabos, conectores, hub, repetidor)

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Protocolos da Camada de Aplicação vez recebida a mensagem, está impossibilitado o acesso à
mesma em outros computadores.
SMTP (Simple Mail Tranfer Protocol): usado para o IMAP4 (Internet Message Access Protocol): recebe men-
envio de e-mails do remetente para o servidor de saída de sagens do servidor de correio eletrônico, mantendo uma cópia
mensagens e entre os servidores de e-mails. e permitindo que a mesma mensagem seja vista em diferentes
POP3 (Post Office Protocol): usado no recebimento de computadores. Útil para situações em que o usuário utiliza o
e-mails e, por regra, os apaga do servidor de entrada. Uma correio eletrônico em dois ou mais ambientes distintos.

HTTP (Hyper Text Tranfer Protocol): realiza a transfe- são gratuitas, enquanto chamadas de VoIP para rede pública
rência de documentos hipermídia (hipertexto), escritas em podem ter custo.
linguagem HTML (HyperText Markup Language) entre um SNMP (Simple Network Management Protocol): pro-
servidor Web e um programa cliente (navegador, browser), tocolo de gerência e monitoramento de redes TCP/IP, que
os  quais interpretam as páginas e as descarregam para o facilita a troca de informação entre os dispositivos de rede,
computador do usuário final. A implementação do protocolo como placas e comutadores. O SNMP permite aos adminis-
HTTP sobre uma camada adicional, SSL (Secure Socket Layer) tradores de rede verificar o desempenho da rede, encontrar
ou TLS (Transport Layer Security), fazem com que as informa- e resolver problemas, e reunir informações para planejar sua
ções sejam enviadas através de uma conexão criptografada expansão, dentre outras.
e autenticada entre servidor e cliente e cria uma variação DNS (Domain Name Service): protocolo que realiza o ser-
do HTTP, o HTTPS (o “S” lembra seguro). viço de consulta a um banco de dados hierárquico, realizando
FTP (File Transfer Protocol): transfere arquivos entre a tradução (resolução, transformação) de um nome amigável,
dois computadores usando a arquitetura servidor/cliente, nome domínio ou URL (fácil de guardar na memória, como
sendo um dos mais utilizados na Internet. Pode-se usar um www.google.com.br) em um endereço IP (74.125.93.103),
navegador ou programas específicos para acessar, copiar, usado para acessar recursos em redes.
apagar e renomear arquivos remotos. Todos os recursos presentes em servidores na Internet
TELNET (Terminal Emulator): protocolo para acesso são localizados por meio de um endereço padronizado – o
remoto a um computador numa intranet ou na Internet, URL (Uniform Resource Locator), que obedece ao formato
permitindo controle sobre seus recursos – simula a presença protocolo://domínio/recurso. O nome de domínio deve ser
de um usuário diante da máquina de outro. adquirido junto a um órgão competente e será único na
SSH (Secure Shell): conecta dois computadores na rede, Internet, para que não haja confusões no acesso às páginas.
permitindo que um envie comandos que serão executados No Brasil, a responsável pela distribuição dos nomes de do-
na unidade remota. Tem as mesmas funções do TELNET, mínio é a Registro.br, ligada ao Comitê Gestor da Internet
com a vantagem da conexão entre o cliente e o servidor ser Brasileira (CGI.br).
criptografada e, consequentemente, segura, criando um Quando desejamos visualizar o site do Google, por
Conhecimentos Gerais

túnel de dados. exemplo, informamos ao navegador sua URL (www.google.


VoIP (Voice over Internet Protocol): voz sobre IP, tele- com.br), o qual enviará a requisição de consulta ao servidor
fonia IP, telefonia Internet, telefonia em banda larga ou voz DNS do provedor de acesso à Internet. Caso seja encontrado
sobre banda larga é o roteamento de conversação humana o endereço IP correspondente, o servidor DNS retorna ao
usando a Internet ou qualquer outra rede de computadores usuário essa informação que será usada para, então, trazer
baseada na pilha de protocolos TCP/IP, tornando a transmis- os arquivos da página.
são de voz mais um dos serviços suportados pela rede de Cada provedor de acesso possui um servidor DNS que é
dados. Usa softwares como o Skype e um conjunto de proto- alimentado pelo servidor DNS principal no Brasil. Os regis-
colos especiais nas camadas de aplicação (SIP) e transporte tros DNS brasileiros (.br) começaram a ser feitos na Fapesp
(RTCP). Ligações de sistemas VoIP para VoIP normalmente (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo),

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
de forma espontânea. Atualmente, quem mantém o registro IRC (Internet Relay Chat): utilizado em salas de bate-
de domínios brasileiros é a NIC.br (Núcleo de Informação e -papo (chat) e para a troca de arquivos, permite conversa
Coordenação do Ponto Br), ligada ao CGI. em grupo ou privada. No fim da década de 1990, o IRC foi
A localização do endereço IP pelo DNS, a partir da URL substituído por mensageiros instantâneos como o MSN e
solicitada, obedece a uma sequência hierárquica, em três sites de relacionamento como o Orkut. O IRC é hoje usado
níveis, analisando o nome de domínio da direita para a para fins específicos como troca de arquivos e suporte
esquerda: domínio geográfico ou de 1º nível (indica o país técnico.
onde o domínio foi registrado  – .br indica que o registro WAP (Wireless Application Protocol): conjunto de proto-
aconteceu no Brasil), domínio de tipo ou 2º nível (indica a colos que define um ambiente semelhante à web, mas que
natureza do domínio, ou tipo da instituição – .com mostra funciona em redes de aparelhos sem fio e em velocidades
fins comerciais) e nome da instituição ou 3º nível (mostra o mais baixas, como celulares e PDAs. O acesso à web é feito
nome adquirido – google). através de um browser miniatura que interpreta linguagem
WML ou XML, disponibilizada por alguns sites.
IDNA (Internationalizing Domain Names in Applica‐ NNTP (Network News Transfer Protocol): protocolo da
tions): nome de Domínio Internacionais em Aplicação é uma Internet para grupo de discussão, ou fórum. Especifica o
tecnologia que permite o registro de nomes de domínios modo de distribuição, busca, recuperação e postagem de
com caracteres permitidos na língua portuguesa (vogais informações usando um sistema de transmissão confiável.
acentuadas e a cedilha exclusivamente). O IDNA converte
uma URL com caracteres especiais em uma URL compreendia Protocolos da Camada de Transporte
pelo serviço DNS.
DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol): protocolo Na camada de transporte atuam, basicamente, dois
de serviço da pilha de protocolos TCP/IP que configura de protocolos de suma importância: o TCP e o UDP. Têm como
forma dinâmica os terminais, concedendo endereços IP de responsabilidade dividir as mensagens em pacotes no com-
host e outros parâmetros de configuração para clientes de putador de origem, recebê-las e montá-las no computador
rede. É um protocolo sucessor do limitado BOOTP. de destino.

TCP UDP
(Transmission Control Protocol) (User Datagram Protocol)
Serviço orientado por conexão Serviço sem conexão
(é estabelecida uma sessão entre os hosts) (nenhuma sessão é estabelecida entre os hosts)
Garante a entrega através de confirmações e entrega sequen- Não garante e nem confirma a entrega dos dados
ciada dos dados
Numera os pacotes e garante sua entrega no destino; controla o Não numera os pacotes e não garante sua entrega no destino;
fluxo para que o destino não receba mais do que pode processar não controla o fluxo e não dá falta por nenhum pacote extraviado
É confiável, porém mais lento Não é confiável, porém é rápido
Usado em quase todos os serviços: páginas, e‑mail, transfe- Usado em situações de menor prioridade, como músicas e
rência de arquivos vídeos, VoIP

Protocolos da Camada de Rede atribuição a operadores se esgote é de Outubro de 2010,


o que mostra que a implantação do IPv6 era inevitável.
IPv4 (Internet Protocol): é um dos mais importantes Como os endereços IPv6 usam agora 128 bits em sua
protocolos da pilha TCP/IP. Sua função é criar meios para que construção, são escritos em 8 grupos de 4 dígitos hexadeci-
as informações trafeguem pela estrutura física das redes, mais cada, separados por dois pontos (:), como estes:
facilitando a decisão do melhor caminho a ser tomado pela
mensagem para a chegada ao destino. 8000:0000:0000:0000:0123:4567:89AB:CDEF
O IP é o identificador numérico de um computador,
definindo um endereço de origem e outro de destino para Como os endereços IPv6 possuem muitos bytes usando
cada pacote entregue pela camada de transporte. Cada o valor 0 (zero), duas otimização dos números podem ser
computador conectado à Internet possui um número que o realizadas:
identifica na rede. Ele deve ser único para que as informações • zeros podem ser omitidos no início do grupo. Assim,
possam chegar até este computador. Este endereço pode ser 0123 pode ser escrito como 123;
estático (fixo) ou dinâmico. • grupos com 4 bytes usando o valor 0 (zero) podem ser
As informações são enviadas para a camada física em omitidos, e substituídos por um par de dois pontos.
pacotes que têm o endereço do remetente, do destinatário
e o tempo de vida do pacote. O IP é um protocolo de ende- IPSec (IP Security Protocol): é um protocolo da camada
reçamento e permite roteamento dos pacotes. de rede (ou camada 3) do modelo OSI. Outros protocolos de
Conhecimentos Gerais

O protocolo IP não garante a entrega dos pacotes no segurança como SSL e TLS trabalham da camada de trans-
destino. Essa função é do TCP. porte (camada 4) até a camada de aplicação (camada 7).
É uma variação do protocolo IP que visa fornecer privacidade
IPv6: é a versão mais atual do protocolo IP. Ele está sendo ao usuário (aumentando a confiabilidade das informações
implantado gradativamente na Internet e deve funcionar em fornecidas pelo usuário), integridade dos dados (garantindo
conjunto com o IPv4, numa situação temporária chamada que o mesmo conteúdo que chegou ao seu destino seja a
de “pilha dupla” ou “dual stack”. A longo prazo, o IPv6 deve mesma da origem) e autenticidade das informações ou
substituir o IPv4, que aceita criar cerca de 4 bilhões (4 x 109) identity spoofing (garantia de que uma pessoa é quem diz
de endereços, contra 3.4 x 1038 endereços do novo protocolo. ser), quando se transferem informações através de redes IP
A previsão para que todos os endereços livres do IPv4 para pela internet.

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INTERNET EXPLORER 9

As versões do Internet Explorer 9 e 10 (IE9 e IE10) são O visual da janela está integrado ao recurso Aero do Win-
aplicativos proprietários e gratuitos conhecidos como na- dows, com bordas mais finas e semitransparentes. A limpeza
vegadores, browsers, clientes Web ou www e servem para executada na interface trouxe para a Barra de Título ①,
recuperação, interpretação e apresentação de recursos de dispostos todos em uma única linha:
intranets e da World Wide Web, como páginas Web, imagens
e vídeo, além de possuírem agregador de feeds integrado.
O IE9 foi lançado em março de 2011 pela Microsoft e é
o primeiro desde o Internet Explorer 2 a não ser integrado
a qualquer sistema operacional, podendo ser atualizado a
partir do IE8 no Windows Vista, 7 e Server 2008. O IE10 foi
lançado em setembro de 2012 e é integrado ao Windows
8 e Server 2012, disponível ainda para atualização de suas
versões anteriores no Windows 7 e Server 2008. Botões Voltar (ALT+ ←) e Avançar (ALT+ →) ⑥: retornam
e avançam para páginas visitadas anteriormente.
Navegação • Funcionam de forma independente para cada aba.
• O comando Voltar ficou maior por ter sido identificado
Visual mais limpo como o botão mais utilizado pelos internautas.
• Clicar e manter pressionado um desses botões mostra
Seguindo a tendência minimalista dos demais navegado- um menu com atalhos para os dez últimos sites aces-
res, a interface (janela, área de trabalho, sessão) do Internet sados na guia atual e para o Histórico, a ser usado caso
Explorer está bastante enxuta – alguns de seus recursos fo- o site desejado não se encontre nessa relação.
ram removidos ou agrupados para dar mais espaço às páginas • Quando um atalho de site fixado na Barra de Tarefas do
e aos serviços web. Com essas mudanças, o Internet Explorer Windows (Pinned Site) é aberto, um ícone o representa
9 é o browser com maior espaço para as páginas web ④, ao lado do botão Voltar e a cor dos botões é alterada
dando ao navegador sua real função: a de palco de teatro, para o tom predominante desse ícone (o botão Home
não a de espetáculo1. fica indisponível).
As barras de Menus ②, Ferramentas ③ e Status ⑤ não
são exibidas. Para escolher quais delas mostrar, pode-se usar o Sites Fixos (Pinned Sites) podem ser abertos diretamen-
Menu Exibir / Barras de Ferramentas (ativado pelo uso da tecla te da Barra de Tarefas do Windows 7 – sem ter que abrir o
ALT ou F10) ou clicar com o botão direito em qualquer região Internet Explorer antes. Para fixar um site pode-se clicar no
da Barra de Título. O menu apresentado permite ainda Blo- ícone à esquerda do endereço da web na barra de endereços,
na guia do site ou o ícone do site na página nova guia e, em
quear Barras de Ferramentas (impedindo que sejam movidas
seguida, arrastá-lo para a Barra de Tarefas. Uma vez que
ou redimensionadas) e Mostrar guias em uma linha separada
um site é fixado, ele aparece como sua própria miniatura,
(abaixo da barra de Endereços, como nas versões anteriores).
separado do Internet Explorer. Cada site fixado na Barra de
Tarefas tem uma Lista de Atalhos (Jump List).
Conhecimentos Gerais

Barras de Endereços Ⓐ e Pesquisa Ⓑ integradas – One


Box (F4): permite digitar o endereço do site que se deseja
visitar e, pressionando a tecla ENTER ou clicando-se o botão
Ir que estará disponível no lugar do botão Atualizar
Ⓔ, o site será carregado na guia atual – ALT+ENTER abre o
site digitado em nova guia e SHIFT+ENTER abre a primeira
página sugerida na guia atual.

1
http://info.abril.com.br/downloads/windows/internet-explorer-9

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Ⓓ Modo de Exibição de Compatibilidade: sites da Web
desenvolvidos para versões anteriores do Internet Explorer O botão Adicionar a Favoritos... permite acres-
podem não ser exibidos corretamente na versão atual – centar à lista de Favoritos um atalho para a página atual por
aparecem como um emaranhado de menus, imagens e cai- meio da utilização da janela ilustrada abaixo (CTRL + D). A
xas de texto fora de ordem. Quando o Modo de Exibição de seta ao lado do botão (ALT + Z) permite Adicionar à Barra
Compatibilidade é ativado, a página da Web que está sendo
de Favoritos, Adicionar Guias Atuais a Favoritos..., Importar
exibida é recarregada e será mostrada como se estivesse
e Exportar e Organizar Favoritos.
usando uma versão mais anterior do Internet Explorer.
• Na próxima vez que o usuário visitar o site, o Internet
Explorer 9 automaticamente mostrará no Modo de Fixar Centro de Favoritos: transforma a janela sus-
Exibição de Compatibilidade. pensa em um painel, ocupando espaço da área de navegação.
• O site será exibido no Modo de Exibição de Compati-
bilidade até que o usuário o desative ou até que o site Feeds (CTRL + J): exibe a lista dos sites cadastrados para
seja atualizado para exibição correta na versão atual receber atualizações de conteúdo.
do Internet Explorer. RSS Feeds: o RSS é uma tecnologia que começou a ser
• Se um site for compatível com a última versão do Inter- desenvolvida em 1999 pela Netscape com o nome de Rich
net Explorer, pode ser que o botão Modo de Exibição Site Summary (RSS 0.91) e hoje é amplamente utilizada como
de Compatibilidade não seja exibido ou o item de menu Really Simple Syndication (RSS 2.0). Permite a criação e envio
Modo de Exibição de Compatibilidade pode não ficar
de arquivos (chamados Feeds, ou alimentadores, em lingua-
disponível.
gem RSS e Atom, baseados em XML) contendo resumos de
informações atualizadas disponibilizadas por um sítio nos
Atualizar (F5, CTRL + R ou CTRL + F5) – Exibir / Atualizar:
formatos de texto, áudio (podcasting) ou vídeo. Esses ar-
recarrega a página atual utilizando, quando possível, infor-
quivos serão enviados, sempre que disponíveis, ao usuário
mações da pasta de Arquivos da Internet Temporários. Os
que se inscreva nesse serviço, evitando visitas constantes ao
comandos Atualizar e Ir compartilham um único botão na
sítio para manter-se informado. Um gerenciador de correio
extremidade da barra de endereços, que muda dependen-
do se a página da Web atual tiver sido carregada ou não. eletrônico ou um software chamado Agregador (leitor RSS)
Para visualizar botões separados para Ir e Atualizar clique recebe automaticamente os arquivos enviados por todos os
com o botão direito na barra de comandos, aponte para sítios onde o usuário se cadastrou. O IE7 apresenta um leitor
Personalizar / Exibir Botões Parar e Atualizar antes da Barra RSS integrado e monitora o fornecimento da tecnologia RSS
de Endereços para alternar entre mostrar os botões Parar e pelos sítios, onde o botão fica ativo (muda de cinza
Atualizar à esquerda da barra de endereços ou mostrar os para laranja) e permite fácil inscrição. Alternativamente,
botões combinados à direita da barra de endereços. deve-se procurar por outros ícones dentro da página, como
Interromper (ESC) – Exibir / Parar: interrompe o carrega- ou . Inscreva-se no RSS do MTE (por exem-
mento do sítio mostrado na guia atual. Não interrompe do-
plo, incluindo o endereço http://www.mte.gov.br/imprensa/
wnloads de arquivos em janelas separadas, nem desconecta
rss/RSSdoMTE.xml ao seu agregador) e resumos das últimas
o computador da Internet ou fecha a janela do navegador.
notícias lhe serão enviadas assim que publicadas. Se forem
do seu interesse, clique neles para ser levado ao sítio, onde
Caixa Pesquisa Instantânea (CTRL + E): ferramenta que
a notícia completa estará disponível.
facilita a realização de pesquisas em mecanismos de busca
pela Internet. A caixa de pesquisa mostra, em fonte esmae-
Histórico (CTRL + H): exibe a lista dos atalhos para os
cida e itálico, o provedor selecionado para realizar a busca.
O tópico ou frase a ser usado na pesquisa deve ser digitado sites visitados pelo usuário (criados pelo IE8), facilitando o
sobre o nome do provedor e a lupa clicada, mostrando na acesso a eles. Por padrão, são armazenados todos os sítios
guia atual os resultados da busca. Caso se deseje mostrar visitados nos últimos 20 dias. Este valor pode ser alterado
os resultados em uma nova guia, deve-se pressionar ALT + com números entre 0 e 999. É possível pesquisar dentro dos
ENTER após o preenchimento da caixa de pesquisa. sítios visitados e excluí-los, usando opções disponíveis no
menu Ferramentas / Opções da Internet / Geral / Histórico de
Navegação. Com essa ação, os sítios deixarão de ser sugeridos
Home (ALT + HOME mostra as páginas iniciais na barra de endereços até que uma nova visita seja feita.
e ALT + M ativa as opções da seta do botão) – Exibir / Ir Para
/ Home Page: durante a navegação, o pressionamento do
botão mostra as páginas definidas como iniciais em abas Ferramentas (ALT + T): conjunto de botões que
separadas, na ordem em que foram configuradas. A pequena permite ativar, de forma prática, comandos disponíveis em
Conhecimentos Gerais

seta ao lado da imagem do botão permite visualizar apenas alguns menus – Ferramentas (Opções da Internet, Bloquea-
uma das páginas iniciais na aba atual, adicionar, alterar e dor de Pop-ups, Gerenciar Complementos, Modo de Exibição
remover páginas iniciais. de Compatibilidade), Arquivo (Trabalhar Offline), Exibir (Tela
Inteira, Barras de Ferramentas e Barras do Explorer).

Centro de Favoritos (ALT + C): exibe uma janela Barra de Favoritos (ALT + J): substitui a barra de ferra-
suspensa apresentando a lista de atalhos armazenados pelo mentas Links das versões anteriores do Internet Explorer e
usuário para acesso futuro (Favoritos) e permite acesso à inclui não apenas os links favoritos do usuário, mas também
lista de Feeds e Histórico (CTRL + I). feeds e Web Slices.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Página (ALT + G): conjunto de botões que permi- Como os Web Slices são baseados em feeds,
te ativar, de forma prática, comandos disponíveis em alguns geralmente são exibidos Web Slices e feeds quando forem
menus – Arquivo (Nova janela, Salvar como, Enviar Página exibidos os feeds disponíveis. Clicar no botão Feeds mostrará
por Email, Enviar Link por Email, Editar com), Editar (Recortar, uma página com uma lista de tópicos e artigos que podem ser
lidos e assinados. Clicar em um Web Slice mostrará a opção
Copiar, Colar) e Exibir (Zoom, Tamanho da fonte, Codificação,
de assiná-lo e o adiciona à barra Favoritos.
Exibir Código-Fonte).
Web Slices: conteúdos ou porção específica de uma pá-
Salvar como... : armazena o conteúdo completo ou ape-
gina da Web que o usuário pode monitorar por meio de as-
nas o HTML da página atual. sinatura, que permite saber quando um conteúdo atualizado
Editar com... : copia o conteúdo da página atual para uma (como a temperatura atual ou a alteração do preço de um
pasta temporária e abre o HTML em um editor padrão. Não leilão) está disponível nos sites favoritos. Após a assinatura
é possível republicar o conteúdo modificado. do Web Slice, ele será exibido como um link na barra de
Enviar por email: abre o gerenciador de correio eletrô- Favoritos. Quando o Web Slice for atualizado, o link na barra
Favoritos será exibido em negrito. O usuário pode, então,
nico padrão e inclui o link da página atual ou seu con- clicar no link para visualizar o conteúdo atualizado. Quando
um Web Slice estiver disponível em uma página da Web, apa-
teúdo completo por email em uma janela de nova recerá o botão do Web Slice na barra de Comandos. O botão
mensagem. Web Slice também irá aparecer na página da Web, próximo
ao conteúdo que está disponível quando esse conteúdo for
apontado com o mouse.
Segurança (ALT + S): conjunto de botões que
permite ativar, de forma prática, comandos disponíveis no
menu Ferramentas relacionados à segurança e privacidade Pesquisar (ALT + clique) – Exibir / Barra do Explorer
da navegação – Navegação InPrivate, Filtro do SmartScreen, / Pesquisar: permite usar a ferramenta Pesquisar do Word e
Excluir Histórico de Navegação, Filtragem InPrivate, Windows seu conjunto de serviços de informações no Internet Explo-
Update. rer. Disponibilizada quando, durante a instalação do Office,
em Ferramentas do Office, a opção Barra de Pesquisa do
Explorer é ativada.
Filtro do SmartScreen: ajuda a detectar sites de
phishing, fraude online, sites falsos e sites que distribuem sof-
twares mal-intencionados ou malwares, que são programas Bluetooth – Ferramentas / Enviar para Bluetooth:
permite enviar a página atual, via Bluetooth (por ondas de
que manifestam comportamento ilegal, viral, fraudulento ou
rádio de curto alcance), para um dispositivo conectado ao
mal-intencionado.
seu computador.

Navegação InPrivate (CTRL+SHIFT+P): janela es-


Ler Email: abre o cliente de email padrão, substi-
pecial para navegação com privacidade onde o navegador
tuindo algumas funções do botão Correio do IE6.
não armazena os dados sobre a sessão de navegação, in-
cluindo cookies, arquivos de Internet temporários, histórico
e outros dados. As Barras de ferramentas e extensões são
desabilitadas por padrão. Esse modo de navegação permite Imprimir: imprime a página atual instanta-
que o usuário navegue na Web sem deixar vestígios, impe- neamente, em segundo plano. A seta preta ao lado do bo-
dindo que qualquer outra pessoa que possa estar usando o tão mostra opções para Imprimir... (configurar a impressão
computador veja quais páginas foram visitadas e o que foi – CTRL + P), Visualizar Impressão... e Configurar Página...,
procurado na Web. todas disponíveis no menu Arquivo.
Quando você navegar usando a Navegação InPrivate, o
Internet Explorer armazenará algumas informações, como
cookies e arquivos de Internet temporários, de forma que as Bloqueador de pop-up: alerta de privacidade
indicador de bloqueio de janela adicional pelo navegador
páginas da Web visitadas funcionem corretamente. Entre-
(Ferramentas / Opções da Internet / Privacidade). Quando
tanto, no final da sua sessão da Navegação InPrivate, essas
os pop-ups foram autorizados anteriormente pelo usuário
informações são descartadas.
A Navegação InPrivate não proporciona anonimato na
Internet necessariamente. Isso significa que os sites podem para a página atual, o ícone será mostrado.
identificá-lo por meio de seu endereço da Web e qualquer
Conhecimentos Gerais

coisa que você faça ou insira em um site pode ser gravada POP-UP: pequena janela do navegador que aparece so-
por ele. bre a página em exibição, geralmente assim que se entra em
um site e quase sempre é criada por anunciantes. Pop-ups
podem ter sua visualização limitada ou bloqueada, de acordo
com configuração do usuário.
Feeds e Web Slices (ALT + J): O IE8 procura fe-
eds e Web Slices em cada página da Web visitada. Quando
encontra feeds disponíveis, o botão passa de cinza a laranja
e emite um som. Se encontrar Web Slices, o botão muda Gerenciar complementos: aviso sobre um pro-
para o botão do Web Slice. grama adicional (plugin, controle ActiveX) não disponível e

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
necessário para ativar algum recurso na página, como ima- • reabrir as guias que fechadas anteriormente, seja em
gem em Flash, arquivo PDF ou teclado virtual. Os comple- sua sessão atual ou na sessão anterior do navegador.
mentos podem ser identificados, habilitados, desabilitados
e localizados clicando-se duas vezes no ícone da barra de
status ou por meio do menu Ferramentas / Gerenciar com- Guias Rápidas (CTRL + Q) – Exibir / Guias Rápidas:
exibe miniaturas de todas as guias abertas, facilitando a loca-
lização de uma página Web que deve ser fechada ou trazida
plementos ou Gerenciar complementos no Botão Fer-
para navegação em primeiro plano.
ramentas. A janela mostrada permite também configurar
Provedores de Pesquisa, Aceleradores e regras da Filtragem
Lista de Guias: seta ao lado do botão Guias Rápidas que
InPrivate.
mostra em uma lista suspensa os títulos dos sites abertos
no momento. Clicar em um desses sites trará sua guia para
primeiro plano.
Relatório de Privacidade: alerta de privacidade
que indica bloqueio a alguns cookies, de acordo com o ní-
Ferramentas, Complementos, Suplementos
vel de privacidade definido em Ferramentas / Opções da
Internet / Privacidade. A janela Relatório de Privacidade será
mostrada com um duplo clique sobre o ícone na barra de Acelerador: cria um link instantâneo para execu-
status, clicando o menu Exibir / Relatório de Privacidade e tar tarefas como abrir um endereço físico em um site de
mapeamento da Web, tradução ou pesquisa quando uma
ainda em Política de Privacidade da Página da Web... palavra ou frase em uma página da Web é realçada. O usuário
no Botão Segurança. também pode escolher os serviços da Web ou sites que os
Aceleradores usam para executar vários tipos de tarefas. O
COOKIES: pequenos arquivos de texto gravados por um Internet Explorer é fornecido com uma seleção de Acelera-
site da Web que armazenam informações no computador dores incluídos por padrão, mas o usuário pode adicionar
do usuário, como suas preferências ao visitar esse site. Da outros ou removê-los como desejar.
próxima vez que voltar ao mesmo site, o servidor poderá Para gerenciar os Aceleradores disponíveis, clique no
identificá-lo lendo o cookie que foi gravado em um acesso botão Ferramentas / Gerenciar Complementos / Gerenciar
anterior. Os cookies podem ser persistentes (salvos, são man- Complementos / Tipos de Complemento / Aceleradores para
tidos no computador quando o Internet Explorer é fechado) exibir uma lista dos Aceleradores atuais.
ou temporários (de sessão, são removidos assim que o In-
ternet Explorer é fechado), primários (provenientes do site Controle
atual) ou de terceiros (secundários, provenientes de anúncios
de outros sites). Podem ainda ser bloqueados e apagados Ferramentas / Opções da Internet
do computador.

Recurso exaustivamente exigido em questões de


concursos, o menu Ferramentas / Opções da Internet per-
Zona de Segurança: informa a qual Zona de Se- mite modificar configurações do navegador. Também pode
gurança pertence a página atual. Um clique duplo sobre esse ser acionado pelo Painel de Controle do Windows e ao se
ícone abrirá a janela Propriedades de Segurança da Internet, clicar com o botão direito sobre o ícone do Internet Explorer
também disponível no menu Ferramentas / Opões da Inter- na área de trabalho.
net / Segurança. Mais informações no item 4.2.
Guia Geral
Filtragem InPrivate (CTRL+SHIFT+F): ativa, desa-
tiva e permite configurar a Filtragem InPrivate, cuja função
é evitar que provedores de conteúdo de sites coletem infor-
mações sobre os sites visitados pelo usuário.

Facilidades

Nova Guia (CTRL + T) – Arquivo / Nova Guia: cria


uma nova guia, pronta para navegação, mostrando uma pági-
na local (about:Tabs). Essa nova guia apresenta as seguintes
Conhecimentos Gerais

opções:
• digitar ou colar um endereço na barra de endereços
para navegar para uma nova página da Web;
• usar qualquer quantidade de Aceleradores, o que per-
mite selecionar o texto e usar para abrir um endereço físico
em um site de mapeamento da Web ou para procurar a de-
finição de uma palavra no dicionário;
• ativar a Navegação InPrivate, que permite navegar na
Web sem deixar vestígios por meio da limpeza automática
do histórico no site quando a janela do navegador é fechada;

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① Home Page: define as páginas iniciais que serão carre- Guia Segurança
gadas automaticamente quando o navegador for iniciado ou
quando o botão Home for clicado. A página inicial pode ser
trocada digitando-se novas URLs (máximo 8, uma por linha)
ou clicando sobre os botões Usar atual (copia o endereço
das páginas atualmente exibidas), Usar padrão (reutiliza o
endereço inicial padrão – MSN Brasil) ou Usar em branco
(insere a informação about:blank que carregará uma página
local, em branco, sem informações da Internet).
② Histórico de Navegação: gerencia os arquivos ar-
mazenados no computador do usuário pelo navegador. O
botão Excluir... permite deletar os Arquivos de Internet
Temporários do usuário atual (cópias de páginas Web,
imagens, mídia e aplicativos), cookies, Histórico (lista de
sites visitados), dados de formulários (informações salvas
durante o preenchimento de dados em páginas Web), se-
nhas e dados da Filtragem InPrivate. É possível ainda mar-
car a opção Preservar dados de sites favoritos para manter
cookies e outros arquivos de internet temporários para
permitir aos sites favoritos armazenar as preferências do
usuário e agilizar sua navegação. Em Configurações é pos-
sível modificar a periodicidade para verificação de versão
de páginas armazenadas offline, redefinir o local e o espa-
ço máximo ocupado pela pasta de arquivos temporários e
mostrar seus arquivos. A exclusão dos arquivos de Internet
temporários pode liberar espaço no disco rígido, resolver
problemas com o navegador e fornecer alguma privaci- Lista as zonas de conteúdo da Web disponíveis para o
dade adicional, mas pode ser inconveniente remover in- computador e define o nível de segurança para cada um
formações úteis para navegação na Internet. No quadro deles (restrição a download e execução de arquivos, como
Histórico, também em Configurações, pode-se especificar Javascript e ActiveX). São quatro as zonas de segurança dis-
o número de dias durante os quais o IE8 deve manter regis- poníveis no IE6:
tro das páginas que foram visualizadas (padrão 20, mínimo
zero e máximo 999). Marcar a opção Excluir histórico de Internet (padrão Médio-Alto) somente permiti‐
navegação ao sair impedirá que qualquer registro de en- dos os níveis de Médio a Alto: adequado para a maioria
dos sites da Internet, pergunta antes de baixar conteúdo
dereços das páginas visitadas durante a sessão atual seja
potencialmente inseguro e não recebe controle ActiveX sem
armazenado. assinatura. Sites que não estão em nenhuma outra classifi-
cação são definidos nesta zona de segurança. Não é possível
Arquivos de internet Temporários são arquivos (ele- incluir sites nessa classificação.
mentos gráficos, pequenos aplicativos) e informações que
o IE8 armazena no computador, incluindo uma lista de sites Intranet local (padrão Média-baixa) semelhante
visitados, cookies, informações digitadas em formulários da ao nível médio, mas sem confirmação: a maior parte do
Web, senhas de site e outras informações salvas tempo- conteúdo é executada sem confirmação e não faz download
rariamente. A permanência desses dados no computador de ActiveX não assinado. Esta zona contém os sites da Web
pode agilizar a exibição das páginas visitadas e utilização de que pertencem à intranet da organização.
seus recursos, abrindo arquivos locais ao invés de arquivos
da Internet. Sites confiáveis (padrão Média) mínimo de se‐
gurança e avisos: pergunta antes de baixar conteúdo po-
③ Pesquisa: altera as opções de pesquisa definindo um tencialmente inseguro e não recebe controle ActiveX sem
provedor padrão para a barra de endereços e caixa Pesquisa assinatura. Sites dos quais podem-se baixar e instalar arqui-
Instantânea, acrescenta e remove provedores. vos sem riscos para o computador. Essa zona de segurança
④ Guias: configura a navegação com guias – habilitar/ contém os sites da Web que não danificarão o computador
ou seus dados, apropriada para sites nos quais o usuário
desabilitar o uso das guias e Guias Rápidas, avisar ao fechar
Conhecimentos Gerais

confia plenamente.
várias guias, definir opção para abrir pop-up em nova janela
ou nova guia, abrir links em nova guia ou janela.
Sites restritos (padrão Alto) maneira mais segura
⑤ Aparência: define cores e fontes a serem usados na
de navegar, porém a menos funcional: os recursos menos
exibição das páginas acessadas, quando estas não forem seguros são desativados. Esta zona contém sites da Web que
especificadas, além do idioma preferencial para leitura de podem conter conteúdo perigoso e danificar o computador e
sites. Acessibilidade permite ignorar cores específicas e seus dados. O único nível permitido para esta zona é o Alto.
estilos e tamanhos de fontes em páginas da Web, além
de definir uma folha de estilos do usuário para formatar Modo Protegido: além de ajudar a proteger o compu-
documentos. tador contra software mal-intencionado, o modo protegido

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
permite que o usuário instale complementos ou controles Guia Conteúdo
ActiveX desejados quando faz login como administrador. Por
padrão, o modo protegido fica ativado na Internet, na Intra-
net local e em zonas de Sites restritos; um ícone é exibido na
barra de status informando que esse modo está em execução.

Além de alertar o usuário quando páginas da Web ten-


tam instalar um software, o Internet Explorer avisará quando
páginas tentarem executar determinados softwares. O usu-
ário é avisado quando um software executa fora do Internet
Explorer e do modo protegido, porque ele pode ter mais
acesso ao computador do que é desejável. Isso geralmente
ocorre quando um site da Web está usando um complemento
para executar um programa de software no computador. Se
o usuário confia no programa e deseja permitir a execução
dele em qualquer site, deve marcar a caixa de seleção Não
mostrar o aviso para este programa novamente.

Guia Privacidade

① Controle dos Pais: gerencia o modo como as crianças


usam o computador, definindo limites no acesso à Web, os
horários em que elas podem fazer logon no computador,
bem como jogos em que podem participar e os programas
que podem executar.
② Supervisor de conteúdo: ativa/desativa restrição à
visualização de sites que mostrem certos conteúdos ou pa-
lavras na barra de endereços.
③ Certificados: remove os certificados de autenticação
do cache do SSL, exige que sites da Web seguros enviem
seus certificados de segurança antes que informações sejam
enviadas para eles e exibe os editores de certificados no
Internet Explorer.
④ Preenchimento Automático: desativa/ativa o recurso
AutoCompletar para endereços Web, formulários, nomes de
usuário e senhas.
⑤ Feeds e Web Slices: especifica a frequência com que
os feeds e web slices serão baixados.

Filtro XSS (Cross-site Scripting): ajuda a impedir que sites


mal-intencionados roubem as informações pessoais do usuário
① Configurações: especifica o nível de privacidade para durante visita a sites confiáveis. Os níveis de segurança mais
a zona da Internet, definindo os tipos de cookies que serão altos podem proteger de hackers e ataques na Web.
bloqueados. É possível Bloquear todos os cookies e Aceitar
todos os cookies. O botão Sites permite substituir a diretiva Recuperação de falhas: quando nada funciona em um
de privacidade para alguns sites específicos, permitindo ou site, e uma guia trava, esse recurso fecha e tenta recuperar
bloqueando seus cookies. automaticamente a guia sem afetar as outras guias abertas.
Importar: importa uma diretiva de privacidade persona-
lizada, previamente armazenada. Restauração de guias e sessões: fechou uma guia ou
Avançado: Ignora a manipulação automática de cookies janela sem querer? Sem problemas. O Internet Explorer
por uma configuração do usuário. agora permite abrir novamente as guias fechadas com a
Padrão: retorna à definição padrão de restrição – Média. recuperação dos dados de formulário quando as guias são
② Bloqueador de Pop-ups: desativa/ativa o bloqueador fechadas durante a sessão de navegação atual. Se a janela do
de pop-ups e permite definir sites onde os pop-ups serão navegador for fechada com guias abertas, poderá escolher
sempre permitidos, além de configurar um som e mostrar abrir novamente a última sessão de navegação na próxima
Conhecimentos Gerais

a Barra de Informações quando um pop-up for bloqueado, vez que abrir o Internet Explorer.
além de definir o Nível de Filtro (intensidade de bloqueio
médio, alto ou baixo). Sites sugeridos: (novo serviço da Web) oferecem suges-
② InPrivate: ajuda a impedir que os sites visitados com- tões de sites que podem ser do interesse do usuário com
partilhem automaticamente detalhes sobre sua visita com base no seu histórico de navegação.
outros sites de provedor de conteúdo de terceiros. Se a caixa
de seleção Não coletar dados para uso pela Filtragem InPri- Ferramentas de Desenvolvimento: desenvolvedores de
vate for marcada, o Internet Explorer irá parar de rastrear os sites podem criar sites sem ter que personalizá-los para cada
sites de provedores de conteúdo autorizados a compartilhar navegador e podem visualizar e depurar suas páginas da Web
detalhes sobre os sites visitados. direto no Internet Explorer.

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GOOGLE CHROME de 2008 com base em componentes de código aberto
do Chromium, escrito em C++, Assembly, Java e Python,
disponível em 47 idiomas. Hoje, o  Google Chrome já é
o browser mais usado do mundo, deixando para trás
Internet Explorer e Mozilla Firefox  – em fevereiro de
2017 cerca de 62% dos usuários de Internet do mundo
mantinham o Google Chrome como seu browser principal,
O Google Chrome é um navegador freeware, segundo a StatCounter. Está disponível gratuitamente sob
multiplataforma (Windows, Linux, MacOS, iOS, Chrome OS, condições de serviço específicas, usa licenças BSD, LGPL
Android) desenvolvido pelo Google a partir de Setembro e a Google V8 JavaScript Engine.

1. Interface (área de trabalho)

1.1. Facilitadores de Navegação Clicar e manter pressionado o Clicar mostra uma


lista de atalhos para as últimas páginas acessadas para
onde se pode Voltar ou Avançar, além de atalho para o
Histórico.
Nova Guia (CTRL+T) ①: cria nova guia mais à
direita da guia atual, contendo atalhos em forma de minia- Recarregar esta página (F5) ④ quando clicado, faz
turas para as seis páginas mais visitadas pelo usuário atual. novamente download dos arquivos que compõe a página
Para remover um site visitado com frequência, basta atual. Quando a página está sendo carregada, o botão Parar
passar o mouse sobre sua miniatura e clicar no ícone X, no
Conhecimentos Gerais

canto superior direito da miniatura. de carregar esta página (ESC) é exibido em seu lugar
Para abrir um link em uma nova guia, pressionar CTRL e interrompe o processo de download dos arquivos que
ao clicar no link. montam a página.
Para duplicar a guia atual, clicar com o botão direito
do mouse na guia que contém a página da Web em questão Adicionar esta página aos favoritos ⑤: a ferramenta
e selecionar Duplicar.
pode ser utilizada para adicionar a página em exibição
Voltar (ALT+←) e Avançar (ALT+→): visitam páginas a lista de favoritos. Localizada na extremidade direita da
anteriormente abertas no sentido anterior (Voltar ②) ou barra de endereços, cria um favorito através da caixa de
posterior (Avançar ③) à navegação na sessão atual. diálogo exibida:

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Atalhos favoritos criados na pasta Barra de Favoritos
serão mostrados na Barra de Favoritos ⑦.

Mostrar aplicativos ⑥: abre a página local chrome://


apps com atalhos para sites comuns do Google (Chrome
Web Store, Google Docs, Gmail, Google Drive, YouTube)
e aplicativos web do Google instalados pelo usuário
(Wunderlist, Gliffy, LucidChart, Lockify).
O ícone aparece ao lado dos sites já adicionados
como favoritos.

1.2. Personalizar e controlar o Google Chrome ⑨

Conhecimentos Gerais

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Conhecimentos Gerais

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2. Trabalhando com Guias de endereço. O  usuário verá uma miniatura da guia se
movendo. Da mesma forma, para mover a guia para uma
janela diferente, é  suficiente clicar a guia e arrastá‑la da
janela original até a parte superior da janela de destino – a
guia deve se encaixar automaticamente.
Se não desejar que alguma guia apareça cada vez
Para reorganizar as guias abertas, basta clicar em uma em um local diferente, pode‑se fixá‑la à esquerda da janela
guia e arrastá‑la para uma posição diferente na parte superior do navegador. Basta clicar na guia com o botão direito do
da janela do navegador. mouse e selecionar Fixar guia. O usuário saberá que uma
guia está fixada se ela estiver menor e exibir apenas o
ícone do site.

Para mover uma guia para uma nova janela, basta


clicar a guia e arrastá‑la para baixo e para fora da barra

2.1. Modo de navegação anônima (navegar em modo Quando o usuário quiser navegar na Web sem salvar
privado) determinadas informações, pode usar o modo de navegação
anônima do Google Chrome. Uma nova janela anônima pode
Conhecimentos Gerais

ser criada clicando na barra de ferramentas do navegador


e selecionando a seguir Nova janela anônima. Uma nova
janela será aberta com o ícone de anonimato exibido
no canto superior esquerdo. O usuário também pode usar
os atalhos do teclado CTRL+SHIFT+N para abrir uma janela
O modo de navegação anônima, disponibilizado no nave- anônima. Detalhes importantes:
gador Google Chrome, possibilita que o usuário navegue na • o modo de navegação anônima impede que o Google
Internet sem que as páginas por ele visitadas sejam gravadas Chrome armazene informações sobre os websites
no histórico de navegação. visitados. No entanto, é  possível que os websites

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visitados ainda tenham registros da visita do usuário. load na barra de downloads na parte inferior da guia. Quando
Além disso, os arquivos salvos no computador ou nos o download do arquivo é concluído, basta clicar no botão
dispositivos móveis serão mantidos. Por exemplo, se o para abri‑lo. Todos os arquivos dos quais o usuário já fez o
usuário fizer login na Conta do Google enquanto estiver download estão listados na página Downloads (CTRL+J ou
no modo de navegação anônima, suas pesquisas do chrome://downloads/).
Google serão registradas no seu Histórico da Web do Para ver onde o arquivo está localizado no computador,
Google. Neste caso, para impedir que suas pesquisas clicar na seta ao lado do botão do arquivo na barra de
sejam armazenadas na Conta do Google, o  usuário downloads e Selecionar Mostrar na pasta.
pode desativar o Histórico da Web do Google;
• as páginas da Web que o usuário abrir e os arquivos
que transferir por download no modo anônimo não 3.1.2. Histórico de download
são registrados nos seus históricos de navegação e de No Chrome, é  possível excluir informações referentes
download; ao histórico de navegação. O usuário pode remover alguns
• todos os novos cookies são excluídos depois que o usuário ou todos os downloads da lista de downloads mantida pelo
fecha todas as janelas anônimas que estavam abertas; Google Chrome. Essa ação não remove os arquivos reais do
• as alterações que o usuário faz nos favoritos e nas computador.
configurações gerais do Google Chrome enquanto está 1. Clicar no ícone na barra de ferramentas do
no modo de navegação anônima AINDA SERÃO SALVAS. navegador.
2. Selecionar Mais ferramentas.
3. Trabalhando com Arquivos 3. Selecionar Limpar dados de navegação (CTRL+
SHIFT+DEL).
Para abrir um arquivo o usuário pode arrastar o arquivo 4. Usar o menu na parte superior para selecionar a
da área de trabalho ou da pasta do computador para o quantidade de dados que deseja excluir.
Google Chrome. Quando a ação é concluída, o cursor exibe
5. Marcar a opção Histórico de download.
um pequeno sinal de “+”. Outra alternativa seria digitar o
local, também conhecido como caminho, do arquivo na barra 6. Clicar em Limpar dados de navegação.
de endereço e pressione Enter. O atalho de teclado CTRL+O
também pode ser usado. A opção limpar dados de navegação do Google Chrome
aplica‑se aos sistemas operacionais Windows, Mac, Linux e
3.1. Fazer o download de um arquivo Chrome, e o usuário pode excluir o histórico de navegação,
histórico de downloads, esvaziar o cache, excluir cookies e
Quando o usuário faz o download de algo da web no outros dados do sítio e de plug‑in, apagar senhas salvas e
Google Chrome, é possível observar o progresso do down­ limpar dados de formulário.
Conhecimentos Gerais

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4. Navegação para a barra de endereço exibirá automaticamente os
resultados da pesquisa fornecidos pelo mecanismo de
pesquisa padrão para o texto destacado.

4.3. Previsões na barra de endereço

4.1. Página Inicial

O usuário pode adicionar o botão da página inicial à barra


de ferramentas do navegador e clicar nesse botão a qualquer
momento para ir para sua página inicial. Quando o usuário digita na barra de endereço, o Google
Personalizar / Configurações / Aparência / Mostrar Chrome pode usar um serviço de previsões para ajudá‑lo a
botão “Página inicial” completar os endereços da Web e os termos de pesquisa
Quando a caixa de seleção Mostrar botão “Página inicial” que se está inserindo. Por exemplo, digitar vestcon na barra
está selecionada, um endereço da Web aparece abaixo. Se de endereços pode trazer http://www.vestcon.com como
desejar que o botão “Página inicial” abra uma página da uma previsão de site ou [vestconcursos] como uma previsão
Web diferente, pode‑se clicar em Alterar para inserir um de pesquisa.
link. O usuário também pode escolher a página “Nova guia” Para ajudar o usuário a diferenciar entre endereços
como sua página inicial. da Web e pesquisas, o  ícone aparecerá ao lado das
pesquisas, se o serviço de previsões estiver ativado, e um
4.2. Pesquisa
ícone aparece ao lado de endereços da Web. A não ser
que o mecanismo de pesquisa padrão use um serviço de
previsões diferente, os termos de pesquisa exibidos serão os
mesmos que apareceriam se o usuário estivesse pesquisando
no Google.
A barra de endereços, algumas vezes chamada
“OMNIBOX”, pode ser usada para pesquisar na Web, nos 4.4. Preenchimento automático
favoritos e histórico de navegação. Basta digitar o termo de
pesquisa na barra e pressione ENTER para ver os resultados
do mecanismo de pesquisa padrão. São várias as formas e
ferramentas para pesquisa no navegador:
• Se o Google Chrome tiver um registro do mecanismo
de pesquisa do site, ele oferecerá automaticamente Quando o usuário digita na caixa de pesquisa no Google,
a opção de pesquisar nesse site. Caso se lembre da o preenchimento automático ajuda a encontrar informações
palavra‑chave do mecanismo de pesquisa, o usuário rapidamente, apresentando pesquisas semelhantes ao
também pode digitar a palavra‑chave na barra de que o usuário está digitando. Enquanto o usuário digita,
endereço. Digitado o termo de busca, pressionar TAB o preenchimento automático prevê e exibe consultas que
para escolher o mecanismo de pesquisa, digitar o podem ser selecionadas. As  consultas de pesquisa que o
termo de pesquisa e pressionar ENTER. usuário vê como parte do preenchimento automático são um
• A barra de localização para pesquisar palavras ou reflexo da atividade de pesquisa de usuários e do conteúdo
termos específicos na página que se está visualizando. das páginas da Web indexadas pelo Google. Além dessas
Pressionar o atalho de teclado CTRL+F mostra a barra consultas, o usuário também pode ver sugestões de:
Localizar na página. • pesquisas anteriores relevantes (se estiver conectado
• Pesquisar no histórico de navegação, downloads e e tiver o Histórico da Web ativado);
favoritos: o usuário também pode usar as caixas de • perfis do Google+ que correspondem ao nome de uma
pesquisa na parte superior da página “Histórico”, pessoa que o usuário está procurando;
página “Downloads” e no gerenciador de favoritos • além dos perfis do Google+ que podem aparecer, todas
para pesquisar seu histórico de navegação, histórico de as consultas previstas mostradas na lista suspensa
download e favoritos, respectivamente. Esses recursos foram digitadas anteriormente por usuários do Google
estão disponíveis no menu do Google Chrome na ou aparecem na Web.
barra de ferramentas do navegador.
• Pesquisa com o botão direito do mouse: usando o O preenchimento automático é integrado à Pesquisa
cursor para destacar qualquer texto ou imagem em do Google e não pode ser desativado.
Conhecimentos Gerais

uma página da Web, clicar a seleção com o botão


direito do mouse e selecionar a opção “Pesquisar...” 4.5. Pesquisa por voz e ações de voz no Google
realizará uma pesquisa sobre a imagem ou o texto em Chrome
destaque no mecanismo de busca padrão.
• Colar e pesquisar: destacar qualquer texto em uma
página da Web com o cursor e o copiá‑lo, clicar com o
botão direito do mouse na barra de endereço e selecionar
Colar e pesquisar facilita o processo de pesquisa.
• Destacar e arrastar a pesquisa: destacar qualquer O usuário pode falar para o seu Google Chrome fazer
texto em uma página da web com o cursor e arrasta‑o coisas como pesquisar, conseguir direções e enviar mensa-

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gens. Por exemplo, o usuário pode perguntar ao Google como diálogo “Configurações de conteúdo” – Personalizar  /
estará o tempo amanhã ou configurar um lembrete para o Configurações / Mostrar configurações avançadas...  /
usuário pegar o sabão em pó no supermercado. Privacidade / Configurações de conteúdo / Pop‑ups /
1. Clicar no ícone do microfone no canto direito da Gerenciar exceções.
caixa de pesquisa.
2. Quando o alerta “Fale agora” for exibido, o usuário 5.2. Senhas de site
deve dizer os termos de pesquisa.
Quando o usuário clica no ícone do microfone,
o  Google ouve o usuário falar e inicia a pesquisa. Se a
Pesquisa por voz não entender o que o usuário disse, alguns
significados possíveis serão listados e o usuário pode clicar
na sugestão desejada.
O Google Chrome pode salvar nomes de usuários e
4.6. Gerenciador de Tarefas senhas para diferentes sites. O  navegador poderá, então,
preencher os campos de login automaticamente, na próxima
vez em que o usuário visitar esses sites.
Essas senhas são armazenadas no mesmo sistema
que contém suas senhas salvas de outros navegadores.
Todas essas senhas, incluindo as senhas salvas de outros
Se uma guia, janela ou extensão não estiver funcionando navegadores, podem ser sincronizadas com a Conta
corretamente, o  gerenciador de tarefas no Chrome do Google, para que estejam disponíveis em outros
ou no Windows pode forçá‑la a fechar. O  Chrome usa computadores que o usuário for usar.
uma “arquitetura de vários processos”, o  que significa
Decidir se o usuário quer salvar senhas (o Google
que seus processos são desenvolvidos para funcionar
Chrome deve perguntar se o usuário deseja salvar sua senha
independentemente um do outro. Desse modo, os problemas
de uma guia não devem afetar o desempenho de outras guias sempre que fizer login em um novo site): Personalizar /
nem a capacidade de resposta geral do navegador. Configurações / Mostrar configurações avançadas... / Senhas
O Gerenciador de tarefas é como um monitor de hospital: e formulários / Oferecer para salvar senhas com o Google
o usuário pode usá‑lo para monitorar o desempenho de seus Smart Lock para senhas
processos internos. Se o navegador estiver lento, o usuário Excluir senhas salvas: Personalizar / Configurações
pode abrir o gerenciador de tarefas para encontrar mais / Mostrar configurações avançadas... / Senhas e formulários
detalhes sobre cada processo ativo e fechar o que parece / Gerenciar senhas (lista as senhas salvas, pesquisa, mostra e
estar usando uma grande quantidade de recursos. exclui as senhas)
1. Clicar no menu do Google Chrome , na barra de
ferramentas do navegador. 5.3. Sincronização
2. Selecionar Mais ferramentas / Gerenciador de tarefas
(SHIFT+ESC).
3. Na caixa de diálogo exibida, selecionar o processo que
deseja fechar.
4. Clicar em Encerrar processo.
Tanto o Google Chrome quanto o Mozilla Firefox pos-
5. Privacidade suem recursos que possibilitam aos usuários sincronizarem
para uma determinada conta o histórico de navegação,
os favoritos e as senhas e, desse modo, estarem acessíveis
em outras máquinas.
A sincronização do Google Chrome salva as personaliza-
ções do navegador na Web e permite acessá‑las a partir do
5.1. Pop‑ups Google Chrome em qualquer computador.
Quando o usuário faz login no navegador Google
O Google Chrome impede que os pop‑ups apareçam
Chrome ou em um Chromebook, seus favoritos, guias,
automaticamente e poluam a tela. Sempre que o navegador
histórico e outras preferências do navegador são salvos
bloquear pop‑ups de um site, o  ícone aparecerá na e sincronizados com sua Conta do Google. O usuário pode
barra de endereço. Clicar esse ícone mostra os pop‑ups que
Conhecimentos Gerais

então carregar essas configurações sempre que usar o


foram bloqueados e permite gerenciar as configurações de Google Chrome em outros computadores e dispositivos.
pop‑up do site. Fazer login no Google Chrome também facilita a utilização
1. Se pop‑ups tiverem sido bloqueados, o usuário verá o de serviços do Google como Gmail, YouTube e Google Maps,
ícone na barra de endereço. Clicar no ícone mostra uma pois geralmente é necessário fazer login apenas uma vez
lista de pop‑ups bloqueados. no navegador.
2. Clicar no link da janela pop‑up que o usuário deseja ver. Para fazer login: Personalizar / Fazer login
3. Para ver sempre os pop‑ups do site, selecionar
“Sempre mostrar pop‑ups de [site].” O site será adicionado Opções de sincronização: Personalizar / Fazer
à lista de exceções, que pode ser gerenciada na caixa de login / Configurações de sincronização avançadas...

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5.4. Gerenciamento de Usuários por desativá‑los nas configurações “Privacidade”, clicando
no menu do Google Chrome / Configurações / Mostrar
configurações avançadas... / Privacidade.
• Utilizar um serviço da Web para ajudar a solucionar
erros de navegação: em casos em que o endereço da
Web não funciona ou não é possível estabelecer uma
Se o usuário compartilha o computador com alguém conexão, o navegador envia ao Google o URL da página
regularmente, adicionar novos usuários ao Google Chrome que o usuário tentou acessar e recebe sugestões de
pode manter suas configurações de navegação separadas. páginas da Web alternativas que sejam parecidas com
Os perfis de usuários também são úteis se o usuário deseja a página que o usuário está tentando acessar.
manter suas configurações de navegação profissionais e • Utilizar um serviço de previsão para ajudar a
pessoais separadas. preencher pesquisas e URLs digitados na barra
Personalizar / Configurações / Pessoas / Adicionar de endereço: o navegador pode usar um serviço
pessoa... de previsões, à  medida que o usuário digita na
A capacidade de adicionar vários usuários ao Google barra de endereço, para mostrar pesquisas da Web
Chrome tem por objetivo fornecer uma maneira simples relacionadas, correspondências com seu histórico de
e rápida de configurar cópias personalizadas do Google navegação e websites populares.
Chrome para pessoas que compartilham o navegador no • Usar um serviço de previsão para carregar páginas
mesmo computador. O objetivo não é proteger os dados mais rapidamente: os navegadores usam o endereço
do usuário de outras pessoas que usam o computador. Para IP para carregar uma página. Ao  pesquisar essas
realmente impedir que seus dados sejam vistos por outras informações com antecedência, os  links em que o
pessoas, deve‑se usar as contas de usuários do sistema usuário clicar na página da Web serão carregados
operacional. mais rapidamente. Websites também podem usar
tecnologia de pré‑processamento para carregar
5.5. Preenchimento Automático de Formulários previamente os links em que o usuário pode clicar
depois.
• Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos:
mostra um alerta instantâneo sempre que o navegador
detectar que o site que o usuário está tentando
acessar pode ser prejudicial. Quando o usuário visita
Na primeira vez que o usuário preenche um formulário, uma página da Web, a Navegação segura consulta o
o Google Chrome salva automaticamente as informações site que o usuário está visitando em uma lista de sites
inseridas, por exemplo, “nome”, “endereço”, “telefone” ou conhecidamente suspeitos que fica armazenada no
“endereço de email”, como uma entrada do Preenchimento computador. Se o URL que o usuário está visitando está
automático. O  usuário pode armazenar vários endereços na lista, seu navegador envia uma cópia parcial do URL
como entradas separadas. ao Google para determinar se o site é arriscado.
Quando o usuário começa a preencher um formulário, • Utilizar um serviço da Web para ajudar a solucionar
as entradas do Preenchimento automático que correspondem erros de ortografia: permite que o Google Chrome
àquelas que o usuário está digitando aparecem em um menu. use a mesma tecnologia de verificação ortográfica da
Selecionar uma entrada completará automaticamente o Pesquisa do Google. Para ativar esse recurso, deve‑se
formulário com as informações anteriormente armazenadas. clicar com o botão direito do mouse dentro do campo
O Google Chrome também salva o texto que o usuário digitou de texto em que o usuário está digitando e selecionar
em campos específicos de formulários. A próxima vez que o Opções do corretor ortográfico / Solicite sugestões
usuário preencher o mesmo campo, o texto que o usuário ao Google.
digitou anteriormente aparecerá em um menu. • Enviar automaticamente estatísticas de uso e
Editar entradas do Preenchimento automático: relatórios de erros ao Google automaticamente:
Personalizar / Configurações / Mostrar configurações permite que o sistema envie ao Google informações
avançadas... / Senhas e formulários / Gerenciar configurações sobre os arquivos, aplicativos e serviços em execução
do preenchimento automático no momento de uma falha, para ajudar o Google a
priorizar os recursos e aprimoramentos nos quais
5.6. Configurações de privacidade devem trabalhar.
• Enviar uma solicitação “Não rastrear” com seu
tráfego de navegação: o usuário pode solicitar para
“Não rastrear” mas o efeito depende da resposta dos
Conhecimentos Gerais

websites a essa solicitação e de como a solicitação


é interpretada. Por exemplo, alguns sites podem
Várias opções do navegador usam informações como, por responder a essa solicitação mostrando‑lhe anúncios
exemplo, as páginas da Web visitadas, a fim de aprimorar e que não são baseados em outros sites que o usuário
proteger a experiência do usuário na Web. visitou. Muitos sites ainda coletarão e usarão seus
Todos esses recursos são ativados por padrão, exceto dados de navegação, por exemplo, para melhorar a
“Enviar automaticamente estatísticas de uso e relatórios de segurança, fornecer conteúdos, serviços, anúncios e
erros” e “Enviar uma solicitação para “Não rastrear” com recomendações em seus sites e gerar estatísticas de
seu tráfego de navegação”. O usuário também pode optar relatórios.

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6. Complementos Se optou por não permitir plug‑ins, o usuário verá um

ícone na barra de endereço sempre que uma página


contiver plug‑ins bloqueados.

6.3. Temas, aplicativos e extensões


6.1. Verificar ortografia

O corretor ortográfico integrado do Google Chrome pode


verificar automaticamente sua ortografia em formulários da
web e em campos de texto.
Considera‑se que o Google Chrome seja o primeiro Extensões são recursos e funcionalidades extras que
navegador a incorporar tradução automática no próprio podem ser adicionados ao Chrome. Por exemplo, a extensão
navegador, sem a necessidade de plug‑ins ou extensões Verificador de mensagens do Gmail avisa quando novos
adicionais. Ou seja, quando o idioma da página da web emails chegaram.
não corresponde às preferências de idioma definidas no O usuário pode aplicar, selecionar outro ou redefinir
navegador, ele oferece automaticamente a tradução da um tema através do menu Personalizar / Configurações /
página da web para o seu idioma preferido. Aparência.

É possível adicionar idiomas e usá‑los como linguagem 6.3.1. Aplicativos


padrão no Chrome ou apenas para verificar a ortografia.
Os aplicativos baseados na Web são programas
O Chrome pode traduzir páginas em idiomas que projetados para serem usados totalmente dentro do
forem marcados em Sugerir a tradução de páginas que não navegador. Com eles, é  possível fazer coisas como criar
estão em um idioma que você conheça. documentos, editar fotos e ouvir música, sem ter de instalar
Se o corretor ortográfico continua sublinhando uma softwares complicados.
palavra que o usuário utiliza com frequência, pode‑se clicar
Hoje em dia, os  websites possuem a funcionalidade
nela com o botão direito e selecionar Adicionar ao dicionário. dinâmica esperada de aplicativos de área de trabalho no
Uma vez adicionada palavra ao dicionário, computador. Chamamos esses sites robustos de app da Web
a  mesma pode ser removida em Configurações / Idioma ou “apps” na forma abreviada. Caso use serviços como Gmail
/ Configurações de Idioma e de entrada... / Dicionário ou Google Maps, o  usuário já está usando os aplicativos.
ortográfico personalizado. Os aplicativos possuem as seguintes vantagens em relação
aos aplicativos de área de trabalho:
6.2. Plug‑ins • os aplicativos são instalados em apenas alguns
segundos com o clicar de um botão. Não é necessário
nem mesmo reiniciar o navegador ou computador;
• os aplicativos estão sempre disponíveis. Independente
do computador utilizado, será sempre possível acessar
os aplicativos;
Os plug‑ins ajudam o navegador a processar tipos • os aplicativos estão sempre atualizados. Como os
especiais de conteúdo da web, como arquivos Flash ou aplicativos são hospedados na Web, onde eles podem
Windows Media. O Google Chrome suporta os plug‑ins mais ser atualizados instantaneamente, é  possível ter a
populares, incluindo Adobe Flash Player, Adobe Reader, certeza de estar usando sempre a versão mais recente
Java, Windows Media Player, Real Player, QuickTime, disponível do aplicativo;
e Microsoft Silverlight. • os aplicativos não causam falhas ao computador. Se um
Se o usuário permitir que sites usem plug‑ins e o Google aplicativo não funcionar corretamente, pode‑se fechar
Chrome detectar que está faltando um plug‑in para uma apenas uma guia, e o navegador e o computador não
determinada página, na parte superior da página da web será serão afetados.
solicitado que o usuário instale esse plug‑in. Alguns plug‑ins
começam o processo de instalação fazendo o download
de um arquivo de instalação no computador, devendo o 7. Outras Características
usuário confirmar o download clicando em “Salvar” na
barra de downloads que aparece na parte inferior da janela 7.3. Atualizações automáticas: garante que a versão do
Conhecimentos Gerais

do navegador. Depois que o download tiver sido concluído, Google Chrome seja automaticamente atualizada com os
é  preciso reiniciar o Google Chrome fechando todas as últimos recursos de segurança e correções, sem que seja
janelas abertas para concluir o processo de instalação. necessária qualquer ação por parte do usuário.
Todos os plug‑ins são permitidos por padrão (a 7.4. Chrome Web Store: mercado online no qual o
menos que o Google Chrome detecte que eles estejam usuário pode descobrir milhares de aplicativos, extensões
desatualizados). Para bloquear determinados plug‑ins: e temas interessantes usando a caixa de pesquisa ou nave-
Personalizar / Configurações / Mostrar configurações gando em diferentes categorias. Cada item da loja tem sua
avançadas... / Privacidade / Configurações de conteúdo... / própria página, na qual o usuário pode ler e contribuir com
Acesso a plug‑in sem sandbox / Gerenciar exceções... comentários e avaliações.

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7.5. Arquitetura de vários processos do Chrome: o • segurança: cada renderizador é executado em
usuário poderá observar que há várias entradas do Google uma Sandbox, o  que significa que ele tem quase
Chrome no Gerenciador de tarefas do Windows (chrome.exe) nenhum acesso direto ao disco, rede ou tela. Todas as
porque o Chrome mantém processos de guias, extensões, solicitações precisam ser executadas pelo processo do
aplicativos da Web e plug‑ins independentes um do outro. navegador. Isso permitirá que o processo do navegador
Dessa forma, um problema com um processo não irá afetar monitore qualquer atividade suspeita;
negativamente outros processos ou a capacidade de resposta • desempenho: computadores modernos possuem
geral do navegador. várias CPUs. A  arquitetura de vários processos
aproveita o uso dessas CPUs. Além disso, quando o
usuário fecha a guia associada ao renderizador, toda
a memória é devolvida ao sistema para permitir que
outros processos a utilizem.

Por exemplo, quando o usuário está navegando em um SANDBOX (caixa de areia): mecanismo de segurança
site, o Chrome usa um renderizador ou um mecanismo de que realiza a separação, o  isolamento de programas
renderização para processar o código do site para ser exibido em execução. É  normalmente usado para avaliar o
corretamente. Como os renderizadores ficam mais complexos funcionamento de programas não testados ou perigosos
com o passar do tempo, a página pode travar ocasionalmente. em um ambiente controlado. O programa isolado na “caixa
Ao separar diferentes processos, o  Google Chrome de areia” não tem acesso a recursos do computador como
oferece os seguintes benefícios: inspeção do sistema operacional, leitura de dispositivos de
• resposta: quando uma guia trava ou encontra um entrada e acesso às redes, impedindo que cause danos à
problema que congela o renderizador, isso não afetará máquina. Todos os registros e danos causados pelo programa
outras guias que usam renderizadores diferentes nem executado dentro da SandBox são apagado quando o
travará o navegador inteiro; programa hospedeiro é fechado ou o computador reiniciado.

8. Menus

Conhecimentos Gerais

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9. Configurações
Conhecimentos Gerais

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10. Teclas de Atalho
Atalhos de guias e janelas

Ação ATALHO
Conhecimentos Gerais

Abrir uma nova janela CTRL + N


Abrir uma nova janela no modo de navegação anônima CTRL + SHIFT + N
Abrir uma nova guia e acessá‑la CTRL + T
Reabrir a última guia fechada e acessá‑la CTRL + SHIFT + T
Acessar a próxima guia aberta CTRL + TAB ou CTRL + PGDN
Acessar a guia aberta anterior CTRL + SHIFT + TAB ou CTRL + PGUP
Acessar uma guia específica CTRL + 1 a CTRL + 8

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Acessar a última guia CTRL + 9
Abrir a página inicial na guia atual ALT + HOME
Abrir a página anterior do histórico de navegação na página atual ALT + SETA PARA A ESQUERDA
Abrir a próxima página do histórico de navegação na página atual ALT + SETA PARA A DIREITA
Fechar a guia atual CTRL + W ou CTRL + F4
Fechar todas as guias abertas e o navegador CTRL + SHIFT + W
Minimizar a janela atual ALT + ESPAÇO + N
Maximizar a janela atual ALT + ESPAÇO + X
Fechar a janela atual ALT + F4
Sair do Google Chrome CTRL + SHIFT + Q

Atalhos de recursos do Google Chrome

Ação ATALHO
Abrir o menu do Google Chrome ALT + F ou ALT + E ou F10
Exibir ou ocultar a barra de favoritos CTRL + SHIFT + B
Abrir o Gerenciador de favoritos CTRL + SHIFT + O
Abrir a página do histórico em uma nova guia CTRL + H
Abrir a página de downloads em uma nova guia CTRL + J
Abrir o Gerenciador de tarefas do Chrome SHIFT + ESC
Definir o foco no primeiro item na barra de ferramentas do Chrome SHIFT + ALT + T
Mover o foco para frente entre a barra de endereço, a barra de favoritos (se ela F6
estiver sendo exibida) e o conteúdo da página
Mudar o foco para trás entre a barra de endereço, a  barra de favoritos (se ela SHIFT + F6
estiver sendo exibida) e o conteúdo da página
Abrir a barra "Localizar" para pesquisar na página atual CTRL + F ou F3
Ir para a próxima correspondência da pesquisa da barra "Localizar" CTRL + G
Ir para a correspondência anterior da pesquisa da barra "Localizar" CTRL + SHIFT + G
Abrir as ferramentas do desenvolvedor CTRL + SHIFT + J ou F12
Abrir as opções de "Limpar dados de navegação" CTRL + SHIFT + DELETE
Abrir a Central de Ajuda do Chrome em uma nova guia F1
Fazer login como um usuário diferente ou navegar como visitante CTRL + SHIFT + M
Abrir um formulário de feedback ALT + SHIFT + I

Atalhos da barra de endereço

Ação Atalho
Pesquisar com o mecanismo de pesquisa padrão Digitar um termo de pesquisa + ENTER
Conhecimentos Gerais

Pesquisar usando um mecanismo de pesquisa diferente Digitar o nome de um mecanismo de pesquisa + TAB


Adicionar www. e .com a um nome de site e abri‑lo na guia atual Digitar o nome de um site + CTRL + ENTER
Abrir uma nova guia e realizar uma pesquisa no Google Digitar um termo de pesquisa + ALT + ENTER
Ir para a barra de endereço CTRL + l ou ALT + d ou F6
Pesquisar a partir de qualquer lugar da página CTRL + k ou CTRL + e
Remover previsões da barra de endereço Seta para baixo para destacar + SHIFT + DELETE

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Atalhos de páginas da Web

Ação ATALHO
Abrir opções para imprimir a página atual CTRL + P
Abrir opções para salvar a página atual CTRL + S
Atualizar a página atual F5 ou CTRL + R
Atualizar a página atual, ignorando o conteúdo armazenado SHIFT + F5 ou CTRL + SHIFT + R
em cache
Interromper o carregamento da página ESC
Navegar por itens clicáveis deslocando‑se para a frente TAB
Navegar por itens clicáveis deslocando‑se para trás SHIFT + TAB
Abrir um arquivo do computador no Chrome CTRL + O + SELECIONAR UM ARQUIVO
Exibir o código fonte HTML não editável da página atual CTRL + U
Salvar a página da Web atual como um favorito CTRL + D
Salvar todas as guias abertas como favoritos em uma CTRL + SHIFT + D
nova pasta
Ativar ou desativar o modo de tela cheia F11
Aumentar tudo na página CTRL E +
Diminuir tudo na página. CTRL E -
Retornar tudo na página para o tamanho padrão CTRL + 0
Rolar para baixo em uma página da Web, uma tela por vez ESPAÇO ou PGDN
Rolar para cima em uma página da Web, uma tela por vez SHIFT + ESPAÇO ou PGUP
Ir para a parte superior da página HOME
Ir para a parte inferior da página FIM
Rolar a página na horizontal SHIFT + ROLAR O MOUSE
Mover o cursor para o final da palavra anterior em um campo CTRL + SETA PARA A ESQUERDA
de texto
Mover o cursor para o começo da próxima palavra em um CTRL + SETA PARA A DIREITA
campo de texto
Excluir a palavra anterior em um campo de texto CTRL + BACKSPACE
Mover o foco para uma notificação ALT + N
Conceder permissão dentro de uma notificação ALT + SHIFT + A
Negar permissão dentro de uma notificação ALT + SHIFT + D
Abrir a página inicial na guia atual ALT + HOME

Atalhos do mouse

Ação Atalho
Abrir um link em uma guia atual (somente com o mouse) Arrastar um link para uma guia
Abrir um link em uma nova guia em segundo plano CTRL + clicar em um link
Abrir um link e acessá‑lo CTRL + SHIFT + clicar em um link
Abrir um link e acessá‑lo (somente com o mouse) Arrastar um link para uma área em branco na barra
de guias
Abrir um link em uma nova janela SHIFT + clicar em um link
Abrir uma guia em uma nova janela (somente com o mouse) Arrastar a guia para fora da barra de guias
Mover uma guia para a janela atual (somente com o mouse) Arrastar a guia para uma janela já existente
Retornar uma guia para a posição original Pressionar ESC ao arrastar
Conhecimentos Gerais

Salvar a página da Web atual como um favorito Arrastar o endereço da Web para a barra de favoritos
Fazer o download do destino de um link ALT + clicar em um link
Exibir o histórico de navegação Clicar com o botão direito do mouse em Voltar  ←  ou
Próxima → ou clicar e manter pressionada a opção
Voltar ← ou Próxima →.
Alternar entre os modos maximizado e de janela Clicar duas vezes em uma área em branco da barra
de guias
Aumentar tudo na página CTRL + Rolar o mouse para cima
Diminuir tudo na página CTRL + rolar o mouse para baixo

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PROJETO MOZILLA 1.7. Limpar tudo sobre este site: disponível nos menus
de contexto do painel Histórico e da janela Biblioteca, per-
O projeto Mozilla traduz-se numa comunidade global mite remover todos os dados de um site que constem nos
de pessoas que acreditam que a abertura da rede, inovação registros do Firefox, incluindo histórico, cookies e senhas
e oportunidade são elementos-chave para a continuidade memorizadas.
de uma Internet saudável. O projeto Mozilla foi criado em
1998 com a liberação do código-fonte do browser Netscape, 1.8. Novo autocompletar: ao digitar no campo de en-
que foi destinado a aproveitar o poder criativo de milhares dereço, são sugeridas páginas do histórico ou dos favoritos.
de programadores na internet e foi um incentivo sem pre- A relevância do resultado baseia-se em acessos anteriores
cedentes para a inovação no mercado de navegadores. No ao endereço. O Firefox 3 localiza pelo título ou endereço das
primeiro ano, novos membros da comunidade ao redor do páginas. A pesquisa pode ser feita por várias partes de um
mundo já tinham contribuído para novas funcionalidades, endereço, separando-as com espaço.
para melhorar os recursos existentes, e se envolveram na
gestão e no planejamento do projeto em si.
Ao criar uma comunidade aberta, o projeto Mozilla havia
se tornado maior do que qualquer empresa. Os membros
da comunidade se envolveram e expandiram o escopo do
projeto original: em vez de apenas trabalhar com o próximo
navegador Netscape, as  pessoas começaram a criar uma
variedade de navegadores, ferramentas de desenvolvimento
e uma série de outros projetos. Pessoas contribuíram para 1.9. Criando e editando favoritos: é possível adicionar
o Mozilla de diferentes maneiras, mas todo mundo estava a página visitada aos favoritos clicando na estrela do lado
apaixonado pela criação de softwares livres que permitiriam direito do endereço. Quando uma página salva nos favoritos
que as pessoas pudessem escolher como experimentariam é aberta, a estrela muda de cor. Clicar nela permite editar as
a Internet. propriedades ou removê-la dos favoritos.

MOZILLA FIREFOX 3
Mozilla Firefox é um navegador livre e multiplataforma,
desenvolvido pela Fundação Mozilla com ajuda de centenas
de colaboradores. A intenção da fundação é desenvolver um
navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível.

1. Novidades
1.1. Filtro para sugestão de endereços: para procurar
por um endereço que está nos favoritos, o  usuário pode 1.10. Biblioteca: substitui o gerenciador de favoritos das
digitar o filtro * no campo de endereços. O Firefox vai su- versões anteriores (Favoritos > Organizar favoritos). Engloba
gerir apenas os itens dos favoritos. Os outros filtros são: ^ favoritos e histórico; backup mais fácil (há um menu dedi-
histórico, + tags, # título da página, @ endereço, ~ endereços cado a essa função); propriedades de favoritos podem ser
que foram digitados. modificadas rapidamente; pastas de pesquisa – salva uma
pesquisa de forma permanente como uma pasta.

1.2. Botão na barra de abas: para abrir uma aba,


foi adicionado um botão do lado direito da última aba. Outra
mudança é que a barra de abas aparece mesmo quando há
apenas uma página aberta. Isso pode ser modificado pela
janela de preferência, painel Abas.

1.3. Reabrir janela: reabre uma janela com todas as suas


abas (menu Histórico > Reabrir janela ou CTRL+SHIFT+N).

1.4. Abas destacáveis: arrastar uma aba para fora da barra


de abas abre uma nova janela e a aba será movida para ela.
1.11. Navegação: os botões Voltar e Avançar foram
Mover uma aba para a barra de abas de outra janela a moverá
unificados. O  histórico das páginas recentes está reunido
para lá (menu de contexto da aba > Abrir em nova janela).
em uma única lista.
Conhecimentos Gerais

1.5. Navegação privativa: quando o Firefox está nesse


1.12. Novo memorizar senha: a janela Deseja memorizar
modo (Ferramentas > Iniciar navegação privativa), nenhum
esta senha foi removida. Agora o Firefox exibe os botões na
rastro da navegação é armazenado, incluindo histórico,
barra de notificação no topo da página. Isso permite ignorar
cookies e arquivos temporários.
a pergunta sem clicar em nada e o usuário pode memorizar
a senha só depois que o login tiver ocorrido.
1.6. Limpeza de dados pessoais com mais controle:
é possível remover os dados de navegação armazenados
pelo Firefox apenas de um determinado período, como, por
exemplo, apenas das últimas 4 horas (Ferramentas > Limpar
histórico recente).

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1.13. Proteção contra download de malware: sites 1.14. Verificação de plugins e extensões: o Firefox 3
que reconhecidamente distribuem programas espiões são desativa versões que contém falhas de segurança tanto de
bloqueados pelo Firefox. É  um complemento à proteção plugins (como o Java) quanto de extensões do Firefox.
existente contra sites fraudados, que agora não exibe mais
o conteúdo da página, apenas o aviso de bloqueio.

1.15. Atualização segura: extensões sem suporte a um


método seguro de atualização são desativadas e não podem
ser instaladas.

2. Interface (Área de Trabalho)

3. Barra de Menus

Conhecimentos Gerais

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4. Ferramentas / Opções
Conhecimentos Gerais

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Conhecimentos Gerais

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MELHORES PRÁTICAS EM POLÍTICAS DE e) todas as portas corta‑fogo do perímetro de segurança
SEGURANÇA sejam providas de alarme, monitoradas e testadas juntamen-
te com as paredes, para estabelecer o nível de resistência
Muitos sistemas de informação não foram projetados exigido, de acordo com os códigos locais de prevenção de
para serem seguros. A segurança da informação que pode incêndios e prevenção de falhas;
ser alcançada por meios técnicos é limitada e deve ser f) sistemas adequados de detecção de intrusos sejam
apoiada por uma gestão e por procedimentos apropriados. instalados e testados em intervalos regulares, e cubram todas
A  identificação de controles a serem implantados requer as portas externas e janelas acessíveis;
um planejamento cuidadoso e uma atenção aos detalhes. g) as instalações de processamento da informação geren-
A norma técnica ABNT NBR ISO/IEC n°  17799:2005, ciadas pela organização devem ficar fisicamente separadas
adaptada para ISO 27002, define uma série de parâmetros daquelas que são gerenciadas por terceiros.
para iniciar, implementar, manter e melhorar a gestão de
segurança da informação em uma organização. Algumas Proteção Contra Códigos Maliciosos
das melhores práticas indicadas para essa gestão são rela-
cionadas a seguir. Os recursos de processamento da informação e os softwares
são vulneráveis à introdução de código malicioso, tais como
Segurança em Recursos Humanos vírus de computador, worms de rede, cavalos de troia e bom-
bas lógicas. É necessário que os usuários estejam conscientes
Convém que papéis e responsabilidades pela segurança dos perigos do código malicioso e que a proteção contra
da informação de funcionários, fornecedores e terceiros códigos maliciosos seja baseada em softwares de detecção
sejam definidos e documentados de acordo com a política de códigos maliciosos e reparo, na conscientização da segu-
de segurança da informação da organização e incluam re- rança da informação, no controle de acesso adequado e nos
quisitos para: controles de gerenciamento de mudanças, considerando as
a) implementar e agir de acordo com as políticas de seguintes diretrizes:
segurança da informação da organização; a) estabelecer uma política formal proibindo o uso de
b) proteger ativos contra acesso não autorizado, divulga- softwares não autorizados;
ção, modificação, destruição ou interferência; b) estabelecer uma política formal para proteção contra os
c) executar processos ou atividades particulares de se- riscos associados com a importação de arquivos e softwares,
gurança da informação; seja de redes externas, ou por qualquer outro meio, indicando
d) assegurar que a responsabilidade é atribuída à pessoa quais medidas preventivas devem ser adotadas;
para tomada de ações; c) conduzir análises críticas regulares dos softwares e da-
e) relatar eventos potenciais ou reais de segurança da dos dos sistemas que suportam processos críticos de negócio;
informação ou outros riscos de segurança para a organização. convém que a presença de quaisquer arquivos não aprovados
ou atualização não autorizada seja formalmente investigada;
Segurança Física e do Ambiente d) instalar e atualizar regularmente softwares de de-
tecção e remoção de códigos maliciosos para o exame de
As instalações de processamento da informação críticas computadores e mídias magnéticas, de forma preventiva
ou sensíveis devem ser mantidas em áreas seguras, protegi- ou de forma rotineira; convém que as verificações realizadas
das por perímetros de segurança definidos, com barreiras de incluam:
segurança e controles de acesso apropriados. Convém que 1) verificação, antes do uso, da existência de códigos
sejam fisicamente protegidas contra o acesso não autorizado, maliciosos nos arquivos em mídias óticas ou eletrônicas, bem
danos e interferências, e que sejam levadas em consideração como nos arquivos transmitidos através de redes;
e implementadas as seguintes diretrizes para perímetros de 2) verificação, antes do uso, da existência de software
segurança física, quando apropriado: malicioso em qualquer arquivo recebido através de correio
a) os perímetros de segurança sejam claramente defi- eletrônico ou importado (download). É importante que essa
nidos e que a localização e a capacidade de resistência de avaliação seja feita em diversos locais, como, por exemplo,
cada perímetro dependam dos requisitos de segurança dos nos servidores de correio eletrônico, nos computadores
ativos existentes no interior do perímetro; pessoais ou quando da sua entrada na rede da organização;
b) os perímetros de um edifício ou de um local que 3) verificação da existência de códigos maliciosos em
contenha instalações de processamento da informação se- páginas web;
jam fisicamente sólidos (ou seja, o perímetro não deve ter e) definir procedimentos de gerenciamento e respectivas
brechas nem pontos onde poderia ocorrer facilmente uma responsabilidades para tratar da proteção de código malicio-
invasão); convém que as paredes externas do local sejam so nos sistemas, treinamento nesses procedimentos, reporte
de construção robusta e todas as portas externas sejam e recuperação de ataques de códigos maliciosos;
f) preparar planos de continuidade do negócio adequa-
Conhecimentos Gerais

adequadamente protegidas contra acesso não autorizado


por meio de mecanismos de controle, por exemplo, barras, dos para a recuperação em caso de ataques por códigos
alarmes, fechaduras etc.; maliciosos, incluindo todos os procedimentos necessários
c) seja implantada uma área de recepção, ou outro meio para a cópia e recuperação dos dados e softwares;
para controlar o acesso físico ao local ou ao edifício; o acesso g) implementar procedimentos para regularmente cole-
aos locais ou edifícios deve ficar restrito somente ao pessoal tar informações, tais como, assinaturas de listas de discussão
autorizado; e visitas a sites informativos sobre novos códigos maliciosos;
d) sejam construídas barreiras físicas, onde aplicável, para h) implementar procedimentos para a verificação de
impedir o acesso físico não autorizado e a contaminação do informação relacionada a códigos maliciosos e garantia de
meio ambiente; que os boletins com alertas sejam precisos e informativos;

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convém que os gestores garantam que fontes qualificadas, a) solicitar aos usuários a assinatura de uma declaração,
como, por exemplo, jornais com reputação idônea, sites para manter a confidencialidade de sua senha pessoal e
confiáveis ou fornecedores de software de proteção contra das senhas de grupos de trabalho, exclusivamente com os
códigos maliciosos, sejam utilizadas para diferenciar boatos membros do grupo;
de notícias reais sobre códigos maliciosos; convém que todos b) garantir, onde os usuários necessitam manter suas
os usuários estejam cientes dos problemas decorrentes de próprias senhas, que sejam fornecidas inicialmente senhas
boatos e capacitados a lidar com eles. seguras e temporárias, o  que obriga o usuário a alterá‑la
imediatamente;
Cópias de Segurança c) estabelecer procedimentos para verificar a identidade
de um usuário antes de fornecer uma senha temporária, de
Procedimentos de rotina devem ser estabelecidos para substituição ou nova;
implementar as políticas de estratégias para a geração de có- d) fornecer senhas temporárias aos usuários de maneira
pias de segurança e possibilitar a geração das cópias de segu- segura; convém que o uso de mensagens de correio eletrô-
rança dos dados e sua recuperação em um tempo aceitável, nico de terceiros ou desprotegido (texto claro) seja evitado;
com o objetivo de garantir que toda informação e software e) senhas temporárias sejam únicas para uma pessoa e
essenciais possam ser recuperados após um desastre ou não sejam de fácil memorização;
a falha de uma mídia. É importante que os seguintes itens f) usuários acusem o recebimento de senhas;
para a geração das cópias de segurança sejam considerados: g) as senhas nunca sejam armazenadas nos sistemas de
a) definição do nível necessário das cópias de segurança um computador de forma desprotegida;
das informações; h) as senhas padrão sejam alteradas logo após a instala-
b) produção de registros completos e exatos das cópias ção de sistemas ou software.
de segurança e documentação apropriada sobre os proce-
dimentos de restauração da informação; Uso de Senhas
c) a extensão (por exemplo, completa ou diferencial) e
a frequência da geração das cópias de segurança reflita os Senhas são um meio comum de verificar a identidade de
requisitos de negócio da organização, além dos requisitos um usuário antes que acessos sejam concedidos a um siste-
de segurança da informação envolvidos e a criticidade da ma de informação ou serviço de acordo com a autorização
informação para a continuidade da operação da organização; do usuário. Outras tecnologias para identificação de usuário
d) as cópias de segurança sejam armazenadas em uma e autenticação, como biométrica, verificação de digitais, ve-
localidade remota, a uma distância suficiente para escapar rificação de assinatura, uso de tokens e cartões inteligentes,
dos danos de um desastre ocorrido no local principal; estão disponíveis, devem ser consideradas, se apropriado.
e) deve ser dado um nível apropriado de proteção física É importante que os usuários sejam solicitados a seguir
e ambiental das informações das cópias de segurança, con- as boas práticas de segurança da informação na seleção e uso
sistente com as normas aplicadas na instalação principal; os de senhas e que todos os usuários sejam informados para:
controles aplicados às mídias na instalação principal sejam a) manter a confidencialidade das senhas;
usados no local das cópias de segurança; b) evitar manter anotadas senhas (por exemplo, papel,
f) as mídias de cópias de segurança sejam testadas arquivos ou dispositivos móveis), a menos que elas possam
regularmente para garantir que elas são suficientemente ser armazenadas de forma segura e o método de armaze-
confiáveis para uso de emergência, quando necessário; namento esteja aprovado;
g) os procedimentos de recuperação sejam verificados c) alterar senha sempre que existir qualquer indicação de
e testados regularmente, de forma a garantir que estes são possível comprometimento do sistema ou da própria senha;
efetivos e que podem ser concluídos dentro dos prazos d) selecionar senhas de qualidade com um tamanho
definidos nos procedimentos operacionais de recuperação; mínimo que sejam:
h) em situações onde a confidencialidade é importante, 1) fáceis de lembrar;
cópias de segurança sejam protegidas através de encriptação. 2) não baseadas em nada que alguém facilmente possa
adivinhar ou obter usando informações relativas à pessoa,
Monitoramento por exemplo, nomes, números de telefone e datas de ani-
versário;
O uso inapropriado de privilégios de administrador de 3) não vulneráveis a ataque de dicionário (por exemplo,
sistemas (qualquer característica ou recursos de sistemas não consistir em palavras inclusas no dicionário);
de informação que habilitam usuários a exceder o controle 4) isentas de caracteres idênticos consecutivos, todos
de sistemas ou aplicações) pode ser um grande fator de numéricos ou todos alfabéticos sucessivos;
contribuição para falhas ou violações de sistemas. e) modificar senhas regularmente ou com base no nú-
Convém que os sistemas sejam monitorados e eventos de mero de acessos (as senhas de acesso a contas privilegiadas
segurança da informação sejam registrados. Registros (log) devem ser modificadas mais frequentemente do que senhas
Conhecimentos Gerais

de operador e registros (log) de falhas devem ser utilizados normais) e evitar a reutilização ou reutilização do ciclo de
para assegurar que os problemas de sistemas de informação senhas antigas;
são identificados, com o objetivo de detectar atividades não f) modificar senhas temporárias no primeiro acesso ao
autorizadas de processamento da informação. sistema;
g) não incluir senhas em nenhum processo automático
Gerenciamento de Senha do Usuário de acesso ao sistema, como, por exemplo, as armazenadas
em um macro ou funções‑chave;
É necessário que a concessão de senhas seja controlada h) não compartilhar senhas de usuários individuais;
por meio de um processo de gerenciamento formal, consi- i) não utilizar a mesma senha para uso com finalidades
derando os seguintes requisitos: profissionais e pessoais.

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SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO envolvem Engenharia Social e que tentam persuadir o
usuário a fornecer seus dados pessoais e financeiros.
Ameaças aos Sistemas de Informação Em muitos casos, o usuário é induzido a instalar um
código malicioso (malware), preencher um formulário
São componentes que podem prejudicar, de forma tem- ou acessar uma página falsa, para que dados pessoais
porária ou permanente, o funcionamento de um sistema de e sensíveis possam ser furtados.
informação.
Malwares (Softwares Maliciosos)
Agentes Humanos
Vírus
Hacker: invasor passivo: tem conhecimentos avançados
de informática e explora falhas de segurança em sistemas Programa malicioso que infecta (parasita) outros progra-
de informação. Normalmente não é uma ameaça: invade, mas e arquivos (hospedeiros) fazendo cópias de si mesmo, na
espiona, copia, entra em contato com os responsáveis, sem tentativa de se espalhar para outros computadores.
gerar prejuízos. A principal característica do vírus, fora a sua capacidade
Cracker: invasor ativo, é um hacker que usa seus conhe- de destruição, é a capacidade de se propagarem de diversas
cimentos para quebrar sistemas de segurança, danificar os maneiras. Geralmente os vírus ficam alojados em outros
dados acessados e/ou obter vantagens ilícitas. Normalmente programas, após este programa hospedeiro ser executado
é uma ameaça e gera prejuízos. o vírus entra no sistema e faz seu papel malicioso. Por estas
semelhanças com os vírus biológicos: ser um programa pe-
SPAM queno, aloja-se dentro de um arquivo que contenha códigos
de instrução e por se autoreplicarem é que surgiu o nome
E-mail não solicitado, enviado para um grande número vírus. Alguns vírus podem também ficar em estado de dor-
de pessoas. Esse fenômeno é conhecido como spamming, mência no computador, atacando em datas programadas.
as mensagens em si como spam e seus autores como spam- Para ativar o vírus, o programa, parte do programa ou
mers. Como motivação para a manutenção dessa prática, arquivo que o esconde tem que ser executado, ou seja, tem
podemos citar seu baixo custo, automatização do processo que estar na memória RAM.
e anonimato dos spammers. A simples cópia do arquivo infectado não significa que o
Etimologia: SPiced hAM – presunto condimentado en- vírus ficou ativo, portanto, não significa que o computador
latado da Hormel Foods, associado ao envio de mensagens está infectado.
não solicitadas devido a um quadro do grupo de humoristas A maioria das contaminações ocorre pela ação do usuário
ingleses Monty Python. executando o anexo de um e-mail. Podem ocorrer por meio
de outras ações, como:
Tipos de SPAMs • abrir arquivos do pacote Office da Microsoft;
• abrir arquivos disponíveis em recursos compartilhados
• Corrente (Chain Letter): pede para que o usuário (redes);
(destinatário) repasse a mensagem “para todos os • abrir arquivos de qualquer tipo de mídia removível
amigos” ou “para todos que ama”. Prometem sorte, (FD, HD, CD, DVD, pen drive);
riqueza ou algum outro tipo de benefício àqueles • instalar programas não confiáveis, de procedência
que a repassarem. O texto pode contar uma história duvidosa ou desconhecida.
antiga, descrever uma simpatia (superstição) ou,
simplesmente, desejam sorte. Worm (Verme, Praga)
• Boato (Hoax): pessoas que necessitam urgentemente
de algum tipo de ajuda, alerta a algum tipo de ameaça Programa autônomo e autorreplicante que se copia
ou perigo, difamação de marcas e empresas ou ofertas usando a estrutura de uma rede de computadores (como a
falsas de produtos gratuitos. Internet ou intranets), tornando-as lentas.
• Ofensivo: divulga conteúdo agressivo e violento, como Normalmente, o  Worm não causa maiores danos aos
por exemplo: acusações infundadas contra indivíduos sistemas de computador, a não ser pelo fato de consumir
específicos, defesa de ideologias extremistas, apolo- recursos desnecessariamente (como o envio de milhares de
gia à violência contra minorias, racismo, xenofobia, e-mails com cópias dele mesmo), mas também pode deletar
pedofilia, pornografia. arquivos e enviar arquivos por e-mail.
• Propaganda: divulga desde produtos e serviços até O Worm não precisa de hospedeiro, ele é um malware
propaganda política. autônomo, que pode se copiar automaticamente para vários
• Golpe (scam): pirâmides, oportunidades enganosas e computadores, lotando caixas postais e HDs.
ofertas de produtos que prometem falsos resultados, Sua propagação se dá através da exploração de vulnera-
Conhecimentos Gerais

propostas para trabalhar em casa e empréstimos bilidades existentes ou falhas na configuração de softwares
facilitados. instalados em computadores.
• Spit (spam via Internet Telephony): mensagens não
solicitadas atingindo os usuários dos “telefones IP” Cavalo de Troia (Trojan Horse)
(VoIP).
• Spim (spam via Instant Messenge): envio de spam É um programa, normalmente recebido como um “pre-
por meio dos aplicativos de troca de mensagens ins- sente” (cartão virtual, álbum de fotos, protetor de tela, jogo
tantâneas como o Messenger e o ICQ. etc.), que além de executar as funções para as quais foi apa-
• Estelionato (Phishing): consiste no envio de e-mails, rentemente projetado, também executa funções maliciosas
mensagens instantâneas ou scraps com textos que e sem o conhecimento do usuário.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Entre as funções maliciosas executadas por um Trojan es- Princípios da Segurança da Informação
tão a instalação de malwares como keyloggers, screenloggers,
backdoors e spywares. Conjunto de técnicas, processos e componentes que
O Trojan distingue-se de um vírus ou de um worm por não visa garantir CONFIABILIDADE às transações digitais, ou seja,
infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
o Sistema de Informação funcionará de forma eficiente de
automaticamente.
acordo com suas atribuições – DICA.
Spyware

Programa automático que monitora informações sobre


o usuário e as transmite a uma entidade externa na Internet,
sem o conhecimento ou consentimento da vítima.
Diferem dos Trojans por não terem como objetivo que
o sistema do usuário seja dominado e manipulado por uma
entidade externa (hacker).
• Monitoramento de páginas acessadas na Internet;
• Varredura dos arquivos armazenados no disco rígido Disponibilidade: garantia de que um sistema estará
do computador; sempre disponível quando necessário (estar disponível,
• Alteração da página inicial do browser do usuário acessível).
(Hijacker);
Integridade: garantia de que uma informação não foi
• Monitoramento de teclas digitadas pelo usuário
(Keylogger) ou regiões da tela próximas ao clique do alterada durante seu trajeto do emissor ao receptor.
mouse (Screenlogger). Confidencialidade (Privacidade, Sigilo): garantia de que
os dados serão acessados apenas por pessoas autorizadas.
Adware é um tipo de software especificamente projetado Autenticidade: garantia da identidade de quem está
para apresentar propagandas por maio de um browser ou enviando a mensagem.
outro programa, como o MSN e Kazaa. Não repúdio: garantia de que um emissor não consiga
Ransomwares criptografam o conteúdo do HD, exigindo negar falsamente um ato ou documento de sua autoria.
da vítima o pagamento de um “resgate”.

Agentes de Segurança Criptografia

Processo matemático utilizado para reescrever uma


mensagem de forma ilegível para pessoas não autorizadas.
Do grego kryptos = enigma, oculto e graphe = escrita (escrita
enigmática, oculta). O emissor da mensagem realiza o proces-
so de embaralhar a mensagem original, tornado-a codificada
e a envia. Ao receber a mensagem, o receptor irá transformar
a mensagem codificada de volta em mensagem original.

Termos da criptografia:
• Algoritmo de criptografia: programa (sequên­cia
finita de passos) usado para realizar a encriptação e
decriptação;
• Chave: é um número binário, um código que o progra-
ma deve conhecer para cifrar e decifrar a mensagem;
• Tamanho da chave: é a medida, em bits, do tamanho
Firewall do número usado como chave. Quanto maior a chave,
mais complexa ela será para ser descoberta (mais
Pode ser definido como uma barreira de proteção, que segura).
controla o tráfego de dados entre seu computador e a Inter-
net (ou entre a rede onde seu computador está instalado e a Criptografia Simétrica (Chave Secreta)
Internet). Seu objetivo é permitir somente a transmissão e a
recepção de dados autorizados. Existem firewalls baseados Utiliza a mesma chave tanto para codificar quanto para
Conhecimentos Gerais

na combinação de hardware e software e firewalls baseados decodificar mensagens. Apesar de ser um método bastan-
somente em software. Este último é o tipo recomendado ao te eficiente em relação ao o tempo gasto para codificar e
uso doméstico e também é o mais comum.
decodificar mensagens tem como principal desvantagem
Explicando de maneira mais precisa, o  firewall é um
mecanismo que atua como “defesa” de um computador ou a necessidade de utilização de um meio seguro para que a
de uma rede, controlando o acesso ao sistema por meio de chave possa ser compartilhada entre pessoas ou entidades
regras e a filtragem de dados. A vantagem do uso de firewalls que desejem trocar informações criptografadas  – a chave
em redes é que somente um computador pode atuar como precisa ser compartilhada entre emissor e receptor para que
firewall, não sendo necessário instalá-lo em cada máquina a mensagem possa ser cifrada ou decifrada, mas somente
conectada. os dois sujeitos podem possuir a chave.

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Criptografia Assimétrica (Chaves Pública e Privada) A chave que encripta mensagens (chave de codificação,
ou chave de encriptação) será distribuída livremente e, por
Utiliza duas chaves distintas, uma que serve apenas para isso, pode ser chamada de Chave Pública, ou Chave Com-
encriptar e outra que serve apenas para decriptar mensa- partilhada.
gens – uma fecha, a outra abre. Por sua vez, a chave que decripta mensagens (chave de
As duas chaves são matematicamente relacionadas, não decodificação criptográfica, ou chave de decriptação) será
podendo haver uma delas sem a outra – ambas tem que ser armazenada secretamente com seu titular – servirá pra seu
geradas ao mesmo tempo. uso exclusivo. É a chamada Chave Privada.

Conhecimentos Gerais

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Simétrica alteradas durante uma interceptação. Também não garante a
Assimétrica autenticidade e, consequentemente, o não repúdio.
(Convencional)
Usa uma única chave para Usa duas chaves diferentes:
cifrar e decifrar mensagens. uma para cifrar e outra para Assinatura Digital
decifrar mensagens.
A assinatura digital consiste na criação de um código,
A chave tem que ser compar- Apenas a chave de cifragem através da utilização de uma chave privada, de modo que a
tilhada entre os usuários que é compartilhada (pública). pessoa ou entidade que receber uma mensagem contendo
irão se comunicar e deve ser A  chave de decifragem é este código possa verificar se o remetente é mesmo quem
distribuída por meio seguro. mantida em segredo (pri- diz ser e identificar qualquer mensagem que possa ter sido
vada). modificada. Garante, portanto, autenticidade aos documen-
Processo mais simples e Processo muito mais lento, tos digitais. Se as chaves forem reconhecidas por um terceiro
mais rápido, porém pouco porém quase impossível de de confiança (Autoridade Certificadora), a assinatura garante
seguro. ser quebrado. também não repúdio (irretratabilidade, irrefutabilidade) e
256 = 72 quatrilhões de com- validade jurídica. Na prática, é um hash + criptografia e o
binações, quebrada em me- algoritmo mais usado é o DSA.
nos de um dia usando força A Assinatura Digital será útil quando um emissor ne-
bruta cessitar transmitir uma mensagem autêntica e quer que o
Principais algoritmos: DES (40 Principal algoritmo: RSA, com receptor tenha certeza acerca de quem a enviou. Poderá
e 56 bits), 3DES (168 bits) e chaves de 256, 512, 1024 e então utilizar a sua chave privada para cifrar uma mensagem
AES (256 bits) 2048 bits e enviá-la para um ou mais destinatários.
O receptor pode decifrá-la por meio da chave pública do
A criptografia impede que uma mensagem seja entendida próprio emissor, tendo assim certeza de quem enviou e de
por pessoas não autorizadas atingindo, com isso, o princípio da que a mensagem não foi alterada na transmissão. Porém,
Confidencialidade (privacidade). Entretanto, a criptografia não qualquer pessoa pode decifrar a mensagem por que a chave
garante a Integridade das informações, porque elas podem ser pública está disponível a todos.

Certificado Digital Algumas das principais informações encontradas em um


certificado digital são:
Documento emitido por uma Autoridade Certificadora • dados que identificam o dono (nome, número de
(CA), que garante a identidade de uma pessoa ou empresa identificação, estado etc.);
Conhecimentos Gerais

em transações digitais. Garante autenticidade, irretrata‐ • nome da Autoridade Certificadora (AC) que emitiu o
bilidade e validade jurídica aos documentos e transações certificado;
comerciais realizadas pela Internet. • o número de série e o período de validade do certifi-
Instalado no browser e no programa de correio ele‐
cado;
trônico do proprietário do certificado digital, contém as
seguintes informações: nome e endereço de e-mail do titular • a assinatura digital da AC.
do certificado, chave pública, data de validade da chave
pública, identificação e assinatura digital da CA, algoritmos O objetivo da assinatura digital no certificado é indicar
usados. Pode ser visto nos sites por meio de duplo clique no que outra entidade (a Autoridade Certificadora) garante a
cadeado da barra de status. veracidade das informações nele contidas.

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BACKUP Tipos de Backup
O termo backup é usado para descrever uma cópia de Normal
segurança. Caso dados originais sejam apagados ou substi-
tuídos por engano ou se tornem inacessíveis devido a falhas, O backup Normal copia todos os arquivos indicados,
é possível usar a cópia para restaurá-los. não verificando dentre eles quais possuem marcação. Após
a realização do processo de cópia, marca todos os arquivos
Fazer backup NÃO significa compactar arquivos para que como tendo passado por backup. Pode realizar a compressão
ocupem menos espaço e liberarem espaço em disco. dos arquivos copiados, é demorado e ocupa muito espaço
em mídia.
O procedimento de arrastar o ícone de arquivos e pastas para É utilizado quando os arquivos são copiados pela primeira
um local qualquer, criando uma cópia deles, é considerado vez ou no início de uma estratégia de backup, podendo ser
uma forma de backup de dados. seguido por repetidos processos de backup diferencial ou
incremental.
A realização de backups objetiva minimizar a probabilidade O backup Normal pode também é conhecido por Total,
de perda de dados importantes, enquanto a realização de Global, Full ou Completo.
restauração visa recuperar dados previamente armazenados.
Qualquer mídia não volátil pode ser usada para armaze- Incremental
namento de dados “backupeados”, sendo comum o uso de
fita magnética, pois sendo uma unidade de armazenamento Backup que copia somente os arquivos criados ou alte-
removível, possui a vantagem de permitir transporte de rados desde o último backup normal ou incremental (veri-
dados de maneira prática e rápida. fica marcação) e marca todos os arquivos como tendo sido
Dispositivos como pen drives, disquetes de 3½” e discos submetidos a backup, ou seja, o atributo de arquivamento
rígidos locais ou acessíveis em rede também são úteis para é desmarcado.
a realização de cópias de segurança. Quando se está executando uma combinação de backups
Existem softwares capazes de automatizar o processo de normais e incrementais para restaurar os dados, será preciso
criação de backups, como o Microsoft Backup, incluído no ter o último backup normal e todos os conjuntos de backups
Windows XP e acessível em Iniciar / Todos os programas / incrementais criados deste o último backup normal.
Acessórios / Ferramentas do Sistema / Backup. Este utiliza a Usa menor quantidade de mídia porque apenas os dados
extensão .bkf (backup files) em seus arquivos e pode realizar que foram modificados ou criados desde o último backup
os procedimentos mais comuns de backup: Cópia Simples, total ou incremental são copiados. Entretanto, a restauração
Diário, Normal, Diferencial e Incremental. de arquivos gravados em backups incrementais é mais
trabalhosa do que a restauração de um arquivo em um
Marcação backup completo ou diferencial, porque diferentes arquivos
de backup incremental podem conter versões diferentes do
No Windows, todos os arquivos têm três atributos mesmo arquivo.
básicos: Oculto, Somente Leitura e Arquivamento. Se este
último estiver marcado, o  arquivo deverá ser copiado no Diferencial
próximo backup.
Backup que copia somente os arquivos criados ou alte-
rados desde o último backup normal (verifica marcação) e
não os marca como arquivos que passaram por backup (não
remove a marcação). Usa maior quantidade de mídia que o
backup incremental, porque todos os dados que foram modi-
ficados ou criados desde o último backup total são copiados.
Quando se está executando uma combinação de backups
normal e diferencial, para restaurar arquivos e pastas serão
necessários apenas o último backup normal e o último
backup diferencial. Portanto, a  restauração de arquivos
gravados em backups diferenciais é mais simples e rápida do
que a restauração de um arquivo em um backup incremental.

Cópia Simples

O backup de cópia copia todos os arquivos selecionados,


Conhecimentos Gerais

mas não marca cada arquivo como tendo sofrido backup.


É útil no caso de se efetuar backup de arquivos entre os ba-
ckups normal e incremental, pois ele não afeta essas outras
operações de backup.
Novos arquivos têm, por padrão, o  atributo marcado.
Alguns processos de backup removem essa marcação quando
realizados. Nesses casos, os arquivos que tiveram a opção O
Diário
arquivo está pronto para ser arquivado desativada são ditos
identificados ou “marcados” como tendo participado de pro‐ O backup diário copia todos os arquivos selecionados que
cesso de backup ou “perderam a marcação”. Se o usuário mo- tenham sido criados ou modificados na data da execução
dificar e salvar o arquivo, o atributo será ativado novamente. do backup.

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EXERCÍCIOS 2. (Exatus-PR/Codar/Operador de Retroescavadeira/2016)
São Capitais do Nordeste banhadas pelo mar, exceto:
a) Fortaleza e João Pessoa.
b) Maceió e Natal.
c) Recife e Salvador.
d) São Luís e Teresina.

3. (FGV/BNB/Analista Bancário/2014) Acerca do Banco do


Nordeste do Brasil, é correto afirmar que:
a) foi criado pela Lei nº 2004, de 19 de junho de 1954.
b) sua área de atuação abrange todos os Estados da
Região Nordeste, Tocantins e o norte do Estado de
Minas Gerais.
c) é uma instituição financeira pública constituída sob a
forma de sociedade anônima aberta e de economia
mista.
d) sua administração é feita por uma diretoria executiva
composta de 10 (dez) membros, sendo um presiden-
te e nove diretores.
e) criou em 2003 sua Comissão de Ética, para receber
reclamações dos clientes insatisfeitos com as solu-
ções apresentadas pelos canais de atendimento.

4. (ACEP/BNB/Analista Bancário/2010) Sobre o Banco do


Nordeste do Brasil S.A. (BNB), analise as afirmativas a
seguir e assinale V, se verdadeiras, e F, se falsas.
( ) O BNB tem sede na cidade de Fortaleza.
( ) São recursos do BNB os lucros auferidos nas opera-
ções do Banco Central do Brasil.
( ) O BNB terá uma filial em cada um dos estados com-
“A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Deserti- preendidos no Polígono das Secas.
ficação (UNCCD) conceitua desertificação como o processo ( ) O Presidente do BNB é nomeado pelo Ministro da
de degradação das terras em regiões áridas, semiáridas e Fazenda, entre pessoas de notório conhecimento
subsumidas secas, em decorrência de fatores como ação an- de problemas peculiares à Região Nordeste.
trópica e mudanças climáticas. Essa degradação é a perda
ou redução da produtividade econômica ou biológica dos Assinale a alternativa que contempla a sequência cor-
ecossistemas secos, causadas pela erosão do solo, deterio- reta.
ração dos recursos hídricos e perda da vegetação natural”. a) V, F, F, F.
CIRILO, José Almir, “Políticas públicas de recursos hídricos para o
semiárido” in Estudos Avançados, 2008, vol.22, n.63, p. 68. b) V, V, V, F.
c) V, F, V, F.
1. (FGV/BNB/Analista Bancário/2014) Com base nas infor- d) V, F, F, V.
mações fornecidas, analise as afirmativas a respeito do e) V, V, F, F.
impacto climático desse processo no semiárido brasileiro.
I – Entre as áreas do Nordeste afetadas pelo processo 5. (ACEP/BNB/Advogado/2010) De acordo com a Lei Fe-
de desertificação encontram-se o “núcleo de Seridó”, deral n° 1.649/52, em relação às atribuições do Banco
na região centro-sul do Rio Grande do Norte e centro- do Nordeste do Brasil S. A. (BNB), assinale a alternativa
-norte da Paraíba; o “núcleo de Irauçuba” no noroeste correta.
cearense; o “núcleo de Gilbués” no Piauí e o de Cabrobó a) A principal atribuição do BNB é a prestação de assis-
em Pernambuco. tência, mediante empréstimo, a empreendimentos
II – As mudanças climáticas globais em curso geram, na de caráter reprodutivo, localizados em qualquer es-
região semiárida brasileira, aumento da temperatura e tado do Brasil.
da evaporação nos corpos d’água e consequente redu- b) Os empréstimos concedidos pelo BNB contemplam
ção do volume neles escoado, além de concentração a construção de pequenos açudes e de barragens
do período chuvoso em menor espaço de tempo, com submersas, mas não a perfuração e a instalação de
redução da precipitação. poços.
III – O semiárido brasileiro apresenta situações difíceis c) os empréstimos concedidos pelo BNB não podem
de serem superadas, pois os solos são, em sua maior contemplar empreendimentos que visem à produ-
Conhecimentos Gerais

parte, muito rasos, com a rocha quase aflorante, o que ção de energia elétrica, por se tratar de serviço pú-
prejudica a formação de aquíferos, sua recarga e a qua- blico prestado mediante concessão.
lidade de suas águas. d) os financiamentos de safra agrícola concedidos pelo
BNB dependem, necessariamente, da intermediação
Assinale se: de cooperativas agrícolas credenciadas junto à ins-
a) somente a afirmativa I estiver correta. tituição financeira.
b) somente a afirmativa II estiver correta. e) os financiamentos concedidos pelo BNB, mediante
c) somente a afirmativa III estiver correta. penhor mercantil, dos produtos da região, estão li-
d) somente as afirmativas I e II estiverem corretas. mitados a 80% de seu valor comercial, ou do preço
e) todas as afirmativas estiverem corretas. mínimo, oficialmente fixado.

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6. (ACEP/BNB/Analista Bancário/2010) O Sertão do Nor- a) Alagoas, Ceará e Pernambuco.
deste é uma área de aproximadamente 900.000 km, b) Bahia, Maranhão e Piauí.
estendendo-se pelas terras de oito estados nordesti- c) Bahia, Pernambuco e Sergipe.
nos e do norte do Estado de Minas Gerais. É coberto d) Ceará, Maranhão e Piauí.
pela vegetação caatinga, estando no domínio do clima e) Alagoas, Pernambuco e Piauí.
semiárido, que é sujeito a secas periódicas, portanto,
sendo conhecido, também, como “Polígono das Secas”. (Cespe/Emap/Analista/Tecnologia da Informação/2018) Acer-
Assinale a alternativa que apresenta as características ca de tecnologias, processos e metodologias de soluções de
do regime de chuvas e das águas correntes (rios) dessa becape, julgue o item que segue.
Região. 9. O uso do becape em nuvem para sistemas de arma-
a) Chuvas escassas, com irregular distribuição no tem- zenamento de imagens tem como vantagem a salva-
po e no espaço e o predomínio de rios intermitentes guarda das cópias em ambientes fisicamente seguros
sazonais. e geograficamente distantes.
b) Chuvas concentradas nas estações inverno e prima-
vera e o único rio que não seca, parte do ano, é o (Cespe/STM/Nível Superior/2018) Julgue os seguintes itens,
Jaguaribe. relativos a noções de informática.
c) Chuvas abundantes, mas concentradas em três me- 10. No Google Chrome, o Menu de Configurações oferece a
opção de importar os arquivos de favoritos e configura-
ses do ano e os únicos rios que não secam são o
ções, no caso de se aproveitar a lista de sítios favoritos
Paraíba e o São Francisco.
e a lista de senhas de acesso salvas, para uso em outros
d) Chuvas de verão, acontecendo no primeiro semestre
browsers ou outros dispositivos e computadores.
de cada ano e rios de planalto constituindo impor- 11. No Painel de Controle do Windows 7, pode-se ter acesso
tantes vias navegáveis. à categoria Rede e Internet, na qual se podem executar
e) Chuvas de inverno, ocorrendo no período de abril a atividades como, por exemplo, becape e configurações
setembro, e rios perenes, a exemplo do rio Acaraú. do firewall do Windows para se restringir acesso a sítios
indesejados.
7. (ACEP/BNB/Analista Bancário/2010) Leia atentamente
o texto a seguir. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Área Administrativa/2018)
“A primeira área do Brasil ocupada pelo colonizador Julgue os seguintes itens, relativo a noções de informática.
europeu sempre foi, e continua sendo, a mais impor‑ 12. No ambiente Windows 7, um arquivo, ao ser deletado,
tante sub-região do espaço geoeconômico nordestino. é enviado para a Lixeira, de onde poderá ser recuperado
Reúne os principais centros urbanos e industriais e as por meio da opção Restaurar.
duas mais importantes monoculturas latifundiárias
de exportação do Nordeste. Reúne também grande (Cespe/SEDF/Professor/Informática/2017) Acerca dos siste-
parte dos problemas que afetam o Nordeste: pobreza, mas de entrada, saída e armazenamento em arquiteturas de
desemprego, subemprego, favelas, elevadas taxas de computadores, julgue o item que se segue.
mortalidade infantil, forte concentração da renda e das 13. Quando um sistema usa um canal de acesso direto à
terras” memória (DMA), a CPU inicia a transferência, mas não
A Região Nordeste do Brasil é dividida em quatro sub-re- a executa.
giões. Assinale a alternativa que apresenta a sub-região 14. CD-ROM, pendrive e impressora são exemplos de dis-
citada no texto com suas respectivas características. positivos de entrada e saída do tipo bloco.
a) Meio Norte - com destaque para a cidade de São Luís, 15. Os dispositivos de entrada e saída do tipo caractere
fundada pelos franceses, e as culturas de exporta- utilizam operações bufferizadas a fim de otimizar o
ção em grandes propriedades: a cana-de-açúcar e desempenho da transferência de dados.
o arroz.
b) Sertão - com destaque para a Região Metropolita- (Cespe/Ebserh/Técnico de Informática/2018) Julgue o item
na de Fortaleza, uma das maiores concentrações seguinte, a respeito de ferramentas e aplicações de infor-
industriais do Nordeste. O binômio: gado-algodão mática.
nas grandes fazendas, além de caracterizar esta sub- 16. Excel, da Microsoft, e Calc, do LibreOffice, são exemplos
-região, é o forte da sua exportação. de planilha de cálculo, que é um tipo de programa de
c) Agreste - destacam-se as cidades: Campina Grande computador que utiliza tabelas e células para a reali-
e Caruaru, com a maior bacia leiteira regional. O zação de cálculos ou apresentação de dados.
artesanato de barro do Mestre Vitalino e o babaçu
da Mata dos Cocais são os produtos de exportação. (Cespe/INSS/Analista do Seguro Social/2016) Acerca de apli-
cativos para edição de textos e planilhas, julgue o próximo
d) Zona da Mata - as cidades do Recife e Salvador des-
item.
tacam-se como centros industriais e concentrações
17. Situação hipotética: Elisa recebeu a tarefa de redigir
populacionais. As culturas da cana-de-açúcar e do
uma minuta de texto a ser enviada para sua chefia su-
cacau, em grandes propriedades, são os produtos perior, com a condição de que todos os servidores do
Conhecimentos Gerais

de exportação. setor pudessem colaborar com a redação da minuta,


e) Recôncavo Baiano - com destaque para a cidade de ficando Elisa encarregada de consolidar o documento
Salvador, que já foi capital do Brasil. As culturas da final. Após digitar a primeira versão do documento, Elisa
mamona e do babaçu, em grandes propriedades, compartilhou o respectivo arquivo, a partir de sua es-
têm elevada importância na exportação. tação de trabalho. Todos realizaram a edição do texto
no mesmo arquivo por meio do LibreOffice Writer com
8. (ACEP/BNB/Analista Bancário/2010) Os cerrados nor- a função Gravar alterações ativada. Assertiva: Nessa
destinos são caracterizados pela produção de soja. situação, quando da revisão final do texto, Elisa terá
Assinale a alternativa que apresenta os estados que acesso a diversas informações, tais como: tipo de alte-
concentram a referida produção ração, data e hora da alteração e autor da alteração.

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(Cespe/INSS/Analista do Seguro Social/2016) Com relação a
informática, julgue os itens que se seguem.
18. Em um texto ou imagem contido em eslaide que esteja
em edição no programa Libre Office Impress, é possível,
por meio da opção Hyperlink, criar um link que permita
o acesso a uma página web.
19. Para se editar o cabeçalho de um documento no Writer,
deve-se clicar o topo da página para abrir o espaço para
edição. Por limitações técnicas desse editor de textos,
não é possível colar textos ou imagens nesse espaço.

(Cespe/INSS/Analista do Seguro Social/2016) Acerca de apli-


cativos para edição de textos e planilhas, julgue o próximo
item.
20. Situação hipotética: Fábio, servidor do INSS, recebeu
a listagem dos cinco últimos rendimentos de um pen-
sionista e, para que fosse calculada a média desses
rendimentos, ele inseriu os dados no LibreOffice Calc,
conforme planilha mostrada abaixo.

Assertiva: Nessa situação, por meio da fórmula


=MED(A1:A5;5), inserida na célula A6, Fábio poderá
determinar corretamente a média desejada.

GABARItO
1. e 6. a 11. E 16. C
2. d 7. d 12. C 17. C
3. c 8. b 13. C 18. C
4. a 9. C 14. E 19. E
5. e 10. C 15. E 20. E
CONheCIMeNtOS GeRAIS

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BNB

SUMÁRIO

Conhecimentos Bancários

Sistema Financeiro Nacional


Instituições do Sistema Financeiro Nacional — tipos, finalidades e atuação. Banco Central do Brasil e Conselho
Monetário Nacional — funções e atividades. Instituições Financeiras Oficiais Federais — papel e atuação....................3

Operações de Crédito Bancário


Cadastro de pessoas físicas. Cadastro de pessoas jurídicas. Tipos e constituição das pessoas. Composição
societária/acionária. Forma de tributação. Mandatos e procurações. Fundamentos do crédito. Conceito de
crédito. Elementos do crédito. Requisitos do crédito. Riscos da atividade bancária. De crédito. De mercado.
Operacional. Sistêmico. De liquidez. Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito. Clientes. Operação.
Tipos de operações de crédito bancário (empréstimos, descontos, financiamentos e adiantamentos).
Operações de Crédito Geral. Crédito pessoal e Crédito Direto ao Consumidor. Desconto de duplicatas, notas
promissórias e cheques pré-datados. Contas garantidas. Capital de giro. Cartão de crédito. Microcrédito
urbano. Operações de Crédito Especializado. Crédito Rural. Conceito, beneficiários, preceitos e funções básicas;
Finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização. Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (PRONAF): base legal, finalidades, beneficiários, destinação, condições. Crédito industrial,
agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços: conceito, finalidades (investimento fixo e capital
de giro associado), beneficiários. Recursos utilizados na contratação de financiamentos. Fundo Constitucional
de Financiamento do Nordeste (FNE): base legal, finalidades, regras, administração. BNDES/FINAME: base
legal, finalidade, regras, forma de atuação. Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base legal, finalidades,
regras, forma de atuação. Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação........................................................9

Serviços bancários e financeiros


Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento, pagamento, devolução de cheques e cadastro de
emitentes de cheques sem fundos (CCF). Depósitos à vista. Depósitos a prazo (CDB e RDB). Fundos de
Investimentos. Caderneta de poupança. Títulos de capitalização. Planos de aposentadoria e de previdência
privados. Seguros. Convênios de arrecadação/pagamentos (concessionárias de serviços públicos, tributos,
INSS e folha de pagamento de clientes). Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis. Cobrança.
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).........................................................................................................................19

Aspectos jurídicos
Noções de direito aplicadas às operações de crédito. Sujeito e Objeto do Direito. Fato e ato jurídico. Contratos:
conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos nominados, contratos de
compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e informais. Instrumentos de formalização
das operações de crédito. Contratos por instrumento público e particular. Cédulas e notas de crédito. Garantias.
Fidejussórias: fiança e aval. Reais: hipoteca e penhor. Alienação fiduciária de bens móveis. Títulos de Crédito –
nota promissória, duplicata, cheque...............................................................................................................................42

Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
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Conhecimentos Bancários
João Medeiros / Isabelle de Lamartine

João Medeiros Obs.: sobre a relação que as instituições financeiras pos-


suem com os agentes deficitários e superavitários, é impor-
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL tante ressaltar que existe um conceito no mercado financeiro
chamado “corrida bancária”, que ocorre quando parte dos
Introdução poupadores querem retirar o dinheiro que depositaram do
banco devido a crescente inadimplência do banco, isso gera
Para o estudo da Estrutura do Sistema Financeiro Nacio- a falência da instituição.
nal, é preciso ficar bem claro o que é o Sistema Financeiro
Nacional (SFN). O SFN é o conjunto de instituições que bus- O Sistema Financeiro é estruturado em dois subsistemas:
cam viabilizar a transferência de fundos entre poupadores o normativo e o de intermediação.
(Agentes Superavitários) e tomadores (Agentes Deficitários).
Agentes Superavitários (Poupadores): são aqueles que Subsistema Normativo
gastam menos do que o valor de sua renda, estão em uma
posição de superávit; sendo assim, poupam nas instituições É integrado pelas instituições que são responsáveis pela
financeiras. regulamentação/normatização e supervisão de todas as insti-
Agentes Deficitários (Tomadores): são aqueles que tuições financeiras que operam no país. Essas instituições são
gastam mais do que o valor de sua renda, ou seja, precisam autoridades na estrutura do Sistema Financeiro Nacional e
utilizar o dinheiro que os poupadores depositam e, com buscam aperfeiçoar as instituições e instrumentos financeiros.
esses valores, conseguem suprir suas necessidades. Essas
transferências necessitam do pagamento de juros sobre o • Órgãos Normativos:
capital tomado. – Conselho Monetário Nacional (CMN).
Instituições Financeiras: a Lei nº  4.595/1964 (Lei de – Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
Reforma Bancária), em seu art. 17, descreve o que é insti- – Conselho Nacional de Previdência Complementar
tuição financeira: (CNPC).

Art. 17. Consideram‑se instituições financeiras, para • Autoridades Supervisoras:


os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas – Banco Central do Brasil (Bacen).
públicas ou privadas, que tenham como atividade – Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
principal ou acessória a coleta, intermediação ou – Superintendência de Seguros Privados (Susep).
aplicação de recursos financeiros próprios ou de – Superintendência Nacional de Previdência Comple-
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e  a menta (Previc).
custódia de valor de propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legisla- O esquema abaixo ilustra, de forma macro, como é
ção em vigor, equiparam‑se às instituições financeiras exercida a hierarquia do subsistema normativo do Sistema
as pessoas físicas que exerçam qualquer das ativi- Financeiro Nacional.
dades referidas neste artigo, de forma permanente
ou eventual.

As instituições financeiras são as entidades que captam


os recursos dos poupadores e emprestam para os tomadores.

Subsistema de Intermediação
Conhecimentos Bancários

É integrado pelos agentes especiais, instituições financei-


ras bancárias e não bancárias e pelas instituições auxiliares
Obs.: a diferença do valor pago para o valor tomado pelo do SFN.
agente deficitário para a instituição financeira chama‑se
SPREAD, ou seja, é o lucro que a instituição financeira terá: • Agentes especiais: são intuições que ora executam
atividades das entidades do subsistema normativo ora
Valor Pago – Valor Tomado = SPREAD executam atividades do subsistema de intermediação.
Ex.: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal.
A remuneração paga pelos tomadores sempre será maior
que o valor que recebeu. Os bancos brasileiros são um dos Obs.: para explicar o que são as instituições bancárias e
mais lucrativos do mundo, ou seja, seu SPREAD é alto. as não bancárias, é preciso salientar o que são as “carteiras”

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que as instituições financeiras possuem. As carteiras podem – Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
ser interpretadas como credenciais que as instituições pos- (DTVM);
suem para operar em determinados ramos, por exemplo, – Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM);
um banco comercial como o Banco do Brasil necessita da – Bolsas de Valores;
carteira comercial, um banco de investimento necessita da – BM&F Bovespa;
carteira investimento. – Câmaras e Prestadores de serviços de compensação
As carteiras podem ser: Comercial, de Investimento, e liquidação;
Crédito Imobiliário, Financiamento, arrendamento mercantil. – Sociedades de Fomento Mercantil (Factoring).
Agora que sabemos o que são as carteiras das instituições do
Sistema Financeiro Nacional podemos explanar o que são as
instituições bancárias e não bancárias.

• Instituições bancárias (monetárias): são as entidades


que podem captar depósitos à vista, ou seja, podem
“criar moeda”. Criar moeda é quando atuam no ciclo
dos agentes superavitários para os deficitários. Inte-
gram as instituições Bancárias:
– Bancos Comerciais;
– Caixa Econômica;
– Cooperativa de Crédito;
– Bancos Cooperativos;
– Bancos Múltiplos (com carteira comercial).

• Instituições não bancárias (não monetárias): são as


demais entidades que não captam depósito à vista e
nem podem “criar moeda”; fazem intermediações a
prazo. Integram as instituições não bancárias: Todos esses intermediários aplicam os recursos captados
– Bancos de Investimento; junto às pessoas físicas e jurídicas por meio de empréstimos
– Bancos de Câmbio; e financiamentos. Essas intermediações são segmentadas
– Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimen- em quatro mercados específicos, que são:
to (financeiras); • Mercado Monetário: são as operações de curtíssimo
– Associação de Poupança e Empréstimo – APE; prazo, ou seja, é o mercado que atende as necessida-
– Sociedade de Crédito Imobiliário – SCI; des imediatas de liquidez dos agentes econômicos;
– Companhias Hipotecárias; controla a liquidez bancária.
– Agências de Fomento; • Mercado Cambial: são as operações que envolvem
– Bancos de Desenvolvimento; moedas de mais de um país. Faz a transformação de
– Bancos Múltiplos (sem carteira comercial). moeda estrangeira em moeda nacional ou de moeda
nacional em moeda estrangeira.
• Instituições auxiliares: são as entidades que atuam • Mercado de Capitais: são as operações de valores
na intermediação dos poupadores e investidores; mobiliários e de financiamento. Atuam as instituições
tendo as Bolsas de valores como elemento essencial auxiliares e não bancárias.
dessa relação, essas instituições atuam diretamente • Mercado de Créditos: são a operações de curto e mé-
para propiciar a liquidez dos valores mobiliários, por dio prazo, é utilizado para financiamentos de capital
exemplo, as ações. Integram as instituições auxiliares: de giro, capital fixo, rural, de habitação e outros.

Segmento Monetário Cambial Capitais Créditos


Prazo Curtíssimo prazo e à vista. Curto e à vista. Curto, médio e longo. Médio e curto.
Bancário, não bancário Bancário e auxiliar. Não bancário e auxiliar. Bancário e não bancário.
Sistema
e auxiliar.

Questões leiro, compreende um vasto sistema que abrange grupos


de instituições, entidades e empresas. Nesse sentido,
1. (Banespa/FCC/1997) As instituições financeiras privadas o Sistema Financeiro Nacional é compreendido por:
fazem parte do: a) Agentes econômicos e não econômicos que objetivam
a transferência de recursos financeiros, desde que previa-
Conhecimentos Bancários

a) Conselho Monetário Nacional.


b) Sistema Econômico Nacional. mente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários para
c) Sistema Financeiro Nacional. os demais agentes participantes do sistema.
d) Ministério da Fazenda. b) Instituições financeiras e filantrópicas, situadas no
e) Sistema de Desenvolvimento Econômico. território nacional, que têm como objetivo principal o fi-
nanciamento de obras públicas e a participação ativa em
Comentário: programas sociais.
Como vocês devem ter observado, a banca cobrou de c) Dois subsistemas: o normativo e outro de interme-
uma forma direta a questão. A resposta correta é a letra “c”. diação financeira, sendo que este último é composto por
instituições que estabelecem diretrizes de atuação das
2. (Caixa/Cesgranrio/2008) O Sistema Financeiro Nacional instituições financeiras operativas, como a Comissão de
(SFN), conhecido também como Sistema Financeiro Brasi- Valores Mobiliários.

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d) Um conjunto de instituições financeiras e instrumentos IV – do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico;
financeiros que visam, em última análise, a transferir recur- V  – das demais instituições financeiras públicas e pri-
sos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) vadas.
superavitários para os deficitários.
e) Uma rede de instituições bancárias, ONG, entidades Logo, o item e é o item correto. A secretaria do tesouro
e fundações que visam principalmente à transferência de nacional não integra o Sistema Financeiro Nacional.
recursos financeiros para empresas com déficit de caixa.
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Comentário:
Fica bem claro que o item que descreve exatamente o Sabemos que o Sistema Financeiro Nacional é composto por
que foi explicado é o item “d”. Ao observar a questão, mui- dois subsistemas, o normativo e o de intermediação. Estudare-
tos candidatos se assustam por acharem que a questão é mos, agora, a estrutura do SFN com seus órgãos e entidades,
difícil, pois tem itens grandes, mas, ao ler, fica evidente que sendo que serão detalhados com suas respetivas atribuições e
os itens são fáceis. competências. Antes de entrarmos definitivamente na estrutu-
ra, é preciso entender que garantir a solidez e a credibilidade do
3. (BCB/Cesgranrio/Analista/2010) O subsistema normativo sistema financeiro é uma tarefa tão importante que não pode
do Sistema Financeiro Nacional inclui os seguintes órgãos ser cumprida apenas pelos instrumentos de mercado, ou seja,
ou entidades: é necessária uma forte regulação e fiscalização por parte do
a) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Estado para que os objetivos sejam alcançados.
Brasil.
b) Comissão de valores Mobiliários e Caixa Econômica Conselho Monetário Nacional
Federal.
c) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil. Órgão criado em 31 de dezembro de 1964 a partir da
d) Banco Central do Brasil e Banco Nacional de Desen- Lei nº  4.595/1964, que tomaremos como base em  todo
volvimento Econômico e Social. nosso estudo.
e) Banco do Brasil e Superintendência de Seguros Priva- É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional. Essa
dos. característica é atribuída ao Conselho Monetário Nacional
(CMN), pois ele é o principal órgão normativo, ou seja, é o
Comentário: CMN quem fixa as diretrizes das políticas monetárias, cam-
O item que possui apenas órgãos ou entidades do subsis- biais e creditícia do Brasil. O  CMN possui apenas função
tema normativo é o item a. Todos os outros itens possuem normativa, e não executiva, pois essa distinção não facilitará
entidades do subsistema normativo e de intermediação. muito na resolução de questões quando os examinadores
fizerem uma mistura das atribuições do CMN (integralmente
4. (Cesgranrio/BNDES/Técnico de Arquivo/2011) Integram normativo) e do Bacen (normativo e executivo) que se o can-
o Sistema Financeiro Nacional: didato não estiver bem familiarizado com as atribuições dos
a) Conselho da República e Conselho Monetário Na- órgãos, facilmente poderá ser enganado pelos examinadores.
cional. Algumas particularidades importantes:
b) Banco do Brasil e Receita Federal. • Segundo a Lei nº 4.595/1964, o CMN é responsável por
formular a política da moeda e do crédito, buscando a
c) Conselho da República e Banco do Brasil.
estabilidade da moeda nacional e o desenvolvimento
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
do país.
Social e Receita Federal.
• Reuniões uma vez por mês ordinariamente, e extraor-
e) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil. dinariamente sempre que necessário.
• Todas as matérias aprovadas pelo CMN deverão ser
Comentário: regulamentadas por meio de resoluções normativas de
O item que apresenta entidades que integram o Sistema caráter público, e necessariamente precisarão ser pu-
Financeiro Nacional é o item e, pois o Banco Central com- blicadas no Diário Oficial da União, sendo que também
põe o subsistema normativo e o Banco do Brasil compõe o serão publicadas na página de normativos do Bacen.
subsistema de intermediação no que se refere à parte das • O CMN é composto pelos seguintes membros:
instituições auxiliares. – Ministro da Fazendo (Presidente do Conselho);
– Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
5. (Cesgranrio/BNDES/Técnico de Arquivo/2011) De acordo – Presidente do Banco Central.
com a Lei n° 4.595/1964, não integra o SistemaFinanceiro • A Lei nº 9.069/1995, em seu art. 9º, cria a Comissão
Nacional: Técnica da Moeda e do Crédito (CTMC), subordinada ao
a) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e CMN, onde essa comissão possui como função básica
Social. a regulamentação das decisões proferidas pelo CMN.
b) Banco do Brasil S.A. O CTMC é composto pelos seguintes membros:
c) Banco Central do Brasil. – Presidente do Banco Central do Brasil (é quem co-
Conhecimentos Bancários

d) Conselho Monetário Nacional. ordena);


e) Secretaria do Tesouro Nacional. – Presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
– Secretário Executivo do Ministério da Fazenda;
Comentário: – Secretário Executivo do Ministério do Planejamento,
Em seu artigo 1º a Lei n°  4.595/1964 diz: O sistema Orçamento e Gestão;
Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente – Secretário de Política Econômica do Ministério da
Lei, será constituído: Fazenda;
I – do Conselho Monetário Nacional; – Secretário do Tesouro Nacional;
II – do Banco Central da República do Brasil; – Quatro diretores do Banco Central indicados pelo
II – do Banco Central do Brasil; (Redação dada pelo De- presidente do próprio Bacen.
creto nº 278, de 28/2/1967) • Segundo a Lei nº 9.069/1995, em seu art. 10, compete
III – do Banco do Brasil S. A.; a CTMC:

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I – propor a regulamentação das matérias tratadas na VI – de Endividamento Público;
presente Lei, de competência do Conselho Monetário VII – de Política Monetária e Cambial.
Nacional;
II – manifestar‑se, na forma prevista em seu regimento
interno, previamente, sobre as matérias de competência
do Conselho Monetário Nacional, especialmente aquelas
constantes da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964;
III – outras atribuições que lhe forem cometidas pelo
Conselho Monetário Nacional.
• O art.  11 da Lei nº  9.069/1995 diz que funcionarão
junto ao Conselho Monetário Nacional as seguintes
Comissões Consultivas:
I – de Normas e Organização do Sistema Financeiro;
II – de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
III – de Crédito Rural;
Essas características estão ligadas ao CMN, agora vere-
IV – de Crédito Industrial;
mos alguns objetivos do conselho. É objetivo do CMN:
V  – de Crédito Habitacional, e  para Saneamento e
Infraestrutura Urbana;

Objetivo Comentário
Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais neces- Quando o CMN utiliza sua competência de determinar as
sidades da economia nacional e seu processo de desenvol- taxas de recolhimento compulsório, ele consegue determi-
vimento. nar quais as taxas que se adaptam melhor para a situação
financeira do país naquele momento.
Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo Prevenir o país de inflações onde os preços sobem por causa
ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de do aumento da procura do consumidor por produtos, ou de
origem interna ou externa, as  depressões econômicas e deflação onde os preços caem por não haver consumidores,
outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais. pois a oferta está em alta.
Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço Controlar qual o valor que o dinheiro nacional terá perante
de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização os outros países em suas relações financeiras.
dos recursos em moeda estrangeira.
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, Mostrar para as instituições quais são os melhores investi-
quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas mentos que podem ser feitos, para que a instituição finan-
diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvol- ceira e a economia nacional fiquem em ascensão.
vimento harmônico da economia nacional.
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instru- Ao propiciar esse aperfeiçoamento, torna as instituições
mentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema financeiras mais capacitadas, atendendo com eficiência
de pagamentos e de mobilização de recursos. todos os usuários.
Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras. É quando o CMN “cuida” para que o dinheiro fique disponível,
e que as instituições financeiras tenham saúde economia, ou
seja, não corram risco de falência.
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, É quando CMN normatiza sobre as políticas citadas no ob-
fiscal e da dívida pública, interna e externa. jetivo.
Estabelecer metas para a inflação e deflação. Ao estabelecer essas metas, o CMN busca manter a econo-
mia estável.

Obs.: deflação é um processo inverso ao da inflação, ou seja, enquanto a inflação reduz o valor do dinheiro, a deflação
aumenta o valor; compra‑se, então, uma quantidade maior de bens com a mesma quantidade de moeda. A deflação está
normalmente associada a períodos de recessão (como a Grande Depressão).

Existem algumas funções do CMN que são atribuições específicas, como:


Conhecimentos Bancários

Atribuição Comentário
Autorizar a emissão de papel‑moeda e moedas metálicas. É o responsável apenas pela autorização da emissão. Veremos
mais a frente que quem emite é o BACEN e quem imprime
é a casa da moeda.
Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN. É exatamente como discorre a atribuição, o CMN analisará
se os orçamentos do BACEN condizem com a situação atual
da economia.
Fixar diretrizes e normas da política cambial. O CMN fixa como serão as trocas de moeda nacional com as
de outros países.
Disciplinar o crédito em todas as suas formas. O CMN disciplinará como o crédito será disposto para quem
for utiliza‑lo.

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Determinar as taxas de recolhimento compulsório das ins- O recolhimento compulsório é um depósito que os bancos
tituições financeiras. comerciais fazem para o BACEN, esse recolhimento serve
para aquecer a economia, e cabe ao governo estabelecer os
valores a serem depositados.
Estabelecer limites para a remuneração das operações e Quais serão as taxas pagas pelos usuários na utilização das
serviços bancários. operações e serviços bancários
Regulamentar as operações de redesconto e liquidez. O redesconto é um banco recorre ao BACEN, que avalia as
condições de solidez e, sendo estas favoráveis, provê liquidez
à instituição para que ela continue operando.
Estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas tran- Como foi discorrido, é o CMN quem criam as normas a serem
sações com títulos públicos. seguidas pelo BACEN quando envolverem títulos públicos.
Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização das O CMN regulamentará como funcionarão as instituições
instituições financeiras no país. financeiras do país.

Segundo a Lei nº 4.728/1965, os mercados financeiros • Liquidez – É a disponibilidade do dinheiro, ou seja, são
e de capital são disciplinados pelo CMN e fiscalizados pelo os ativos e as aplicações feitas pelos bancos, que po-
Bacen. O  mercado de capitais também é fiscalizado pelo dem transformar rapidamente o dinheiro sem perder
Banco Central junto com a CVM (veremos com mais de- o valor, ou seja, a liquidez;
talhes). É importante memorizar os verbos em negrito da • Solvência – É a saúde econômica, é não correr riscos
tabela para saber diferenciar bem as ações do CMN com as de falência.
do Bacen, pois veremos a seguir que muitas competências
são parecidas, por exemplo, o CMN autoriza a emissão de O item correto é a letra “e”, pois, como foi explanado,
papel‑moeda, já o Bacen emite papel‑moeda. Observe que cabe ao CMN zelar pela liquidez e solvência das instituições
o CMN cumpre sua função normativa “autorizando”, já o financeiras.
Bacen cumpre uma função executiva “emitindo”.
3. (Cespe/Caixa/Técnico Bancário/2010) Junto ao CMN
Questões funcionam comissões consultivas de:
a) seguros privados.
1. (Cesgranrio/Caixa /Escriturário/2008) O Conselho Mo- b) crédito rural e de endividamento público.
netário Nacional (CMN) planeja, elabora, implementa e c) política internacional.
julga a consistência de toda a política monetária, cambial d) assuntos tributários.
e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política e) mercado futuro.
monetária e ao qual se submetem todas as instituições
que o compõem. Uma das atribuições do CMN é: Comentário:
a) administrar carteiras e a custódia de valores mobi- Como foi apresentado no esquema das comissões con-
liários. sultivas, o item correto é o b.
b) estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco
Central (Bacen) nas transações com títulos públicos. 4. (Cespe/Caixa/Técnico Bancário/2010) A Lei nº 4.595/1964,
c) executar a política monetária estabelecida pelo alterada pela Lei nº 6.045/1974, dispõe sobre as compe-
Banco Central. tências do CMN. De acordo com essa lei, compete ao CMN
d) regular a execução dos serviços de compensação de a) determinar as características gerais, exclusivamente,
cheques e outros papéis. das cédulas e dos tributos.
e) propiciar liquidez às aplicações financeiras, forne- b) coordenar sua própria política com a de investimentos
cendo, concomitantemente, um preço de referên- dos governos federal, estadual e municipal.
ciapara os ativos negociados no mercado. c) autorizar as emissões de papel‑moeda.
d) disciplinar o crédito em determinadas modalidades.
Comentário: e) fixar diretrizes e normas da política internacional.
O item a está errado, pois compete a CVM. O item c está
errado porque o CMN não possui nenhuma função executiva. Comentário:
O item d está errado, pois compete ao Bacen, o CMN não Umas das competências do CMN é a autorização de
tem função executiva. O item e está errado por que cabe a emissão de papel‑moeda, então o item correto é a letra “c”.
CVM. Logo o item correto é a letra b.
Obs.: o Tesouro Nacional é responsável pela emissão de 5. (Cespe/BB/Escriturário/2011) Entre as funções do CMN,
títulos públicos, porém normatização é sempre com o CMN. estão a de adaptar o volume dos meios de pagamento
às reais necessidades da economia e a de regular o valor
2. (FCC/BB/2011) A função de zelar pela liquidez e solvência interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de
Conhecimentos Bancários

das instituições financeiras autorizadas a funcionar no pagamentos.


País é:
a) da Federação Brasileira de Bancos. Comentário:
b) do Fundo Garantidor de Crédito. Todas as afirmações condizem exatamente com as com-
c) da Comissão de Valores Mobiliários. petências do CMN, logo o item está correto.
d) do Ministério da Fazenda.
e) do Conselho Monetário Nacional. Banco Central do Brasil (Bacen)
Comentário: O Banco Central foi criado em 31 de dezembro de 1964,
Para ficar bem claro o que é liquidez e solvência, pois com sede principal em Brasília, sendo que possui representa-
serão termos que usaremos muito no estudo de conheci- ções regionais em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza,
mentos bancários, vamos conceituá‑los: Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

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O Bacen é uma autarquia federal vinculada ao Minis- Tabela demonstrativa:
tério da Fazenda, sendo responsável pela parte executiva
do Sistema Financeiro Nacional. O Banco Central do Brasil Banco Emissor • Emite papel‑moeda
sempre cumpre e faz cumprir as deliberações impostas pelo
Banqueiro do Go- • Financiamento do Tesouro Nacio-
Conselho Monetário Nacional. É por meio do Banco Central verno nal.
que o governo faz suas intervenções diretamente no sistema • Administração da dívida pública da
financeiro. União.
Algumas particularidades importantes:
Banco dos Bancos • Recebimento dos depósitos com-
• Principal órgão executivo do Sistema Financeiro Na- pulsórios.
cional. • Efetua o redesconto.
• Representa o governo brasileiro perante as demais
Gestor do Sistema • Regula a compensação de cheques.
instituições financeiras internacionais.
Financeiro Nacio- • Autoriza o funcionamento das ins-
• Composto por uma diretoria colegiada de 8 membros,
nal tituições financeiras.
sendo um presidente e sete diretores todos nomeados • Penaliza quando necessário.
pelo Presidente da República.
Executor da Políti- • Controla os meios de pagamento.
• O presidente do Banco Central tem status de ministro.
ca Monetária • Controla o orçamento monetário.
• Com o objetivo de cumprir e fazer cumprir as dispo-
sições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor
e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Comitê de Política Monetária (Copom)
Nacional.
• Nomenclaturas adotadas ao Bacen: Banco dos bancos, O Comitê de Política Monetária (Copom) foi criado para
Banco emissor, Gestor do Sistema Financeiro, Executor estabelecer procedimentos de política monetária, e definir
da Política Monetária, Banqueiro do Governo. a meta da taxa básica de juros. O  comitê reúne‑se para
discutir quais são as perspectivas para economia brasileira,
Compete ao Bacen: e com isto analisam como andam os índices de inflação,
• formular as políticas monetárias e cambiais, em acordo como está o desenvolvimento da economia, dentre outros
com as políticas do Governo Federal; fatores. Ao final, decide qual será a taxa deliberada pelo
• emitir papel‑moeda; Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil,
• receber os recolhimentos compulsórios dos bancos; essa taxa é denominada Selic Meta, ou seja, é a meta do
• executar os serviços do meio circulante; Banco Central para as operações no Selic (Sistema Especial
• regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; de Liquidação e Custódia). O Copom pode estabelecer viés
• realizar operações de redescontos e empréstimo as de taxa de juros (de elevação ou de redução), prerrogativa
instituições financeiras. que autoriza o Presidente do BCB a alterar a meta para a
Taxa Selic na direção do viés a qualquer momento entre as
Obs. 1: a operação de redesconto é a concessão de um reuniões regulares do Copom. O viés é utilizado, normal-
empréstimo por parte do Banco Central a um banco comer- mente, quando alguma mudança significativa na conjuntura
cial, ou seja, para que os bancos possam resolver situações econômica for esperada.
de dificuldades nas tesourarias;
• regular os serviços de compensação de cheques e Obs.: no módulo que trata sobre Sistema de Pagamentos
outros papéis. Brasileiros detalha‑se o que é o Sistema Especial de Liquida-
ção e Custódia – Selic.
Obs. 2: Aqui deve‑se ter muito cuidado, pois o Bacen
apenas regula os serviços de compensação de cheque, quem Algumas particularidades importantes:
executa o serviço de compensação de cheque é o Banco • Composto pela diretoria colegiada do Bacen.
do Brasil. Os examinadores gostam muito de misturar isso; • As reuniões ocorrem oito vezes ao ano, mais ou menos
• autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições a cada 45 dias.
financeiras, punindo‑as, se for necessário; • As reuniões ocorrem em um período de dois dias
• estabelecer as condições para o exercício de qualquer
(terça e quarta‑feira). O primeiro dia é reservado para
cargo de direção, nas instituições financeiras privadas;
apresentação das estatísticas e discussões, e o segundo
• controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
é para a votação e definição da taxa de juros.
• exercer o controle do crédito sob todas as formas;
• Deverá ser divulgada a ATA da reunião seis dias úteis
• estabelecer via Copom, a taxa básica de juros para as
após a reunião em língua portuguesa, e em sete em
operações financeiras (Taxa Selic).
Conhecimentos Bancários

língua inglesa. A divulgação será na página do Banco


Obs. 3: o Bacen não pode mais emitir títulos públicos por Central, e junto à imprensa.
conta própria. Compete exclusivamente agora ao Tesouro • Quem estabelece a Taxa Selic é o Copom, mas quem
Nacional a emissão de Títulos Públicos Federais. fica responsável por manter a taxa próxima da meta
Obs. 4: no caso de autorização de instituição financeira estabelecida é a mesa de operações do mercado aberto
estrangeira, a autorização será por meio de Decreto do Poder do Bacen.
Executivo, e não do Bacen. • Caso os índices de inflação ultrapassem a meta esta-
belecida pelo Conselho Monetário Nacional, caberá
Reforçando, é  importante memorizar os verbos em ao presidente do Banco Central explicar o não cumpri-
negrito para saber diferenciar as ações do CMN com as do mento da meta através de uma carta para o Ministro
Bacen, e posteriormente os da CVM. da Fazenda.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Questões Comentário:
O item correto é a letra e. Compete ao Bacen a realiza-
1. (Cesgranrio/BNDES/Economia/2011) O Banco Central ção de operações de redesconto e também os empréstimos
do Brasil tem várias funções e características operacio- a instituições financeiras bancárias.
nais. Entre elas, a de que:
a) obtém recursos exclusivamente dos depósitos com- 5. (Cespe/Basa/Técnico Bancário/2004) Com relação às carac-
pulsórios dos bancos. terísticas e competências do Banco Central do Brasil (Bacen),
ao qual compete cumprir e fazer cumprir as disposições que
b) aprova o orçamento do setor público antes de exe-
lhe são atribuídas pela legislação em vigor e pelas normas
cutar a política monetária. expedidas pelo CMN, julgue o item subsequente.
c) financia os investimentos em infraestrutura logística O Bacen é o representante do governo brasileiro perante
do país. as demais instituições financeiras internacionais.
d) regula o funcionamento de todos os mercados de
ativos no país. Comentário: o item está correto, segundo a Lei nº 4.595/
e) regula os serviços de compensação de cheques. 1964, em seu art. 11, compete ainda ao Banco Central da
República do Brasil: “I – Entender‑se, em nome do Governo
Comentário: Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e
O item a está errado, pois o Bacen não recebe recurso internacionais”.
apenas dos bancos. O item b está errado, porque só o Banco
Central executa a política monetária. O item c está errado Tabela mnemônica para os verbos do CMN e do Bacen:
porque cabe ao BNDES e não ao Bacen. O item d está errado,
competência também da CVM. Logo, o item correto é a letra e. CMN BACEN
Órgão máximo do Diretoria colegiada
2. (Cesgranrio/Caixa/Técnico Bancário/2012) O Sistema SFN
Financeiro Nacional é composto por diversas entidades,
• Disciplinar • Executar
dentre as quais os órgãos normativos, os operadores e
• Regulamentar • Exercer
as entidades supervisoras. A entidade responsável pela
• Zelar • Controlar
fiscalização das instituições financeiras e pela autoriza- Verbos • Fixar diretrizes • Fiscalizar
ção do seu funcionamento é o para • Determinar • Punir
a) Banco Central do Brasil. fixação • Coordenar • Realizar
b) Conselho Monetário Nacional. • Regular • Receber
c) Fundo Monetário Internacional. • Estabelecer
d) Conselho Nacional de Seguros Privados. • Adaptar
e) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Cuidado • Autorizar emissão • Regulamentar (mer-
Social (BNDES). com esses de papel‑moeda. cado de câmbio e
verbos COMPE)
Comentário: • Determinar (compul-
A entidade responsável pala fiscalização e autorização sório)
do funcionamento das instituições financeiras é o Bacen, • Emitir (papel‑moeda)
então, o item correto é a letra a.
OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO
3. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) O Banco Cen-
tral do Brasil tem como atribuição Mercado de Crédito
a) receber os recolhimentos compulsórios dos bancos.
b) garantir a liquidez dos títulos de emissão do Tesouro O mercado de crédito são as operações de curto e médio
Nacional. prazo, onde esse capital tomado é utilizado para financia-
c) acompanhar as transações em bolsas de valores. mentos de capital de giro, capital fixo, rural, de habitação e
d) assegurar o resgate dos contratos de previdência outros. A necessidade de muitas pessoas físicas e jurídicas
privada. adquirirem esses créditos faz com que diversos produtos
e) fiscalizar os repasses de recursos pelo BNDES. tenham taxas diversas.

Comentário: Algumas Particularidades Importantes


O item correto é a letra a. O recolhimento compulsório
é uma medida que visa diminuir a criação de moedas feita A relação envolve geralmente uma instituição financeira
pelos bancos comerciais. O que acaba efetivamente criando (credora) e um cliente (devedor). Os principais produtos de
moeda é o SPRED bancário. crédito são:
• CROT – Crédito Rotativo em Conta Corrente;
Conhecimentos Bancários

4. (Cespe/Caixa/Técnico Bancário/2010) As competências • Cartão de Crédito;


• Empréstimo sob penhor de joias;
privativas do Bacen incluem
• Crédito com pagamentos parcelados:
a) a emissão de debêntures conversíveis em ações. − Empréstimos:
b) a definição da tributação das operações financeiras. a) Consignado;
c) o exercício da fiscalização das instituições financei- b) Crédito para imóvel.
ras, sem, contudo, aplicar-lhes penalidades. − Financiamento:
d) a concessão de autorização às instituições finan- a) Veículos;
ceiras para arquivarem os seus estatutos na junta b) Construção;
comercial. c) Financiamento estudantil;
e) a realização de operações de redesconto e emprés- d) Microcrédito;
timos a instituições financeiras bancárias. e) Crédito rural.

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Risco de Crédito • acompanhamento integral do fluxo de risco de crédito,
desde a etapa inicial de estudo de uma operação até
Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de seu cancelamento, incluindo o acompanhamento e
perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou monitoramento do crédito e um eventual processo de
contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos recuperação;
termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito • proporcionar a informação gerencial, adequada para
decorrente da deterioração na classificação de risco do to- cada nível do Banco, sobre a evolução dos riscos e
mador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens modelos internos, facilitando assim sua integração na
concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. estrutura do Banco;
A Gestão do Risco de Crédito é responsabilidade de todas • desenvolver e integrar no gerenciamento de riscos fer-
as unidades de negócios. São elas que, em suas operações ramentas avançadas (sistemas, modelos) de controle,
diárias, assumem risco tendo em vista a rentabilidade dos classificação e medição do risco de crédito;
seus negócios. • alcançar um conhecimento abrangente do perfil de
Cabe a estas áreas aplicar as políticas, procedimentos, risco dos clientes e dos segmentos nos quais o Ban-
sistemas e modelos para a identificação, avaliação, decisão, co atua;
mitigação e mensuração do risco de crédito, em todo o ci-
• dispor de bases de dados completas, consistentes e
clo de crédito (pré‑concessão, concessão, monitoramento,
com mecanismos que permitam identificar as fontes
cobrança, recuperação e renovação do crédito).
As áreas de controle de risco, para desempenharem suas originais do risco do crédito.
funções, têm acesso irrestrito às políticas, procedimentos,
sistemas e modelos das unidades de negócio. Processo de Gestão do Risco de Crédito

Gestão de Crédito O processo de gestão do risco de crédito inclui a descri-


ção e as regras que regem todas as etapas do ciclo do risco
A gestão de crédito é composta pelas etapas de: decisão, de crédito: aprovação, acompanhamento e recuperação.
formalização, monitoramento e cobrança, adaptados ao Os objetivos do processo e gestão do risco do crédito do
perfil dos clientes e segmentos. Esse processo é operacio- BCGBr visam ao estabelecimento de um processo de crédi-
nalizado e controlado por sistemas que possibilitam o acom- to alinhado com a filosofia e missão do BCGBr em matéria
panhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito. de gestão do risco de crédito. O risco de crédito é uma
componente chave das atividades do Banco que considera
Controle do Risco de Crédito fundamental a existência de uma gestão integral, proativa e
dinâmica do risco. Essa gestão deve ser fundamentada sobre
A governança do gerenciamento de risco de crédito é su- uma estrutura e ferramentas que permitam ao BCGBr atingir
portada em comitês, que atuam primordialmente avaliando os seguintes objetivos:
as condições competitivas de mercado, definindo o apetite • facilitar a realização dos objetivos estratégicos do
para risco do BCGBr e revendo práticas de controle e políticas. Banco por meio de políticas adaptadas aos segmentos
de atuação do Banco;
Objetivos • aplicar eficientemente as políticas relativas à gestão
do risco de crédito aprovadas pela Casa Matriz, pelo
Gerenciar o risco de crédito de maneira eficiente e pru- Conselho de Administração e pelo Comitê de Crédito;
dente, assegurando‑se que a exposição ao risco de crédito • preservar um nível da solvência adequado através de
seja corretamente identificada, medida, administrada e ferramentas e medidas focadas em atingir rentabilida-
controlada; isso dentro dos níveis e diretrizes aprovados
de compatível com o consumo de recursos próprios;
pelos órgãos de direção do BCGBr. O gerenciamento inte-
• exercer as atividades de gestão de risco de crédito com
gral e dinâmico de risco faz parte das atividades chave do
Banco. O risco de crédito é um componente fundamental eficiência dando ao Banco uma estrutura organizacio-
da estrutura de gestão do BCGBr, motivo pelo qual seu ge- nal adequada e atualizada sobre risco de crédito;
renciamento deve ser estruturado conforme os seguintes • implementar processos de aprovação, acompanha-
princípios gerais: mento e recuperação de crédito ágeis e competitivos,
• Independência: o gerenciamento de risco como valor com decisões consistentes com o nível do risco avalia-
prioritário, não negociável e exercido sem concessões do;
frente às pressões externas ou internas; • contar com uma avaliação abrangente das caracterís-
• Objetividade: a tomada de decisões está baseada ticas, do perfil de risco e da qualidade de crédito dos
exclusivamente na análise rigorosa das informações clientes e das operações de BCGBr;
sobre os clientes e as operações solicitadas; • estabelecer uma diferenciação eficiente e relevante
• Globalidade: Intervenção na totalidade do ciclo de dos tipos de risco através da classificação da exposição
Conhecimentos Bancários

risco do Banco. por grupos ou níveis de risco homogêneos;


• desenvolver e integrar sistemas, modelos e outras fer-
O Conselho de Administração do BCGBr é o órgão que ramentas adequadas e avançadas em todo o processo
controla, de maneira global e periódica, o processo de ge- de gestão do risco de crédito.
renciamento e de controle do Risco de Crédito do Banco. Fonte: https://www.bcgbrasil.com.br/Divulgacao‑informacoes/
O gerenciamento de risco do BCGBr, apoiando‑se nos Gestao‑Risco/Paginas/Risco‑de‑Credito.aspx.
princípios gerais acima mencionados, busca a realização dos Acesso em: 18 set. 2018
seguintes objetivos:
• conscientizar todas as áreas do Banco, especialmente Crédito Rural
as áreas envolvidas no processo / fluxo de crédito, da
necessidade e obrigação de alcançar os objetivos acima São operações de crédito destinadas aos financiamentos
mencionados; exclusivos da área agronegócio. Quem realiza essa modali-

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dade de crédito são as instituições detentoras da carteira 3. Que atividades podem ser financiadas pelo crédito
comercial, ou seja, os bancos comerciais e os bancos múlti- rural?
plos com carteira comercial. As atividades de: custeio para cobrir as despesas normais
O Crédito Rural abrange recursos destinados ao custeio, dos ciclos produtivos; investimento em bens ou serviços,
investimento ou comercialização. As  suas regras, finalida- cujo desfrute se estenda por vários períodos de produção;
des e condições estão estabelecidas no Manual de Crédito comercialização para cobrir despesas próprias da fase pos-
Rural (MCR), elaborado pelo Banco Central do Brasil. Essas terior à coleta da produção ou para converter em espécie
normas são seguidas por todos os agentes que compõem o os títulos oriundos de sua venda ou entrega pelos produtos
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), como bancos e ou suas cooperativas.
cooperativas de crédito.
Os créditos de custeio ficam disponíveis quando os 4. Como se classifica o custeio?
recursos se destinam a cobrir despesas habituais dos ciclos O custeio se classifica em: custeio agrícola; custeio pecuá­
produtivos, da compra de insumos à fase de colheita. Já os rio; custeio de beneficiamento ou industrialização.
créditos de investimento são aplicados em bens ou serviços
duráveis, cujos benefícios repercutem durante muitos anos. 5. A que pode se destinar o crédito de custeio?
Por fim, os créditos de comercialização asseguram ao pro-
A despesas normais, tais como: do ciclo produtivo de
dutor rural e a suas cooperativas os recursos necessários à
lavouras periódicas, da entressafra de lavouras permanentes
adoção de mecanismos que garantam o abastecimento e
ou da extração de produtos vegetais espontâneos ou cultiva-
levem o armazenamento da colheita nos períodos de queda
dos, incluindo o beneficiamento primário da produção obtida
de preços.
O produtor pode pleitear as três modalidades de crédito e seu armazenamento no imóvel rural ou em cooperativa; de
rural como pessoa física ou jurídica. As cooperativas rurais exploração pecuária; de beneficiamento ou industrialização
são também beneficiárias naturais do sistema. Ano a ano, de produtos agropecuários.
o governo Federal tem alocado cada vez mais
recursos para o crédito rural. A maior parte do dinheiro 6. Quem pode se utilizar do crédito rural?
destina‑se a créditos de custeio para cobrir os gastos roti- Podem utilizar o crédito rural: produtor rural (pessoa
neiros com as atividades no campo. Esse dinheiro é tomado física ou jurídica); cooperativa de produtores rurais; e pessoa
diretamente nos bancos ou por meio das cooperativas de física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se
crédito. dedique a uma das seguintes atividades:
A oferta de linhas de créditos para investimentos conta a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscali-
com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco- zadas ou certificadas;
nômico e Social (BNDES) e dos Fundos Constitucionais de b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação
Financiamento do Centro‑Oeste, Norte e Nordeste, conhe- artificial e embriões;
cidos, pela ordem, como FCO, FNO e FNE. c) prestação de serviços mecanizados de natureza agro-
Fonte: www.agricultura.gov.br/poliƟca‑agricola/credito‑rural pecuária, em imóveis rurais, inclusive para proteção do solo;
d) prestação de serviços de inseminação artificial, em
Algumas particularidades importantes: imóveis rurais;
• o Banco do Brasil é responsável pela política do crédito e) medição de lavouras;
rural; f) atividades florestais.
• o objetivo do crédito rural é fomentar a área rural
através de investimentos; 7. A contratação de assistência técnica é obrigatória?
• é necessária a apresentação de garantias para obten- Cabe ao produtor decidir sobre a contratação de serviços
ção de financiamento. de assistência técnica, salvo quando considerados indispen-
sáveis pelo financiador ou quando exigidos em regulamento
Questionário site Bacen
de operações com recursos oficiais.
1. O que é o Manual de Crédito Rural (MCR)?
8. Quais são as exigências essenciais para concessão
É o documento que consolida os diversos normativos
de crédito rural?
que regulamentam o crédito rural no Brasil. O Manual de
Crédito Rural pode ser consultado em nossa página em As exigências são: idoneidade do tomador; apresenta-
“Publicações > Manuais > MCR – Manual de Crédito Rural”. ção de orçamento, plano ou projeto, salvo em operações
de desconto; oportunidade, suficiência e adequação dos
2. Quais são os objetivos do crédito rural? recursos; observância de cronograma de utilização e de re-
Os objetivos são: estimular os investimentos rurais embolso; fiscalização pelo financiador; liberação do crédito
diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas asso-
Conhecimentos Bancários

efetuados pelos produtores ou por suas cooperativas; fa-


vorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a ciações formais ou informais, ou organizações cooperativas;
comercialização de produtos agropecuários; fortalecer o observância das recomendações e restrições do zoneamento
setor rural; incentivar a introdução de métodos racionais agroecológico e do Zoneamento Ecológico‑Econômico (ZEE).
no sistema de produção, visando ao aumento de produtivi-
dade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e 9. É  necessária a apresentação de garantias para ob-
à adequada utilização dos recursos naturais; propiciar, pelo tenção de financiamento rural? Como é feita a escolha
crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos dessas garantias?
pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalha- Sim. A escolha das garantias é de livre convenção entre o
dores rurais; desenvolver atividades florestais e pesqueiras; financiado e o financiador, que devem ajustá‑las de acordo
estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra com a natureza e o prazo do crédito, observada a legislação
na agricultura familiar. própria de cada tipo. Pode constituir‑se de:

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou ce- a) recursos controlados, exceto quanto aos dos Fundos
dular; Constitucionais:
• alienação fiduciária; I – obrigatórios: taxa efetiva de juros de 8,75% a.a. (oito
• hipoteca comum ou cedular; inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano) para
• aval ou fiança; as operações contratadas a partir de 1º/7/2015, permitida
• seguro rural ou ao amparo do Programa de Garantia a sua redução, a critério da instituição financeira, em finan-
da Atividade Agropecuária (Proagro); ciamentos de custeio rural a produtores e suas cooperativas
• proteção de preço futuro da commodity agropecuária, de produção agropecuária em que o tomador dispuser de
inclusive por meio de penhor de direitos, contratual mecanismo de proteção de preço ou de seguro da produção
ou cedular; esperada ou ao amparo do Proagro;
• outras que o Conselho Monetário Nacional admitir. II – das Operações Oficiais de Crédito: a serem divulga-
das quando da instituição da respectiva linha de crédito;
10. A que tipo de despesas está sujeito o crédito rural? III – nas operações subvencionadas pela União, sob a
As despesas de: remuneração financeira; Imposto forma de equalização de encargos financeiros: de acordo
sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e  sobre com o que for definido pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN);
Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF);
IV – créditos de comercialização: taxa efetiva de juros
custo de prestação de serviços; as previstas no Programa
de 10,5% a.a. (dez inteiros e cinco décimos por cento ao
de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); prêmio
ano) para as operações de Financiamento para Garantia de
de seguro rural, observadas as normas divulgadas pelo Preços ao Produtor (FGPP), e de 8,75% a.a. (oito inteiros
Conselho Nacional de Seguros Privados; sanções pecuniá- e setenta e cinco centésimos por cento ao ano) para as
rias; prêmios em contratos de opção de venda, do mesmo demais operações de comercialização;
produto agropecuário objeto do financiamento de custeio b) recursos não controlados: livremente pactuadas
ou comercialização, em bolsas de mercadorias e futuros entre as partes, observando‑se que no caso de recursos
nacionais, e taxas e emolumentos referentes a essas ope- da poupança rural, deve‑se tomar por base:
rações de contratos de opção. I  – a remuneração básica aplicável aos depósitos de
Nenhuma outra despesa pode ser exigida do mutuário, poupança com data de aniversário no dia da assinatura do
salvo o exato valor de gastos efetuados à sua conta pela respectivo contrato, acrescida de taxa efetiva de juros; ou
instituição financeira ou decorrentes de expressas disposi- II – taxa efetiva de juros prefixada.
ções legais.
14. Como obter financiamentos ao amparo dos Pro-
11. Como se classificam os recursos do crédito rural? gramas com recursos equalizados pelo Tesouro Nacional
Controlados: junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade e Social (BNDES)?
de depósito à vista); Por meio dos agentes financeiros credenciados pelo
b) os das Operações Oficiais de Crédito sob supervisão BNDES.
do Ministério da Fazenda;
c) os de qualquer fonte destinados ao crédito rural na 15. Como pode ser liberado o crédito rural?
forma da regulação aplicável, quando sujeitos à subvenção da De uma só vez ou em parcelas, por caixa ou em conta de
União, sob a forma de equalização de encargos financeiros, depósitos, de acordo com as necessidades do empreendi-
inclusive os recursos administrados pelo Banco Nacional de mento, devendo sua utilização obedecer a cronograma de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); aquisições e serviços.
d) os oriundos da poupança rural, quando aplicados se-
gundo as condições definidas para os recursos obrigatórios;
e) os dos fundos constitucionais de financiamento re- 16. Como deve ser pago o crédito rural?
gional; De uma vez só ou em parcelas, segundo os ciclos das
f) os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). explorações financiadas. O prazo e o cronograma de reem-
bolso devem ser estabelecidos em função da capacidade
de pagamento, de maneira que os vencimentos coincidam
Não controlados: todos os demais.
com as épocas normais de obtenção dos rendimentos da
atividade assistida.
12. Quais são os limites de financiamento?
O limite de crédito de custeio rural, por beneficiário, em 17. A  instituição financeira é obrigada a fiscalizar a
cada safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural aplicação do valor financiado?
(SNCR), é  de R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil Sim. É obrigatória a fiscalização direta de todos os crédi-
reais), devendo ser considerados, na apuração desse limite,
Conhecimentos Bancários

tos, ressalvados os casos expressamente previstos.


os créditos de custeio tomados com recursos controlados,
exceto aqueles tomados no âmbito dos fundos constitucio- 18. Quando deve ser realizada a fiscalização do crédito
nais de financiamento regional. rural?
O limite de crédito para investimento rural com recursos Deve ser efetuada nos seguintes momentos:
obrigatórios, por beneficiário, por ano agrícola, em todo o • crédito de custeio agrícola: antes da época prevista
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), é de R$385.000,00 para colheita;
(trezentos e oitenta e cinco mil reais) independentemente • Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso da
dos créditos obtidos para outras finalidades. operação;
• crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez no
13. Quais são as taxas efetivas de juros segundo a ori- curso da operação, em época que seja possível verificar
gem dos recursos aplicados? sua correta aplicação;

12 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• crédito de investimento para construções, reformas 23. Segundo a natureza das garantias como devem ser
ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão do utilizados os títulos de crédito rural?
cronograma de execução, previsto no projeto; Com garantia real:
• demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após penhor: Cédula Rural Pignoratícia;
cada utilização, para comprovar a realização das obras, hipoteca: Cédula Rural Hipotecária;
serviços ou aquisições. penhor e hipoteca: Cédula Rural Pignoratícia e Hipote-
cária.
Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos recursos Com ou sem garantia real ou fidejussória: Cédula de
orçamentários, o desenvolvimento das atividades financiadas Crédito Bancário e contrato.
e a situação das garantias, se houver. Sem garantia real: Nota de Crédito Rural.

19. Quais são os instrumentos utilizados para a forma- 24. Quando o título de crédito rural adquire eficácia
lização do crédito rural? contra terceiros?
De acordo com o Decreto‑Lei nº 167, de 14/02/1967, e da Apesar de a cédula rural valer entre as partes desde a
emissão, ela só adquire eficácia contra terceiros depois de
Lei nº 10.931, de 02/08/2004, a formalização do crédito rural
registrada no Cartório de Registro de Imóveis competente.
pode ser realizada por meio dos seguintes títulos:
• Cédula Rural Pignoratícia (CRP);
• Cédula Rural Hipotecária (CRH); Questões
• Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH);
1. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2013) As linhas ban-
• Nota de Crédito Rural (NCR);
cárias de crédito rural possibilitam ao cliente acessar
• Cédula de Crédito Rural Bancário (CCB).
financiamento:
a) para atividades de comercialização da produção.
Faculta‑se a formalização do crédito rural por meio de b) do custeio das despesas pessoais e familiares.
contrato, no caso de peculiaridades insuscetíveis de adequa- c) com liberação de uma só vez, independentemente
ção aos títulos acima mencionados. do cronograma de aquisições e serviços.
d) sem apresentação de garantias ao financiador.
20. Quais são as finalidades e beneficiários do Micro- e) para investimento em bens ou serviços cujo aprovei-
crédito Produtivo Rural (Grupo “B”)? tamento se estenda por um único ciclo produtivo.
A Linha de Crédito de Investimento para Agroecologia
(Pronaf Agroecologia) está sujeita às seguintes condições Comentário:
especiais: O crédito rural é um financiamento destinado a produto-
a) são beneficiários os agricultores familiares benefici- res rurais ou associações de produtores rurais. Logo, o item
ários do Pronaf, desde que apresentem projeto técnico ou correto é a letra a.
proposta simplificada para:
I – sistemas de produção de base agroecológica, ou em 2. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) Sobre opera-
transição para sistemas de base agroecológica, conforme ções de crédito rural é correto afirmar:
normas estabelecidas pela Secretaria Especial de Agricultura a) Podem ser utilizadas por produtor rural, desde que
Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead); pessoa física.
II – sistemas orgânicos de produção, conforme normas b) Não podem financiar atividades de comercialização
estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e da produção.
Abastecimento (MAPA); c) É necessária a apresentação de garantias para ob-
b) a finalidade deste programa é o financiamento dos tenção de financiamento.
sistemas de base agroecológica ou orgânicos, incluindo‑se d) Não estão sujeitas a Imposto sobre Operações de
os custos relativos à implantação e manutenção do empre- Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações rela-
endimento. tivas a Títulos e Valores Mobiliários – IOF.
e) Devem ser apresentados orçamento, plano ou pro-
21. O que é Nota Promissória Rural? jeto nas operações de desconto de Nota Promissória
Rural.
Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo de bens
de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas
Comentário:
diretamente por produtores rurais ou por suas cooperati-
O item a está errado, pois o crédito rural pode ser uti-
vas; nos recebimentos, pelas cooperativas, de produtos da lizado por pessoas jurídicas também. O item b está errado,
mesma natureza entregues pelos seus cooperados, e  nas pois o crédito rural financia todas as etapas da produção,
entregas de bens de produção ou de consumo, feitas pelas
Conhecimentos Bancários

desde a plantação até a comercialização. O  item d está


cooperativas aos seus associados. O devedor é, geralmente, errado, porque o crédito rural é uma linha de crédito, logo
pessoa física. há a incidência de IOF. O item e está errado pois no final
está faltando acrescentar duplicata rural. Logo, o item que
22. O que é Duplicata Rural? foi discorrido corretamente foi o item c.
Nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza agrí-
cola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
por produtores rurais ou por suas cooperativas, poderá ser
utilizada também, como título do crédito, a duplicata rural. O crédito direto ao consumidor é um tipo de operação de
Emitida a duplicata rural pelo vendedor, este ficará obrigado crédito, ou seja, são empréstimos concedidos por instituições
a entregá‑la ou a remetê‑la ao comprador, que a devolverá financeiras ou lojas de departamentos. As compras realizadas
depois de assiná‑la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica. pelos clientes serão quitadas a prazo.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Algumas particularidades importantes: • o novo cliente informado deverá possuir limite de
• é bastante utilizado na compra de móveis, eletrodo- crédito aprovado.
mésticos e veículos;
• o bem geralmente fica como garantia do pagamento, Questão
ou seja, se não for quitado da maneira firmada no
contrato, a parte que concedeu o crédito terá direito (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2013) As operações
ao bem novamente; denominadas Crédito Direto ao Consumidor são carac-
• as compras a prazo nos cartões de crédito também terizadas:
podem ser considerados crédito direto ao consumidor. a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa
• incide IOF (Impostos sobre Operações Financeiras); física.
• no CDC há cobrança de juros que varia conforme o b) por destinação ao financiamento de bens e serviços
valor do empréstimo; para pessoas físicas ou jurídicas.
• não poderá ser feita alteração das taxas de juros ou c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total
das parcelas depois de contratada a operação; para clientes correntistas dos bancos.
• há a possibilidade de antecipação das parcelar com d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento
alguns descontos; de parcelas.
• as empresas podem efetuar convênio com os bancos e) pela ausência de gravame no caso de financiamento
e então oferecer CDC para seus clientes. de veículos usados.

Questionário site Banco do Brasil Comentário:


O item a está errado, pois há a incidência de IOF. O item
O que é CDC? c está errado, pois não existe a dispensa de informação do
CDC ou Crédito Direto ao Consumidor são operações custo efeito total. O item d está errado, pois existe a possibi-
de crédito concedidas pelos Bancos, ou pelas chamadas lidade de antecipação de pagamentos. O item e está errado,
Financeiras, a  pessoas físicas ou jurídicas, destinadas a pois existe ônus.
empréstimos sem direcionamento ou financiamentos de
bens ou serviços. Sociedades Administradoras de Cartões de
Crédito
O que preciso fazer para ter um CDC no Banco do Brasil?
É necessário ter uma conta corrente no Banco do Brasil, As sociedades administradoras de Cartões de Crédito não
com cadastro atualizado, sem restrições e limite de crédito são instituições financeiras que prestam serviços de emissão e
aprovado. administração de cartões de crédito. As sociedades administra-
doras permitem que os usuários dos cartões possam adquirir
Como saberei qual é o meu limite? bens ou serviços para que façam o pagamento posteriormente,
O limite pode ser consultado no rodapé dos extratos respeitando um determinado limite para cada cliente.
de conta corrente ti nos Terminais de Autoatendimento e
internet, CABB (Central de Atendimento Banco do Brasil) ou Cartões de Crédito
em qualquer agência do BB.
Os cartões de crédito são utilizados para compra de bens
Como posso contratar um CDC? ou serviços, de uma forma em que facilite a transação dos
Depois de definido o limite, você pode acessar qualquer envolvidos na relação comercial.
um dos Terminais de Autoatendimento, internet, CABB Algumas particularidades importantes:
(Central de Atendimento Banco do Brasil), agências do BB • os pagamentos das compras serão realizados na data
ou diretamente nos terminais POS das lojas, dependendo de vencimento da fatura;
• o não pagamento da fatura acarretará em cobrança de
da linha a ser utilizada.
juros;
• as instituições financeiras poderão cobrar cinco tarifas
Qual é a taxa de juros e o prazo do CDC?
referentes à prestação de serviços de cartão de crédito:
A taxa de juros e o prazo variam de acordo com a linha anuidade, emissão de segunda via do cartão, tarifa para
de CDC pretendida. uso na função saque, para uso do cartão no pagamento
de contas e no pedido de avaliação emergencial do
O que é IOF? limite de crédito;
IOF é Imposto sobre Operações Financeiras que incide • existem cartões de créditos destinados a pessoas físicas
em toda operação financeira, como o CDC, sendo recolhido e cartões destinados a empresas;
e repassado ao Governo pela instituição financeira que con- • há a possibilidade do cartão de crédito ser usado
cede o crédito. No CDC do Banco do Brasil, o cliente pagará o somente no Brasil, mas alguns cartões podem ser
IOF diluído nas parcelas do seu financiamento. usados no exterior, porém, o usuário deverá respeitar
os limites impostos pela lei e o pagamento da fatura
Conhecimentos Bancários

É possível efetuar a substituição do financiado? deverá ser realizado em moeda nacional;


Sim. Você pode realizar a substituição do cliente financia- • o Banco Central regula e fiscaliza as operações de
do do seu contrato. Para tanto, observe algumas condições: cartão de crédito somente nos casos em que a emis-
• o instrumento de crédito de celebração da operação são do cartão tem a participação de uma instituição
deve ser, exclusivamente, contrato; Financeira.
• a transferência de titularidade só pode ser realizada de
Pessoa Física para Pessoa Física, não sendo permitida Questionário retirado do site Bacen
a transferência para Pessoa Jurídica;
• o contrato deve estar com as parcelas em dia; O Banco Central regula e fiscaliza as operações de cartão
• se o contrato estiver em cobrança por escritório de de crédito?
cobrança, primeiramente, deve ser regularizado o Sim. As  atividades de emissão de cartão de crédito
contrato para dar início ao processo; exercidas por instituições financeiras estão sujeitas à re-

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gulamentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional Fundos Mútuos de Investimento
(CMN) e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos artigos
4º e 10 da Lei nº 4.595, de 1964. Todavia, nos casos em que Questionário Site Franklintempleton
a emissão do cartão de crédito não tem a participação de
instituição financeira, não se aplica a regulamentação do O que é um fundo mútuo?
CMN e do Banco Central. Fundos mútuos oferecem oportunidades para diversos
investidores, que compartilham objetivos de investimento
O banco pode debitar em minha conta os valores rela-
semelhantes, de associarem seu dinheiro e tê‑lo investido e
tivos à fatura do cartão de crédito?
gerido por gestores de investimento profissionais. Um fundo
Sim, desde que você tenha, previamente, solicitado ou
pode estar investido em ações, títulos e instrumentos finan-
autorizado por escrito ou por meio eletrônico a realização
do débito. A  referida autorização é admitida no próprio ceiros com alta liquidez. Os gestores de carteira selecionam e
instrumento contratual de abertura de conta de depósito. administram os ativos nos quais o fundo esteja posicionado,
e  os investidores partilham dos rendimentos, despesas,
Fiz compras parceladas no cartão e não terminei de e de qualquer ganho ou perda que o fundo incorra nesses
pagar, mas quero cancelar esse cartão. Posso cancelar? investimentos, na proporção das suas cotas.
Sim, o contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a
qualquer momento. No entanto, é importante salientar que Como os fundos mútuos podem atender às minhas
o cancelamento do contrato de cartão de crédito não quita necessidades?
ou extingue dívidas pendentes. Assim, deve ser buscado en- Existem diversos tipos de fundos mútuos com objetivos
tendimento com o emissor do cartão sobre a melhor forma diferentes para atender às necessidades do investidor. Em
de liquidação da dívida. geral, existem três tipos básicos: fundos de ações, fundos de
renda fixa e fundos balanceados.
Quais tarifas podem ser cobradas sobre o cartão de
crédito? Tipos de Fundos Mútuos
Os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à
prestação de serviços de cartão de crédito: anuidade, emis- Fundos de ações investem em ações ordinárias de em-
são de segunda via do cartão, tarifa para uso na função saque, presas de capital aberto, geralmente tendo valorização do
para uso do cartão no pagamento de contas e no pedido de capital como objetivo.
avaliação emergencial do limite de crédito. Fundos de renda fixa investem em títulos de empresas,
de governos e municípios, geralmente tendo rendimentos
Questões correntes como objetivo.
Fundos balanceados variam seus ativos entre ações,
1. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2012) Nos dias títulos e instrumentos financeiros de alta liquidez dependen-
de hoje, o uso do “dinheiro de plástico” está superando do das atuais condições do mercado, tendo como objetivo
cada vez mais outras modalidades de pagamento, que, uma combinação tanto de rendimento corrente quanto de
com o passar dos anos, estão ficando obsoletas. Um tipo aumento do capital.
de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio Existem outras distinções entre os fundos mútuos que en-
de rua é o volvem diferentes estilos e focos de investimento. Essas distin-
a) cartão cidadão. ções criaram uma ampla seleção de fundos mútuos, de forma a
b) cartão de crédito. atender a necessidade de cada investidor e incluem o seguinte:
c) cartão de senhas.
d) talão de cheques. Estilos de Investimento
e) internet banking.
Valor  – investem em ações de empresas que estejam
Comentário: o cartão de crédito é uma forma de dinheiro sendo negociadas abaixo de seu valor intrínseco ou oportu-
de plástico, logo, o item correto é a letra b. nidades que tenham sido ignoradas pelo mercado.
Crescimento – investem em ações de empresas com cres-
2. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2002) O cartão de
cimento de receita e lucros acima da média ou em empresas
crédito é um serviço de intermediação que permite ao
que estejam bem posicionadas para se capitalizarem com a
consumidor adquirir bens e serviços em estabelecimen-
tos comerciais previamente credenciados mediante a tendência de crescimento de longo prazo.
comprovação de sua condição de usuário. Essa com-
provação é geralmente realizada no ato da aquisição, Foco de Investimento
mediante apresentação do cartão ao estabelecimento
comercial. Fundos globais investem em qualquer parte do mundo.
Conhecimentos Bancários

O cartão é emitido pelo prestador do serviço de inter- Fundos de Países ou Regionais investem em um país ou
mediação, chamado genericamente de administradora região específica.
de cartão de crédito, que pode ser um banco. Acerca Fundos Setoriais investem apenas em empresas de uma
desse assunto, julgue o item: indústria específica.
O Banco Central do Brasil (Bacen) autoriza e fiscaliza Uma série de opções elaboradas para atender aos obje-
o funcionamento das empresas administradoras de tivos específicos dos investidores são apenas um dos muitos
cartão de crédito. benefícios do investimento em fundos mútuos.

Comentário: o item está errado, pois o Banco Central Por que investir em Fundos Mútuos?
regula e fiscaliza as operações de cartão de crédito somente
nos casos em que a emissão do cartão tem a participação de Fundos mútuos oferecem muitos benefícios para ajudar
uma instituição financeira. você a atingir seus objetivos de investimento.

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Gestão profissional. Os  fundos mútuos oferecem aos cessidades imediatas de caixa de seus clientes e tem como
investidores acesso a gestores financeiros profissionais, em referencial a taxa CDI acrescida de um spread mais impostos.
horário integral, que têm a habilidade, experiência, e  re- É um empréstimo de curtíssimo prazo, cuja duração
cursos para comprar, vender e monitorar os investimentos normalmente é de 1 dia, ou no máximo 10 dias. Daí decorre
ativamente. o nome sugestivo “dinheiro quente”, exatamente porque ele
Viabilidade Financeira. Os investimentos iniciais na maio- nem terá tempo de esfriar nas mãos do tomador.
ria dos fundos são razoáveis para o investidor em geral, e a O custo dessas operações pode variar em função do
exigência de investimentos adicionais são menores do que custo de captação de recursos que são destinados para essa
as de investimento inicial. linha de crédito.
Diversificação. Um investimento num fundo mútuo De forma a simplificar os procedimentos operacionais,
geralmente inclui um número de diferentes ativos. Por para os clientes tradicionais neste produto, é comum criar‑se
exemplo, carteiras de fundos de ações diversificadas nor- um contrato fixo de Hot, estabelecendo as regras deste
malmente possuem uma série de ações que representam empréstimo e permitindo a transferência de recursos ao
diferentes empresas, diferentes indústrias e muitas vezes cliente a partir de um simples telefonema, fax ou e‑mail,
até diferentes países. A diversificação pode ajudar a reduzir garantidos por uma Nota Promissória (NP) já previamente
o risco financeiro inerente ao investimento. Enquanto um assinada, evitando‑se assim o fluxo corrido de papéis para
dos ativos diminui em valor, outro investimento na carteira cada operação.
pode aumentar de valor. (fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
Flexibilidade. Muitos fundos mútuos fazem parte de uma concursos/hot‑money‑produtos‑e‑servicos‑financeiros/46740 acessa-
“família de fundos”, e o investidor pode trocar suas cotas de do em 03/03/2018).
um fundo para outro na mesma família quando seu objetivo
de investimento muda. Por exemplo, Franklin Templeton In- Questões
vestments oferece fundos da Franklin, Templeton e Franklin
Mutual Series. 1. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2006) O hot money é
Liquidez. Isto significa que é fácil resgatar algum ou todo uma modalidade de empréstimo que tem a finalidade de
o valor que foi investido. Com a devida notificação por escrito a) financiar a aquisição de bens e serviços por pessoas
pode‑se normalmente resgatar o valor solicitado em 7 dias físicas.
úteis. Certamente, o valor das cotas a ser resgatado pode b) atender às necessidades imediatas de caixa das
ser maior ou menor do que o custo original. empresas.
c) financiar a aquisição de bens de capital por parte
Como são avaliados os Fundos Mútuos? das empresas.
d) financiar as vendas a prazo das empresas.
O valor de um fundo mútuo é igual ao valor total do mer- e) refinanciar dívidas já existentes de pessoas físicas.
cado de todos os ativos e moeda(s) em que o fundo esteja
alocado. Conhecido como valor do ativo líquido (NAV – Net Comentário:
Asset Value, em inglês), este valor é calculado diariamente e O item correto é a letra b.
modifica‑se com a elevação ou queda no valor de mercado
dos ativos em carteira, o que oferece ao investidor maior 2. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) A operação
transparência. de empréstimo bancário denominada hot money é
(fonte: http://www.franklintempleton.com.br/pt_BR/public/in- caracterizada como:
vestidor/fundos‑mutuos/introducao‑fundos‑mutuos
acessado em 03/03/2018) a) de médio prazo.
b) isenta de IOF.
Obs. 1: os recursos aplicados pelos investidores nos c) crédito direto ao consumidor.
fundos são utilizados para compra dos ativos financeiros do d) de prazo mínimo de 1 dia útil.
fundo, ou seja, os recursos não ficam disponíveis para livre e) destinada à aquisição de bens.
utilização pelas instituições financeiras, pois já possuem uma
destinação específica para compra de ativos. Comentário:
Obs. 2: o retorno que o administrador recebe é a taxa O item correto é a letra d.
de administração. Fundo de investimento não possibilita
empréstimo. Contas Garantidas

Questão Trata‑se de uma conta de crédito (conta garantida) com


um valor‑limite que normalmente é movimentada direta-
(Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2007) Os recursos mente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que não
aplicados por clientes em fundos mútuos de investimen- haja saldo disponível na conta corrente de movimentação.
Conhecimentos Bancários

tos poderão ser utilizados pela instituição financeira para À  medida que, nessa última, existam valores disponíveis,
empréstimos e financiamentos a outros clientes com estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor
taxas de juros mais altas. da conta garantida.
As operações de Conta‑Corrente Garantida têm por fina-
Comentário: lidade conceder limite de crédito, embasado em garantias
O item está errado. preferencialmente de duplicatas, as quais podem ser subs-
tituídas por outras quando da liquidação, respeitando‑se o
HOT MONEY prazo contratado.
Pode ainda ser contratado com garantias de penhor
Hot Money (dinheiro quente) é uma operação bancária de bens, warrants, conhecimento de depósito, caução de
de empréstimo a curtíssimo prazo que visa atender às ne- direitos creditórios ou alienação fiduciária.

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Para o cliente, o produto garante uma liquidez imediata (duplicatas, cheques, faturas de cartão de crédito ou notas
para suas emergências, enquanto que para o banco é um promissórias), de forma a antecipar o fluxo de caixa do clien-
instrumento mercadológico forte. te. Neste tipo de operação o cliente recebe dinheiro anteci-
Os juros sobre esse produto são calculados diariamente pado de suas vendas a prazo. Ao apresentar um título para
sobre o saldo devedor e cobrados normalmente, no primeiro desconto, entretanto, o cliente não recebe seu valor total,
dia útil do mês seguinte ao de movimentação. pois são descontados diversos encargos sobre o seu valor
(fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/ nominal como por exemplo: taxa de desconto (juros), IOF
concursos/contas‑garantidas‑produtos‑e‑servicos‑financeiros/46719 (Imposto sobre Operações Financeiras) e taxa administrativa.
acessado em 03/03/2018)
A operação de desconto de títulos dá ao banco direito
de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não seja
Obs: as contas garantidas assemelham‑se em funciona- pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do
mento ao cheque especial e destinam‑se, prioritariamente, pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.
às empresas (pessoas jurídicas). As operações de Descontos de Títulos e Duplicatas
destinam‑se a suprir de capital de giro as empresas, por
Crédito Rotativo meio do adiantamento de um % (percentual) dos valores
das duplicatas entregues.
Os bancos oferecem inúmeros produtos e serviços para Os títulos são transferidos por endosso do emitente e
ajudar em seu dia a dia, como cartão de crédito ou débito, em geral com aval do mesmo ao Banco, o qual se incumbirá
oportunidades de empréstimo e financiamento de bens, da cobrança nos vencimentos aprazados junto ao sacado.
entre vários outros exemplos. Saber usar é bem fundamental, O desconto é uma operação ativa dos bancos, um ver-
primeiramente para evitar endividamento, depois, porque dadeiro contrato, pelo qual o banco entrega dinheiro a uma
isso pode sujar seu nome. pessoa, que entrega ao banco títulos de crédito.
Um dos grandes vilões do consumidor é o crédito rota- O desconto de título não se confunde com o emprésti-
tivo. Como ele funciona? mo, porque nesse o banco exigiria do mutuário um título de
Entender o crédito rotativo é simples. Imagine que você crédito emitido pelo mutuário, mas no desconto os títulos
tenha uma fatura de cartão de crédito no valor de R$ 100,00 de crédito, que são transferidos para o banco são emitidos
e que, por algum motivo, não consiga pagar o valor total, mas por terceiras pessoas.
mesmo assim queira pagar um pouco, ou por desencargo de Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
consciência, ou para não deixar o monstro se tornar maior educacao/credito‑rotativo‑descontos‑de‑titulos/45147
acessado em 03/03/2018.
do que é. De acordo com as regras bancárias, você pode
executar e financiar 85% de sua dívida, ou seja, pagar R$ 15
reais e “jogar” o restante para o mês seguinte. Questão
Aí você pode pensar: beleza, no próximo mês eu vou
pagar apenas os R$ 85 restantes e mais algo que eu comprar. (Cespe/BASA/Técnico Bancário/2004) Nas operações
de fomento comercial, pode‑se efetuar financiamentos
Muita calma nessa hora, pois o processo não funciona assim.
mediante o desconto de títulos.
Quando o banco permite financiar esse valor pagando um
mínimo, existe a cobrança de juros rotativos, que incidem
Comentário:
sobre a quantia em aberto. Em algumas situações, há pessoas
Item errado, pois o factoring não desconta título e nem
que começam essa história do crédito rotativo e que acabam faz financiamentos.
pagando muito mais no mês seguinte devido à junção de
juros com compras parceladas.
Ao entrar nessa rotação, procure sair o quanto antes. Do Financiamento de Capital de Giro
contrário, fica muito difícil contornar o problema caso sua
Muitas empresas precisam de dinheiro para capitalizar
situação financeira não melhore.
Fonte: https://www.guiabolso.com.br/glossario/c/ o capital de giro de suas operações, diante disso, essas em-
credito‑rotativo/ acessado em 03/03/2018 presas buscam as instituições financeiras para conseguir um
financiamento desse capital para suprir suas necessidades
Questão de caixa.
Nos financiamentos de capital de giro, as  instituições
(Cesgranrio/Caixa/Escriturário/2008) As linhas de crédito podem pedir algumas garantias, como Alienação Fiduciária,
que são abertas com determinado limite, que as empre- Penhor Mercantil, Hipoteca, Cessão de Direitos, etc. Quando
sas utilizam à medida de suas necessidades, e em que há a inclusão de garantias via de regra as taxas ficam mais
vantajosas para o tomador.
os encargos são cobrados de acordo com sua utilização,
são chamadas de:
a) cartão de crédito. FNE
b) hot money.
Conhecimentos Bancários

c) financiamento de capital fixo. A redução das desigualdades sociais e regionais é pre-


d) crédito direto ao consumidor. conizada pela Constituição Federal brasileira, suscitando a
e) crédito rotativo. existência de políticas públicas que promovam a diminuição
das diferenças inter e intrarregionais, mediante a democra-
Comentário: tização de investimentos produtivos que impulsionem o
O item correto é a letra e. desenvolvimento econômico com a correspondente geração
de emprego e renda.
Criado em 1988 (artigo 159, inciso I, alínea c da Constitui-
Desconto de Títulos ção da República Federativa do Brasil, e artigo 34 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias), e regulamentado
O desconto de Títulos é um adiantamento de recursos, em 1989 (Lei nº  7.827, de 1989), o  Fundo Constitucional
feito pelo banco, sobre os valores dos respectivos títulos de Financiamento do Nordeste (FNE) é um instrumento de

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política pública federal operado pelo Banco do Nordeste realização de reuniões de trabalho em cada um dos estados
que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico que compõem a área de abrangência do Fundo, envolvendo
e social do Nordeste, através da execução de programas de representantes dos governos Federal, estaduais e municipais,
financiamento aos setores produtivos, em consonância com bem como representantes do setor produtivo e da sociedade
o plano regional de desenvolvimento, possibilitando, assim, civil organizada.
a redução da pobreza e das desigualdades. Em 2018, a Programação do FNE mantém o tratamento
Provido de recursos federais, o  FNE financia investi- diferenciado e favorecido aos projetos de mini e pequenos
mentos de longo prazo e, complementarmente, capital de produtores rurais, às micro e pequenas empresas, aos em-
giro ou custeio. Além dos setores agropecuário, industrial preendimentos produtivos localizados em espaços prioritá-
e agroindustrial, também são contemplados com financia- rios definidos pela PNDR, principalmente no que se refere ao
mentos os setores de turismo, comércio, serviços, cultural percentual de limite de financiamento.
e infraestrutura. (Fonte: https://www.bnb.gov.br/fne)
Os recursos do Fundo representam ingressos adicionais
para o Nordeste, mas não substituem outros fluxos finan- PRONAF
ceiros do Governo Federal, de órgãos repassadores ou do
próprio BNB. Por definição legal, não se sujeita a injunções de Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
políticas conjunturais de contingenciamento de crédito, ten- Familiar (Pronaf) financia projetos individuais ou coletivos,
do em vista a conveniência e a necessidade de se assegurar que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da
a continuidade das inversões de desenvolvimento regional. reforma agrária. O programa possui as mais baixas taxas de
Atualmente, o FNE atende a 1.990 municípios situados juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de
nos nove estados que compõem a região Nordeste e no norte inadimplência entre os sistemas de crédito do país.
dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, incluindo O acesso ao Pronaf inicia‑se na discussão da família
os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, contemplando com sobre a necessidade do crédito, seja ele para o custeio da
acesso ao crédito os segmentos empresariais de microempre- safra ou atividade agroindustrial, seja para o investimento
endedores individuais, produtores, empresas, associações e em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção
cooperativas. e serviços agropecuários ou não agropecuários.
O Fundo é operacionalizado em respeito às diretrizes Após a decisão do que financiar, a família deve procu-
legais, tais como: destinação de pelo menos metade do rar o sindicato rural ou a empresa de Assistência Técnica
ingressos de  recursos para o semiárido; ação integrada e Extensão Rural (Ater), como a Emater, para obtenção da
com as instituições federais sediadas na região; tratamento Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que será emitida se-
preferencial aos mini, micro e pequenos empreendedores; gundo a renda anual e as atividades exploradas, direcionando
preservação do meio ambiente; conjugação do crédito com o agricultor para as linhas específicas de crédito a que tem
a assistência técnica; democratização do acesso ao crédito direito. Para os beneficiários da reforma agrária e do crédito
e apoio às atividades inovadoras. fundiário, o agricultor deve procurar o Instituto Nacional de
Na medida em que o Fundo prioriza o atendimento a Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a Unidade Técnica
mini  e pequenos produtores rurais, a  micro e pequenas Estadual (UTE).
empresas, à região semiárida e aos municípios localizados O agricultor deve estar com o CPF regularizado e livre de
em microrregiões de baixa renda, dinâmicas e estagnadas dívidas. As condições de acesso ao Crédito Pronaf, formas
no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regio- de pagamento e taxas de juros correspondentes a cada linha
nal (PNDR), reforça‑se a importância desse instrumento de são definidas, anualmente, a cada Plano Safra da Agricultura
política de fomento para o desenvolvimento. Dessa forma, Familiar, divulgado entre os meses de junho e julho.
o planejamento da ação desenvolvimentista e a integração (Fonte: http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/
de políticas, programas e ações em múltiplas escalas, desde saf‑creditorural/sobre‑o‑programa)
o intraurbano ao mesorregional, são fundamentais para asse-
gurar uma maior eficiência na utilização dos recursos públicos BNDES FINAME
e maior efetividade na intervenção nas economias locais.
Nesse contexto, o FNE Itinerante, fruto de uma parceria O BNDES FINAME utiliza recursos do BNDES para oferecer
entre o Ministério da Integração Nacional (MI) e a Superin- financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos
tendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), tem novos para a sua empresa, inclusive ônibus e caminhões,
por objetivo beneficiar, por meio da divulgação das linhas seja qual for o seu porte e independente da sua localização
de financiamento do FNE, as micro e pequenas empresas no país.
e microempreendedores individuais, instaladas naqueles Com o financiamento do BNDES, você possui condições
municípios que apresentam maiores dificuldades de acesso e vantagens diferenciadas e pode contar com a Caixa para
ao sistema bancário. Os eventos do FNE Itinerante caracte- modernizar o seu negócio.
rizam‑se pela oferta de palestras técnicas e informativas, Os bens a serem financiados devem estar cadastrados no
Conhecimentos Bancários

atendimento negocial individual dos participantes e pelo Credenciamento de Fabricantes Informatizados do BNDES –
agendamento de visitas gerenciais a microempresários e CFI, disponível para consulta no site do BNDES.​
microempreendedores individuais. É possível também o financiamento de capital de giro as-
O Banco do Nordeste, anualmente, elabora e submete ao sociado, que poderá chegar até a 30% do valor financiado
MI e à Sudene, proposta de aplicação de recursos por meio (Fonte: http://www.caixa.gov.br/empresa/credito‑financiamento/
da Programação do Fundo Constitucional de Financiamento financiamentos/maquinas‑equipamentos/Paginas/default.aspx)
do Nordeste, a  qual contempla, dentre outros aspectos,
as  estratégias de ação e os programas de financiamento, Microfinanças
além dos planos estaduais de aplicação de recursos.
O processo de  elaboração da Programação FNE 2018, Microfinanças são ferramentas que fortalecem as ativida-
além da observância à legislação que regulamenta os fundos des produtivas. Inclui empréstimos financeiros, cadernetas
constitucionais, adotou metolodogia participativa, a partir da de poupança, seguros, créditos etc. O microcrédito via de

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
regra é menos burocrático que os empréstimos comuns, às instituições oficiais federais que funcionam como agentes
é bem menos burocrático e possui taxas mais baixas. financeiros dos programas (Banco do Brasil S/A – BB, Banco
do Nordeste S/A – BNB, Caixa Econômica Federal – CAIXA,
Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT Banco da Amazônia  – BASA, Banco de Desenvolvimento
Econômico e Social  – BNDES e Financiadora de Estudos e
O Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT é um fundo es- Projetos – FINEP).
pecial, de natureza contábil‑financeira, vinculado ao Ministé- Além dos programas para micro e pequenos empresários,
rio do Trabalho – MTb, destinado ao custeio do Programa do o FAT financia programas voltados para setores estratégicos
Seguro‑Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento (como transporte coletivo de massa, infraestrutura turística,
de Programas de Desenvolvimento Econômico. obras de infraestrutura voltadas para a melhoria da compe-
A principal fonte de recursos do FAT é composta pelas titividade do país), fundamentais para o desenvolvimento
contribuições para o Programa de Integração Social – PIS, sustentado e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador.
criado por meio da Lei Complementar n° 7, de 7 de setembro O Programa do Seguro Desemprego é responsável pelo
de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do tripé básico das políticas de emprego:
Servidor Público – PASEP, instituído pela Lei Complementar • Benefício do seguro‑desemprego: promove a assis-
nº 8, de 3 de dezembro de 1970. tência financeira temporária ao trabalhador desem-
A partir da promulgação da Constituição Federal, em pregado, em virtude de dispensa sem justa causa;
5 de outubro de 1988, nos termos do que determina o • Intermediação de mão de obra: busca recolocar o
seu art. 239, os recursos provenientes da arrecadação das trabalhador no mercado de trabalho, de forma ágil e
contribuições para o PIS e para o PASEP foram destinados não onerosa, reduzindo os custos e o tempo de espera
ao custeio do Programa do Seguro Desemprego, do Abono de trabalhadores e empregadores;
Salarial e, pelo menos quarenta por cento, ao financiamento • Qualificação social e profissional (por meio do Qua-
de Programas de Desenvolvimento Econômico, esses últimos lifica Brasil): visa à qualificação social e profissional
a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico de trabalhadores/as, certificação e orientação do/a
e Social – BNDES. trabalhador/a brasileiro/a, com prioridade para as
As cotas individuais do Fundo de Participação PIS‑PASEP pessoas discriminadas no mercado de trabalho por
foram mantidas, como direito adquirido dos seus participan- questões de gênero, raça/etnia, faixa etária e/ou es-
tes. Apenas cessou o fluxo de ingresso de novos recursos colaridade.
das contribuições naquele fundo, que passaram a custear
os programas acima referidos. As ações do Programa do Seguro Desemprego são exe-
A regulamentação do Programa do Seguro Desemprego e cutadas, via de regra, descentralizadamente, por meio do
do Abono a que se refere o art. 239 da Constituição ocorreu Sistema Nacional de Emprego – SINE, entidades contratadas
com a publicação da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990. pelos estados, municípios e consórcios de municípios, além
Essa lei também instituiu o Fundo de Amparo ao Trabalha- de outras entidades conveniadas diretamente com o MTb,
dor – FAT e o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao com a participação das Comissões de Emprego locais.
Trabalhador – CODEFAT. As Comissões de Emprego, que possuem a mesma estru-
O CODEFAT é um órgão colegiado, de caráter tripartite e tura do CODEFAT (caráter permanente, deliberativo, tripartite
paritário, composto por representantes dos trabalhadores, e paritário), também têm papel importante no Programa
dos empregadores e do governo, que atua como gestor de Geração de Emprego e Renda, uma vez que cabe a elas
definir as prioridades locais de investimento, que orientam
do FAT.
a atuação dos agentes financeiros.
Dentre as funções mais importantes do órgão, estão
Montou‑se, portanto, em torno do Fundo de Amparo ao
as de elaborar diretrizes para programas e para alocação
Trabalhador, um arranjo institucional que procura garantir
de recursos, de acompanhar e avaliar seu impacto social
a execução de políticas públicas de emprego e renda de
e de propor o aperfeiçoamento da legislação referente às
maneira descentralizada e participativa. Isto permite a apro-
políticas. Igualmente importante é o papel que exerce no
ximação entre o executor das ações e o cidadão que delas se
controle social da execução destas políticas – no qual estão
beneficiará, e dá a esse cidadão a possibilidade de participar
as competências de análise das contas do Fundo, dos rela-
e exercer seu controle, por meio dos canais adequados.
tórios dos executores dos programas apoiados, bem como (Fonte: http://portalfat.mte.gov.br/codefat/resolucoes-2/
de fiscalização da administração do FAT. resolucoes‑por‑assunto/geracao‑de‑emprego‑e‑renda/
As principais ações de emprego financiadas com recursos linhas‑de‑creditos‑especiais/fat‑giro‑cooperativo‑
do FAT estão estruturadas em torno de dois programas: o agropecuario/sobre‑o-fat/)
Programa do Seguro Desemprego (com as ações de paga-
mento do benefício do seguro‑desemprego, de qualificação ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS
e requalificação profissional e de orientação e intermedia-
Abertura
Conhecimentos Bancários

ção do emprego) e os Programas de Geração de Emprego e


Renda, cujos recursos são alocados por meio dos depósitos
especiais criados pela Lei nº 8.352, de 28 de dezembro de Para abertura de uma conta em um banco, as pesso-
1991 (incorporando, entre outros, o próprio Programa de as físicas ou jurídicas precisam seguir alguns critérios para
Geração de Emprego e Renda – PROGER, nas modalidades realizarem as operações. Os documentos necessários são:
Urbano e Rural e o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar – PRONAF). Pessoas Físicas
Os Programas de Geração de Emprego e Renda – vol- • documento de identificação: carteira de identidade,
tados em sua maioria para micro e pequenos empresários, carteira profissional, para homens os certificados de
cooperativas e para o setor informal da economia – associam reservista;
crédito e capacitação para que se gere emprego e renda. • CPF: Cadastro de Pessoa Física;
Os recursos extraorçamentários do FAT são depositados junto • comprovante de residência.

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Pessoas Jurídicas • solicitar o cancelamento dos débitos automáticos em
• Contrato Social devidamente registrado na Junta Comer- conta, caso existentes;
cial ou no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas; • manter recursos suficientes para o pagamento de com-
• CNPJ: Cadastro nacional de Pessoas Jurídicas; promissos assumidos com a instituição financeira ou
• Documentos de Identidade e CPF dos representantes; decorrentes de disposições legais.
• comprovante de endereço.
Se é o banco quem decide fechar, deverá:
Obs. 1: analfabeto poderá abrir conta junto a um procu- • comunicar o fato ao cliente, solicitando-lhe a regula-
rador, mediante instrumento público. rização do saldo e a devolução dos cheques por acaso
Obs. 2: menores de 16 anos serão representados; os em seu poder;
maiores de 16 e menores de 18 serão assistidos. • anotar a decisão na ficha-proposta.

Ficha Proposta Questões Comentadas

A ficha proposta é um documento de preenchimento 1. (Cesgranrio/Caixa/Técnico Bancário Novo/2012) No ato


obrigatório na abertura de contas de depósito à vista, que de abertura de uma conta corrente, os bancos devem
registra: apresentar aos clientes todas as condições básicas para
• nome completo e qualificação do depositante, inclusi- movimentação e encerramento de conta. Essas condições
ve CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro devem constar, obrigatoriamente, no(a)
Nacional de Pessoa Jurídica); a) folheto de propaganda do banco.
• fontes de referência; b) contrato de abertura de conta corrente.
• condições pactuadas de depósito; c) site do banco, para consulta de todos os interessados.
• advertência de que o nome do depositante poderá ser d) intranet do banco, para consulta dos funcionários.
incluído no Cadastro de Emitentes de Cheques sem e) proposta para cadastro no Banco Central.
Fundos – CCF, em caso de uso indevido de cheques;
• assinatura do depositante; Comentário:
• data de abertura da conta e respectivo número; O item correto é a letra b, pois é necessário que seja
• despacho do administrador da dependência que au- apresentado o contrato de abertura de conta corrente
toriza abertura da conta; para o cliente.
• autorização para, quando for o caso, o estabelecimento
inutilizar os cheques microfilmados liquidados e não 2. (Cesgranrio/Caixa/Técnico Bancário Novo/2012) Para
procurados no prazo previsto pela legislação em vigor; estabelecer um relacionamento bancário, as pessoas
• advertência ao cliente de que deverá comunicar ao devem comprovar o seu domicílio. No caso das pessoas
banco qualquer mudança de endereço ou telefone. jurídicas de direito privado, o seu domicílio é o
Fonte: <http://caixaeconomica.wordpress.com/2008/06/19/ a) estabelecimento principal da empresa, ou matriz,
ficha-proposta> (Acesso em 10 de setembro de 2013, desconsiderando os domicílios locais das suas filiais.
às 15h30min). b) lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial
Movimentação em seu estatuto ou atos constitutivos.
c) local definido por legislação específica, aplicável a
A movimentação de conta será realizada por meio de: cada tipo de empresa, de acordo com sua personali-
• depósitos; dade jurídica.
• saques; d) local onde são realizadas as principais transações co-
• transferências por meio de DOC (Documento de Ordem merciais e a prestação de serviço com atendimento
Crédito); ao público.
• transferências por meio de TED (Transferência Eletrô- e) local de residência dos sócios-fundadores da empresa
nica Disponível). ou dos membros do conselho de administração, em
Obs.: os bancos fornecerão, de forma gratuita, cartão de caso de companhias abertas.
débito, 10 folhas de cheques por mês, até duas transferências
entre contas da mesma instituição financeira por mês, até Comentário:
dois extratos contendo a movimentação mensal (terminal Quanto à pessoa jurídica, o domicílio é o local central de
eletrônico). suas atividades normais, ou seja, o local onde é dirigida
ou administrada e onde os seus credores podem exigir
Encerramento o cumprimento dos respectivos direitos.
Conhecimentos Bancários

O art. 75/CC diz exatamente o que afirma o item b, que


Pelo fato de o contrato de uma conta em um banco ser está correto.
feito de forma voluntária, poderá ser encerrado a qualquer
momento por ambas as partes envolvidas. Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
Se o cliente decide fechar a conta, deverá: I – da União, o Distrito Federal;
• solicitar, por escrito ao banco, o encerramento da con- II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
ta, exigindo recibo na cópia da solicitação; III – do Município, o lugar onde funcione a admi-
• verificar se todos os cheques emitidos foram compen- nistração municipal;
sados para evitar que seu nome seja incluído no CCF IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde fun-
pelo motivo 13 (conta encerrada); cionarem as respectivas diretorias e administrações,
• entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu ou onde elegerem domicílio especial no seu esta-
poder, ou apresentar declaração de que as inutilizou; tuto ou atos constitutivos.

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§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabeleci- hipóteses de mudança de endereço ou de número de
mentos em lugares diferentes, cada um deles será telefone.
considerado domicílio para os atos nele praticados. e) A incidência de tarifas deve estar consignada no con-
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no trato firmado entre a instituição financeira e o depo-
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurí- sitante; não se admite, contudo, a cobrança de taxas
dica, no tocante às obrigações contraídas por cada para ressarcimento de despesas com a emissão de
uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, boletos de cobrança ou carnês, ainda que contratu-
sito no Brasil, a que ela corresponder. almente previstas.

Observa-se que a matéria de conhecimentos bancários Comentário:


exige muitas vezes o conhecimento de outras matérias, O item a está errado, pois não pode cobrar tarifa por
ou seja, uma pessoa que não entenda nada de conheci- liquidação antecipada. O item b está errado porque não
mentos bancários, mas que saiba o que diz o art. 75 do é discricionário, e sim obrigatório. O item c está errado
Código Civil, responde tranquilamente a essa questão. porque não pode cobrar tarifas por serviços essenciais.
O item d está errado, pois as alterações cadastrais não
3. (Cespe/Caixa/Técnico Bancário/2010) Ao receber o re- se restringem a mudanças de endereço ou telefone, mas
presentante legal de empresa comercial para abertura pode ser qualquer mudança. Logo, o item e é o correto.
de conta em instituição financeira, o funcionário de de-
terminada agência bancária demandou a apresentação 5. (Cespe/Banese/Técnico Bancário/2004) As instituições
de vários documentos, esclarecendo que suas exigências financeiras bancárias estão adotando medidas importan-
baseavam-se em normas do Conselho Monetário Nacio- tes para aumentar a segurança de seus bancos de dados
nal (CMN). Nessa situação, de acordo com as normas do e aprimorar o marketing de relacionamento. Entre estas,
CMN, para a abertura, manutenção e movimentação de exigem-se dos clientes documentos de identificação pes-
contas de depósitos, é necessário apresentar soal, senhas, assinaturas eletrônicas e outros cuidados.
a) a indicação das demais instituições financeiras com as Acerca desses mecanismos e de sua segurança, julgue o
quais a empresa mantém relacionamento na mesma item subsequente.
localidade. Quando a iniciativa do encerramento de conta corrente
b) a identificação (nome completo, filiação, nacionali- for do próprio cliente, para sua segurança, ele deve ser
dade, data e local de nascimento, sexo, estado civil, orientado a entregar ao banco correspondência em que
solicita o encerramento de sua conta, a verificar se todos
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento
os cheques emitidos foram compensados e a entregar
de identificação e número de inscrição no cadastro de
ao banco os cheques ainda em seu poder.
pessoas físicas) de todos os integrantes do conselho
fiscal.
Comentário:
c) o histórico dos últimos cinco anos das alterações no
Discorrido exatamente como a explicação.
controle da empresa.
d) a prova documental do domicílio de advogado com
poderes para receber citações e intimações em nome Tipos de Contas
da empresa.
e) os documentos que qualifiquem e autorizem os re- • Individual: único titular.
• Conjuntas: mais de um titular.
presentantes, mandatários ou prepostos da empresa
– Simples/não solidária: necessita da assinatura de todos
a movimentar a conta.
os titulares.
– Solidária: necessita da assinatura de apenas um dos
Comentário:
titulares.
O item correto é o item e, pois diz exatamente o que foi
Obs.: as contas do tipo conjunta simples são conhecidas
explicado. É necessário os documentos dos representan- também como contas do tipo “e”, ou seja, por necessitar das
tes, mandatário ou prepostos da empresa. assinaturas de todos os titulares, é vedado o uso de cartão
magnético.
4. (Cespe/Caixa/Técnico Bancário/2010) Em relação à aber-
tura e à manutenção de contas de depósitos, assinale a Conta-Salário
opção correta.
a) É permitida a cobrança de tarifa de liquidação ante- A conta salário é um tipo especial de conta de registro e
cipada nas operações de crédito contratadas após controle de fluxo de recursos, destinada a receber salários,
janeiro de 2008, cabendo à instituição financeira es- proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e
clarecer ao depositante a sua incidência no momento similares. Não admite outro tipo de depósito além dos crédi-
da abertura da conta de depósitos. tos da entidade pagadora e não é movimentável por cheques.
Conhecimentos Bancários

b) Segundo normas vigentes, o oferecimento de um pa-


cote padronizado de serviços prioritários às pessoas Algumas particularidades importantes
físicas situa-se no campo da discricionariedade das • A movimentação poderá ser feita por cartão, DOC, TED.
instituições financeiras. • Não poderá ter tarifa de manutenção mensal.
c) A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista • Não pode ser conjunta.
deve conter cláusula que trate do saldo mínimo exi-
gido para manutenção da conta, dos procedimentos Conta-Corrente Pessoa Física
para encerramento da conta, da cobrança de tarifa
por conta inativa e da possibilidade de cobrança pelos A conta-corrente pessoa física é o tipo de conta em que o
serviços considerados essenciais. cliente bancário poderá realizar empréstimos, utilizar limite,
d) A obrigatoriedade de comunicação, pelo depositante, pedir cartões de crédito e ter algumas operações que somen-
de alteração em seus dados cadastrais restringe-se às te o tipo de conta-corrente lhe permite fazer.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Algumas particularidades importantes No caso de pessoa física:
• Se tiver nome no CCF (Cadastro de Emitentes de Che- • documento de identificação (carteira de identidade ou
ques Sem Fundos) o banco poderá negar a abertura equivalente, como, por exemplo, a Carteira Nacional
da conta. de Habilitação nos moldes previstos na Lei nº 9.503,
• A movimentação poderá ser por talão, cartão, DOC ou de 1997);
TED. • inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e
• Há a possibilidade de conta conjunta. • comprovante de residência.

Conta-Corrente Pessoa Jurídica No caso de pessoa jurídica:


• documento de constituição da empresa (contrato so-
A conta-corrente pessoa jurídica é o tipo de conta em cial e registro na junta comercial);
que o cliente bancário poderá realizar empréstimos, utilizar • documentos que qualifiquem e autorizem os repre-
limite, pedir cartões de crédito e ter algumas operações que sentantes, mandatários ou prepostos a movimentar a
somente o tipo de conta-corrente lhe permite fazer. conta;
• inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Algumas particularidades importantes
• Se tiver nome no CCF (cadastro de emitentes de che- Além disso, a instituição financeira pode estabelecer cri-
ques sem fundo) o banco poderá negar a abertura da térios próprios para abertura de conta de depósito, desde
conta. que seguidos os procedimentos previstos na regulamentação
• A movimentação poderá ser por talão, cartão, DOC ou vigente (art. 1º da Resolução CMN nº 2.025, de 1993, com
TED. a redação dada pela Resolução CMN nº 2.747, de 2000).
• Não há a possibilidade de conta conjunta com outra
empresa. O menor de idade pode ser titular de conta bancária?
Sim. O jovem menor de 16 anos precisa ser representado
• Se dois diretores assinam conjuntamente, não poderá
pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. O maior de 16
existir cartão.
e menor de 18 anos não emancipado deve ser assistido pelo
pai, pela mãe ou pelo responsável legal.
Conta Especial ou Simplificada
Que informações o banco deve me prestar no ato de
A conta especial ou simplificada é uma conta é direciona- abertura da minha conta?
da para pessoa física que não possua conta corrente. A conta Informações sobre direitos e deveres do correntista e do
não pode ter saldo ou somatório de depósitos superiores a banco, constantes de contrato, como:
R$ 2.000,00 mensais. • condições para fornecimento de talonário de cheques;
• necessidade de comunicação pelo depositante, por es-
Algumas particularidades importantes crito, de qualquer mudança de endereço ou número
• A movimentação poderá ser por cartão, DOC ou TED. de telefone;
• Não há a possibilidade de conta conjunta. • condições para inclusão do nome do depositante no
• Se extrapolar os R$ 2.000,00 mensais, a conta é blo- Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF);
queada. • informação de que os cheques liquidados, uma vez
Questionário Site Bacen microfilmados, poderão ser destruídos;
• tarifas de serviços, incluindo a informação sobre ser-
Quais os tipos de conta que posso ter? viços que não podem ser cobrados;
Os principais tipos de conta são a conta de depósito à • saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta,
vista, a conta de depósito de poupança e a “conta-salário”. se houver essa exigência.
A conta de depósito à vista é o tipo mais usual de conta ban-
cária. Nela, o dinheiro do depositante fica à sua disposição Depósitos à Vista, Depósitos a Prazo (CDB e RDB)
para ser sacado a qualquer momento. A poupança foi criada e Letras de Câmbio
para estimular a economia popular e permite a aplicação de
pequenos valores que passam a gerar rendimentos men- Depósito à vista
salmente. A “conta-salário” é um tipo especial de conta de
registro e controle de fluxo de recursos, destinada a receber A conta de depósito à vista é o tipo mais usual de conta
salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, bancária. Nela, o dinheiro do depositante fica à sua dispo-
pensões e similares. A “conta-salário” não admite outro tipo sição para ser sacado a qualquer momento. Para abertura
de depósito além dos créditos da entidade pagadora e não de uma conta de depósitos a vista é necessário preencher a
é movimentável por cheques. ficha proposta, com seguintes dados:
Conhecimentos Bancários

• nome completo e qualificação do depositante, inclusi-


O que é necessário para abrir uma conta de depósitos? ve CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro
A abertura e a manutenção de conta de depósito pres- Nacional de Pessoa Jurídica);
supõem contrato firmado entre as partes – instituição finan- • fontes de referência;
ceira e cliente. O banco não é obrigado a abrir ou manter • condições pactuadas de depósito;
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode • advertência de que o nome do depositante poderá ser
escolher a instituição que lhe apresente as condições mais incluído no Cadastro de Emitentes de Cheques  sem
adequadas para firmar tal contrato. Fundos – CCF, em caso de uso indevido de cheques;
Para abertura de conta de depósito, é necessário preen- • assinatura do depositante;
cher a ficha-proposta de abertura de conta, que é o contrato • data de abertura da conta e respectivo número;
firmado entre banco e cliente, e apresentar os originais dos • despacho do administrador da dependência que au-
seguintes documentos: toriza abertura da conta;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• autorização para, quando for o caso, o estabelecimento a) estabelecimento principal da empresa, ou matriz,
inutilizar os cheques microfilmados liquidados e não desconsiderando os domicílios locais das suas filiais.
procurados no prazo previsto pela legislação em vigor; b) lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
• advertência ao cliente de que deverá comunicar ao administrações, ou onde elegerem domicílio especial
banco qualquer mudança de endereço ou telefone. em seu estatuto ou atos constitutivos.
c) local definido por legislação específica, aplicável a
Movimentação da conta depósito à vista: cada tipo de empresa, de acordo com sua persona-
A movimentação de conta será realizada por meio de: lidade jurídica.
• depósitos; d) local onde são realizadas as principais transações co-
• saques; merciais e a prestação de serviço com atendimento
• transferências por meio de DOC (Documento de Ordem ao público.
e) local de residência dos sócios‑fundadores da empre-
Crédito);
sa ou dos membros do conselho de administração,
• transferências por meio de TED (Transferência Eletrô-
em caso de companhias abertas.
nica Disponível).
Comentário:
Obs.: os bancos fornecerão, de forma gratuita, cartão de O item correto é a letra b.
débito, 10 folhas de cheques por mês, até duas transferências
entre contas da mesma instituição financeira por mês, até Depósito a prazo
dois extratos contendo a movimentação mensal (terminal
eletrônico). São investimentos realizados pelos clientes das institui-
ções financeiras.
Encerramento
Pelo fato de o contrato de uma conta em um banco ser Questionário retirado do site Bacen
feito de forma voluntária, poderá ser encerrado a qualquer
momento por ambas as partes envolvidas. Quais os principais tipos de aplicação financeira dispo-
Se o cliente decide fechar a conta, deverá: níveis no mercado?
• solicitar, por escrito ao banco, o  encerramento da As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a
conta, exigindo recibo na cópia da solicitação; Poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo
• verificar se todos os cheques emitidos foram compen- de Depósito Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento.
sados para evitar que seu nome seja incluído no CCF
pelo motivo 13 (conta encerrada); Existem riscos nessas aplicações financeiras?
• entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu Toda aplicação financeira está sujeita a riscos. Para
poder, ou apresentar declaração de que as inutilizou; reduzi‑los, deve‑se procurar informações sobre o tipo de
• solicitar o cancelamento dos débitos automáticos em aplicação, sobre a instituição financeira e sobre as variáveis
econômicas que podem influenciar o resultado esperado.
conta, caso existentes;
Geralmente os rendimentos são maiores nas aplicações de
• manter recursos suficientes para o pagamento de com-
maior risco. Algumas aplicações são parcialmente garantidas
promissos assumidos com a instituição financeira ou pelo Fundo Garantidor de Créditos – FGC.
decorrentes de disposições legais. Se é o banco quem
decide fechar, deverá: Como são remunerados os depósitos da poupança?
• comunicar o fato ao cliente, solicitando‑lhe a regula- As regras para a remuneração dos depósitos de poupan-
rização do saldo e a devolução dos cheques por acaso ça são estabelecidas no artigo 12 da Lei nº 8.177, de 1991,
em seu poder; alterada pela Lei nº 12.703, de 2012. Os valores depositados
• anotar a decisão na ficha‑proposta. e mantidos em depósito por prazo inferior a um mês não
recebem nenhuma remuneração.
Questões
O banco pode cobrar pela manutenção de conta de
1. (Cesgranrio/Caixa/Técnico Bancário Novo/2012) No ato poupança?
de abertura de uma conta corrente, os bancos devem Não. Para mais informações, veja a seção Tarifas Ban-
apresentar aos clientes todas as condições básicas cárias.
para movimentação e encerramento de conta. Essas
condições devem constar, obrigatoriamente, no(a) Posso abrir caderneta de poupança nos dias 29, 30 e
a) folheto de propaganda do banco. 31? Qual a diferença?
b) contrato de abertura de conta corrente. Sim. Você pode abrir a caderneta de poupança no dia que
for melhor para você. A diferença é que a data de aniversário
c) site do banco, para consulta de todos os interessados.
dos depósitos efetuados nesses dias será o dia 1º do mês
Conhecimentos Bancários

d) intranet do banco, para consulta dos funcionários.


seguinte e, só a partir daí, começa a contar o prazo para o
e) proposta para cadastro no Banco Central. cálculo do rendimento.
Comentário: O que são CDB e RDB?
O item correto é a letra b, pois é necessário que seja Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e os Recibos
apresentado o contrato de abertura de conta corrente para de Depósito Bancário (RDB) são títulos privados represen-
o cliente. tativos de depósitos a prazo feitos por pessoas físicas ou
jurídicas. Podem emitir CDB os bancos comerciais, múltiplos,
2. (Cesgranrio/Caixa/Técnico Bancário Novo/2012) Para de investimento, de desenvolvimento e a Caixa Econômica
estabelecer um relacionamento bancário, as pessoas Federal. Podem emitir RDB, além desses, as sociedades de
devem comprovar o seu domicílio. No caso das pessoas crédito, financiamento e as cooperativas de crédito a seus
jurídicas de direito privado, o seu domicílio é o associados.

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Qual o prazo mínimo para aplicação e resgate de CDB Na caderneta de poupança de pessoas físicas, não há a
e RDB? incidência de impostos sobre os rendimentos.
O prazo mínimo varia, dependendo do tipo de remune-
ração contratada. Obs.: o rendimento da poupança mudou, ou seja, an-
teriormente, o  rendimento era de 0,5% + TR ao mês que
Qual a principal diferença entre CDB e RDB? no final do ano a poupança rendia 6% ao ano. A partir do
O RDB, por se tratar de recibo representativo de depósi- dia 4 de maio de 2012, o rendimento passou a render 70%
to a prazo em instituição financeira, não possui a cambiarida- da Selic mais a TR, sempre que a taxa de juros for 8,5 % ou
de típica dos títulos de crédito, como no caso dos CDB. Por menos ao ano.
essa razão, o RDB é considerado inegociável e intransferível.
Não obstante, entende‑se que a legislação permite a aliena- Remuneração dos Depósitos de Poupança
ção dos direitos nele representados por meio de contrato de
cessão de crédito. De acordo com a legislação atual, a  remuneração dos
depósitos de poupança é composta de duas parcelas:
O que é um fundo de investimento? • a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial – TR; e
Fundo de investimento é uma comunhão de recursos, • a remuneração adicional, correspondente a:
constituída sob forma de condomínio, destinado à aplicação – 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano
em ativos financeiros no mercado financeiro e de capitais. for superior a 8,5%; ou
O  valor da cota do fundo de investimento é recalculado – 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada,
periodicamente. A  remuneração varia de acordo com os vigente na data de início do período de rendimento,
rendimentos dos ativos financeiros que compõem o fundo. enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou
inferior a 8,5%.
Não há, geralmente, garantia de que o valor resgatado será
superior ao valor aplicado. Todas as características de um
A remuneração dos depósitos de poupança é calculada so-
fundo devem constar de seu regulamento. O funcionamento
bre o menor saldo de cada período de rendimento. O período
dos fundos de investimento depende de prévia autorização
de rendimento é o mês corrido, a partir da data de aniversário
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). da conta de depósito de poupança, para os depósitos de pes-
soas físicas e de entidades sem fins lucrativos. Para os demais
Quais os tipos de fundos de investimento financeiro? depósitos, o  período de rendimento é o trimestre corrido,
Os fundos podem ser classificados em função do prazo também contado a partir da data de aniversário da conta.
de carência para resgate ou de remuneração de suas cotas, A data de aniversário da conta de depósito de poupan-
do nível de risco, do segmento em que atua, ou dos ativos ça é o dia do mês de sua abertura. Considera‑se a data de
que compõem o seu patrimônio. Todo tipo de fundo de aniversário das contas abertas nos dias 29, 30 e 31 como o
investimento é acompanhado e fiscalizado pela Comissão dia 1º do mês seguinte.
de Valores Mobiliários (CVM). A remuneração dos depósitos de poupança é creditada
ao final de cada período de rendimento, ou seja:
Caderneta de Poupança • mensalmente, na data de aniversário da conta, para
os depósitos de pessoa física e de entidades sem fins
A caderneta de poupança é uma ferramenta que capta lucrativos; e
recursos por meio de depósitos que rendem juros mais • trimestralmente, na data de aniversário no último mês
correções monetárias baseados na TR (Taxa Referencial). do trimestre, para os demais depósitos.

Depósitos a partir de
Data Data fim Depósitos até 03/05/2012
04/05/2012 (*)
Remuneração básica Remuneração básica
Remuneração adicional Remuneração total
Remuneração adicional Remuneração total
13/01/2018 13/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
14/01/2018 14/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
15/01/2018 15/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
16/01/2018 16/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
17/01/2018 17/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
18/01/2018 18/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
19/01/2018 19/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
20/01/2018 20/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
Conhecimentos Bancários

21/01/2018 21/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994


22/01/2018 22/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
23/01/2018 23/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
24/01/2018 24/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
25/01/2018 25/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
26/01/2018 26/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
27/01/2018 27/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
28/01/2018 28/02/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
01/02/2018 01/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
02/02/2018 02/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
03/02/2018 03/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
04/02/2018 04/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
05/02/2018 05/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
06/02/2018 06/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
07/02/2018 07/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3994 0,3994
08/02/2018 08/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
09/02/2018 09/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
10/02/2018 10/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
11/02/2018 11/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
12/02/2018 12/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
13/02/2018 13/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
14/02/2018 14/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
15/02/2018 15/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
16/02/2018 16/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
17/02/2018 17/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
18/02/2018 18/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
19/02/2018 19/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
20/02/2018 20/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
21/02/2018 21/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
22/02/2018 22/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
23/02/2018 23/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
24/02/2018 24/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
25/02/2018 25/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
26/02/2018 26/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
27/02/2018 27/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
28/02/2018 28/03/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855
01/03/2018 01/04/2018 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,3855 0,3855

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Questões


O Conselho Nacional de Seguros Privados equivale ao 1. (Cespe/BRB/Escriturário/2011) Compete ao Conselho
Conselho Monetário Nacional quando o assunto é o sistema Nacional de Seguros Privados fixar as diretrizes e as
de seguros privados. O CNSP é um órgão normativo vinculado normas dos seguros privados bem como prescrever
ao Ministério da Fazenda. O CNSP possui como característica critérios de constituição das sociedades seguradoras, de
principal a fixação de diretrizes das políticas de seguros pri- capitalização, entidades de previdência privada aberta
vados, capitalização e previdência privada aberta. e resseguradores e determinar limites legais e técnicos
Algumas particularidades importantes: das respectivas operações.
– fixa as diretrizes da política de seguros privados;
– fixa as características principais dos contratos de se- Comentário: o Cespe cobrou exatamente o que o CNSP
guros, previdência privada aberta e capitalização; faz. Se observarmos, a banca buscou analisar se o candidato
– estabelecer as normas gerais de contabilidade, atuária conseguiria identificar se todas as competências eram mes-
e estatística a serem observadas pelas entidades de mo do Conselho. O item está correto.
previdência privada;
– é responsável pela regulação, constituição, fiscalização, 2. (Cespe/BRB/Escriturário/2010) Quanto ao sistema de
organização e funcionamento das instituições quem seguros privados e previdência complementar, julgue
exerce a atividade de seguros; o item subsequente.
– estabelece as normas gerais das operações de resse- A edição de atos regulamentares é função privativa do
guros; Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), compe-
– prescrever os critérios de constituição das Sociedades
tindo à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdên-
atribuições exclusivamente executivas.
Conhecimentos Bancários

cia Privada Aberta, com fixação dos limites legais e


técnicos das respectivas operações;
Comentário: o Cespe, nessa questão, “pegou” muitos
– disciplina a corretagem do mercado e a profissão de
corretor; candidatos. O item está errado quando coloca que a SUSEP
– compõe o do CNSP: possui atribuições exclusivamente executivas, o  que não
Ministro da Fazenda – Presidente; é verdade. A  SUSEP possui também algumas atribuições
Superintendente da Superintendência de Seguros normativas.
Privados (SUSEP) – Vice‑Presidente;
Representante do Ministério da Justiça; 3. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2003) O Conselho
Representante do Ministério da Previdência Social; Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um repre-
Representante da Comissão de Valores Mobiliários; sentante do(a) Ministério do Planejamento, Orçamento
Representante do Banco Central do Brasil. e Gestão.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Comentário: – atua no sentido de proteger a captação de poupança
Essa questão é bem tranquila para os candidatos que popular que se efetua por meio de operações de se-
decoraram a composição do CNSP. A questão está errada. guros, resseguros capitalização e previdência privada
O CNSP é composto por: aberta.
– Ministro da Fazenda (Presidente);
– Presidente da Susep; Observação: para deixar mais claro o que seja ressegu-
– Representante do Ministério da Justiça; ro, a princípio é preciso entender que as atividades de
– Representante da Previdência e Assistência Social; resseguros são consideradas o seguro de um seguro, ou
– Representante do BACEN; seja, muitas atividades seguradas possuem alto risco,
– Representante da CVM. então existe a atividade de resseguro para minimizar
os impactos de determinadas perdas.
4. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2006) Compete,
privativamente, ao Conselho Nacional de Seguros Pri- – Zela pela liquides e solvência das sociedades do mer-
vados, em relação às entidades de previdência privada: cado de seguros privados.
a) processar os pedidos de autorização para fins de – Promove a estabilidade do mercado, assegurando o
constituição, funcionamento, fusão, incorporação, funcionamento das entidades que operam no mercado
grupamento, transferência de controle e reforma
de seguros privados.
dos estatutos das entidades abertas.
– Disciplinar e acompanhar os investimentos das en-
b) estabelecer as normas gerais de contabilidade,
tidades do mercado, sempre observando os bens
atuária e estatística a serem observadas por essas
garantidores de provisões técnicas.
entidades.
c) proceder à liquidação das entidades abertas que ti-
verem cassada a autorização para funcionar no País. Observação: provisões técnicas são as reservas e as ga-
d) autorizar a movimentação e a liberação de bens e rantias que as seguradoras apresentam para a SUSEP, essas
valores obrigatoriamente inscritos em garantia do provisões demonstram se a entidade poderá cumprir com
capital, das reservas técnicas e dos fundos especiais suas respectivas responsabilidades lavrada nas apólices dos
das entidades abertas de previdência privada. contratos de seguros.
e) proceder à inscrição dos corretores de planos pre-
videnciários, de entidades abertas de previdência Questões
privada; fiscalizar suas atividades e aplicar as penas
cabíveis. 1. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) Os planos de
previdência da modalidade Plano Gerador de Benefício
Comentário: o item correto é a letra b. O CNSP estabe- Livre (PGBL) são regulamentados:
lece as normas gerais de contabilidade, atuária e estatística a) pela Comissão de Valores Mobiliários.
a serem observadas por essas entidades. b) pelo Banco Central do Brasil.
c) pelo Conselho Monetário Nacional.
5. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2006) É de competên- d) pela Superintendência de Seguros Privados.
cia privativa do Conselho Nacional de Seguros Privados: e) pela Caixa Econômica Federal.
a) fixar as características gerais dos contratos de seguros.
b) autorizar a movimentação e liberação dos bens e Comentário:
valores obrigatoriamente inscritos em garantia do O item cobrado de uma forma bem seca. Se o candidato
capital, das reservas técnicas e dos fundos. estivesse bem preparado rapidamente saberia que a Supe-
c) efetuar a liquidação das sociedades seguradoras rintendência de Seguros Privados é quem regulamenta os
que tiverem cassada a autorização para funcionar planos de previdência privada aberta PGBL. O item correto
no País. é a letra d.
d) proceder à habilitação e ao registro dos corretores
de seguros, fiscalizar suas atividades e aplicar as 2. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2010) A Su-
penalidades cabíveis.
perintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão
e) propor diretrizes de política monetária e cambial
responsável pelo controle e fiscalização do mercado de
para apreciação do Conselho Monetário Nacional.
seguros, previdência privada aberta e capitalização. Em
relação a esse órgão, considere as atribuições abaixo.
Comentário:
Como foi explanado, a  FCC, nessa questão, cobrou de I – Cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho
forma direta qual função privativa do CNSP, fica evidente Nacional de Seguros Privados.
que o item correto é a letra a. II – Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores
do mercado de seguros, previdência privada aberta e
Conhecimentos Bancários

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) capitalização.


III – Regular e fiscalizar as operações de compra e ven-
A SUSEP é uma autarquia vinculada ao Ministério da da de ações e títulos públicos realizadas no mercado
Fazenda que tem como principal atividade o controle e a balcão.
fiscalização do mercado de seguros privados, capitação e IV  – Prover recursos financeiros para as sociedades
previdência privada aberta. Enquanto o CNSP normatiza, do mercado de seguros, previdência privada aberta e
a SUSEP executa, ou seja, é o um órgão executivo. capitalização por meio de aporte de capital, quando
Algumas particularidades importantes: necessário.
– órgão executivo, encarregado de fiscalizar o funcio- V  – Disciplinar e acompanhar os investimentos das
namento das seguradoras, corretoras de seguros, entidades do mercado de seguros, previdência privada
empresas de capitalização e de previdência privada aberta e capitalização, em especial os efetuados em
aberta; bens garantidores de provisões técnicas.

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São atribuições da SUSEP apenas: Um representante da Secretaria de Direito Econômico
a) II, III, IV e V. do Ministério da Justiça;
b) I, II, III e IV. Três representantes das entidades de classe do mer-
c) III, IV e V. cado, sendo‑os indicados em lista tríplice.
d) I, II e V.
e) I, II e IV. Instituto de Resseguros
O IRB Brasil (Brasil Resseguros S.A.) é uma sociedade
Comentário: é uma questão de dificuldade média. anônima de economia mista vinculada ao Ministério da
Os itens III e IV estão errados, pois não é atribuição da SUSEP; Fazenda. O controle acionário pertence à União.
os demais itens estão corretos. O item correto é a letra d. Algumas particularidades importantes:
– tem como objetivo efetuar operações de resseguros e
3. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) Com referên-
retrocessão no país e no exterior;
cia à SUSEP, que é autarquia vinculada ao Ministério da
– está subordinado as normas impostas pelo CNSP;
Fazenda, julgue os itens que se seguem.
A SUSEP é dotada de personalidade jurídica de direito – será fiscalizado pela SUSEP;
privado, com relativa autonomia administrativa e
financeira. Observação: o IRB não possui mais o monopólio dos
contratos de resseguros e retrocessão, com o advento
Comentário: da Lei Complementar nº  126/2007 as entidades se-
O item está errado. O Cespe exigiu vários conhecimen- guradoras poderão realizar atividades de resseguros
tos do candidato. Esse item está mais relacionado com o e retrocessão.
Direito Administrativo, pois, se sabemos que a SUSEP é um
autarquia, logo ela não poderá ser de direito privado, ela é – o IRB possui mais de 70% dos resseguros realizados
de direito público. hoje no país;
– Compõem o IRB:
4. (CESPE/Banco do Brasil/Escriturário/2007) O sistema Três membros indicados pelo Ministério da Fazenda;
de previdência social brasileiro está estabelecido basi- Um indicado pelo Ministério do Planejamento, Orça-
camente sobre dois pilares: a previdência social básica mento e Gestão;
(oferecida pelo poder público) e a previdência privada Dois indicados pelos acionistas detentores de ações.
(de caráter complementar ao regime de previdência
oficial). Tem‑se, como forma complementar, ainda, Observações importantes
os planos de saúde e os seguros‑saúde. Outra forma de Resseguro: a instituição seguradora distribuirá o risco
conseguir garantias é a poupança, por meio de aplicação com outras instituições, ou seja, ela diminuirá a sua parcela
financeira, como títulos de capitalização. A  respeito de risco, diminuindo assim o valor que terá que pagar se
desse tema, julgue os itens que se seguem:
o eventual sinistro acontecer. O  resseguro é o seguro do
A SUSEP é órgão de fiscalização das entidades fechadas
seguro.
de previdência complementar, enquanto a Secretaria
de Previdência Complementar é órgão de fiscalização Retrocessão: é uma cessão feita por uma seguradora
das entidades abertas de previdência complementar. a outra dos riscos assumidos por eventual sinistro, mas a
seguradora que acatou os riscos também receberá valores
Comentário: dos prêmios pagos pelos segurados.
O Cespe, nessa questão, inverteu qual órgão fiscaliza cada Cosseguro: nada mais é que um seguro distribuído entre
entidade. A SUSEP fiscaliza as entidades abertas de previdên- duas ou mais seguradoras. Onde cada uma assumirá deter-
cia complementar, e não as fechadas como o item afirmou. minados riscos estipulados na apólice do seguro.
As sociedades administradoras de seguro‑saúde são ligadas
ao sistema de previdência e seguros, sendo supervisionadas Sociedades Seguradoras
e controladas pela Superintendência de Seguros Privados
(SUSEP). Está, portanto, de acordo como que foi explicado. São entidades compostas sob a forma de sociedade anô-
O item está correto. nima de capital aberto por meio de concessão expedida pela
SUSEP. São equiparadas a instituições financeiras.
CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA Algumas particularidades importantes:
NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, – realizam contratos onde assume a obrigação de reali-
CAPITALIZAÇÃO E PREVIDÊNCIA PRIVADA zar o pagamento de uma indenização ao contratante,
ou seja, ao segurado se ocorrer algum sinistro com o
ABERTA (CRSNSP) objeto segurado;
Conhecimentos Bancários

– o seguro é realizado por meio de uma apólice, onde


Assemelha‑se ao Conselho de Recursos do Sistema Fi-
nanceiro Nacional (CRSFN), sendo que atua no mercado de esta é feita de forma bilateral ondem ambas as partes
seguros privados, capitalização e previdência privada aberta. possuem direitos e obrigações que precisam ser segui-
Algumas particularidades importantes: das para que o contratante possa receber as respecti-
– Julga em última instância administrativa os recursos vas indenizações em caso de eventuais sinistros;
interpostos contra a SUSEP. – as sociedades seguradoras seguirão as normas
– Compõe CRSNSP do CNSP;
Um representante do Ministério da fazenda – Presi- – serão fiscalizadas pela SUSEP;
dente; – algumas reservas são aplicadas no mercado financeiro,
Um representante da Superintendência de Seguros então as seguradoras estão sujeitas as normas expedi-
Privados (SUSEP); das pelo Conselho Monetário Nacional (CMN);

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
– é vedado as sociedades seguradoras atuarem em – o corretor de seguros responderá civilmente peran-
qualquer outro ramo de comércio; te os segurados e as Sociedades Seguradoras pelos
– é obrigação das sociedades seguradoras realizar perí- prejuízos que causa, sendo por omissão, imperícia ou
cias sobre os bens assegurados. negligência. A penalidade imposta poderá ser multa,
suspensão da licença de corretagem, ou até mesmo o
Questões cancelamento;
– o Corretor de Seguros de Vida ou de Capitalização
1. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2003) No Brasil, responderá profissional e civilmente, pelos atos que
o regime de previdência privada, de caráter comple- praticar, independentemente das sanções que forem
mentar e organizado de forma autônoma em relação cabíveis a outros responsáveis pela infração.
ao regime geral de previdência social, é  facultativo.
Baseia‑se na constituição de reservas que garantam Questões
o benefício, nos termos do art.  202 da Constituição
Federal, observado o disposto na Lei Complementar 1. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) Uma das
nº  109, de 29 de maio de 2001, que dispõe sobre o responsabilidades, dentre outras, de corretoras de
regime de previdência complementar e dá outras pro- seguros é:
vidências. Com relação a esse tema, julgue os itens que
a) agenciamento da venda de seguros vinculado a uma
se seguem.
seguradora.
As sociedades seguradoras autorizadas a operar planos
b) respeitar o capital mínimo estabelecido pela Supe-
de benefícios devem apresentar, nas demonstrações
financeiras, de forma discriminada, as atividades pre- rintendência de Seguros Privados.
videnciárias e as de seguros, de acordo com critérios c) garantir o pagamento de uma indenização ao segu-
fixados pelo órgão regulador. rado e aos seus beneficiários.
d) atuar com especialização em, no máximo, três ramos
Comentário: de seguros.
O item está correto. Segundo a Lei Complementar nº 109, e) representação legal do segurado junto à seguradora.
em seu art. 40, Parágrafo único: As sociedades seguradoras
autorizadas a operar planos de benefícios deverão apresen- Comentário:
tar nas demonstrações financeiras, de forma discriminada, O item correto é a letra e. O corretor é o representante
as atividades previdenciárias e as de seguros, de acordo com legal do segurado junto à seguradora. As corretoras de seguros,
critérios fixados pelo órgão regulador. por sua vez, são as instituições que intermediam o relaciona-
mento das seguradoras com os segurados.
2. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2006) As sociedades
seguradoras: 2. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário1/2006) Os corretores
a) devem ter patrimônio líquido inferior ao valor do de seguros:
seu passivo não operacional. a) têm de responder civilmente pelos prejuízos que
b) são autorizadas a funcionar através de Portaria do causarem por omissão, imperícia ou negligência no
Ministro da Fazenda. exercício da profissão.
c) têm autonomia completa para decidir ou não aceitar b) devem habilitar seu registro perante a Fundação
resseguros. Nacional de Seguros‑FUNENSEG por meio de prova
d) estão impedidas de explorar qualquer outro ramo de capacitação promovida pela Superintendência de
de comércio ou indústria. Seguros Privados‑SUSEP.
e) têm autonomia para distribuir lucros ou quaisquer c) recebem comissão sobre seus serviços, cuja percen-
fundos correspondentes às suas reservas patri­ tagem independe do ramo do seguro e da compa-
moniais. nhia seguradora.
d) são profissionais de vendas vinculados às compa-
Comentário: o item “a” está errado, pois não devem nhias seguradoras para comercializar exclusivamente
ter patrimônio inferior ao valor de seu passivo, deve ser no
os produtos da empresa contratante.
mínimo igual. O item “b” está errado, pois o funcionamento
e) são simples intermediários entre as seguradoras
é autorizado pela SUSEP. O item “c” está errado, pois segura-
e os segurados, não sendo sua responsabilidade
dora não faz resseguro, quem faz resseguro é resseguradora.
esclarecer dúvidas sobre carências, coberturas ou
O item “e” está errado por que não distribui lucros de suas
reservas, pois as reservas patrimoniais são a garantia de validade do contrato.
suas obrigações. Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.
É exatamente como discorre o item: as seguradoras estão Comentário:
De acordo com o que foi estudado, o item que se en-
Conhecimentos Bancários

impedidas de explorar qualquer outro ramo de comércio ou


indústria, o Decreto‑Lei nº 73, em seu art. 73: As Sociedades quadra com o que foi explanado é o item a. Se observar
Seguradoras não poderão explorar qualquer outro ramo de mais detalhadamente muitos itens cobram de forma direta
comércio ou indústria. os conceitos.

Corretoras de Seguros 3. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2006) Os corretores


de seguros:
As corretoras de seguros são entidades que atuam na a) devem ser obrigatoriamente cidadãos brasileiros,
intermediação dos segurados com as seguradoras. sendo vedada a profissão a estrangeiros, mesmo
Algumas particularidades importantes: que residam permanentemente no Brasil.
– nenhum seguro pode ser contratado sem a interme- b) podem aceitar ou exercer emprego em pessoa jurí-
diação de uma corretora ou corretor de seguros; dica de direito público.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
c) responderão civil e criminalmente perante os segu- Comentário:
rados e as sociedades seguradoras pelos prejuízos Exatamente como foi discorrido no texto teórico. O item
que causarem, por omissão, imperícia ou negligência coreto é a letra e.
no exercício da profissão.
d) podem ser sócios, administradores, procuradores, Sociedades Administradoras de Seguro‑Saúde
despachantes ou empregados de empresa de seguros.
e) recebem comissão, mesmo quando a sociedade São entidades que darão cobertura aos riscos e assistên-
seguradora vende diretamente o seguro ao consu- cias médicas e hospitalares.
midor final. Algumas particularidades importantes:
– são sociedades que seguirão as normas impostas pela
Comentário: Agência Nacional de Saúde (ANS);
O Decreto nº 56.903 em seu art. 10: O Corretor de Se- – as sociedades seguradoras podem operar o segu-
ro‑saúde se forem especializadas nesta modalidade de
guros de Vida ou de Capitalização responderá profissional
seguro, ou seja, é vedado atuarem em qualquer outro
e civilmente, pelos atos que praticar, independentemente ramo ou modalidade de seguros.
das sanções que forem cabíveis a outros responsáveis pela
infração. Item correto, portanto, letra c. A seguir será explicado o que são as entidades abertas
de previdência privada. No módulo que fala sobre o siste-
Sociedades de Capitalização ma de previdência complementar está exposto um quadro
comparativo entre entidades abertas de previdência privada
São constituídas sob a forma de sociedade anônima e e entidades fechadas de previdência complementar. Essa
atuam no mercado vendendo títulos de capitalização que distinção é muito importante para a resolução das questões
é uma maneira de investimento. Esses contratos que são de concursos.
negociados (títulos de capitalização) possuem o objeto de
captar depósito periódico de prestações pecuniárias pelo Entidades Abertas de Previdências Privada/
contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo con- Complementar
tratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados
corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmen- São empresas que buscam obter lucros através da pre-
te, podendo também quando previsto o direito de concorrer vidência privada.
a sorteios de prêmios em dinheiro.
Algumas particularidades importantes: Algumas particularidades importantes:
– os lucros são obtidos pela realização de vendas; – vinculadas ao Ministério da Fazenda;
– alguns títulos prevêem prazo de carência, isto é, um – aplicam seus recursos no mercado financeiro e de
capitais de acordo com o desejo do contribuinte;
período inicial em que o capital fica indisponível ao
– proporcionarem planos com benefício de renda por
titular. Se o titular solicitar o resgate durante o período
sobrevivência, renda por invalidez, pensão por morte,
de carência ou se o título for cancelado, o resgate só pecúlio por morte e pecúlio por invalidez;
poderá acontecer efetivamente (receber o dinheiro) – normatizados pelo CNSP;
após o encerramento do período de carência; – fiscalizadas pela SUSEP.
– as sociedade de capitalização podem estabelecer um Exemplos: PGBL, VGBL e FAPI.
percentual de desconto (penalidade), não superior a
10%, nos casos em que o resgate for solicitado pelo Questão
titular antes de concluído o período de vigência;
– o prêmio é o valor pago pelos compradores dos títulos (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) As Entidades
de capitalização. Abertas de Previdência Complementar caracteri-
Exemplo: Tele‑Sena zam‑se por:
a) terem como órgão responsável a Superintendência
Questão Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
b) não permitirem a portabilidade da provisão matemá-
(FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2006) As sociedades tica de benefícios a conceder.
de capitalização: c) proporcionarem planos com benefício de renda por
a) não podem prever, nas condições gerais dos títulos, sobrevivência, renda por invalidez, pensão por morte,
pecúlio por morte e pecúlio por invalidez.
participação dos titulares nos lucros da empresa.
d) aceitarem contratação de planos previdenciários
b) estão impedidas de utilizar os resultados de loterias exclusivamente de forma individual.
oficiais para a geração dos seus números sorteados,
Conhecimentos Bancários

e) oferecerem planos destinados apenas a funcionários


sendo obrigadas a realizar sorteios próprios com de uma empresa ou grupo de empresas.
ampla e prévia divulgação aos titulares.
c) poderão apropriar‑se da provisão matemática dos Comentário:
títulos suspensos ou caducos por inadimplência dos O item “a” está errado, pois refere‑se às Entidades Fe-
pagamentos. chadas, os fundos de pensão que estudaremos mais à frente.
d) somente podem colocar títulos com uma única taxa O item “b” está errado por que a afirmação diz exatamente
de juros ao longo de sua vigência. ao contrário, pois é possível a portabilidade. O item “d” está
e) podem estabelecer um percentual de desconto (pe- errado por causa do exclusivamente, já que é possível fazer
nalidade), não superior a 10%, nos casos em que o planos em grupo. O item “e” está errado por que descreve
resgate for solicitado pelo titular antes de concluído a característica principal das Entidades Fechadas, os fundos
o período de vigência. de pensão. Logo, o item “c” está correto.

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Previdência Complementar

O mercado de previdência complementar também possui – fixa limites para as despesas administrativas dos planos
uma estrutura semelhante ao do mercado. O organograma de benefícios e das entidades fechadas de previdência
abaixo representa como as instituições do sistema de previ- complementar;
dência complementar atuam, sendo feito uma comparação – estipula as regras no que se refere ao número mínimo
com o Sistema Financeiro Nacional e o Sistema de Seguros de participantes ou associados de planos de benefícios;
Privados. – julga os recursos interpostos contra as decisões da
Superintendência Nacional de Previdência Comple-
Conselho Nacional de Previdência Complementar mentar (PREVIC), relativas à aplicação de penalidades
(CNPC) administrativas.

O Conselho Nacional de Previdência Complementar equi- Compõe o CNPC:


vale ao Conselho Monetário Nacional quando o assunto é o – Ministro da Previdência Social – Presidente.
sistema de previdência complementar. O CNPC é um órgão Representantes:
normativo vinculado ao Ministério da Previdência Social. – Superintendência Nacional de Previdência Comple-
O  CNPC possui como característica principal a fixação de mentar (PREVIC).
– Secretaria de Políticas de Previdência Complementar
diretrizes das políticas de previdência complementar.
do Ministério da Previdência Social.
Algumas particularidades importantes:
– Casa Civil de Presidência da República.
– órgão colegiado que regula, normatiza e coordena as – Ministério da Fazenda.
entidades fechadas de previdência complementar; – Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.
– órgão integrante do Ministério da Previdência social; – Patrocinadores e Instituidores de Planos de Benefícios
– fixa as características principais das atividades de das entidades de Previdência Complementar.
previdência privada fechada; – Participantes e Assistidos de Planos de Benefícios das
– estabelecer as normas gerais à legislação e regulamen- entidades Fechadas de Previdência Complementar.
tação aplicável às entidades fechadas de previdência – Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
complementar;
– institui padrões a serem seguidos pelas instituições e Alguns desses representantes do órgão colegiado CNPC
operadores dos planos de benefícios, de modo a asse- fazem parte do governo e outros fazem parte de entidades
gurar sua transferência, solvência, liquidez e equilíbrio privadas. A tabela a seguir demonstra quais representantes
Conhecimentos Bancários

financeiro; representam cada classe:

Governo Privado
• Ministro da Previdência Social. • Patrocinadores e Instituidores de Planos de Benefícios
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar das entidades de Previdência Complementar.
(PREVIC). • Participantes e Assistidos de Planos de Benefícios das
• Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do entidades Fechadas de Previdência Complementar.
Ministério da Previdência Social. • Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
• Casa Civil de Presidência da República.
• Ministério da Fazenda.
• Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.

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Conselho Nacional de Previdência Complementar principal julgar encerrando a instância administrativa dos
(PREVIC) recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada
A PREVIC é uma autarquia de natureza especial vinculada da PREVIC.
ao Ministério da Previdência Social com sede em Brasília,
tem como principal atividade o controle e a fiscalização das Entidades Fechadas de Previdência Complementar
entidades fechadas de previdência complementar e da São entidades vinculadas ao Ministério da Previdência
execução das políticas para o regime de previdência com- Social. São restritas a determinado grupo de trabalhadores,
plementar. Enquanto o CNPC normatiza, a PREVIC executa, mantidas por meio de contribuições dos seus associados e de
ou seja, é um órgão executivo. sua mantenedora, que tem como objetivo a valorização de
Algumas particularidades importantes: se patrimônio, ou seja, são denominados fundos de pensão.
– órgão executivo, encarregado de fiscalizar o funcio- Algumas particularidades importantes:
namento das entidades fechadas de previdência – as entidades devem obrigatoriamente aplicar parte de
complementar; suas reservas técnicas no mercado de capitais (Bolsa
– é o CMN da previdência complementar fechada (fundo de valores);
de pensão);
– são opções de complemento de aposentadoria ofere-
– reúne‑se ordinariamente trimestralmente;
– fiscaliza e supervisiona as atividades das entidades fe- cido por certas empresas aos seus funcionários;
chadas de previdência complementar, suas operações, – a empresa determina o percentual de contribuição
e de execução das políticas para o regime de previdência delas e dos seus funcionários que forem aderir;
complementar operado pelas referidas entidades; – segue normas do Conselho Nacional de Previdência
– apura e julga as infrações, aplicando penalidades complementar (CNPC);
quando for conivente com a situação; – é fiscalizado pela PREVIC.
– autoriza a constituição e o funcionamento das entida-
des fechadas de previdência complementar; Questão
– decreta intervenção e liquidação extrajudicial das
entidades fechadas de previdência complementar. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2010) As entidades fe-
chadas de previdência complementar, também conhecidas
É composta por uma diretoria colegiada composta por como fundos de pensão, são organizadas sob a forma de:
um Diretor‑Superintendente e quatro diretores, todos indi- a) planos que devem ser oferecidos a todos os colabo-
cados pelo Ministro da Previdência Social e nomeados pelo radores e que também podem ser adquiridos por
Presidente da República. pessoas que não tenham vínculo empregatício com
a empresa patrocinadora.
Questão b) fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e
acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma
(FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2011) A Superintendên- empresa ou grupo de empresas.
cia Nacional de Previdência Complementar (PREVIC): c) fundos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).
a) fiscaliza as atividades dos fundos de pensão. d) fundos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
b) supervisiona as atividades das entidades de previdên- e) empresas vinculadas ao Ministério da Fazenda e fis-
cia privada aberta. calizadas pela SUSEP – Superintendência de Seguros
c) determina regras sobre aposentadoria dos trabalha- Privados.
dores.
d) executa a arrecadação das contribuições previdenci-
árias. Comentário: o item “a” está errado por que somente
e) é uma autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho pode ser adquiridas por empregados da mesma empresa.
e Emprego. O item “c” e “d” estão errados, pois referem‑se aos planos
de previdência privada aberta. O item “e” está errado por
Comentário: questão fácil de ser resolvida. Como já foi que a Susep fiscaliza as entidades de previdências privadas
explicado, a  PREVIC fiscaliza as atividades dos fundos de abertas, as  entidades de previdência privada fechada são
pensão. O item correto é a letra “a”. fiscalizadas pela PREVIC. O item correto é a letra “b”.

Câmara de Recursos da Previdência Complementar O mapa mental abaixo demonstra as diferenças básicas
(CRPC) do mercado de seguros privados e o de previdência com-
É um órgão colegiado vinculado ao Ministério da plementar que podem confundir o candidato se não estiver
Previdência Social, sendo que possui como atribuição tudo bem claro em sua mente.
Conhecimentos Bancários

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Arrecadação de Tributos e Tarifas Públicas pode fazer saques, depósitos, pagamentos de contas, soli-
citação de talão de cheques, etc. Utiliza cartões magnéticos
A arrecadação de Tributos e Tarifas Públicas é um serviço em redes de postos de gasolinas e redes de lojas. É uma in-
prestado às instituições públicas, em regra por força de acor- tegração dos requisitos de conveniência, segurança e eficácia
dos e convênios específicos, que estabelecem as condições exigidos pelo conceito do Remote Banking.
de arrecadação e repasse desses tributos/tarifas. O banco virtual disponibiliza para o cliente a obtenção
Para os entes estatais a vantagem é a facilitação da arre- da quase totalidade dos serviços disponíveis na rede de
cadação, à medida que o contribuinte terá maior facilidade agências, os quais passam a ser tratados pelo próprio cliente
para o pagamento, o que contribui, decisivamente, para o mediante uma senha.
adimplemento pontual dos débitos. Acresça‑se, ainda, que O Home Banking conecta o computador do cliente ao
a centralização da arrecadação em determinados Bancos do banco, trocando informações para movimentação da
facilita o controle de caixa e dos débitos dos contribuintes. conta‑corrente. Pode fazer cobrança, aplicações, resgate,
Para os bancos também há vantagens: se de um lado operações de empréstimos, saldo de poupança, etc. A co-
despende com a estrutura de sua máquina para um serviço municação é constituída em duas vias: tanto o banco pode
em favor da Entidade Pública, de outro lado recebe um fluxo ter informações do que o cliente necessita, como também
maior de recursos, que permanecem em seu caixa – além, o cliente pode obter informações do banco. A comunicação
é claro, de ser um fato de aproximação, senão até de expan- pode se estabelecer por telefone ou via satélite, com garantia
são, de sua clientela. total de conexão, proporcionando segurança, velocidade e
qualidade.
Home/office banking, remote banking, banco A segurança no acesso do Home Banking é feita por meio
virtual, dinheiro de plástico de senha com absoluto sigilo e limita acesso às informações.
Os dados transmitidos são criptografados, ou seja, são en-
Com o propósito de diminuir os custos de intermediação viados em codificação secreta e segura. O  Home Banking
financeira, os bancos perceberam a necessidade de reduzir tem sido mais utilizado através da internet, passando a ser
o trânsito e as filas de clientes nas agências. Dessa forma, chamado de Internet Home Banking.
resolveram aprimorar o Banco 24 horas, possibilitando o Dos serviços disponíveis no mercado, destaca‑se a Inter-
atendimento à clientela fora das agências. Assim o cliente net/Home – Office Banking, que disponibiliza para o cliente a
pode fazer saques, depósitos, pagamentos de contas, soli- obtenção da quase totalidade dos serviços obtidos nas redes
citação de talão de cheques, etc. Utiliza cartões magnéticos de Agências, os  quais passam a ser tratados pelo próprio
em redes de postos de gasolinas e redes de lojas. É uma in- cliente, que mediante senha específica, efetua transferências
tegração dos requisitos de conveniência, segurança e eficácia de valores, obtém extratos, saldos, movimenta suas aplica-
exigidos pelo conceito do Remote Banking. ções nas mais diversas modalidades, efetua o pagamento
O banco virtual disponibiliza para o cliente a obtenção de suas contas, transmite dados para o processamento de
da quase totalidade dos serviços disponíveis na rede de cobrança bancária e suas instruções, acessando ainda toda
agências, os quais passam a ser tratados pelo próprio cliente
a movimentação da mesma.
mediante uma senha.
O Home Banking conecta o computador do cliente ao
O Home Banking conecta o computador do cliente ao do
do banco com o intuito de trocarem informações a respeito
banco, trocando informações para movimentação da conta
de saldo e movimentação em conta‑corrente, de cobrança,
corrente. Pode fazer cobrança, aplicações, resgate, operações
de empréstimos, saldo de poupança, etc. A comunicação é aplicações, resgates, operações de empréstimos, cotação
constituída em duas vias: tanto o banco pode ter informações de moedas, índices e bolsas de valores, saldo de poupança.
do que o cliente necessita como também o cliente pode obter A comunicação é constituída de duas vias, tanto o banco
informações do banco. A comunicação pode se estabelecer pode obter informações do que o cliente necessita quanto o
por telefone ou via satélite, com garantia total de conexão, cliente pode obter informações sobre o banco. Essa comu-
proporcionando segurança, velocidade e qualidade. nicação pode ser feita por linha telefônica ou por meio de
A segurança no acesso do Home Banking é feita por meio comunicação do próprio banco, via satélite, com garantia
de senha com absoluto sigilo e limita acesso às informações. total de conexão, proporcionando segurança, velocidade e
Os dados transmitidos são criptografados, ou seja, enviados qualidade.
em codificação secreta e segura. O Home Banking tem sido As condições de segurança oferecidas pelo banco dizem
mais utilizado por meio da internet, passando a ser chamado respeito principalmente ao acesso, ao home banking, por
de Internet Home Banking. meio de senha com absoluto sigilo e limita o acesso às
(fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/ informações.
artigos/educacao/arrecadacao‑de‑tributos‑e‑tarifas‑publi- Para garantir a segurança da transmissão, os dados são
cas/45137 acessado em 03/03/2018) criptografados (codificação secreta e segura).
Conhecimentos Bancários

O Home Banking tem sido mais utilizado ultimamente


por meio da Internet passando a ser chamado de Internet
Home/Office Banking/Remote Banking Home Banking – mas os serviços oferecidos são exatamente
os mesmos do Home Banking sem a Internet.
A ligação entre o computador do cliente e o computa- De modo geral, podemos ainda afirmar que as insti-
dor do banco, é o que basicamente se define como Home tuições bancárias disponibilizam aos seus clientes a quase
Banking. totalidade das suas operações de prestação de serviços e in-
Com o propósito de diminuir os custos de intermediação vestimentos, para o acesso e o conforto dos seus clientes, das
financeira, os bancos perceberam a necessidade de reduzir suas próprias residências, como verdadeiros bancos virtuais.
o trânsito e as filas de clientes nas agências. Dessa forma, (fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
resolveram aprimorar o Banco 24 horas, possibilitando o pedagogia/home‑office‑banking‑produtos‑e‑servicos‑financei-
atendimento à clientela fora das agências. Assim o cliente ros/46739 acessado em 03/03/2018)

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Questões Em um ambiente marcado pela facilidade do fluxo
de capitais entre empresas e instituições financeiras
1. (Cesgranrio/Caixa/Escriturário/2008) A evolução da de diversos países e pela necessidade de novas opor-
tecnologia e da teleinformática permitiu um acelerado tunidades, as soluções de Coporate Finance podem
desenvolvimento da troca de informações entre os aumentar a geração de valor para as empresas.
bancos e seus clientes. Um dos mais notáveis exemplos Essas soluções também incluem o suporte à reestru-
dessa evolução é o home banking. O home banking é turação do capital financeiro ou de dívida, visando a
basicamente sanar problemas financeiros e permitir a continuida-
a) o atendimento remoto ao cliente com o objetivo de dos negócios, através de fundos de investimento
principal de redução das filas nos bancos, sendo um disponíveis no mercado.
exemplo comum a utilização dos caixas 24 horas. Esses fundos são direcionados para diferentes fases
b) toda e qualquer ligação entre o cliente e o banco, de crescimento da empresa, desenvolvimento do ca-
que permita às partes se comunicarem a distância, pital (para empresas de mercados com necessidades
possibilitando ao cliente realizar operações ban- de taxas de crescimento aceleradas) e virada de capi-
cárias sem sair de sua casa ou escritório, como o tal (para a reestruturação financeira das empresas).
pagamento de contas pela internet. Para garantir um bom resultado ao trabalho, é funda-
c) toda operação realizada pelo banco com o uso de mental alinhar as expectativas das diversas pessoas
tecnologia avançada com o objetivo de gerar como- envolvidas ao projeto (investidores, administradores,
didade ao cliente, como, por exemplo, o cadastra- sociedade etc.) e criar situações que permitam avan-
mento de contas em débito automático. çar com a parceria.
d) qualquer serviço de atendimento ao cliente realizado (fonte: http://www.blog.msbrasil.com.br/
pelo banco, permitindo a troca de documentação os‑beneficios‑do‑corporate‑finance/
acessado em 04/03/2018)
sem a necessidade de o cliente sair de casa, como,
por exemplo, a  entrega de talões de cheque em
domicílio. Questões
e) a disponibilização de serviços no caixa 24 horas,
que anteriormente só poderiam ser realizados nas 1. (Cesgranrio/Técnico Bancário/BASA/2012) Os produtos
agências bancárias, sendo a liberação de crédito e serviços oferecidos pelas instituições financeiras
automática um exemplo desse tipo de serviço. evoluíram de acordo com a necessidade do mercado.
Tais instituições realizam desde operações simples a
Comentário: operações mais complexas, que é o caso da área de
Item correto letra b. corporate finance. Nos bancos, as  operações de cor-
porate finance estão relacionadas à
2. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2012) Com o a) manutenção de atividades corporativas para empre-
crescente avanço tecnológico, está cada vez mais fácil sas estrangeiras.
realizar operações bancárias sem que se precise ir pes- b) intermediação de aquisições, cisões, incorporações
soalmente a uma agência. Que nome se dá ao tipo de e fusões de empresas.
acesso bancário realizado em terminais de computado- c) negociação de letras de câmbio com o mercado
res, caixas eletrônicos e bancos 24 horas? financeiro internacional.
a) Banco de Dados. d) emissão de debêntures para financiamento da ne-
b) Débito Automático. cessidade de capital de giro.
c) Home Office Banking. e) intermediação da negociação de títulos públicos nas
d) Internet Banking. Bolsas de Valores.
e) Remote Banking.
Comentário:
Comentário: Item correto é a letra b.
O item correto é a letra e.
2. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2010) Atu-
Corporate Finance almente os grandes bancos do mercado financeiro
realizam desde as atividades mais simples, como o
O Corporate Finance tem como base alicerce a atuação pagamento de um título, até as mais complexas, como
em procedimentos de fusões, aquisições, cisões e incorpo- as operações de Corporate Finance, que envolvem a
rações no mercado das empresas de grande e médio portes, a) intermediação de fusões, cisões, aquisições e incor-
aconselhando compradores e vendedores, sejam de origem porações de empresas.
nacional, internacional ou multinacional. b) realização de atividades corporativas no exterior.
Segundo site Blog.MSBrasil: c) realização de um contrato de câmbio para viabilizar
as exportações e as importações.
Conhecimentos Bancários

Corporate Finance ou Finanças Corporativas são d) manutenção de contas‑correntes de expatriados no


operações realizadas pelas empresas com o objeti- exterior.
vo de fundamentar análises e decisões financeiras e) gestão de ativos financeiros no segmento corpora-
estratégicas voltadas para o benefício do negócio. tivo.
Envolve, principalmente, a intermediação de fusões,
cisões, aquisições e incorporações de empresas, Comentário:
além de processos de reorganização, avaliações O item correto é a letra a. O  Corporate Finance tem
econômico‑financeiras e assessoria em litígios. como base alicerce a atuação em procedimentos de fusões,
Dentro de uma empresa de auditoria, consultoria aquisições, cisões e incorporações no mercado das empre-
e outsourcing, a  área de Corporate Finance serve sas de grande e médio portes, aconselhando compradores
para apoiar as corporações na realização dessas e vendedores, sejam de origem nacional, internacional ou
operações. multinacional.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Compe – Centralizadora de Compensação de Central de Liquidação Financeira e de Custódia de
Cheques Títulos (Cetip)
É regulamentado pelo Bacen e administrado pelo Banco A Cetip S.A é depositária de títulos de renda fixa privados,
do Brasil que fornece apoio necessário ao seu funcionamento. títulos públicos estaduais e municipais (emitidos posteriores
Fazem parte da Compe as instituições bancárias, como os a janeiro de 1992), onde são emitidos por meio eletrônico.
bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comer- As operações de compra e vendas são realizadas no mer-
cial, as caixas econômicas e, facultativamente, as cooperati- cado de balcão.
vas de crédito e demais instituições financeiras. Alguns exemplos dos principais títulos liquidados e cus-
Valor limite de cheques menores é de até R$ 299,99 e de todiados no Cetip são:
valores maiores é igual ou superior a R$ 300,00. • Captação Bancária: CDB, RDB, LF;
• Títulos Agrícolas: CPR, CRA, LCA;
Prazos de Compensação • Títulos de Crédito: CCB, Export Note;
• Valores Mobiliários: debêntures, nota comercial;
Prazos máximos de bloqueio para cheque depositado,
• Derivativos: contrato de swap, box de duas pontas (tipo
em função do valor:
• Acima do valor-limite: um dia útil, contando do dia útil de opções); e outros.
seguinte ao do depósito;
• Até o valor-limite: dois dias úteis, contando do dia útil SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIROS –
seguinte ao do depósito. SPB
Prazos de entrega de cheque devolvido ao cliente depo- O Sistema de Pagamentos Brasileiro é destinado à trans-
sitante, em função da relação entre praça de depósito e de ferência de recursos e liquidação de operações financeiras
dependência de relacionamento do cliente: entre pessoas físicas, empresas e governos por meio de um
• mesmas praças: até dois dias úteis, contados do fim conjunto de sistemas e mecanismos.
do prazo do bloqueio; A Lei nº 10.214, de março de 2001, que trata da atuação
• praças distintas: até sete dias úteis, contados do fim
das câmaras e dos prestadores de serviços de compensação
do prazo do bloqueio.
e de liquidação, no âmbito do sistema de pagamentos brasi-
leiro, estabelece que o Bacen é quem define quais sistemas
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) de liquidação são importantes e geralmente são os que liqui-
dam operações com títulos, valores mobiliários, derivativos
É um sistema que se destina à custódia, ou seja, à guarda
e moedas estrangeiras. Também é permitida a compensação
de títulos escriturais do Tesouro Nacional, como também do
registro e liquidação de operações com esses títulos. multilateral, em que as entidades operadoras devem atuar
A liquidação é LBTR, e os participantes do Selic são ban- como contraparte central, adotando medidas para assegurar
cos, caixas econômicas, SCTVM, SDTVM, Bacen, entidades a liquidação das operações que foram realizadas. De acordo
abertas e fechadas de previdência complementar, sociedades com a mesma lei, os bens oferecidos como garantia no sis-
seguradoras, resseguradoras e outras entidades a escolha tema de compensação e liquidação são impenhoráveis, e os
do administrador. casos em que ocorrer insolvência civil, concordata, falência
No Selic, é efetuada a liquidação das operações de mer- ou liquidação extrajudicial não interferem nas obrigações
cado aberto e de redesconto com títulos públicos; o BACEN de inadimplência no âmbito do sistema de compensação
é quem administra e é operado em parceria com a Anbima. e liquidação.
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O Bacen é quem regula o funcionamento dos sistemas Aval
de compensação e liquidação.
O aval é a declaração realizada através de uma pessoa
Conceitos chamada de avalista que se torna responsável pelo paga-
• DOC: transferência de fundos entre bancos diferentes, mento de um título de crédito nas mesmas condições de
sendo limitada no valor de R$ 4.999,99. seu avalizado, ou seja, caso o avalizado não quite a dívida,
• TED: transferência de fundos entre bancos diferentes, caberá ao avalista pagar. Eduardo Fortuna diz que o aval é
com operação a partir de R$ 1.000,00. uma obrigação assumida pelo banco, a fim de garantir o pa-
• TEC: conjunto de transferências de fundos para des- gamento de um título de crédito de um cliente preferencial.
tinatários diferentes, clientes de outras instituições, Por ser um ato cambiário, só pode ser dada em um título
com o limite de cada transferência de R$ 4.999,99. de crédito, nunca em outro instrumento.
• LDL – Liquidação Diferida Líquida: permite liquidações Algumas particularidades importantes:
bilaterais e multilaterais de recursos entre as institui- – avalista possui as mesmas responsabilidades que o
ções financeiras sendo executados em horários prede- avalizado;
terminados. – é necessária a outorga do cônjuge no caso de pessoas
• LBTR – Liquidação Bruta em tempo real: é o sistema casadas.
em que a liquidação dos recursos entre as instituições
financeiras é feita em tempo real pelo valor bruto. Tipos de aval:
– Aval em preto: é a modalidade onde indica, através de
Sistema de Transferências de Reservas – STR uma cláusula, o avalizado;
– Aval em branco: é sempre em favor do credor;
– o Novo Código Civil discorre sobre os títulos de crédito
Participam desse sistema o Banco Central do Brasil, as
nos artigos 887 ao 903.
instituições titulares de conta de reservas bancárias e as en-
tidades prestadoras de serviço de compensação e liquidação.
Comentário: É importante que o candidato conheça a
A liquidação, que é LBTR, ocorre com cheques de valor
parte legal do conteúdo, ou seja, é importante que leia o
igual ou superior ao VLB-Cheque (R$ 250 mil) e de boletos
texto da lei para conhecer melhor a linguagem jurídica que
com valor igual ou superior ao VLB-Cobrança (R$ 5 mil). poderá ser cobrada.
A tarifa é cobrada do emissor e do destinatário, podendo O Novo Código Civil diz:
ser reduzida à metade se a transferência ocorrer em até 9 horas.
Art. 887. O título de crédito, documento necessário
Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP ao exercício do direito literal e autônomo nele con-
tido, somente produz efeito quando preencha os
Sociedade civil sem fins lucrativos que é regulada pelo requisitos da lei.
Banco Central. Processa a liquidação financeira interban- Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que
cárias dos produtos (TED, DOC, TEC, Boleto de Cobrança e tire ao escrito a sua validade como título de crédito,
Seltec – Títulos em cartório) e das prestadoras de serviços não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe
(TecBan, RedeCard, Cielo e MasterCard) deu origem.
• CIP – Siloc: Sistema de Liquidação Diferida das Trans- Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da
ferências Interbancárias de Ordem de Crédito. A Liqui- emissão, a indicação precisa dos direitos que confere,
dação é LDl, sendo D+0, no caso de TEC, ou D+1, no e a assinatura do emitente.
caso de DOC e do boleto de cobrança, sendo de valor § 1º É à vista o título de crédito que não contenha
inferior ao VLB-Cobrança (R$ 5 mil). indicação de vencimento.
• CIP – Sitraf: Sistema de Transferência de Fundos. § 2º Considera‑se lugar de emissão e de pagamen-
A liquidação é no mesmo dia (D+0) usando modelo to, quando não indicado no título, o  domicílio do
híbrido, ou seja, une o modelo LDL e o LBTR. emitente.
• CIP – C3 (Central de Cessões de Crédito): visa assegu- § 3º O título poderá ser emitido a partir dos carac-
rar a centralização das informações de operações de teres criados em computador ou meio técnico equi-
cessões de crédito efetuadas no âmbito do Sistema valente e que constem da escrituração do emitente,
Financeiro Nacional para mostrar aos participantes que observados os requisitos mínimos previstos neste
os créditos não foram cedidos a outros cessionários artigo.
evitando a duplicidade de cessão. Art. 890. Consideram‑se não escritas no título a cláu-
sula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas,
GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO
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a que dispense a observância de termos e formali-


NACIONAL dade prescritas, e a que, além dos limites fixados em
lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
As garantias do SFN são ferramentas que têm como fina- Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da
lidade garantir o cumprimento de um contrato, ou seja, para emissão, deve ser preenchido de conformidade com
que uma das partes do contrato (quem irá receber) tenha os ajustes realizados.
a certeza de que receberá o valor acordado. As  garantias Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes pre-
podem ser realizadas de duas formas: vistos neste artigo pelos que deles participaram, não
• Garantias pessoais/fidejussórias: aval e fiança. constitui motivo de oposição ao terceiro portador,
• Garantias reais: penhor mercantil, alienação fiduciária, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má‑fé.
hipoteca e fianças bancárias. Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo
• Outras: Fundo Garantidor de Crédito (FGC). os que tem, lança a sua assinatura em título de cré-

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dito, como mandatário ou representante de outrem, b) responsabilidade acessória pelo Banco, quando assu-
fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem me total ou parcialmente o dever do cumprimento de
ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante qualquer obrigação de seu cliente devedor.
ou representado. c) direito real para o Banco em face ao seu cliente e se
Art. 893. A transferência do título de crédito implica constitui, pela tradição efetiva, em garantia de coisa
a de todos os direitos que lhe são inerentes. móvel passível de apropriação entregue pelo devedor.
Art. 894. O portador de título representativo de mer- d) obrigação solidária do Banco credor para com o seu
cadoria tem o direito de transferi‑lo, de conformidade cliente mediante a assinatura de um contrato de
com as normas que regulam a sua circulação, ou de câmbio.
receber aquela independentemente de quaisquer e) obrigação assumida pelo Banco, a fim de assegurar o
formalidades, além da entrega do título devidamente pagamento de um título de crédito para um cliente.
quitado.
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em cir- Comentário:
culação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser Uma questão bem trabalhada. A alternativa a está in-
objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, correta, pois não tem nada a ver com colocação de bens à
os direitos ou mercadorias que representa. disposição. A alternativa b está incorreta porque a respon-
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado sabilidade é solidária, principal e não acessória.
do portador que o adquiriu de boa‑fé e na conformi- A alternativa c está errado, pois é um direito pessoal e
dade das normas que disciplinam a sua circulação. não real. A d está incorreta porque o contrato é para fiança
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que con- e não aval. Logo, a  alternativa e está correta, pois o aval
tenha obrigação de pagar soma determinada, pode geral obrigação assumida pelo banco, a fim de assegurar o
ser garantido por aval. pagamento de um título de crédito para um cliente.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso 2. (Cespe/BRB/Escriturário/2010) Para aumentar a probabi-
do próprio título. lidade de que os tomadores de crédito em operações de
§  1º Para a validade do aval, dado no anverso do empréstimos/financiamentos paguem seus compromis-
título, é suficiente a simples assinatura do avalista. sos nas datas pactuadas, analistas e comitês de crédito
§ 2º Considera‑se não escrito o aval cancelado. podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma
Art.  899. O  avalista equipara‑se àquele cujo nome operação. Considerando essa situação, julgue o item
indicar; na falta de indicação, ao emitente ou deve- seguinte. Na concessão de um aval, garantia pessoal,
dor final. o avalista assume a mesma condição jurídica do avaliza-
§  1º Pagando o título, tem o avalista ação de re- do, sendo solidário pela liquidação da dívida. Nesse caso,
gresso contra o seu avalizado e demais coobrigados o credor poderá cobrar a dívida de qualquer avalista sem
anteriores. cobrar devedor principal.
§ 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda
que nula a obrigação daquele a quem se equipara, Comentário:
a menos que a nulidade decorra de vício de forma. O aval é a garantia pessoal do pagamento de um título de
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os crédito. No aval, o garantidor promete pagar a dívida, caso o
mesmos efeitos do anteriormente dado. devedor não o faça. Vencido o título, o credor pode cobrar
Art.  901. Fica validamente desonerado o devedor indistintamente do devedor ou do avalista.
que paga título de crédito ao legítimo portador, no (fonte: http://apps.fiesp.com.br/spcred/garantias.asp).
vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má‑fé.
Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do Fiança
credor, além da entrega do título, quitação regular.
Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o paga- É uma obrigação escrita. É um contrato por meio do qual
mento antes do vencimento do título, e aquele que o fiador garante o cumprimento da obrigação do devedor
o paga, antes do vencimento, fica responsável pela caso este não o faça ou, ainda, garante o pagamento de
validade do pagamento. uma indenização ou multa pelo não cumprimento de uma
§ 1º No vencimento, não pode o credor recusar pa- obrigação de fazer ou de não fazer do afiançado.
gamento, ainda que parcial. A fiança pode ser concedida por pessoas físicas ou
§ 2º No caso de pagamento parcial, em que se não jurídicas, incluindo‑se na última a fiança bancária, onde o
opera a tradição do título, além da quitação em se devedor contrata uma instituição financeira para ser fiadora
parado, outra deverá ser firmada no próprio título. de uma obrigação.
Art.  903. Salvo disposição diversa em lei especial, (fonte: http://apps.fiesp.com.br/spcred/garantias.asp).
regem‑se os títulos de crédito pelo disposto  neste
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Código. Algumas particularidades importantes:


• O fiador só será obrigado a pagar a prestação do con-
Questões trato acordado se o principal devedor não cumprir com
suas dívidas, salvo se existir um acordo de solidarieda-
1. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2010) As opera- de.
ções de garantia bancária são operações em que o banco • O fiador poderá se eximir de pagar o contrato se a
se solidariza com o cliente em riscos por este assumidos. fiança tiver duração ilimitada.
O aval bancário, por exemplo, é uma garantia que gera: • É necessária a outorga do cônjuge no caso de pessoas
a) passivo para cliente tomador de um empréstimo con- casadas.
tra o Banco credor, colocando seus bens à disposição • Se o fiador morrer ou ficar incapaz caberá ao credor
para garantir a operação. exigir outro para substituição.

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• O art. 827 diz: “O fiador demandado pelo pagamento O Novo Código Civil discorre sobre os efeitos da fiança
da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, nos artigos 827 a 836.
que sejam primeiro executados os bens do devedor”.
• Existem duas formas de fiança: a comum, em que o Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da
fiador possui todas as formas de segurança, e a soli- dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide,
dária, em que o fiador abre mão do que está disposto que sejam primeiro executados os bens do devedor.
no art. 827 e, praticamente, torna‑se um fiador. Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de
• A fiança é a garantia pessoal dada pelo fiador, ou seja, ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens
ele se responsabiliza em nome do afiançado, que é do devedor, sitos no mesmo município, livres e de-
quem contrai a dívida. Assim, o fiador é pessoa física sembargados, quantos bastem para solver o débito.
ou jurídica que se responsabiliza pelo afiançado, as- Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
sumindo, total ou parcialmente, obrigação pecuniária I – se ele o renunciou expressamente;
contraída e não paga pelo afiançado. Todas essas II – se se obrigou como principal pagador, ou devedor
delimitações terão como base os contratos. solidário;
III – se o devedor for insolvente, ou falido.
Obs. 1: a fiança bancária o banco torna‑se o fiador, ou Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só
seja, ele garante o cumprimento da obrigação de seu cliente débito por mais de uma pessoa importa o compro-
que é o afiançado junto a um credor em favor do qual a obri- misso de solidariedade entre elas, se declaradamente
gação deve ser cumprida. É uma garantia em que o banco se não se reservarem o benefício de divisão.
solidariza com seu cliente. Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada
Obs. 2: embora a fiança bancária seja uma modalidade fiador responde unicamente pela parte que, em
de “fiança”, ela não é considerada garantia pessoal ou fide- proporção, lhe couber no pagamento.
jussória, mas sim como garantia real. Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte
da dívida que toma sob sua responsabilidade, caso
Atenção! em que não será por mais obrigado.
• O termo subfiança que poderá ser cobrado na prova, Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida
o candidato de concurso público precisa saber que é fica sub‑rogado nos direitos do credor, mas só po-
a fiança que garante outra fiança. derá demandar a cada um dos outros fiadores pela
• É importante que o candidato conheça a parte legal do respectiva quota.
conteúdo, ou seja, é importante que leia o texto da lei Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distri-
para conhecer melhor a linguagem jurídica que poderá buir‑se‑á pelos outros.
ser cobrada. Art.  832. O  devedor responde também perante o
fiador por todas as perdas e danos que este pagar,
O Novo Código Civil discorre as disposições gerais da e pelos que sofrer em razão da fiança.
fiança nos artigos 818 a 826: Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desem-
bolso pela taxa estipulada na obrigação principal, e,
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante não havendo taxa convencionada, aos  juros legais
satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo da mora.
devedor, caso este não a cumpra. Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar
Art. 819. A fiança dar‑se‑á por escrito, e não admite a execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador
interpretação extensiva. promover‑lhe o andamento.
Art. 820. Pode‑se estipular a fiança, ainda que sem Art. 835. O fiador poderá exonerar‑se da fiança que
consentimento do devedor ou contra a sua vontade. tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que
Art.  821. As  dívidas futuras podem ser objeto de lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos
fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado da fiança, durante sessenta dias após a notificação
senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do credor.
do principal devedor. Art. 836. A obrigação do fiador passa aos herdeiros,
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapas-
despesas judiciais, desde a citação do fiador. sar as forças da herança.
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da
obrigação principal e contraída em condições menos O Novo Código Civil discorre sobre a extinção da fiança
onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for nos artigos 837 a 839.
mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite
da obrigação afiançada. Art. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções
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Art.  824. As  obrigações nulas não são suscetíveis que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação
de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de que competem ao devedor principal, se não provie-
incapacidade pessoal do devedor. rem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo caso do mútuo feito a pessoa menor.
não abrange o caso de mútuo feito a menor. Art. 838. O fiador, ainda que solidário, ficará deso-
Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, brigado:
o credor não pode ser obrigado a aceitá‑lo se não for I – se, sem consentimento seu, o  credor conceder
pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha moratória ao devedor;
de prestar a fiança, e  não possua bens suficientes II – se, por fato do credor, for impossível a sub‑roga-
para cumprir a obrigação. ção nos seus direitos e preferências;
Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, III  – se o credor, em pagamento da dívida, aceitar
poderá o credor exigir que seja substituído. amigavelmente do devedor objeto diverso do que

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha Comentário:
a perdê‑lo por evicção. O item está errado. O art. 826 diz: “se o fiador se tor-
Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o nar insolvente ou incapaz poderá o credor exigir que seja
devedor, retardando‑se a execução, cair em insolvên- substituído”.
cia, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar
que os bens por ele indicados eram, ao tempo da pe- 5. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário2/2007) Garantia é a
nhora, suficientes para a solução da dívida afiançada. segurança dada ao titular de um direito para que possa
exercê‑lo. É uma verdadeira proteção concedida ao cre-
dor, aumentando a possibilidade de receber aquilo que
Questões lhe é devido. Acerca das garantias do Sistema Financeiro
Nacional e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), julgue
1. (FCC/Banco do Brasil‑DF/Escriturário/2006) Uma deter- o item a seguir.
minada dívida é garantida por três fiadores. Caso ela não A fiança bancária é um contrato pelo qual o cliente
seja paga, cada fiador ficará responsável pelo pagamento: (fiador) garante o cumprimento da obrigação do banco
a) da dívida, na proporção de sua renda mensal em re- (o afiançado), junto a um credor em favor do qual a
lação ao total da renda mensal de todos os fiadores. obrigação deve ser cumprida.
b) de 1/3 da dívida, independentemente do que dispuser
o contrato de fiança. Comentário:
c) do total da dívida, independentemente do que dispu- O item está errado, pois na fiança bancária o banco ga-
ser o contrato de fiança. rante o cumprimento da obrigação junto ao credor.
d) da dívida, na proporção que estiver fixada no contrato
de fiança. 6. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2013) A operação por
e) da dívida, na proporção de seu patrimônio em relação meio da qual a instituição financeira garante em contrato,
ao total do patrimônio de todos os fiadores. perante terceiros, o cumprimento de obrigações decor-
rentes de riscos assumidos por parte do seu cliente é
Comentário: denominada:
A alternativa correta é a letra d, pois cada fiador res- a) fiança bancária.
ponderá de acordo com a sua proporção pré‑estabelecida b) penhor mercantil.
em um contrato. c) alienação fiduciária.
d) adiantamento de contrato de câmbio.
e) aval.
2. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2007) Garantia é,
segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa,
Comentário:
ato ou efeito de garantir (-se); ato ou palavra com que A alternativa correta é a letra a, pois descreve exatamente
se assegura o cumprimento de obrigação, compromis- a relação existente na fiança bancária.
so, promessa etc. (...). Acerca das garantias do Sistema
Financeiro Nacional, julgue o item seguinte. Penhor
A fiança, o  aval e a alienação fiduciária são garantias
fidejussórias. O penhor é uma linha de crédito ágil, sem burocracia
e com uma das menores taxas de juros do mercado. Para
Comentário: conseguir o empréstimo você oferece como garantia: metais
O item está errado, pois como foi discorrido, são garan- nobres, joias, utensílios e objetos de valor.
tias pessoais ou fidejussórias apenas o aval e a fiança. Penhor mercantil/industrial é a submissão de um bem
mercantil (produtos acabados ou matéria prima, etc.), mó-
3. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2007) Garantia é, vel ou imobilizável, em garantia do cumprimento de uma
segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, obrigação. Tem existência efetiva, com a entrega da posse
ato ou efeito de garantir (-se); ato ou palavra com que do bem pelo devedor ao credor, devendo haver a entrega
se assegura o cumprimento de obrigação, compromis- real ou simbólica do bem.
so, promessa etc. (...). Acerca das garantias do Sistema Os bancos normalmente indicam a empresa devedora,
Financeiro Nacional, julgue o item seguinte. na qualidade do sócio, como depositário do bem, permane-
Não se pode estipular a fiança sem o consentimento do cendo a empresa, na prática, com a posse do bem. O Penhor
devedor. deve ser contratado em instrumento próprio e normalmente
é registrado em Cartório de Títulos e Documentos.
(fonte: http://apps.fiesp.com.br/spcred/garantias.asp).
Comentário:
O item está errado. O art. 820 diz: “pode‑se estipular a
Algumas particularidades importantes:
fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra • a credor poderá tomar mais de um objeto como garan-
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a sua vontade”. tia; a posse ou domínio do bem penhorado fica, via de


regra, com o devedor; e o Novo Código Civil discorre
4. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário2/2007) Garantia é a • sobre o penhor industrial e mercantil nos artigos 1.447
segurança dada ao titular de um direito para que possa a 1.450:
exercê‑lo. É uma verdadeira proteção concedida ao cre-
dor, aumentando a possibilidade de receber aquilo que Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas,
lhe é devido. Acerca das garantias do Sistema Financeiro aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em
Nacional e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), julgue funcionamento, com os acessórios ou sem eles; ani-
o item a seguir. mais, utilizados na indústria; sal e bens destinados
A fiança é uma garantia pessoal, na qual o credor não à exploração das salinas; produtos de suinocultura,
poderá exigir que seja substituído o fiador, quando o animais destinados à industrialização de carnes e de-
mesmo se tornar insolvente ou incapaz. rivados; matérias‑primas e produtos industrializados.

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Parágrafo único. Regula‑se pelas disposições relativas do bem, poderá vendê‑lo a terceiros e liquidar o crédito
aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles pendente.
depositadas. (fonte: http://apps.fiesp.com.br/spcred/garantias.asp).
Art.  1.448. Constitui‑se o penhor industrial, ou o
mercantil, mediante instrumento público ou parti- Algumas particularidades importantes:
cular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis • o bem móvel ou imóvel ficará em posse do devedor;
da circunscrição onde estiverem situadas as coisas • o bem móvel deverá ser registrado no Cartório de
empenhadas. Títulos e Documentos; e
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a • o bem imóvel deverá ser registrado no Cartório de
dívida, que garante com penhor industrial ou mer- Registro de Imóveis.
cantil, o devedor poderá emitir, em favor do credor,
cédula do respectivo crédito, na forma e para os fins O art. 22, da lei nº 9.514/1997 diz:
que a lei especial determinar. Alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio
Art. 1.449. O devedor não pode, sem o consentimen- jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de
to por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da
ou mudar‑lhes a situação, nem delas dispor. propriedade resolúvel de coisa imóvel.
O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas A natureza da alienação fiduciária é a transferência do
bem, mesmo que a maioria das vezes isso não aconteça, pois
empenhadas, deverá repor outros bens da mesma
o devedor fica na qualidade de depositário do bem.
natureza, que ficarão sub‑rogados no penhor.
Art. 1.450. Tem o credor direito a verificar o estado
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das coisas empenhadas, inspecionando‑as onde se
acharem, por si ou por pessoa que credenciar. O que é a Propriedade Fiduciária?
A propriedade fiduciária decorre de um negócio jurídico,
Questões denominado alienação fiduciária, negócio este pelo qual o
devedor, chamado fiduciante, com escopo de garantia de
1. (Cespe/Banco da Amazônia/Técnico Bancário/2010) Em obrigação contratada, transfere ao credor, chamado fidu-
contratos de empréstimos bancários, assim como em ciário, a  propriedade do bem, no caso, bem imóvel. Com
outras modalidades de contrato, como aluguel de imóvel, o registro deste negócio jurídico, no Registro de Imóveis,
entre outros, é normal a exigência de avalista, fiador ou constitui‑se a propriedade fiduciária e, neste momento,
fiança bancária. Acerca de garantias financeiras, julgue dá‑se o desdobramento da posse, tornando‑se o fiduciante o
o item subsequente. possuidor direto, e o fiduciário o possuidor indireto do bem.
Quando oferecer garantia ao credor por meio de penhor O fiduciário recebe a propriedade numa condição reso-
mercantil, o  devedor fica como depositário dos bens lutiva, ou seja, obriga‑se a devolvê‑la se o fiduciante cumprir
oferecidos em garantia, sem transferência da posse ao a obrigação contratada.
credor. (Fonte: O Mercado de Crédito Imobiliário, a Alienação Fiduciária
e o Registro de Imóveis – Francisco José Rezende dos Santos.)
Comentário:
O item está correto, pois a posse ou domínio do bem Questão
fica, via de regra, com o devedor.
(Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2007) Garantia é a
2. (FCC/Banco do Brasil/Escriturário/2013) O penhor mer- segurança dada ao titular de um direito para que possa
cantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por exercê‑lo. É  uma verdadeira proteção concedida ao
operadores do Sistema Financeiro Nacional na formali- credor, aumentando a possibilidade de receber aquilo
zação de operações de crédito em que: que lhe é devido.
a) haja dispensa de fiel depositário. Acerca das garantias do Sistema Financeiro Nacional e do
b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor Fundo Garantidor de Crédito (FGC), julgue o item a seguir.
financiado. A alienação fiduciária em garantia não tem por finalidade
c) esse direito recaia sobre bens móveis. precípua a transmissão da propriedade, embora esta
seja sua natureza.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem
autorização prévia do credor.
Comentário:
e) os recursos liberados permaneçam depositados na
O item está correto, pois a alienação fiduciária regulada
mesma instituição financeira.
por esta Lei é o negócio jurídico em que o devedor, ou fidu-
ciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência
Comentário: ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa
A alternativa correta é a letra c, pois descreve exatamente imóvel.
Conhecimentos Bancários

o que foi discorrido, que o penhor mercantil poderá recair


sobre bens móveis.
Hipoteca
Alienação Fiduciária A hipoteca é a oneração de um imóvel, navio ou avião
em garantia do cumprimento de uma obrigação. Não há
A alienação fiduciária ou alienação em garantia é a trans- transmissão da propriedade do bem para o credor, porém o
missão da propriedade de um bem ao credor a fim de garantir devedor só poderá dispor do bem com o seu consentimento.
o cumprimento de uma obrigação do devedor, o que continua Para ser formalizada a hipoteca, no caso de imóveis,
na posse direta do bem, na qualidade de depositário. deverá ser feita por escritura pública ou através de cédula
Nesse tipo de garantia, caso o devedor não liquide sua de crédito, e  para ter valor, deverá obrigatoriamente ser
obrigação no vencimento, o  credor poderá requerer ação registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
de busca e apreensão do bem alienado e, após apossar‑se (fonte: http://apps.fiesp.com.br/spcred/garantias.asp).

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Algumas particularidades importantes: dívidas aos credores hipotecários, poderá exonerar‑se
• a hipoteca é realizada com bens imóveis, a garantia da hipoteca, abandonando lhes o imóvel.
real sobre um bem; Art. 1.480. O adquirente notificará o vendedor e os
• a hipoteca deverá ser registrada no Cartório de Registro credores hipotecários, deferindo‑lhes, conjuntamen-
de Imóveis do local onde estiver localizada; te, a posse do imóvel, ou o depositará em juízo.
• o mesmo imóvel poderá ser hipotecado mais de uma Parágrafo único. Poderá o adquirente exercer a facul-
vez, salvo no mesmo dia em favor de pessoas diversas; dade de abandonar o imóvel hipotecado, até as vinte
e quatro horas subsequentes à citação, com que se
Novo Código Civil discorre sobre as disposições gerais da inicia o procedimento executivo.
hipoteca nos artigos 1.473 a 1.487: Art. 1.481. Dentro de trinta dias, contados do regis-
tro do título aquisitivo, tem o adquirente do imóvel
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: hipotecado o direito de remi‑lo, citando os credores
I – os imóveis e os acessórios dos imóveis conjunta- hipotecários e propondo importância não inferior ao
mente com eles; preço por que o adquiriu.
II – o domínio direto; § 1º Se o credor impugnar o preço da aquisição ou a
III – o domínio útil; importância oferecida, realizar‑se‑á licitação, efetu-
IV – as estradas de ferro; ando‑se a venda judicial a quem oferecer maior pre-
V – os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, ço, assegurada preferência ao adquirente do imóvel.
independentemente do solo onde se acham; § 2º Não impugnado pelo credor, o preço da aquisição
VI – os navios; ou o preço proposto pelo adquirente, haver‑se‑á por
VII – as aeronaves; definitivamente fixado para a remissão do imóvel,
VIII – o direito de uso especial para fins de moradia; que ficará livre de hipoteca, uma vez pago ou depo-
(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) sitado o preço.
IX – o direito real de uso; (Incluído pela Lei nº 11.481, §  3º Se o adquirente deixar de remir o imóvel,
de 2007) sujeitando‑o a execução, ficará obrigado a ressarcir
X  – a propriedade superficiária. (Incluído pela Lei os credores hipotecários da desvalorização que, por
nº 11.481, de 2007) sua culpa, o mesmo vier a sofrer, além das despesas
§ 1º A hipoteca dos navios e das aeronaves reger‑se‑á judiciais da execução.
pelo disposto em lei especial. (Renumerado do pará- § 4º Disporá de ação regressiva contra o vendedor o
grafo único pela Lei nº 11.481, de 2007) adquirente que ficar privado do imóvel em consequ-
§ 2º Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses ência de licitação ou penhora, o que pagar a hipoteca,
dos incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados o que, por causa de adjudicação ou licitação, desem-
à duração da concessão ou direito de superfície, caso bolsar com o pagamento da hipoteca importância
tenham sido transferidos por período determinado. excedente à da compra e o que suportar custas e
(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) despesas judiciais.
Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, me- Art. 1.482. Realizada a praça, o executado poderá, até
lhoramentos ou construções do imóvel. Subsistem os a assinatura do auto de arrematação ou até que seja
ônus reais constituídos e registrados, anteriormente publicada a sentença de adjudicação, remir o imóvel
à hipoteca, sobre o mesmo imóvel. hipotecado, oferecendo preço igual ao da avaliação,
Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprie- se não tiver havido licitantes, ou ao do maior lance
tário alienar imóvel hipotecado. oferecido. Igual direito caberá ao cônjuge, aos des-
Parágrafo único. Pode convencionar‑se que vencerá cendentes ou ascendentes do executado.
o crédito hipotecário, se o imóvel for alienado. Art. 1.483. No caso de falência, ou insolvência, do
Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode cons- devedor hipotecário, o direito de remição defere‑se
tituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, à massa, ou aos credores em concurso, não podendo
em favor do mesmo ou de outro credor. o credor recusar o preço da avaliação do imóvel.
Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, Parágrafo único. Pode o credor hipotecário, para
o credor da segunda hipoteca, embora vencida, não pagamento de seu crédito, requerer a adjudicação
poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira. do imóvel avaliado em quantia inferior àquele, desde
Parágrafo único. Não se considera insolvente o deve- que dê quitação pela sua totalidade.
dor por faltar ao pagamento das obrigações garanti- Art.  1.484. É  lícito aos interessados fazer constar
das por hipotecas posteriores à primeira. das escrituras o valor entre si ajustado dos imóveis
Art. 1.478. Se o devedor da obrigação garantida pela hipotecados, o qual, devidamente atualizado, será a
primeira hipoteca não se oferecer, no vencimento, base para as arrematações, adjudicações e remições,
para pagá‑la, o credor da segunda pode promover‑lhe dispensada a avaliação.
Conhecimentos Bancários

a extinção, consignando a importância e citando o pri- Art. 1.485. Mediante simples averbação, requerida
meiro credor para recebê‑la e o devedor para pagá‑la; por ambas as partes, poderá prorrogar‑se a hipoteca,
se este não pagar, o  segundo credor, efetuando o até 30 (trinta) anos da data do contrato. Desde que
pagamento, se sub‑rogará nos direitos da hipoteca perfaça esse prazo, só poderá subsistir o contrato de
anterior, sem prejuízo dos que lhe competirem contra hipoteca reconstituindo‑se por novo título e novo
o devedor comum. registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedên-
Parágrafo único. Se o primeiro credor estiver promo- cia, que então lhe competir. (Redação dada pela Lei
vendo a execução da hipoteca, o credor da segunda nº 10.931, de 2004)
depositará a importância do débito e as despesas Art.  1.486. Podem o credor e o devedor, no ato
judiciais. constitutivo da hipoteca, autorizar a emissão da
Art. 1.479. O adquirente do imóvel hipotecado, desde correspondente cédula hipotecária, na forma e para
que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as os fins previstos em lei especial.

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Art.  1.487. A  hipoteca pode ser constituída para Art.  1.493. Os  registros e averbações seguirão a
garantia de dívida futura ou condicionada, desde ordem em que forem requeridas, verificando‑se ela
que determinado o valor máximo do crédito a ser pela da sua numeração sucessiva no protocolo.
garantido. Parágrafo único. O número de ordem determina a
§ 1º Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas.
dependerá de prévia e expressa concordância do Art.  1.494. Não se registrarão no mesmo dia duas
devedor quanto à verificação da condição, ou ao hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre
montante da dívida. o mesmo imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo
§ 2º Havendo divergência entre o credor e o devedor, se as escrituras, do mesmo dia, indicarem a hora em
caberá àquele fazer prova de seu crédito. Reconheci- que foram lavradas.
do este, o devedor responderá, inclusive, por perdas Art. 1.495. Quando se apresentar ao oficial do registro
e danos, em razão da superveniente desvalorização título de hipoteca que mencione a constituição de
do imóvel. anterior, não registrada, sobrestará ele na inscrição da
Art. 1.488. Se o imóvel, dado em garantia hipotecária, nova, depois de a prenotar, até trinta dias, aguardando
vier a ser loteado, ou se nele se constituir condomínio que o interessado inscreva a precedente; esgotado o
edilício, poderá o ônus ser dividido, gravando cada prazo, sem que se requeira a inscrição desta, a hipote-
lote ou unidade autônoma, se o requererem ao juiz ca ulterior será registrada e obterá preferência.
o credor, o devedor ou os donos, obedecida a pro- Art. 1.496. Se tiver dúvida sobre a legalidade do regis-
porção entre o valor de cada um deles e o crédito. tro requerido, o oficial fará, ainda assim, a prenotação
§ 1º O credor só poderá se opor ao pedido de des- do pedido. Se a dúvida, dentro em noventa dias, for
membramento do ônus, provando que o mesmo julgada improcedente, o registro efetuar‑se‑á com o
importa em diminuição de sua garantia. mesmo número que teria na data da prenotação; no
§ 2º Salvo convenção em contrário, todas as despesas caso contrário, cancelada esta, receberá o registro o
judiciais ou extrajudiciais necessárias ao desmembra- número correspondente à data em que se tornar a
mento do ônus correm por conta de quem o requerer. requerer.
§ 3º O desmembramento do ônus não exonera o de- Art. 1.497. As hipotecas legais, de qualquer natureza,
vedor originário da responsabilidade a que se refere deverão ser registradas e especializadas.
o art. 1.430, salvo anuência do credor. § 1º O registro e a especialização das hipotecas legais
incumbem a quem está obrigado a prestar a garantia,
mas os interessados podem promover a inscrição
O Novo Código Civil discorre sobre a hipoteca legal nos
delas, ou solicitar ao Ministério Público que o faça.
artigos 1.489 a 1491.
§  2º As pessoas, às  quais incumbir o registro e a
especialização das hipotecas legais, estão sujeitas a
Art. 1.489. A lei confere hipoteca:
perdas e danos pela omissão.
I  – às pessoas de direito público interno (art.  41)
Art. 1.498. Vale o registro da hipoteca, enquanto a
sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da obrigação perdurar; mas a especialização, em com-
cobrança, guarda ou administração dos respectivos pletando vinte anos, deve ser renovada.
fundos e rendas;
II – aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que O Novo Código Civil discorre sobre a extinção da hipoteca
passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário nos artigos 1.499 a 1.501:
do casal anterior;
III  – ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os Art. 1.499. A hipoteca extingue‑se:
imóveis do delinquente, para satisfação do dano cau- I – pela extinção da obrigação principal;
sado pelo delito e pagamento das despesas judiciais; II – pelo perecimento da coisa;
IV  – ao co‑herdeiro, para garantia do seu quinhão III – pela resolução da propriedade;
ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao IV – pela renúncia do credor;
herdeiro reponente; V – pela remição;
V  – ao credor sobre o imóvel arrematado, para VI – pela arrematação ou adjudicação.
garantia do pagamento do restante do preço da Art. 1.500. Extingue‑se ainda a hipoteca com a aver-
arrematação. bação, no Registro de Imóveis, do cancelamento do
Art. 1.490. O credor da hipoteca legal, ou quem o registro, à vista da respectiva prova.
represente, poderá, provando a insuficiência dos Art. 1.501. Não extinguirá a hipoteca, devidamente
imóveis especializados, exigir do devedor que seja registrada, a arrematação ou adjudicação, sem que
reforçado com outros. tenham sido notificados judicialmente os respectivos
Art. 1.491. A hipoteca legal pode ser substituída por credores hipotecários, que não forem de qualquer
caução de títulos da dívida pública federal ou esta- modo partes na execução.
Conhecimentos Bancários

dual, recebidos pelo valor de sua cotação mínima no


ano corrente; ou por outra garantia, a critério do juiz, Questões
a requerimento do devedor.
1. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2007) Garantia é a
O Novo Código Civil discorre sobre o registro da hipoteca segurança dada ao titular de um direito para que possa
nos artigos 1.492 a 1.498: exercê‑lo. É uma verdadeira proteção concedida ao cre-
dor, aumentando a possibilidade de receber aquilo que
Art. 1.492. As hipotecas serão registradas no cartório lhe é devido. Acerca das garantias do Sistema Financeiro
do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título Nacional e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), julgue
se referir a mais de um. o item a seguir.
Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido São garantias reais a hipoteca, o  penhor, a  alienação
o título, requerer o registro da hipoteca. fiduciária e a fiança. O aval é uma garantia pessoal.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Comentário: Assim, para a pessoa adquirir personalidade, necessário
O Item está errado, pois a fiança é uma garantia pessoal se faz o preenchimento de tão somente dois requisitos: que
e não real, como afirma a questão. tenha ocorrido seu nascimento e que esse nascimento tenha
ocorrido com vida.
2. (Cespe/BRB/Escriturário/2010) Para aumentar a probabi- Portanto, o Direito Civil adota, no tocante à configuração
lidade de que os tomadores de crédito em operações de da personalidade jurídica da pessoa natural, a Teoria Natalista
empréstimos/financiamentos paguem seus compromis- (ou Negativista) que, adotada pelo Código Civil em seu art.
sos nas datas pactuadas, analistas e comitês de crédito 2º, determina que a pessoa adquire a personalidade civil
podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma somente a partir do seu nascimento com vida, do que se
operação. Considerando essa situação, julgue o item conclui que o nascituro (aquele que ainda não nasceu, mas
seguinte. que se encontra no ventre materno) não é pessoa, não tem
Um imóvel pode ser hipotecado junto a vários credores personalidade, mas somente uma proteção legal especial de
simultaneamente e, em todas as situações, a preferência seus direitos desde a sua concepção.
do credor será pela ordem do registro no cartório de Cumpre ressaltar que é atributo que decorre da persona-
imóveis de circunscrição de localização do bem. Para lidade jurídica da pessoa natural a capacidade de direito (ou
assegurar o pagamento, o credor da hipoteca de segundo capacidade de gozo) que, tratada igualmente no corpo do art.
grau poderá executar a garantia, promovendo venda judi- 1º do CC, consiste na medida jurídica da personalidade jurídi-
cial, antes do vencimento da hipoteca do primeiro grau. ca, na aptidão genérica para o exercício de direitos e deveres.
A capacidade de direito é a possibilidade da pessoa de ad-
Comentário: quirir e exercer os direitos subjetivos, ou seja, os direitos a
O item está errado, pois só depois de vencida a primeira ela atribuídos pelo ordenamento jurídico. É a própria aptidão
hipoteca, ou seja, a do credor de 1º grau, é que o de 2º grau genérica para titularizar direitos e deveres na ordem civil.
poderá realizar a venda. Por sua vez, a capacidade de fato (ou capacidade de
exercício) se refere à possibilidade de a pessoa de exercer,
Isabelle de Lamartine pessoalmente, os atos da vida civil. Trata-se da qualidade
da autonomia de atuação no mundo jurídico, sem que a
pessoa necessite de representação. Entretanto, nem toda
ASPECTOS JURÍDICOS DAS OPERAÇÕES DE pessoa física possui capacidade de fato, de modo que esta
CRÉDITO resta mitigada em razão de critérios objetivos ou psíquicos
especificamente previstos na lei civil. Trata-se das causas de
No estudo dos aspectos jurídicos das operações de cré- incapacidade relativa ou absoluta da pessoa natural, previs-
dito, analisemos as noções de direito incidentes sobre ope- tas expressamente nos arts. 3º e 4º do Código Civil.
rações de crédito, os seus instrumentos de formalização e as Vejamos, portanto, os artigos expressos no Código Civil
garantias que poderão ser aplicáveis a referidas operações. que tratam da personalidade, da capacidade de direito e da
capacidade de fato, ou seja, da pessoa física tratada como
Noções de Direito Aplicáveis às Operações de sujeito de direitos, como agente detentor de direitos (e,
Crédito igualmente, de deveres) na esfera civil:

Sujeito de Direito Art. 1° Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na


ordem civil.
Art. 2° A personalidade civil da pessoa começa do
Para Gagliano e Pamplona Filho (2005, p.88) sujeito de
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
direito consiste na pessoa, física ou jurídica, que titulariza
concepção, os direitos do nascituro.
determinado direito. A Teoria Geral do Direito Civil estuda a
Art. 3° São absolutamente incapazes de exercer pes-
personalidade jurídica, que é a aptidão genérica para titula-
soalmente os atos da vida civil:
rizar direitos e contrair obrigações, é o atributo necessário I – (Revogado)
para ser sujeito de direitos. II – (Revogado)
A personalidade jurídica é qualidade da pessoa, seja ela III – (Revogado)
natural ou jurídica, prevista no art. 1º da Lei n° 10.206, de Art. 4° São incapazes, relativamente a certos atos, ou
10 de janeiro de 2002, que determina que “toda pessoa é à maneira de os exercer:
capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Assim, pode-se I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito
afirmar que pessoa é todo ente dotado de personalidade anos;
jurídica, e essa personalidade é adquirida de forma diferente, II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Re-
conforme se trate de pessoa natural, também denominada dação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
pessoa física, ou de pessoa jurídica, também denominada III – aqueles que, por causa transitória ou perma-
de pessoa moral. nente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação
A pessoa natural também denominada pessoa física, dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
Conhecimentos Bancários

configura-se pelo ente que tenha nascido com vida e que IV – os pródigos.
seja dotado, portanto, de uma estrutura complexa de natu- Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será re-
reza biológica e psicológica (biopsicológica). gulada por legislação especial. (Redação dada pela
A aquisição de personalidade pela pessoa natural ocorre Lei nº 13.146, de 2015)
com o nascimento com vida. O nascimento com vida, por sua
vez, se configura pelo ingresso de ar nos pulmões do recém- A pessoa jurídica, por sua vez, também denominada de
nascido, ou seja, com sua efetiva respiração. Nesse sentido, pessoa moral, consiste em sujeito de direitos, da mesma
não precisa, o recém-nascido, demonstrar viabilidade de forma que as pessoas naturais o são. Entretanto, a regula-
vida, viabilidade de forma humana, ou uma série de outros mentação civil que recai sobre as pessoas jurídicas difere da-
requisitos afetos à área da medicina e da biologia. Basta quele incidente sobre as pessoas naturais, na medida em que
que tenha respirado para que tenha vida e, portanto, seja pessoa jurídica manifesta diferenças essenciais com relação
considerado pessoa, ser dotado de personalidade jurídica. às pessoas naturais, a iniciar com sua personalidade, que não

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decorre do “nascimento com vida”, conforme conceituação reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e
biopsicológica deferida às pessoas naturais. necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei
A pessoa jurídica é sujeito de direitos inserido no sistema nº 10.825, de 22/12/2003)
civil que visa à proteção da pessoa humana, uma vez que § 2º As disposições concernentes às associações
tem por objetivo primordial preservação da pessoa humana aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são
e das questões existenciais relativas ao ser humano, uma objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (In-
vez que este é um ser gregário por natureza, tendente ao cluído pela Lei nº 10.825, de 22/12/2003)
agrupamento, à vivência em coletividade. § 3º Os partidos políticos serão organizados e funcio-
A pessoa jurídica vem, assim, para preservar as pessoas narão conforme o disposto em lei específica. (Incluído
físicas que a integram. Trata-se de um agrupamento de pesso- pela Lei nº 10.825, de 22/12/2003)
as (sociedades, associações) ou conjunto de bens (fundações) Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurí-
que tem titularidade para ser sujeito de direitos (autonomia, dicas de direito privado com a inscrição do ato cons-
patrimônio próprio, independência etc.). titutivo no respectivo registro, precedida, quando
A Teoria que a doutrina aplica, hoje, sobre a existência da necessário, de autorização ou aprovação do Poder
pessoa jurídica é a Teoria da Realidade Técnica, que defende Executivo, averbando-se no registro todas as altera-
a tese de que a pessoa jurídica é um ente real e autônomo, ções por que passar o ato constitutivo.
que possui vontade própria, que existe material e autono- Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anu-
mamente, de forma independente com relação aos sujeitos lar a constituição das pessoas jurídicas de direito pri-
que a compõem. vado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo
Assim, a pessoa jurídica possui personalidade jurídica da publicação de sua inscrição no registro.
própria, cuja criação decorre da união de dois elementos: a Art. 46. O registro declarará:
vontade humana (materializada por lei, quando se tratar de I – a denominação, os fins, a sede, o tempo de dura-
pessoa jurídica de direito público, ou por ato constitutivo, ção e o fundo social, quando houver;
quando se tratar de pessoa jurídica de direito privado) e o II – o nome e a individualização dos fundadores ou
registro. instituidores, e dos diretores;
A regulamentação da pessoa jurídica se encontra no III – o modo por que se administra e representa, ativa
Título II do Livro I do Código Civil, que trata das pessoas, e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
e a leitura de suas disposições gerais se faz importante ao IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à
entendimento do instituto jurídico, motivo pelo qual se apre- administração, e de que modo;
sentam, a seguir, os artigos pertinentes à matéria: V – se os membros respondem, ou não, subsidiaria-
mente, pelas obrigações sociais;
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, VI – as condições de extinção da pessoa jurídica e o
interno ou externo, e de direito privado. destino do seu patrimônio, nesse caso.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público in- Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos admi-
terno: nistradores, exercidos nos limites de seus poderes
I – a União; definidos no ato constitutivo.
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração co-
III – os Municípios; letiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas; dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser
(Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) de modo diverso.
V – as demais entidades de caráter público criadas Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anu-
por lei. lar as decisões a que se refere este artigo, quando
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro,
pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dolo, simulação ou fraude.
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado,
deste Código. nomear-lhe-á administrador provisório.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público ex- Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
terno os Estados estrangeiros e todas as pessoas que caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela con-
forem regidas pelo direito internacional público. fusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
são civilmente responsáveis por atos dos seus agen- intervir no processo, que os efeitos de certas e de-
tes que nessa qualidade causem danos a terceiros, terminadas relações de obrigações sejam estendidos
ressalvado direito regressivo contra os causadores aos bens particulares dos administradores ou sócios
do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. da pessoa jurídica.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica
Conhecimentos Bancários

I – as associações; ou cassada a autorização para seu funcionamento,


II – as sociedades; ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta
III – as fundações. se conclua.
IV – as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº § 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica esti-
10.825, de 22/12/2003) ver inscrita, a averbação de sua dissolução.
V – os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, § 2º As disposições para a liquidação das sociedades
de 22/12/2003) aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídi-
VI – as empresas individuais de responsabilidade li- cas de direito privado.
mitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) § 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cance-
§ 1º São livres a criação, a organização, a estrutu- lamento da inscrição da pessoa jurídica.
ração interna e o funcionamento das organizações Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber,
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes a proteção dos direitos da personalidade.

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Objeto de Direito Extraordinário: é o acontecimento natural incomum,
decorrente do acaso, o que se chama de “caso fortuito” ou
O objeto de direito consiste naquilo que é titularizado “força maior”, aquilo que não pode ser previsto ou pode ser
pelo sujeito de direitos, aquilo que se encontra inserto no previsto, mas não pode ser evitado.
patrimônio jurídico do sujeito de direito. O estudo do objeto Caso fortuito é o evento imprevisível, a exemplo dos fenô-
de direito coincide com o estudo dos bens jurídicos, cuja menos extraordinários da natureza, como uma tempestade
previsão se encontra no Livro II do Código Civil. repentina, um terremoto ou um maremoto. Força maior, por
Bem jurídico é tudo aquilo que pode ser objeto de direito sua vez, é o evento previsível, porém inevitável, a exemplo
subjetivo, que pode ser submeter ao poder do sujeito de direi- de enchentes em grande capitais que ocorrem no Brasil de
tos, e, assim, pode ser objeto de uma relação jurídica. Trata-se forma recorrente, de furtos em automóveis etc.
de valores materiais ou imateriais dotados de relevância social, Ato-fato jurídico: ato humano objetivo, ou seja, despro-
de utilidade, e que são, portanto, suscetíveis de apropriação vido de análise acerca da existência ou não de vontade para
por parte das pessoas, sejam sejas físicas ou jurídicas. a sua prática, que gera consequência jurídica, pois o sujeito
Segundo Gagliano e Pamplona Filho (2005, p. 279), bem se encontra em situação fática, circunstância suficiente para
jurídico difere de coisa, conforme entendimento majoritário que os efeitos jurídicos sejam produzidos.
da doutrina, pois coisa é gênero do qual o bem jurídico é Assim, o Estado não leva em consideração o elemento
espécie. O bem jurídico é tudo quanto possua valor mate- volitivo subjetivo para atribuir ao ato humano uma consequ-
rial ou imaterial, que manifesta relevância social, utilidade, ência jurídica. Condutas humanas objetivas (não volitivos),
e que pode ser apropriado por um sujeito de direitos, de que não levam em consideração a vontade humana. Ato
modo que, faltando qualquer uma dessas características se humano objetivamente considerado.
estará diante de uma coisa, conceito mais genérico, que não Ato-fato real ou material: o Estado prevê uma consequ-
necessariamente possui uma valoração. ência jurídica relacionada a uma relação jurídica material, esta
O bem jurídico, assim, é essencialmente o objeto de direi- decorrente do ato humano em si, objetivamente considerado.
to, ou seja, o objeto de relações jurídicas. Os bens podem ser A pessoa que realiza o ato não tinha a intenção predetermi-
corpóreos ou materiais (perceptíveis pelos sentidos e, assim, nada de realizá-lo. Exemplos: ocupação (art. 1.263, CC), acha-
suscetíveis de posse pelo sujeito de direitos) ou incorpóreos do de tesouro (arts. 1.264 a 1.266, CC), aquisição e perda da
ou imateriais (imperceptíveis pelos sentidos humanos, assim, propriedade em razão do abandono coisa (art. 1.275, III, CC).
insusceptíveis de posse desprovidos da tutela possessória Ato-fato indenizativo: o Estado prevê uma consequência
prevista no Código de Processo Civil brasileiro). jurídica relacionada a uma indenização, esta decorrente do
ato humano em si, objetivamente considerado. Exemplo:
Fato e Ato Jurídico atos lícitos que atingem terceiro inocente, como a legitima
defesa e o estado de necessidade (arts. 188, 938, 940, CC).
Ato-fato caducificante: o Estado prevê uma consequên-
No Direito Civil brasileiro, estudam-se o fato jurídico e
cia jurídica relacionada a uma caducidade do direito, esta
o ato jurídico com vistas a se analisar os efeitos que deles
decorrente do ato humano em si, objetivamente conside-
decorrem no mundo jurídico, ou seja, a aquisição de direi-
rado (conduta humana). Exemplo: prescrição, decadência,
tos, a conservação de direitos, a modificação de direitos e a
decurso do tempo.
extinção de direitos para os sujeitos de direito.
Atos jurídicos/Fatos jurídicos humanos: condutas hu-
manas subjetivas (volitivas) que levam em consideração a
Fato Jurídico Lato Sensu vontade humana. Trata-se do ato humano subjetivamente
O fato jurídico lato sensu (em sentido amplo) consiste em considerado, que decorre de conduta humana voluntária e
todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, mo- consciente. Pode ser ilícito ou lícito.
dificar, conservar ou extinguir relações jurídicas, de acordo Ilícito: toda conduta humana antijurídica, contrária ao
com Gagliano e Pamplona Filho (2005, p. 316), e, portanto, ordenamento jurídico, que exprime, portanto, uma violação
que possui relevância para o direito, na medida em que re- de dever jurídico preexistente e genérico (constante da lei)
percute em relações jurídicas, de modo a fazê-las nascer, ou específico (constante de obrigação ou de contrato).
alterá-las, conservar a produção de seus efeitos ou extirpá-las Lícito: toda conduta humana que se encontra em con-
do mundo jurídico. formidade com o ordenamento jurídico, sendo, portanto,
O fato jurídico em sentido amplo pode ser dividido em fato dirigida a uma finalidade tutelada pelo ordenamento jurídico.
jurídico em sentido estrito (stricto sensu), em ato-fato jurídico É chamado de ato jurídico lato sensu, e se subdivide em atos
e em ato jurídico. Vejamos cada espécie de fato jurídico. jurídicos stricto sensu e negócios jurídicos.
Atos jurídicos stricto sensu: manifestação de vontade
Fato jurídico natural ou stricto sensu: trata-se de todo que produz efeitos predeterminados por lei. Há a vontade do
acontecimento natural que acarreta a aquisição, a conserva- agente na formação do ato e os efeitos do ato são preesta-
ção, a modificação ou a extinção de relações jurídicas. belecidos em lei. Trata-se das normas cogentes, que impõem
efeitos jurídicos previstos em lei (eficácia ex lege).
Ordinário: é o acontecimento natural comum, decorrente Exemplo: reconhecimento de paternidade, fixação de do-
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do simples transcurso do tempo. Exemplo: o nascimento e micílio, união estável, casamento. São atos jurídicos cujos
a morte de uma pessoa e o decurso do tempo. São eventos efeitos não podem ser livremente escolhidos pelos sujeitos,
naturais, cuja ocorrência prescinde de atuação humana es- mas se encontram especificamente previstos em lei.
pecífica, e que geram uma série de repercussões de ordem Negócios jurídicos: manifestação de vontade que produz
jurídica. Com o nascimento com vida, por exemplo, temos efeitos desejados pelas partes e permitidos por lei. Há von-
uma pessoa, portanto dotada de personalidade jurídica e de tade na formação do ato e vontade com relação aos efeitos
capacidade de direito (arts. 1º e 2º, CC). Com a morte, ocorre decorrentes da prática do ato. Tem por fundamento a auto-
a abertura da sucessão do falecido, e a herança transmite- nomia da vontade, de modo que produz eficácia ex voluntati,
-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários porquanto as consequências do ato são determinadas pe-
(art. 1.784, CC). Com o decurso do tempo, a pessoa se torna las partes envolvidas. Trata-se de normas dispositivas, cujos
idosa, por exemplo, ao atingir os 60 anos de idade, e passa a efeitos jurídicos podem decorrer da autonomia privada, da
ter uma série de benefícios previstos na Lei n° 10.741/2003. vontade das partes em produzi-los. Exemplo: contratos (art.

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104 e seguintes do CC), que são o instrumento mais popular desejado por ambos. Assim, o contrato necessita do consen-
de fato jurídico para o legislador. timento, de duas ou mais vontades que se encontram e que
não estejam viciadas pelos vícios de consentimento (como
Contratos dolo, erro e coação). Exemplo: contrato de compra e venda
de um automóvel: uma parte deseja adquirir a propriedade
Conceito sobre o automóvel por meio de sua comora e a outra parte
Os contratos são negócios jurídicos, acordos de vontades deseja transmitir a sua propriedade sobre o automóvel, por
firmados entre as partes, que manifestam interesses con- meio de sua venda, de modo que ambas desejam realizar a
vergentes na consecução de efeito jurídico por elas deter- compra e venda desse bem.
minado – aquisição, modificação, conservação ou extinção
de relações jurídicas de natureza patrimonial. II – Objeto lícito, possível, determinado ou determinável
Sobre os contratos, na medida em que estes possuem na- O objeto sobre o qual recai a vontade dos agentes con-
tureza jurídica de negócio jurídico, incidem as mesmas regras tratantes deve ser lícito, ou seja, deve estar em conformida-
de capacidade do agente, forma e objeto, ou seja, os mesmos de com o ordenamento jurídico, com as leis e com os bons
requisitos de validade dos demais negócios jurídicos. costumes. Exemplo de contratos cujo objeto é ilícito: contrato
de contrabando ou contrato para realização de serviços se-
Requisitos xuais profissionais.
O art. 104 do CC especifica os elementos essenciais dos O objeto deve ser possível, que consiste na possibili-
negócios jurídicos, que são o agente capaz, o objeto lícito e a dade física (objeto passível de realização) e jurídica (objeto
forma prescrita ou não defesa em lei. Vejamos seus termos: em conformidade com o ordenamento jurídico, portanto,
passível de realização conforme a ordem jurídica). Exemplo
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: de contrato dotado de objeto impossível juridicamente: con-
I – agente capaz; trato de contrabando, contrato de compra e venda de uma
II – objeto lícito, possível, determinado ou determi- criança. Exemplo de contrato dotado de objeto impossível
nável; fisicamente: contrato de compra e venda de uma estrela, de
III – forma prescrita ou não defesa em lei. um satélite natural.
O objeto ser determinado ou determinável, ou seja, es-
Nesse sentido, no âmbito dos contratos, incidem esses tar individualizado e especificado no mundo ou ser possível
mesmo requisitos previstos no art. 104, do CC, se modo que de individualização no momento da execução contratual.
manifestarão o vício de nulidade os contratos nos quais falte
qualquer dos elementos supramencionados. III – Forma prescrita ou não defesa em lei.
A forma do contrato, ou seja, o modo como ele se ma-
I – Agente capaz nifesta e se apresenta, deve estar em conformidade com a
O agente capaz consiste no elemento subjetivo. O sujeito legislação ou, ao menos, não pode estar proibida por lei,
contratual, denominado agente, deve manifestar capacidade quando a lei não se manifestar expressamente sobre sua
para contratar, que consiste na capacidade genérica para forma. Exemplos de formas prescritas em lei:
exercer os atos da vida civil. Ou seja, além da capacidade
de gozo, o agente deve possuir a capacidade de fato ou de Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura
exercício, consoante os termos dos arts. 1º a 4º, do CC. pública é essencial à validade dos negócios jurídicos
Além de o agente ser capaz, deve ter legitimidade para que visem à constituição, transferência, modificação
contratar. Legitimidade, nos contratos, constitui a aptidão
ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
específica para realizar aquele determinado tipo de contrato,
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente
sem que haja uma limitação legalmente prevista para aquele
no País.
agente específico realizar aquele negócio jurídico especifico.
[...]
Exemplo de limitação e, portanto, de legitimidade para con-
tratar é o art. 496 do CC, segundo o qual “é anulável a venda Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou
de ascendente a descendente, salvo se os outros descen- instrumento particular.
dentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem
consentido” ou o art. 497, do CC, que preconiza o seguinte: Princípios

Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser com- Sobre os contratos incidem os princípios da autonomia
prados, ainda que em hasta pública: da vontade, da força obrigatória dos contratos e da relati-
I – pelos tutores, curadores, testamenteiros e ad- vidade dos contratos, e os princípios mais cobrados a eles
ministradores, os bens confiados à sua guarda ou aplicáveis aos são os seguintes, que manifestam fundamento
administração; constitucional:
II – pelos servidores públicos, em geral, os bens ou Função social: trata-se de uma cláusula geral que significa
direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que que o contrato tem função social quando estiver compatível
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estejam sob sua administração direta ou indireta; com os valores sociais constitucionais (como a dignidade da
III – pelos juízes, secretários de tribunais, arbitrado- pessoa humana, a solidariedade, entre outros). Refere-se
res, peritos e outros serventuários ou auxiliares da à liberdade contratual e é fundamento que traz limites de
justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em atuação às partes contratuais. Encontra previsão no art. 421,
tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, do CC, segundo o qual “a liberdade de contratar será exercida
ou a que se estender a sua autoridade; em razão e nos limites da função social do contrato”.
IV – pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja Boa-fé objetiva: é princípio que preconiza o dever de
venda estejam encarregados. lealdade e ética recíprocas entre os contratantes, desde o
momento de formação do contrato até o momento de exe-
E o contrato, uma vez que consiste no encontro de duas cução do contrato e pós-contratual, o que consiste na boa-fé
vontades, necessita de ao menos duas vontades que se objetivamente considerada. Encontra previsão no art. 422, do
convergem com vistas à obtenção e um objetivo comum, CC, segundo o qual “os contratantes são obrigados a guardar,

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assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os Ocorre quando um dos sujeitos contratantes, já no mo-
princípios de probidade e boa-fé”. mento da formação contratual, se obriga a algo, de modo que
a entrega do objeto do contrato consensual encontra-se na
Formação do Contrato fase de execução do contrato. É a regra geral nos contratos
em espécie.
1ª Fase – Negociações preliminares: conversas iniciais, Exemplo: compra e venda (arts. 481 e 482), permuta (art.
tratativas prévias, contato inicial entre sujeitos que preten- 533), locação de coisas (art. 565), transporte (art. 730), se-
dem formar futura contratação. guro (art. 757).
2ª Fase – Proposta: fase em que o contrato já começa a Real: será real quando, para a formação do contrato,
apresentar uma forma, pois a proposta tem força vinculante exigem-se negociações preliminares somadas à proposta so-
para o proponente se contiver os requisitos que dão ensejo mada à aceitação da proposta e, ainda, a tradição do objeto
a tal caráter vinculante. A proposta é ofertada pelo propo- (entrega do objeto).
nente (policitante) e aceita pelo aceitante (obltao), e pode São eles: contrato estimatório ou por consignação (art.
ser expressa ou tácita. 534), comodato (art. 579: empréstimo gratuito de coisas in-
fungíveis), mútuo (art. 586: empréstimo gratuito de coisas
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponen- fungíveis), depósito (art. 627), doação (art. 538).
te, se o contrário não resultar dos termos dela, da
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Contrato Formal (Solene) e Informal (Não solene)
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: Formal (solene): contrato que, para a configuração de
I – se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi ime- sua validade, exige a observância de uma formalidade de-
diatamente aceita. Considera-se também presente terminada por lei.
a pessoa que contrata por telefone ou por meio de
comunicação semelhante; Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura
II – se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver de- pública é essencial à validade dos negócios jurídicos
corrido tempo suficiente para chegar a resposta ao que visem à constituição, transferência, modificação
conhecimento do proponente; ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
III – se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente
a resposta dentro do prazo dado;
no País.
IV – se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao
[...]
conhecimento da outra parte a retratação do pro-
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou
ponente.
instrumento particular.
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta
[...]
quando encerra os requisitos essenciais ao contra-
to, salvo se o contrário resultar das circunstâncias Art. 807. O contrato de constituição de renda requer
ou dos usos. escritura pública.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mes-
ma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta Informal (não solene): contrato que, para a configuração
faculdade na oferta realizada. de sua validade, não exige a observância de uma formalidade
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, determinada por lei. Exemplo, a contrario sensu do art. 108,
chegar tarde ao conhecimento do proponente, este consiste nos negócios jurídicos relativos a direitos reais sobre
comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena bens imóveis cujo valor seja inferior trinta salários mínimos,
de responder por perdas e danos. sobre os quais a lei não exige a formalização por meio de
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, res- escritura pública.
trições, ou modificações, importará nova proposta.
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja Contrato Nominado (Típico) e Inominado (Atípico)
costume a aceitação expressa, ou o proponente a Nominado: contrato que tem designação própria pela
tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, lei. Também denominado típico, pois encontra tipificação
não chegando a tempo a recusa. no Código Civil, ou seja, previsão expressa em lei. O Código
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se Civil disciplina vinte contratos nominados, a exemplo dos
antes dela ou com ela chegar ao proponente a re- contratos de compra e venda, de doação, de locação, de
tratação do aceitante. permuta, de depósito e de empreitada.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se Inominado: contrato não regulado expressamente Có-
perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: digo Civil ou por lei especial, porém são permitidos juridica-
I – no caso do artigo antecedente; mente. Também denominado atípico, pois o Código Civil não
II – se o proponente se houver comprometido a es- o prevê expressa e especificamente. Para sua validade, basta
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perar resposta; a existência de agentes capazes e legítimos, consenso entre


III – se ela não chegar no prazo convencionado. os agentes, objeto lícito, possível, determinado ou determi-
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar nável e forma prevista ou não vedada por lei.
em que foi proposto. Nos termos do art. 425, do CC, é lícito às partes estipular
contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas no
Classificação Código Civil, o que fundamenta a existência dos contratos
inominados. Exemplo: contrato de abertura de crédito em
Contrato Consensual e Real conta corrente perante determinada instituição financeira.
Consensual: para formação do contrato, bastam negocia-
ções preliminares somadas à proposta somada à aceitação Contrato Unilateral e Bilateral (ou Sinalagmático)
da proposta. Assim, é suficiente o consentimento, o acordo Unilateral: contrato no qual há obrigação para uma parte
de vontades. (devedor) e direito para a outra parte (credor).

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Bilateral (sinalagmático): contrato no qual as partes pos- Contrato de Compra e Venda
suem obrigações e direitos recíprocos, e a obrigação de uma Nos termos do Código Civil, as disposições gerais sobre o
é pressuposto da obrigação da outra. Ambas as partes têm contrato de compra e venda são bastante elucidativas acerca
obrigação (são devedoras) e direito (são credoras) recíprocos, de seu conceito e se sua particularidade. Vejamos:
que nascem vinculados desde a origem.
O contrato, quanto à formação, é sempre bilateral, pois, Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos
para ele se realizar, é necessária a conjunção de ao menos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa
duas vontades. Entretanto, o contrato, quanto aos efeitos, coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
pode ser bilateral ou unilateral. Art. 482. A compra e venda, quando pura, conside-
rar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes
Contrato Gratuito e Oneroso acordarem no objeto e no preço.
Oneroso: contrato no qual há uma reciprocidade de van- Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa
tagens e sacrifícios entre as partes, de modo que a vanta- atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o con-
gem de uma corresponde ao sacrifício da outra, e vice-versa. trato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das
Exemplo: contrato de compra e venda. partes era de concluir contrato aleatório.
Gratuito (benéfico): contrato no qual apenas uma das Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras,
partes possui vantagem econômica, enquanto que a outra protótipos ou modelos, entender-se-á que o ven-
apenas suporta um sacrifício. Não há reciprocidade de van- dedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas
tagens e sacrifícios entre as partes. Exemplo: contrato de correspondem.
doação pura (o donatário recebe vantagem econômica e o Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou
doador é o único a se sacrificar), fiança (art. 819). o modelo, se houver contradição ou diferença com a
Em regra, o contrato bilateral é oneroso, e contrato uni- maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
lateral é gratuito. Entretanto, há exceções legais, como do Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbí-
mandado gratuito (contrato bilateral e gratuito) e do mútuo trio de terceiro, que os contratantes logo designarem
ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a
feneratício (mútuo relativo a assuntos econômicos, previs-
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quan-
to no art. 591, do CC, que constitui contrato unilateral e
do acordarem os contratantes designar outra pessoa.
oneroso).
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço
à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determi-
Contrato Comutativo e Aleatório
nado dia e lugar.
Comutativo: contrato em que há uma equivalência sub- Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função
jetiva, eis que é possível aos sujeitos estimarem a extensão de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de
das vantagens e desvantagens de cada qual, diante da ine- objetiva determinação.
xistência de vinculação de qualquer das prestações a um Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de
fator de incerteza. preço ou de critérios para a sua determinação, se
Nos contratos comutativos, os sujeitos conseguem, desde não houver tabelamento oficial, entende-se que as
a formação do contrato, estimar previamente a extensão partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas
da prestação de um e da prestação do outro. O resultado habituais do vendedor.
contratual é, assim, passível de previsão prévia. Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido
Aleatório: contrato em que não há uma equivalência diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
subjetiva, eis que não é possível aos sujeitos estimarem a Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quan-
extensão das vantagens e desvantagens de cada qual, diante do se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes
da existência de vinculação de qualquer das prestações a a fixação do preço.
um fator de incerteza (dependência a um acontecimento Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as des-
incerto). Exemplo: contrato de compra e venda com cujo pesas de escritura e registro a cargo do comprador,
objeto é a safra de soja de determinada fazenda a ser aferida e a cargo do vendedor as da tradição.
no primeiro bimestre de 2015. Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor
não é obrigado a entregar a coisa antes de receber
Contrato de Adesão o preço.
O contrato de adesão constitui instrumento de vincula- Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da
ção de uma das partes, pois é elaborado previamente por coisa correm por conta do vendedor, e os do preço
uma das partes, portanto, unilateralmente, e se qualifica pela por conta do comprador.
rigidez de suas cláusulas (impossibilidade de alteração do § 1º Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de
conteúdo do contrato). contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente
Qualquer contrato civil poderá ser feito mediante adesão, se recebem, contando, pesando, medindo ou assina-
e é bastante comum encontrar essa forma de contrato nas lando, e que já tiverem sido postas à disposição do
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relações de Direito do Consumidor, como no contrato de comprador, correrão por conta deste.
abertura de conta corrente perante determinada instituição § 2º Correrão também por conta do comprador os
bancária ou no contrato de assinatura de TV a cabo. riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as
Encontra previsão nos arts. 423 e 424, do CC, senão ve- receber, quando postas à sua disposição no tempo,
jamos: lugar e pelo modo ajustados.
Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláu- estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se
sulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar encontrava, ao tempo da venda.
a interpretação mais favorável ao aderente. Art. 494. Se a coisa for expedida para lugar diverso,
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláu- por ordem do comprador, por sua conta correrão os
sulas que estipulem a renúncia antecipada do ade- riscos, uma vez entregue a quem haja de transportá-
rente a direito resultante da natureza do negócio. -la, salvo se das instruções dele se afastar o vendedor.

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Art. 495. Não obstante o prazo ajustado para o pa- Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o de-
gamento, se antes da tradição o comprador cair em feito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.
insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisí-
da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar vel vender a sua parte a estranhos, se outro consorte
no tempo ajustado. a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descen- se der conhecimento da venda, poderá, depositando
dente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge o preço, haver para si a parte vendida a estranhos,
do alienante expressamente houverem consentido. se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o pena de decadência.
consentimento do cônjuge se o regime de bens for Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, pre-
o da separação obrigatória. ferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser com- falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes
prados, ainda que em hasta pública: forem iguais, haverão a parte vendida os comproprie-
I – pelos tutores, curadores, testamenteiros e ad- tários, que a quiserem, depositando previamente o
ministradores, os bens confiados à sua guarda ou preço.
administração;
II – pelos servidores públicos, em geral, os bens ou Contrato de Empréstimo
direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que Há duas espécies de contrato de empréstimo, senão ve-
estejam sob sua administração direta ou indireta; jamos, conforme sua incidência no âmbito da lei civil, que
III – pelos juízes, secretários de tribunais, arbitrado- os particulariza:
res, peritos e outros serventuários ou auxiliares da
justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em Comodato
tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, É o contrato de empréstimo de coisas infungíveis, não
ou a que se estender a sua autoridade; passíveis de substituição por outras. O empréstimo é realiza-
IV – pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja do sobre aquele bem específico e, aquela que o emprestou
venda estejam encarregados. (comodante), deverá ter restituída, por parte daquela que o
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem- pegou emprestado (comodatário), após a execução contra-
-se à cessão de crédito. tual, exatamente aquele bem objeto do contrato.
Art. 498. A proibição contida no inciso III do artigo
antecedente, não compreende os casos de compra e Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coi-
venda ou cessão entre co-herdeiros, ou em pagamen- sas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
to de dívida, ou para garantia de bens já pertencentes Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os
a pessoas designadas no referido inciso. administradores de bens alheios não poderão dar em
Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, comodato, sem autorização especial, os bens confia-
com relação a bens excluídos da comunhão. dos à sua guarda.
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional,
preço por medida de extensão, ou se determinar a presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido;
respectiva área, e esta não corresponder, em qual- não podendo o comodante, salvo necessidade im-
quer dos casos, às dimensões dadas, o comprador prevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender
terá o direito de exigir o complemento da área, e, o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o
não sendo isso possível, o de reclamar a resolução prazo convencional, ou o que se determine pelo uso
do contrato ou abatimento proporcional ao preço. outorgado.
§ 1º Presume-se que a referência às dimensões foi sim- Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como
plesmente enunciativa, quando a diferença encontra- se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo
da não exceder de um vigésimo da área total enuncia- usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza
da, ressalvado ao comprador o direito de provar que, dela, sob pena de responder por perdas e danos. O
em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio. comodatário constituído em mora, além de por ela
§ 2º Se em vez de falta houver excesso, e o vende- responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa
dor provar que tinha motivos para ignorar a medida que for arbitrado pelo comodante.
exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato
escolha, completar o valor correspondente ao preço juntamente com outros do comodatário, antepuser
ou devolver o excesso. este a salvação dos seus abandonando o do como-
§ 3º Não haverá complemento de área, nem devolu- dante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se
ção de excesso, se o imóvel for vendido como coisa possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar
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referência às suas dimensões, ainda que não conste, do comodante as despesas feitas com o uso e gozo
de modo expresso, ter sido a venda ad corpus. da coisa emprestada.
Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultanea-
no artigo antecedente o vendedor ou o comprador mente comodatárias de uma coisa, ficarão solidaria-
que não o fizer no prazo de um ano, a contar do re- mente responsáveis para com o comodante.
gistro do título.
Parágrafo único. Se houver atraso na imissão de posse Mútuo
no imóvel, atribuível ao alienante, a partir dela fluirá É o contrato de empréstimo de coisas fungíveis, passíveis
o prazo de decadência. de substituição por outras semelhantes, o que não prejudi-
Art. 502. O vendedor, salvo convenção em contrário, cará, de qualquer forma, a execução do contrato. O emprés-
responde por todos os débitos que gravem a coisa timo é realizado sobre um bem e, aquela que o emprestou
até o momento da tradição. (mutuante), poderá ter restituída, por parte daquela que o

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pegou emprestado (mutuário), após a execução contratu- mão de obra, insumos, tecnologia e capital) e destinada à
al, outro objeto equivalente, em razão da natureza fungível produção de bens e serviços (fabricação de mercadorias ou
do bem. Exemplo: empréstimo de dinheiro, de modo que a prestação de serviços) ou à circulação de bens e serviços.
restituição se dará igualmente sobre a forma de dinheiro, (intermediação no mercado das mercadorias produzidas ou
mas provavelmente não recairá exatamente sobre aquelas dos serviços prestados).
cédulas outrora entregues ao mutuário. Profissionalismo consiste no exercício da atividade me-
diante habitualidade, pessoalidade e com vistas à obtenção
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. de lucratividade. A doutrina entende que não se considera
O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que profissional quem realiza atividades esporadicamente, even-
dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade tualmente, de modo que não será empresário aquele que
e quantidade. organizar episodicamente a produção de certa mercadoria,
Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da mesmo que esta se destine ao mercado.
coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm Pessoalidade consiste no fato de o empresário, no exer-
todos os riscos dela desde a tradição. cício da atividade empresarial, não obstante contrate em-
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem pré- pregados, os quais efetivamente produzirem ou circularem
via autorização daquele sob cuja guarda estiver, não as mercadorias, continua a ser juridicamente o empresário,
pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus pois os empregados contratados trabalham em nome deste,
fiadores. quem, pessoalmente, exerce a atividade empresarial cons-
Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente: tante do art. 966 do Código Civil.
I – se a pessoa, de cuja autorização necessitava o A atividade que configura objeto do Direito Empresarial
mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar pos- é a empresa. A empresa é a atividade econômica organizada
teriormente; para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Assim,
II – se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu se o empresário é a pessoa que exerce profissionalmente
obrigado a contrair o empréstimo para os seus ali- uma atividade econômica organizada, então empresa é uma
mentos habituais; atividade, a atividade de produção e circulação de bens ou
III – se o menor tiver bens ganhos com o seu traba- serviços.
lho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes Ressalte-se, portanto, que empresa é objeto do Direito
poderá ultrapassar as forças; Empresarial, é a atividade empresarial, e não a pessoa ju-
IV – se o empréstimo reverteu em benefício do menor; rídica que executa a atividade (comum e errônea utilização
V – se o menor obteve o empréstimo maliciosamente. do conceito na linguagem leiga e cotidiana). Trata-se, ainda,
Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da resti- de empresa no sentido de direito privado, ou seja, atividade
tuição, se antes do vencimento o mutuário sofrer com fins lucrativos organizada para a produção ou circulação
notória mudança em sua situação econômica. de bens e serviços.
Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, Organizada é a atividade que articula os quatro fatores
presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia.
redução, não poderão exceder a taxa a que se refere E o empresário, portanto, é o titular da empresa, da ati-
o art. 406, permitida a capitalização anual. vidade empresarial. Pode ser empresário individual ou uma
Art. 592. Não se tendo convencionado expressamen- sociedade empresária, que consiste na própria pessoa jurídi-
te, o prazo do mútuo será: ca, de modo que a própria sociedade é a titular da empresa,
I – até a próxima colheita, se o mútuo for de pro- da atividade empresarial desenvolvida, e o sócio, por sua vez,
dutos agrícolas, assim para o consumo, como para não é empresário, mas sim um empreendedor (detentor de
semeadura; quotas ou ações) da sociedade.
II – de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro; Os contratos específicos de sociedade encontram previ-
III – do espaço de tempo que declarar o mutuante, são a partir do art. 986, do CC. Vejamos, agora, as disposições
se for de qualquer outra coisa fungível. gerais acerca da sociedade na lei civil.

Sociedade Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pesso-


as que reciprocamente se obrigam a contribuir, com
O contrato de sociedade é aquele adotado, a partir do bens ou serviços, para o exercício de atividade eco-
Código Civil de 2002, pela chamada Teoria da Empresa, cujo nômica e a partilha, entre si, dos resultados.
perfil subjetivo se consubstancia no empresário ou na socie- Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à rea-
dade empresária. lização de um ou mais negócios determinados.
A sociedade é a pessoa jurídica, o empresário coletivo, Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se
formado pela junção de pessoas que decidem se unir a fim empresária a sociedade que tem por objeto o exer-
de realizar um objeto empresarial, que consiste na empresa, cício de atividade própria de empresário sujeito a
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na atividade especificamente desenvolvida e definida em lei registro (art. 967); e, simples, as demais.
como empresarial. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto,
Empresário é aquele que exerce profissionalmente ativi- considera-se empresária a sociedade por ações; e,
dade econômica organizada para a produção ou a circulação simples, a cooperativa.
de bens ou de serviços (art. 966, Código Civil). Destacam-se Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-
da definição legal as noções de profissionalismo, atividade -se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039
econômica organizada e produção ou circulação de bens ou a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de
serviços. conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo,
O empresário é aquele que, profissionalmente (habitual subordina-se às normas que lhe são próprias.
e pessoal, com vistas ao lucro), exerce atividade econômica Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concer-
(que é a própria empresa, com finalidade lucrativa) organiza- nentes à sociedade em conta de participação e à co-
da (revestida dos quatro fatores de produção do capitalismo: operativa, bem como as constantes de leis especiais

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que, para o exercício de certas atividades, imponham Contratos por Instrumento Público e Particular
a constituição da sociedade segundo determinado
tipo. Há determinados contratos para cuja formalização a legis-
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício lação prevê o instrumento público, a exemplo do que dispõe
de atividade própria de empresário rural e seja cons- o art. 108 do Código Civil. Vejamos:
tituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos
de sociedade empresária, pode, com as formalidades Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura
do art. 968, requerer inscrição no Registro Público pública é essencial à validade dos negócios jurídicos
de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, que visem à constituição, transferência, modificação
depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
efeitos, à sociedade empresária. superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade no País.
segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição
se subordinará, no que for aplicável, às normas que Assim, no caso de negócio jurídico relativo a direito real
regem a transformação. sobre bem imóvel cujo valor não perpasse o percentual
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica de até 30% o valor do salário-mínimo vigente no país (R$
com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, 724,00), se faz plenamente possível a utilização do instru-
dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). mento particular, o que também pode ocorrer no caso de
compromissos de compra e venda, alienação fiduciária sobre
Fiança bem imóvel, contratos de doação, entre outros.
O documento público é aquele lavrado no cartório com-
Contrato muito adotado nos casos de locação de imóvel,
petente, por meio do oficial ou tabelião de notas, este, ba-
configura-se quando uma pessoa garante o adimplemento da
charel em direito aprovado em concurso público de provas
dívida detida por outra pessoa ao seu credor, caso o devedor
e títulos que exerce referida função pública. Nesse caso,
originário não a cumpra. Vejamos os termos das disposições
as partes devem se dirigir ao cartório respectivo e firmar,
gerais da fiança na lei civil:
perante o tabelião, a contratação, de modo que o tabelião
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante lavrará o respectivo termo, dotado, portanto, de fé pública.
satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo Já o documento particular é aquele que pode ser feito por
devedor, caso este não a cumpra. qualquer pessoa capaz sem qualquer intervenção do Poder
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite Público, assinados pelas partes e ao menos duas testemu-
interpretação extensiva. nhas com todas as firmas reconhecidas ou não, a depender
Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem da espécie contratual. Trata-se de formalização mais simples
consentimento do devedor ou contra a sua vontade. do contrato, que prescinde da intervenção do Estado para
Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fian- que se torne válido e eficaz, passível de ocorrer quando a
ça; mas o fiador, neste caso, não será demandado legislação não prevê forma determinada de instrumento
senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação público aos contratos.
do principal devedor.
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá Cédulas e Notas de Crédito
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as
despesas judiciais, desde a citação do fiador. As Cédulas e as Notas de Crédito são consideradas títulos
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da de financiamento, uma vez que, para serem criados, neces-
obrigação principal e contraída em condições menos sitam da existência de uma instituição financeira ou institui-
onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for ção assemelhada, que realize empréstimo (financiamento) a
mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite pessoas físicas ou pessoas jurídicas que exerçam atividades
da obrigação afiançada. previstas na política de desenvolvimento do Estado, como nas
Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de searas de natureza rural e agrícola e para fins de aquisição
fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de inca- de casa própria por particulares.
pacidade pessoal do devedor. Trata-se, assim, de instrumento que representam o cré-
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo dito decorrente de financiamentos abertos por instituições
não abrange o caso de mútuo feito a menor. financeiras,
Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, O emitente é o particular, quem obtém em seu favor o
o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for financiamento.
pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha O beneficiário é a instituição financeira, quem concede o
de prestar a fiança, e não possua bens suficientes crédito solicitado pelo particular. Embora o emitente seja o
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para cumprir a obrigação. particular, é a instituição financeira que fornece o formulário


Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, para o particular preencher e configurar, assim, a Cédula
poderá o credor exigir que seja substituído. ou a Nota de Crédito, de modo que o particular emitente
se vincula às cláusulas previamente fixadas no formulário,
Instrumentos de Formalização das Operações de motivo pelo qual referida negociação se qualifica por um
Crédito contrato de adesão.
O que diferencia a Cédula de Crédito da Nota de Crédito
As operações de crédito podem ser concretizadas por é, em regra, o fato de que, em regra, a Cédula de Crédito
meio de contratos, estes firmados mediante instrumento possui uma garantia real e a Nota de Crédito não possui essa
público ou particular, bem como pelas chamadas cédulas e forma de garantia, possuindo, apenas, preferência de crédito,
notas de crédito. consoante os termos do Código de Processo Civil.

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Podem incidir sobre a Cédula de Crédito as seguintes Aval
garantias reais (ou seja, que recaem sobre uma coisa, e não Aval é a garantia pessoal, prestada por terceiro, no âmbito
sobre uma pessoa): hipotecária, pignoratícia e por alienação de um título de crédito. É instituto jurídico que se aplica no
fiduciária. Por isso, utilizam-se as denominações de “Cédula âmbito do Direito Empresarial.
hipotecária”, “Cédula Pignoratícia” e “Cédula Fiduciária”. De acordo com o entendimento firmado pelo doutrinador
A esses títulos de financiamento incidem leis e normas Fábio Ulhoa Coelho (2013), o aval é o ato cambiário pelo
distintas. Os títulos de financiamento rural são regulados qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título
pelo Decreto-Lei n° 167/1967, considerado a norma mais de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse
antiga sobre referida matéria de Cédulas e Notas de Crédito. título (avalizado).
Posteriormente, editou-se o Decreto-Lei n° 413/1969, Aval e fiança são modalidades de garantias pessoais, ou
que instituiu a Cédula e Nota de Crédito Industrial. Há, tam- seja, prestadas por pessoas, mas diferem entre si em razão
bém, a Lei n° 6.840/1980, que regula as Cédulas e Notas de de suas particularidades.
Crédito Comercial, entre outras normas. O aval é medida mais restrita, que visa a tutelar o pa-
Por fim, ressalte-se que se aplica às Cédulas e Notas de gamento de determinado título de crédito, como a letra de
Crédito, bem como às Cédulas de Crédito Bancário, a Lei câmbio, a nota promissória, o cheque. A fiança, por sua vez,
Uniforme de Genebra (LUG, Lei n° 57.663/1966). uma vez que se trata de instituto do Direito Civil, visa a garan-
tir os contratos em geral, e não apenas os títulos de crédito.
Garantias A pessoa que presta o aval se obriga pelo título, de modo
que não há que se falar em uma relação firmada entre avalis-
Fidejussórias (Pessoais) ta e avalizado, pois o avalista garantirá a solvência do título
independentemente de seu titular. A fiança, por sua vez, é
As garantias fidejussórias são as garantias pessoais, que o contrato estabelecido entre fiador a afiançado por meio
recaem sobre uma pessoa. Podem ser o aval e a fiança. do qual aquele se obriga a assumir a obrigação em relação
a este, que consiste em um credor específico.
Fiança Diferem, ainda, os institutos, pela formalidade exigida por
É a garantia pessoal prestada por terceiro que se con- cada um. O aval se torna válido pela simples assinatura do
figura por instituto do Direito Civil. A fiança tem caracte- avalista no verso ou anverso do título. A fiança, por sua vez,
rística contratual, incide sobre o contrato, e é acessória a na medida em que consiste em uma espécie de contrato, se
uma obrigação principal. Nesse sentido, o terceiro fiador se torna válida somente mediante a elaboração do respectivo
obriga pelo adimplemento da dívida contraída pelo devedor termo contratual.
da relação jurídica contratual caso este não cumpra com sua No tocante à responsabilidade, o avalista adquire respon-
obrigação. sabilidade solidária, ou seja, tanto o devedor quanto avalista
são responsáveis pelo montante integral da dívida. Já no caso
Vejamos as disposições mais importantes sobre a fiança, da fiança, a responsabilidade do fiador é subsidiária, ou seja,
constantes do Código Civil: o fiador somente será acionado caso o devedor principal não
cumpra a obrigação, o que consiste em uma garantia que ele
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante tem de que apenas será acionado caso o devedor principal,
satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo primeiramente acionado, não cumpra com sua obrigação – o
devedor, caso este não a cumpra. que se denomina “benefício de ordem”.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite  
interpretação extensiva. Reais
Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem
consentimento do devedor ou contra a sua vontade. De acordo com Venosa (2008), trata-se das garantias
Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fian- reais, que recaem sobre coisas, e não sobre pessoas, e se
ça; mas o fiador, neste caso, não será demandado dirigem a assegurar o cumprimento da obrigação, mas com
senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação ela não se confundem. Podem ser a hipoteca, o penhor e a
do principal devedor. anticrese. Estudaremos, aqui, os dois primeiros.
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá Ainda a respeito da conceituação e características mais
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as importantes desses direitos reais de garantia, o Código Civil
despesas judiciais, desde a citação do fiador. dispõe o seguinte:
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da
obrigação principal e contraída em condições menos Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticre-
onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for se ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito,
mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.
da obrigação afiançada. Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá em-
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Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de penhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens
fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de inca- que se podem alienar poderão ser dados em penhor,
pacidade pessoal do devedor. anticrese ou hipoteca.
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo § 1º A propriedade superveniente torna eficaz, desde
não abrange o caso de mútuo feito a menor. o registro, as garantias reais estabelecidas por quem
Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, não era dono.
o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for § 2º A coisa comum a dois ou mais proprietários não
pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha pode ser dada em garantia real, na sua totalidade,
de prestar a fiança, e não possua bens suficientes sem o consentimento de todos; mas cada um pode in-
para cumprir a obrigação. dividualmente dar em garantia real a parte que tiver.
Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações
poderá o credor exigir que seja substituído. da dívida não importa exoneração correspondente

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da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, feito; o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os
salvo disposição expressa no título ou na quitação. bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guar-
[...] necendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hi-
poteca declararão, sob pena de não terem eficácia: Hipoteca
I – o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo; Segundo o art. 1.473, do Código Civil, podem ser objeto
II – o prazo fixado para pagamento; de hipoteca os imóveis e os acessórios dos imóveis conjunta-
III – a taxa dos juros, se houver; mente com eles; o domínio direto; o domínio útil; as estradas
IV – o bem dado em garantia com as suas especifi- de ferro; jazidas, minas e demais recursos minerais, os poten-
cações. ciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e
[...] outros bens referidos por leis especiais, independentemente
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor do solo onde se acham; os navios; as aeronaves; o direito de
pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o uso especial para fins de moradia; o direito real de uso e a
objeto da garantia, se a dívida não for paga no ven- propriedade superficiária.
cimento. A hipoteca é direito indivisível, que recai sobre todo o
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o deve- prédio ou a coisa enquanto não liquidada a dívida. Isso nos
dor dar a coisa em pagamento da dívida. termos do art. 1.474, segundo o qual a hipoteca abrange
todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel,
Penhor de sorte que subsistem os ônus reais constituídos e regis-
Conforme dispõe o art. 1.431, do Código Civil, constitui- trados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo imóvel.
-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imó-
garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o vel hipotecado, podendo-se se convencionar que vencerá o
devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível crédito hipotecário, se o imóvel for alienado (art. 1.475, CC).
de alienação. Pode existir mais de uma hipoteca sobre o mesmo bem,
Ressalta o parágrafo único do artigo citado que no penhor segundo permissão do art. 1.476, do Código Civil, segundo
rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenha- o qual o dono do imóvel hipotecado pode constituir outra
das continuam em poder do devedor, que as deve guardar hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo
e conservar. ou de outro credor.
E, nos termos do art. 1.432, o instrumento do penhor de- A hipoteca pode ser convencional, legal ou judicial. Con-
verá ser levado a registro, por qualquer dos contratantes, de vencional é aquela que decorre do acordo de vontades entre
modo que o instrumento do penhor comum será registrado as partes. Legal, aquela que decorre de lei e judicial, aquela
no Cartório de Títulos e Documentos. decorrente de decisão judicial.
Espécies de Penhor, conforme previsão na lei civil: No tocante à hipoteca legal, o art. 1.489 do Código Civil
• Penhor rural: caso em que o devedor poderá emitir, a confere aos seguintes sujeitos, senão vejamos:
em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na for-
ma determinada em lei especial. Pode ser agrícola ou Art. 1.489. A lei confere hipoteca:
pecuário; I – às pessoas de direito público interno (art. 41)
• Penhor agrícola: cujos objetos da garantia poderão sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da
ser máquinas e instrumentos de agricultura; colheitas cobrança, guarda ou administração dos respectivos
pendentes, ou em via de formação; frutos acondicio- fundos e rendas;
nados ou armazenados; lenha cortada e carvão vege- II – aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que
tal; animais do serviço ordinário de estabelecimento passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário
agrícola; do casal anterior;
• Penhor pecuário: cujos objetos da garantia poderão ser III – ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os
os animais que integram a atividade pastoril, agrícola imóveis do delinquente, para satisfação do dano cau-
ou de lacticínios; sado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;
• Penhor Industrial e Mercantil: cujos objetos da ga- IV – ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão
rantia poderão ser máquinas, aparelhos, materiais, ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao
instrumentos, instalados e em funcionamento, com herdeiro reponente;
os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na in-
dústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; Alienação Fiduciária de Bens Móveis
produtos de suinocultura, animais destinados à indus-
trialização de carnes e derivados; matérias-primas e A alienação fiduciária de bens móveis em garantia con-
produtos industrializados; siste na transferência feita pelo devedor ao credor da pro-
• Penhor de Direitos e Títulos de Crédito: cujos objetos priedade resolúvel e da posse indireta de um bem infungível
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da garantia poderão ser direitos, suscetíveis de cessão, (art. 1.361, CC), como garantia de seu débito, resolvendo-se
sobre coisas móveis; o direito do adquirente com o adimplemento da obrigação,
• Penhor de Veículos: cujos objetos da garantia pode- ou melhor, com o pagamento da dívida garantida.
rão ser veículos empregados em qualquer espécie de Trata-se de um direito real de garantia que tem por objeto
transporte ou condução; a transferência da propriedade de coisa móvel, com vistas a
• Penhor Legal: instituído por força de lei, independen- se garantir o cumprimento de obrigação assumida pelo de-
temente de convenção entre as partes. São credores vedor fiduciário. Assim, na alienação fiduciária em garantia,
pignoratícios os hospedeiros, ou fornecedores de pou- o devedor (fiduciante) transmite a propriedade ao credor
sada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, joias (fiduciário). E, em decorrência dessa contratação, constitui-se
ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses em favor deste uma propriedade resolúvel, ou seja, passível
tiverem consigo nas respectivas casas ou estabeleci- de resolução, pois o devedor (fiduciante) é investido de pro-
mentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem prietário sobre o bem sob uma condição suspensiva, passível

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
de resolução, e pode se tornar o pleno e efetivo titular da Pode ocorrer na nota promissória o aval em branco, caso
propriedade somente depois que realizar a condição de pa- em que o avalista não identifica o devedor em favor do qual
gamento da dívida que constitui objeto do contrato principal. presta a garantia. Nessa circunstância, reputa-se avalizado
A regulamentação específica do instituto se encontra no o subscritor (primeiro devedor do título).
corpo do Decreto-Lei nº 911/1969, o qual preconiza, entre
outros, o seguinte: Requisitos
O art. 75 da LUG dispõe sobre os requisitos da nota
Art. 66. A alienação fiduciária em garantia transfere promissória. São eles:
ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta da • a expressão “nota promissória” no próprio texto do tí-
coisa móvel alienada, independentemente da tradi- tulo ou expressa na língua empregada em sua redação;
ção efetiva do bem, tornando-se o alienante ou de- • promessa pura e simples de pagamento de valor de-
vedor em possuidor direto e depositário com todas terminado;
as responsabilidades e encargos que lhe incumbem • data do vencimento;
de acordo com a lei civil e penal. • Assinatura do subscritor;
• nome do beneficiário;
Títulos de Crédito • data de emissão;
• local da emissão: trata-se de requisito não essencial,
Nota Promissória de modo que sua ausência não acarreta prejuízo ao
título, mas dá ensejo ao seu vencimento à vista;
Legislação • local do pagamento: trata-se de requisito não essencial,
de modo que sua ausência não acarreta prejuízo ao
A legislação aplicável à nota promissória é a mesma que título, mas dá ensejo ao pagamento do título no local
regula a letra de câmbio (LUG), entretanto, com determina- designado ao lado do nome do subscritor.
das particularidades, na medida em que a nota promissória
manifesta natureza de promessa de pagamento, de modo Nota Promissória Vinculada
que sua emissão enseja duas relações jurídicas distintas (emi-
tente e beneficiário), diferentemente da letra de câmbio, Espécie de nota promissória emitida com vinculação a
que por se tratar de ordem de pagamento, dá ensejo a três determinado contrato, de modo que se vincula à causa que
relações jurídicas (sacador, sacado e beneficiário). lhe deu origem, motivo pelo qual não manifesta o requisito
da abstração. Nesse caso, o devedor poderá opor, em face
Conceito do credor, as exceções pessoais, que possui com relação ao
credor na relação causal, na medida em que não há que se
Promessa direta de pagamento realizada pelo subscritor falar em abstração do título.
(emitente), com o objetivo de garantir, à data do vencimento, A esse respeito, pode-se dizer que perde o atributo da
a entrega da quantia indicada ao beneficiário (favorecido) ou abstração a nota promissória em cujo corpo haja referência
à pessoa a quem ele transfere o título. ao contrato que a tenha ensejado, de modo que defesas
Nota promissória é promessa escrita de pagamento de decorrentes da falta ou falha de execução contratual poderão
certa soma em dinheiro; nasce com a assinatura do devedor. ser opostas, pelo sacador, a terceiro de boa fé a quem tenha
sido a nota endossada.
Sujeitos
STJ – Súmula nº 258:  a nota promissória vinculada
Emitente (sacador ou subscritor): é aquele que promove a contrato de abertura de crédito não goza de auto-
a emissão da nota promissória, e, portanto, se torna devedor nomia em razão da iliquidez do título que a originou.
do título.
Beneficiário (tomador): é o sujeito favorecido com a O protesto da nora promissória somente pode se fundar
emissão da nota promissória. É o credor do título. na falta de pagamento, na medida em que não há aceite em
referida modalidade de título de crédito.
Regime Jurídico
Prazos Prescricionais
Não se aplicam à nota promissória as regras sobre aceite,
uma vez que na nota promissória não incide o instituto do Três anos, a contar do vencimento do título: para cobrar
aceite. Aceite é recepção de ordem de pagamento dirigi- do subscritor e seu avalista.
da pelo sacador e destinada ao sacado. A nota promissória Um ano, a contar do protesto do título: para cobrar dos
traduz uma promessa de pagamento, realizada pelo próprio endossantes e seus avalistas.
subscritor e dirigida a ele mesmo, de modo que não há que Seis meses, a contar do pagamento: para cobrar dos
Conhecimentos Bancários

se falar em sacado e, portanto, em aceitante. endossantes uns contra os outros e contra o emitente.
O subscritor da nota promissória se torna devedor direto
e principal (em termos de responsabilidade, equipara-se ao Duplicata
aceitante da letra de câmbio, nos termos do art. 78 da LUG).
Assim, a nota promissória já nasce com um devedor direto Conceito
e principal, o subscritor. Por sua vez, o avalista do subscritor
assume a responsabilidade inerente ao de devedor direto Título de crédito consubstanciado em ordem de paga-
(mas não devedor principal). mento decorrente de compra e venda mercantil, emitido pelo
No tocante ao endosso e ao aval na nota promissória, vendedor (credor), destinado ao comprador (devedor) e no
referidos institutos compatibilizam-se com a letra de câmbio. qual o próprio sacador (emitente) figura como beneficiado.
Nesse sentido, a nota será passível de transferência por en- Trata-se de título de crédito dotado de causalidade repre-
dosso, podendo, ainda, ser garantia por meio do aval. sentada por uma fatura em sede de compra e venda mercantil,

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sendo relevante perquirir-se o negócio subjacente que lhe A relação causal forma-se mediante duas pessoas que
deu origem. A emissão da duplicata é facultativa. assumem três posições diferentes.
A duplicata deve ser utilizada quando se está diante de A duplicata nasce sem devedor algum. Isso porque o sa-
um negócio jurídico de compra e venda mercantil (cujo ven- cador não é devedor, mas só se torna devedor indireto se
dedor é sujeito regularmente constituído como empresário endossar o título.
ou sociedade empresária). Assim, pode-se afirmar que a
emissão de duplicata é admitida somente para fins de docu- Requisitos
mentação das relações jurídicas preestabelecidas em compra
e venda mercantil ou em contrato de prestação de serviços. Na emissão da fatura, poderá ser extraída a duplicata,
A legislação que regulamenta a duplicata consiste na Lei para fins de circulação com efeito comercial, de modo que
n° 5.474/1968 (dispõe sobre as duplicatas e dá outras provi- não se admite qualquer outra espécie de título de crédito
dências). Entretanto, aplica-se subsidiariamente à duplicata o para documentar o saque do vendedor pela importância fa-
Decreto n° 57.663/1966 (LUG), nos termos do que preconiza turada pelo comprador. A duplicata deve conter os seguintes
o art. 25 da Lei n° 5.474/1968. requisitos:
• a denominação “duplicata”;
Causalidade • a data de emissão e o número de ordem;
• o número da fatura: coincidente ou não com o número
No tocante à classificação quanto à natureza (origem), a da duplicata, pois esta é sempre facultativa;
duplicata configura-se como título causal, pois indica a causa • a data certa do vencimento ou a declaração de ser à
de emissão (motivo que originou o crédito e, assim, o título). vista: é vedado o vencimento “a certo termo de data”
A duplicata duplica, reproduz a fatura, deve indicar, em seu ou “a certo termo de vista” na duplicata. Não existe
corpo, o número da fatura que lhe deu origem, motivo pelo hipótese legal de duplicata não à ordem;
qual uma só duplicata não pode corresponder a duas ou • o nome e o domicílio do vendedor e do comprador;
mais faturas. • A importância a pagar: valor em dinheiro, expresso e
A duplicata manifesta todas as características de um título escrito em algarismos e por extenso (se divergentes o
de crédito, e sobre ela incidem todos os princípio cambiários, número o valor escrito por extenso, prevalece o valor
com a ressalva de se tratar de um título de crédito causal, que, por extenso);
portanto, se vincula à existência de uma fatura de compra e • o local para pagamento;
venda mercantil. Assim, a duplicata é um título impróprio, • a cláusula “à ordem”: cláusula compulsória na dupli-
imperfeito, também denominado cambiariforme, visto que, cata, que autoriza a circulação do título por meio do
assim como no cheque, nela não se vislumbra uma operação endosso;
típica de crédito, por se trata de título de crédito causal. • a declaração do reconhecimento de sua exatidão (a
observância dos requisitos essenciais) e da obrigação
Fatura de pagá-la, a ser assinada pelo comprador como aceite
cambial: a assinatura não configura requisito essencial;
Documento administrativo que registra a operação de a declaração do reconhecimento da exatidão da dupli-
compra e venda mercantil. O empresário/sociedade empre- cata, sim;
sária, ao realizar a venda de mercadorias, emite a fatura (ou • a assinatura do emitente: sacador. A assinatura não
nota fiscal fatura), documento escrito e numerado, em que gera responsabilidade cambial, pois o sacador não
discrimina as mercadorias vendidas, informando a quanti- constitui devedor da duplicata. Só será o sacador de-
dade, os preços unitários e o preço total das mercadorias. vedor indireto se endossar o título, pois a assinatura
A emissão da fatura pode ser obrigatória ou facultativa. de endosso gera a responsabilidade cambial.
Emissão obrigatória: no prazo igual ou superior a 30 dias,
da data da entrega ou despacho das mercadorias. Crime de Estelionato
Emissão facultativa: no prazo inferior a 30 dias, da data
da entrega ou despacho das mercadorias. Configura crime de estelionato emitir duplicata em desa-
Uma vez emitida a fatura, no mesmo ato poderá ser emi- cordo com a mercadoria vendida ou com o serviço prestado,
tida a duplicata, de modo que esta se baseará na fatura ou nos termos do art. 172 do Código Penal, in verbis:
não nota-fiscal fatura.
A nota-fiscal fatura consiste na nota-fiscal cuja emissão Duplicata simulada
é obrigatória no ato da compra, na medida em que se trata Art. 172. Emitir fatura, duplicata ou nota de venda
de documentação fiscal. Assim, geralmente, a nota fiscal traz que não corresponda à mercadoria vendida, em
consigo a fatura da compra e venda efetuada. quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado.
Ressalte-se que a fatura não configura título de crédito; o Pena – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
título consiste na duplicata, a qual, por sua vez, fundamenta- multa. 
Conhecimentos Bancários

-se na fatura ou na nota-fiscal fatura. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele
que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de
Sujeitos Registro de Duplicatas.

Sacador: é o emitente da duplicata. Trata-se do vendedor Ressalte-se que a emissão de duplicata sem causa, por
(credor), aquele que representa a sociedade empresária ou sua vez, não configura conduta típica.
o empresário empregador da atividade mercantil.
Sacado: é o comprador (devedor), que consiste no de- Remessa e Devolução
vedor direto e principal, se houver o aceite da duplicata.
Beneficiário: é o sacador, o emitente da duplicata, o ven- A remessa consiste no ato do sacador de remeter a dupli-
dedor (credor). Trata-se do primeiro endossante do título cata ao sacado, para o fim de obter seu aceite. O prazo para
que, ao endossá-lo, se torna dele devedor indireto. a remessa é de 30 dias, da emissão – se a remessa for feita

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diretamente pelo sacador – ou 10 dias, do recebimento – se mente àquela ocorrência (art. 12, parágrafo único, Lei n°
a remessa for feita por sujeito intermediário (endossatário), 5.474/1998).
como uma instituição financeira ou um procurador do saca- O aval na duplicata pode se dar no anverso do título
dor (art. 6º, Lei n° 5.474/1968) (parte da frente, caso em que depende da simples assinatura
A devolução, por sua vez, consiste no ato do sacado de do avalista) ou no verso do título (parte de trás, caso em
devolver a duplicata ao titular do direito, com a assinatura que depende da assinatura conjugada à declaração de sua
representando o aceite do título ou a declaração que motive referência ao aval do título).
a falta de aceite. A devolução ocorre no prazo de 10 dias, do
recebimento do título pelo sacado. Endosso
Se o título é emitido à vista, o sacado, ao recebê-lo, deve
efetuar o pagamento. Se o título é emitido a prazo, o sacado, A duplicata circula livremente por meio do endosso.
ao recebê-lo, deve assiná-lo no campo próprio para aceite. Assim, admite o endosso, instituto que produz os mesmos
efeitos da legislação cambiária.
Aceite O endosso na duplicata pode se dar no anverso do título
(parte da frente, caso em que depende da assinatura con-
O ato de vinculação do sacado à duplicata é obrigatório, jugada à declaração de sua referência ao endosso do título)
pois se ocorreu satisfatória execução do contrato pelo saca- ou no verso do título (parte de trás, caso em que depende
dor, a emissão da duplicata se faz suficiente para vincular o da simples assinatura do endossante).
sacado ao seu pagamento, dispensando-se a sua assinatura
no título para a formalização do aceite. A duplicata pode Protesto
ser apresentada para aceite do sacado pelo próprio sacador
ou por instituição financeira (art. 6º da Lei n° 5.474/1968). Ato praticado pelo credor perante o cartório competente,
Assim, caso cumprido de modo regular o contrato de com a finalidade de incorporar no título de crédito a prova
compra e venda pelo sacador, o sacado não se pode recusar de fato relevante para as relações cambiais. Produz os efeitos
a ver sua dívida documentada em título de circulação cam- probatório e conservatório do direito do credor de cobrar o
bial, a duplicata. Diferentemente, deve proceder ao aceite título dos devedores indiretos.
do título, mediante inserção de sua assinatura na cártula. E, A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução
se não o fizer, ainda assim constituir-se-á o aceite presumido, ou de pagamento (art. 13, Lei n° 5.474/1968). Destarte, o pro-
o qual vinculará o sacado ao título, da mesma forma. testo da duplicata tem as seguintes causas: falta ou recusa de
Assim, há de se falar em duas espécies de aceite na du- aceite pelo sacado (prazo: até o vencimento); falta de devolu-
plicata, quais sejam: ção do título pelo sacado (prazo: até o vencimento); ou a falta
• Aceite ordinário (comum): resulta da simples inserção de pagamento pelo sacado (prazo: 30 dias, do vencimento).
da assinatura do sacado no titulo, no campo próprio Assim, pode-se afirmar que o portador de duplicata
para aceite; aceita, devolvida e não paga pelo sacado perde o direito de
• Aceite presumido (obrigatório): decorre do recebi- regresso contra endossantes e respectivos avalistas, inclusive
mento da mercadoria pelo sacado. Assim, independe com relação ao sacador-endossante, se não protestá-la no
de conduta que o sacado adote em relação ao título prazo de 30 dias contado de seu vencimento.
que lhe foi remetido. Para que se configure o aceite Esclareça-se que, passado o prazo do protesto, ocorrerá a
presumido, o sacador deve protestar o título por falta perda do direito do portador da duplicata de cobrar o título
de aceite e juntar a prova do recebimento da merca- dos devedores indiretos (art. 13, § 4º, Lei n° 5.474/1998).
doria pelo sacado (o canhoto assinado pelo comprador
quando do recebimento da mercadoria). Prescrição

Portanto, o comprador não pode se recusar a aceitar o A ação para cobrança da duplicata (ou da triplicata, como
título por simples manifestação de vontade, salvo nas hipó- veremos a seguir) deve seguir o prazo prescricional, que é o
teses legalmente previstas que legitimam a recusa de aceite seguinte:
na duplicata, quais sejam (art. 8º, Lei n° 5.474/1968): • Três anos, do vencimento, em face do devedor direto
• avaria ou não recebimento da mercadoria contratada, (sacado/aceitante – quem é também o devedor prin-
quando não expedidas ou não entregues por sua conta cipal – e seu avalista). Nesse caso, o protesto é facul-
e risco; tativo.
• vícios, defeitos e diferença na qualidade e/ou quan- • Um ano, do protesto, em face do devedor indireto
tidade das mercadorias contratadas, devidamente (vendedor, ao endossar o título e se tornar endossan-
comprovados; te; demais endossantes e respectivos avalistas). Nesse
• divergência no prazo e/ou preço expressos na fatura caso, o protesto é necessário.
daqueles constantes do título. • Um ano, do pagamento, no tocante à ação de regresso
Conhecimentos Bancários

movida pelo devedor indireto que paga o título, em


Aval face do sacador e dos demais endossantes.

O aval consiste na garantia que se dá ao sujeito portador Duplicata de Prestação de Serviços


do título, obrigando o avalista ao cumprimento da obrigação
assumida pelo avalizado. No tocante à duplicata, o seu pa- Os prestadores de serviços poderão emitir fatura e du-
gamento poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista plicata para documentar as obrigações assumidas entre o
equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, sacador e o sacado. Trata-se de faculdade de emissão e fa-
àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, tura e duplicata, mas a emissão de duplicata exige a emissão
ao comprador (art. 12, Lei n° 5.474/1998). prévia da fatura.
O aval dado posteriormente ao vencimento do títu- No tocante ao negócio jurídico fundado em prestação
lo produzirá os mesmos efeitos que o prestado anterior- de serviços, ainda que não se trate efetivamente de negó-

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cio com objeto mercantil, a legislação possibilita a emissão EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DUPLICATA
de duplicata que documento a referida obrigação assumida VIRTUAL. PROTESTO PORINDICAÇÃO. BOLETO BAN-
entre sacador e sacado. CÁRIO ACOMPANHADO DO COMPROVANTE DE RECE-
Nesse caso, a fatura deverá discriminar a natureza dos BIMENTODAS MERCADORIAS. DESNECESSIDADE DE
serviços prestados e a soma a pagar por eles. Dispõe a Lei EXIBIÇÃO JUDICIAL DO TÍTULO DECRÉDITO ORIGINAL.
das Duplicatas (Lei n° 5.474/1998) o seguinte, em seu art. 20: 1. As duplicatas virtuais – emitidas e recebidas por
meio magnético ou de gravação eletrônica – podem
Art. 20. As empresas, individuais ou coletivas, funda- ser protestadas por mera indicação, de modo que a
ções ou sociedades civis, que se dediquem à presta- exibição do título não é imprescindível para o ajuiza-
ção de serviços, poderão, também, na forma desta mento da execução judicial. Lei n° 9.492/1997.
lei, emitir fatura e duplicata. 2. Os boletos de cobrança bancária vinculados ao
§ 1º A fatura deverá discriminar a natureza dos ser- título virtual, devidamente acompanhados dos ins-
viços prestados. trumentos de protesto por indicação e dos compro-
§ 2º A soma a pagar em dinheiro corresponderá ao vantes de entrega da mercadoria ou da prestação
preço dos serviços prestados. dos serviços, suprem a ausência física do título cam-
§ 3º Aplicam-se à fatura e à duplicata ou triplicata biário eletrônico e constituem, em princípio, títulos
de prestação de serviços, com as adaptações cabí- executivos extrajudiciais.
veis, as disposições referentes à fatura e à dupli- 3. Recurso especial a que se nega provimento. (Grifo
cata ou triplicata de venda mercantil, constituindo nosso)
documento hábil, para transcrição do instrumento (STJ. REsp 1024691 PR 2008/0015183-5. Relatora:
de protesto, qualquer documento que comprove a Ministra Nancy Andrighi. Terceira Turma. Publicação:
efetiva prestação, dos serviços e o vínculo contratual DJe 12/4/2011)
que a autorizou.
       Triplicata
O devedor da duplicata de prestação de serviços deve
igualmente promover o aceite do título. Entretanto, pode A triplicata consiste na cópia da fatura, quando a du-
se opor a fazê-lo nas situações legalmente previstas no art. plicata for perdida, extraviada ou inutilizada. Não se trata,
21, da Lei n° 5.474/1998: assim, de um novo título, mas sim da segunda via da dupli-
  cata objeto de perda, extravio ou inutilização. Nesses casos,
Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata deverá o vendedor extrair a triplicata, a qual deverá observar
de prestação de serviços por motivo de: os mesmos requisitos e as mesmas formalidades da dupli-
I – não correspondência com os serviços efetivamente cata, nos termos do art. 23 da Lei n° 5.474/1998, segundo o
contratados; qual “a perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor
II – vícios ou defeitos na qualidade dos serviços pres- a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e requisitos
tados, devidamente comprovados; e obedecerá às mesmas formalidades daquela”.
III – divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Cheque
Duplicata Simulada
Legislação
Emissão de duplicata “fria”, sem causa, que não corres-
ponda a negócio jurídico realizado, a mercadoria vendida em O título de crédito qualificado por cheque possui regula-
quantidade, qualidade ou ao serviço prestado. Trata-se de mentação pela Lei n° 7.357/1985 (Lei do Cheque).
conduta típica prevista no art. 172 do Código Penal.
Ressalte-se que a duplicata constitui título causal, o qual Conceito
exige a existência de uma fatura e de um negócio jurídico
realizado anteriormente à sua emissão, e sobre o qual se O cheque é uma ordem de pagamento à vista realizada
funda. Assim, a emissão de duplicata sem causa configura pelo emitente e dirigida ao sacado (banco ou instituição fi-
irregularidade no âmbito do Direito Empresarial e crime, no nanceira), em favor do beneficiário indicado e em razão de
âmbito do Código Penal. fundos que o emitente possui junto ao sacado.
É título de crédito dotado de todas as características
Duplicata Virtual inerentes aos títulos de crédito – autonomia das relações
cambiárias, rigor cambiário, solidariedade cambiária, exe-
Conforme entendimento do STJ, na denominada dupli- cutividade, literalidade, circulação, obrigação quesível, en-
cata virtual, o vendedor, após a entrega das mercadorias ao tre outras – e sobre o qual incidem todos os princípios dos
comprador, informa os dados da operação diretamente à títulos de crédito.
Conhecimentos Bancários

instituição financeira, que emite e envia ao devedor os bo- Nesse sentido, pode-se afirmar que é a abstração do tí-
letos bancários para pagamento. E, uma vez não adimplida a tulo que conduz, necessariamente, à impossibilidade de o
dívida, a instituição financeira, com base nas informações emitente do cheque invocar contra terceiro fatos que vicia-
prestadas pelo vendedor, procede ao protesto por indica- ram sua relação contra o primitivo beneficiário.
ções do título. O cheque consiste em título de crédito impróprio, abs-
O STJ entende que os boletos de cobrança bancária vin- trato, à ordem, que consubstancia ordem de pagamento,
culados a duplicata virtual, devidamente acompanhados dos vinculado, de financiamento, em dinheiro, à vista.
instrumentos de protesto por indicação e dos comprovan-
tes de entrega da mercadoria ou da prestação dos serviços, Sujeitos
suprem a duplicata eletrônica em meio físico, constituindo,
portanto, títulos executivos extrajudiciais, a exemplo do jul- • Sacador (emitente): é o titular da conta-corrente pe-
gado a seguir colacionado: rante o banco ou instituição financeira. Trata-se do de-

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vedor direto, desde a data da apresentação do cheque de no pagamento por meio de cheque sem provisão
ao banco sacado. de fundos (art. 171, § 2º, VI, do CP) é o do local da
• Sacado (banco): é o banco ou instituição financeira recusa do pagamento pelo sacado (Súmula n° 244/
onde se situa a conta-corrente do emitente. O sacado STJ e Súmula n° 521/STF).
não é devedor do cheque. 2. Conflito conhecido para reconhecer a competência
• Beneficiário (tomador, portador): é o sujeito a quem do Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal de Ourinhos/
se dirige o pagamento do valor constante do cheque. SP, o suscitado.
É o primeiro endossante do cheque. (STJ. CC 116295 PR 2011/0055853-2. Relator: Minis-
tro MARCO AURÉLIO BELLIZZE. S3 – TERCEIRA SEÇÂO.
Requisitos de emissão Publicação: DJe 25/6/2013)

O sacado é necessariamente, um banco ou uma insti- Requisitos


tuição financeira. Assim, não há aceite pelo sacado, pois o
sacado não é devedor do título. Os requisitos do cheque são os seguintes (art. 1º da Lei
A emissão do cheque depende de um contrato prévio do Cheque):
de abertura de conta-corrente, contrato de prestação de • a denominação “cheque” expressa no contexto do título;
serviços firmado entre o emitente e o sacado. • a ordem incondicional de pagar determinada quantia:
Existência de fundos na conta-corrente do emitente: o com relação ao cheque, não há de se falar em termo
emitente é responsável pela manutenção do saldo em sua ou condição futura, cuja ocorrência deverá ser poste-
conta. Se não houver fundos na conta, o credor do cheque riormente implementada;
restará legitimado a cobrar do emitente o valor constante • em um cheque em que a quantia é indicada mais de
do título, mediante ação judicial. uma vez, quer por extenso, quer por algarismos, pre-
A emissão de cheque sem provisão de fundos ou a frus- valece, no caso de divergência, a indicação por extenso
tração do pagamento do valor constante do cheque consti- do valor;
tui fraude no pagamento por meio de cheque e é crime de • o nome do sacado a quem a ordem é dirigida. É o
estelionato previsto no art. 171, inciso VI, do Código Penal, banco ou a instituição financeira em face de quem se
desde que o agente atue mediante o elemento subjetivo dirige a ordem de pagar a quantia constante do título.
dolo e que haja prejuízo patrimonial ao credor. Exemplo: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil S/A,
Bradesco;
STF – Súmula nº 246:  Comprovado não ter havido • o lugar do pagamento: é requisito não essencial, de sorte
fraude, não se configura o crime de emissão de che- que se não houver indicação, reputar-se-á lugar do pa-
que sem fundos. gamento o local expresso ao lado do nome do sacado;
STF – Súmula nº 521: O foro competente para o pro- • a data e o lugar de emissão.
cesso e julgamento dos crimes de estelionato, sob a
modalidade da emissão dolosa de cheque sem pro- O lugar da emissão é o local onde se encontra o emitente
visão de fundos, é o do local onde se deu a recusa no momento em que preenche o cheque. É requisito não
do pagamento pelo sacado. essencial, de sorte que se não houver indicação, reputar-
STF – Súmula nº 554: O pagamento de cheque emi- -se-á lugar da emissão o local expresso ao lado do nome
tido sem provisão de fundos, após o recebimento do emitente.
da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação A data da emissão consiste a data na qual o cheque é
penal. emitido. A partir daí, inicia-se a contagem do prazo prescri-
cional do cheque, de 30 ou 60 dias.
ESTELIONATO. PAGAMENTO COM CHEQUES SEM Mesma praça: havendo coincidência entre o local da
FUNDOS. EMPRÉSTIMO DE CHEQUES. DOLO. INSU- emissão e o lugar onde situada a agência pagadora, o prazo
FICIÊNCIA PROBATÓRIA. para apresentação do título ao banco sacado é de 30 dias,
Inexistindo prova estreme de dúvida acerca do dolo da emissão.
da acusada, a absolvição se impõe. O simples fato de Praças distintas: em não havendo coincidência entre o
os cheques serem pré-datados já afasta, por si só, o local da emissão e o lugar onde situada a agência pagadora, o
dolo característico do estelionato. Junte-se a isso o prazo para apresentação do título ao banco sacado é de 60
fato de que a ré não poderia prever que o valor dos dias, da emissão.
cheques não seria coberto pela irmã, para quem “em- A pós-datação não produz efeito cambial perante o sa-
prestou” as cártulas. Sentença de absolvição mantida. cado, pois o cheque constitui ordem de pagamento à vista,
RECURSO MINISTERIAL IMPROVIDO. (Apelação Crime de modo que o cheque apresentado para pagamento antes
Nº 70045085743, Quinta Câmara Crimina). do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da
(TJRS. Processo: ACR 70045085743 RS. Relatora: Ge- apresentação. Entretanto, referida conduta representa um
acordo firmado entre emitente e beneficiário, de modo que
Conhecimentos Bancários

nacéia da Silva Alberton. Quinta Câmara Criminal. Pu-


blicação: Diário da Justiça do dia 18/10/2012. Quinta representa efeito extracambial (contratual), de modo que a
Câmara Criminal) apresentação precipitada do cheque significa o descumpri-
mento do acordo firmado entre as partes.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ESTELIONA- A assinatura do sacador ou de seu mandatário com po-
TO. FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE deres especiais: trata-se da primeira declaração cambiária
SEM PROVISÃO DE FUNDOS. COMPETÊNCIA DO FORO inserta no título.
DO LOCAL ONDE SE DEU A RECUSA PELO SACADO.
SÚMULA N° 244/STJ E SÚMULA N° 521/STF. COMPE- Formas de Emissão do Cheque
TÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.
1. O foro competente para processar e julgar o crime • Cheque ao portador: o cheque com valor superior a
de estelionato cometido sob a modalidade de frau- R$ 100,00 deve ser nominal (conter indicação do nome

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do beneficiário), não podendo ser emitido ao portador STJ – Súmula nº 233: o contrato de abertura de cré-
(sem indicação do nome do beneficiário). dito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
• Cheque nominal: se o cheque contiver valor igual ou -corrente, não é título executivo.
superior a R$ 100,00, o emitente é obrigado a indicar STJ – Súmula nº 247: o contrato de abertura de cré-
o nome de seu beneficiário na cártula (pessoa ou em- dito em conta-corrente, acompanhado do demons-
presa a quem está efetuando o pagamento). trativo de débito, constitui documento hábil para o
• Cheque cruzado: tanto o cheque ao portador quanto ajuizamento da ação monitória.
o nominal podem ser cruzados, mediante a colocação
de dois traços paralelos, em sentido transversal, no Por sua vez, a cédula de crédito bancário represen-
anverso do documento (parte da frente). Nesse caso, tativa de dívida oriunda de contrato de abertura de
o cheque somente poderá ser pago por meio de de- crédito bancário em conta-corrente constitui título
pósito em conta-corrente, o que torna mais seguro o executivo extrajudicial, nos termos do art. 28 da Lei
desconto do cheque ao portador. n° 10.931/2004 e arts. 585, VIII, e 586, do CPC, o que
encontra ratificação na jurisprudência do STJ, senão
Há duas espécies de cheque cruzado: geral ou em branco vejamos:
(o emitente não identifica o estabelecimento bancário, de
modo que o portador do título poderá encaminhá-lo a agen- “A cédula de crédito bancário, de acordo com o novo
cia onde possui conta) e especial ou em preto (o emitente diploma legal (Lei n° 10.931/2004), é título execu-
identifica o sacado, o banco ou a instituição financeira onde tivo  extrajudicial,  representativo de operações de
deverá o portador obter o pagamento do cheque, mediante crédito de qualquer natureza, que autoriza sua
colocação do respectivo nome dentro de dois traços insertos emissão para documentar a abertura de crédito em
de modo transversal no título [art. 44, Lei do Cheque]). conta-corrente, nas modalidades crédito rotativo ou
cheque especial. Para tanto, a cártula deve vir acom-
• Cheque visado: o banco sacado, a pedido do emitente panhada de claro demonstrativo acerca dos valores
ou do portador legitimado, lança e assina, no verso
utilizados pelo cliente, consoante as exigências le-
do cheque não ao portador e ainda não endossado
gais enumeradas nos incisos I e II do § 2º do art. 28
o visto, que consiste no certificado ou declaração no
da lei mencionada – de modo a lhe conferir liquidez
sentido de que existe suficiência de fundos no âmbito
e exequibilidade. Com base nesse entendimento, a
da conta do emitente. O cheque visado somente pode
Turma deu provimento ao recurso para que, uma vez
ser emitido de forma nominativa e não endossável.
O cheque visado encontra previsão no art. 7º da Lei reconhecida a executividade do título em questão, o
do Cheque e consiste na circunstância em que o banco tribunal a quo prossiga no julgamento da apelação
ou a instituição financeira insere um visto no cheque e analise as demais alegações trazidas no recurso”
do emitente e promove a devida reserva do valor dele REsp 1.103.523-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
constante, o que gera a garantia do pagamento do título. julgado em 10/4/2012. (Informativo STJ nº 495, de
A aposição de visto, certificação ou outra declaração 9 a 20 de abril de 2012)
equivalente obriga o sacado a debitar à conta do emi-
tente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em • Cheque pré-datado: a nomenclatura popular de che-
benefício do portador legitimado, durante o prazo de que “pré-datado” representa, na verdade, o cheque
apresentação, sem que fiquem exonerados o emiten- “pós-datado”, prática usual e extracambial que indica
te, endossantes e demais coobrigados (art. 7º, § 1º). uma data futura para o vencimento do título, de modo
Assim, a garantia produz efeitos enquanto perdurar o que o beneficiário só poderá proceder ao desconto do
prazo de apresentação do cheque (30 dias, se cheque cheque quando perpassado o prazo de pós-datação
da mesma praça do local do pagamento ou 60 dias, se nele inserto pelo emitente. Referida prática não pro-
cheque de praça distinta do local do pagamento). duz efeitos cambiais, na medida em que, por previsão
O visto não acarreta responsabilidade cambial se o ban- legal, o cheque representa ordem de pagamento à vis-
co sacado promoveu a devida reserva do valor expresso ta, ocorrendo de imediato o seu vencimento.
no cheque.
• Cheque administrativo (bancário): é o cheque emitido Assim, um cheque é pagável quando for apresentado ao
pelo próprio banco. Pode ser comprado pelo cliente banco, mesmo que tenha sido emitido com data de venci-
em qualquer agência bancária. O banco o emite em mento futura, de modo que se um cheque pré-datado for
nome de quem o cliente efetuará o pagamento. Nesse apresentado para pagamento antes da data prevista, o banco
caso, o emitente e o sacado são a mesma pessoa, o deverá pagá-lo ou devolvê-lo por falta de provisão de fundos.
banco, e o banco possui responsabilidade cambial pelo Vejamos o que preconiza o art. 32 da Lei do Cheque a esse
pagamento do cheque. respeito:
• Cheque especial: consiste na concessão de um limite
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de crédito pelo banco ao titular da conta, para que este Art. 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não
efetue saque quando não mais dispuser de fundos, escrita qualquer menção em contrário.
mediante um contrato de abertura de crédito em conta Parágrafo único. O cheque apresentado para paga-
corrente. O cheque especial é concedido ao cliente mento antes do dia indicado como data de emissão
do banco mediante contrato previamente firmado, e é pagável no dia da apresentação.
consiste na cessão de crédito automático na conta-
-corrente do emitente, mediante cobrança futura com Entretanto, a aposição de data futura para pagamento
incidência de juros. de cheque constitui prática comumente realizada no mer-
O cheque especial, diferentemente das demais mo- cado, de modo que a jurisprudência entende que sua ino-
dalidades de cheque, não configura título executivo bservância, com consequente apresentação antecipada do
extrajudicial, mas possibilita o ajuizamento de ação cheque ao banco para desconto configura ilícito civil, nos
monitória (arts. 1.102-A a 1.102-C do CPC). termos do Enunciado de Súmula nº 370 do STJ, segundo o

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qual “caracteriza dano moral a apresentação antecipada de Cheque da mesma praça: se o local da emissão do che-
cheque pré-datado”. que for o mesmo local do pagamento do cheque (localidade
onde situada a agência do banco sacado), o prazo de apresen-
Aceite tação para pagamento será de 30 dias, contados da emissão.
Cheque de praça diferente: se o local da emissão do
O cheque não admite aceite, uma vez que o banco ou a cheque for diverso do local do pagamento do cheque (lo-
instituição financeira, que se qualificam na relação cambial calidade onde situada a agência do banco sacado), o prazo
por sacados, não são devedores do título. Vejamos o que de apresentação para pagamento será de 60 dias, contados
preconizam os arts. 6º e 7º da Lei do Cheque: da emissão.
Nesse sentido dispõe o art. 33 da Lei do Cheque, em seu
Art. 6º O cheque não admite aceite considerando-se parágrafo único, que no caso de o cheque ser emitido entre
não escrita qualquer declaração com esse sentido. lugares com calendários diferentes, considerar-se-á como
Art. 7º Pode o sacado, a pedido do emitente ou do de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de
portador legitimado, lançar e assinar, no verso do pagamento.
cheque não ao portador e ainda não endossado, visto,
certificação ou outra declaração equivalente, datada Prescrição
e por quantia igual à indicada no título.
§ 1º A aposição de visto, certificação ou outra declara- A ação de execução do cheque prescreve em seis meses,
ção equivalente obriga o sacado a debitar à conta do contados da expiração do prazo de apresentação (art. 59,
emitente a quantia indicada no cheque e a reservá- Lei do Cheque). A ação de regresso do devedor que paga o
-la em benefício do portador legitimado, durante o título em face do codevedor prescreve igualmente no prazo
prazo de apresentação, sem que fiquem exonerados de seis meses, contados do dia em que o obrigado efetuou
o emitente, endossantes e demais coobrigados. o pagamento ou do dia em que foi acionado a fim de pro-
§ 2º O sacado creditará à conta do emitente a quantia mover o pagamento.
reservada, uma vez vencido o prazo de apresenta- Nos termos do art. 47 da Lei do Cheque, pode o portador
ção; e, antes disso, se o cheque lhe for entregue para promover a execução do cheque nos seguintes termos:
inutilização.
Art. 47 Pode o portador promover a execução do
Endosso: Circulação do Cheque
cheque:
I – contra o emitente e seu avalista;
É da essência do cheque a cláusula “à ordem”, a qual
II – contra os endossantes e seus avalistas, se o che-
possibilita a sua transmissão mediante endosso (direito cam-
que apresentado em tempo hábil e a recusa de paga-
bial). Assim, a cláusula “à ordem” configura-se por cláusula
mento é comprovada pelo protesto ou por declaração
implícita do cheque, nos termos do que preconiza o art. 17
da Lei do Cheque, segundo a qual “o cheque pagável a pes- do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com in-
soa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é dicação do dia de apresentação, ou, ainda, por decla-
transmissível por via de endosso”. ração escrita e datada por câmara de compensação.
Caso o emitente trace um risco na cláusula “à ordem” § 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo
constante do cheque ou insira a palavra “não” antes da cláu- dispensa o protesto e produz os efeitos deste.
sula “à ordem” constante do cheque, este se tornará trans-
missível não mediante o endosso, mas mediante a cessão Nesses termos, pode-se dizer que as declarações escritas
civil de crédito (Direito Civil). Assim dispõe o art. 17, § 1º, e datadas que, emitidas pela instituição financeira ou por
da Lei do Cheque. câmara de compensação, se refiram à recusa de pagamen-
O beneficiário é o primeiro endossante do cheque, e como to suprem o protesto para a cobrança dos endossantes do
endossante, garante o pagamento do título. No cheque cabe cheque e de seus avalistas.
o endosso sem garantia (caso em que o endossante se exime Expirado o prazo de apresentação, o cheque ainda pode
da responsabilidade cambial) e o endosso-mandato (caso em ser apresentado ao banco sacado, para desconto. Apenas
que o endossatário-mandatário age em nome do endossante), depois de prescrita a ação de execução é que o banco não
mas não cabe o endosso-caução. Não é possível o endosso mais poderá receber e processar o cheque.
parcial do cheque, uma vez que o endosso, no cheque, deve Expirado o prazo de apresentação, o credor não perde
ser puro e simples, desprovido de qualquer condicionante. o direito de executar o emitente e seus avalistas, pois ainda
não expirado o prazo de apresentação. O credor somente
Aval perde referido direito se expirado o prazo de apresentação,
durante o prazo havia fundos disponíveis na conta corrente
O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo do emitente, os quais deixaram de existir por ato não impu-
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ou em parte, por aval. Não pode ser avalista o banco ou a tável ao emitente (art. 47, § 3º).
instituição financeira, pois constituem o sacado da relação
jurídica cambial. STF – Súmula nº 600: Cabe ação executiva contra o
emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado
Prazo de apresentação o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não
prescrita a ação cambiária.
É o prazo para o credor apresentar o cheque ao banco (ou
instituição financeira) sacado, para o fim de promover o seu Pagamento Parcial
desconto, ou seja, obter o pagamento e o prazo para protesto
do cheque. O prazo de apresentação varia em conformidade É possível o pagamento parcial do cheque, o qual não
com o fato de a emissão do cheque se dar na mesma locali- pode ser objeto de recusa pelo seu portador, nos termos do
dade onde ocorre o seu pagamento ou em localidade diversa. art. 38, parágrafo único da Lei do Cheque, in verbis:

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Art. 38 O sacado pode exigir, ao pagar o cheque, que Art. 35 O emitente do cheque pagável no Brasil pode
este lhe seja entregue quitado pelo portador. revogá-lo, mercê de contraordem dada por aviso
Parágrafo único. O portador não pode recusar paga- epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as
mento parcial, e, nesse caso, o sacado pode exigir que razões motivadoras do ato.
esse pagamento conste do cheque e que o portador Parágrafo único. A revogação ou contraordem só pro-
lhe dê a respectiva quitação. duz efeito depois de expirado o prazo de apresenta-
ção e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o
O pagamento parcial ocorre se o credor apresentar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos
cheque ao banco sacado e este atestar que não há fundos na termos do art. 59 desta Lei.
conta corrente do emitente em valor suficiente para quitar o
título em sua totalidade, mas apenas em parte. Nesse caso, o • Sustação ou Oposição: ato de legitimidade do emitente
portador assinará o recibo dando quitação parcial do cheque, do cheque e do portador legitimado (cujo nome cons-
o que será devidamente fixado no título, em observância ao te do título) que produz efeitos imediatos, ainda que
Princípio da Cartularidade. não tenha findado o prazo de apresentação. Autoriza
O portador permanecerá na posse do cheque, juntamen- a sustação do cheque o desapossamento indevido do
te com o recibo de quitação parcial, de modo que poderá título ou do talão de cheques (perda, extravio, furto,
promover a execução do cheque com relação à parcela do roubo, entre outras causas). Assim, conclui-se que a
valor não quitada. medida extrajudicial cabível para impedir o pagamento
do cheque pelo sacado é a sustação ou oposição, que
Cheque Sem Fundos está fundada em relevante razão de direito.
O banco sacado, no procedimento de liquidação do che-
que, ao verificar que o emitente não possui fundos o sufi- REFERÊNCIAS
ciente em sua conta de depósito, deve restituir o cheque ao
credor, com a declaração correspondente. COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. Volume
O banco sacado deve efetuar o pagamento dos cheques 3. 14 edição. São Paulo: Saraiva. 2013.
conforme a ordem de apresentação destes. Se os cheques
são apresentados simultaneamente, o banco sacado deve GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo
efetuar primeiramente o pagamento do cheque com a data Curso de Direito Civil. 6ª ed., revista e atualizada. 2005. São
de emissão mais antiga. Se os cheques forem apresentados Paulo: Saraiva.
na mesma data e possuírem idêntica data de emissão, o
banco sacado deve efetuar o pagamento do cheque com VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Oitava edição. Volume
numeração inferior (número menor do cheque no talão, o 5: Direitos Reais. São Paulo: Atlas. 2008.
que representa maior antiguidade).
Uma vez devolvido o cheque sem provisão de fundos, EXERCÍCIOS
poderá o credor promover a execução do título imediata-
mente, sem que precise apresentar novamente o cheque 1. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2018) Desde
para pagamento. Isso porque, conforme as normas exaradas janeiro de 2018, os novos contratos de empréstimos
pelo Banco Central, o credor não é obrigado a apresentar o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
cheque mais de uma vez, de modo que basta uma devolução Social (BNDES), destinados a financiar os investimentos
para que possa proceder a cobrança judicial do crédito. das empresas brasileiras, passaram a ser corrigidos pela
O cheque sem fundos deve ser apresentado ao banco a) taxa de juros neutra
sacado para pagamento dentro do prazo de apresentação
b) London Interbank Offered Rate (LIBOR)
(30 ou 60 dias, contados da emissão). Sua apresentação ao
c) taxa de longo prazo (TLP)
sacado dispensa o protesto, de modo que, uma vez apresen-
d) taxa de juros de longo prazo (TJLP)
tado o cheque para pagamento dentro do prazo, o credor
e) taxa de juros básica de curto prazo (Selic)
conservará o direito de cobrá-lo dos devedores indiretos do
título, independentemente do protesto cambial.
2. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2018) Com o
Impedimento ao Pagamento objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do
Brasil tem adotado, nas últimas décadas, diversos meca-
O impedimento à liquidação do cheque ocorre nos casos nismos visando a compatibilizar as normas do Sistema
em que o banco sacado é impedido de promover o paga- Financeiro Nacional com os requisitos emanados dos
mento do cheque, não cabendo a ele apreciar as razões do chamados Acordos de Capital da Basileia, que estabele-
ato do impedimento, mas apenas adotar os procedimentos cem regras do Banco de Compensações Internacionais
administrativos internos a fim de atender ao ato. (BIS, na sigla em inglês) para assegurar a estabilidade
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Por sua vez, a invalidade do ato de impedimento somen- financeira internacional. Desde o final da década de
te poderá sofrer apreciação por parte do Poder Judiciário, 1980, foram emitidos os Acordos da Basileia I (1988),
cabendo à parte prejudicada demandar aquele que impediu Basileia II (2004) e Basileia III (2010). No caso do Acordo
o pagamento regular do título, mediante comprovação de da Basileia III, concebido após a crise financeira global
eventual abuso no exercício de seu direito. de 2008, as normas introduzidas e já implementadas
Os atos de impedimento ao pagamento do cheque são pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas,
os seguintes: porque
• Revogação (Contraordem): ato de legitimidade do a) impuseram proibições aos bancos de transaciona-
emitente do cheque que produz efeitos a partir do rem nos mercados de derivativos, altamente vulne-
fim do prazo de apresentação, somente no caso em ráveis a especulações financeiras.
que o cheque não for apresentado para pagamento b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária
dentro do prazo de apresentação. prudencial e disciplina do mercado bancário.

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c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito ou portador expressamente autorizado, o qual de-
e de mercado, bem como para risco operacional. verá ser identificado no ato da entrega.
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital e) a instituição financeira poderá adotar providências
principal, incluindo procedimentos para o cálculo da com vistas a retomar os cheques em poder do de-
parcela dos ativos ponderados pelo risco referente positante, caso seja suspenso o fornecimento de
às exposições ao risco de crédito. talonário de cheques.
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do pro-
cesso de avaliação da adequação de capital dos 7. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) As Socie-
bancos. dades Anônimas podem ser classificadas em abertas
e fechadas. Pode‑se dizer que são características das
3. (Cesgranrio/Banco do Brasil/Escriturário/2018) No Sociedades Anônimas Fechadas
Brasil, a fixação das diretrizes e normas concernentes a) negociação em bolsas de valores ou mercado de
às políticas monetária, creditícia e cambial, é da com- balcão organizado e concentração do capital na mão
petência do de poucos acionistas.
a) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. b) negociação em bolsas de valores ou mercado de
b) Ministério da Fazenda. balcão organizado e divisão do capital entre muitos
c) Conselho Monetário Nacional. sócios.
d) Banco Central do Brasil. c) negociação no balcão das empresas, sem garantia e
e) Banco do Brasil. divisão do capital entre muitos sócios.
d) negociação no balcão das empresas, sem garantia e
4. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Somente pes- cumprimento de várias normas exigidas pelo agente
soas físicas podem participar e todos possuem respon- regulador.
sabilidade ilimitada e solidária perante as obrigações e) concentração do capital na mão de poucos acionistas
assumidas pela empresa. Ou seja, cada sócio responde e negociação no balcão das empresas, sem garantia.
ilimitadamente e isoladamente por qualquer obrigação
social da empresa, mesmo que o montante do capital 8. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Refere‑se a
exceda o valor do capital social. Essas características uma operação de crédito bancário com um valor limite.
referem‑se a(à) Normalmente é movimentada pelo cliente através de
a) sociedades anônimas. seus cheques, desde que não haja saldo disponível em
b) sociedades por quotas de responsabilidade limitada. sua conta corrente de movimentação. À medida que
c) firma individual. entram recursos na conta corrente do cliente, eles são
d) sociedades em nome coletivo. usados para cobrir o saldo devedor. Essas características
e) sociedade em comandita simples. dizem respeito ao(às)
a) Hot Money.
5. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) O pagamento b) Crédito Rotativo.
da dívida é garantido com um bem imóvel. Embora c) Contas Garantidas.
conserve a posse do bem, a empresa só readquire sua d) Banco Virtual.
propriedade após a quitação integral da dívida. Se a e) transferências automáticas de fundos.
dívida não for paga ou se for paga apenas uma parte
dela, ao  fim do prazo contratado a instituição pode 9. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) A conta pou-
assumir a propriedade do bem. Essas características pança é um tipo de conta bancária considerada de baixo
referem‑se à garantia do tipo risco. Em relação à caderneta de poupança, é correto
a) aval. afirmar que
b) fiança. a) a remuneração da aplicação é mensal e não há
c) alienação fiduciária. incidência de imposto de renda (IR) sobre ganhos
d) penhora. de capital para pessoas físicas e jurídicas sem fins
e) hipoteca. lucrativos.
b) a remuneração é mensal e há incidência do imposto
6. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Diversas de renda (IR) para pessoas jurídicas com fins lucra-
são as regras e procedimentos para disponibilidade de tivos.
talonário de cheque aos depositantes. Nesse sentido, c) a remuneração da aplicação é mensal e há incidência
é correto afirmar que de imposto de renda (IR) sobre ganhos de capital
a) são expressamente proibidos à instituição financeira para pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos.
a abertura, a  manutenção ou o encerramento de d) a caderneta recebe depósitos tanto de pessoas
conta de depósitos à vista cujo titular figure ou tenha físicas quanto de pessoas jurídicas, sendo que sua
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figurado no Cadastro de Emitentes de Cheques sem abertura deve ser feita somente no quinto dia útil
Fundos (CCF). de cada mês.
b) é vedado o fornecimento de talonário de cheques e) a remuneração da aplicação é diária e não há in-
ao depositante enquanto figurar no CCF. cidência de imposto de renda (IR) sobre ganhos
c) é facultado o fornecimento de talonário de cheques de capital para pessoas físicas e jurídicas sem fins
ao depositante enquanto não verificadas as infor- lucrativos.
mações constantes da ficha‑proposta ou quando,
a qualquer tempo, forem constatadas irregularida- 10. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Em relação
des nos dados de identificação do depositante ou aos elementos que fazem parte de um contrato de
de seu procurador. seguro, pode‑se afirmar que:
d) o talonário de cheques somente poderá ser entregue a) a franquia é a importância que o segurado recebe
mediante recibo datado e assinado pelo depositante em caso de sinistro.

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b) a indenização refere‑se à prestação paga pelo segu- a) existem três modelos de previdência privada no
rado. Brasil: a previdência aberta, a previdência fechada
c) o sinistro é o valor do prejuízo que fica a cargo do e a previdência privada mista, que envolve caracte-
segurado. rísticas da aberta e da fechada simultaneamente.
d) a indenização refere‑se à importância que o segura- b) os planos, no modelo de previdência privada aberta,
do recebe em caso de sinistro. são oferecidos por bancos, entidades ou segurado-
e) o prêmio refere‑se à importância que o segurado ras, sendo fiscalizados pela Superintendência de
recebe em caso de sinistro. Seguros Privados (SUSEP) e pela Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
11. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Diversos são c) as entidades de previdência fechada funcionam
os documentos comerciais e títulos de créditos que como empresas administradoras da previdência,
fazem parte das operações das instituições financeiras. lucrando com esta atividade, ao cobrar taxas pelos
Em relação a esses títulos e documentos, é  correto serviços prestados.
afirmar que d) o modelo de previdência privada mista é administra-
a) nota promissória é um título de crédito formal e do por empresas e bancos e dele podem fazer parte
nominativo, emitido pelo vendedor com a mesma funcionários de uma única empresa ou funcionários
data, valor global e vencimento da fatura que lhe
de empresas diferentes.
deu origem, e representa um direito de crédito do
e) as entidades de previdência fechada, também cha-
sacador (vendedor) contra o sacado (comprador).
b) duplicata é um título cambiário em que o emitente madas de fundo de pensão, oferecem planos criados
assume a obrigação direta e principal de pagar a por empresas e voltados exclusivamente aos seus
soma constante no título ao respectivo beneficiário. funcionários, não podendo ser oferecidos para quem
c) nota promissória é um documento fiscal, compro- não é funcionário daquela empresa.
vante obrigatório da saída de mercadoria de um
estabelecimento comercial ou industrial. 15. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Quanto aos
d) duplicata é um documento fiscal, comprovante conhecimentos referentes às Associações de Poupança
obrigatório da saída de mercadoria de um estabe- e Empréstimo (APE), é correto afirmar que
lecimento comercial ou industrial. a) é uma instituição criada para facilitar aos associados
e) fatura é o documento que comprova a existência de a aquisição da casa própria, bens de consumo e veí-
uma operação de compra e venda de mercadorias culo próprio, além captar, incentivar e disseminar a
e produtos e nela podem ser incluídas várias notas poupança.
fiscais. b) os associados podem participar da APE de duas for-
mas básicas: ao adquirir financiamento imobiliário
12. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Ainda em ou ao depositar seu dinheiro para formar poupança.
relação ao Recibo de Depósito Bancário (RDB) e ao c) suas operações ativas são, além dos depósitos
Certificado de Depósito Bancário (CDB), é correto afir- de poupança, constituídas de letras hipotecárias;
mar que repasses e refinanciamentos contraídos no País;
a) os CDB e RDB são títulos de renda fixa que servem empréstimos e financiamentos contraídos no exte-
como captação de recursos dos bancos. Ambos são rior; letras de crédito imobiliário, letra financeira e
empréstimos que o banco faz para seus clientes e depósitos interfinanceiros, já as operações passivas
a rentabilidade vem dos juros pagos pelo cliente à são, basicamente, direcionadas aos financiamentos
instituição. imobiliários.
b) o RDB é um recibo que pode ser negociado a qual- d) esse tipo de entidade, por ter característica de
quer momento desde que seja entre correntistas do associação, em hipótese alguma pode distribuir
mesmo banco. dividendos da totalidade dos resultados líquidos a
c) o CDB, por ser um depósito à vista, permite nego- seus associados.
ciação do título antes do vencimento. e) os depositantes dessas entidades são considerados
d) o RDB, por ser um depósito à vista, é inegociável e acionistas da associação e, por isso, os recursos dos
intransferível. associados são classificados no passivo exigível e não
e) o CDB, por ser considerado um título de crédito, no patrimônio líquido.
é negociável e pode ser endossável e vendido para
outra pessoa.
16. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) A Central de
Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP)
13. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) Em relação
ao Recibo de Depósito Bancário (RDB) e ao Certificado foi criada pelas instituições financeiras em parceria
de Depósito Bancário (CDB), é correto afirmar que com o Banco Central com o objetivo de garantir mais
a) o RDB é considerado um depósito à vista enquanto segurança e agilidade às operações do mercado fi-
o CDB é considerado um depósito a prazo. nanceiro nacional. Quanto às normas de segurança
Conhecimentos Bancários

b) o RDB é considerado um depósito a prazo enquanto de sigilo adotadas pela CETIP, é correto afirmar que o
o CDB é considerado um depósito à vista. participante tem acesso
c) o RDB e o CDB são considerados depósitos à vista. a) somente às informações do vendedor, por questão
d) o RDB e o CDB são considerados depósitos a prazo. de segurança.
e) o RDB e o CDB podem ser tanto depósitos à vista b) somente às informações do comprador, por questão
quanto depósitos a prazo. de segurança.
c) apenas às suas próprias operações, por questão de
14. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) A previdência segurança.
complementar proporciona um seguro previdenciário d) a todas as informações que desejar conhecer, por
adicional ao trabalhador ou seu beneficiário, conforme questão de transparência.
a necessidade e vontade. Sobre isso, é correto afirmar e) somente às informações de caráter público e a suas
que próprias operações.

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17. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) O Sistema a) aumentar a realização de ligações efetuadas por
Financeiro Nacional encontra‑se estruturado pelo semana.
Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do b) comprar mailing list de clientes com potencial para
Brasil, pelo Banco do Brasil, pelo Banco Nacional de De- serem contatados.
senvolvimento Econômico e pelas demais instituições c) estabelecer um padrão de atendimento ao telefone.
financeiras públicas e privadas. Nesse sentido, pode‑se d) preparar cursos de finanças e contabilidade empre-
afirmar que sarial.
a) compete, privativamente ao Banco Central do Brasil e) treinar os funcionários na dinâmica do trabalho em
e ao Banco do Brasil, a emissão de papel‑moeda e equipe.
moeda metálica, nas condições e nos limites auto-
rizados pelo Conselho Monetário Nacional. 20. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá-
b) o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico rio/2018) Uma ação eficaz, durante o atendimento
opera como agente financeiro do Governo Federal bancário, para aumentar a possibilidade de fechar uma
e é o principal executor das políticas de crédito rural venda é
e industrial e de banco comercial do governo. a) fazer perguntas para identificar as necessidades dos
c) as demais instituições financeiras públicas e priva- clientes.
das são responsáveis pela política de investimentos b) incentivar o cliente a adquirir um novo produto de
a longo prazo do Governo Federal, necessários ao que não precisa.
fortalecimento da empresa privada nacional. c) induzir o correntista a comprar produtos que o banco
d) o Banco Central do Brasil opera exclusivamente com precisa vender.
instituições financeiras públicas e privadas, vedadas d) prospectar novos clientes com potencial para se
operações bancárias de qualquer natureza com tornarem correntistas do banco.
outras pessoas de direito público ou privado, salvo e) revelar ao cliente a pressão para que a equipe bata
as expressamente autorizadas por lei. as metas de vendas.
e) o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
tem a responsabilidade primordial de formular a 21. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá-
política da moeda e do crédito, objetivando a esta- rio/2018) Considere a situação a seguir.
bilidade da moeda e o desenvolvimento econômico
e social do País. Um cliente chega à agência bancária e tem de esperar
mais de vinte e cinco minutos para ser atendido e abrir
18. (Fadesp/Banpará/Técnico Bancário/2018) De acordo sua conta salário. Fica irritado com a demora e pede
com a subdivisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN) para falar com o gerente. Esse cliente relata o problema
em entidades normativas, supervisoras e operacionais, ao gerente e pede uma solução para que outros clientes
pode‑se afirmar que: não tenham de passar pelo mesmo que ele passou.
a) funcionam como entidades normativas: o Banco
Central do Brasil (BCB), a  Comissão de Valores Em algumas situações de entrega de serviços, os clien-
Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros tes se sentem insatisfeitos e fazem reclamações.
Privados (SUSEP) e a Superintendência Nacional de Quando essas reclamações são feitas com o intuito de
Previdência Complementar (PREVIC). gerarem alguma alteração na forma com que o serviço
b) funcionam como entidades supervisoras: o Conselho é prestado, mesmo que surtam efeito apenas em outra
Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacional de oportunidade, para outro cliente, elas têm uma deno-
Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de minação específica. Na situação descrita acima, elas
Previdência Complementar (CNPC). são denominadas reclamações
c) funcionam como entidades operacionais: Agências a) ativas
de Fomento, Associações de Poupança e Emprésti- b) passivas
mo, Bancos de Câmbio, Bancos de Desenvolvimento, c) pessoais
Bancos de Investimento, Companhias Hipotecárias, d) paradoxais
Cooperativas Centrais de Crédito, Sociedades de e) instrumentais
Crédito, Financiamento e Investimento, Sociedades
de Crédito Imobiliário e Sociedades de Crédito ao 22. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá-
Microempreendedor. rio/2018) O crédito rural abrange diversas modalidades
d) funcionam como entidades supervisoras: entidades de financiamento aos empresários do setor, desde a
operadoras auxiliares, administradores de mercados fase de produção até o abastecimento dos mercados
organizados de valores mobiliários, como os de consumidores. A modalidade que assegura aos produ-
Bolsa, de Mercadorias e Futuros e de Balcão Orga- tores e cooperativas rurais recursos destinados a finan-
nizado, as companhias seguradoras, as sociedades ciar o abastecimento doméstico e o armazenamento
Conhecimentos Bancários

de capitalização, as entidades abertas de previdência dos estoques excedentes em períodos de queda dos
complementar e os fundos de pensão. preços é denominada crédito
e) funcionam como entidades operacionais o Banco a) geral
Central do Brasil (BCB), a  Comissão de Valores b) especial
Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros c) de investimento
Privados (SUSEP) e a Superintendência Nacional de d) de custeio
Previdência Complementar – PREVIC. e) de comercialização

19. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá- 23. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá-


rio/2018) O gerente de uma agência bancária pretende rio/2018) Algumas instituições financeiras são autori-
aperfeiçoar suas ações de telemarketing receptivo. Para zadas a arrecadar tarifas públicas e impostos. O reco-
atingir tal objetivo deverá lhimento de tais tarifas e impostos

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a) não pode ser efetuado em terminais virtuais, inter- relação à poupança. Sobre as cadernetas de poupança
net banking. tem‑se que
b) diminui a evasão fiscal. a) têm a remuneração composta pela Taxa Referencial
c) constitui‑se em convênio exclusivo da União. e por uma remuneração adicional de 0,5% ao mês,
d) é um serviço direcionado a empresas. se a Selic for maior que 8,5%.
e) aumenta os custos de arrecadação da cobrança. b) têm a remuneração creditada no último dia útil de
cada mês.
24. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá- c) têm incidência do Imposto de Renda.
rio/2018) Recentemente duas instituições se fundiram d) são passíveis de cobrança de taxas administrativas.
criando a B3. As instituições que se fundiram foram e) não são garantidas pelo FGC.
a) Susep e Cetip
b) Cetip e Bacen 30. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Tecnologia da Informa-
c) Bacen e CVM ção/2018) Reguladas pelo Banco Central, as instituições
d) BM&FBovespa e Bacen financeiras autorizadas a operar todas as operações no
e) BM&FBovespa e Cetip mercado de câmbio são(é)
a) as agências de fomento.
25. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá- b) os estabelecimentos comerciais.
rio/2018) A matriz de SWOT é uma ferramenta eficaz c) os bancos de desenvolvimento.
para o planejamento de vendas no setor bancário. Em d) os bancos múltiplos.
relação aos fatores externos, essa matriz analisa a(s) e) a Caixa Econômica.
a) forças e fraquezas dos bancos.
b) oportunidades e ameaças de mercado.
c) campanhas de comunicação e marketing utilizadas.
GABARITO
d) promoção e os produtos para os clientes.
e) distribuição e os canais de acesso aos correntistas. 1. c 16. e
2. d 17. d
26. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá- 3. c 18. c
rio/2018) O encerramento do atendimento ao cliente é 4. d 19. c
um momento da venda em que os profissionais devem 5. c 20. a
a) abordar os clientes na agência e encaminhá‑los para 6. d 21. e
o atendimento. 7. e 22. e
b) agir de maneira educada e cortês e investigar as 8. c 23. b
necessidades dos correntistas. 9. a 24. e
c) ligar para os correntistas e acompanhar os detalhes 10. d 25. b
do recebimento do produto. 11. e 26. d
d) observar os sinais de concordância dos clientes e 12. e 27. c
incentivá‑los a adquirir o serviço. 13. d 28. d
e) realçar os benefícios da marca e zelar pela manu- 14. e 29. a
tenção da carteira de cliente. 15. b 30. d

27. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá-


rio/2018) O nível mais básico de um produto bancário
é seu núcleo. Ele representa o benefício intangível, que
irá solucionar uma necessidade do cliente, tal como a
a) facilidade de acesso ao internet banking.
b) divulgação do grande número de agências disponí-
veis.
c) garantia de estabilidade e segurança no futuro.
d) promessa de isenção do pagamento das taxas ban-
cárias.
e) proposta de maior rendimento financeiro no mer-
cado.

28. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancá-


rio/2018) A segmentação é uma estratégia importante
para que as marcas se consolidem no mercado. Entre
Conhecimentos Bancários

os diversos fins de sua aplicabilidade pelas empresas,


está a
a) alocação dos produtos em áreas de maior concor-
rência.
b) análise dos fatores que atuam no macroambiente.
c) avaliação das forças e fraquezas da companhia.
d) identificação de nichos rentáveis de mercado.
e) paridade com as marcas concorrentes.

29. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Tecnologia da Infor-


mação/2018) As sucessivas reduções na taxa básica de
juros, a Selic, impactam a decisão dos investidores com

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BNB

SUMÁRIO

Matemática

Números reais:
operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores; máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum; problemas....................................................3

Proporcionalidade:
razões e proporções; divisão em partes diretamente e inversamente proporcionais; médias aritmética,
geométrica e ponderada; regras de três simples e composta; porcentagem; e problemas............................................23

Funções, equações e inequações de 1º e de 2º graus, exponenciais e logarítmicas:


conceito, representação gráfica, problemas...................................................................................................................48

Sistemas lineares.................................................................................................................................................................. 59

Análise combinatória e probabilidade:


princípios fundamentais de contagem, arranjos, permutações, combinações, binômio de Newton, cálculo de
probabilidades.................................................................................................................................................................62

Matemática financeira. Juros simples e compostos: capitalização e descontos. Taxas de juros: nominal,
efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente. Planos ou sistemas de amortização de empréstimos
e financiamentos. Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e
investimento. Taxas de retorno............................................................................................................................................ 77

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Matemática
Júlio Lociks

CONJUNTOS E INTERVALOS NUMÉRICOS Conjunto dos Números Inteiros Negativos

A seguir recordaremos alguns dos principais conjuntos Z*- = {... -6, -5, -4, -3, -2, -1}
numéricos.
Conjunto dos Números Inteiros não Positivos
Conjunto dos Números Naturais Z- = {... -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0}
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}
Observe que o número zero pertence a este conjunto
As reticências que aparecem à direita significam que e, portanto, chamá-lo de inteiros negativos seria incorreto
o conjunto dos números naturais tem infinitos elementos. dado que zero não é um número negativo.
Se n é um número natural qualquer, então n+1 é o Conjunto dos Números Inteiros Positivos
sucessor de n.
O número natural n pode ser chamado antecessor de Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}
n+1.
Todo número natural tem um sucessor. O uso do asterisco (*) junto ao símbolo de um conjunto
No lugar do termo sucessor também se pode empregar numérico qualquer que compreenda originalmente o elemen-
sucessivo e seguinte. to zero indica que este elemento foi retirado do conjunto.
Os números naturais n e n+1 são chamados consecu- Alguns exemplos são:
tivos.
N* = {1, 2, 3, 4, 5...}
Exemplos:
52 é o sucessor de 51; Z* = {...-4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...}
33 é o antecessor de 34;
17 e 18 são números naturais consecutivos. Conjunto dos Números Inteiros não Negativos

Pode-se estender o conceito de consecutivos para três Z + = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}
ou mais números naturais de várias maneiras que se mos-
tram úteis na resolução de certos problemas envolvendo Veja que o número zero também pertence a este con-
esses números. junto e, portanto, chamá-lo de “inteiros positivos” seria
Veja a seguir alguns casos mais comuns: incorreto porque zero não é um número negativo.
Note também que os elementos do conjunto Z + são os
Três números naturais consecutivos: mesmos do conjunto N. Portanto, podemos dizer que o con-
junto Z + é igual ao conjunto N ou, ainda, que o conjunto dos
n, n+1, n+2 números inteiros não negativos e o conjunto dos números
ou naturais são o mesmo conjunto.
n−1, n, n+1
Z+ = N
Três números pares (ou ímpares) consecutivos:
Conjunto dos Números Racionais
n, n+2, n+4
ou É o conjunto de todos os números x tal que b ⋅ x = a, para
n−2, n, n+2 algum par de números inteiros a e b, com a ≠0.

Veja que podemos usar as mesmas representações a


Q = {x = / b ⋅ x = a , a ∈ Z, b ∈ Z*}
para números pares consecutivos e para números ímpares b
consecutivos, pois a diferença entre dois pares consecutivos a
ou dois ímpares consecutivos é sempre igual a 2. A representação , com a e b inteiros e b ≠ 0, é
b
Conjunto dos Números Inteiros (ou Inteiros denominada forma fracionária de um número racional ou
simplesmente fração.
Relativos) Todas as frações cujo numerador seja um múltiplo do
denominador pertencem ao conjunto Z e, portanto, corres-
Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...}
pondem a números inteiros.
Observe que todos os elementos do conjunto N também
Se m ∈ Z e se a = m⋅ b, então:
pertencem ao conjunto Z. Portanto, N é um subconjunto de
Z e podemos dizer que N está contido em Z. a m ⋅ b m ⋅ b/ a
= = = m ⇒ ∈Z
N⊂ Z b b b/ b
Matemática

Veja bem: Assim, vemos que todos os números inteiros pertencem


ao conjunto Q e, desse modo, podemos dizer que o conjunto
-3 > -6 (-3 é maior que -6) Z está contido em Q.
-8 < -2 (-8 é menor que -8)
0 > -5 (0 é maior que -5) Z⊂Q

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Todos os números com uma quantidade finita de alga- A radiciação de um número natural qualquer ou resul-
rismos depois da vírgula (decimais simples) pertencem ao tará também em um número natural ou resultará em um
conjunto Q. número irracional.
São exemplos:
 núm. natural
3 
0,3 = ⇒ 0,3 ∈ Q n
núm. natural =  ou
10
núm. irracional
516 
5,16 = ⇒ 5,16 ∈ Q
100
Exemplos:
2
0,022 = ⇒ 0,022 ∈ Q 36 = 6 (racional)
1000

37 = 6,0827625 ... (irracional)


Todas as dízimas periódicas pertencem ao conjunto Q.
Alguns exemplos são:
100 = 10 (racional)
2
0,222... = ⇒ 0,222... ∈ Q
9 1000 = 31,622777 ... (irracional)

1 Representação de Números Reais por Pontos na Reta


0,1666... = ⇒ 0,1666... ∈ Q
6 Orientada

Podemos representar todos os números reais como


21,434343... = 2122 ⇒ 21,434343... ∈ Q
9 pontos em uma reta orientada denominada reta numérica.
Inicialmente, escolhe-se um ponto sobre a reta para
indicar o número zero.
Conjunto dos Números Reais

O conjunto dos números reais compreende todos os


números que permitam representação na forma decimal,
periódica ou não periódica. Isso compreende todos os
números inteiros, todos os números racionais e mais os Depois, marcam-se os demais números inteiros, man-
números irracionais (que não permitem representação tendo sempre a mesma distância entre dois inteiros conse-
decimal periódica). cutivos quaisquer, sendo:
São exemplos de números reais:
• os positivos, à direita de zero, a partir do 1 e em
ordem crescente para a direita;
2 = 2,000...
• e os negativos à esquerda de zero, a partir do −1 e
em ordem decrescente para a esquerda;
1/5 = 0,2000...

4/9 = 0,444...

π = 3,141592653...
Todos os demais números reais não inteiros, racionais
2 = 1,414213...
ou irracionais, podem ser localizados entre dois números
inteiros.
Números Irracionais Observe, por exemplo, onde estão localizados os núme-
ros − 2 , 3/5 e π:
Os números decimais não periódicos de expansão infi-
nita, ou seja, aqueles que possuem infinitas casas decimais
em sua representação decimal, mas que nunca formam − 2 = −1,41421356237...
período, não pertencem ao conjunto Q. Estes números são
denominados irracionais. 3/5 = 0,6
São exemplos de números irracionais:
π = 3,1415926535...
Matemática

2 = 1,4142135623731...

π = 3,1415926535...

log10 (3) = 0, 477121254719662

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Intervalos de Números Reais Representação com colchetes: ]−∞;9]
Intervalo ilimitado à esquerda e fechado à direita em 9.
Denominamos intervalo de números reais qualquer
subconjunto do conjunto dos números reais que corresponda Repare bem que nos exemplos acima sempre temos:
a segmentos ou semirretas da reta dos números reais.
- uma bolinha cheia ( • ) no extremo de um intervalo,
Exemplos: que significa que o número associado a esse extremo
Observe as representações dadas a cada um dos inter- pertence ao intervalo. Na representação que usa
valos seguintes: colchetes, será representada por um colchete voltado
“para dentro” no lado correspondente;
1) Representação de conjuntos: {x ∈R / 5 ≤ x ≤ 9} - uma bolinha vazia ( o ) no extremo de um intervalo,
Representação gráfica: que significa que o número associado a esse extremo
não pertence ao intervalo. Na representação que usa
colchetes, será representada por um colchete voltado
“para fora” (invertido) no lado correspondente;
- os colchetes do lado de +∞ e de −∞ são sempre
Representação com colchetes: [5;9] voltados “para fora”.
Intervalo limitado, fechado, de extremos 5 e 9.
Observações:
2) Representação de conjuntos: {x ∈R / 5 < x < 9} 1) Os símbolos +∞ e −∞ podem ser lidos como “mais
infinito” e “menos infinito”, respectivamente;
Representação gráfica:
2) No caso dos intervalos semiabertos também se pode
empregar um parêntese no lugar do colchete que está vol-
tado “para fora”.
Assim, podemos escrever:
Representação com colchetes: ]5;9[ [−5; 12[ = [−5; 12)
Intervalo limitado, aberto, de extremos 5 e 9.
]−5; 12] = (−5; 12]
3) Representação de conjuntos: {x ∈R / 5 < x ≤ 9}
3) Não use parênteses para representar intervalos
Representação gráfica:
abertos, pois o resultado se confundiria com a representação
de par ordenado.
(−5; 12) é o par ordenado de abscissa x = −5 e ordenada
y = 12.
Representação com colchetes: ]5;9]
Intervalo limitado, aberto à esquerda em 5 e fechado à EXERCÍCIOS PROPOSTOS
direita em 9 (é semiaberto).
1. Considere as seguintes afirmativas a respeito dos nú-
4) Representação de conjuntos: {x ∈R / 5 ≤ x < 9} meros naturais.
Representação gráfica: I – Todo número natural tem um sucessor.
II – Todo número natural tem um antecessor.
III – Todos os números da forma 2n (com n ∈ N) são
números pares.
IV – Todos os números da forma 2n+1 (com n ∈ N) são
Representação com colchetes: [5;9[ números ímpares.
Intervalo limitado, fechado à esquerda em 5 e aberto à Assinale a alternativa correta.
direita em 9 (é semiaberto). a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
b) Somente a afirmativa IV é incorreta.
5) Representação de conjuntos: {x ∈R / x ≥ 5} c) Somente a afirmativa II é incorreta.
Representação gráfica: d) Todas as afirmativas são corretas.
e) Todas as afirmativas são incorretas.

2. Um caixa automático de banco está operando somente


com notas de 5 e de 10 reais. Um usuário fez um saque
Representação com colchetes: [5;+∞[ de R$100,00. Pode-se concluir que dentre as notas
Intervalo fechado à esquerda em 5 e ilimitado à direita. retiradas:
a) o número de notas de R$10,00 é par.
Matemática

6) Representação de conjuntos: {x ∈R / x ≤ 9} b) o número de notas de R$5,00 é par.


Representação gráfica: c) o número de notas de R$10,00 é ímpar.
d) o número de notas de R$5,00 é ímpar.
e) o número de notas de R$5,00 é par e o de R$10,00
é ímpar.

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3. Se p e q são números inteiros quaisquer, com q ≠ 0, b) Se p for um número irracional, então d deverá ser,
então é correto afirmar que: também, um número irracional.
p c) O produto pd é necessariamente um número irracio-
a) é um número inteiro.
q nal.
p d) A soma (p + d) pode ser um número racional.
b) p + q é um número inteiro. e) Se p for um número inteiro, então d será, também,
p+q um número inteiro.
c) é um número inteiro.
q
8. Considerando as convenções usuais para os conjuntos
p
d) é um número inteiro se, e somente se, existir numéricos, o conjunto Z+ pode ser corretamente deno-
q minado:
um inteiro k tal que p = kq. a) Conjunto dos números inteiros não nulos.
p q b) Conjunto dos números naturais positivos.
e) sendo inteiro, tem-se também que é inteiro.
q p c) Conjunto dos números inteiros positivos.
d) Conjunto dos números racionais positivos.
4. Considere as afirmativas abaixo para responder o que e) Conjunto dos números naturais.
se pede.
I – Entre dois números racionais quaisquer, p e q, com 9. Sejam R o conjunto dos números reais, Q o conjunto dos
p ≠ q, existe sempre um outro número racional. números racionais e N o conjunto dos números naturais,
II – Não se pode determinar qual é o menor número assinale a única afirmativa falsa.
racional positivo. a) Q∪N ⊂ R
III – O conjunto Q+ reúne todos os números racionais b) Q∩N ⊂ R
positivos. c) Q∪N = R
IV – A soma e o produto de dois números racionais d) Q∩R = Q
quaisquer é sempre um número racional. e) Q∩R ≠ ∅

O número de afirmativas corretas é: 10. Se A={x∈R / −1 < x < 2} e B={x∈R / 0 ≤ x < 3}, então o
a) 0. conjunto A∪B corresponde ao intervalo:
b) 1.
a) [ 0 ; 2 [
c) 2.
b) ] 0 ; 2 [
d) 3.
c) [−1 ; 3 ]
e) 4.
d) ]−1 ; 3 [
5. O intervalo de números reais definido como: e) ] −1 ; 3 ]

{x ∈R / −2 < x ≤ 9} 11. Sejam intervalos de números reais A = ( −∞ ; 2] e


B = [ 0 ; +∞), então A∩B é igual a:
É corretamente representado por: a) (−∞ ; 0]
a) ] −2;9] b) {0, 1, 2}
b) [ −2;9] c) [ 0 ; 2 ]
c) [ −2;9[ d) { 1 }
d) ] −2;9[ e) ∅
e) ( −2;9)
12. Seja Z o conjunto dos números inteiros e A e B dois de
6. O intervalo de números reais definido como: seus subconjuntos definidos como:
A = {x∈Z / 2 ≤ x ≤ 5}
] −∞;−6] B = {x∈Z / x > 4}
Pode-se afirmar que:
É corretamente representado por: a) A−B ⊂ B
a) {x ∈R / −∞ ≤ x ≤ −6} b) A−B ⊂ A
b) {x ∈R / −∞ < x ≤ −6} c) B−A ⊂ {x∈Z / 4 > x}
c) {x ∈Q / x < −6} d) A−B={x∈Z / 2 < x < 5}
d) {x ∈Q/ x ≤ −6}
e) B−A={x∈Z / x ≥ 5}
e) {x ∈R / x ≤ −6}
13. Sejam x e y dois números reais tais que 0<x<y<1.
7. Considere p e d, respectivamente, as medidas do
perímetro e do diâmetro de uma circunferência. Sa- O produto xy é, necessariamente:
Matemática

p a) maior que um.


bendo que a razão é igual ao número irracional b) um número compreendido entre y e um.
d
c) um número compreendido entre x e y.
π = 3,1415926535..., identifique a alternativa correta. d) um número compreendido entre zero e x.
a) p e d são números racionais. e) menor que zero.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
14. Dentre as proposições dadas a seguir, assinale a única d) Se o quadrado de um número x é um número
falsa. racional, então x é também um número ra­cional.
a) 3,999... não é um número inteiro, mas um número e) As equações do tipo x2 = n, onde n é um número
racional. inteiro qualquer, sempre têm raízes reais.
b) Não existe um número racional x tal que x2 = 10.
c) O número π = 3,14... é irracional e, portanto, sua 19. Considere os conjuntos
representação decimal tem infinitas casas, mas não
é uma dízima periódica.
A = {x∈N/ x é primo e x<15}
d) O número x = 12.793 não é inteiro nem é racional,
B = {x ⋅ y / x∈A , y∈A e x≠y}
mas pertence ao conjunto dos números reais.
e) Se n é um número natural qualquer, então ou n é
O número de elementos do conjunto B é:
um número natural ou n é um número irracional.
a) 15.
15. Todas as alternativas sobre números inteiros dadas b) 20.
abaixo estão corretas, exceto: c) 25.
a) Todo número par pode ser escrito como 2n, onde n d) 30.
é um número inteiro. e) 35.
b) Todo número ímpar pode ser escrito como 2n+7, onde
n é um número inteiro. 20. O número (0,444...)1/2 é:
c) A soma de dois números inteiros ímpares é sempre a) natural.
um número inteiro par. b) inteiro positivo.
d) Todo número inteiro ou é par ou é ímpar.
c) inteiro não negativo.
e) Todo número inteiro par pode ser escrito como n2+2.
d) irracional.
16. Todas as alternativas sobre números inteiros dadas e) decimal periódico.
abaixo estão corretas, exceto:
a) A soma de dois números inteiros pares é sempre um 21. O número representado pela raiz quadrada positiva de
número inteiro par. três encontra-se no intervalo:
b) O produto de dois números inteiros pares é sempre a) ] -∞ ; 0 ]
um número inteiro par. b) ] 0 ; 1 ]
c) A soma de dois números inteiros ímpares é sempre c) ] 1 ; 2 ]
um número inteiro ímpar. d) ] 2 ; 3 ]
d) O produto de dois números inteiros ímpares é sempre
e) ] 3 ; +∞ [
um número inteiro ímpar.
e) O quadrado de um número inteiro ímpar é sempre
um número inteiro ímpar. 22. Assinale a opção falsa.
a) O produto de dois números irracionais positivos pode
17. Dados dois números distintos quaisquer, x e y, tais que x ser um número racional.
e y pertençam ao conjunto R−Q, considere as afirmativas b) A soma de dois números irracionais não nulos pode
abaixo. ser um número inteiro.
1- O produto xy e o quociente x÷y são irracionais. c) O produto de dois números irracionais positivos pode
2 - A soma x+y e a diferença x−y são irracionais. ser um número inteiro.
3 - Os Quadrados x2 e y2 são irracionais. d) O quociente entre dois números racionais não nulos
x y pode ser um número racional.
4 - As raízes quadradas e são irracionais.
e) A soma de dois números racionais não nulos pode
Pode-se afirmar sobre as afirmativas dadas: ser um número irracional.
a) Todas estão certas.
b) Todas estão erradas. GABARITO
c) Somente 1 e 4 estão certas.
d) Somente 3 está errada.
e) Somente 4 está certa. 1. c 12. b
2. b 13. d
18. Sobre os conjuntos numéricos usuais, N, Z, Q e R, é 3. d 14. a
correto afirmar: 4. e 15. e
a) O quociente da divisão de 1 por 17 tem infinitas casas 5. a 16. c
decimais e é aperiódico. 6. e 17. e
Matemática

b) Toda fração irredutível cujo denominador seja di­ 7. d 18. b


visível por algum fator primo diferente de 2 e de 5 é 8. e 19. a
necessariamente geratriz de uma dízima periódica. 9. c 20. e
c) O valor da fração 355/113 é 3,141592... que é igual 10. d 21. c
ao número π e, portanto, π é um número racional. 11. c 22. e

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NÚMEROS NATURAIS • Numa multiplicação temos:
a· b = c
O conjunto dos números naturais é formado pelos a e b são os fatores
números cardinais, ou seja, aqueles que são usados para c é o produto
nos referirmos ao resultado de uma contagem de objetos.
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ... • O Elemento Neutro da multiplicação é, o 1 (um):
1·a=a·1=a
Representamos o conjunto dos números naturais como N. • A multiplicação é comutativa:
sempre vale a · b = b · a
Sucessor
Sucessor de um número natural n é o número n + 1. • A multiplicação é associativa:
• Todo número natural tem sempre um único sucessor. sempre vale (a · b) · c = a · (b · c)
• O sucessor de n é maior que n, ou seja, n + 1 > n.
• O sucessor também pode ser chamado de sucessivo • A multiplicação é distributiva para a adição:
ou de consecutivo. a · (b + c) = (a · b) + (a · c)
• Se n + 1 é o sucessor de n, então dizemos que n é o • A multiplicação é distributiva para a subtração:
antecessor de n + 1. a · (b – c) = (a · b) – (a · c)
• O antecessor de n é n – 1.
• O antecessor também pode ser chamado de antece- - Divisão
dente ou de precedente. • A divisão de dois números naturais nem sempre
• O antecessor de n é sempre menor que n, ou seja, resulta número natural.
n – 1 < n. • A divisão é definida como a operação inversa da
multiplicação:
Operações com números naturais a÷b=c⇒c·b=a

- Adição • Numa divisão temos:


• A adição de dois números naturais sempre resulta a÷b=c
número natural. a é o dividendo
a∈Neb∈N⇒a+b∈N b é o divisor
c é o quociente de a por b
• Numa adição temos: • A divisão não é comutativa:
a+b=c nem sempre vale a ÷ b = b ÷ a
a e b são as parcelas
c é a soma ou total • A divisão não é associativa:
nem sempre vale (a ÷ b) ÷ c = a ÷ (b ÷ c)
• O Elemento Neutro da adição é o zero:
0+a=a+0=a • A divisão é distributiva à direita para a adição:
(b ÷ c) ÷ a = (b ÷ a) + (c ÷ a)
• A adição é comutativa: • A divisão é distributiva à direita para a subtração:
sempre vale a + b = b + a
(b – c) ÷ a = (b ÷ a) – (c ÷ a)
• A adição é associativa: Divisão Inteira (ou Divisão Euclideana)
sempre vale (a + b) + c = a + (b + c)

- Subtração A÷D→ → A = (Q · D) + R e 0 ≤ R < D


• A subtração de dois números naturais nem sempre
A é o dividendo
resulta número natural.
D é o divisor
• A subtração é definida como a operação inversa da Q é o quociente
adição: R é o resto
a–b=c⇔c+b=a
Divisibilidade e Números Primos
• Numa subtração temos:
a–b=c Múltiplo de um Número
a é o minuendo
b é o subtraendo Múltiplo de um número inteiro é o produto deste nú-
c é o resto ou a diferença entre a e b mero por um inteiro qualquer.
Todo número inteiro não nulo tem infinitos múltiplos.
• A subtração não é comutativa: Assim, sendo n um número inteiro positivo qualquer, pode-
nem sempre vale a – b = b – a mos indicar o conjunto dos múltiplos de n por:
M(n) = {0, ±1n, ±2n, ±3n, ±4n, ±5n, ±6n, ±7n, ±8n, ....}
• A subtração não é associativa:
nem sempre vale (a – b) – c = a – (b – c)
Matemática

• Qualquer número inteiro é um múltiplo de 1:


M(1) = {0, ±1, ±2, ±3, ±4, ±5, ...}
- Multiplicação • Somente o próprio zero é múltiplo de zero:
• A multiplicação de dois números naturais sempre M(0) = {0}
resulta número natural. • O zero é múltiplo de todos os números inteiros (zero
a∈Neb∈N⇒a·b∈N é o múltiplo universal).

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Divisor de um Número Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores
Divisor de um número inteiro a é qualquer inteiro d tal absolutos dos algarismos do número é divisível por 9.
que a = d × n para algum inteiro n. O número 8.514 é divisível por 9, pois 8 + 5 + 1 + 4 = 18
Deste modo, podemos indicar o conjunto dos divisores que é divisível por 9.
de um inteiro a por:
Divisibilidade por 6
D(a) = {d ∈ Z / ∃ n ∈ Z, d × n = a} Um número é divisível por 6 quando for divisível por 2
e também por 3.
• Quando d é um divisor de n diz-se que n é divisível O número 317.100 é divisível por 2 porque é par e tam-
por d. bém é divisível por 3 pois 3+1+7+1+0+0 = 12.
• O menor divisor positivo de um inteiro n qualquer é 1. Logo o número 317.100 é divisível por 6.
• O maior divisor de um inteiro n qualquer é n.
• O número 1 é divisor de todos os números inteiros (1 Divisibilidade por 12
é o divisor universal). Um número é divisível por 12 quando for divisível por
• O zero não pode ser divisor de qualquer número 3 e também por 4.
inteiro. O número 231.456, por exemplo, é divisível por 3 pois 2
+ 3 + 1 + 4 + 5 + 6 = 21 e também é divisível por 4, pois
os dois últimos algarismos formam o número 56 que é
Critérios de Divisibilidade
divisível por 4. Logo 231.456 é divisível por 12.
Um critério de divisibilidade é uma regra que permite
Divisibilidade por 7
decidir se uma divisão é exata ou não, sem que seja preciso Um número é divisível por 7 quando a diferença entre
executar a divisão. as suas dezenas e o dobro do valor do seu algarismo
das unidades é divisível por 7.
Divisibilidade por 2 Assim, em 819 temos 81 dezenas e 9 unidades. Como
Um número é divisível por 2 sempre que o algarismo 81 – (9 × 2) = 81 – 18 = 63 é divisível por 7, então o
das unidades for 0, 2, 4, 6 ou 8. número 819 também é divisível por 7.
Assim, 91.596 é divisível por 2, pois seu algarismo das
unidades é 6. Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 quando a diferença entre
Divisibilidade por 5 a soma dos valores absolutos dos algarismos de ordem
Um número é divisível por 5 sempre que o algarismo ímpar (a partir das unidades) e a soma dos valores abso-
das unidades for 0 ou 5. lutos dos algarismos de ordem par é um múltiplo de 11.
Então 74.380 é divisível por 5, pois seu algarismo das No número 23.859, os algarismos de ordem ímpar, a
unidades é zero. partir das unidades, são 9, 8 e 2 cuja soma resulta 9 + 8 +
2 = 19. Os algarismos de ordem par são 5 e 3 cuja soma
Divisibilidade por 10, 100, 1000 etc. nos dá 5 + 3 = 8. Como a diferença entre estas duas so-
Um número é divisível por 10, 100, 1.000 etc. quando mas é 19–8 = 11, o número 23.859 será divisível por 11.
termina, respectivamente, com 1, 2, 3 etc. zeros à
direita. Divisibilidade por 13
Então 2.900, 14.000 e 780 são divisíveis, respectivamen- Um número é divisível por 13 quando a soma das suas
te, por 100, por 1.000 e por 10. dezenas com o quádruplo do valor do seu algarismo
das unidades é divisível por 13.
Divisibilidade por 4 O número 351 é divisível por 13 pois 35 + (1 × 4) = 35
Um número é divisível por 4 quando os seus dois últimos + 4 = 39 que é divisível por 13.
algarismos formam um número divisível por 4.
Deste modo, 73.996, que termina em 96, é divisível por Números Primos
4, pois o próprio 96 é divisível por 4.
Dizemos que um número inteiro é primo quando ele
Divisibilidade por 8 tem exatamente dois divisores positivos.
Um número é divisível por 8 quando os seus três últimos
p é primo ↔ D(p) = {1, p}
algarismos formarem um número divisível por 8.
Assim, 158.960 é divisível por 8 porque os seus três Exemplos:
últimos algarismos formam o número 960 que é divi- O número 19 é primo, pois tem exatamente dois divi-
sível por 8. sores positivos, que são: 1 e 19.
Já o número 91 não é primo, pois tem mais de 2 divisores
Divisibilidade por 25 inteiros: 1, 7, 13 e 91.
Um número é divisível por 25 quando os seus dois últi- O número 1 também não é primo, pois tem apenas um
mos algarismos formam 25, 50, 75 ou 00. Portanto, os divisor positivo: ele próprio.
números 17.475, 854.325, 79.000 e 123.450 são todos
divisíveis por 25. Existem infinitos números primos. Citando apenas os
primeiros números primos positivos, teríamos: 2, 3, 5, 7, 11,
Matemática

Divisibilidade por 3 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, ....
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores
Números Compostos
absolutos dos algarismos do número é divisível por 3.
O número 74.022 é divisível por 3 pois 7 + 4 + 0 + 2 + 2 Denominamos número composto a todo número que
= 15 que é divisível por 3. tenha mais que dois divisores positivos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Exemplos: Exemplo:
O número 18 é composto pois tem mais que dois divi- Decompondo o número 12 em fatores primos obtemos:
sores positivos: 1, 2, 3, 6, 9 e 18. 12 = 22 × 31, onde os expoentes são 2 e 1.
O número 1 não é composto pois tem apenas um divisor Então, o total de divisores naturais de 12 é (2  +  1)  ×
positivo: ele próprio. (1+1) = 3 × 2 = 6.
Reconhecimento de Números Primos
Exercícios Resolvidos
Para saber se um inteiro n é primo ou não, pode-se
proceder da seguinte forma: 1. Determinar o algarismo de menor valor pelo qual se pode
substituir a letra x em cada um dos números abaixo, de
1o Consideramos as divisões de n por todos os nú- modo que se obtenha o que é afirmado:
meros primos p, tais que o quociente da divisão a) 872x é divisível por 2.
de n por p seja, em valores absolutos, maior que o b) 872x é divisível por 2 e por 3.
próprio p; c) 514x é divisível por 4 e por 9.
2o n será primo se, e só se, nenhuma destas divisões
for exata.
Soluções:
Exemplo: a) 872x será divisível por 2 somente se x for 0, 2, 4, 6 ou
Deseja-se saber se o número 131 é ou não primo. 8. O menor valor para x é 0.
Ao considerarmos as divisões 131 ÷ 2, 131 ÷ 3, 131 ÷ 5, b) Se 872x é divisível por 2, então x é 0, 2, 4, 6 ou 8. Por
131 ÷ 7 e 131 ÷ 11, observamos (aproveitar os critérios outro lado, se 872x é divisível por 3, então 8 + 7 + 2 + x
de divisibilidade apresentados) que nenhuma delas é = 17 + x também é divisível por 3.
exata e que a divisão 131÷13 já apresenta quociente Então x é 4, pois é o único valor de x que faz a soma
menor que o próprio 13. Então 131 é primo. divisível por 3: 17 + 4 = 21.
c) 514x será divisível por 4 somente se 4x for divisível por
Decomposição de um número em fatores primos 4. Temos 40 → x = 0, 44 → x = 4, ou 48 → x = 8.
Por outro lado, se 514x é divisível por 9, então 5 + 1 + 4
Todo número composto pode ser expresso com um + x = 10 + x também é divisível por 9.
produto de dois ou mais fatores, todos primos. Então x deverá ser 8, pois é o único valor de x que faz a
Para decompor um número composto qualquer em
soma divisível por 9: 10 + 8 = 18.
fatores primos, devemos:
• dividir o número dado pelo menor de seus divisores
primos positivos; 2. Qual é o menor número que se deve subtrair de 57.638
• repetir este procedimento com cada um dos quocien- para que se obtenha um múltiplo de 4?
tes obtidos, até que o quociente encontrado seja ±1;
• o número composto será igual ao produto de todos Solução:
os divisores primos utilizados. A divisão de 57.638 por 4 tem resto igual ao resto da
divisão de 38 (são os dois últimos algarismos) por 4, ou
Exemplo: seja, tem resto 2. Se subtraíssemos este 2 ao 57.638, a
Decompor o número 126 em fatores primos. diferença, 57.636, seria divisível por 4 e, portanto, seria
Anotando o menor divisor primo sempre à direita de um múltiplo de 4. Assim, deve-se subtrair 2.
cada valor considerado e cada quociente imediatamente
abaixo do dividendo anterior, poderemos apresentar a
3. Qual é o menor número que se deve adicionar a 3.421
fatoração como segue:
para que se obtenha um múltiplo de 3?
÷2
126
63 ÷3 Solução:
21 ÷3 A divisão de 3.421 por 3 tem resto igual ao resto da divi-
7 ÷7 são de 10 (que é 3 + 4 + 2 + 1) por 3, ou seja, tem resto
1 1. O menor valor que se pode acrescentar a este 1 de
modo que a soma seja divisível por 3 é 2, pois 1 + 2 = 3.
Então a decomposição de 126 em fatores primos nos deu Assim, deve-se adicionar 2.

2 × 3 × 3 × 7 = 21 × 32 × 71. 4. Determinar se o número 343 é primo ou se é composto.

Total de Divisores Naturais de um Número Composto Solução:


Utilizando os critérios de divisibilidade concluímos que
Se a decomposição em fatores primos de um número 343 não é divisível por 2, nem por 3, nem por 5, mas
composto N é a divisão dele por 7 será exata. Logo 343 não é primo.

N = pa × qb × rc × .... × tn 5. Determinar se o número 151 é primo ou se é composto.


Matemática

onde a, b, c, ...,n são os expoentes dos fatores primos Solução:


p, q, r, ..., t , então, o total de divisores naturais do número N é Considerando as divisões de 151 por 2, por 3, por 5, por
7, por 11 e por 13, observamos que nenhuma delas é
(Nº de divisores naturais de N) exata e ainda 151 por 13 tem quociente menor que o
= (a+1) × (b+1) × (c+1) × ..... × (n+1) próprio 13. Então 151 é primo.

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6. Decompor o número 1.260 em fatores primos: MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E
Solução:
MÁXIMO DIVISOR COMUM
1260 ÷2
630 ÷2 Múltiplos Comuns e Mínimo Múltiplo Comum
315 ÷3
105 ÷3 Dados dois ou mais números inteiros não nulos, os
35 ÷5 conjuntos dos múltiplos destes números terão sempre infi-
7 ÷7 nitos elementos comuns a todos eles, aos quais chamamos
1 múltiplos comuns.
Observe os conjuntos dos múltiplos dos números 3, 4
Então, temos: 1.260 = 22 × 32 × 51 × 71 e 6, que são respectivamente:

M(3) = {0, ±3, ±6, ±9, ±12, ±15, ±18,


EXERCÍCIOS PROPOSTOS
±21, ±24, ±27, ±30, ±33, ±36 ....},
1. Qual o menor algarismo que deve ocupar o lugar de x no
número 2x59 para que se obtenha um múltiplo de 3? M(4) = {0, ±4, ±8, ±12, ±16, ±20, ±24,
2. Qual o maior algarismo que deve ocupar o lugar de x no ±28, ±32, ±36, ±40, ±44, ...}
número 259x para que se obtenha um múltiplo de 4?
3. Qual o algarismo que deve ocupar o lugar de x no nú- e M(6) = {0, ±6, ±12, ±18, ±24,
mero 432x para que se obtenha um múltiplo de 7? ±30, ±36, ±42,.........}.
4. Determinar se o número 1.701 é primo ou se é composto.
5. Determinar se o número 973 é primo ou se é com­posto. Neles podemos notar os primeiros múltiplos comuns
6. Determinar se o número 151 é primo ou se é com­posto. a 3, 4 e 6 que estão destacados em negrito nos conjuntos
7. Qual é o menor número que se deve subtrair de 52.647 acima: 0, ±12, ±24 e ±36.
para que se obtenha um múltiplo de 9? Denominamos mínimo múltiplo comum (MMC)
8. Decompor o número 6.600 em fatores primos. de dois ou mais números inteiros e não nulos ao menor nú-
9. Qual é o menor número que se deve adicionar a 316.436 mero positivo que seja múltiplo de todos os números dados.
para que se obtenha um múltiplo de 5? Assim, no exemplo dado o MMC dos números 3, 4 e 6
10. Determinar o conjunto de todos os divisores positivos é o 12, pois ele é o menor número positivo que é múltiplo,
de 36. simultaneamente, de 3, de 4 e de 6.
11. Qual é o menor número inteiro positivo cujo triplo é
divisível por 9, 11 e 14?
MMC(3, 4, 6) = 12
12. Qual o menor número natural não nulo que se deve
multiplicar por 4.500 para se obter um número divisível
Determinação do MMC por decomposições em fatores
por 2.520?
primos
13. Numa lista de números há dez números primos distintos,
dez números pares distintos e dez números ímpares
distintos. Qual é a menor quantidade de números que Determinar o MMC dos números 36, 45 e 60:
esta lista pode ter?
14. Sophia guardou 972 figurinhas em várias caixas de tal 1º Decompor os números dados em fatores primos:
modo que a segunda caixa ficou com o dobro do número
de figurinhas da primeira; a terceira caixa ficou com o 36 = 22 × 32
dobro do número de figurinhas das duas primeiras caixas 45 = 32 × 51
juntas; a quarta, com o dobro do total de figurinhas das 60 = 22 × 31 × 51
três primeiras; e assim por diante até a última caixa.
Sabendo que o número de caixas empregado foi o maior 2º O MMC de 36, 45 e 60 será o produto de todos os
possível, quantas caixas Sophia usou ao todo? fatores primos encontrados, tomados sempre com
15. Considere todos os números inteiros e positivos m tais os maiores expoentes com os quais cada um deles
que as divisões do tipo 120 ÷ m tenham sempre resto ocorreu dentre todos os números decompostos:
igual a 18. Nestas condições, qual é o valor da soma de
todos os valores possíveis de m? MMC(36, 45, 60) = 22 × 32 × 51
= 4 × 9 × 5 = 180
GABARITO Determinação do MMC pelo processo simplificado

1. x = 2 9. 4 Determinar o MMC dos números 36, 45 e 60:


2. x = 6 10. {1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36}
3. x = 6 11. 462 1º Traçar uma linha vertical, anotando à sua esquerda
Matemática

4. Composto 12. 14 todos os números dados;


5. Composto 13. 20
6. Primo 14. 6 caixas 36, 45, 60
7. 6 15. 187
8. 23 × 3 × 52 × 11

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2º Escrever à direita da linha vertical o menor número Determinação do MDC pelo processo simplificado
primo capaz de dividir algum dos números da
esquerda, anotando abaixo destes o resultado da Determinar o MDC dos números 360, 420, 600:
divisão (se divisível) ou repetindo o número (se a
divisão não for exata), e repetir o procedimento até 1º Traçar uma linha vertical, anotando à sua esquerda
que todos estes sejam reduzidos à unidade: todos os números dados;

36, 45, 60 2 360, 420, 600


18, 45, 30 2
9, 45, 15 3
3, 15, 5 3
1, 5, 5 5
1, 1, 1 2º Escrever à direita da linha vertical o menor número
primo capaz de dividir todos os números da esquer-
3º O MMC de 36, 45 e 60 será o produto de todos os da, anotando abaixo destes o resultado de cada
números primos encontrados à direita: divisão e repetir o procedimento até que algum
deles seja reduzido à unidade ou que não seja mais
MMC(36, 45, 60) = 2 × 2 × 3 × 3 × 5 = 180 possível encontrar um número primo que divida
todos os números restantes:
Divisores Comuns e Máximo Divisor Comum
360, 420, 600 2
Dados dois ou mais números inteiros não nulos, os con- 180, 210, 300 2
juntos dos divisores destes números terão sempre dois ou 90, 105, 150 3
mais elementos comuns a todos eles, aos quais chamamos 30, 35, 50 5
15, 7, 10
divisores comuns.
Observe os conjuntos dos divisores dos números 12, 18
3º O MDC de 360, 420, 600 será o produto de todos os
e 30. Neles podemos notar os divisores comuns, que estão
números primos encontrados à direita:
destacados em negrito:
MDC(360, 420, 600) = 2 × 2 × 3 × 5 = 60
D(12) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 4, ± 6, ± 12},

D(18) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 6, ± 9, ± 18} Propriedades do MMC e do MDC

e D(30) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 5, ± 6, ± 10, ± 15, ±30}. • Se o MDC(a, b) = 1, então a e b são denominados


primos relativos ou primos entre si.
Denominamos máximo divisor comum (MDC) de dois Exemplo: MMC(25, 36) = 1. Então 25 e 36 são primos
ou mais inteiros não nulos, ao maior dos divisores comuns entre si.
aos números apresentados.
• MMC(a, n × a) = n × a e MDC(a, n × a) = a.
Assim, o MDC dos números 12, 18 e 30 é 6, pois ele é
Exemplo: MMC(15, 30) = 30 e MDC(15, 30) = 15, pois
o maior número que divide, simultaneamente, 12, 18 e 30.
30 = 2 × 15.
MDC(12, 18, 30) = 6
• MMC(a, b) × MDC(a, b) = a × b.
Exemplo: 84 × 90 = 7.560. Então MMC(84, 90) ×
O conjunto dos divisores comuns (DC) a dois ou mais
MDC(84, 90) = 7.560.
inteiros não nulos sempre coincide com o conjunto dos
divisores do MDC destes números:
• Se MMC(a, b) = m, então MMC(ka, kb) = km (k ≠ 0).
Exemplo: MMC(6,8) = 24. Então MMC(60, 80) = 240
DC(12, 18, 30) = D(6) = {± 1, ± 2, ± 3, ± 6}
(que é 24 × 10).
Determinação do MDC por decomposições em fatores
• Se MDC(a, b) = d então MDC(ka, kb) = kd (k ≠ 0).
primos
Exemplo: MDC(6,8) = 2. Então MDC(60, 80) = 20 (que
é 2 × 10).
Determinar o MDC dos números 120, 140 e 200:
• Dois números consecutivos são sempre primos entre
1º Decompor os números dados em fatores primos: si, ou seja, MDC(n, n + 1) = 1.
Exemplo: MDC(25, 26) = 1.
120 = 23 × 31 × 51
140 = 22 × 51 × 71 • Se dois ou mais números são, dois a dois, primos entre
200 = 23 × 52 si, o seu MMC será o produto deles.
Exemplo: MMC(4, 5, 9) = 4 × 5 × 9 = 180, pois 4, 5 e 9
2º O MDC de 120, 140 e 200 será o produto dos
Matemática

são, dois a dois, primos entre si.


fatores primos comuns, tomados sempre com
os menores expoentes com os quais cada um deles Exercícios Resolvidos
ocorreu dentre todos os números decompostos:
1. Determinar o menor número positivo que é múltiplo, ao
MDC(120, 140, 200) = 22 × 51 = 4 × 5 = 20 mesmo tempo, de 3, de 4, de 5 e de 7.

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Solução: Solução:
O menor número positivo que é múltiplo comum a 3, 4, Se N deixa resto 3 nas três divisões, então N–3 é divisível
5 e 7 é o MMC(3, 4, 5, 7). por 6, por 8 e por 10. Portanto, N–3 é um múltiplo comum
de 6, 8 e 10, que tem três alga­rismos.
3, 4, 5, 7 2 O MMC(6, 8, 10) é 120, que já tem três algarismos. Assim,
3, 2, 5, 7 2 o valor procurado é 120.
3, 1, 5, 7 3
1, 1, 5, 7 5 6. Quantos divisores inteiros têm em comum os números
1, 1, 1, 7 7 72 e 120?
1, 1, 1, 1
Solução:
MMC(3, 4, 5, 7) = 2 × 2 × 3 × 5 × 7 = 420
Os divisores comuns de 72 e 120 serão os divisores do
seu MDC, que é 24.
2. Determinar o menor inteiro positivo de três algarismos
O número 24 tem, ao todo, 16 divisores:
que é divisível, ao mesmo tempo, por 2, por 3 e por 4.

Solução: ± 1, ± 2, ± 3, ± 4, ± 6, ± 8, ± 12 e ± 24
Ser divisível por 2, 3 e 4 é ser múltiplo de 2, 3 e 4. Assim,
procuramos o menor múltiplo comum a 2, 3 e 4 que seja Que são os divisores comuns de 72 e 120.
positivo e tenha três algarismos.
MMC(2, 3, 4) = 12 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Como 12 não tem três algarismos, o número procurado 1. Ao proceder-se a divisão de um certo número N por 12
deverá ser um múltiplo de 12 que tenha três algarismos: ou por 15 ou por 27, obteve-se sempre o mesmo resto
4 e quocientes maiores que zero. Determinar o menor
12 × 1 = 12 12 × 2 =24 12 × 3 valor positivo possível para N.
= 36 ... 12 × 9 = 108 2. Quantos divisores positivos têm em comum os números
48 e 204?
O menor múltiplo positivo de 12 com três algarismos é 3. Sejam A = 24 × 32 × 54 e B = 23 × 33 × 51 × 72, determinar
108, que, deste modo, é o número procurado. o MMC(A, B).
4. Sejam A = 32 × 53 × 114 e B = 23 × 33 × 51 × 72, determinar
3. Sabe-se que os números 36, 48 e 204 têm vários divisores o MDC(A, B).
comuns, como, por exemplo, o 2 e o 4. Determinar o maior 5. Sejam A = 32 × 53 × 72, B = 23 × 33 × 51 × 114 e C = 22 × 73 ×
dos divisores comuns a 36, 48 e 204. 112 determinar o MDC(A, B, C).
6. Sejam A = 23 × 3x × 5y e B = 104 × 38. Se o MDC(A, B) é
Solução:
360, então quanto vale x + y?
O maior dos divisores comuns a 36, 48 e 204 é o MDC
7. Um trenzinho de brinquedo percorre uma pista circular
destes números, ou seja:
parando de 6 em 6 estações. Quantas voltas na pista o
trenzinho deverá dar até parar novamente na estação
36, 48, 204 2
de onde partiu se a pista tem ao todo 20 estações?
18, 24, 102 2
8. Um trenzinho de brinquedo percorre uma pista
9, 12, 51 3
circular parando de 6 em 6 estações. Quantas paradas o
3, 4, 17
trenzinho fará até encontrar-se novamente na estação
de onde partiu se a pista tem ao todo 20 estações?
MDC(36, 48, 204) = 2 × 2 × 3 = 12
9. A soma de dois números maiores que 20 é 216. Deter-
4. Determine os menores números inteiros positivos pelos mine-os sabendo que o seu MDC é 18.
quais devem ser divididos os números 72 e 120 de modo 10. Quantos números inteiros positivos e não maiores que
que se obtenham divisões exatas com quocientes iguais. 432 são primos relativos com 432?

Solução: GABARITO
O quociente comum às duas divisões deverá ser o
MDC(72, 120), que é 24. 1. 544
2. 6 divisores comuns
72 ÷ 24 = 3 e 120 ÷ 24 = 5 3. MMC(A,B) = 24 × 33 × 54 × 72
portanto: 72 ÷ 3 = 24 e 120 ÷ 5 = 24 4. MDC(A,B) = 32 × 51
5. MDC(A,B,C) = 1
Matemática

Assim, os números procurados são 3 e 5. 6. x + y = 2 + 1 = 3


7. 3 voltas
5. O número N é um inteiro positivo de três algarismos que 8. 10 paradas
deixa o mesmo resto 3 nas divisões por 6, por 8 e por 10. 9. 90 e 126
Qual é o menor valor possível para N? 10. 144

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NÚMEROS INTEIROS O oposto de 5 é –5.
OPERAÇÕES E PROPRIEDADES O simétrico de 6 é –6.
O oposto de zero é o próprio zero.
Neste capítulo será feita uma revisão dos aspectos
mais importantes sobre as operações de adição, subtração, Dois números simétricos sempre têm o mesmo módulo.
multiplicação e divisão com números inteiros.
Exemplo:
|–3| = 3 e |3| = 3
Adição
Operações com números inteiros (Z)
Os termos da adição são chamados parcelas e o resul-
tado da operação de adição é denominado soma ou total.
Qualquer adição, subtração ou multiplicação de dois
números inteiros sempre resulta também um número inteiro.
1ª parcela + 2ª parcela = soma ou total
Dizemos então que estas três operações estão bem definidas
em Z ou, equivalentemente, que o conjunto Z é fechado para
• A ordem das parcelas nunca altera o resultado de
qualquer uma destas três operações.
uma adição:
As divisões, as potenciações e as radiciações entre dois
a+b=b+a
números inteiros nem sempre têm resultado inteiro. Assim,
dizemos que estas três operações não estão bem definidas
• O zero é elemento neutro da adição:
no conjunto Z ou, equivalente­mente, que Z não é fechado
0+a=a+0=a
para qualquer uma destas três operações.
Subtração Adições e subtrações com números inteiros
O primeiro termo de uma subtração é chamado mi-
Existe um processo que simplifica o cálculo de adições
nuendo, o segundo, subtraendo e o resultado da operação
e subtrações com números inteiros. Observe os exemplos
de subtração é denominado resto ou diferença.
seguintes:
minuendo − subtraendo = resto ou diferença
Exemplo1:
Calcular o valor da seguinte expressão:
• A ordem dos termos pode alterar o resultado de uma
10 – 7 – 9 + 15 – 3 + 4
subtração:
a – b ≠ b – a (sempre que a ≠ b)
Solução:
• Se adicionarmos uma constante k ao minuendo, o
Faremos duas somas separadas
resto será adicionado de k.
– uma só com os números positivos:
• Se adicionarmos uma constante k ao subtraendo, o
10 + 15 + 4 = +29
resto será sub­traído de k.
– outra só com os números negativos:
• A subtração é a operação inversa da adição:
(–7) + (–9) + (–3) = –19
M − S = R ↔ R + S = M
Agora calcularemos a diferença entre os dois totais
• A soma do minuendo com o subtraendo e o resto é
encontrados.
sempre igual ao dobro do minuendo.
+29 – 19 = +10
M+S+R=2×M
Atenção!
Valor absoluto
É preciso dar sempre ao resultado o sinal do nú-
mero que tiver o maior valor absoluto!
O valor absoluto de um número inteiro indica a distância
deste número até o zero quando consideramos a represen-
tação dele na reta numérica. Exemplo2:
Calcular o valor da seguinte expressão:
Atenção: –10 + 4 – 7 – 8 + 3 – 2
• O valor absoluto de um número nunca é negativo,
pois representa uma distância. 1º passo: Achar os totais (+) e (–):
• A representação do valor absoluto de um número (+): +4 + 3 = +7
n é | n |. (Lê-se “valor absoluto de n” ou “módulo (–): –10 – 7 – 8 – 2 = –27
de n”.)
2º passo: Calcular a diferença dando a ela o sinal do total
que tiver o maior mó­dulo:
–27 + 7 = –20
Números simétricos
Dois números a e b são ditos simétricos ou opostos
Multiplicação
Matemática

quando:
a+b=0
Os termos de uma multiplicação são chamados fatores
Exemplos: e o resultado da operação de multiplicação é denominado
–3 e 3 são simétricos (ou opostos) pois (–3) + (3) = 0. produto.
4 e – 4 são simétricos (ou opostos) pois (4) + (–4) = 0. 1º fator × 2º fator = produto

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• O primeiro fator também pode ser chamado multipli- Multiplicações e divisões com números inteiros
cando enquanto o segundo fator pode ser chamado
multiplicador. Nas multiplicações e divisões de dois números inteiros
é preciso observar os sinais dos dois termos da operação:
• A ordem dos fatores nunca altera o resultado de uma
multiplicação: Exemplos:
a×b = b×a
SINAIS IGUAIS → (+) SINAIS OPOSTOS → (–)
• O número 1 é elemento neutro da multiplicação:
(+5) × (+2) = +10 (+5) × (–2) = –10
1×a = a×1 = a
(–5) × (–2) = +10 (–5) × (+2) = –10
• Se adicionarmos uma constante k a um dos fatores, (+8) ÷ (+2) = +4 (+8) ÷ (–2) = –4
o produto será adicionado de k vezes o outro fator: (–8) ÷ (–2) = +4 (–8) ÷ (+2) = –4
a×b = c ↔ (a+k)×b = c+(k×b)
Exercícios Resolvidos
• Se multiplicarmos um dos fatores por uma constante
k, o produto será multiplicado por k. 1. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à pri-
meira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o
a×b = c ↔ (a×k)×b = k×c
que ocorrerá com o total?
• Podemos distribuir um fator pelos termos de uma Solução:
adição ou subtração qualquer: Seja t o total da adição inicial.
Ao somarmos 8 a uma parcela qualquer, o total é acres-
a×(b±c) = (a×b) ± (a×c) cido de 8 unidades:

Divisão Inteira t+8

Na divisão inteira de N por D ≠ 0, existirá um único par Ao subtrairmos 5 de uma parcela qualquer, o total é
de inteiros, Q e R, tais que: reduzido de 5 unidades:

Q × D + R = N e 0 ≤ R < D(onde D é o valor t+8–5 = t+3


absoluto de D)
Portanto o total ficará acrescido de 3 unidades.
A segunda condição significa que R (o resto) nunca pode
2. Numa subtração, a soma do minuendo com o subtraendo
ser negativo.
e o resto é igual a 264. Qual é o valor do minuendo?
Os quatro números envolvidos na divisão inteira são
assim denominados: Solução:
N é o dividendo; D é o divisor (sempre diferente de Sejam m o minuendo, s o subtraendo e r o resto de uma
zero); subtração qualquer, é sempre verdade que:
Q é o quociente; R é o resto (nunca negativo). m–s=r →s+r=m
(a soma de s com r nos dá m)
Exemplos:
1) Na divisão inteira de 60 por 7 o dividendo é 60, o Ao somarmos os três termos da subtração, m + s + r ,
divisor é 7, o quociente é 8 e o resto é 4. observamos que a adição das duas últimas parcelas, s +
r, resulta sempre igual a m. Assim poderemos escrever:
8 × 7 + 4 = 60 e 0 ≤ 4 < 7 m + (s + r) = m + m = 2m

2) Na divisão inteira de – 60 por 7 o dividendo é – 60, O total será sempre o dobro do minuendo.
o divisor é 7, o quociente é –9 e o resto é 3. Deste modo, temos:
m + s + r = 264
–9 × 7 + 3 = – 60 e 0 ≤ 3 < 7 2m = 264
m = 264 ÷ 2 = 132
• Quando ocorrer R = 0 na divisão de N por D, teremos Resp.: O minuendo será 132.
Q × D = N e diremos que a divisão é exata indicando-a
como N ÷ D = Q. 3. Numa divisão inteira, o divisor é 12, o quociente é 5 e o
• Quando a divisão de N por D for exata diremos que N resto é o maior possível. Qual é o dividendo?
é divisível por D e D é divisor de N ou, equivalente-
mente, que N é múltiplo de D e D é fator de N. Solução:
Se o divisor é 12, então o maior resto possível é 11,
• O zero é divisível por qualquer número não nulo: D ≠
pois o resto não pode superar nem igualar-se ao divisor.
0 → 0 ÷ D = 0. Assim, chamando de n o dividendo procurado, teremos:
• Todo número inteiro é divisível por 1: ∀N, N ÷ 1 = N.
Matemática

n = (quociente) × (divisor) + (resto)


• Se multiplicarmos o dividendo (N) e o divisor (D) de n = 5 × 12 + 11
uma divisão por uma constante k ≠ 0, o quo­ciente (Q) n = 60 + 11
não será alterado mas o resto (R) ficará multiplicado n = 71
por k, se R × k < D, ou será igual ao resto da divisão
de R × k por D, se R × k ≥ D. O dividendo procurado é 71.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS NÚMEROS RACIONAIS
1. Numa adição com três parcelas, o total era 58. Somando- Operações e Propriedades
-se 13 à primeira parcela, 21 à segunda e subtraindo-se
10 da terceira, qual será o novo total? Conceito
2. Numa subtração a soma do minuendo com o sub­traendo
e o resto resultou 412. Qual o valor do mi­nuendo? Dados dois números inteiros a e b, com b ≠ 0, denomina-
3. O produto de dois números é 620. Se adicionássemos a
5 unidades a um de seus fatores, o produto ficaria au- mos número racional a todo número x =  , tal que x × b = a .
b
mentado de 155 unidades. Quais são os dois fatores?
a
4. Numa divisão inteira, o divisor é 12, o quociente é uma x= ↔ x ⋅ b = a (com a ∈ Z e b ∈ Z*)
b
unidade maior que o divisor e o resto, uma unidade
menor que o divisor. Qual é o valor do dividendo?
5. Certo prêmio será distribuído entre três vendedores de Representação Fracionária
modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o segundo
receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o terceiro Denominamos representação fracionária ou simples-
receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o segundo mente fração à expressão de um número racional na forma
a.
juntos. Qual o valor total do prêmio repartido entre os
b
três vendedores?
6. Um dicionário tem 950 páginas; cada página é dividida
em 2 colunas; cada coluna tem 64 linhas; cada linha tem, Representação Decimal de um Número Racional
em média, 35 letras. Quantas letras há nesse dicionário?
7. Uma pessoa ganha R$ 40,00 por dia de trabalho e gasta A representação decimal de um número racional poderá
R$ 800,00 por mês. Quanto ela economizará em um ano resultar em um do três casos seguintes:
se ela trabalhar, em média, 23 dias por mês?
Inteiro
8. Um negociante comprou 8 barricas de vinho, to-
das com a mesma capacidade. Tendo pago R$ 7,00 Neste caso, a fração correspondente ao inteiro é deno-
o litro e vendido a R$ 9,00, ele ganhou, ao todo, minada fração aparente.
R$ 1.760,00. Qual era a capacidade de cada barrica?
9. Em um saco havia 432 balinhas. Dividindo-as em três 14 –9 0
montes iguais, um deles foi repartido entre 4 meninos =7 = –1 =0
2 9 13
e os dois montes restantes foram repartidos entre 6
meninas. Quantas balinhas recebeu cada menino e cada Expansão Decimal Finita
menina?
10. Marta, Marisa e Yara têm, juntas, R$ 275,00. Mari- Neste caso, há sempre uma quantidade finita de alga-
sa tem R$ 15,00 mais do que Yara e Marta possui rismos na representação decimal.
R$ 20,00 mais que Marisa. Quanto tem cada uma das
três meninas?
–3 5 3
11. Do salário de R$ 3.302,00, Seu José transferiu uma = –1,5 = 1,25 0,375
parte para uma conta de poupança. Já a caminho 2 4 8
de casa, Seu José considerou que se tivesse trans-
Expansão Decimal Infinita Periódica
ferido o dobro daquele valor, ainda lhe restariam
R$ 2.058,00 do seu salário em conta corrente. De quanto
Esta representação também é conhecida como dízima
foi o depósito feito?
periódica pois, nela, sempre ocorre alguma sequência finita
12. Renato e Flávia ganharam, ao todo, 23 bombons. Se
de algarismos que se repete indefinidamente. Esta sequência
Renato comesse 3 bombons e desse 2 para Flávia, eles
é denominada período.
ficariam com o mesmo número de bombons. Quantos
bombons ganhou cada um deles?
1 1
= 0,333... = 0,1666...
GABARITO 3 6

Determinação de uma Fração Geratriz


1. 82
2. 206
Todos os números com expansão decimal finita ou infi-
3. 20 e 31
4. 167 nita e periódica sempre são números racionais. Isto significa
5. R$ 930,00 que sempre existem frações capazes de representá-los. Estas
6. 4.256.000 frações são denominadas frações geratrizes.
7. R$ 1.440
Matemática

8. 110 litros Como determinar uma fração geratriz


9. Cada menino recebeu 36 e cada menina, 48
10. Marta: R$ 110,00, Marisa: R$ 90,00 e Yara: R$ 75,00 1o Caso - Números com expansão decimal finita
11. R$ 622,00 A quantidade de algarismos depois da vírgula
12. Renato: 15 e Flávia: 8 dará o número de “zeros” do denominador:

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816 Se numa divisão inteira não exata o valor absoluto do
8,16 = dividendo for maior que o do divisor, então, pode-se repre-
100 sentar o seu resultado por um número misto.
524 Exemplo:
52,4 =
10 A divisão inteira de 30 por 7 não é exata, dando quo-
ciente 4 e resto 2. Então, pode-se escrever:
0035 35
0,035 = = 30 2
1000 1000 =4
7 7
2o Caso -
Dízimas Periódicas
Seja a,bc...nppp... uma dízima periódica onde Adição e Subtração de Frações
os primeiros algarismos, indicados generica-
mente por a , b , c...n , não fazem parte do Com Denominadores Iguais
período p.
abc... np − ab... n Conserva-se o denominador, adicionando ou subtraindo
A fração será uma gera­triz da os numeradores.
99...900...0
dízima perió­dica a,bc...nppp... se: 3 5 7 3+5−7 1
1o - o número de ‘noves’ no denominador for + − = =
20 20 20 20 20
igual à quantidade de algarismos do período;
2o - houver um ‘zero’ no denominador para Com Denominadores Diferentes
cada algarismo aperiódico (bc...n) após a
vírgula. Substituem-se as frações dadas por outras, equivalentes,
cujo denominador será o MMC dos denominadores dados:
Exemplo:
período: 32 (dois “noves” no denomina- 1 3 1 m.m.c(6, 4, 2 )=12 2 9 6 2+9−6 5
+ −  → + − = =
dor) 6 4 2 12 12 12 12 12
atraso de 1 casa (1 “zero” no denominador)
parte não-periódica: 58 5 1 1 10 3 6 10 + 3 − 6 7
+ − = + − = =
fração geratriz: 6 4 2 12 12 12 12 12
5832 − 58 5774
990
=
990
Multiplicação de Frações

Para multiplicar duas ou mais frações deve-se:


período: 4 (1 “nove” no denominador) 1o) multiplicar os numeradores, encontrando o novo
atraso de duas casas (2 “zeros”) numerador;
parte não-periódica: 073 2o) multiplicar os denominadores, encontrando o novo
fração geratriz: denominador.

0734 − 073 734 − 73 661 2 3 1 2 × 3 ×1 6 simplific. por 6 1


= = × × = =   →
900 900 900 5 4 6 5 × 4 × 6 120 20

1 2 7 1 × 2 × 7 14 simplif . por 2 7
período: 034 (três “noves” no denomi- × × = =  → =
nador) 6 5 4 6 × 5 × 4 120 60
não houve atraso do período (não ha-
verá “zeros” no denominador) 1 1 1 2 1 1× 2 ×1 2
×2× = × × = =
parte não periódica: 6 3 5 3 1 5 3 × 1 × 5 15
fração geratriz: 6034 − 6
999 Divisão Envolvendo Frações
período: 52 (dois “noves”) Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos
não houve atraso do período (não haverá números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri-
“zeros” no denominador) meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor).
parte não periódica: 0
052 − 0 52 2 4 2 7 2 × 7 14 simplif. por 2 7 1
fração geratriz: = ÷ = × = =  → = 1
99 99 3 7 3 4 3 × 4 12 6 6

1 4 1 5 1× 5 5
NÚMEROS MISTOS ÷ = × = =
3 5 3 4 3 × 4 12
Matemática

Dados três números inteiros n, a, e b, com n ≠ 0 e 0 <


3 2 5 2 × 5 10
a < b, denomina-se número misto à representação de um 2÷ = × = =
número racional escrito sob a forma 5 1 3 1× 3 3
a a 1 1 1 1×1 1
n =n+ ÷5= × = =
b b 6 6 5 6 × 5 30

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Atenção: 4. Se três quartos de x valem 360, então quanto vale x?
Não faça contas com dízimas periódicas.
Troque todas as dízimas periódicas por frações geratrizes Solução:
antes de fazer qualquer conta. 3 de x 3⋅ x
= 360 → = 360
4 4
Exemplo: 4 × 360
3 ⋅ x = 4 × 360 → x = = 480
3
Calcular:
0,6 ÷ 0,222... = ? Então, x vale 480.
6 2
= ÷ 5. Determinar uma fração que corresponda a dois terços
10 9
de quatro quintos.
6 9 54
= × = = 2,7
10 2 20 Solução:

Exercícios Resolvidos 2 4 2 4 2×4 8


de = × = =
3 5 3 5 3 × 5 15
8
1. Calcular os resultados das expressões abaixo: Então, uma fração correspondente será .
1 2 15
a) 8 + 3 c) 2 1 × 4
2 5 3 5
6. Cínthia gastou em compras três quintos da quantia que
b) 15 5 − 2 3 d) 1 ÷ 1 3 levava e ainda lhe sobraram R$ 90,00. Quanto levava
6 4 2 4 Cínthia, inicialmente?

Solução:
Soluções:
O problema menciona quintos da quantia que Cínthia
F I F I F I
a) 8 + 1 + 3 + 2 = (8 + 3) + 1 + 2
H 2 K H K
5 H K
2 5
levava. Pode-se indicar a quantia inicial por 5x (pois 5x
tem quintos exatos).
= 11 + F + I = 11 +
1 2 F 5 4I 9
H 2 5 K H 10 + 10 K = 1110 aInicialf R|Sgastos: 35 de 5x = 3x
F 5 I F
3 I F5 3 I 5x |Tsobram: 90,00
H
b) 15 +
6 K H
− 2+
4 K
= (15 − 2) +
H −
6 4
=
K
Assim, tem-se:
F 10 − 9 I = 13 1 gasto
= 13 + H 12 12 K 12 inicial
  resto

5x − 3x = 90
2x = 90
F 1 I
4 2 × 3 +1 4 7 4 x = 45
H
c) 2 +
3 5K
× =
3
× = × =
5 3 5
Como a quantia inicial foi representada por 5x, tem-se:
7 × 4 28 13 13
= = =1+ =1 5x = 5 × 45 = 225,00
3 × 5 15 15 15
Cínthia levava, inicialmente, R$ 225,00.
1 3F I
1 1× 4 + 3 1 7
d) ÷ 1 +
2 4H= ÷
2 4 K= ÷ =
2 4 7. Um rapaz separou 1/10 do que possuía para comprar
um par de sapatos; 3/5 para roupas, restando-lhe, ainda,
1 4 4 simplif. por 2 2 R$ 180,00. Quanto o rapaz tinha?
× =  →
2 7 14 7
Solução:
2. Determinar a fração geratriz de 0,272727... . Seja 10x a quantia inicial (pois tem décimos e tem
quintos exatos)
Solução:
27 27 ÷ 9 3
R|sapatos: 1 de 10x = x

0,272727...= = =
99 99 ÷ 9 11 || 10
3
10x Sroupas: de 10x = 6x

3. Quanto valem dois terços de 360?


|| 5

|Trestante: 180,00
Matemática

Solução:
2 2 2 × 360
7  7
inicial gastos resto
10 x − x − 6 x = 180
de 360 = × 360 = = 240
3 3 3 3x = 180
Então, dois terços de 360 são 240. x = 60

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Portanto, o valor inicial era: Solução:
Como o preço do estojo foi indicado para dois terços a
10x = 10 × 60 = 600,00 reais mais que o preço da caneta, faremos:

O rapaz tinha, inicialmente, R$ 600,00. caneta: 3x


2
1 estojo: 3x + de 3x = 3x + 2x = 5x
8. De um reservatório, inicialmente cheio, retirou-se do 3
4 Juntos eles valem R$ 16,00:
2
volume e, em seguida, mais 21 litros. Restaram, então estojo
5 caneta
 
3x + 5x = 16
do volume inicial. Qual a capacidade deste reservatório?
8x = 16

x=2
Solução:
Então:
Seja 20x o volume do reservatório (pois tem quartos e
a caneta custa: 3x = 3 × 2 = 6 reais
quintos exatos).
o estojo custa: 5x = 5 × 2 = 10 reais
R|1ª retirada: 1 de 20x = 5x 11. Um pai distribui certo número de balas entre suas três
| 4
20x S2ª retirada: 21 litros
1
filhas de tal modo que a do meio recebe do total, a
||resto: 2 de 20x = 8x 3
mais velha recebe duas balas a mais que a do meio,
T 5 enquanto a mais nova recebe as 25 balas restantes.
Quantas balas, ao todo, o pai distribuiu entre suas filhas?
8  
inicial retiradas
20 x − 5x − 21 = 8x
resto

Solução:
Seja o total de balas representado por 3x:
isolando os termos em “x” tem-se:
20x – 5x – 8x = 21 R|a do meio: 1 de 3x = x
7x = 21 ( total ) | 3
x=3 3x |
S a mais velha: x + 2

Como a capacidade do reservatório foi representada


|Ta mais nova: 25
por 20x, tem-se:
Juntando todas as balas tem-se:
20x = 20 × 3 = 60 litros 3x = x + x + 2 = 25
isolando “x” na igualdade tem-se:
1 3x – x – x = 2 + 25
9. Rogério gastou 2 do que tinha e, em seguida, x = 27
3 4
do resto, ficando ainda com R$ 300,00. Quanto Rogério Logo, o total de balas é: 3x = 3 × 27 = 81 balas.
possuía inicialmente?
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Solução:
Seja 12x a quantia inicial de Rogério: 1. Efetue as expressões abaixo.
1 2 3 1 1 1
2 1 a) + − b) 5 + 2 − 4
− de 12x − de 4x 2 3 4 3 5 2
3 4
2. Efetue as multiplicações abaixo.
= 300,00 (resto)
(–8x) (–x) 2 15 1 1
a) × b) 1 × 2
5 16 3 2
3x = 300 3. Efetue as divisões abaixo.
x = 100 3 6
a) ÷ b) 2 1 ÷ 1 1
4 7 2 3
Logo, a quantia inicial de Rogério era:
4. Julgue os itens abaixo em verdadeiros (V) ou falsos (F).
12x = 12 × 100 = 1.200 reais
( ) 0,321321321...= 107
333
Matemática

Rogério possuía, inicialmente, R$ 1.200,00.


( ) 0,00333...= 1
2 300
10. Um estojo custa a mais que uma caneta. Juntos eles
3
1114
. 557
( ) 12,37777... = =
valem R$ 16,00. Quanto custa cada objeto? 90 45

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
5. Quanto valem três quintos de 1.500 ? GABARITO
6. Se cinco oitavos de x são 350, então, qual é o valor de x?
7. Que fração restará de x se subtrairmos três sétimos do
5 3
seu valor? 1. a) 2. a) 3. a) 7
8. Se subtrairmos três sétimos do valor de x e, em seguida, 12 8 8
retirarmos metade do restante, que fração restará de x? 1 1 7
9. Determine o valor da expressão 6,666... × 0,6. b) 3 b) 3 b) 1
30 3 8
10. Determine o valor da expressão 0,5 ÷ 0,16666... .
2 4. V, V, V 5. 900 6. 560
11. Um garoto possui da altura de seu pai que correspon 4
3 7. 8. 2 9. 4
7 7
dem a 4 da altura de seu irmão mais moço. Qual é a 10.3 11. 90 cm 12. 200km
3
13. R$ 210,00
altura deste último se a altura do pai é 180 cm? 14. Antônio: 6 anos, Benedito: 36 anos, César: 3 anos e
3 Dilson: 9 anos
12. No primeiro dia de uma jornada, um viajante fez do
5 15. 60
16. R$ 180,00; R$ 60,00; R$ 30,00
percurso. No segundo dia, andou 1 do restante. Quanto 17. R$ 50,00
3 18. R$ 700,00
falta para completar a jornada se o percurso completo 19. 18
é de 750 km? 20. R$ 60,00 no bolso esquerdo e R$ 56,00 no bolso direito
13. Se um rapaz separar o dinheiro que tem em três partes,
sendo a primeira igual à terça parte e a segunda igual à EXPRESSÕES NUMÉRICAS
metade do total, então a terceira parte será de R$ 35,00.
Quanto dinheiro tem este rapaz? Resolver as seguintes expressões numéricas.
1
14. A idade de Antônio é da idade de Benedito, César tem 1. 448 ÷ 8 + 64 ÷ 32 – 32 ÷ 16 – (16 ÷ 8 – 8 ÷ 4)
6
2. 11 × 3 – 5 + 1.700 ÷ 100 – (40 ÷ 10 – 6 ÷ 3)
metade da idade de Antônio e Dilson tem tantos anos 3. 7 × (29 – 3 × 7) + 5 × 4 – 8 × (5 + 32 ÷ 8)
quantos César e Antônio juntos. Quais são as idades de 4. 7 × 3 – 18 × [28 – 7 × (8 – 24 ÷ 6)]
cada um deles se a soma das quatro idades é 54 anos? 5. [42 × 5 – (16 ÷ 2) ] × (42 – 5 × 8 – 1) + 2 × (70 – 35 ×2)
15. A soma de três números é 110. Determinar o maior deles 6. [7 × 5 – 24 ÷ (56 ÷ 8 – 2 × 3)] – [34 – 4 × 6 + 3 × (9 ÷ 3 – 18 ÷ 6)]
sabendo que o segundo é um terço do primeiro e que o 7. (3 + 5 × 9 – 4 × 7) × [52 ÷ 4 – (7 + 2 × 3)]
3 8. 3 × {18 – 16 ÷ 4 – 10 + [18 – (26 – 2 × 4)]}
terceiro é da soma dos dois primeiros.
8 9. 54 – 2 × {10 + 32 ÷ 4 – [8 × 6 – 40 × (17 – 4 × 4)]}
16. Dividir R$ 270,00 em três partes tais que a segunda seja 10. 2 × 3 + 5 × {3 × 4 + 2 × [20 – (56 ÷ 8 – 3)]}
um terço da primeira e a terceira seja igual à soma de 11. (1 – 4)2 × (–2 + 1)3 × (–1)4
12. 13 – (–2 – 2)2 × (–3) + (– 4)2 ÷ 8
um duodécimo da primeira com um quarto da segunda.
13. (–5) × (–2 – 2)2 – [–(6 + 2)2 ÷ (–2 + 3)2]
17. Determine o preço de custo de uma mercadoria sabendo
1 14. [(–2 – 3)3 ÷ (–1 – 4)] × [–2 + 3 × (–1)]
que haveria um lucro de do preço de custo se ela fosse 15. {[(–8 + 2 – 3)2 ÷ (–3)3 + 5 × (–3)] – 32} – (–5 + 9)
vendida por R$ 60,00. 5 F I F I F I F I 2
16. −3 + 1 × − 3 − 2 + 1 − 3 − 1 ÷ − 11
1
H K H 2 4 5 K H K H K 4 4
18. Um comerciante gastou do que tinha em sua conta cor-
5 L F 2I O 2
F 3 I
17. M−3 × H − K + 1P × ( −3) − H − − 0,5K
2
2
rente. Em seguida, gastou do restante ficando ainda com
7
N 3 Q 2

18. F − 1 I ÷ L2 − 1 ÷ F1 − 1 I O
3
um saldo de R$ 2.000,00. Considerando que havia inicial-
H 2 K MN 2 H 9 K PQ
mente na conta corrente 5 do total que o comerciante 19. 2 − × F −1 + 3 − I
−1
−3 1 1
6 2 H 2K

20. F − 3 + 1 I × F − 5 I
possuía entre uma conta de poupança e a conta corren- −2
te, determine o valor que havia na conta de poupança.
19. Se adicionarmos a terça parte de um número à sua
H 4 4K H 2K
metade o resultado obtido será 3 unidades menor que
o número inicial. Qual é este nú­mero? GABARITO
20. Márcio tinha R$ 116,00 que estavam divididos em partes
Matemática

diferentes entre os dois bolsos da calça que usava. Se ele 1. 56 6. 1 11. –9 16. 25/8
gastasse a quinta parte do que havia no bolso esquerdo 2. 43 7. 0 12. 63 17. –1
e a sétima parte do que havia no bolso direito restariam 3. 4 8. 12 13. –16 18. –2/23
quantias iguais nos dois bolsos. Quanto havia em cada 4. 21 9. 34 14. –125 19. –5/24
bolso? 5. 202 10. 226 15. –54 20. –2/25

20 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
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POTENCIACÃO E RADICIAÇÃO Como se vê no desenvolvimento da expressão, o sinal
negativo não é da base, mas, sim, um indicativo do número
–1 que multiplica a potência toda.
Potenciação Da mesma forma também teremos:
Seja a um número inteiro qualquer e n um número
(–3)2 = +9 enquanto –32 = –1 × 32 = –9
inteiro positivo, definem-se:
(–10) = +10.000 enquanto –104 = –1 × 104 = –10.000
4

I. a 0 = 1 (com a ≠ 0) Radiciação
n n −1
II. a = a ⋅ a
Seja a um número inteiro qualquer e n um número
O número a é chamado base, n é o expoente e o resul- inteiro positivo, define-se a raiz n-ésima aritmética de a
tado, an, é chamado potência n-ésima de a. como sendo o número x = n a tal que:

R|
base = 5 n
I. a = x , quando xn = a e n for ímpar;
S|
53 = 125 expoente = 3 n
II. a =| x| , quando xn = a e n for par.
T
potência = 125
R|radical:
Da definição anterior pode-se concluir que para todo n
3
4 = 64 → 3
64 = 4 Sradicando: 64
≥ 2, o resultado de an será o produto de n fatores iguais a a. ||índice: 3
Traiz cúbica de 64: 4
a n = a×
a ×
a × a
....× Atenção:
n fatores 1) Devemos lembrar que a raiz aritmética, que é
representada pelo radical ( ), é uma operação
aritmética e, como tal, deve apresentar resultado
Propriedades Operatórias com Potências único sempre que estiver bem definida. É incorreto
Para simplificar expressões envolvendo potências é útil afirmar, por exemplo, que 2 25 = ±5 . O certo é
2
conhecermos as seguintes propriedades: 25 = 5 . Conforme se pode observar na definição
dada anteriormente, quando o radical apresenta
1. a n × a m = a n + m
um índice par o resultado da operação é um valor
2. a n ÷ a m = a n − m absoluto (que nunca é negativo). Deste modo, (±5)2
3. (a n ) m = a n × m = 25 → 2 25 = ±5 = 5.

4. (a × b) n = a n × b n 2) Nem sempre as radiciações têm resultados inteiros.


Por exemplo, o valor de 30 não é um número
n n n 2
5. (a ÷ b) = a ÷ b
inteiro pois não existe um número inteiro cujo
Regras de sinais nas potenciações quadrado seja igual a 30. Tais casos serão tratados
com mais detalhes no capítulo sobre números
O sinal da potência depende sempre do sinal da base (+ irracionais.
ou –) e da paridade do expoente (par ou ímpar).
Cálculo de Raízes Quadradas Exatas de números entre 100
O resultado de uma potenciação e 10.000
só é negativo em um único caso:
O cálculo das raízes quadradas exatas de números me-
nores que 100 é considerado bastante simples pois exige
Quando a base é negativa
somente o conhecimento dos resultados das tabuadas de
e
multiplicação. Entretanto, para números maio­res que 100,
o expoente é ímpar.
tal cálculo pode tornar-se bastante traba­lhoso.
Embora seja possível determinar qualquer raiz exata
Exemplos:
fatorando-se o radicando, apresentaremos, a seguir, um mé-
(+2)4 = +16
todo alternativo que “funciona” apenas para raízes quadra-
(–2)4 = +16
das de números entre 100 e 10.000, mas, em compensação,
(+2)5 = +32
é muito mais rápido em tais casos que, aliás são os que mais
(–2)5 = –32 ← base negativa e expoente ímpar ocorrem em exercícios de cálculos com radicais grandes.
Cuidado! Exemplo:
Não confunda: (–2)4 = +16 enquanto que –24 = –16 Calcular 1369
.
Matemática

Vejamos por que o resultado da segunda expressão é Solução:


negativo: 1o passo: Ignoramos sempre os dois últimos algaris-
mos do radicando (neste exemplo, são 6 e
–24 = –1 × 24 = –1 × 16 = –16 9), calculando a raiz quadrada inteira, por

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falta, do número formado pelos algarismos 2. Determinar o valor de (0,222...)2.
restantes no radicando. Este resultado será
o algarismo das dezenas da raiz procurada. Solução:
Como 13 está entre 32 = 9 e 42 = 16. Então,
13 , por falta, dá 3. 2
Como 0,222... = , pode-se escrever:
9
13 ≅ 3 ⇒ 1369 =3? 22
2
 2 4
( 0,222...) 2 =  = 2 =
 9
= 0,0493827. ..
9 81
2o passo: Para determinarmos o algarismo das
unidades da raiz procurada, devemos
procurar responder à seguinte pergunta: 3. Simplifique as seguintes expressões com radicais:
Qual o algarismo que, elevado ao quadra- a) 12 × 3
do, termina com o mesmo algarismo que
o das unidades do radicando? b) 50 ÷ 2
6
No nosso caso o algarismo das unidades c) x3 × 2 x3
do radicando é 9. d) 3 8 + 7 50
Qual o algarismo que termina em 9 quando
elevado ao quadrado?
Resposta: Há dois: o 3 e o 7. Soluções:
Portanto, a nossa raiz será 33 ou 37.
a) 12 × 3 = 12 × 3 = 36 = 6
3 passo:
Elevamos ao quadrado cada um dos dois
o

números encontrados. Aquele que resultar


igual ao radicando, será a raiz procurada. b) 50 ÷ 2 = 50 ÷ 2 = 25 = 5
332 = 1.089 (não serve)
66
372 = 1.369. Logo 1369
. = 37. c) x 33 × 22 x 33 = 66÷÷ 33 x 33÷÷ 33 × 22 x 33 =
22
Propriedades Operatórias com Radicais x 11 × 22 x 33 = 22 x 11 × x 33 = 22 x 44 = x 22

Para simplificar expressões envolvendo radicais, é útil


conhecermos as seguintes propriedades: d) 3 8 + 7 50 = 3 4 × 2 + 7 25 × 2 =
n n n
1. a × b = a × b 3 4 × 2 + 7 25 × 2 =
n n n
2. a ÷ b = a ÷ b 3 × 2 × 2 + 7 × 5 × 2 = 6 2 + 35 2 =

3. d ai
n
m n
= a m
(6 + 35) 2 = 41 2
n m
4. a = n×m a
n m n×k m×k
5. a = a 4. Calcular o valor de 2 0,444... .
n

6. ad = d an Solução:
4
Como 0,444... = , pode-se escrever:
Exercícios Resolvidos 9

1. Simplificar as seguintes expressões com potências, indi- 2 4 4 2


0,444... = 2 = = = 0,666...
cando os resultados com uma única potência: 9 9 3
a) x6 ÷ x–3
b) 25 × 43 × 162
c) (x–2 × x5) ÷ (x–3)2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
d) (–22)3 × (–23)2
1. Julgue os itens abaixo em verdadeiros (V) ou fal­sos (F).
Soluções: a) ( ) –23 = (–2)3
a) x6 ÷ x–3 = x6 – (–3) = x6+3 = x9 b) ( ) (–5)2 = –52
c) ( ) a–6 ÷ a–3 = a–9
2
2
b) 25 × 43 × 162 = 25 × (22)3 × (24)2 = d) ( ) (82)2 = 8
25 × 22×3×24×2 = 25×26×28 = 25+6+8 = 219 3 3
e) ( ) (83)3 = 8
c) (x–2 × x5) ÷ (x–3)2 = x–2+5 ÷ x–3×2 =
Matemática

x3 ÷ x–6 = x3–(–6) = x3+6 = x9 2. Assinale a alternativa que corresponda ao valor da


expressão (22 × 9–6 )–1 × (25 × 93)2.
d) (–22)3× (–23)2 = (–1)3× (22)3× (–1)2× (23)2 = a) (23 × 92)2 d) (22 × 93)4
(–1)× 22×3×(+1)×23×2 = –1× 26×1×26 = b) (2 × 9 )
7 –3 –2
e) (210 × 9–18)–2
–1 × 26+6 = –212 c) (26 × 9–2)4

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
3. Determine o valor da expressão RAZÕES E PROPORÇÕES
1,777... ÷ 0,02777... Chama-se razão de dois números, dados numa certa
ordem e sendo o segundo diferente de zero, ao quo­ciente
do primeiro pelo segundo.
4. O valor de n que satisfaz à igualdade Assim, a razão entre os números a e b pode ser dita
8 × 10 n “razão de a para b” e representada como:
= 55 × 2 8
10 é: a
a) –3 b) –1 c) 2 d) 5 e) 6 ou a : b
b

5. Determinar, na forma decimal, o valor da potência Onde a é chamado antecedente enquanto b é chamado
(0,666...)2. consequente da razão dada.
Ao representar uma razão frequentemente simplifi-
camos os seus termos procurando, sempre que possível,
6. Se 2x + 2–x = 3 , então o valor de 4x + 4–x é: torná-los inteiros.
a) 5 b) 6 c) 7 d) 9 e) 11
Exemplos:
A razão entre 0,25 e 2 é:
7. O valor de 13 + 7 + 2 + 4 é:
F I
1
a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8
0,25
=
H K
4 1 1 1
= ⋅ = (1 para 8)
2 2 4 2 8
8. Simplifique as expressões com radicais:
F 1I
a) 9 x 6 y 3 1
A razão entre e
5
é:
H 6 K = 1 ⋅ 12 = 2 (2 para 5)
b) 3 5 + 2 20 6 12 F 5I 6 5 5
c) 3 9m × 3 3m 2 H 12 K
d) 3 2 × 2 3
6 5 30
A razão entre 6 e 1 é: = 6⋅ = (30 para 1)
e) 5 4 x 3 × 10 x
5 1 FI
1 1
5 HK
9. Determinar o valor de 0,111.... na forma decimal.
Proporção é a expressão que indica uma igualdade entre
10. Calcule: duas ou mais razões.
a) 1764 c) 5476 e) 1089 A proporção a = c pode ser lida como “a está para b
b) 2304 d) 5776 f) 6561 b d
assim como c está para d” e representada como a : b : : c :
11. O valor da expressão 1 FI 0,5
F 1I 0,2
é:
d. Nesta proporção, os números a e d são os extremos e os
4 HK ÷
H 32 K números b e c são os meios.

a) 0,125 Em toda proporção o produto dos extremos


b) 0,25 é igual ao produto dos meios.
c) 0,5
d) 0,75 Quarta proporcional de três números dados a, b e c
nesta ordem, é o número x que completa com os outros
e) 1 três uma proporção tal que:

GABARITO a c
=
b x
1. V, F, F, V, F
2. d Exemplo:
3. 8 Determinar a quarta proporcional dos números 3 , 4 e
4. e 6 nesta ordem.
5. 0,444...
6. c Solução:
7. a 3 6
= → 3x = 4 × 6 → x = 8
2
8. a) 3 x y d) 6 2 2 × 33 = 6 108 4 x
Matemática

b) 7 5 e) 5 x
Proporção contínua é aquela que tem meios iguais.
c) 3 33 m3 = 3m
9. 0,333... Exemplo:
10. a) 42 b) 48 c) 74 d) 76 e) 33 f) 81 A proporção 9 : 6 : : 6 : 4 é contínua pois tem os seus
11. e
meios iguais a 6.

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Numa proporção contínua temos: Agora que descobrimos que cada parte vale 14 (p = 14),
• O valor comum dos meios é chamado média propor- podemos concluir que:
cional (ou média geométrica) dos extremos. o valor de x é → x = 2p = 2⋅(14) = 28
Ex.: 4 é a média proporcional entre 2 e 8, pois 2 : o valor de y é → y = 5p = 5⋅(14) = 70
4::4:8
• O último termo é chamado terceira proporcional. x y z
3. Na proporção múltipla = = , determinar os valores
Ex.: 5 é a terceira proporcional dos números 20 3 5 6
e 10, pois 20 : 10 : : 10 : 5 de x, de y e de z sabendo que x + y + z = 112.

Proporção múltipla é a igualdade simultânea de três Solução:


ou mais razões. A proporção múltipla nos mostra que:
x tem 3 partes.....................................(x = 3p)
enquanto y tem 5 partes....................(y = 5p)
Exemplo: e z tem 6 partes ............................... (z = 6p)
2 3 4 5 Como a soma das três partes vale 112, temos:
= = = 3p + 5p + 6p = 112
4 6 8 10
14p = 112
Razões inversas são duas razões cujo produto é igual a 1. p = 112 ÷ 14
p=8
Exemplo: Agora que descobrimos que cada parte vale 8, podemos
3 10 concluir que:
× = 1 então dizemos que “3 está para 5 na razão
5 6 o valor de x é → x = 3p = 3⋅(8) = 24
o valor de y é → y = 5p = 5⋅(8) = 40
inversa de 10 para 6’’ ou então que “3/5 está na razão
o valor de z é → z = 6p = 6⋅(8) = 48
inversa de 10/6’’ ou ainda que “3/5 e 10/6 são razões
inversas”. 4. Sabendo que a está para b assim como 8 está para 5 e
que 3a – 2b = 140, calcular a e b.
Quando duas razões são inversas, qualquer uma delas
forma uma proporção com o inverso da outra. Solução:
Pela proporção apresentada, a tem 8 partes enquanto
Exemplo: b tem 5 partes:
3/5 e 10/6 são razões inversas. Então, 3/5 faz proporção a = 8p e b = 5p
com 6/10 (que é o inverso de 10/6) enquanto 10/6 faz
então teremos: 3a = 3 × (8p) = 24p e 2b = 2 × (5p) = 10p
proporção com 5/3 (que é o inverso de 3/5).
portanto: 3a – 2b = 140 → 24p – 10p = 140 → 14p =
140 → p = 10
Exercícios Resolvidos como p = 10 temos: a = 8p = 8 × 10 = 80 e b = 5p =
5 × 10 = 50
1. Numa prova com 50 questões, acertei 35, deixei 5 em
branco e errei as demais. 5. Dois números positivos estão entre si assim como 3 está
Qual é a razão do número de questões certas para o de para 4. Determine-os sabendo que a soma dos seus
erradas? quadrados é igual a 100.
Solução: Solução:
Das 50 questões, 35 estavam certas e 5 ficaram em Se os números estão entre si na proporção de 3 para 4,
branco. Logo, o número de questões erradas é: então um deles é 3p e o outro é 4p.

50 – 35 – 5 = 10 Deste modo, a soma dos quadrados fica sendo:


(3p)2 + (4p)2 = 100
Assim, a razão do número de questões certas (35) para 9p2 + 16p2 = 100
25p2 = 100
35 7 p = 4 → p = 2 (pois os números
2
o de erradas (10) é = ou 7 para 2.
10 2 são positivos)

2. Calcular dois números positivos na proporção de 2 para Portanto, os dois números são:
5 sabendo que a diferença do maior para o menor é 42.
3p = 3 × 2 = 6
Solução: e
Sejam x o menor e y o maior dos números pro­curados. 4p = 4 × 2 = 8
A proporção nos mostra que x está para 2 assim como
y está para 5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Então, podemos dizer que:
x tem 2 partes ....................... (x = 2p) 1. Calcule a quarta proporcional dos números dados:
Matemática

enquanto y tem 5 partes ........ (y = 5p) 1 1 1


a) 2; 5 e 10 b) 3; 4 e 5 c) ; e
Mas como a diferença y – x deve valer 42, teremos: 2 3 4
42 2. Calcule a terceira proporcional dos números dados:
5p − 2p = 42 → 3p = 42 → p = → p = 14 1 1
3 a) 3 e 6 b) 4 e 12 c) e
y x 2 4

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3. Calcule a média proporcional entre os números dados: DIVISÃO PROPORCIONAL
1
a) 3 e 12 b) 6 e 24 c) e 128
2
Grandezas Diretamente Proporcionais
4. Determine dois números na proporção de 3 para 5,
sabendo que a soma deles é 48.
5. Determine dois números na proporção de 3 para 5, sa- Dada a sucessão de valores (a1, a2, a3, a4, ...), dizemos
bendo que o segundo supera o primeiro em 60 unidades. que estes valores são diretamente proporcionais aos cor-
6. A razão entre dois números é igual a 4/5. Determine-os respondentes valores da sucessão (b1, b2, b3, b4, ...) quando
sabendo que eles somam 72. forem iguais as razões entre cada valor de uma das sucessões
7. A razão entre dois números é igual a 4/5. Determine- e o valor correspondente da outra.
-os sabendo que o segundo supera o primeiro em 12
unidades.
a1 a 2 a 3
8. Determine dois números na proporção de 2 para 7 sa- = = =.....
bendo que o dobro do primeiro mais o triplo do segundo b1 b 2 b 3
resulta igual a 100.
9. Determine dois números na proporção de 2 para 7 sa- O resultado constante das razões obtidas de duas su-
bendo que o quíntuplo do primeiro supera o segundo cessões de números diretamente proporcionais é chamado
em 48 unidades. de fator de proporcio­nalidade.
10. Dois números positivos encontram-se na proporção de
11 para 13. Determine-os sabendo que a soma de seus
quadrados resulta igual a 29.000. Exemplo:
11. Dois números negativos encontram-se na proporção Os valores 6, 7, 10 e 15, nesta ordem, são diretamente
de 7 para 3. Determine-os sabendo que o quadrado do proporcionais aos valores 12, 14, 20 e 30 respectiva-
primeiro supera o quadrado do segundo em 360. 15
12. Dois números inteiros encontram-se na proporção de mente, pois as razões 6 , 7 , 10 e são todas iguais,
12 14 20 30
3 para 5. Determine-os sabendo que o produto deles é
1
igual a 60. sendo igual a o fator de proporcionalidade da primeira
13. Encontre os três números proporcionais a 5, 6 e 7, sa- 2
bendo que a soma dos dois menores é igual a 132. para a segunda.
14. Encontre os três números proporcionais a 3, 4 e 5, tais
que a diferença entre o maior deles e o menor é igual a
40. Como se pode observar, as sucessões de números
15. Três números proporcionais a 5, 6 e 7 são tais que a diretamente proporcionais formam proporções múltiplas
diferença do maior para o menor supera em 7 unida- (já vistas no capítulo de razões e proporções). Assim sendo,
des a diferença entre os dois maiores. Quais são estes podemos aproveitar todas as técnicas estudadas no capítulo
números? sobre proporções para resolver problemas que envolvam
16. Três números são tais que o primeiro está para o se- grandezas diretamente proporcionais.
gundo assim como 2 está para 5 enquanto a razão do
terceiro para o primeiro é 7/2. Quais são estes números,
se a soma dos dois menores é igual a 49? Grandezas Inversamente Proporcionais
17. Para usar certo tipo de tinta concentrada, é necessário
diluí-la em água na proporção de 3 : 2 (proporção de Dada a sucessão de valores (a1, a2, a3, a4, ...), todos dife-
tinta concentrada para água). Sabendo que foram com- rentes de zero, dizemos que estes valores são inversamente
prados 9 litros dessa tinta concentrada, quantos litros
de tinta serão obtidos após a diluição na proporção proporcionais aos correspondentes valores da sucessão (b1,
recomendada? b2, b3, b4, ...), todos também diferentes de zero, quando forem
18. Três números são proporcionais a 2, 3 e 5 respectiva- iguais os produtos entre cada valor de uma das sucessões e
mente. Sabendo que o quíntuplo do primeiro, mais o o valor correspondente da outra.
triplo do segundo, menos o dobro do terceiro resulta
18, quanto vale o maior deles? Exemplo:
19. Dois números estão entre si na razão inversa de 4 para
Os valores 2, 3, 5 e 12 são inversamente proporcionais
5. Determine-os sabendo que a soma deles é 36.
20. A diferença entre dois números é 22. Encontre estes aos valores 30, 20, 12 e 5, nesta ordem, pois os produtos
números, sabendo que eles estão entre si na razão 2 × 30, 3 × 20, 5 × 12 e 12 × 5 são todos iguais.
inversa de 5 para 7.
Relação entre Proporção Inversa e Proporção
GABARITO
Direta
1. a) 25; b) 20/3; c) 1/6 2. a) 12; b) 36; c) 1/8
3. a) 6; b) 12; c) 8 4. 18 e 30 Sejam duas sucessões de números, todos diferentes
5. 90 e 150 6. 32 e 40 de zero. Se os números de uma são inversamente propor-
7. 48 e 60 8. 8 e 28 cionais aos números da outra, então os números de uma
9. 32 e 112 10. 110 e 130
Matemática

11. –21 e –9 12. 6 e 10 ou –6 e –10 delas serão diretamente proporcionais aos inversos dos
13. 60, 72 e 84 14. 60, 80 e 100 números da outra.
15. 35, 42 e 49 16. 14, 35 e 49 Esta relação nos permite trabalhar com sucessões de
17. 15 litros 18. 10 números inversamente proporcionais como se fossem dire-
19. 20 e 16 20. 77 e 55 tamente proporcionais.

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Divisão em Partes Proporcionais Indicando as partes procuradas por:

1º caso: Divisão em partes diretamente proporcionais A = 2p, B = 3p e C= 4p


Dividir um número N em partes diretamente A+B+C = 45 → 2p + 3p + 4p = 45 → 9p = 45 →
proporcionais ao números a, b, c, ..., significa p=5
encontrar os números A, B, C, ..., tais que
Assim, concluímos que: A = 2p = 2 × 5 = 10,
A B C
= = =... B = 3p = 3 × 5 = 15 e
a b c C = 4p = 4 × 5 = 20
A + B + C + ... = N
2º caso: Divisão em partes inversamente proporcionais
Exercícios Resolvidos
Dividir um número N em partes inversamente
1. Dividir o número 72 em três partes diretamente propor­ proporcionais a números dados a, b, c,..., significa
cionais aos números 3, 4 e 5. encontrar os números A, B, C, ... tais que
a × A = b × B = c × C = ...
Indicando por A, B, e C as partes procuradas, temos que:
e
A = 3p, B = 4p, C = 5p e A+B+C = 72
A + B + C + ... = N
portanto: 3p + 4p + 5p = 72 → 12p = 72 → p = 6
valor de A → 3p = 3 × 6 = 18 4. Dividir 72 em partes inversamente proporcionais aos
números 3, 4 e 12.
valor de B → 4p = 4 × 6 = 24
valor de C → 5p = 5 × 6 = 30 Usando a relação entre proporção inversa e proporção
direta vista na página 70, podemos afirmar que as
Portanto, as três partes procuradas são 18, 24 e 30. partes procuradas serão diretamente proporcionais a
1 1 1.
2. Dividir o número 46 em partes diretamente proporcio- , e
1 2 3 3 4 12
nais aos números , e .
2 3 4 Reduzindo as frações ao mesmo denominador, teremos:
Reduzindo as frações ao mesmo denominador, teremos: 4 3 1
, e
12 12 12
6 8 9
, e
12 12 12
Desprezar os denominadores (iguais) manterá as pro-
porções e ainda simplificará nossos cálculos.
Desprezar os denominadores (iguais) não afetará os Então, poderemos dividir 72 em partes diretamente
resultados finais, pois a proporção será mantida e ainda proporcionais a 4, 3 e 1 (numeradores).
simplificará nossos cálculos. Indicando por A, B e C as três partes procuradas, te-
Então, poderemos dividir 46 em partes diretamente remos:
proporcionais a 6, 8 e 9 (os numeradores).
Indicando por A, B e C as três partes procuradas, te- A = 4p, B = 3p, C = 1p
remos: A + B + C = 72 → 4p + 3p + 1p = 72 →
8p = 72 → p = 9
A = 6p, B = 8p, C = 9p
Assim, concluímos que: A = 4p = 4 × 9 = 36,
A + B + C = 46 → 6p + 8p + 9p = 46 → 23p = 46 → p = 2
B = 3p = 3 × 9 = 27 e
Assim, concluímos que: A = 6p = 6 × 2 = 12, C = 1p = 1 × 9 = 9.
B = 8p = 8 × 2 = 16 e
Portanto, as partes procuradas são 36, 27 e 9.
C = 9p = 9 × 2 = 18
3º caso: Divisão composta direta
As partes procuradas são 12, 16 e 18.
Chamamos de divisão composta direta à divisão
3. Dividir o número 45 em partes diretamente proporcio- de um número em partes que devem ser direta-
nais aos números 200, 300 e 400. mente proporcionais a duas ou mais sucessões
de números dados, cada uma.
Inicialmente dividiremos todos os números dados por Para efetuarmos a divisão composta direta,
100. Isto não alterará a proporção com as partes procu- devemos:
radas, mas simplificará os nossos cálculos. 1º) encontrar uma nova sucessão onde cada
Matemática

valor será o produto dos valores correspon-


(200, 300, 400) ÷ 100 = (2, 3, 4) dentes das sucessões dadas;
2º) efetuar a divisão do número em partes dire-
Então poderemos dividir 45 em partes diretamente tamente proporcionais aos valores da nova
proporcionais aos números 2, 3 e 4. sucessão encontrada.

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5. Dividir o número 270 em três partes que devem ser dire- EXERCÍCIOS PROPOSTOS
tamente proporcionais aos números 2, 3 e 5 e também
diretamente proporcionais aos números 4, 3 e 2, respec-
1. Determine x, y e z de modo que as sucessões (15, x, y,
tivamente.
z) e (3, 8, 10, 12) sejam diretamente propor­cionais.
Indicando por A, B e C as três partes procuradas, devemos ter: 2. Determine x, y e z de modo que as sucessões (x, 32, y,
z) e (3, 4, 7, 9) sejam diretamente proporcionais.
A será ser proporcional a 2 e 4 → 2 × 4 = 8 → A = 8p
3. Determine x e y de modo que as sucessões (20, x, y) e
B será ser proporcional a 3 e 3 → 3 × 3 = 9 → B = 9p
(3, 4, 5) sejam inversamente proporcionais.
C será ser proporcional a 5 e 2 → 5 × 2 = 10 → C = 10p
4. Determine x, y e z de modo que as sucessões (6, x, y, z)
e (20, 12, 10, 6) sejam inversamente propor­cionais.
A + B + C = 270 → 8p + 9p + 10p = 270
5. Determine x e y de modo que as sucessões (3, x, y) e (4,
27p = 270 → p = 10
6, 12) sejam inversamente proporcionais.
A = 8p = 8 × 10 = 80
6. Dividir 625 em partes diretamente proporcionais a 5, 7
B = 9p = 9 × 10 = 90
e 13.
C = 10p = 10 × 10 = 100
7. Dividir 1.200 em partes diretamente proporcionais a 26,
34 e 40.
Portanto, as três partes procuradas são: 80, 90 e 100.
8. Dividir 96 em partes diretamente proporcionais a 1,2;
2 e 8.
4º caso: Divisão composta mista
5
Chamamos de divisão composta mista à divisão 9. Dividir 21 em partes inversamente proporcionais a
de um número em partes que devem ser direta- 3 e 4.
mente proporcionais aos valores de uma sucessão 10. Dividir 444 em partes inversamente proporcionais a 4,
dada e inversamente proporcionais aos valores 5 e 6.
de uma outra sucessão dada. 11. Dividir 1.090 em partes inversamente proporcionais a
Para efetuarmos uma divisão composta mista,
devemos: 2 4 7
, e .
1º) inverter os valores da sucessão que indica 3 5 8
proporção inversa, recaindo assim num caso
de divisão composta di­reta; 12. Dividir 108 em partes diretamente proporcionais a 2 e
3 e inversamente proporcionais a 5 e 6.
2º) aplicar o procedimento explicado anterior-
mente para as divisões compostas diretas. 13. Dividir 560 em partes diretamente proporcionais a 3,
6 e 7 e inversamente proporcionais a 5, 4 e 2.
6. Dividir o número 690 em três partes que devem ser direta- 14. Repartir uma herança de R$ 460.000,00 entre três pes-
mente proporcionais aos números 1, 2 e 3 e inversamente soas na razão direta do número de filhos de cada uma e
proporcionais aos números 2, 3 e 4, respectivamente. na razão inversa das idades delas. As três pessoas têm,
respectivamente, 2, 4 e 5 filhos e as idades respectivas
Invertendo os valores da sucessão que indica proporção são 24, 32 e 45 anos.
inversa, obtemos: 15. Dois irmãos repartiram uma herança em partes direta-
mente proporcionais às suas idades. Sabendo que cada
1 1 1 um deles ganhou, respectivamente, R$ 3.800,00 e R$
, e 2.200,00, e que as suas idades somam 60 anos, qual é
2 3 4
a idade de cada um deles?
Reduzindo as frações a um denominador comum, teremos:
GABARITO
6 4 3
, e → 6, 4 e 3
12 12 12 1. X = 40, Y = 50 e Z = 60
2. X = 24, Y = 56 e Z = 72
3. X = 15 e Y = 12
Então, indicando por A, B e C as três partes pro­curadas,
4. X = 10, Y = 12 e Z = 20
devemos ter:
5. X = 2 e Y = 1
A será proporcional a 1 e 6 → 1 × 6 = 6 → A = 6p 6. 125, 175 e 325
B será proporcional a 2 e 4 → 2 × 4 = 8 → B = 8p 7. 312, 408 e 480
C será proporcional a 3 e 3 → 3 × 3 = 9 → C = 9p 8. 12, 4 e 80
9. 12 e 9
A + B + C = 690 → 6p + 8p + 9p = 690 10. 180, 144 e 120
Matemática

→ 23p = 690 → p = 30 11. 420, 350 e 320


A = 6p = 6 × 30 = 180, B = 8p = 8 × 30 = 240 e 12. 48 e 60
C = 9p = 9 × 30 = 270 13. 60, 150 e 350
14. R$ 120.000,00, R$ 180.000,00 e R$ 160.000,00
Portanto, as três partes procuradas são: 180, 240 e 270. 15. 38 anos e 22 anos

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REGRA DE TRÊS Exemplo:
Considere as duas grandezas variáveis:
Chamamos de regras de três ao processo de cál­culo
utilizado para resolver problemas que envolvam duas ou mais FH
Velocidade de
um automóvel
IK FH
Tempo de duração
da viagem
IK
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Quando o problema envolve somente duas grandezas é
costume denominá-lo de problema de regra de três simples. A 20 km/h............ a viagem dura.......... 6 horas
A 40 km/h............ a viagem dura.......... 3 horas
Exemplos: A 60 km/h............ a viagem dura.......... 2 horas
Se um bilhete de ingresso de cinema custa R$ 5,00, então,
quanto custarão 6 bilhetes? Observamos que quando a velocidade tornou-se o
As grandezas são: o número de bilhetes e o preço dos dobro, o triplo do que era, o tempo de duração da viagem
bilhetes. tornou-se correspondente­mente a metade, a terça parte
do que era. Portanto, as grandezas “velocidade” e “tempo
Um automóvel percorre 240 km em 3 horas. Quantos de duração da viagem” são inversamente proporcionais.
quilômetros ele percorrerá em 4 horas?
As grandezas são: distância percorrida e tempo ne- Cuidado!
cessário. Não basta observar que o aumento de uma das gran-
dezas implique no aumento da outra. É preciso que
Poderemos chamar a regra de três simples de direta exista proporção.
ou inversa, dependendo da relação existente entre as duas
grandezas envolvidas no problema. Por exemplo, aumentando o lado de um quadrado, a
Quando o problema envolve mais de duas grandezas
área do mesmo também aumenta. Mas não há pro-
é costume denominá-lo de problema de regra de três
porção, pois ao dobrarmos o valor do lado, a área não
composta.
dobra e sim quadruplica!
Exemplo:
Se 5 homens trabalhando durante 6 dias constroem Grandezas Proporcionais a Várias Outras
300m de uma cerca, quantos homens serão necessários
para construir mais 600m desta cerca em 8 dias? Uma grandeza variável é proporcional a várias outras se
A grandezas são: o número de homens, a duração do for diretamente ou inversamente proporcional a cada uma
trabalho e o comprimento da parte construída. dessas outras, quando as demais não variam.

Para resolver um problema qualquer de regra de três Exemplo:


devemos ini­cialmente determinar que tipo de relação de O tempo necessário para construir certo trecho de uma
proporção existe entre a grandeza cujo valor pretendemos ferrovia é diretamente proporcional ao comprimento
determinar e as demais grandezas. do trecho considerado e inversamente proporcional ao
número de operários que nele trabalham.
Relação de Proporção Direta
Observe:
Duas grandezas variáveis mantêm relação de propor- 1º) Vamos fixar o comprimento do trecho feito.
ção direta quando aumentando uma delas para duas, três, Em 30 dias, 10 operários fazem 6 km.
quatro etc. vezes o seu valor, a outra também aumenta res- Em 15 dias, 20 operários também fazem 6 km.
pectivamente para duas, três, quatro etc. vezes o seu valor. Em 10 dias, 30 operários também fazem 6 km.

Exemplo: Aqui, observa-se que o tempo é inversamente


Considere as duas grandezas variáveis: propor­cional ao número de operários.

(comprimento de um tecido) (preço de venda da peça) 2º) Agora vamos fixar o número de operários.
30 operários, em 10 dias, fazem 6 km.
1 metro ............custa .......................... R$ 10,00 30 operários, em 20 dias, farão 12 km.
2 metros.............custam ....................... R$ 20,00 30 operários, em 30 dias, farão 18 km.
3 metros ............custam ....................... R$ 30,00
4 metros ............custam ....................... R$ 40,00 Agora, vemos que o tempo é diretamente propor-
cional ao comprimento do trecho feito.
Observamos que quando o comprimento do tecido
tornou-se o dobro, o triplo etc., o preço de venda da peça PROPRIEDADE
também aumentou na mesma proporção. Portanto as gran-
dezas “comprimento do tecido” e “preço de venda da peça” Se uma grandeza for diretamente proporcio­nal a algu-
são diretamente proporcionais. mas grandezas e inversamente proporcional a outras,
então, a razão entre dois dos seus valores será igual:
Relação de Proporção Inversa ao produto das razões dos valores correspon-
Matemática

dentes das grandezas diretamente proporcionais a


Duas grandezas variáveis mantêm relação de proporção ela...
inversa quando aumentando uma delas para duas, três, ... multiplicado pelo produto das razões in-
quatro etc. vezes o seu valor, a outra diminuir respectiva- versas dos valores correspondentes das grandezas
mente para metade, um terço, um quarto etc. do seu valor. inversamente proporcionais a ela.

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Exemplo: A flecha do x indica que seu valor, inicialmente, era
Vimos no exemplo anterior que o tempo necessário para R$ 30,00:
construir certo trecho de uma ferrovia é diretamente inicialmente tinha-se x = 30
proporcional ao comprimento do trecho considerado
e inversamente proporcional ao número de operários A outra flecha (a da quantidade de tecido) indica uma
que nele trabalham. fração, apontando sempre do numerador para o deno-
minador. Como neste exemplo a flecha aponta do 33
Vimos também, entre outros, os seguintes valores 33
correspondentes: para o 5 a fração é . Esta fração nos dá a variação
5

(Tempo (Comprimento do (Número de causada em x (o preço) pela mudança da outra grandeza


necessário) trecho construído) operários) (a quantidade de tecido comprado).

30 dias 6 km 10 Multiplicando o valor inicial de x por esta fração pode-


20 dias 12 km 30 mos armar a igualdade que nos dará o valor final de x:

Aplicando a propriedade vista acima, teremos: 33


x = 30 × ⇒ x = 198
5
30 6 30
= × (verifique a igualdade!)
20 12 10 Portanto, os 33 metros de tecido custarão R$ 198,00.

Exercícios Resolvidos 2. Em 180 dias 24 operários constroem uma casa. Quantos


operários serão necessários para fazer uma casa igual
1. Se 5 metros de certo tecido custam R$ 30,00, quanto em 120 dias?
custarão 33 metros do mesmo tecido?
Solução:
Solução: O problema envolve duas grandezas, tempo de constru-
O problema envolve duas grandezas, quantidade de ção e número de operários necessários.
tecido comprada e preço total da compra. Montaremos, então uma tabela com duas colunas, uma
Podemos, então, montar a seguinte tabela com duas para cada grandeza:
colunas, uma para cada grandeza:
Tempo (em dias) Nº de operários
Quant. de tecido Preço total 180..................................... 24
(em metros) (em R$) 120.......................................x
5..................................... 30,00
33........................................x Na coluna onde a incógnita x aparece, vamos colocar
uma flecha apontada para o valor inicial do x que é 24:
Na coluna onde a incógnita x aparece, vamos colocar
uma flecha: Tempo (em dias) Nº de operários
180..................................... 24
Quant. de tecido Preço total 120.......................................x ↑
(em metros) (em R$)
5..................................... 30,00 Lembre-se que esta flecha está indicando que se o tem-
33........................................x ↑ po de construção permanecesse o mesmo, o número de
operários necessá­rios, x, continuaria sendo 24.
Note que a flecha foi apontada para o R$ 30,00 que é Agora, devemos avaliar o modo como a variação no
o valor inicial do x indicando que se a quantidade de tempo de construção afetará o número de operários
tecido comprado não fosse alterada, o preço total da necessários:
compra, x, continuaria sendo R$ 30,00.
Agora devemos avaliar o modo como a variação na - Quanto menos tempo houver para realizar a obra,
quantidade de tecido afetará o preço total: proporcionalmente maior será o número de operários
necessários. Assim as grandezas tempo de construção e
- Quanto mais tecido comprássemos, proporcionalmente número de operários são inversamente proporcionais.
maior seria o preço total da compra. Assim as grandezas
preço total e quantidade de tecido são diretamente Na tabela onde estamos representando as variações das
proporcionais. grandezas, isto será indicado colocando-se uma flecha
na coluna da quantidade de tecido no sentido inverso
Na tabela onde estamos representando as variações das ao da flecha do x.
grandezas, isto será indicado colocando-se uma flecha
na coluna da quantidade de tecido no mesmo sentido Tempo (em dias)................ Nº de operários
da flecha do x. 180..................................... 24
Matemática

↓ 120.......................................x ↑
Quant. de tecido Preço total
(em metros) (em R$) A flecha do x indica que seu valor, inicialmente, era 24:
5..................................... 30,00
↑ 33........................................x ↑ inicialmente, tinha-se x = 24

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Como no exercício anterior, a outra flecha indica uma EXERCÍCIOS PROPOSTOS
fração que nos dá a variação causada em x (o número de
operários) pela mudança da outra grandeza (o tempo) 1. Julgue os itens abaixo em Certos ou Errados.
apontando sempre do numerador para o denominador. ( ) Dadas duas grandezas diretamente proporcionais,
Como neste exemplo a flecha aponta do 180 para o 120 a quando uma delas aumenta a outra também au-
180
fração é . menta na mesma proporção.
120 ( ) Dadas duas grandezas diretamente proporcionais,
quando uma delas diminui a outra aumenta na
Multiplicando o valor inicial de x por esta fração, arma- mesma proporção.
mos a seguinte igualdade que nos dará o valor final de x: ( ) Dadas duas grandezas inversamente proporcionais,
quando uma delas aumenta a outra diminui na
180 mesma proporção.
x = 24 × ⇒ x = 36
120 ( ) Dadas duas grandezas inversamente proporcionais,
quando uma delas diminui a outra também diminui
Portanto, serão necessários 36 operários para fazer a na mesma proporção.
casa em 120 dias.
2. Julgue os itens abaixo em Certos ou Errados.
3. Em 12 dias de trabalho, 16 costureiras fazem 960 calças. ( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao duplicarmos
Em quantos dias 12 costureiras poderão fazer 600 calças o valor de A, o valor de B também duplica então A
iguais às primeiras? e B são grandezas diretamente proporcionais.
( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao reduzirmos
Solução: para um terço o valor de A, o valor de B também
O problema envolve três grandezas, tempo necessário reduz-se para um terço, então A e B são grandezas
para fazer o trabalho, número de costureiras emprega- inversamente proporcionais.
das e quantidade de calças produzidas. ( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao triplicarmos
Podemos, então, montar uma tabela com três colunas, o valor de A, o valor de B fica reduzido para um terço
uma para cada grandeza: do que era, então A e B são grandezas inversamente
proporcionais.
Tempo Nº de Quantidade ( ) Se A é uma grandeza inversamente proporcional à
(em dias) costureiras de calças grandeza B, então B é diretamente proporcional a A.
12 16 960 ( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao aumen-
↑ x 12 600 tarmos o valor de A em x unidades, o valor de B
também aumenta em x unidades então A e B são
Para orientar as flechas das outras duas grandezas é grandezas diretamente proporcionais.
preciso compará-las uma de cada vez com a grandeza
do x e de tal forma que, em cada comparação, conside- 3. Determine, em cada caso, se a relação entre as grandezas
raremos como se as demais grandezas permanecessem é de proporção direta (D) ou inversa (I).
constantes. a) O número de máquinas funcionando e a quantidade
- Quanto menos costureiras forem empregadas maior de peças que elas produzem durante um mês. ( )
será o tempo necessário para fazer um mesmo servi- b) O número de operários trabalhando e o tempo que
ço. Portanto, número de costureiras é inversamente levam para construir uma estrada de 10 km. ( )
proporcional ao tempo.
c) A velocidade de um ônibus e o tempo que ele leva
- Quanto menor a quantidade de calças a serem fei-
para fazer uma viagem de Brasília a São Paulo. ( )
tas menor também será o tempo necessário para
d) A velocidade de um ônibus e a distância percorrida
produzi-las com uma mesma equipe. Portanto, a
quantidade de calças produzidas e o tempo ne­ por ele em três horas. ( )
cessário para fazê-las são diretamente proporcionais. e) A quantidade de ração e o número de animais que
podem ser alimentados com ela durante uma sema-
Tempo Nº de Quantidade na. ( )
(em dias) costureiras de calças f) O tamanho de um tanque e o tempo necessário para
12 16 960 enchê-lo. ( )
↑ x ↓ 12 ↑ 600 g) O número de linhas por página e o total de páginas
de um livro. ( )
A flecha do x, como sempre, está indicando o seu valor h) A eficiência de um grupo de operários e o tempo
inicial (x = 12). necessário para executarem certo serviço. ( )
As outras duas flechas indicam frações que nos dão as i) A dificuldade de uma tarefa e o tempo necessário
variações causadas em x (o tempo) pelas mudanças das para uma pessoa executá-la. ( )
outras grandezas (o número de costureiras e a quantida- j) A facilidade de uma tarefa e o tempo necessário para
de de calças). Lembre-se de que elas apontam sempre uma pessoa executá-la. ( )
do numerador para o denominador. k) O número de horas trabalhadas por dia e a quanti-
Multiplicando o valor inicial de x por estas frações, temos dade de trabalho feito em uma semana. ( )
a igualdade que nos dará o valor final de x: l) O número de horas trabalhadas por dia e o número
Matemática

de dias necessário para fazer certo trabalho. ( )


16 600
x = 12 × × ⇒ x = 10
12 960 4. (Cespe/MPU/Assistente/1996) É comum em nosso
cotidiano surgirem situações-problema que envolvem
Portanto, serão necessários 10 dias para fazer o serviço relações entre grandezas. Por exemplo, ao se decidir a
nas novas condições do problema. quantidade de tempero que deve ser usada na comida,

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a quantidade de pó necessária para o café, a velocidade 18. Um gato está 72m à frente de um cão que o persegue.
com que se deve caminhar ao atravessar uma rua etc., Enquanto o gato corre 7m, o cão corre 9m. Quantos
está-se relacionando, mentalmente, grandezas entre si, metros o cão deverá percorrer para diminuir a metade
por meio de uma proporção. Em relação às proporções, da terça parte da distância que o separa do gato?
julgue os itens abaixo. 19. Um gato persegue um rato. Enquanto o gato dá dois pulos,
( ) A quantidade de tinta necessária para fazer uma o rato dá 3, mas, cada pulo do gato vale dois pulos do rato.
pintura depende diretamente da área da região a Se a distância entre eles, inicialmente, é de 30 pulos de
ser pintada. gato, quantos pulos o gato terá dado até alcançar o rato?
( ) O número de pintores e o tempo que eles gastam 20. Um gato e meio come uma sardinha e meia em um
para pintar um prédio são grandezas inversamente minuto e meio. Em quanto tempo 9 gatos comerão uma
proporcionais. dúzia e meia de sardinhas?
21. Se 2/5 de um trabalho foram feitos em 10 dias por
( ) A medida do lado de um triângulo equilátero e o
24 operários que trabalhavam 7 horas por dia, então
seu perímetro são grandezas diretamente propor-
quantos dias serão necessários para terminar o trabalho,
cionais. sabendo que 4 operários foram dispensados e que o
( ) O número de ganhadores de um único prêmio de restante agora trabalha 6 horas por dia?
uma loteria e a quantia recebida por cada ganhador 22. Um grupo de 15 mineiros extraiu em 30 dias 3,5 tone-
são grandezas inversamente proporcionais. ladas de carvão. Se esta equipe for aumentada para 20
( ) A velocidade desenvolvida por um automóvel e mineiros, em quanto tempo serão extraídos 7 toneladas
o tempo gasto para percorrer certa distância são de carvão?
grandezas diretamente proporcionais. 23. Dois cavalos, cujos valores são considerados como
diretamente proporcionais às suas forças de trabalho
5. Se 3 kg de queijo custam R$ 24,60, quanto custarão 5 e inversamente proporcionais às suas idades, têm o
kg deste queijo? primeiro, 3 anos e 9 meses e o segundo, 5 anos e 4
6. Se 3 kg de queijo custam R$ 24,60, quanto deste queijo meses de idade. Se o primeiro, que tem 3/4 da força
poderei comprar com R$ 53,30? do segundo, foi vendido por R$ 480,00, qual deve ser o
7. Cem quilogramas de arroz com casca fornecem 96 kg preço de venda do segundo?
de arroz sem casca. Quantos quilogramas de arroz com 24. Se 27 operários, trabalhando 6 horas por dia levaram
casca serão necessários para produzir 300 kg de arroz 40 dias para construir um parque de formato retangular
sem casca? medindo 450m de comprimento por 200m de largura,
8. Em 8 dias 5 pintores pintam um prédio inteiro. Se fossem quantos operários serão necessários para construir um
3 pintores a mais, quantos dias seriam necessários para outro parque, também retangular, medindo 200m de
pintar o mesmo prédio? comprimento por 300m de largura, em 18 dias e traba-
lhando 8 horas por dia?
9. Um veículo trafegando com uma velocidade média de 60
25. Uma turma de 15 operários pretende terminar em 14
km/h, faz determinado percurso em duas horas. Quanto
dias certa obra. Ao cabo de 9 dias, entretanto, fizeram
tempo levaria um outro veículo para cumprir o mesmo somente 1/3 da obra. Com quantos operários a turma
percurso se ele mantivesse uma velocidade média de original deverá ser reforçada para que a obra seja con-
80 km/h? cluída no tempo fixado?
10. Uma roda-d’água dá 390 voltas em 13 minutos. Quantas
voltas terá dado em uma hora e meia?
11. Duas rodas dentadas estão engrenadas uma na outra.
GABARITO
A menor delas tem 12 dentes e a maior tem 78 dentes.
Quantas voltas terá dado a menor quando a maior der 1. C-E-C-E
10 voltas? 2. C-E-C-E-E
12. Qual é a altura de um edifício que projeta uma sombra 3. D-I-I-D-D-D-I-I-D-I-D-I
de 12m, se, no mesmo instante, uma estaca vertical de 4. V-V-V-V-F
1,5m projeta uma sombra de 0,5m? 5. R$ 41,00
13. Se um relógio adianta 18 minutos por dia, quanto terá 6. 6,5kg
7. 312,5kg
adiantado ao longo de 4h 40min?
8. 5 dias
14. Um relógio que adianta 15 minutos por dia estava mar-
9. 1h 30min
cando a hora certa às 7h da manhã de um certo dia. 10. 2.700 voltas
Qual será a hora certa quando, neste mesmo dia, este 11. 65 voltas
relógio estiver marcando 15h 5min? 12. 36m
15. Um comerciante comprou duas peças de um mesmo 13. 3min 30s
tecido. A mais comprida custou R$ 660,00 enquanto a 14. 15h
outra, 12 metros mais curta, custou R$ 528,00. Quanto 15. 60 metros
media a mais comprida? 16. Para 3/4 da quantidade original
16. Um navio tinha víveres para uma viagem de 15 dias. 17. 110m
Três dias após o início da viagem, contudo, o capitão do 18. 54m
navio recebe a notícia de que o mau tempo previsto para 19. 120 pulos
o resto da viagem deve atrasá-la em mais 4 dias. Para 20. 3 minutos
Matemática

quanto terá de ser reduzida a ração de cada tripulante? 21. 21 dias


17. Um rato está 30 metros à frente de um gato que o per- 22. 45 dias
segue. Enquanto o rato corre 8m, o gato corre 11m. Qual 23. R$ 450,00
a distância que o gato terá de percorrer para alcançar o 24. 30 operários
rato? 25. 39 operários

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PORCENTAGENS Logo:

Razão Centesimal x 20
x é 20% de 250 ↔ =
250 100
Chamamos de razão centesimal a toda razão cujo con- 100 . x = 20 × 250
sequente (denominador) seja igual a 100.
20 × 250 5000
x= = = 50
Exemplos: 100 100
37 em cada 100 → 37/100 x = 50
19 em cada 100 → 19/100
Então, 20% de 250 dá 50.
Diversas outras razões não centesimais podem ser facil-
mente reescritas na forma centesimal. 2) 30 é igual a 20% de quanto?

Exemplos: Solução: Da definição de porcentagem temos:


3 em cada 10 → 3/10 = 30/100 → 30 em cada 100
30 20
2 em cada 5 → 2/5 = 40/100 → 40 em cada 100 30 é 20% de x ↔ =
1 em cada 4 → 1/4 = 25/100 → 25 em cada 100 x 100
20 . x = 30×100
Outros nomes usados para uma razão centesimal são
razão porcentual, índice porcentual e percentil. 100 × 30
x= = 150
20
Forma Porcentual Portanto, 30 é igual a 20% de 150.

Uma razão centesimal pode ser indicada na forma por- 3) 21 representa quanto por cento de 15?
centual anotando-se o antecedente (numerador) da razão
centesimal seguido do símbolo % (lê-se “por cento”). Solução: Da definição de porcentagem temos:
21 x
21 é x% de 15 ↔ =
Exemplos: 15 100

12 15 . x = 21 × 100
100
= 12% (doze por cento)
2100
3 x= = 140
= 3% (três por cento) 15
100

Porcentagem Logo, 21 representa 140% de 15.

Dados dois números quaisquer, A e B (B ≠ 0) dizemos Forma Unitária


que A é igual a p% de B quando a razão A/B for igual a p%.
Além da forma porcentual, existe uma outra forma de
A p expressarmos uma razão porcentual a qual chamamos de
A é p% de B ↔ = forma unitária.
B 100 A forma unitária da razão p/100 é o número decimal
que obtemos dividindo o valor p por 100.
Na expressão acima, o valor B é a referência do cálculo
porcentual. Dizemos então que A é uma porcentagem do Exemplos:
número B. 23% = 23/100 = 0,23
Todo problema de porcentagens depende, basicamente, 6% = 6/100 = 0,06
de determinarmos um dos valores dados na expressão acima, 133% = 133/100 = 1,33
A, B ou p em função dos outros dois. 0,5% = 0,5/100 = 0,005

Observação: Aumentos e Reduções Porcentuais


Nas questões de concursos públicos é comum en-
contrarmos: Quando queremos calcular um aumento ou uma re-
- lucro, rendimento, desconto, abatimento, prejuízo dução de p% sobre determinado valor, é comum calcular o
etc. indicando uma porcentagem em situações resultado em duas etapas:
específicas;
- a expressão “principal” indicando o valor de refe- 1ª – Calculamos a porcentagem p% do valor dado.
rência que corresponde a 100%. 2ª – Adicionamos ou subtraímos do valor original a
porcentagem encontrada, para obter, respectivamente,
Matemática

o valor aumentado ou reduzido em p% do valor dado,


Exemplos:
conforme o caso desejado.
1) Calcular 20% de 250. Usando a forma unitária, poderemos calcular au­men­tos
e reduções percentuais de modo mais rápido, usando um
Solução: O número procurado é igual a 20% de 250. dos seguintes raciocínios:

32 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
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Para Calcular um Aumento de p%: Exercícios Resolvidos
Quando aumentamos em p% um valor V, ficamos com 1. A conta de um restaurante indicava uma despesa de R$
(100+p)% de V. 26,00 e trazia a seguinte observação: “Não incluí­mos os
Então, basta multiplicar o valor V pela forma decimal de 10% de serviço”. Calcular, em dinheiro, os 10% de serviço
(100+p)% para termos o resultado desejado. e o total da despesa se nela incluirmos a porcentagem
referente ao serviço.
Exemplos:
1) Aumentar o valor 230 em 30%. Solução:
Solução: (100+30)% = 130% = 1,30 Serviço =10% de 26,00 = 2,60
→ 230 × 1,30 = 299 Portanto, os 10% cobrados como serviço representam
R$ 2,60.
2) Aumentar o valor 400 em 3,4%. Incluindo esta porcentagem na despesa original, teremos:
Solução: (100+3,4)% = 103,4% = 1,034
→ 400 × 1,034 = 413,6 26,00 + 2,60 = 28,60
Assim, o total da despesa passa a ser de R$ 28,60.
Para Calcular uma Redução de p%:
2. Num laboratório, 32% das cobaias são brancas e as
Quando reduzimos em p% um valor V, ficamos com outras 204 são de cor cinza. Quantas cobaias há neste
(100 – p)% de V. laboratório?
Então, basta multiplicar o valor V pela forma decimal de
(100 – p)% para termos o resultado desejado. Solução:
O total de cobaias corresponde a 100%:
Exemplos:
1) Reduzir o valor 300 em 30%. brancas (32%) + cinza (x%) = total (100%)
Solução: (100 – 30)% = 70% = 0,70 32% + x% = 100%
→ 300 × 0,70 = 210 x% = 100% – 32% = 68%

2) Reduzir o valor 400 em 2,5%. Então, as 204 cobaias de cor cinza são 68% do total.
Solução: (100 – 2,5)% = 97,5% = 0,975 Chamando o total de cobaias de C, poderemos escrever:
→ 400 × 0,975 = 390
68% de C = 204
Aumentos Sucessivos: 68
× C = 204
100
Para aumentarmos um valor V sucessivamente em p1%, 204 ×100
p2 %, ...., pn %, de tal forma que cada um dos aumentos, a C= = 300
68
partir do segundo, incida sobre o resultado do aumento
C = 300
anterior, basta multiplicar o valor V sucessivamente pelas
formas unitárias de (100+p1 )%, (100+p2)%, ..... , (100+pn)% .
Portanto, há 300 cobaias no laboratório.
Exemplos: 3. O preço de um produto A é 30% maior que o de B e o preço
1) Aumentar o valor 2.000 sucessivamente em 10%, deste é 20% menor que o de C. Sabe-se que A, B e C custa-
20% e 30%. ram, juntos, R$ 28,40. Qual o preço de cada um deles?
Solução: 2.000 × 1,10 × 1,20 × 1,30 = 3.432
Solução:
2) Se o valor 4.000 sofrer três aumentos sucessivos de Digamos que os preços de A, B e C são a, b e c, respec-
5%, qual será o valor resultante? tivamente:
Solução: 4.000 × 1,05 × 1,05 × 1,05 = 4.630,5 a = (100%+30%) de b = 130% de b → a = 1,3 b
Reduções Sucessivas: b = (100% - 20%) de c = 80% de c → b = 0,8 c
Comparando as duas igualdades acima, temos:
Para reduzirmos um valor V sucessivamente em p1%,
p2 %, ...., pn %, de tal forma que cada uma das reduções, a b = 0,8c e a = 1,3b, portanto a = 1,3 × 0,8c
partir da segunda, incida sobre o resultado da anterior, basta a = 1,04c
multiplicar o valor V sucessivamente pelas formas decimais
de (100 – p1)%, (100 – p2)% , ..... , (100 – pn )% . O preço dos três, juntos, é R$ 28,40:

Exemplos: a + b + c = 28,40
1,04c + 0,8c + 1c = 28,40
1) Reduzir o valor 5.000 sucessivamente em 10%, 20%
2,84c = 28,40
e 30%.
Matemática

c = 10,00 (valor de C)
Solução: 5.000 × 0,90 × 0,80 × 0,70 = 2.520 b = 0,8c = 0,8 × 10 = 8,00 (valor de B)
a = 1,04c = 1,04 × 10 = 10,40 (valor de A)
2) Se o valor 4.000 sofrer três reduções sucessivas de
5%, qual será o valor resultante? Então, os preços são: A custa R$ 10,40, B custa R$ 8,00
Solução: 4.000 × 0,95 × 0,95 × 0,95 = 3.429,5 e C custa R$ 10,00.

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4. Uma mercadoria foi vendida com um lucro de 20% sobre EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a venda. Qual o preço de venda desta mercadoria se o
seu preço de custo foi de R$ 160,00? 1. Em um concurso havia 15.000 homens e 10.000 mulhe-
res. Sabe-se que 60% dos homens e 55% das mulheres
Solução: foram aprovados. Do total de candidatos, quantos por
cento foram reprovados?
2. Uma cidade possui uma população de 100.000 habi-
A expressão “sobre a venda” significa que o valor de tantes, dos quais alguns são eleitores. Na eleição para a
referência para o cálculo porcentual do lucro, neste prefeitura da cidade havia 3 candidatos. Sabendo-se que
exercício, deverá ser o preço de venda (ao contrário o candidato A obteve 20% dos votos dos eleitores, que o
do que é comum!). Portanto, devemos fazer o preço de candidato B obteve 30%, que os votos nulos foram 10%,
venda corresponder a 100%. que o candidato C obteve 12.000 votos e que não houve
abstenções, a parte da população que não é eleitora é
Observe, então, o esquema: de quantos habitantes.
3. (Metrô/Técnico de Contabilidade/2ºG-IDR/1994) João,
Antônio e Ricardo são operários de uma certa empresa.
(Preço de Custo) + (Lucro) = (Preço de Venda)
Antônio ganha 30% a mais que João, e Ricardo, 10% a me-
x % + 20% = 100% nos que Antônio. A soma dos salários dos três, neste mês,
foi de R$ 4.858,00. Qual a quantia que coube a Antônio?
x % + 20% = 100% 4. Fiz em 50min o percurso de casa até a escola. Quanto
logo: x% = 80% tempo gastaria na volta, se utilizasse uma velocidade
20% menor?
Então, o preço de custo (R$ 160,00) corresponde a 80% 5. A população de uma cidade aumenta à taxa de 10% ao
do preço de venda (V): ano. Sabendo-se que em 1990 a população era de 200.000
hab.. Quantos habitantes esta cidade terá em 1994?
80% de V = 160,00 (custo) 6. (UnB/1993) A soma de dois números x e y é 28 e a razão
entre eles é de 75%. Qual é o maior desses números?
Resolvendo, nos dá: 7. Calcular:
a) 30% de 20% de 40% b) 81%
160 × 100
V= = 200 8. Um depósito de combustível de capacidade de 8m3
80 tem 75% de sua capacidade preenchida. Quantos m3
de combustível serão necessários para preenchê-lo?
O preço de venda foi de R$ 200,00 9. (CEF/1991) Num grupo de 400 pessoas, 70% são do
sexo masculino. Se, nesse grupo, 10% dos homens são
5. Para atrair fregueses, um supermercado anuncia por R$ casados e 20% das mulheres são casadas. Qual o número
10,00 um determinado produto que lhe custou R$ 13,00. de pessoas casadas?
Determine a taxa porcentual de prejuízo sobre o preço 10. (CEB/Contador/IDR/1994) Para obter um lucro de 25%
sobre o preço de venda de um produto adquirido por
de venda. R$ 615,00, o comerciante deverá vendê-lo por quanto?
11. (Metrô/Assist. Administrativo/IDR/1994) Uma merca-
Solução: doria custou R$ 100,00. Para obter-se um lucro de 20%
sobre o preço de venda, por quanto deverá ser vendida?
A expressão “sobre o preço de venda” significa que o 12. (TTN/2ºG/1989) Antônio comprou um conjunto de sofás
valor de referência para o cálculo porcen­tual do prejuízo com um desconto de 20% sobre o preço de venda. Saben-
deverá ser o preço de venda: do-se que o valor pago por Antônio foi de R$ 1.200,00,
de quanto era o preço de venda da mercadoria?
13. (TTN/1989) Um produto é vendido com um lucro bruto
Observe o esquema:
de 20%. Sobre o preço total da nota, 10% correspon­dem
a despesas. De quantos por cento foi o lucro líquido do
(Preço de Custo) – (Prejuízo) = (Preço de Venda) comerciante?
(100 + x) % – x% = 100% 14. Um cliente obteve de um comerciante desconto de 20%
no preço da mercadoria. Sabendo-se que o preço de
O valor do prejuízo, em dinheiro, pode ser determinado venda, sem desconto, é superior em 20% ao do custo,
pela diferença entre os preços de custo e de venda: pode-se afirmar que houve, por parte do comerciante
um lucro ou um prejuízo e de quanto?
13,00 – 10,00 = 3,00 15. Quanto por cento sobre o custo corresponde a um lucro
de 60% sobre a venda?
Assim, podemos dizer que o prejuízo (R$ 3,00) é igual a
x% do preço de venda (R$ 10,00): GABARITO
x% de 10 = 3 1. 42% 8. 2m3
2. 70.000 9. 52
Resolvendo a expressão, encontramos: 3. R$ 1.820,00 10. R$ 820,00
Matemática

4. 62min 30s 11. R$ 125,00


100× 3 5. 292.820 hab. 12. R$ 1.500,00
x= = 30
10 6. 16 13. 8%
7. a) 2,4% 14. Prejuízo de 4%
O porcentual de prejuízo sobre a venda é de 30%. b) 90% 15. 150%

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MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA 10 + 10 + 10 + 10
x=
4
Média Aritmética Simples 40
x = 10
=
Dada uma lista com n valores quaisquer, x1, x2, x3, ..., xn , 4
define-se a média aritmética simples desses n valores como
sendo a razão entre a soma deles e o número n de valores P2. A média aritmética de n valores não todos iguais é
considerados: sempre superior ao menor deles, e inferior ao maior deles.

x1 + x2 + x3 + ... + xn Exemplo:
x= A média aritmética dos valores iguais a 14, 18 e 19 é
n
superior a 14 (o menor deles) e inferior a 19 (o maior deles):
Por simplicidade é comum chamarmos a média aritmé- 14 + 18 + 19
tica simples apenas de média aritmética. x=
3
Exemplo: 51
x = 17
=
A média aritmética dos números 10, 12, 23, 31 e 44 é: 3
14 < x < 19
10 + 12 + 23 + 31 + 44
x=
5 P3. A média aritmética de uma sequência de valores
120 consecutivos é sempre igual à média entre o menor e o
x= maior deles.
5
x = 24 Exemplo:
A média aritmética dos valores 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21
Sequência Aritmética e 22 é igual à média entre 15 e 22:

Dizemos que uma fila de números é uma sequência arit- 15 + 16 + 17 + 18 + 19 + 20 + 21 + 22


x=
mética quando quaisquer três valores consecutivos dessa fila 8
são tais que a média aritmética do primeiro com o terceiro 148
é igual ao valor do segundo. = x = 18,5
8
Uma consequência da definição acima é que a diferença Que é igual a:
entre dois termos consecutivos será sempre uma constan- 15 + 22 37
=x = = 18,5
te em cada sequência aritmética. Isso nos dá uma maneira 2 2
simples para decidirmos quando uma fila de números é ou
não é uma sequência aritmética. P4. Se uma fila de n valores é uma sequência aritmética,
então a média aritmética de todos eles é igual à média arit-
mética do primeiro com o último dos valores da sequência.
Exemplo:
A fila (7, 12, 17, 22, 27) é uma sequência aritmética pois: Exemplo:
A fila 5, 11, 17, 23, 29, 35 e 41 é uma sequência arit-
7 + 17 mética. Logo, a média aritmética desses 7 valores pode ser
= 12
2 calculada fazendo:
12 + 22
= 17 5 + 41
2 x=
2
17 + 27
= 22 46
2 x = 23
=
2
Também poderíamos calcular a diferença entre cada par
de termos consecutivos:
P5. Se adicionarmos (ou subtrairmos) uma mesma cons-
tante k a todos os valores de uma lista, então a média arit-
12 – 7 = 5;
mética da nova lista assim obtida será igual à média da lista
17 – 12 = 5;
antiga adicionada (ou subtraída) da mesma constante k.
22 – 17 = 5;
27 – 22 = 5;
(diferença constante) x ± k =x ± k
Exemplo:
Propriedades da Média Aritmética Simples Podemos calcular a média aritmética dos valores 2.115,
Matemática

2.117, 2.118, 2.119, 2.120 e 2.125 facilmente fazendo uso


P1. A média aritmética de n valores todos iguais a x é da propriedade P5 do seguinte modo:
também igual a x.
1º passo: subtraímos de todos os valores da lista um
Exemplo: valor intermediário qualquer entre 2.115 e 2.125, digamos,
A média aritmética de quatro valores iguais a 10 é: 2.118, obtendo assim: −3, −1, 0, 1, 2, 7;

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2º passo: calculamos a média desses valores; Média Aritmética Ponderada
−3 − 1 + 0 + 1 + 2 + 7
x=
6 Dada uma lista com n valores quaisquer, x1, x2, x3, ..., xn
, e uma outra lista com n números inteiros positivos, p1, p2,
6
x= = 1 p3, ..., pn , denominados pesos dos respectivos valores dados,
6 define-se a média aritmética ponderada dos n valores dados
3º passo: Adicionando a média encontrada (que deu 1) à na primeira fila como:
constante que antes havíamos subtraído (k = 2.118) obtemos
a média verdadeira dos valores originais. p1 ⋅ x1 + p2 ⋅ x2 + p3 ⋅ x3 + ... + pn ⋅ xn
x=
p1 + p2 + p3 + ... + pn
x = 1 + 2.118
x = 2.119
Exemplo:
A média aritmética ponderada dos números 10, 12 e 42
P6. Se multiplicarmos (ou dividirmos) por uma mesma com pesos 3, 2 e 1, respectivamente, é:
constante k todos os valores de uma lista, então a média arit-
mética da nova lista assim obtida será igual à média da lista 3 × 10 + 2 × 12 + 1 × 42
antiga multiplicada (ou dividida) pela mesma constante k. x=
3+2+1
Exemplo: 30 + 24 + 42
x=
Vamos usar a propriedade P6 para facilitar o cálculo da 6
média aritmética dos valores 1.200, 1.400, 1.800 e 2.200 do
seguinte modo: 96
=x = 16
6
1º passo: Observando que todos os valores dados são
divisíveis por 100, vamos dividir todos eles por 100 encon- Propriedade da Média Aritmética Ponderada
trando, respectivamente, 12, 14, 18 e 22;
2º passo: Calculamos a média desses valores; P1. A média aritmética ponderada de n valores todos
iguais a x é também igual a x, independentemente dos pesos
12 + 14 + 18 + 22 atribuídos a cada um dos valores.
x=
4
Exemplo:
66
x= A média aritmética ponderada dos valores 8, 8, 8, 8 com
4 pesos 3, 2, 1 e 4, respectivamente, é:
3º passo: Multiplicando a média encontrada pela mesma 3× 8 + 2× 8 + 1× 8 + 4 × 8
constante que usamos na divisão (k = 100) obtemos a média x=
3+2+1+ 4
verdadeira dos valores originais:
24 + 16 + 8 + 32
= x = 8
66 10
x = × 100 =1.650
4
P2. A média aritmética ponderada de n valores não todos
P7. Se uma lista com n valores tem média A e uma lista iguais é sempre superior ao menor deles, mas inferior ao
com outros m valores tem média B, então as duas listas reu- maior deles.
nidas, com n+m valores, terá média igual a:
Exemplo:
n× A + m×B A média aritmética ponderada dos valores 2, 3 e 4, com
x= pesos respectivamente iguais a 5, 3 e 7, é superior a 2 (o
n+m menor deles) e inferior a 6 (o maior deles):
5⋅2 + 3⋅3 + 7 ⋅ 4
Exemplo: x=
5+3+7
Numa turma a média aritmética das notas dos 20 ho-
mens foi 45 enquanto a média aritmética das notas das 30 47
=x = 3,1333...
mulheres foi 50, então a média aritmética de todos os 50 15
alunos dessa turma, homens e mulheres, foi: 2< x <4
20 × 45 + 30 × 50 P3. Se o conjunto dos pesos para cálculo de uma média
x=
20 + 30 aritmética ponderada forem todos múltiplos de k, então
900 + 1.500 pode-se simplificar o conjunto de pesos dados dividindo-se
x= todos eles por k, se alterar o valor final da média aritmética
50 procurada.
2.400
=x = 48
50
Matemática

Exemplo:
Observação: Para calcular a média aritmética ponderada dos números
Esta propriedade também pode ser usada para calcu- 10, 12 e 42 com pesos respectivos de 4, 8 e 12, podemos
larmos a média global da reunião de três ou mais grupos dividir todos os pesos dados por 4 obtendo, respectivamente,
desde que eles nunca tenham elementos comuns entre si. 1, 2 e 3 como novos pesos. A média aritmética ponderada

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calculada com estes novos pesos será igual àquela calculada de suas provas e receberam um ponto e meio a mais,
com os pesos originais. cada um deles, exceto o quarto aluno que só recebeu
meio ponto a mais. Ao calcular a nova média das no-
EXERCÍCIOS PROPOSTOS tas da turma, agora com os valores todos corretos, o
professor encontrou
Nos exercícios 1 a 5 calcule a média aritmética simples de a) o mesmo valor de média que antes.
cada um dos conjuntos de valores dados. b) uma média superior a primeira em 5 pontos.
c) uma média superior a primeira em 1 ponto.
1. (13; 14; 14; 15; 17) d) uma média meio ponto superior à primeira.
e) uma média apenas 0,1 ponto superior a primeira.
2. (0,12; 0,15; 0,15; 0,18; 0,19; 0,19; 0,19; 0,20; 0,22; 0,25)
14. Sabe-se que a média de idade dos homens de um grupo
3. (33, 35, 37, 39, 41, 43, 45, 47, 49, 51) é igual a 27 anos enquanto a média de idade das mulhe-
res no mesmo grupo é igual a 23 anos. Sabe-se, ainda,
4. (5.645; 5.647; 5.648; 5.648; 5.649; 5.649; 5.649; 5.650) que a média de idade de todos os integrantes desse
grupo, homens e mulheres, é igual a 24 anos. Sobre as
5. (16.000; 20.000; 28.000; 40.000; 80.000) proporções de homens e mulheres nesse grupo julgue
as afirmativas abaixo:
Nos exercícios 6 a 10 calcule a média aritmética ponderada de (1) O porcentual de homens nesse grupo é igual a 1/3
cada um dos conjuntos de valores dados com os respectivos do porcentual de mulheres do mesmo grupo.
pesos indicados. (2) A proporção de mulheres nesse grupo corresponde
a 3/4 de todos os integrantes do grupo.
6. Valores: (13; 14; 14; 15; 17) (4) A proporção de homens nesse grupo equivale a 25%
Pesos: (1, 2, 2, 2, 3) de todos os integrantes do grupo.
(8) Para determinar as proporções de homens e mu-
7. Valores: (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) lheres é necessário conhecer ou o total de homens ou
Pesos: (10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1) o total de mulheres ou o total de integrantes do grupo
(pelo menos um desses três números).
8. Valores: (33, 44, 55, 66, 77)
Pesos: (3, 3, 3, 3, 3) A soma dos valores correspondentes aos números den-
tro dos parênteses nas afirmativas corretas é:
9. Valores: (10, 20, 30, 40, 50) a) 15
Pesos: (1, 2, 2, 2, 3) b) 7
c) 5
10. Valores: (16.000; 20.000; 28.000; 40.000; 80.000) d) 3
Pesos: (1, 2, 2, 2, 3) e) 1

11. Num concurso público, a média aritmética das notas 15. Numa linha de produção são feitas latas de extrato de
dos 10.000 candidatos que fizeram as provas, antes dos tomate. Essas latas pesam, em média, 400 gramas e são
recursos, foi igual a 200 pontos. Sabendo que, após acondicionadas para venda em caixas de papelão que
os recursos, todos os candidatos acabaram ganhando acomodam duas camadas de latas com 4 fileiras de 5
mais 10 pontos, qual foi a média final das notas dos latas em cada fileira em cada uma das duas camadas.
candidatos nesse concurso? Cada uma dessas caixas de papelão pesa, em média,
a) 200 pontos 1,2 quilogramas quando vazia. De posse desses dados,
b) 200,01 pontos o responsável pelo setor de transportes precisa calcular
c) 200,001 pontos o peso médio dessas caixas depois de receberem as
d) 200,0001 latas.
e) 210 pontos Com base nesses dados julgue as afirmativas abaixo:
( ) cada lata pesa exatamente 400 gramas.
12. A média de idade dos 45 homens de certo grupo é igual ( ) cada caixa acomoda exatamente 40 latas.
a 30 anos enquanto a média de idade das 55 mulheres ( ) cada caixa repleta de latas pesa exatos 17,200 kg.
desse mesmo grupo é igual a 28 anos. Assim, pode-se ( ) cada caixa repleta de latas pesa, em média, 17,200 kg.
concluir que a média de idade de todas as cem pessoas ( ) dez dessas latas podem pesar, juntas, mais de 4 kg.
desse grupo, reunidas, será:
a) inferior à média de idade das mulheres do grupo.
b) superior à média aritmética simples entre 30 anos GABARITO
e 28 anos.
c) igual à média aritmética simples entre 30 anos e 28 1. 14,6 10. 43.200
anos. 2. 0,184 11. e
d) inferior à média aritmética simples entre 30 anos e 3. 42 12. d
28 anos. 4. 5.648,125 13. e
5. 36.800 14. b
Matemática

e) superior à média de idade dos homens do grupo.


6. 15 15. E, C, E, C, C
13. A média aritmética das notas de 50 testes aplicados por 7. 4
um professor aos alunos de uma de suas turmas era 8. 55
igual a 55. Ao distribuir as provas, contudo, quatro de 9. 34
seus alunos observaram que havia enganos na correção

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MÉDIAS GEOMÉTRICAS mg ″ x

Média Geométrica Simples


Exemplo:
Dada uma lista com n valores positivos quaisquer, x1, x2, Calculando a média aritmética dos valores 4, 11 e 15,
x3, ..., xn, define‑se a média geométrica simples desses n obtemos 10. Então, pela propriedade P2, podemos concluir
valores como sendo: que a média geométrica de 4, 11 e 15 será menor que 10.

m
= n x1 ⋅ x2 ⋅ x3 ⋅ ... ⋅ xn 4 + 11 + 15
g x= = 10
3
Por simplicidade é comum chamarmos a média geomé- mg < x
trica simples apenas de média geométrica.
mg < 10
Exemplo:
A média geométrica dos números 3, 4 e 12 é: Sequência Geométrica
m=
g
3
2 ⋅ 9 ⋅ 12 Dizemos que uma fila de números forma uma sequência
geométrica quando cada número, a partir do segundo, pode
m=
g
3 2
2 ⋅ 3 ⋅ (3 ⋅ 2 ) 2
ser obtido multiplicando‑se o número anterior por uma
3 mesma constante.
m
=g 23 ⋅ 33 = 2 ⋅ 3
mg = 6 P3. A média geométrica dos termos de uma sequência
geométrica é sempre igual à média geométrica do primeiro
com o último termos da sequência.
Média Geométrica Ponderada
Exemplo:
Dada uma lista com n valores positivos quaisquer, x1, x2, A fila (2, 8, 32, 128) é uma sequência geométrica. Então
x3, ..., xn, e uma outra lista com n números inteiros positivos, podemos calcular sua média geométrica fazendo simples-
p1, p2, p3, ..., pn, denominados pesos dos respectivos valores mente:
dados, define‑se a média geométrica ponderada desses n
valores como sendo:
m=
g
2 2 ⋅ 128
p1 p2 p3 pn
mg
= S
(x1 ) ⋅ (x2 ) ⋅ (x3 ) ⋅ ... ⋅ (xn ) m
= 2
21 ⋅ 27
g

Onde o índice S da raiz é: mg


= 2
28 24
=

S= p1 + p2 + p3 + ... + pn mg = 16

Exemplo: EXERCÍCIOS PROPOSTOS


A média geométrica ponderada dos números 5 e 40
tomados com pesos 2 e 1, respectivamente, será: Nos exercícios 1 a 3 calcule a média geométrica simples de
cada um dos conjuntos de valores dados.
S= 2 + 1 = 3 1. (1, 4, 9, 8, 27)
m
= 3
52 ⋅ 401 2. (10, 100, 1.000)
g
3. (2, 4, 8, 16, 32, 64, 128)
m
= 3
52 ⋅ (23 ⋅ 5)
g
Nos exercícios 4 e 5 calcule a média geométrica ponderada de
m
= 3
23 ⋅ 53 = 2 ⋅ 5 cada um dos conjuntos de valores dados com os respectivos
g
pesos indicados.
mg = 10 4. Valores: (4, 10, 25)
Pesos: (2, 1, 2)
Propriedades da Média Geométrica 5. Valores: (0,01; 0,1; 1; 10; 100)
P1. Se multiplicarmos cada um dos n valores positivos Pesos: (3, 4, 5, 4, 3)
de uma lista por uma constante igual a k, então a média ge-
6. Dada a lista (7; 8; 9; 10; 11), se G é a média geométrica
ométrica dos novos valores assim obtidos será igual à média
geométrica dos valores originais também multiplicada por k. desses 5 valores, então é correto afirmar que
a) G ≤ 7
Exemplo: b) 7 < G < 9
Sabendo que a média geométrica dos números 3, 4 e 12 é c) G = 9
igual a 6, pode‑se concluir que a média geométrica dos valo- d) 9 < G < 11
res 6, 8 e 24 (ou seja: 2×3, 2×4 e 2×12) será igual a 2×6 = 12. e) G ≥ 11
Matemática

GABARITO
P2. Em qualquer lista com n valores não negativos,
a média geométrica será menor ou igual à média aritmética, 1. 6 3. 16 5. 1
sendo que a igualdade ocorrerá somente quando todos os
2. 100 4. 10 6. b
valores da lista forem iguais.

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EQUAÇÃO 6. Não existem raízes para a equação

Equação é toda sentença matemática que representa 3x+7−3x = +18


uma igualdade e na qual existe uma ou mais letras que
indicam um número desconhecido. Visto que

Exemplos: 3x+7−3x = +18


3x−3x+7 = +18
3x+7 = 40 0+7 = +18
12−5x = 2x−3 (nunca será verdade)
−3x2+15x = 18
4x2−12xy+9y2 = 0 Conjunto-Universo

Incógnita Denomina-se conjunto-universo de uma equação ao


conjunto numérico no qual se deve buscar raízes para uma
As letras que indicam os números desconhecidos equação.
chamam-se incógnitas da equação. De modo geral, o conjunto-universo de uma equação
costuma ser um dos conjuntos numéricos fundamentais
Exemplos: como o conjunto dos naturais, o dos inteiros, o dos racionais
As três equações seguintes têm uma única incógnita ou o dos reais.
que é x.
Conjunto-Solução ou Conjunto-Verdade
3x+7 = 40
12−5x = 2x−3 Denomina-se conjunto-solução ou conjunto-verdade de
−3x2+15x = 18 uma equação ao conjunto que compreende todas as raízes
de uma equação num dado conjunto-universo.
A equação seguinte tem duas incógnitas que são x e y. Resolver uma equação em um dado conjunto-universo
significa determinar o conjunto-solução da equação para o
4x2−12xy+9y2 = 0 conjunto-universo dado.
Assim, dizer que uma equação deve ser resolvida em Z
significa que se deve descobrir o conjunto que com­preende
Raiz todos os elementos de Z que sejam raízes da equação.
Raiz é o nome que recebe qualquer valor numérico que
Exemplos:
seja capaz de produzir uma igualdade verdadeira quando 1- Resolvendo em Z a equação
substituído na equação.
2x+7 = −13
Exemplos:
1. O valor x = 11 é raiz da equação
Percebemos que só existe uma única raiz que é x = −10.
2. 3x+7 = 40
Assim, o conjunto-solução da equação dada, em Z é:
Uma vez que
S = {−10}
3(11)+7 = 40
33+7 = 40
2- Resolvendo em R a equação
(verdade)
x2= −9
3. O valor x = 3 é raiz da equação
4. −3x2+15x = 18
Percebemos que nenhum número real poderá ser raiz,
uma vez que o quadrado de qualquer número real resultará
Dado que sempre positivo.
Assim, o conjunto-solução da equação dada, em R é
−3(3)2+15(3) = 18 vazio:
−3⋅9+45 = 18
−27+45 = 18 S=∅
(verdade)
Tipos Notáveis de Equações
5. O valor x = 1 não é raiz da equação
O caminho para a resolução de uma equação pode
−3x2+15x = 18 variar muito de um tipo para outro de equação. Por isso
procuramos agrupar as equações por tipos de modo a fim
Visto que
Matemática

de poder estudar melhor as técnicas para a resolução de


cada um desses tipos.
−3(1)2+15(1) = 18 A seguir, ilustramos brevemente os nomes de alguns
−3⋅1+15 = 18 destes tipos, lembrando que a apresentação das técnicas de
−3+15 = 18 resolução deste ou daquele tipo específico será deixada para
(falso) capítulos futuros, limitando-nos ao conteúdo de nossa prova.

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Equações 2. Julgue os itens em certos (C) ou errados (E).
• do 1º grau a uma variável; Dada a equação do primeiro grau Ax + B = 0, pode-se
• do 2º grau a uma variável; afirmar, quanto à sua raiz, que:
• Biquadradas; 1) será positiva semlpre que A e B tenham o mesmo sinal.
• Modulares; 2) será negativa sempre que A e B tenham sinais opostos.
• Polinomiais; 3) será inteira sempre que A for igual a 1.
• Inteiras; 4) será inteira somente se A for igual a 1.
• Racionais; 5) será igual a zero somente se B for igual a zero.
• Irracionais;
• do tipo Produto; 3. Resolvendo a equação
• do tipo Quociente;
• Exponenciais; x + 3 x + 2 −1
• Logarítmicas; − =
2 3 2
• Trigonométricas.
obteremos:
1) x = −8
EQUAÇÕES DO 1º GRAU 2) x = +8
3) x = −5
São todas as equações redutíveis à forma: 4) x = +5
5) x = −5/8
ax + b = 0 (com a ≠ 0)
4. Resolvendo a equação
Raiz
1+ x 2 − x 1
− − =0
É qualquer valor para x que satisfaça a equação. 6 3 2
Toda equação do 1o grau na forma dada acima tem uma
obteremos:
única raiz real dada por
a) x = 1
b) x = 2
- b/a
c) x = 3
d) x = 4
Exercício Resolvido e) x = 5
1. Resolva a equação 3x + 7 = 2x - 15. 5. Resolvendo a equação
Solução:
3+ x x −1
Subtraindo 7 de cada membro da equação teremos: − (1 + x) =
2 4
5x + 7 = 2x - 14 obteremos:
-7 -7 a) x = −1
5x = 2x - 21 b) x = 1
c) x = 3
Subtraindo 2x de cada membro da equação vem: d) x = 5
e) x = 7
5x = 2x - 21
-2x -2x 6. Resolvendo a equação
3x = - 21
2( x − 1) 3(1 + x) 1 x − 1
Dividindo por 3 cada membro da equação obtemos: + = −
3 2 2 3
3x = − 21
÷3
÷3 obteremos:
x = − 7 a) x = −1,75
b) x = 3/4
Então a raiz da equação dada é x = −7. c) x = 2,8
d) x = 0
e) x = 0,3333....
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
GABARITO
1. Julgue os itens em certos (C) ou errados (E).
A raiz da equação 5x + 3 = 3x + 19 é: 1. E, E, C, E, C
Matemática

1) um quadrado perfeito. 2. E, E, E, E, C
2) um número primo. 3. 1
3) um cubo perfeito. 4. b
4) a raiz cúbica de 2. 5. b
5) um número par. 6. d

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EQUAÇÕES DO 2º GRAU Depois daremos os sinais aos fatores, do seguinte modo:
1º - o Sinal da Soma Sempre na Segunda coluna;
Denominamos equação do 2º grau a toda equação da 2º - na primeira coluna usaremos:
forma • mesmo sinal de S - se P é positivo.
ax2 + bx + c = 0, (a ≠ 0) • sinal oposto de S - se P é negativo.

P = 24
ou qualquer equação redutível a esta forma.
mesmo sinal R| + 1 + 24 R| Sinal da Soma na
Exemplos:
a) x2 – 5x + 6 = 0


de S, pois
P = (+) S| + 2
+ 3
+ 12
+8 S| Segunda Coluna
S = (+)
b) 3x2 + 2 = 0 T + 4 +6 T
c) –3x2 + 27 = 0
Finalmente, procuramos em qual das linhas se encon-
Resolver uma equação do 2º grau significa determinar tra o par que nos dá a soma correta (S = 10), pois aí
valores da incógnita que tornem a equação verdadeira. estarão as raízes:
Cada valor nestas condições será então chamado raiz
da equação. P = 24

Resolução Algébrica + 1 + 24
+ 2 + 12
A determinação algébrica das raízes de uma equação + 3 + 8
na forma ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, pode ser obtida com a Este par faz S = 10 → + 4 + 6 → As raízes são
fórmula de Báskara: +4 e +6

b) 2x2 + 28x + 48 = 0
−b ± ∆
x=
2a − b −28
S= = = − 14
onde ∆ = b – 4ac (discriminante da equação)
2 a 2
c 48
P= = = 24
O sinal do discriminante, ∆, determina a quantidade de a 2
raízes da equação do segundo grau:
• ∆ > 0 ↔ duas raízes reais e distintas; Fazendo a lista dos produtos e colocando os sinais,
• ∆ = 0 ↔ uma única raiz real (duas raízes iguais); teremos:
• ∆ < 0 ↔ nenhuma raiz real.
P = 24
Determinação de Raízes usando a Soma e o – 1 R| – 24 R|
Produto Mesmo sinal,
de S, pois
– 2
– 3
S|– 12
– 8 S|
Sinal da Soma na
Segunda Coluna
Frequentemente, as raízes das equações quadráticas com P = (+) – 4 T – 6 S = (–) T
que nos deparamos são números racionais ou até inteiros.
Nestes casos, podemos usar um “atalho” para determi- A segunda linha nos deu a soma correta (S = –14).
nar as raízes, comparando o produto e a soma das mesmas,
como ilustraremos a seguir. Portanto:

1º caso – Raízes Inteiras as raízes são –2 e –12.

Vamos determinar as raízes das equações nos exemplos c) –5x2 + 25x + 120 = 0
a seguir:
− b −25
S= = = 5
a) –3x + 30x - 72 = 0
2
a −5
c 120
− b −30 P= = = − 24
S= = = 10 (soma das raízes) a −5
a −3
c −72 Fazendo a lista dos produtos e colocando os sinais:
P= = = 24 ( produto das raízes)
a −3
P = –24
Começaremos pelo produto, fazendo uma lista ordenada
de todos os produtos possíveis e iniciando sempre pelos R|
– 1 + 24 R|
menores fatores: Sinal oposto
de S, pois
S|
– 2
– 3
+ 12
+ 8
S|
Sinal da Soma na
Segunda Coluna
P = 24 P = (–) T
– 4 + 6 T
S = (+)
Matemática



A terceira linha nos deu a soma correta (S = 5).


deste lado

R| 2 12
1 24


ficam os
menores
S| 3 8 Logo:
T 4 6 As raízes são –3 e +8.

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2º caso – Raízes Fracionárias (usando Soma e Produto) 2º) Resolvendo a nova equação: x2 + 9x – 10 = 0

a) –12x2 + x + 6 = 0 P = –10
+1 –10 ← raízes da equação
Se você já estudou este assunto anteriormente, +2 –5 nova: +1 e –10
provavel­mente ouviu dizer que casos como este
eram”impossíveis” ou “muito difíceis” de se re-
3º) Dividindo as raízes encontradas por |a| = +2:
solver por soma e produto. Mas não é bem assim.
+1 −10 1
Na verdade é até bem fácil. Veja como: e , ou sejam: e −5
2 2 2
• Método “Locikiano”
1
Então as raízes de 2x2 + 9x – 5 = 0 são: e −5
Primeiro, devemos sempre trabalhar com o coe- 2
ficiente principal (a) positivo.
Isto é feito multiplicando a equação por –1, que
não altera as raízes: EXERCÍCIOS PROPOSTOS
× ( −1) 1. Resolva as seguintes equações incompletas do segundo
–12x2 + x + 6 = 0  → 12x2 – x – 6 = 0
grau:
Agora “passaremos” o coeficiente principal (a = a) x2 – 25 = 0
12) para o termo independente, multiplicando-os b) 3x2 – 108 = 0
e conseguindo uma nova equação: c) 5x2 – 980 = 0
d) x2 – 1225 = 0
 nova equação
 e) 2x2 – 16 = 0
12 × ( −6 ) = − 72 2 f) –3x2 + 60 = 0
12x – x – 6 = 0
2    → x − x − 72 = 0

2. Resolva as seguintes equações incompletas do segundo
Nesta equação nova, procuraremos as raízes: grau:
x2 – x – 72 = 0 a) x2 – 6x = 0
b) x2 + 6x = 0
−b 1 c) 2x2 – 3x = 0
S= = =1
a 1 d) –5x2 + 7x = 0
c −72 e) 19x2 – 15x = 0
P= = = − 72 f) 0,5x2 + 3x = 0
a 1

3. Resolva as seguintes equações completas do segundo


P = –72 grau.

– 1 + 72 a) x2 – 13x + 12 = 0
– 2 + 36 b) x2 – 8x + 12 = 0
– 3 + 24 c) x2 + 7x + 12 = 0
– 4 + 18 d) x2 – 20x + 36 = 0
– 6 + 12 e) x2 + 15x + 36 = 0
– 8 + 9 → raízes da equação f) x2 – 11x – 12 = 0
nova: –8 e +9. g) x2 + 11x – 12 = 0
h) x2 – x – 12 = 0
Finalmente, obteremos as raízes da equação original
dividindo as raízes da equação nova por |a| (|a| = +12). i) x2 + x – 12 = 0
j) x2 – 9x – 36 = 0
−8 +9 −2 +3 k) –x2 + 8x + 20 = 0
e que, simplificadas, dão: e
12 12 3 4 l) –x2 + x + 20 = 0
m) –x2 + x + 12 = 0
Então, as raízes da equação –12x2 + x + 6 = 0 são: n) –x2 – 35x + 36 = 0
o) –x2 + 37x – 36 = 0
−2 +3
e
3 4
4. Resolva as seguintes equações completas do segundo
grau.
b) 2x2 + 9x – 5 = 0
a) 2x2 + 3x – 2 = 0
Matemática

1º) “Passando” o coeficiente principal (que já é po- b) 15x2 – 8x + 1 = 0


sitivo) c) 3x2 + 4x + 1 = 0
d) 2x2 – 5x + 2 = 0
nova equação
 
2 × ( −5 ) = −10
2x + 9x – 5 = 0
2    → 2
x + 9x − 10 = 0 5. Verifique se –2 é raiz da equação 2x2 – 5x – 18 = 0.

42 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
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6. Calcular m na equação mx2 – 3x + (m – 1) = 0, de modo EQUAÇÕES RACIONAIS
que uma de suas raízes seja igual a 1.
Uma equação que envolve expressões onde a incógnita
7. Determine m na equação 2x2 – mx + x + 8 = 0, de modo ocorre também do denominador de uma fração é denomi-
que a soma de suas raízes seja igual a 5. nada equação racional.

Exemplos:
8. Determine m tal que as raízes de 4x2 + (m + 1)x +
(m + 6) = 0 sejam iguais. 3 2 1
− =
9. Determine dois números cuja soma seja –2 e o produto 2+ x x x
seja –15.
1
2x + = 1717
10. Decompor o número 21 em duas parcelas tais que o 3x
produto entre elas seja 110.
Para obtermos a resolução de uma equação racional,
11. A soma de um número natural com o seu quadrado é procuramos transformá-la de modo a poder eliminar a
igual a 72. Determine este número. incógnita dos denominadores e recair numa equação mais
simples, como as equações do primeiro grau, as do segundo
grau e as biquadradas.
12. A soma de certo número inteiro com o seu inverso é
igual a 50/7. Qual é esse número? Exemplo:
4 2 1
13. Determine dois números inteiros e consecutivos tais que Resolver a equação: − =
a soma dos seus inversos seja 5/6. 2+ x x x
Solução:
14. Determine dois números pares, positivos e conse­cutivos – igualando os denominadores:
cujo produto seja 120.
4 x 2 2+ x 1 2+ x
⋅ − ⋅ = ⋅
15. A diferença entre o quadrado e o triplo de um mesmo 2+ x x x 2+ x x 2+ x
número natural é igual a 54. Determine esse número.
4x 2(2 + x) 2+ x
− =
GABARITO (2 + x) x x(2 + x) x(2 + x)
– cancelando os denominadores:
1. a) ± 5 2. a) {0; 6}
b) ± 6 b) {0; –6}
4 x − 2(2 + x) = 2 + x
c) ± 14 c) {0; 3/2}
d) ± 35 d) {0; 7/5} 4x − 4 − 2x = 2 + x
e) ± 2 2 e) {0; 15/19}
2x − 4 = 2 + x
f) ± 2 5 f) {0; –6}
2x − x = 2 + 4
x=6

3. a) {1; 12} 4. a) {1/2; –2} – conjunto-solução:


b) {2; 6} b) {1/3; 1/5}
S = {6}
c) {–3; –4} c) {–1/3; –1}
d) {2; 18} d) {1/2; 2} Atenção!
e) {–3; –12} Se o valor de alguma das raízes encontradas tornar igual a
f) {–1; +12} 5. –2 é raiz. zero algum dos denominadores da expressão original da equa-
g) {1; –12} 6. m = 2 ção dada, ela não poderá ser aceita como raiz da equação.
h) {–3; 4} 7. m = 11 Exemplo:
i) {3; –4} 8. m = –5 ou m = 19 x 6x + 9 1
j) {–3; 12} 9. 3 e –5 Resolver a equação: − =
x − 3 x( x − 3) x
k) {–2; 10} 10. 10 e 11
l) {–4; 5} 11. 8 Solução:
Matemática

m) {–3; 4} 12. 7 – igualando os denominadores:


n) {1; –36} 13. 2
x2 6x + 9 ( x − 3)
o) {1; 36} 14. 10 e 12 − =
15. 9 x( x − 3) x( x − 3) x( x − 3)

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– cancelando os denominadores: c) x = −1 e x = 4
d) x = −4 e x = 1
x2 − 6x + 9 = x − 3 e) x = ∅

x2 – 7x + 12 = 0 GABARITO
– cujas raízes são 3 e 4. 1. c
2. d
Cuidado! O valor x = 3 não poderá ser aceito como raiz 3. a
da equação racional porque, ao substituirmos na expressão 4. a
original da equação, esse valor produz denominadores
iguais a zero:

3 6⋅3+ 9 1 Problemas com Números Inteiros


− =
3 − 3 3(3 − 3) 3 1. Certo prêmio será distribuído entre três vendedores de
33 27 1
1
27 modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o segundo
− = receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o terceiro
0 0 3 receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o segundo
juntos. Qual o valor total do prêmio repartido entre os
– denominadores iguais a zero! três vendedores?
2. Um dicionário tem 950 páginas; cada página é dividida
O mesmo não ocorre quando usamos a outra raiz, em 2 colunas; cada coluna tem 64 linhas; cada linha tem,
x = 4, (verifique!). Portanto, o conjunto solução da equação
em média, 35 letras. Quantas letras há nesse dicionário?
dada será:
3. Uma pessoa ganha R$ 40,00 por dia de trabalho e gasta
S = {4} R$ 800,00 por mês. Quanto ela economizará em um ano
se ela trabalhar, em média, 27 dias por mês?
4. Um negociante comprou 8 barricas de vinho, todas
EXERCÍCIOS PROPOSTOS com a mesma capacidade. Tendo pago R$ 7,00 o litro e
vendido a R$ 9,00, ele lucrou, ao todo R$ 1.760,00. Qual
3 1 1
1. Resolvendo a equação − = , obteremos: era a capacidade de cada barrica?
x + 2 x 5x 5. Em um saco havia 432 balinhas. Dividindo-as em três
a) x = −4/3 montes iguais, um deles foi repartido entre 4 meninos
b) x = 3/4 e os dois montes restantes foram repartidos entre 6
c) x = 4/3 meninas. Quantas balinhas recebeu cada menino e cada
d) x = −3/4 menina?
e) x = 12 6. Marta, Marisa e Yara têm, juntas, R$ 275,00. Marisa tem
R$ 15,00 mais do que Yara, e Marta possui R$ 20,00 mais
72 que Marisa. Quanto tem cada uma das três meninas?
2. O conjunto-solução da equação x + 1 = é:
x 7. Do salário de R$ 3.302,00, Seu José transferiu uma parte
a) S = ∅
para uma conta de poupança. Já a caminho de casa,
b) S = {−9}
c) S = {8} Seu José considerou que se tivesse transferido o dobro
d) S = {−9; 8} daquele valor, ainda lhe restariam R$ 2.058,00 do seu
e) S = {−8; 9} salário em conta corrente. De quanto foi o depósito
feito?
3. O conjunto-solução da equação 8. Renato e Flávia ganharam, ao todo, 23 bombons. Se
Renato comesse 3 bombons e desse 2 para Flávia, eles
4 10 5 ficariam com o mesmo número de bombons. Quantos
+ =
x x(x – 2) x – 2 é: bombons ganhou cada um deles?
9. Dois homens, três mulheres e seis crianças conseguem
a) S = ∅ carregar juntos um total de 69 quilos. Cada homem
b) S = {−1} carrega tanto quanto uma mulher e uma criança,
c) S = {0}
enquanto cada mulher consegue carregar tanto quanto
d) S = {1}
e) S = {2} três crianças. Quanto cada um deles consegue carregar?
10. Num atelier de costura empregam-se 4 gerentes, 8
4. Resolvendo a equação costureiras e 12 ajudantes. Cada gerente ganha por dia
tanto quanto 2 costureiras ou 4 ajudantes. Qual o valor
x 1 2 da diária de cada gerente, costureira e ajudante, se a
+ = 2 folha mensal desta equipe é de R$ 26.400,00?
Matemática

x − 2 x − 4 x − 6x + 8 11. O dono de uma papelaria adquiriu um certo número de


pastas escolares que seriam revendidas ao preço unitário
obteremos como raízes: de R$ 5,00. Ao conferir as pastas constatou que entre
a) x = −1 elas havia 15 com defeito. Fazendo as contas, descobriu
b) x = 4 então que se ele vendesse as pastas restantes ao preço

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unitário de R$ 8,00, a sua margem de lucro continuaria 29. Numa lista de números há dez números primos distintos,
sendo a mesma de antes. Quantas pastas perfeitas o dez números pares distintos e dez números ímpares
dono da papelaria recebeu? distintos. Qual é a menor quantidade de números que
12. Se eu der 4 balinhas a cada um dos alunos de uma classe essa lista pode ter?
sobram-me 7 das 135 que eu tenho. Quantos alunos há 30. Dois pintores, A e B, são capazes de pintar o mesmo
nessa classe? muro em 20 e 24 horas, respectivamente. Em cada metro
13. Quero dividir 186 figurinhas igualmente entre certo quadrado do muro, o pintor B leva 5 minutos a mais que
número de crianças. Para dar duas dúzias a cada criança o pintor A. Quantos metros quadrados tem esse muro?
faltariam 6 figurinhas. Quantas são as crianças? 31. O produto de dois números naturais, A e B, é 600. Qual
14. A soma de dois números inteiros e consecutivos é 91. é o maior valor possível para o máximo divisor comum
Quais são eles? de A e B?
15. A soma de dois números pares e consecutivos é 126. 32. Sophia guardou 972 figurinhas em várias caixas de tal
modo, que a segunda caixa ficou com o dobro do número
Quais são eles?
de figurinhas da primeira; a terceira caixa ficou com o
16. A soma de três números inteiros e consecutivos é 249.
dobro do número de figurinhas das duas primeiras caixas
Quais são eles?
juntas; a quarta, com o dobro do total de figurinhas das
17. A soma de três números ímpares e consecutivos é 303. três primeiras; e assim por diante até a última caixa.
Quais são eles? Sabendo que o número de caixas empregado foi o maior
18. A soma de onze números inteiros e consecutivos é 352. possível, quantas caixas Sophia usou ao todo?
Qual é o maior deles? 33. Considere todos os números inteiros e positivos m tais
19. A fim de receber um mês de serviços prestados, um que divisões 120 ÷ m tenham sempre resto igual a 18.
lavrador aceita que o fazendeiro lhe dê como parte do Nessas condições, qual é o valor da soma de todos os
pagamento, uma vaca ou um bezerro. O fazendeiro, valores possíveis de m ?
estimando que a vaca e o bezerro, juntos, valham R$ 34. Se o dia 1º de janeiro de um ano bissexto for uma
600,00, diz que se desse o bezerro, ainda ficaria devendo segunda-feira, em que dia da semana cairá o dia 7 de
R$ 100,00 ao empregado e que o lavrador é que ficaria dezembro desse mesmo ano?
devendo ao fazendeiro R$ 100,00 se recebesse a vaca.
Qual é a quantia devida ao lavrador? GABARITO
20. Quatro sócios dividiram um lucro de R$ 1.570,00 de tal
modo que ao 2o coube R$ 70,00 a menos que ao 3o e 1. R$930,00
R$ 50,00 a mais que ao 1o, enquanto, ao quarto coube 2. 4.256.000
R$ 80,00 a mais que ao 3o. Quanto recebeu cada um 3. R$ 3.360,00
dos quatro sócios? 4. 110 litros
21. Dois peões recebem diárias de igual valor. O fazendeiro 5. Cada menino recebeu 36 e cada menina 48
pagou a um deles R$ 200,00 e mais 4 kg de carne por 6. Marta: R$ 110,00 Marisa: R$ 90,00 e Yara: R$ 75,00
20 dias de serviço e pagou ao outro R$ 390,00 e mais 7. R$ 622,00
10 kg de carne por 40 dias de serviço. Qual o valor da 8. Renato: 15 e Flávia: 8
diária paga a cada peão? 9. Homem: 12 kg, mulher: 9 kg e criança: 3 kg
22. Um floricultor encomendou certo número de dúzias 10. Gerente: R$ 80,00; costureira: R$ 40,00; ajudan-
de rosas. O fornecedor mandou-lhe, como cortesia, te: R$ 20,00
duas rosas a mais em cada dúzia encomendada, de tal 11. 25
modo, que o floricultor acabou recebendo um total de 12. 32
42 dúzias. Quantas dúzias de rosas foram encomendadas 13. 8
pelo floricultor? 14. 45 e 46
23. Um pai tem 32 anos e seus três filhos, 10, 7 e 5 anos. 15. 62 e 64
Daqui a quantos anos a soma das idades dos três filhos 16. 82, 83 e 84
será igual à idade do pai? 17. 99, 101 e 103
24. Qual é o menor número inteiro positivo cujo triplo é 18. 37
divisível por 9, 11 e 14? 19. R$ 300,00
25. Com os algarismos x, y e z formam-se os números de 20. 1º: R$ 300,00; 2º: R$ 350,00; 3º: R$ 420,00 e
dois algarismos xy e yx, cuja soma é o número de três 4º: R$ 500,00
algarismos zxz. Quanto valem x, y e z ? 21. R$ 11,00
26. O percurso de um autódromo é de 20 km. Os pontos 22. 36 dúzias
marcantes do autódromo são: A, que é o ponto de 23. 5 anos
partida; B, que dista 5 km de A; C, que dista 3 km de B; 24. 462
D, que dista 4 km de C e E, que dista 5 km de D. Todas as 25. x =2; y = 9 e z = 1
distâncias indicadas foram tomadas no mesmo sentido 26. O ponto C
de percurso. Um carro percorre nesse autódromo 367 27. 144
km nesse mesmo sentido de percurso e pára. Qual o 28. 14
ponto marcante mais próximo de onde esse carro parou? 29. 20
Matemática

27. Quantos números inteiros positivos e não maiores que 30. 48 m2


432 são primos relativos com 432? 31. 10
28. Qual o menor número natural não nulo que se deve 32. 6 caixas
multiplicar por 4.500 para se obter um número divisível 33. 187
por 2.520? 34. Em um domingo

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Equações do Segundo Grau INEQUAÇÕES DO 1º GRAU

Resolver uma inequação num dado conjunto-numérico U


1. As raízes da equação x2 + 5x + 3 = 0 são p e q. Se a
(universo) significa encontrar o conjunto de todos os valores
equação x2 + ax + b = 0 tem raízes p2 e q2, então quais
de U que tornam verdadeira a inequação. Este subconjunto
são os valores de a e b ? de U é chamado conjunto-solução ou conjunto-verdade da
2. Quantas raízes reais e distintas tem a equação 1998x2 + inequação.
1997x + 1996 = 0 : nenhuma, uma ou duas? Inequações do 1º Grau são as inequações redutíveis a
3. Ao multiplicar dois números positivos, sendo que um é uma das seguintes formas:
maior que o outro em 36 unidades, um aluno cometeu
um erro diminuindo em 8 unidades o algarismo das ax + b < 0
dezenas do produto. Em seguida, com o objetivo de ax + b ≤ 0
tirar a prova da operação realizada dividiu o produto ax + b > 0
encontrado pelo menor dos fatores encontrando ax + b ≥ 0
quociente 53 e resto 4. Sabendo que esta divisão não ax + b ≠ 0
estava errada, qual era o produto correto dos dois
números? (todas com a > 0)
4. Considere a igualdade x y –10x y + 9 = 0. Quantos pares
4 4 2 2

de números naturais (x, y) satisfazem esta equação? Obs.: É sempre possível multiplicar os dois lados de
uma inequação por -1 para obter a > 0, lembrando que ao
5. Se f é uma função do segundo grau tal que f(x – 1) = x2, multiplicar a inequação por -1 os sinais > e < serão sempre
então qual é o valor de f( 2 ) ? trocados um pelo outro.
6. As raízes da equação x2 –7x + c = 0 são números inteiros
e consecutivos. Qual é o valor de c ? Sendo a > 0 teremos:
7. Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. A
primeira gasta 5 horas mais do que a segunda para ax + b < 0 ⇔ x < - b/a
encher o tanque sozinha. Em quanto tempo a segunda ax + b ≤ 0 ⇔ x ≤ - b/a
torneira, sozinha, enche o tanque? ax + b > 0 ⇔ x > - b/a
8. Um tonel estava cheio com 100 litros de vinho puro. ax + b ≥ 0 ⇔ x ≥ - b/a
Um comerciante desonesto retirou certa quantidade ax + b ≠ 0 ⇔ x ≠ - b/a
do vinho deste tonel completando-o com água. Em
seguida retirou desta mistura uma quantidade igual EXERCÍCIOS PROPOSTOS
àquela retirada na primeira vez e completou novamente
com água. Uma análise feita posteriormente revelou 1. Resolvendo a inequação
que restaram no tonel apenas 64 litros do vinho puro
original. Quantos litros (vinho ou mistura) foram 2x +16 < 0
retirados de cada vez?
9. Uma quantia de R$ 1.200,00 foi paga a dois grupos, é correto dizer que:
um de carpinteiros e outro de auxiliares. A diferença 1) O conjunto-solução da inequação apresentada é
entre o valor pago a cada carpinteiro e aquele pago a {x ∈ R / x < −8}.
cada auxiliar foi de R$ 80,00. Entretanto o total pago ao 2) O conjunto- solução encontra-se no intervalo real onde
grupo de carpinteiros resultou igual ao total pago aos se tem x < +8.
auxiliares. Entre carpinteiros e auxiliares, eram ao todo 3) Se x é um valor que satisfaz à inequação então
20 trabalhadores. Quantos eram os carpin­teiros? x < −10.
4) Para qualquer valor de x tal que x > +8 a inequação
não será satisfeita.
5) Se −12 < x < −9 então x satisfaz à inequação.
GABARITO
A soma dos números que indicam os itens coretos é:
1. a = –19 ; b = 9 a) 10
2. duas b) 15
3. Resp. 1.197 c) 17
4. Três: (1 ; 1), (1 ; 3) e (3 ; 1) d) 27
Matemática

5. 9 e) 31
6. 12
7. 10 horas 2. Resolvendo a inequação
8. 20 litros
9. 5 carpinteiros
-5x +10 ≤ 0

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obteremos: 16) No intervalo x >13 km a corrida mais barata seria
a) x > 2 feita com o taxista C enquanto a mais cara seria com o
b) x ≤ 2 taxista A.
c) x ≥ 2
d) x < 2 A soma dos números que indicam os itens corretos é:
a) 3
e) −2 ≤ x ≤ +2
b) 5
c) 10
3. Resolvendo a inequação d) 22
e) 31
3x +4 ≥ 2x +5

obteremos:
GABARITO
a) x < 0
1. d 4. b
b) x < −1 2. c 5. b
c) x < 1 3. d 6. e
d) x ≥ 1
e) x > 0
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU
4. Resolvendo a inequação
São as inequações redutíveis a uma das seguintes
formas:
9x +4 > 11x -3
ax 2 + bx + c < 0
obteremos:
ax 2 + bx + c ≤ 0
a) x < +2/7 ax 2 + bx + c > 0
b) x < 7/2 ax 2 + bx + c ≥ 0
c) x > −7/2 ax 2 + bx + c ≠ 0
d) x > +2/7
e) x < −7/2 (todas com a > 0)

5. Resolvendo a inequação Sejam a > 0 e ∆ = b 2 - 4ac:

3x − 6 5 x − 9 ∆ > 0 → ax 2 + bx + c será positiva para todo x fora


≠ do intervalo limitado pelas duas raízes, igual a zero para x
4 6
igual a uma das raízes e negativa para x dentro do intervalo
obteremos: limitado pelas duas raízes.
a) x ≠ +72 d) x > 0
b) x ≠ 0 e) x < 0 ∆ = 0 → ax 2 + bx + c será igual a zero quando x for a
c) x ≠ 36 raiz e será positiva para outros x.

6. Numa certa cidade os taxistas podem fixar livremente ∆ < 0 → ax 2 + bx + c será sempre positiva.
quando cobrarão de seus passageiros por uma corrida.
Um cliente aproxima-se de três taxistas e lhes pergunta EXERCÍCIOS PROPOSTOS
quanto cobrariam por uma corrida ouvindo o seguinte:
Taxista A: Cobro R$1,00 por km rodado mais R$7,00 de Nos exercícios 1 a 5, resolva as inequações do 2o grau:
bandeirada.
Taxista B: Cobro R$0,80 por km rodado mais R$7,60 de 1. x 2 +11x -12 > 0
bandeirada.
Taxista C: Cobro R$0,60 por km rodado mais R$10,20 de 2. -x 2 +x +12 ≥ 0
bandeirada.
Sabendo que a bandeirada é um valor fixo cobrado por 3. x 2 -6x +9 > 0
eles em qualquer corrida, julgue os itens seguintes:
4. - x 2 -16x -64 ≥ 0
1) O intervalo para o qual uma corrida com o taxista A
seria a mais barata é x < 3 km.
5. 3x 2 +42 < 0
2) No intervalo 3 km ≤ x ≤ 8 km uma corrida com o taxista
A seria mais barata do que com o taxista B e mais cara
do que com o taxista C. GABARITO
4) No intervalo 8 km ≤ x ≤ 13 km uma corrida com o
Matemática

taxista C seria mais barata do que com o taxista A e mais 1. { x ∈ R / x < –12 ou x > 1}
cara do que com o taxista B. 2. { x ∈ R / –3 ≤ x ≤ 4}
8) O intervalo para o qual uma corrida com o taxista B 3. { x ∈ R / x ≠ 3}
seria a mais barata é 3 ≤ x ≤ 13, onde x indica a distância 4. {x = 8}
percorrida, em km. 5. ∅

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FUNÇÕES Existem muitas funções importantes que recebem
nomes especiais na Matemática e são representadas de
O conceito de função envolve três coisas: maneira particular. A tabela abaixo mostra alguns exemplos:
1ª Um conjunto não vazio de partida, A;
2ª Um conjunto não vazio de chegada, B; Nome da função Representação
3ª Uma regra, dada por uma relação definida em A×B,
que determina como encontrar um único y ∈ B para cada Polinomial P(x), Q(x), R(x), etc
x ∈ A. Logarítmica de base 10 log(x)
Logarítmica de base e Ln(x)
Definição
Fatorial n!
Dados dois conjuntos não vazios, A e B, chama‑se função Seno sen(x)
de A em B a qualquer relação de A×B onde: Tangente tg(x)
cada um dos elementos do conjunto A
corresponde pela relação dada a um
Domínio e Contradomínio
único elemento do conjunto B.
Dada a função f : A → B o conjunto A é chamado domínio
Exemplos: da função f e o conjunto B é o seu contradomínio.

1. Dados os conjuntos: Domínio de f : D( f ) = A

A = {1, 2, 3, 4} e B {1, 2, 3, 4, 5} Contradomínio de f : CD( f ) = B

E as quatro relações seguintes definidas em A×B: Quando o domínio e o contradomínio de uma função são
bem conhecidos, podemos indicar a função simplesmente
R = {(1,2), (2,3), (3,4), (4,5)} pela letra ou nome que a representa.
S = {(1,2), (2,2), (3,4), (4,4)} Assim, se uma particular função tem domínio e contra-
T = {(1,2), (1,3), (3,4), (4,5)} domínio definidos tradicionalmente como o conjunto R dos
U = {(1,2), (2,3), (3,3)} números reais, poderemos nos referir a ela simplesmente
como a função f em vez de f : R → R.
Das quatro relações apresentadas acima temos que:
As relações R e S são funções de A em B porque, nelas, Imagem
cada um dos elementos do conjunto A foi associado a um
único elemento do conjunto B. Cada y que aparece num par ordenado (x,y) de uma
A relação T não é função de A em B porque o elemento função é denominado imagem do correspondente x na
1 do conjunto A foi associado mais de um elemento do função dada.
conjunto B (2 e 3 como se pode ver nos dois primeiros pares
ordenados). Exemplo:
A relação U também não é função de A em B porque 1. Na função g : A → B, definida nos domínio
o elemento 4 do conjunto A não foi associado a qualquer
A = {1, 2, 3, 4} e contradomínio B {1, 2, 3, 4, 5} pela
dos elementos do conjunto B (deveria estar associado a um
relação:
único elemento do conjunto B).

2. O conceito de função não se aplica somente a nú- g = {(1,2), (2,2), (3,4), (4,4)}
meros. Na verdade, o conceito de função é muito flexível
podendo ser encontrado em qualquer situação em que seja Temos que y = 2 é imagem de x = 1 e de x = 2 enquanto
possível comparar dois conjuntos. Assim, vamos chamar de y = 4 é imagem de x = 3 e também de x = 4.
P ao conjunto de todas as pessoas e de M ao conjunto de Notamos também que os valores 1, 3 e 5 não são ima-
todas as mulheres que já existiram. Agora, vamos considerar gens na função g porque não aparecem como y em qualquer
a relação R que associa, a cada uma das pessoas, a mulher dos pares ordenados pertencentes à função g.
que é a mãe daquela pessoa. Podemos escrever isto como: Quando um y é imagem de algum x numa função f,
podemos escrever:
R = {(x,y) ∈ P×M / y é mãe de x}
y = f (x)
Esta relação R é uma função porque a cada um dos ele- (lê‑se “y é igual a f de x”)
mentos x de P (cada pessoa) sempre corresponde um único
elemento y de M (uma mulher) tal que y seja a mãe de x. Conjunto‑Imagem
Representações Usuais Chamamos de conjunto‑imagem de uma função o
conjunto que reúne todos os y que são imagem de algum x
Quando uma relação é uma função, é comum represen- na função dada.
Matemática

tá‑la por uma letra minúscula. Assim, se a relação h é uma


função de A em B podemos escrever: Exemplo:
1. Na função g do exemplo anterior o conjunto‑imagem
h:A→B é o conjunto {2, 4} e anotamos isto como:
ou
y = h(x) Im(g) = {2, 4}

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Lei de uma Função 2. A função f : R→R, onde R é o conjunto dos números
2
reais, definida pela lei f ( x) = x − 4 x + 3 tem o gráfico
Para o nosso estudo, interessam principalmente as
funções definidas para conjuntos numéricos cujas relações cartesiano ilustrado abaixo:
sejam determinadas por alguma regra matemática específica
como uma operação ou uma expressão algébrica.
Exemplos:
1. Seja N o conjunto dos números naturais, a função f :
N → N definida pela lei f(x) = 3x +2 associa a cada x
∈ N o número y = 3x +2 ∈ N. Nessa função, imagem
do elemento x = 5 será y = 17, pois este será o valor
numérico da expressão 3x +2 para x = 5.
y = f(x)
f(x) = 3x +2
f(5) = 3(5)+2
f(5) = 15+2
f(5) = 17
(lê‑se “f de 5 é igual a 17”)
2. Na função g : Z → N definida por g(x) = 3x2+2, a ima-
gem do elemento x = – 2 será 14, pois:
y = g(x)
g(x) = 3x2+2
g(–2) = 3(–2) 2 +2 f ( x) = x 2 − 4 x + 3
g(–2) = 3×4+2 =14
g(–2) = 14
Teste da Linha Vertical
Gráfico de uma Função
Considere todos os pares ordenados (x,y) pertencentes Da definição de função decorre a seguinte regra prática
à função f : A → B. para reconhecimento do gráfico cartesiano de uma função:
O gráfico cartesiano de uma função numérica f é a
representação gráfica onde:
1º o domínio da função é representado no eixo horizon- O gráfico cartesiano de uma função y = f(x)
tal (eixo das abscissas ou eixo dos “x”) nunca terá dois ou mais pontos quaisquer
2º o contradomínio da função é representado no eixo sobre uma mesma reta vertical.
vertical (eixo das ordenadas ou eixo dos “y”)
3º cada um dos pares ordenados da função corresponde Exemplos:
a um ponto do plano cartesiano.
Exemplos: 1. O gráfico cartesiano abaixo apresenta dois pontos
sobre uma mesma reta vertical. Logo, não pode ser
1. O gráfico cartesiano da função h : A→B definida pela gráfico de uma função.
lei h(x) = x onde A ={1, 2, 3, 4} e B={1, 2, 3, 4, 5} é:

Matemática

h(x) = x Não representa uma função

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2. O gráfico cartesiano seguinte nunca tem dois ou mais
pontos sobre uma mesma reta vertical. Portando, ele
representa uma função.

Função Identidade

Uma função do 1º grau, f : R → R, é chamada função


identidade quando tem coeficiente angular b = 0 e coefi-
ciente linear a = 1, ou seja:

f(x) = x
Representa uma função.

Mais adiante discutiremos detalhes algumas funções


de interesse para o nosso estudo, fazendo a análise de seus
gráficos.

Função do 1º Grau

Uma função do 1º grau, também chamada função afim,


é qualquer função f : R → R tal que:

f(x) = ax + b (com a ≠ 0)

O gráfico de uma função do 1o grau é sempre uma reta


inclinada que encontra o eixo vertical quando y = b.
A constante b da expressão ax+b é chamada coeficiente
linear.
O coeficiente a da expressão ax+b é chamado coefi-
ciente angular e está associado à inclinação que a reta Função Identidade
do gráfico terá (na verdade o valor de a é igual à tangente
de certo ângulo que a reta do gráfico forma com o eixo Função do 2O Grau
horizontal).
Se a > 0 a função será crescente, ou seja, quanto maior Uma função do 2º grau, ou função quadrática, é qual-
for o valor de x, maior será também o valor correspondente quer função f : R → R tal que:
de y e o gráfico vai ficando mais alto para a direita.
f(x) = ax 2 + bx + c (com a ≠ 0)

x1 > x2 ⇒ f(x1) > f(x2) O gráfico de uma função do 2o grau é sempre uma
parábola.
O que é exatamente uma parábola? Embora nem sempre
se diga, as parábolas são curvas especiais construídas de tal
modo que cada um dos infinitos pontos que a formam fica
à mesma distância de uma determinada reta (a diretriz da
parábola) e de um determinado ponto (o foco da parábola)
que está fora da reta diretriz.
Matemática

Se a < 0 a função será decrescente, ou seja, quanto maior


for o valor de x, menor será o valor correspondente de y e
o gráfico vai ficando mais baixo para a direita.

x1 > x2 ⇒ f(x1) < f(x2)

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Vértice da Parábola

O vértice de uma parábola é um ponto da parábola com


várias características interessantes. Ele será o ponto mais
alto (ponto de máximo) ou o ponto mais baixo (ponto de
mínimo) da parábola. Além disto, o vértice da parábola divide
a parábola em duas partes simétricas, sendo uma crescente
e outra decrescente.

Discriminante da Função Quadrática

O valor ∆ = b2 – 4ac é chamado discriminante da função


f(x) = ax 2 + bx + c.
Dependendo dos sinais de ∆ e do coeficiente do termo
do segundo grau (também chamado termo principal), ocor-
rerá sempre uma das três seguintes situações:

1a : ∆ > 0
Coordenadas do Vértice
A equação f(x) = 0 terá duas raízes reais e a parábola
encontrará o eixo horizontal (eixo do x) em dois pontos As coordenadas do vértice podem ser obtidas com as
distintos. seguintes expressões:

−b
xv =
2a

−∆
yv =
4a

2a : ∆ = 0 Uma forma alternativa de se conseguir estas coorde-


nadas é:
A equação f(x) = 0 terá há uma só raiz real e a parábola
encontrará o eixo horizontal em um único ponto. 1 o Conhecidas as raízes da função, o  x do vértice
pode ser calculado como a média aritmética das raízes
da função;

r1 + r2
xv =
2

2o conhecido o valor de xv pode‑se calcular o y do vértice


como o valor que a função assume para x = xv :
3a : ∆ < 0
y v = a ( xv ) 2 + b( xv ) + c
A equação f(x) = 0 terá não há raízes reais e o gráfico
não encontrará o eixo horizontal.
Distância Entre as Raízes Reais

Se a função do segundo grau f(x) = ax 2 +bx +c tem raízes


reais, então a distância entre essas raízes, dr, será igual a:
Matemática


dr =
a

(com ∆ = b 2 − 4a
c )

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Exercícios Propostos em um determinado mês, o lucro auferido foi de R$ 20
000,00, significa que a venda realizada foi, em número
1. O gráfico da função f(x) = 3x – 9 encontra o eixo das de unidades, de
abscissas (horizontal) quando x é igual a: a) 1.440
a) –9 b) 1.500
b) –3 c) 1.600
c) 0 d)) 1.760
d) 3 e) 2.000
e) 9
10. A função do segundo grau f(x) = x 2 +bx +c encontra o
2. O gráfico da função f(x) = – 2x – 14 encontra o eixo das eixo horizontal em x = 2 e em x = 5. Então os valores de
ordenadas (vertical) quando y é igual a: b e de c são, respectivamente:
a) –14 a) –7 e – 10
b) –7 b) 7 e 10
c) 0 c) –7 e 10
d) 7 d) 7 e – 10
e) 14 e) 10 e 7

3. A  função do primeiro grau f(x) = ax +8 é crescente e 11. O gráfico de f(x) = x 2 +bx +9 encontra o eixo das abscissas
encontra o eixo das abscissas (horizontal) quando x é em um único ponto. Então o valor de b é:
igual a – 4. Então o valor de a é: a) ±36 b) ±6 c) 36 d) 6 e) –6
a) – 4 b) – 2 c) 2 d) 4 e) 8
O lucro de uma empresa é dado pela função L(x) = 120(12
4. Considere que a função do primeiro grau definida por − x)(x − 40), em que x representa a quantidade de unidades
f(x) = ax + 10 seja crescente. Assinale a opção que indica de produtos vendidos.
um valor impossível para a raiz desta função.
a) – 25 b) – 4 c) – 3π d) – 2 e) 4 12. (UEG/Agente Legislativo) Assim, é correto afirmar que
o lucro é
5. (Cescem) Para que os pares (1; 3) e (3; – 1) pertençam a) positivo para qualquer quantidade de unidades ven-
ao gráfico da função dada por f (x) = ax + b, o valor de didas.
b – a deve ser: b) positivo apenas para quantidades vendidas entre 12
a) 7 b) 5 c) 3 d) –3 e) –7 e 40.
c) o maior possível se a quantidade vendida for exata-
6. Uma função real f do 1º grau é tal que : mente 28.
d) positivo para qualquer quantidade vendida, desde
f (0) = 1 + f (1) que essa quantidade seja maior que 12.
e
f (–1) = 2 – f (0) 13. (FCC/Nível Médio) Depois de várias observações, um
agricultor deduziu que a função que melhor descreve a
Então, f (3) é: produção (y) de um bem é uma função do segundo grau
a) –3 b) –5/2 c) –1 d) 0 e) 7/2 y = ax2 + bx +c, em que x corresponde à quantidade de
adubo utilizada. O gráfico correspondente é dado pela
7. Para que a função do 1º grau dada por f (x) = (2 – 3k) x figura abaixo.
+ 2 seja crescente, é necessário que:
a) k = 2/3
c) k > 2/3
e) k > – 2/3
b) k < 2/3
d) k < – 2/3

Um passageiro recebe de uma companhia aérea a seguinte


informação em relação à bagagem a ser despachada: por
passageiro, é permitido despachar gratuitamente uma baga-
gem de até 20kg; para qualquer quantidade que ultrapasse
os 20kg, será paga a quantia de R$ 8,00 por quilo excedente.

8. (UnB/95-STJ) Sendo P o valor pago pelo despacho da Tem‑se, então, que:


bagagem, em reais, e M a massa da bagagem, em kg, a) a = −3, b = 60 e c = 375
em que
b) a = −3, b = 75 e c = 300
M > 20, então:
a) P = 8M c) a = −4, b = 90 e c = 240
b) P = 8M – 20 d) a = −4, b = 105 e c = 180
c) P = 20 – 8M e) a = −6, b = 120 e c = 150
Matemática

d) P = 8(M – 20)
e) P = 8(M + 20) 14. (FCC/Nível Médio) Uma empresa, após vários anos de
estudo, deduziu que o custo médio (y) em reais de sua
9. (FCC/Nível Médio) Seja y =12,5x −2000 uma função produção e venda de x unidades de um determinado
descrevendo o lucro mensal y de um comerciante na produto é uma função do segundo grau y = x2 + bx + c
venda de x unidades de um determinado produto. Se, representada pelo gráfico a seguir:

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FUNÇÃO EXPONENCIAL
Chamamos de função exponencial a toda função defi-
nida como:

f : ℝ → ℝ tal que:
f(x) = bx
com 0 < b ≠ 1

Dependendo do valor da base, a, uma função exponen-


Tem‑se, então, que: cial pode ser:
a)) b = −6 e m = 3
b) b = −6 e m = 6 - estritamente decrescente:
c) b = −3 e m = 6
d) b = 3 e m = 6 sempre que 0 < b < 1.
e) b = 6 e m = 3
- estritamente crescente:
15. Considere o gráfico da parábola da figura abaixo.
sempre que b > 1.

Exemplos:

f(x) = 2x é estritamente crescente.


A única equação que pode representar este gráfico é: 2 A = 2B ⇔ A = B
a) y = x2 + 3x; 2 A < 2B ⇔ A < B
b) y = x2− 3x;
c) y = x2;
d) y = x2 − 3;
e) y = x2 + 3;

16. As raízes de f(x) = 2x 2 +bx +c têm sinais opostos. Nessas


condições, julgue cada um dos itens abaixo como Certo
ou Errado:
a) b 2 – 8c pode ser igual a zero.

(2 )
b) b 2 – 8c não pode ser negativo. x
c) c < 0 f(x) = 1 é estritamente decrescente.
d) b < 0
e) b < c ( 12 )A = ( 12 )B ⇔ A = B
17. As raízes de f(x) = – 3x 2 +bx +c são positivas e distintas.
Assim sendo, julgue cada um dos itens abaixo como
( 12 )A < ( 12 )B ⇔ A > B
Certo ou Errado: (note a inversão do sinal na 2ª desigualdade)
a) b 2 – 12c pode ser igual a zero.
b) b 2 – 12c pode ser negativo. Equações Exponenciais
c) c < 0
d) b > 0 Uma equação exponencial é qualquer equação onde a
e) b > c incógnita só ocorre no expoente.

GABARITO Exemplos
Funções 2x = 64
32x–2 = 81
1. d 7. b 13. a 34x + 1 = 27x + 2
Matemática

2. a 8. d 14. a
3. c 9. d 15. a Para resolver uma equação exponencial devemos
4. e 10. c 16. E, C, C, E, E reduzi‑la à seguinte forma:
5. a 11. b 17. E, E, C, C, C
6. b 12. b bf(x) = bg(x)

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Exemplos Exemplos:
Nas inequações exponenciais com b>1 observe como o
1o) 2x = 64 sinal da desigualdade é MANTIDO quando passamos para
a comparação dos expoentes:
2x = 26 ⇔ x = 6
1) 2x < 64
2o) 32x–2 = 81

32x–2 = 34 2x < 64
2x–2 = 4 2x < 26
2x = 6 ⇓ (mantém)
x=3 x < 6
3o) 34x + 1 = 27x + 2 2) 32x–2 > 81
34x + 1 = (33)x + 2
34x + 1 = 33x + 6 32x–2 > 81
4x + 1 = 3x + 6 32x–2 > 34
4x – 3x = 6 – 1 ⇓ (mantém)
x=5
2x–2 > 4
4 ) 4 – 5⋅2 + 4 = 0
o x x 2x > 6
x > 3
22x –5 ⋅ 2x + 4 = 0
(2x)2 –5 ⋅ 2x + 4 = 0 3) 34x + 1 < 27x + 2

Substituindo 2x por y, temos: 34x + 1


< 27x + 2
y2–5y + 4 = 0 34x + 1
< (33)x + 2
(equação do 2º grau em y) 34x + 1
< 33x + 6
y = 4 ou y = 1 ⇓ (mantém)
2x = 4 ou 2x = 1
4x + 1 < 3x + 6
2x = 4 ⇒ 2x = 22 ⇒ x = 2 4x – 3x < 6–1
ou x < 5
2x = 1 ⇒ 2x = 20 ⇒ x = 0
Nas inequações exponenciais com 0<b<1 observe
Inequações Exponenciais como o sinal da desigualdade é INVERTIDO ao pas-
sarmos das potências para os respectivos expoentes.
Para resolver uma inequação exponencial devemos
primeiro reduzi‑la a uma das formas abaixo: 4º) (1/2)x < 1/8
bf(x) > bg(x)
b f(x) ≥ b g(x) (1/2)x < 1/8
b f(x) < b g(x) (1/2)x < (1/2)3
b f(x) ≤ b g(x) ⇓ (inverte)
x > 3
Em qualquer um desses casos teremos somente duas
situações possíveis: 5o) (1/3)2x–2 > 1/27

– Se b > 1 a função exponencial será estritamente cres- (1/3)2x–2 > 1/27
cente. Portanto: (1/3)2x–2 > (1/3)3
⇓ (inverte)
Se b > 1 2x–2 < 3
bx > by bx < by 2x < 5
⇓ ⇓ x < 5/2
x>y x<y
(as desigualdades são mantidas) 6o ) (1/3)4x + 1 < (1/27)x + 2

– Se 0<b<1 a função exponencial será estritamente (1/3)4x + 1 < (1/27)x + 2
decrescente. Portanto: (1/3)4x + 1 < ((1/3)3)x + 2
(1/3)4x + 1 < (1/3)3x + 6
Matemática

Se 0 < b < 1 ⇓ (inverte)


bx > by bx < by 4x + 1 > 3x + 6
⇓ ⇓
4x – 3x > 6–1
x<y x>y
(as desigualdades são invertidas) x > 5

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EXERCÍCIOS LOGARITMOS
2
1. Se 2 x −2 = 128 então: A logaritmação é a operação inversa da exponenciação,
a) x = 3 ou seja, ela nos dá o expoente que certa potência numa dada
b) x = 2 ou x = 1 base que deve ser positiva e diferente de 1:
c) x = 81
Se 0 < b ≠ 1, e bx = y
d) x = 3 ou x = –3
Então  log b ( y ) = x
e) a equação não tem raízes em R.
Note que o logaritmo é um expoente.
2. O valor de x que satisfaz a equação 3x–1 = 81 é:
a) 1 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 log b ( y ) = x
(o logaritmo de Y na base b é X)
3. O valor de x que satisfaz a equação 8x–1 = 4x é: (o expoente na base b que nos dá Y é X)
a) 1 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6
Exemplos:
4. O valor de x que satisfaz a equação 2x–1 + 2x+1 = 80 é:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 32 = 9
(o expoente na base 3 que nos dá 9 é 2)
5. Sabe-se que x=0 é uma das soluções da equação expo- (o logaritmo de 9 na base 3 é 2)
nencial log 3 ( 18 ) = −3

22x – 6⋅2x + 5 = 0 2–3 = 1/8


(o expoente na base 2 que nos dá 1/8 é –3)
A outra solução, que não é inteira, é um número real (o logaritmo de 1/8 na base 2 é –3)
compreendido entre: log 3 ( 18 ) = −3
a) 0 e 1 c) 2 e 3 e) 4 e 5
b) 1 e 2 d) 3 e 4 Nomenclatura

2x × 2y = 16 Em alguns exercícios os números envolvidos na indicação


6. As soluções do sistema dado por  x y são raízes de um logaritmo recebem nomes especiais que precisamos
da equação: (2 ) = 8 conhecer para entender corretamente o enunciado e resolver
a) a2 + 3a – 4 = 0 d) a2 – 4a + 3 = 0 o problema.
b) a – 3a – 4 = 0
2
e) a2 + 4a + 3 = 0
Na expressão:
c) a2 – 4a – 3 = 0
x +3 2 x −5 log b ( A) = x
7. O conjunto-solução da inequação  3  3
<  é:
7 7 Temos:
a) {x R / x > 8} d) {x ∈ R / x > 8/3}
b) {x ∈ R / x > 2} e) {x ∈ R / x < 2} b é a base;
c) {x ∈ R / x < 8} A é o logaritmando (resultado de bx);
x é o logaritmo (expoente de bx).
8. O conjunto-solução da inequação 5x–3 > 0 é:
a) {x R / x > 3} d) {x ∈ R / x > –3} Condições de Existência
b) {x ∈ R / x < 3} e) {x ∈ R}
c) {x ∈ R / x > 0} Para que um logaritmo corresponda a um único número
real, os valores da base e do logaritmando devem obedecer a
9. Para que a função exponencial f(x) = (a–3)x seja decres- certas condições que chamamos de condições de existência.
cente, é necessário, mas não suficiente que:
a) a > 4 d) a < –3 (I) logaritmando positivo.
b) a < 3 e) a < 0
c) a > 3 log b (A) ⇒ A > 0

10. Para que a função exponencial f(x) = (a–3)x seja crescen- (II) base positiva e diferente de 1.
te, é suficiente, mas não necessário que:
a) a > 5 log b (A) ⇒ 0<b ≠ 1
b) a < 5
c) a > 3 Dizer que o logaritmo “é um número real” ou que
d) a < 3 ele “está bem definido” equivale a dizer que as
e) a > 0 condições existência estão todas satisfeitas.
Matemática

GABARITO Exemplos:
1o Determinar x para que log2(2x–10) seja um número
real.
1. d 4. d 7. c 10. a
2. d 5. c 8. e 2x–10 > 0
3. b 6. d 9. c x>5

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2º Determine os valores de x para que exista logx–9(8). Assim, percebemos que o logaritmo de qualquer número
real positivo X, é igual a:
x–9 > 0 e x–9 ≠ 1 ⇕
x > 9 e x ≠ 10 log(X) = log(10K × r)
portanto: log(X) = log(10K) + log(r)
9 < x < 10 ou x > 10 log(X) = K + log(r)

Propriedades dos Logaritmos Como a função logarítmica de base 10 é estritamente


crescente, temos que:
Sejam A, B e b positivos e b ≠ 1, tem‑se:
1a ) log b(b) =1 1 ≤ r < 10
2a ) log b(1) =0 ⇕
3a ) log b(bk) = k log(1) ≤ log(r) < log(10)
4a ) log b(A×B) = log b(A) + log b(B) 0 ≤ log(r) < 1
5a ) log b(A÷B) = log b(A) – log b(B)
6a ) log b(Ak) = k×log b(A) Assim, se a representação de X em notação científica é:
7a ) log b(A) = log b(B) ⇔ A = B
8a ) Mudança de Base: X = 10K×r,

log b ( A) então podemos representar o logaritmo decimal de


log B ( A) =
log b ( B) X como:

Cologaritmo log(X) = K + m
K ∈ℤ
Um cologaritmo é um logaritmo com o sinal oposto. 0 m<1

colog b(A) = –log b(A) Nas condições acima, chamamos:


- Característica de log(X): é o inteiro K;
Exemplos: - Mantissa de log(X): é o número m = log(r)
colog 8(64) = –log 8(64) = –2
colog 3(81) = –log 3(81) = –4 Como os valores das mantissas costumam ser difíceis
de calcular, eles são usualmente fornecidos prontos numa
Antilogaritmo tabela (tabela de mantissas).

É o mesmo que potência. Tabela de Mantissas de Logaritmos Decimais

antilog b (n ) = b n A tabela abaixo mostra as três primeiras casas decimais


das mantissas de log(X) onde X é um número compreendido
entre 1 e 10 com uma única casa decimal.
Exemplos:
Tabela de mantissas de log(X)
antilog 3(2) = 32 = 9
antilog 5(3) = 53 = 125 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
1 000 041 079 114 146 176 204 230 255 279
Logaritmos Decimais 2 301 322 342 362 380 398 415 431 447 462
São os logaritmos de base dez. Convencionou‑se que, 3 477 491 505 519 531 544 556 568 580 591
nesse caso, não é necessário escrever a base. 4 602 613 623 633 643 653 663 672 681 690
5 699 708 716 724 732 740 748 756 763 771
log(x) = log10(x) 6 778 785 792 799 806 813 820 826 833 839
Exemplos: 7 845 851 857 863 869 875 881 886 892 898
8 903 908 914 919 924 929 934 940 944 949
log(100) = log10(100) = 2 9 954 959 964 968 973 978 982 987 991 996
log(0,01) = log10(0,01) = −2
log(1000) = log10(1000) = 3 Esquerda de cada linha: parte inteira de X.
log(0,001) = log10(0,001) = −3 Topo de cada coluna: parte decimal de X.

Característica e Mantissa Exemplos:

Usando a notação científica para representar um número log(5,0) = 0,699


real positivo qualquer, X, teremos: log(2,3) = 0,362
log(3,2) = 0,505
Matemática

X = r ×10K log(3200) = log(3,2×103)


log(3200) = 3 + log(3,2)
Onde: log(3200) = 3 + 0,505

K ∈ℤ Característica de log(3200) = 3
1 r < 10 Mantissa de log(3200) = mantissa de log(3,2) = 0,505

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Propriedade das Mantissas Exemplos:

Se as representações decimais de dois números reais


positivos diferem somente na posição da vírgula, então os
seus logaritmos decimais terão mantissas iguais.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Nos exercícios 1 a 8 calcular cada um dos logaritmos pedidos.

1. log 2(8).

2. log 3(81). f(x) = log 2(x) é crescente.

3. log 8(2).

4. log 25(56).

5. log 8(2).

6. log2(326).

7.
log 49 ( 7) .
5

 23  f(x) = log 1 ( x) é decrescente.


8. log 1  3  .
2
 4 2

9. log(1.000). Equações Logarítmicas


Para resolver uma equação logarítmica procuramos
10. log(0,0001). simplificá-la até obter uma igualdade entre dois logaritmos
de bases iguais e, então, basta igualarmos os logaritmandos.
11. Calcular log (26)×log (56).
log b (A) = log b (B)
12. Dados log(x) = 5 e log(y) =8, calcule log(x3y2). ⇓
13. Sabendo que log(x) = 2 e log(y) = 5, calcule log(x8÷y3). A = B
Verificação das Condições de Existência.
14. A raiz trigésima de um número inteiro de 36 algarismos
é o número n. Sabendo que n é um número natural de Na resolução de uma equação logarítmica é obrigatório
dois algarismos pode‑se concluir que n é: que todos os logaritmos dados na expressão original obe-
deçam as condições de existência.
Obs.: Se necessário use a tábua de logaritmos apresen-
tada na parte teórica. (I) Todos os logaritmandos da expressão original devem
ser positivos.
GABARITO
log b (A) ⇒ A > 0
1. 3 6. 30 11. 6 (II) Todas as bases devem ser positivas e diferentes de 1.
2. 4 7. 1/10 12. 31
3. 1/3 8. −7/3 13. 1 log b (A) ⇒ 0 < b ≠ 1
4. 3 9. 3 14. 15
5. 1/3 10. −4 Exemplos:

1. Resolver a equação
Funções Logarítmicas
log (2x−2) = log (x+6)
Uma função logarítmica é toda função definida como:
1º passo:
* Encontrar as possíveis raízes:
f : R+ → R tal que
y = log b(x)
Matemática

A base não foi escrita → base é 10


- Sempre que b>1, a função logarítmica será estritamente log 10 (2x−2)= log10 (x+6)
crescente. ⇓
- Sempre que 0<b<1, a função logarítmica será estrita- 2x−2 = x+6
mente decrescente. x = 8

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2º passo: log b(x) > log b(z)
Verificar condições de existência: b>0 ⇓ (mantém)
x>z
1ª. Logaritmandos da expressão original TODOS po-
sitivos. e

2x−2 > 0 e x+6 > 0 log b(x) < log b(z)


2(8)−2 > 0 e (8)+6 > 0 b>0 ⇓ (mantém)
x<z
16−2 > 0 e 8+6 > 0
14 > 0 14 > 0
quando 0<b<1 o sinal da desigualdade
(satisfaz) (satisfaz)
x = 8 satisfez as condições. é invertido ao comparar os
logaritmandos.
2ª. Bases positivas e diferentes de 1
log b(x) > log b(z)
A base dos logaritmos dados é 10 que é positivo e dife- 0<b<1 ⇓ (inverte)
rente de 1. Portanto, a 2ª condição de existência (0<b≠1) x<z
também está satisfeita.
e
3º passo:
Apresentar o conjunto-solução. log b(x) < log b(z)
0<b<1 ⇓ (inverte)
S = {8} x>z
2. Resolver a equação
EXERCÍCIOS
log 2 (3x−9) = log 2 (x−5)
Resolva as equações logarítmicas:
1º passo: Encontrar as possíveis raízes:
1. log3(2x+5) = 2.
log 2 (3x−9) = log 2 (x−5)
⇓ 2. log(2x+6) = 2.
3x−9 = x−5
3. 3log(x) = 2 log(8).
2x = 4
x = 2 4. log 3 (x) + log 9 (x) = 1.
2º passo: Verificar se as raízes encontradas satisfazem 5. (log 2 (x))2 − log 2 (x2) −8 = 0.
as condições de existência:
6. log 21 (x+2) + log 21 (x+6) = 1.
- I) Todos os logaritmandos da expressão original
devem ser positivos.
7. Os valores de K, para que o domínio da função

3x−9 > 0 e x−5 > 0 f(x) = log (x2+Kx+K)


3(2)−9 > 0 e (2)−5 > 0 seja o conjunto dos números reais, são tais que:
−3 > 0 e −3 > 0 a) K < −4
b) −4 < K < −2
falso falso c) −2 < K < 0
O único valor encontrado (x = 2) não obedeceu à con- d) 0 < K < 4
dição de existência dos logaritmandos e, portanto deverá e) K > 4
ser descartado.
É desnecessário verificar as condições de existência das 8. O conjunto-solução da inequação
bases pois a 1ª condição de existência descartou a única pos-
sibilidade de raiz que tínhamos para a equação deixando o log2 (2x+1)< log27
conjunto solução vazio. está corretamente representado no intervalo:
a) [−1/2;3]
3º passo: conjunto-solução: b) ]−1/2;3[
S=∅ c) [−3;1/2]
d) ]−3;1/2[
Inequações Logarítmicas e) ]−;3[

O comportamento das inequações logarítmicas depende GABARITO


Matemática

do valor da base dos logaritmos estão sendo comparados


na inequação. 1. x = 2 5. x = 1/4 ou x = 16
2. x = 47 6. x = 1
quando b > 1 o sinal da desigualdade é 3. x = 4 7. d
mantido ao comparar os logaritmandos. 4. x = 3 9 8. b

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SISTEMAS LINEARES ordenada ( r1 , r2 , r3 , ... rn ) se, e somente se, substituindo
x1 = r1 , x2 = r2 , x3 = r3 ..... xn = rn em todas as equações do
Denominamos sistema linear a todo sistema de m equa- sistema, elas se tornarem todas verdadeiras.
ções a n incógnitas do tipo:
Exemplo:
O sistema
a11x1 + a12x2 ..... + a 1 nx n = b1
a21x1 + a22x2 ..... + a 2 nx n = b2 x +y = 10
a31x1 + a32x2 ..... + a 3 nx n = b3 x –y =4
S= . . . .
tem uma solução igual a (7, 3) porque substituindo x = 7
. . . . e y = 3 em cada uma das duas equações do sistema teremos:
. . . .

am1x1 + am2x2 ..... + a m nx n = bm (7) + (3) = 10 (verdadeiro)


(7) – (3) =4 (verdadeiro)
onde:
x1 , x2 , ... , x n - são as incógnitas
Um sistema linear pode ter mais de uma solução e pode
a i j – são os coeficientes das incógnitas
até não ter solução alguma.
b1 , b2 , ... , b n - são os termos independentes.

Exemplos:
Classificação dos Sistemas Lineares
1o) O sistema S 1 , abaixo, é um sistema linear com 3
Quanto à existência de soluções um sistema linear
equações e 3 variáveis.
pode ser:
Possível – Quando tem pelo menos uma solução (tam-
3x + 2y –z =2 bém chamado de compatível ou consistente);
Impossível – Quando não tem solução (também deno-
S1 = –2x + 3y + 4z =7 minado incompatível ou inconsistente).

Quanto ao número de soluções um sistema linear pode


x +y + 5z =9 ser:
Determinado – Quando tem uma única solução;
2o) O sistema S 2 , abaixo, é um sistema linear com 4 Indeterminado – Quando tem várias soluções.
equações e 3 variáveis.
Propriedades dos Sistemas Lineares
3x + 2y –z =2
1 – Um sistema linear homogêneo tem, sempre, pelo
–2x + 3y + 4z =7 menos uma solução pois x1 = 0 , x2 = 0 , x3 = 0 , ... xn = 0 sempre
S2 = tornará todas as equações do sistema homogêneo verda-
deiras. A solução (0, 0, 0, ..., 0) é chamada solução trivial.
x +y + 5z =9 2 – Um sistema com n equações e n variáveis terá uma
única solução (sistema determinado) se e somente se o
4x +y – 3z = 11 determinante formado pelos coeficientes do sistema for
diferente de zero.
3o) O sistema S 3 , abaixo, é um sistema linear homogêneo
com 3 equações e 3 variáveis. Teorema de Cramer
2x + 3y –z =0 Seja S um sistema linear com número de equações igual
ao número de incógnitas.
S3 = –2x + 4y + 2z =0 Se o determinante do sistema for diferente de zero
(D ≠ 0) então o sistema terá solução única, (r1 , r2 , r3 , ...
x +y + 3z =0 rn), tal que:

Este sistema é dito homogêneo porque todos os termos Di


independentes são nulos.
ri = , 1≤ i ≤ n
D
Matemática

Soluções de um Sistema Linear Onde Di é o determinante da matriz obtida a partir da


matriz do sistema, substituindo-se a i-ésima coluna de coefi-
Dizemos que um sistema de equações lineares com n cientes pela coluna de termos independentes das equações
incógnitas, x1, x2, x3, ... , xn , admite como solução a sequência do sistema.

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Exemplo: 2 1 3
Considere o sistema S dado abaixo:
B = 0 6 7
0 0 0

0 2 8 0
O determinante do sistema é: C = 0 0 5 3
0 0 0 6
1 1 1 0 0 0 0
D = 1 −1 1 = 6
2 1 −1
Característica de uma Matriz
Os determinantes Di são: Seja A uma matriz não nula qualquer e A’ a matriz esca-
lonada equivalente por linha à matriz A.
Denomina-se característica da matriz A ao número de
linhas não nulas da matriz A’.

Exemplos:

1 2 3
A = 0 5 2
0 0 8

1 1 6
A matriz A tem característica 3.
D3 = 1 − 1 2 = 6
2 1 7
2 1 3
B = 0 6 7
Desse modo, teremos:
0 0 0

A matriz B tem característica 2.

0 2 8 0
C = 0 0 5 3
0 0 0 6
Portanto, a solução do sistema é: 0 0 0 0

{ ( 3; 2; 1 ) } A matriz C tem característica 3.

Matriz Escalonada Teorema de Rouché-Capelli

Dada uma matriz A = (a i j)mxn , dizemos que A é uma Seja S um sistema linear com m equações e n incógnitas.
matriz escalonada se o número de zeros que antecede o
primeiro elemento não nulo de cada linha aumenta, a cada
a11x1 + a12x2 ..... + a1 nx n = b1
linha, até que, eventualmente, as novas linhas sejam todas
nulas. a21x1 + a22x2 ..... + a2 nx n = b2
a31x1 + a32x2 ..... + a3 nx n = b3
Exemplos:
Matemática

S= . . . .

1 2 3 . . . .
. . . .
A = 0 5 2 . . . .

0 0 8 am1x1 + am2x2 ..... + am nx n = bm

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Sejam A e B as matrizes incompleta e completa do 5. Resolvendo o sistema abaixo
sistema, respectivamente:
x +y +z =6
a11 a12 .... a1n 3x –y +z =8
A= a21 a22 .... a2n x +y + 2z =7
... ... ... ...
encontraremos:
am1 am2 .... amn
a) x = 3
b) y = 1
a11 a12 .... a1n b1 c) z = 2
B= a21 a22 .... a2n b2 d) x = 1
e) y = 3
... ... ... ... ...
am1 am2 .... amn bm 6. Dois números são tais que, multiplicando-se o maior por
5 e o menor por 6 os produtos serão iguais. O menor,
Nestas condições, o teorema de Rouché-Capelli estabe- aumentado de 1 unidade, fica igual ao maior diminuído
lece que o sistema linear S será possível se, e somente se, de 2 unidades. Então:
as características de A e B forem iguais. a) o produto deles é igual a 300.
b) cada um deles é maior que 20.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS c) os dois números são ímpares.
d) os dois números são pares.
Considere o sistema abaixo, nas incógnitas x e y, para res- e) a soma deles é igual a 33.
ponder as questões 1 a 3.
7. Numa gincana cultural cada resposta correta vale 5
2x +y =5 pontos, mas perdem-se 3 pontos a cada resposta errada.
Em 20 perguntas uma equipe conseguiu uma pontua-
6x + py = q ção final de 44 pontos. Quantas perguntas esta equipe
acertou?
1. O sistema será possível e indeterminado se, e somente se a) 7.
a) p = 3 e q = 15 b) 9.
b) p = 3 e q ≠ 15 c) 11.
c) p ≠ 3 e q = 15 d) 13.
d) p ≠ 3 e q ≠ 15 e) 15.
e) p ≠ 3, seja qual for o valor de q.
8. Um colégio tem 525 alunos, entre moças e rapazes. A
2. O sistema será impossível se, e somente se soma dos quocientes do número de rapazes por 25 e
a) p = 3 e q = 15 do número de moças por 30 é igual a 20. Quantas são
b) p = 3 e q ≠ 15 as moças do colégio?
c) p ≠ 3 e q = 15 a) 150.
d) p ≠ 3 e q ≠ 15 b) 225.
e) p ≠ 3, seja qual for o valor de q. c) 250.
d) 325.
3. O sistema será possível e determinado se, e somente se e) 375.
a) p = 3 e q = 15
b) p = 3 e q ≠ 15 9. Somando-se 8 ao numerador, uma fração ficaria equiva-
lendo a 1. Se, em vez disso, somássemos 7 ao denomi-
c) p ≠ 3 e q = 15
nador da mesma fração, ela ficaria equivalendo a 1/2 .
d) p ≠ 3 e q ≠ 15 A soma do numerador e do denominador desta fração
e) p ≠ 3, seja qual for o valor de q. é igual a
a) 36.
4. Resolvendo o sistema abaixo b) 38.
c) 40.
x +y = 27 d) 42.
x +z = 35 e) 44.
y +z = 38
GABARITO
encontraremos:
Matemática

a) x = 15 1. a 6. e
b) y = 12 2. b 7. d
3. e 8. a
c) z = 15
4. d 9. b
d) x = 12 5. a
e) y = 23

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ANÁLISE COMBINATÓRIA Assim, a escolha exata da opção de Luciana para a via-
gem poderá resultar de 7 maneiras distintas.
(COMBINAÇÕES, ARRANJOS E
PERMUTAÇÕES) P2- Princípio Multiplicativo

Cinco Princípios de Contagem Se um evento A pode ocorrer de m modos distintos e se,


para cada uma das m possibilidades de ocorrência de A, um
P1- Princípio Aditivo outro evento B pode ocorrer n modos distintos após a ocor-
rência de A, então a ocorrência sucessiva destes dois eventos,
Se um evento A pode ocorrer de m modos distintos e um A e B, nesta ordem, pode dar‑se de m×n modos distintos.
outro evento, B, pode ocorrer de n modos distintos, então
a ocorrência de apenas um entre estes eventos, ou A ou B, Exemplos:
pode ocorrer de m + n modos distintos.
3. Para se viajar da cidade A para a cidade B existem
3 caminhos possíveis. Para se viajar da cidade B para a ci-
Exemplos: dade C existem 4 caminhos possíveis. De quantas maneiras
diferentes alguém poderia viajar da cidade A para a cidade
1. Laryssa está visitando uma grande loja que vende C, passando por B?
livros e CDs. Entre as incontáveis opções que a loja oferece,
há somente 5 livros e 6 CDs que despertaram seu interesse. Solução:
Infelizmente Laryssa levou pouco dinheiro devendo escolher
se comprará um dos livros ou se comprará um CD. Assim, de
quantas formas poderá resultar a compra de Laryssa?

Solução: Laryssa deverá fazer somente uma escolha:

Ou Laryssa escolhe um Ou Laryssa escolhe um Para viajar da cidade A para a cidade C passando por B
dos livros dos CDs será necessário cumprir sucessivamente duas etapas:
5 6
+
opções opções Viagem de A até C passando por B
5+6 = 11 1ª etapa 2ª etapa
e
Ir de A até B Ir de B até C
Portanto, a compra de Laryssa pode terminar de 11 3 4
×
modos distintos. modos modos

2. Luciana deve escolher se fará certa viagem de trem, 3×4 = 12


de ônibus ou de avião. Caso ela resolva ir de trem, deverá
escolher entre 2 opções diferentes de vagões: vagão econô- Portanto, há 12 modos distintos de se viajar de A até C
mico e vagão turismo. Se, por outro lado Luciana resolver que passando por B.
fará a viagem de ônibus, deverá optar se viajará em ônibus
leito ou em ônibus comum. Finalmente, no caso de escolher 4. Para se viajar da cidade A para a cidade B existem 3
a via aérea, ela deverá decidir entre três categorias: classe caminhos possíveis. Para se viajar da cidade B para a cidade
econômica, executiva ou primeira classe. Nessas condições de C existem 4 caminhos possíveis. Todos os caminhos podem ser
quantas maneiras poderá resultar a escolha exata da opção percorridos nos dois sentidos. De quantas maneiras diferentes
alguém poderia viajar da cidade A para a cidade C, passando
de viagem de Luciana?
por B e depois retornar à cidade A passando novamente por
B se ela decidir usar caminhos diferentes tanto na ida quanto
Solução: Resumindo as opções de Luciana são:
na volta, nos dois trechos?

Ou Luciana vai - Ou no vagão econômico 2 Solução:


de trem - Ou no vagão turismo opções
Ou Luciana vai - Ou de ônibus leito 2
de ônibus - Ou ônibus comum opções
- Ou na classe econômica
Ou Luciana vai 3
- Ou na classe executiva
de avião opções
- Ou na primeira classe
A viagem toda pode ser planejada em 4 etapas conse-
Dizemos que tais opções são mutuamente excludentes cutivas:
porque a opção escolhida automaticamente excluirá todas
as demais, não importando qual tenha sido a escolha de
Ida Volta*
Luciana.
Matemática

e
Dado que Luciana deverá escolher somente uma das (A→B) e (B→C) (C→B) e (B→A)
opções, o  total de modos possíveis deverá ser calculado 3×4 (4−1) × (3−1)
×
usando o Princípio Aditivo: modos modos
* Os caminhos tomados na volta não podem ser os
2+2+3=7 mesmos escolhidos na ida.

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Resumindo os cálculos indicados na tabela anterior temos: (2ª) e (3ª) e (4ª) e (5ª) escolhas 1ª escolha
(4)×(3) × (2) × (1) opções 2 opções
3×4×3×2 = 72
Então, usando o princípio multiplicativo, o número de
Portanto, há 72 modos distintos de se fazer a viagem de anagramas que terminam por uma vogal é:
ida e volta nas condições dadas.

5. Miriam e Flávia vão fazer um lanche e cada uma delas As quatro primeiras letras e última letra
deve escolher um sanduíche, uma bebida e uma sobremesa. 4×3×2×1 × 2
A lanchonete oferece 6 tipos de sanduíches, 5 tipos de bebidas
e 3 tipos de sobremesas. De quantas maneiras diferentes 24×2 = 48
poderá resultar o pedido para o lanche de Miriam e Flávia,
juntas, se elas decidirem que pedirão tudo diferente uma 8. Usando somente os números 5, 6, 7, 8 e 9 quantos
da outra? números pares de três algarismos distintos podem ser feitos?

Solução: Solução:
Para montar um número qualquer de três algarismos
Pedido para o lanche devemos escolher:
1º pedido 2º pedido* - o algarismo das centenas,
Pedido da Flávia e Pedido da Miriam - o algarismo das dezenas,
- o algarismo das unidades.
(Sand) e (Beb) e (Sobr) (Sand) e (Beb) e (Sobr)
6×5×3 × (6−1) × (5−1) × (3−1)
(centena) (dezena) (unidade)
* A pessoa que fizer o pedido depois tem uma opção a menos em
cada escolha dado que elas resolveram pedir tudo diferente uma (?) (?) (?)
da outra.
Entretanto, para que o número formado seja par será
Resumindo os cálculos indicados na tabela acima temos: necessário que o algarismo das unidades seja par e esta
é uma restrição que não se aplica igualmente às demais
6×5×3×5×4×2 = 3.600 maneiras diferentes etapas de escolha.
Assim, devemos dar preferência à escolha do algarismo
P3 - Princípio da Preferência das unidades.
Lembrando que somente os algarismos 5, 6, 7, 8, e 9 são
Ao usar o princípio multiplicativo se alguma etapa de es- permitidos, temos somente duas opções válidas de algaris-
colha apresentar restrições que não se apliquem igualmente mos pares para usar na casa das unidades – ou usaremos o
às demais etapas, então deve‑se considerar sua ocorrência 6 ou usaremos o 8.
antes das demais.
Na prática ao encontrarmos etapas que apresentem
restrições especiais daremos preferência ao preenchimento 1ª escolha
desta etapa. (centena) (dezena) (unidade)
2 opções
Exemplos:
Após a escolha do algarismo das unidades podemos
7. Quantos são os anagramas da palavra PROVA que
tanto prosseguir com a escolha do algarismo das dezenas
terminam por uma vogal?
quanto com a escolha do algarismo das centenas. Mas é
Solução: importante lembrar que, de um jeito ou de outro, os alga-
Como os anagramas deverão terminar por uma vogal rismos escolhidos deverão ser todos diferentes (como foi
temos uma restrição que nos deixa somente duas opções pedido no enunciado).
válidas para a escolha da última letra – ou usaremos o A ou Deste modo, se a nossa próxima etapa de escolha for o
usaremos o E; algarismo das centenas teremos:
Das 5 opções iniciais (5, 6, 7, 8 e 9) um dos algarismos
já foi escolhido para representar as unidades (ou 6 ou o 8).
As quatro primeiras letras última
Então nossa próxima escolha deverá recair sobre um dos 4
letra
algarismos restantes.
(?) (?) (?) (?) ou A ou E

Assim, devemos dar preferência à escolha da última 2ª escolha 1ª escolha


letra que deverá ser uma dessas vogais. (centena) (dezena) (unidade)
4 opções 2 opções
As quatro escolhas restantes 1ª escolha
Finalmente escolheremos o algarismo das dezenas.
Matemática

(?) (?) (?) (?) 2 opções

Uma vez escolhida uma das vogais para ocupar a última 2ª escolha 3ª escolha 1ª escolha
posição, qualquer uma das quatro letras restantes poderá
ocupar livremente cada uma das quatro primeiras posições. (centena) (dezena) (unidade)
Então temos: 4 opções 3 opções 2 opções

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Resumindo os cálculos indicados na tabela anterior temos: Exemplos:

(centena) e (dezena) e (unidade) 10. Quantos são os anagramas da palavra REPETE?


4 × 3 × 2
Solução:
4×3×2 = 24 números pares distintos Em cada um dos anagramas da palavra REPETE as letras
R, P e T deverão ocorrer uma única vez, enquanto a letra
P4 - Princípio da Exclusão E deverá ocorrer exatamente três vezes. Cada um desses
anagramas é, portanto, uma sequência de 6 letras.
Se do total de casos possíveis excluirmos todos os casos Observe, contudo, que a troca das posições entre
que não nos interessam o que restará será o total de casos duas ou mais letras iguais não deve ser considerada uma
que nos interessam.
vez que não alteraria o anagrama. Assim sendo, o total de
anagramas distintos que se pode obter com as letras da
 Todos os casos   Todos os casos   Todos os casos 
 − =  palavra REPETE é:
 que existem   que não servem   que servem 
 Total de sequências 
Exemplo:  
 Total de anagramas   com 6 letras 
  =
9. Quantos são os anagramas da palavra PROVA em que  de “REPETE”   Total de permutações 
as duas vogais não ocorrem juntas?  
 entre as 3 letras “E” 
Solução:
1º – O total de anagramas da palavra PROVA pode ser  Total de anagramas  (6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1)
calculado como:  =  = 120
 de “REPETE”  (3 × 2 × 1)

1ª letra 2ª letra 3ª letra 4ª letra 5ª letra


120 anagramas
5 4 3 2 1

5⋅4⋅3⋅2⋅1 = 120 anagramas 11. Quantos são os anagramas da palavra CARRARA?

2º – Com as duas vogais JUNTAS teríamos: Solução:


Cada um dos anagramas da palavra CARRARA é uma
{ (AO), (P), (R), (V) } → 4⋅3⋅2⋅1 = 24 sequência de 7 letras onde a letra C deverá ocorrer uma
ou única vez, enquanto as letras R e A deverão ocorrer, cada
{ (OA), (P), (R), (V) } → 4⋅3⋅2⋅1 = 24 uma, exatamente duas vezes.
Mais uma vez, a troca das posições entre duas letras
24+24 = 48 anagramas iguais não deve ser considerada uma vez que não alteraria o
anagrama. Desse modo, devemos considerar as permutações
Logo, existem 48 anagramas que NÃO QUEREMOS uma
entre as três letras A e também as permutações entre as três
vez que, neles, as duas vogais estão JUNTAS.
letras R, o que nos leva ao seguinte cálculo para o total de
3º – Comparando os resultados anteriores podemos anagramas da palavra CARRARA é:
fazer:
 Total de sequências 
 
 Todos os anagramas   Todos os anagramas   Todos os anagramas   Total de anagramas   com 7 letras 
 − =   =
 que existem   com as vogais juntas   com as vogais separadas   de “CARRARA”   Total de permutações   Total de permutações 
 ×
  
 entre as 3 letras “A”   entre as 3 letras “R” 

( 120 ) − ( 48 ) = 72 anagramas
 Total de anagramas  (7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1)
=  = 140
Portanto, o total de anagramas da palavra PROVA onde  de “CARRARA”  (3 × 2 × 1) × (3 × 2 × 1)

as vogais não estão juntas é 72.


140 anagramas
P5 - Princípio do Controle das Repetições
12. De quantos modos distintos pode resultar a escolha
Se a troca de posições entre k dos n elementos de uma de uma equipe de 3 pessoas escolhidas a partir de um grupo
sequência não deve ser considerada ou não é relevante
de 5 pessoas disponíveis?
para o resultado da sequência obtida então o número de
sequências distintas desejadas pode ser obtido como:
Solução:
Matemática

 Total de sequências com  Em cada um dos grupos possíveis percebe‑se que a or-
  dem das 3 pessoas que acabarão compondo o grupo não é
 Total de sequências   n elementos ordenados 
 = relevante para o grupo, ou seja, {A, B, C}, {B, A, C}, {C, B, A},
 distintas desejadas   Total de permutações  etc. representam um mesmo grupo escolhido. Então o total
 
 entre k elementos  de modos distintos que pode resultar a escolha indicada é:

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 Total de sequências  Se n objetos distintos são considerados em uma única
  fila então o total de filas distintas possíveis usando estes n
 Total de modos possíveis   possíveis com 3 pessoas 
 = objetos é denominado total de permutações simples e pode
 para a escolha de um trio   Total de permutações 
  ser calculado como
 entre as 3 pessoas escolhidas 

 Total de modos possíveis  (5 × 4 × 3)


Pn = n ⋅ (n − 1) ⋅ (n − 2) ⋅ ... ⋅ 1
 =  = 10
 para a escolha de um trio  (3 × 2 × 1)
O produto acima também é denominado fatorial de
10 modos possíveis n sendo indicado por n!. Mais adiante veremos um pouco
mais sobre os fatoriais.
P6 - Princípio das Casas de Pombos
Exemplo:
O Princípio da Casas de Pombos, também chamado
de Dirichlet ou Princípio das Gavetas de Dirichlet (devido a 6. Quantos são os anagramas da palavra PROVA?
Peter Dirichlet, matemático alemão 1805-1859), pode ser
enunciado assim: Solução:
Um anagrama é qualquer sequência de letras que se
possa formar usando todas as letras de uma palavra dada
Considere que n objetos sejam colocados em k caixas.
desde que cada uma das letras ocorra no anagrama o mesmo
Se n > k, pelo menos uma caixa conterá mais de 1 objeto.
número de vezes que ela ocorre na palavra original.
Veja a ilustração abaixo: Assim, as sequências AOPRV e VAPOR são anagramas
de PROVA enquanto a sequência VOAR não é um anagrama
de PROVA porque não usou a letra P e APROVA também não
é um anagrama válido porque usou a letra A duas vezes.
Deste modo, vê‑se que o total de anagramas da palavra
prova é o total de filas que se pode formar com as 5 letras,
P, R, O, V e A, bastando, assim, calcularmos o número de
permutações simples destas 5 letras:

P5 = 5!= 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1

P5 = 120 anagramas.
Neste caso, n = 10 e k = 9.
Fatorial
Generalizando este princípio podemos afirmar que,
Dado um número natural n define‑se o fatorial de n e
anota‑se n! como:
Considere que n objetos sejam colocados em k caixas.
Se n > m⋅k, então pelo menos uma caixa conterá no mínimo Se n = 0 então 0! = 1
m +1 objetos. Se n > 0 então n! = n×(n−1)!
De fato, isto pode ser percebido considerando que se
Assim, teremos que:
todas as k caixas contivessem no máximo m objetos, haveria
não mais de k⋅m objetos ao todo.
0! = 1
Mesmo sendo de compreensão bastante elementar,
o princípio de Dirichlet pode ser empregado na resolução inú-
meros problemas que, à primeira vista, parecem intratáveis. 1! = 1×0! = 1×1 = 1
Para aplica corretamente o princípio, deve‑se identificar
quem faz o papel dos n objetos e quem faz o papel das k 2! = 2×1! = 2×1 = 2
casas de pombos no problema dado.
3! = 3×2! = 3×2×1 = 6
Exercício Resolvido
Qual o menor número de pessoas que devem estar 4! = 4×3! = 4×3×2×1 = 24
reunidas para se ter certeza de que haverá pelo menos duas
delas fazendo aniversário no mesmo mês? 5! = 5×4! = 5×4×3×2×1 = 120
:
Solução: :
Pelo princípio da casa dos pombos se houver mais pesso- :
as do que meses é certo que pelos menos duas pessoas terão
Matemática

nascido no mesmo mês. Portanto, o menor número é 13. Arranjos Simples


Permutações Simples Considere n objetos distintos. Um arranjo simples desses
Um caso particular da aplicação do princípio multiplica- n objetos tomados p a p é qualquer fila (sequência) que tenha
tivo pode ser enunciado assim: exatamente p desses n objetos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
O número de arranjos simples de n objetos distintos Assim como nas combinações simples, note que a ordem
tomados p a p pode ser obtido pela fórmula: dos elementos também é irrelevante nas combinações com
repetição.
n! O número de combinações com repetição de p ele-
Anp = mentos escolhidos entre n tipos disponíveis pode ser obtido
(n − p )! pela fórmula:

Exemplo: (n + p − 1)!
Os 12 arranjos simples possíveis dos 4 elementos do CR pn C=
= p
n + p −1
p!× (n − 1)!
conjunto {A, B, C, D} tomados 2 a 2 são:

AB BA CA DA Que chamamos combinações com repetição de n tipos


de objetos distintos tomados p a p.
AC BC CB DB
AD BD CD DC Exemplo:
De quantas maneiras distintas se pode separar 6 bali-
Observe que a ordem dos elementos que compõem os nhas sendo que os únicos sabores disponíveis são hortelã,
arranjos simples é levada em conta, ou seja, AB é diferente café e caramelo?
de BA assim como BD é diferente de DB, CD é diferente de
DC etc. Solução:
Calculamos o número de combinações com repetição
Combinações Simples de n = 3 sabores tomados em grupos de p = 6.

Considere n objetos distintos. Uma combinação simples 6 (8)! 8 × 7


desses n objetos tomados p a p é qualquer subconjunto que CR=
3 C36+ 6=
−1
6
C=
8 = = 28
6!× 2! 2 × 1
tenha exatamente p desses n objetos.
O número de combinações simples de p objetos es-
colhidos entre n disponíveis pode ser obtido pela fórmula: EXERCÍCIOS PROPOSTOS

n! 1. Maurício ganhou um vale‑presente de uma loja de arti-


Cnp = gos masculinos e pretende trocá‑lo por uma gravata ou
p!×(n − p)! por um cinto. Entre as opções que a loja oferece estão
6 gravatas e 8 cintos pelos quais Maurício interessou‑se,
Que chamamos combinações simples de n objetos mas o vale‑presente não poderá ser trocado por mais de
distintos tomados p a p. um destes artigos. De quantas maneiras distintas poderá
resultar a troca do vale‑presente de Maurício?
Exemplo: a) 14 b) 15 c) 18 d) 20 e) 48
As 6 combinações simples possíveis dos 4 elementos do
conjunto {A, B, C, D} tomados 2 a 2 são: 2. Luciana pretende comprar uma saia e uma blusa. Se
entre as opções que a loja lhe oferece estão 5 saias e 6
blusas que lhe agradam, de quantas maneiras poderá
AB resultar a compra pretendida?
AC BC a) 11 b) 15 c) 18 d) 20 e) 30
AD BD CD
3. Quantos anagramas distintos podem ser formados com
Note que a ordem dos elementos que compõem as as letras da palavra VONTADE?
combinações simples é irrelevante, ou seja, AB é o mesmo a) 28 c) 720 e) 5.040
que BA assim como BD é o mesmo que DB, CD é o mesmo b) 128 d) 1.024
que DC etc.
4. Quantos anagramas da palavra PROVA começam com
Combinações com Repetição uma consoante e terminam com uma vogal?
a) 36 b) 24 c) 12 d) 8 e) 6
Considere n tipos de objetos distintos. Uma combinação
com repetição desses n tipos de objetos tomados p a p é 5. Uma placa de licenciamento é formada por três letras
qualquer agrupamento que tenha exatamente p objetos, não seguidas de quatro dígitos. Tanto as letras quanto os
necessariamente todos distintos, escolhidos entre os n tipos. dígitos podem ser repetidos numa placa. Todas as 26
letras podem ser usadas em qualquer uma das três
Exemplo: posições de letras, mas nas posições dos dígitos não é
São 10 as combinações com repetição possíveis dos 4 permitido que uma placa tenha os quatro dígitos iguais
elementos do conjunto {A, B, C, D} tomados 2 a 2 são: a zero. Assim, por exemplo, são permitidas placas como
AAA 9009 e PAR 2468, entre tantas outras, mas não são
permitidas placas como CAR 0000 e HEL 0000. Nessas
Matemática

AA condições o total de placas diferentes que podem ser


AB BB feitas pode ser calculado corretamente como:
AC BC CC a) 263×94
b) 263×(104 −1)
AD BD CD DD c) (26×25×2×23)×(10×9×8×7)

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d) 263×(10×9×8×7) 14. Denomina‑se diagonal de um polígono convexo qual-
e) (26×25×24×23)×94 quer segmento com extremidades em dois vértices
não consecutivos do polígono. Assim, por exemplo, um
6. Observe o esquema abaixo para responder o que se quadrado tem apenas duas diagonais distintas enquanto
pede: um triângulo não possui diagonais. O número total de
diagonais distintas de um polígono convexo com dez
lados é:
a) 35
b) 45
c) 70
d) 90
e) 95

15. João e Maria fazem parte de um grupo de 15 pessoas.


De quantas maneiras é possível formar um grupo de 5
Considere que somente seja permitido mover‑se para pessoas, escolhidas dentre estas 15, se João e Maria
cima nas linhas verticais ou para a direita nas linhas devem necessariamente fazer parte dele?
horizontais. Então o total de maneiras possíveis de se ir a) 628
do ponto A até o ponto B é: b) 268
a) 8 b) 9 c) 10 d) 11 e) 12 c) 286
d) 826
7. De um grupo de 4 finalistas, 3 serão sorteados recebendo e) 862
prêmios diferentes. Quantos resultados distintos exis-
tem para o resultado deste sorteio? 16. João e Maria fazem parte de um grupo de 15 pessoas.
a) 3 b) 4 c) 12 d) 24 e) 64 De quantas maneiras é possível formar um grupo de 5
pessoas, escolhidas dentre estas 15, de modo que João
8. De um grupo de 4 finalistas, 3 serão sorteados recebendo e Maria não façam parte dele?
prêmios idênticos. Quantos resultados distintos existem a) 1.278
para o resultado deste sorteio? b) 1.287
a) 3 b) 4 c) 12 d) 24 e) 64 c) 1.728
d) 1.782
9. Quantos são, ao todo, os anagramas da palavra ARARA? e) 1.872
a) 10 b) 12 c) 20 d) 60 e) 120
17. Numa pequena lanchonete 8 jovens pedem seus san-
duíches (um para cada jovem). O garçom que anotou os
10. Sejam A, B, C, ..., H oito pontos distintos marcados sobre
pedidos perdeu a papeleta, mas lembra que havia no
uma mesma circunferência. Nessas condições, o número pedido pelo menos um sanduíche de cada um dos qua-
que representa o total de diferentes triângulos possíveis tro únicos tipos que a lanchonete oferecia. De quantas
com vértices escolhidos entre esses pontos será: maneiras diferentes poderia ter resultado o pedido dos
a) 8 b) 21 c) 56 d) 168 e) 336 oito jovens?
a) 85
11. De quantas maneiras é possível formar uma equipe b) 50
composta por dois homens e duas mulheres escolhidos c) 45
dentre os integrantes de um grupo onde se encontram d) 40
5 homens e 6 mulheres? e) 35
a) 25 b) 60 c) 120 d) 150 e) 600
18. Quantos números com três algarismos distintos e maio-
12. Sejam P, Q, R e S quatro pontos distintos sobre uma reta res que 0 têm o algarismo das centenas maior que o das
r e sejam T, U e V, X e Z cinco pontos distintos sobre uma dezenas?
reta s, paralela a r e distinta desta. Nessas condições, a) 252
o  total de triângulos possíveis com vértices em três b) 448
desses nove pontos é: c) 484
a) 30 d) 504
b) 35 e) 522
c) 70
19. (AFCE/TCU/1999) A senha para um programa de com-
d) 84
putador consiste em uma sequência LLNNN, onde “L”
e) 504
representa uma letra qualquer do alfabeto normal de 26
letras e “N” é um algarismo de 0 a 9. Tanto letras como
13. Cinco pessoas encontram‑se sentadas em volta de uma algarismos podem ou não ser repetidos, mas é essencial
mesa redonda. De quantas maneiras diferentes elas que as letras sejam introduzidas em primeiro lugar, antes
podem trocar de lugar entre si de modo que pelo menos dos algarismos. Sabendo que o programa não faz distinção
uma delas termine com pelo menos um de seus vizinhos entre letras maiúsculas e minúsculas, o número total de
Matemática

sentado em outra posição em relação a ela? diferentes senhas possíveis é dado por:
a) 20 a) 226 310
b) 21 b) 262 103
c) 22 c) 226 210
d) 23 d) 26! 10!
e) 24 e) C26,2 C10,3

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20. (Fisc.Trab./98) Três rapazes e duas moças vão ao cinema analista de mercado. Como todos os 10 funcionários
e desejam sentar‑se, os cinco, lado a lado, na mesma são pessoas capazes para desempenhar essas funções,
fila. O  número de maneiras pelas quais eles podem então as diferentes maneiras que o diretor de recursos
distribuir‑se nos assentos de modo que as duas moças humanos pode escolhê‑los é igual a:
fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a: a) 720
a) 2 c) 24 e) 120 b) 740
b) 4 d) 48 c) 820
d) 920
21. (Gestor‑MPOG/2000) O número de maneiras diferentes e) 1040
que 3 rapazes e 2 moças podem sentar‑se em uma mes-
ma fila de modo que somente as moças fiquem todas 28. (Mare/1998) Para entrar na sala da diretoria de uma
juntas é igual a: empresa é preciso abrir dois cadeados. Cada cadeado é
a) 6 b) 12 c) 24 d) 36 e) 48 aberto por meio de uma senha. Cada senha é constituída
por 3 algarismos distintos. Nessas condições, o número
22. (AFC‑SFC/2000) Se o conjunto X tem 45 subconjuntos máximo de tentativas para abrir os cadeados é:
de 2 elementos, então o número de elementos de X é a) 518 400
igual a: b) 1 440
a) 10 b) 20 c) 35 d) 45 e) 90 c) 720
d) 120
23. (AFC/2002) Na Mega‑Sena são sorteadas seis dezenas e) 54
de um conjunto de 60 possíveis (as dezenas sorteáveis
são 01, 02, ..., 60). Uma aposta simples (ou aposta mí- 29. Quantos são os anagramas da palavra ACEITOU nos quais
nima), na Mega‑Sena, consiste em escolher 6 dezenas. as vogais aparecem todas em ordem alfabética mas não
Pedro sonhou que as seis dezenas que serão sorteadas necessariamente juntas?
no próximo concurso da Mega‑Sena estarão entre as a) 5.040
seguintes: 01, 02, 05, 10, 18, 32, 35, 45. O  número b) 1.440
mínimo de apostas simples para o próximo concurso c) 720
da Mega‑Sena que Pedro deve fazer para ter certeza d) 120
matemática que será um dos ganhadores caso o seu e) 42
sonho esteja correto é:
a) 8 b) 28 c) 40 d) 60 e) 84 30. Quantos são os anagramas da palavra ARREPIOU nos
quais as cinco vogais aparecem em ordem alfabética
24. (MPU/Analista‑Adm/2004) Quatro casais compram mas não necessariamente juntas?
ingressos para oito lugares contíguos em uma fila no a) 40.320
teatro. O número de diferentes maneiras em que podem b) 5.040
sentar‑se de modo que: c) 720
a) homens e mulheres sentem‑se em lugares alterna- d) 168
dos; e que e) 42
b) todos os homens sentem‑se juntos e todas as mu-
lheres sentem‑se juntas, é, respectivamente, 31. De quantas maneiras diferentes Luciana pode encomen-
a) 1.112 e 1.152 dar três pizzas grandes, não necessariamente de sabores
b) 1.152 e 1.100 diferentes, se escolhê‑las entre seu quatro sabores pre-
c) 1.152 e 1.152 feridos, portuguesa, mozzarela, napolitana e calabresa,
d) 384 e 1.112 e sabendo que a pizzaria não prepara pizzas de sabores
e) 112 e 384 mistos como metade napolitana e metade calabresa?
a) 4
25. (MRE‑Ofic.Chanc./2002) Chico, Caio e Caco vão ao teatro b) 6
com suas amigas Biba e Beti, e desejam sentar‑se, os cin- c) 20
co, lado a lado, na mesma fila. O número de maneiras d) 24
pelas quais eles podem distribuir‑se nos assentos de e) 64
modo que Chico e Beti fiquem sempre juntos, um ao
lado do outro, é igual a: 32. Laryssa quer encomendar 4 pizzas grandes não necessa-
a) 16 b) 24 c) 32 d) 46 e) 48 riamente de sabores diferentes, e pretende escolhê‑las
entre seu quatro sabores preferidos: portuguesa, mozza-
26. (AFTN/1998) Uma empresa possui 20 funcionários, dos rela, napolitana e calabresa. Cada duas pizzas grandes
quais 10 são homens e 10 são mulheres. Desse modo, dá direito a uma garrafa de refrigerante grátis, havendo
o número de comissões de 5 pessoas que se pode formar 5 sabores diferentes para escolher: cola, limão, laranja,
com 3 homens e 2 mulheres é: guaraná e uva. Se Laryssa encomendar as quatro pizzas,
a) 5400 como descrito acima, escolhendo as garrafas de refri-
b) 165 gerante não necessariamente de sabores diferentes, de
c) 1650 quantos modos distintos poderá resultar o pedido?
d) 5830 a) 30
e) 5600 b) 40
Matemática

c) 80
27. (TFC/1997) Uma empresa do setor têxtil possui 10 d) 132
funcionários que têm curso superior em Administração e) 700
de Empresas. O diretor de recursos humanos recebeu
a incumbência de escolher, entre esses 10 funcionários, 33. Preocupado com a segurança, o Sr. Xavier, responsável
um gerente financeiro, um gerente de produção e um pelos originais das provas de um concurso, pediu ao

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chefe da manutenção, Sr. Magaiver, que instalasse, na azuis e 7 pares de meias pretas. Como elas estão todas
única porta de acesso à sala onde são guardados os misturadas ele resolve pegar um certo número de meias
originais das provas, um cadeado de segredo que só no escuro e, chegando ao carro, escolher duas que te-
abrisse com um código sequencial de quatro dígitos nham cor igual para vestir. Qual é o menor número de
distintos. Depois de muito procurar, Magaiver explicou meias que Márcio poderá pegar para ter certeza de que
ao Sr. Xavier que não conseguiu encontrar o tal cadeado pelo menos duas são da mesma cor?
mas que resolveria o problema instalando dois cadeados a) 12
com códigos sequenciais de três dígitos distintos cada b) 10
um. c) 8
Considerando que os dígitos que compõem um código d) 6
qualquer são os dígitos decimais de 0 a 9 e que os dois e) 5
cadeados que o Sr. Magaiver ofereceu não precisam ter,
necessariamente, códigos diferentes, julgue as afirma- 37. Márcia preparava‑se para um baile muito importante.
tivas seguintes. Como fazia muito frio naquela noite, Márcia resolveu
I – Caso se o Sr. Xavier concorde com a instalação dos que vestiria luvas que, aliás, ela adora. Pouco antes
dois cadeados com códigos sequenciais de três dígitos de pegar as luvas na gaveta, falta luz. Márcia sabe que
cada, então o número máximo de tentativas que alguém
tem 3 pares de luvas brancas, 5 pares de luvas de cor
precisaria fazer para abrir ambos os cadeados sem co-
cinza, e 7 pares de luvas pretas. Como elas estão todas
nhecer seus códigos é igual a 1.440.
misturadas ela resolve pegar algumas luvas no escuro
II – Se o Sr. Magaiver conseguisse encontrar um cadeado
com código sequencial de quatro dígitos distintos, então e, ao sair, escolher um par da mesma cor para vestir. Em
o número máximo de tentativas que alguém precisaria todos os casos as luvas de mesma cor são todas iguais
fazer para abrir este cadeado sem conhecer seu código entre si, exceto pelo fato de que, evidentemente, a luva
seria 5.040. feita para a mão esquerda não serve na mão direita e
III – Se o Sr. Magaiver instalar os dois cadeados com có- vice‑versa. Qual é o menor número de luvas que Márcia
digos sequenciais de três dígitos distintos sendo que um poderá pegar para ter certeza de que entre elas haverá
deles tenha só dígitos ímpares enquanto o outro tenha pelo menos um par de luvas da mesma cor?
só dígitos pares, então o número máximo de tentativas a) 16
que alguém – que saiba disso mas que não consiga dis- b) 15
tinguir os cadeados e não saiba os códigos – precisaria c) 8
fazer para abrir os dois cadeados é 180. d) 7
e) 4
Assinale a alternativa correta.
a) nenhuma das três afirmativas está correta. GABARITO
b) somente I e II estão corretas.
c) somente I e III estão corretas.
1. a 11. d 21. c 31. c
d) somente II e III estão corretas.
2. e 12. c 22. a 32. e
e) todas as três afirmativas estão corretas.
3. e 13. d 23. b 33. e
34. Uma floresta tem 1.000.000 de árvores. Nenhuma árvore 4. a 14. a 24. c 34. c
tem mais de 300.000 folhas. Pode‑se concluir que: 5. b 15. c 25. e 35. b
a) duas árvores quaisquer nunca terão o mesmo número 6. d 16. b 26. a 36. e
de folhas; 7. d 17. e 27. a 37. a
b) há pelo menos uma árvore com uma só folha; 8. b 18. a 28. a
c) existem pelo menos quatro árvores com um mesmo 9. a 19. b 29. e
número de folhas; 10. c 20. d 30. e
d) pode haver nesta floresta somente duas árvores com
um mesmo número de folhas;
e) o número total de folhas na floresta pode ser maior Binômio de Newton
que 1012.
Números Binomiais
35. Numa biblioteca há 2.500 livros. Qualquer livro desta
biblioteca tem sempre mais de 10 e menos de 500 Dados dois números naturais, n e k, define-se o binomial
páginas. Pode‑se afirmar que: de n sobre k (ou binomial de n com taxa k) com sendo:
a) pode haver nesta biblioteca somente três livros que
tenham o mesmo número de páginas;
n n!
b) existem no mínimo seis livros com o mesmo número  =
de páginas; k
  k ! × (n − k)!
c) existem no máximo seis livros com o mesmo número (com n ≥ k ≥ 0)
de páginas;
d) existe pelo menos um livro com exatamente 152
Vamos recordar que n! e k! são os fatoriais dos números
páginas;
naturais n e k de modo que:
e) o número total de páginas é inferior a 900.000.
Matemática

36. Márcio veste‑se apressadamente para um encontro 0! = 1


muito importante. Pouco antes de pegar as meias na 1! = 1
gaveta, falta luz. Ele calcula que tenha 13 pares de meias 2! = 2⋅1= 2
brancas, 11 pares de meias cinzas, 17 pares de meias 3! = 3⋅2⋅1= 6
etc.

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Exemplos Exemplo
7
Calcular o valor de   . Calcule o 6º termo do desenvolvimento de 2 x + y
2
( ) 8
.
2
Solução: Solução
n=8
7 7! 7!
=   = 6º termo → k+1 = 6
2
  2! × (7 − 2)! 2! × (5)! k=5
8
7 7 ⋅ 6 ⋅ 5/ ⋅ 4/ ⋅ 3/ ⋅ 2/ ⋅ 1/ 7⋅6 T5+1 = 8 −5 2 5
  ⋅ (2 x) ⋅ (y )
=  = = 21  5
2
  (2 ⋅ 1) × /
(5 ⋅ /
4 ⋅ /
3 ⋅ /
2 ⋅ /
1) 2 ⋅1
T6 =56 ⋅ (2 x)3 ⋅ (y 2 )5

Propriedades Úteis T6 =56 ⋅ 8 x 3 ⋅ y10


T6 = 448 x 3 y10
A seguir temos três propriedades úteis dos números
binomiais.
Coeficiente de um termo
n n Dizemos que o coeficiente de um termo no desenvolvi-
I. = = 1 mento de um binômio é o valor da parte não literal desse
0 n termo.
Assim, no exemplo anterior o coeficiente do desenvolvi-
n mento do 6º termo é 448.
II.   = n
1
Triângulo de Pascal
n  n 
III.   =  
k n−k Se organizarmos uma tabela com os coeficientes dos
desenvolvimentos de (x + a ) , para cada possível valor do
n
(binomiais complementares)
expoente n, essa tabela terá um aspecto triangular e é co-
Binômio de Newton nhecida como triângulo de Pascal:
Um binômio de Newton é uma expressão algébrica do
tipo: n Coeficientes
0 1
( A + B )n
1 1 1
Onde A e B são monômios quaisquer e o expoente n é 2 1 2 1
um número natural. 3 1 3 3 1
4 1 4 6 4 1
Exemplos
2 5 1 5 10 10 5 1
( x + 3) 6 1 6 15 20 15 6 1
( x − 2)3 ... ... ... ... ... ... ... ...
Coeficientes do desenvolvimento de (x + a )
n

(3x 2
+y 3 5
)
Propriedades do Triângulo de Pascal
Desenvolver um binômio de Newton significa efetuar
a potenciação indicada fora dos parênteses encontrando o TP1. Cada número na linha n, e coluna k+1 é igual a:
polinômio correspondente.
n
No desenvolvimento do binômio ( A + B ) convencionou- n n!
-se que os termos são apresentados em ordem decrescente  =
k
  k ! × (n − k)!
dos expoentes de A (1º termo do binômio) a menos que seja
expressamente solicitado o contrário.
TP2. Propriedade fundamental do Triângulo de Pascal
Exemplos
( x + 3)2 = x2 + 6 x + 9 A soma de dois números consecutivos numa mesma
linha está sempre abaixo do segundo deles.
( x − 2)3 =x 3 − 6 x2 + 12x − 8 (Veja nos exemplos sombreados)

 n   n   n + 1
Termo Geral  + = 
n
No desenvolvimento de ( A + B ) , o termo na posição  k   k + 1  k + 1
Matemática

p=k+1 é:
TP3. Soma dos coeficientes da linha n.
n n n n n n
Tk +1 =  ⋅ An−k ⋅ Bk   +   +   + ... +   =
2
k 0 1
      2 n

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TP4. Soma em coluna: EXERCÍCIOS PROPOSTOS
 k   k + 1  k + 2  n  n + 1 9
 + +  + ... +   =   1. O valor do número binomial   é:
k
   k   k   k   k + 1 0
a) 0
b) 1
TP5. Soma em diagonal: c) 9!/0!
d) 9
 k   k + 1  k + 2  n   n +1 e) 9!
 + +  + ... +  = 
0
   1   2  n−k n−k
8
2. Calculando corretamente o valor de   , temos:
TP6. Relação de Fermat: a) 3  3
b) 8
 n  n n − k c) 8!/3!
 =   ⋅ 8
 k + 1  k  k + 1 d) o mesmo que  
 5
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 3
e) o mesmo que  
8
4
1. Encontre o desenvolvimento do binômio ( x + a )  10 
3. Calculando corretamente o valor de   encontramos:
a) 10!/(10−8)! 8
Solução: b) 10!/8!
( x + a )4 = x 4 +  4  x 3a1 +  4  x2a2 +  4  x1a3 + a4

c) (10×9)/(2×1)
d) 90
1 2  3 e) 80
( x + a )4 4 3 1 2 2
= x + 4 x a + 6x a + 4 x a + a
1 3 4
 12 
4. O valor do número binomial   é:
5
2. Encontre o desenvolvimento do binômio ( x − a ) . a) 1 1
b) 12!/1!
Solução: c) 12
 5  5  5  5 d) 12!/(12−1)!
5 4 1 3 2 2 3 1 4 5
( x − a )5 = x −  1  x a +  2  x a −  3  x a +  4  x a − a e) 0
       
9
( x − a ) = x − 5x a + 10 x a − 10 x a + 5x1a4 − a5
5 5 4 1 3 2 2 3 5. O valor do número binomial   , quando corretamente

calculado, equivale a: 7
a) 9!−7!
Observe a alternância de sinais positivos e negativos nos
b) 9!/7!
termos resultantes deste último desenvolvimento.
c) 9!/2!
2. Encontre o termo independente de x no desenvolvimen- 7 8
d)   +  
 3 1 
5 0 1
to do binômio  x + 2  . 8 8
 x  e)   +  
Solução: 1 2
 5  3 5−k −2 k
Tk +1 =
  ⋅ (x ) ⋅ (x ) 6. No Triângulo de Pascal abaixo, encontre os valores dos
k coeficientes das linhas n=7, n=8 e n=9.
 5  15−5k
Tk=
+1   ⋅ x n Coeficientes
k
2 1 2 1
No termo independente (T.I) de x a parte literal deve ser 3 1 3 3 1
x0. Logo:
4 1 4 6 4 1
 5  15−5k  5  0 5 1 5 10 10 5 1
T .I. =
 ⋅ x =  ⋅ x 6 1 6 15 20 15 6 1
k k
7
15−5k = 0 8
k=3
9
Logo, o termo independente de x é:
Matemática

7. Quantos termos tem o desenvolvimento do binômio


 5  5 ( x + a )6 ?
T .I. =   ⋅ x 0 =   = 10 a) 2.
3
   3 b) 3.
T.I. = 10 c) 5.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
d) 6. PROBABILIDADES
e) 7.

6 Experimentos Aleatórios
8. Encontre o desenvolvimento do binômio ( x + a )
Experimentos aleatórios são aqueles que, mesmo
6
9. Encontre o desenvolvimento do binômio ( x − a ) quando repetidos em idênticas condições, podem produzir
resultados diferentes.
3 As variações de resultado são atribuídas a uma multipli-
10. Encontre o desenvolvimento do binômio ( x − 2 ) cidade de causas que não podem ser controladas às quais,
em conjunto, chamamos de acaso.
4
11. Encontre o desenvolvimento do binômio ( x + 2 )
Exemplos:
12. Encontre o sétimo termo do desenvolvimento do binô- a) O resultado do lançamento de uma moeda (cara ou
8
mio ( x + 2 ) coroa).
b) A soma dos números encontrados no lançamento
13. Encontre o termo central do desenvolvimento do binô- de dois dados.
6 c) A escolha, ao acaso, de 20 peças retiradas de um lote
mio ( x − 2 ) que contenha 180 peças perfeitas e 15 peças defeituosas.
d) O resultado do sorteio de uma carta de um baralho
14. Encontre a soma dos coeficientes do desenvolvimento
7
com 52 cartas.
do binômio ( x + y )
Espaço Amostral (S)
15. Encontre a soma dos coeficientes do desenvolvimento
8
do binômio ( 4x − y ) Embora não se possa determinar exatamente o resulta-
do de um experimento aleatório, frequentemente é possível
16. Determine a posição do termo independente de x no descrever o conjunto de todos os resultados possíveis para o
9
 1  experimento. Esse conjunto é chamado de espaço amostral
desenvolvimento do binômio  x 4 + 2  . ou conjunto universo do experimento aleatório.
 x 
Exemplos:
GABARITO a) Lançar uma moeda e observar a face superior:
S = { cara, coroa }
1. a
b) Lançar dois dados e observar a soma dos números
2. d
das faces superiores:
3. c
4. c S = { 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 }
5. e c) Extrair ao acaso uma bola de uma urna que contém 3
6. bolas vermelhas (V), 2 bolas amarelas (A) e 6 bolas brancas
(B), e observar a cor:
n Coeficientes
S = { V, A, B }
2 121 Frequentemente, é possível descrevermos o espaço
3 1331 amostral de um experimento aleatório de mais de uma
4 14641 maneira.
5 1 5 10 10 5 1
6 1 6 15 20 15 6 1 Evento
7 1 7 21 35 35 21 7 1
Evento é qualquer um dos subconjuntos possíveis de
8 1 8 28 56 70 56 28 8 1 um espaço amostral. É costume indicarmos os eventos por
9 1 9 36 84 126 126 84 36 9 1 letras maiúsculas do alfabeto latino: A, B, C, ...., Z.
Pode-se demonstrar que se um espaço amostral tiver n
7. e elementos, então existirão 2n eventos distintos associados
6 5 4 2 3 3 2 4 5
8. x + 6 x a + 15x a + 20 x a + 15x a + 6 xa + a
6 a ele.
6 5 4 2 3 3 2 4 5 6
9. x − 6 x a + 15x a − 20 x a + 15x a − 6 xa + a Exemplo:
3 2
10. x − 6 x + 12x − 8 O espaço amostral associado ao lançamento de uma
moeda é S = {cara, coroa}. Como esse espaço amostral tem
11. x 4 + 8 x 3 + 24 x2 + 32x + 16
dois elementos, existirão 22 = 4 eventos associados a ele:
8 8⋅7 ∅, {cara}, {coroa}, {cara, coroa}. Observe que o primeiro e o
12.   x 7 ⋅ 22= ⋅ x 7 ⋅ 4= 112 x 7
6 2 ⋅1 último eventos indicados são, respectivamente, o conjunto
vazio e o próprio espaço amostral.
Matemática

6
13.   x 4 ⋅ (−2)2 =80 x 4
 3
Evento Elementar
14. 27 = 128
15. 38 = 6561 Um evento é chamado elementar sempre que possuir
16. 7º termo um único elemento (conjunto unitário).

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Evento Certo I. 0 ≤ pi ≤ 1 para todo i.

Evento certo é aquele que compreende todos os ele- II. Σ (pi) = p1 + p2 + ....+ pn = 1.
mentos do espaço amostral.
Se A é um evento certo, então A = S. Dizemos que os números p1 , p2 , .... pn definem uma
distribuição de probabilidades sobre S.
Evento Impossível De fato, procuramos sempre definir cada uma das
probabilidades pi de modo que coincidam com o limite a
Evento impossível é aquele que não possui elementos.
que tenderia a frequência relativa (fr) de cada elemento
Se A é um evento impossível, então A = ∅.
correspondente, ei, quando o número de repetições do
Ocorrência de um Evento experimento crescesse ilimitadamente.
Numa amostra, as frequências relativas representam
Dizemos que um evento A ocorre se, e somente se, ao estimativas de probabilidades.
realizarmos o experimento aleatório, o resultado obtido
pertencer ao conjunto A. Caso contrário, dizemos que o Probabilidade de um Evento
evento A não ocorre.
Seja A um evento qualquer de S , define-se a pro­
Evento União babilidade do evento A, e indica-se P(A), da seguinte forma:
Dados dois eventos, A e B de um mesmo espaço amos-
I. Se A = ∅, então P(A) = 0.
tral, então A ∪ B (lê-se “A união B” ou ainda “A ou B”) tam-
bém será um evento, chamado evento união, e ocorrerá
se, e somente se, II. Se A ≠ ∅, então P(A) = P(e1) + P(e2) + .... + P(ei), para
todo ei ∈ A.
A ocorrer
ou Exemplo:
B ocorrer Seja S = {e1 , e2 , e3 , e4} um espaço amostral com a
ou seguinte distribuição de probabilidades: p1 = 0,2; p2 = 0,3;
ambos ocorrerem. p3 = 0,1 e p4 = 0,4. Nestas condições, qual será a probabilidade
de ocorrência do evento A={ e1 , e3 }?
Evento Intersecção
Solução:
Dados dois eventos, A e B, então A ∩ B (lê-se “A interse- P(A) = P(e1 ) + P(e3 )
ção B” ou ainda “A e B”) também será um evento, chamado
evento interseção, e ocorrerá se, e somente se, P(A) = 0,2 + 0,1
A e B ocorrerem simultaneamente.
P(A) = 0,3
Eventos Mutuamente Exclusivos
Espaço Amostral Equiprovável
Se A e B são dois eventos tais que A ∩ B = ∅, então A e
B são chamados eventos mutuamente exclusivos.
Esta denominação decorre do fato de que uma vez que Dizemos que um espaço amostral S = {e1 , e2 , e3 , .... , en}
a interseção de A com B seja vazia não será possível que é equiprovável se a ele estiver associada uma distribuição
ocorram ambos simultaneamente, isto é, a ocorrência de um de probabilidades tal que:
deles exclui a possibilidade de ocorrência do outro.
p1 = p2 = p3 ....= pn
Evento Complementar
Normalmente, decidimos que um espaço amostral é
Dado um evento A, então A (lê-se “complemento de A” equiprovável a partir da observação de certas características
ou “não-A”) também será um evento, chamado evento com- do experimento.
plementar de A, e ocorrerá se, e somente se, A não ocorrer.
O conjunto A compreende todos os elementos de S que Exemplos:
não pertencem ao conjunto A: 1. O lançamento de um dado com a observação do
número da face superior é descrito por um espaço amostral
A= S–A equiprovável.
2. Já o lançamento de dois dados com observação
Distribuição de Probabilidades Empíricas
da soma dos números das faces superiores pode ser
Consideremos um espaço amostral com n elementos: descrito por um espaço amostral não equiprovável,
S = { 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 }, pois a probabilidade
Matemática

S = {e1 , e2 , e3 , ... , en} de que a soma seja 7 é maior do que a probabilidade de que
a soma seja 12, por exemplo.
A cada um dos eventos elementares { ei } de S será as- Sempre que possível, devemos procurar descrever os ex-
sociado um número, pi, chamado probabilidade do evento perimentos aleatórios por espaços amostrais equi­prováveis,
{ ei }, satisfazendo as seguintes condições: pois isso facilita a análise de diversos problemas.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Probabilidade de um Evento num Espaço Amostral Equi- 2
provável  
P( A ∩ B)  6  2
P( A / B) = = =
Se S = {e1 , e2 , e3 , .... , en} é um espaço amostral equipro- P( B) 3 3
 
vável e A é um evento qualquer de S, então a probabilidade 6
de ocorrência de A será:
Eventos Independentes
n ° de elementos de A
P(A) =
n ° de elementos de S Se a probabilidade de ocorrência de um evento A não é
alterada pela ocorrência de outro evento B, dizemos que A
e B são eventos independentes.
Na prática, contamos o número de elementos de A como
o número de casos favoráveis ao evento A e contamos o nú- P(A/B) = P(A) ⇔ A e B são independentes.
mero de elementos de S como o número de casos possíveis.
Se A e B são eventos independentes, então a probabili-
Exemplo: dade de ocorrência de A e B será:
Um dado é lançado e observamos o número na face
superior do mesmo. Qual é a probabilidade de o número P(A∩B) = P(A) ⋅ P(B)
obtido ser par?
Esta última igualdade também é usada para verificarmos
Solução: a independência de dois eventos.
Espaço amostral: S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
Evento: Ocorrência de um número par = { 2, 4, 6 } Exemplos:
1. Considere o espaço amostral S = { 1, 2, 3, 4 }
n ° de casos favoráveis 3 e os eventos A={2, 3} e B={3, 4}. Mostre que os eventos A e
P(A) = = = 0,5 B são independentes.
n ° de casos p ossíveis 6 ou seja: 50%.
Solução:
Propriedades das Probabilidades Se A e B são independentes, então:

T-1. P(S) = 1 P(A∩B) = P(A) ⋅ P(B)


T-2. A ⊂ B ⇒ P(A) ≤ P(B) 1/4 = 2/4 . 2/4
T-3. P(A∪B) = P(A) + P(B) – P(A∩B) 1/4 = 4/16
1/4 = 1/4
T-4. A∩B = ∅ ⇒ P(A∪B) = P(A) + P(B)
T-5. P( A ) = 1 – P(A) Como a igualdade foi satisfeita, A e B são independentes.
Probabilidade Condicional 2. Em uma urna temos 6 bolas brancas e 4 bolas pretas.
São retiradas duas bolas, uma após a outra, com reposição.
Dados dois eventos, A e B, com B ≠ ∅. Denotamos por Qual é a probabilidade de as duas retiradas resultarem em
P(A/B) a probabilidade de ocorrência de A dado que B tenha bolas brancas?
ocorrido (ou que a ocorrência de B esteja garantida). A pro-
babilidade condicional pode ser calcula­da como: Solução:

P(A ∩ B) num. de elementos de A ∩ B 6 3


P(A / B)
= = A = { a 1ª bola é branca }, P(A) = =
P(B) num. de elementos de B 10 5
B = { a 2ª bola é branca }
Lembrando que a última igualdade na expressão acima
só será válida quando o espaço amostral for equipro­vável. Como houve a reposição da primeira bola retirada da
urna, a probabilidade de que a segunda bola seja branca,
Exemplo: após a retirada da primeira bola, não será afetada pela
Qual é a probabilidade de conseguirmos um número ocorrência de A.
menor que 4 no lançamento de um dado, sabendo que o
resultado é um número ímpar? 3
P(B/A) = P(B) =
5
Solução:
Isso significa que os eventos A e B são independentes.
Portanto, teremos:
Espaço Amostral: S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
A∩B = { as duas bolas são brancas }
Matemática

Evento: A = { resultado menor que 4 } = { 1, 2, 3 }


P(A∩B) = P(A) ⋅ P(B)
Condição: B = { ocorrer número ímpar } = { 1, 3, 5 }
3 3 9
P(A ∩ B) = ⋅ =
A ∩ B = { 1, 3 } 5 5 25

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Teorema de Bayes 5. Dois dados são lançados sobre uma mesa. A probabi-
lidade de ambos mostrarem números ímpares na face
Sejam A1, A2, A3, ...., An , n eventos mutuamente exclusivo superior é:
tais que sua união seja S. a) 1/2 b) 1/3 c) 1/4 d) 1/5

A1∪A2∪A3 ... ∪An = S 6. Num jogo com um dado, o jogador X ganha se tirar, no
seu lance, um número maior ou igual ao conseguido
Se B é um evento qualquer de S, nas condições acima, pelo jogador Y. A probabilidade de X ganhar é:
então pode-se calcular a probabilidade condicional de Ai a) 1/2 b) 2/3 c) 7/12 d) 19/36
dado B como:
7. Um dado é lançado e o número da face superior é ob-
P ( Ai ∩ B ) P ( Ai ∩ B ) servado. Se o resultado for par, a probabilidade dele ser
P( Ai / B ) = = maior ou igual a 5 é de:
P( B) P ( A1 ∩ B ) + P ( A2 ∩ B ) + ....+ P ( An ∩ B )
a) 1/2 b) 1/3 c) 1/4 d) 1/5

Exemplo: 8. As chances de obtermos, em dois lançamentos conse-


Um conjunto de 15 bolas, algumas vermelhas e outras cutivos de um dado, resultado igual a 6 somente em um
azuis, foi distribuído entre duas caixas de modo que a caixa dos dois lançamentos, são de:
I ficou com 3 bolas vermelhas e 2 bolas azuis, enquanto a a) 1 contra 12
caixa II ficou com 2 bolas vermelhas e 8 bolas azuis. Uma das b) 5 contra 8
caixas é escolhida ao acaso e dela sorteia-se uma bola. Se a c) meio a meio
bola sorteada é vermelha, qual a probabilidade de que ela d) 5 contra 13
tenha vindo da caixa I?
Para responder às questões 9 a 12, considere as seguintes
Solução: informações. A  e B são dois eventos de um certo espaço
I = {a caixa escolhida é a I}→ P( I ) = 1/2 e amostral tais que P(A) = 1/3 , P(B) = 1/2 e P(A e B) = 1/4.
II = {a caixa escolhida é a II}→ P( II ) = 1/2
9. A probabilidade de ocorrência de A ou B é:
P(I∩V) = P( I ) ⋅ P( V / I) = 1/2 ⋅ 3/5 = 3/10 a) 5/12 b) 1/2 c) 7/12 d) 2/3

P(II∩V) = P( II ) ⋅ P( V / II) = = 1/2 ⋅ 1/5 = 1/10 10. Qual é a probabilidade de ocorrência de não‑A , isto é,
a probabilidade de ocorrência de algo que não seja o
evento A ?
V = { a bola retirada é vermelha },
a) 5/12 b) 1/2 c) 7/12 d) 2/3
P(V) = P(I∩V) + P(II∩V) =3/10 + 1/10 = 2/5
11. Qual a probabilidade de ocorrência de A dado que B
3  3 tenha ocorrido?
P(I ∩ V)  10  3 a) 1/2 b) 7/12 c) 2/3 e) 3/4
P(I=
/ V) = 10
= = 
P(V) 3 1  4 4
+  10  12. Qual a probabilidade de que ocorra A, mas não ocorra B?
10 10   a) 1/4 b) 1/3 c) 1/12 e) 1/2

A probabilidade de que a caixa escolhida tenha sido a I 13. Uma urna I contém 2 bolas vermelhas e 3 bolas brancas
é igual a 3/4 = 75%. e outra, II, contém 4 bolas vermelhas e 5 bolas brancas.
Sorteia‑se uma urna e dela retira‑se, ao acaso, uma bola.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS Qual é a probabilidade de que a bola seja vermelha e
tenha vindo da urna I ?
a) 1/3 b) 1/5 c) 1/9 d) 1/14
1. Uma urna contém 50 bolinhas numeradas de 1 a 50.
Sorteando‑se uma delas, a probabilidade de que o nú-
14. Considere 3 urnas, contendo bolas vermelhas e brancas
mero dela seja um múltiplo de 8 é:
com a seguinte distribuição:
a) 3/25 b) 7/50 c) 1/10 d) 8/50
Urna I: 2 vermelhas e 3 brancas
Urna II: 3 vermelhas e 1 branca
2. Uma urna contém 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Urna III: 4 vermelhas e 2 brancas
Sorteando‑se uma bolinha desta urna, a probabilidade
de que o número da bolinha sorteada seja múltiplo de Uma urna é sorteada e dela é extraída uma bola ao
2 ou de 5 é: acaso. A probabilidade de que a bola seja vermelha é
a) 13/20 b) 4/5 c) 7/10 d) 3/5 igual a:
a) 109/180
3. Jogando‑se ao mesmo tempo 2 dados honestos, a pro- b) 1/135
babilidade de a soma dos pontos ser igual a 5 é: c) 9/15
a) 1/9 b) 1/12 c) 1/18 d) 1/36 d) 3/5
Matemática

4. Jogando‑se ao mesmo tempo dois dados honestos, 15. Existem três caixas idênticas. A primeira contém duas
a probabilidade de o produto dos pontos ser igual a 12 moedas de ouro, a segunda contém uma moeda de ouro
é de: e uma de prata, e  a terceira, duas moedas de prata.
a) 1/3 b) 1/6 c) 1/9 d) 1/12 Uma caixa é selecionada ao acaso e dela uma moeda

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
é sorteada. Se a moeda sorteada é de ouro, então pro- 22. (MRE/Oficial de Chancelaria/2002) Em um grupo de
babilidade de que a outra moeda da caixa selecionada cinco crianças, duas delas não podem comer doces. Duas
também seja de ouro é de: caixas de doces serão sorteadas para duas diferentes
a) 1/2 b) 1/3 c) 2/3 d) 1/5 crianças desse grupo (uma caixa para cada uma das
duas crianças). A probabilidade de que as duas caixas de
16. Numa equipe com três estudantes, A, B e C, estima‑se doces sejam sorteadas exatamente para duas crianças
que a probabilidade de que A responda corretamente que podem comer doces é:
uma certa pergunta é igual a 40%, a probabilidade de a) 0,10 b) 0,20 c) 0,25 d) 0,30 e) 0,60
B fazer o mesmo é 20%, enquanto a probabilidade de
êxito de C, na a mesma tarefa, é de 60%. Um destes estu- 23. (MPOG/Espec.Pol. Públ. e Gest. Gov./2002) Um juiz de
dantes é escolhido ao acaso para responder à pergunta. futebol possui três cartões no bolso. Um é todo amarelo,
Qual a probabilidade de que a resposta esteja correta? o outro é todo vermelho e o terceiro é vermelho de um
a) 20% b) 30% c) 40% d) 50% lado e amarelo do outro. Num determinado jogo, o juiz
retira, ao acaso, um cartão do bolso e mostra, também
17. No problema anterior, considere que a pergunta foi ao acaso, uma face do cartão a um jogador. Assim, a pro-
feita a um dos três estudantes e este a respondeu cor- babilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e de a
outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é igual a:
retamente. Qual é a probabilidade de que a resposta do
a) 1/6
estudante tenha sido B?
b) 1/3
a) 25%
c) 2/3
b) 33,3%
d) 4/5
c) 40% e) 5/6
d) 16,7%
24. (Esaf/Fiscal do Trabalho/1998) De um grupo de 200
18. (MPU/Técnico Administrativo/2004) Carlos sabe que estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110
Ana e Beatriz estão viajando pela Europa. Com as in- em Inglês e 40 não estão matriculados nem em Inglês
formações que dispõe, ele estima corretamente que a nem em Francês. Seleciona‑se, ao acaso, um dos 200
probabilidade de Ana estar hoje em Paris é 3/7, que a estudantes. A probabilidade de que o estudante sele-
probabilidade de Beatriz estar hoje em Paris é 2/7, e que cionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas
a probabilidade de ambas, Ana e Beatriz, estarem hoje disciplinas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a:
em Paris é 1/7. Carlos, então, recebe um telefonema a) 30/200
de Ana informando que ela está hoje em Paris. Com a b) 130/200
informação recebida pelo telefonema de Ana, Carlos c) 150/200
agora estima corretamente que a probabilidade de d) 160/200
Beatriz também estar hoje em Paris é igual a e) 190/200
a) 1/7. b) 1/3. c) 2/3. d) 5/7. e) 4/7.
25. (TCU/AFCE/1999) Um dado viciado, cuja probabilidade de
19. (MPU/Técnico de Controle/2004) Os registros mostram se obter um número par é 3/5, é lançado juntamente com
que a probabilidade de um vendedor fazer uma venda uma moeda não viciada. Assim, a probabilidade de se obter
em uma visita a um cliente potencial é 0,4. Supondo que um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
as decisões de compra dos clientes são eventos indepen- a) 1/5
dentes, então, a probabilidade de que o vendedor faça b) 3/10
no mínimo uma venda em três visitas é igual a: c) 2/5
a) 0,624. b) 0,064. c) 0,216. d) 0,568. e)0,784. d) 3/5
e) 7/10
20. (MPU/Técnico de Controle/2004) André está realizando
26. (Esaf/Fiscal do Trabalho/1998) De um grupo de 200
um teste de múltipla escolha, em que cada questão apre-
estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110 em
senta 5 alternativas, sendo uma e apenas uma correta.
Inglês e 40 não estão matriculados nem em Inglês nem
Se André sabe resolver a questão, ele marca a resposta
em Francês. Seleciona‑se, ao acaso, um dos 200 estu-
certa. Se ele não sabe, ele marca aleatoriamente uma dantes. A probabilidade de que o estudante selecionado
das alternativas. André sabe 60% das questões do tes- não esteja matriculado em Inglês é igual a:
te. Então, a probabilidade de ele acertar uma questão a) 0,25
qualquer do teste (isto é, de uma questão escolhida ao b) 0,30
acaso) é igual a: c) 0,35
a) 0,62. b) 0,60. c) 0,68. d) 0,80. e) 0,56. d) 0,40
e) 0,45
21. (MPU/Técnico de Controle/2004) Quando Lígia para
em um posto de gasolina, a probabilidade de ela pedir 27. (MPOG/Analista/2000) A probabilidade de ocorrer cara
para verificar o nível de óleo é 0,28; a probabilidade de no lançamento de uma moeda viciada é igual a 2/3. Se
ela pedir para verificar a pressão dos pneus é 0,11 e a ocorrer cara, seleciona‑se aleatoriamente um número
probabilidade de ela pedir para verificar ambos, óleo e X do intervalo {X  ∈  Ν   1 ≤ X ≤ 3}; se ocorrer coroa,
Matemática

pneus, é 0,04. Portanto, a probabilidade de Lígia parar seleciona‑se aleatoriamente um número Y do intervalo
em um posto de gasolina e não pedir nem para verificar {Y ∈ Ν  1 ≤ Y ≤ 4}, onde Ν representa o conjunto dos
o nível de óleo e nem para verificar a pressão dos pneus números naturais. Assim, a probabilidade de ocorrer um
é igual a: número par é igual a:
a) 0,25. b) 0,35. c) 0,45. d) 0,15. e) 0,65. a) 7/18 b) 1/2 c) 3/7 d) 1/27 e) 2/9

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28. (AFC/2002) Em uma sala de aula estão 10 crianças sendo JUROS SIMPLES
6 meninas e 4 meninos. Três das crianças são sorteadas
para participarem de um jogo. A probabilidade de as três Conceito de Juros
crianças sorteadas serem do mesmo sexo é:
a) 15% Quando um capital é emprestado a alguém durante al-
b) 20% gum tempo, o dono do capital tem direito, como pagamento
c) 25% pelo empréstimo, a uma quantia a qual denominamos juro.
d) 30% Ao capital acrescido de juros é comum chamarmos
e) 35% montante.
29. (Serpro/2001) Há apenas dois modos, mutuamente
excluden­tes, de Ana ir para o trabalho: ou de carro ou Capital → Montante
de metrô. A probabilidade de Ana ir de carro é de 60% (+ Juros)
e de ir de metrô é de 40%. Quando ela vai de carro,
a probabilidade de chegar atrasada é de 5%. Quando
ela vai de metrô a probabilidade de chegar atrasada é Assim, os juros são a variação entre o capital e o
de 17,5%. Em um dado dia, escolhido aleatoriamente, montante de uma operação financeira.
verificou‑se que Ana chegou atrasada ao seu local de
trabalho. A probabilidade de ela ter ido de carro nesse (Juros) = (Montante) – (Capital)
dia é:
a) 10% Regimes de Capitalização
b) 30%
c) 40% O resultado do cálculo dos juros de uma operação
d) 70% financeira dependerá, entre outros fatores, do modo como
e) 82,5% decidiremos que deve ocorrer a variação destes juros em
relação ao prazo da operação.
30. (TFC/1997) A probabilidade de Agenor ser aprovado Denomina-se regime de capitalização ao modo esco-
no vestibular para o curso de Medicina é igual a 30%. lhido para a variação dos juros em relação ao prazo das
A  probabilidade de Bento ser aprovado no vestibular operações consideradas.
para o curso de Engenharia é igual a 10%. Saben- Existem basicamente três regimes de capitalização:
do‑se que os resultados dos respectivos exames são – Capitalização Simples.
independentes, então a probabilidade de apenas Agenor – Capitalização Composta.
ser aprovado no vestibular para o curso de Medicina é:
– Capitalização Contínua.
a) 0,10
b) 0,27
c) 0,30 Uma vez que os resultados de uma operação financeira
d) 0,45 dependem do regime de capitalização escolhido, este deve
e) 0,50 ser sempre indicado de algum modo nos textos das questões
de matemática financeira. Isso é feito, na maioria das vezes,
31. (AFTN/1998) Em uma cidade, 10% das pessoas possuem usando-se “simples” / “composto” / “contínuo” como adjeti-
carro importado. Dez pessoas dessa cidade são selecio- vo ou de juros ou de desconto ou de taxa ou de capitalização.
nadas, ao acaso e com re­posição. A probabilidade de
que exatamente 7 das pessoas selecionadas possuam Exemplos:
carro importado é:
a) (0,1)7 (0,9)3 ... calcular os juros simples ...
b) (0,1)3 (0,9)7 ... a juros compostos de ...
c) 120 (0,1)7 (0,9)3 ... admitindo juros contínuos ...
d) 120 (0,1) (0,9)7 ... no regime de capitalização simples ...
e) 120 (0,1)7 (0,9) ... determine o desconto composto ...

Juros Simples
GABARITO
Chamamos de juros simples àquele no qual se admite
1. a 13. b 25. e que o total de juros seja diretamente proporcional ao tempo
2. d 14. a 26. e da operação considerada.
3. a 15. c 27. a Como os juros são a variação entre o capital e o mon-
4. c 16. c 28. b tante e como esta variação, na prática, ocorre num dado
5. c 17. d 29. b intervalo de tempo, o valor dos juros deve estar sempre as-
6. c 18. b 30. b sociado ao período de tempo que foi necessário para gerá-lo.
7. b 19. e 31. c
Exemplo:
Matemática

8. d 20. c
9. c 21. e Se dissermos que um empréstimo de R$1.000,00 cobra
10. d 22. d juros de R$2,00, isso representará uma variação grande ou
pequena? Depende. Se ela ocorreu em um ano, podemos
11. a 23. a
dizer que é bem pequena. Mas se ocorreu em um dia, já não
12. c 24. d
teremos a mesma opinião.

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Taxa de Juros Exercício Resolvido
A taxa de juros é aquela que indica a proporção entre Qual é a taxa trimestral proporcional à taxa quadrimes-
os juros e o capital num dado intervalo de tempo. tral de 20%?
A taxa de juros deve, portanto, estar sempre associada
a um período de tempo. (%) (prazos)
Em muitos casos a indicação escrita do prazo de tempo
associado às taxas será feita de forma abreviada, de modo 20 → 4 (meses)
que o prazo seja indicado por sua letra inicial. x → 3 (mês)
Assim teremos:
x%×4 = 20%×3
x% a.d. = x% ao dia
x% = 60% ÷ 4
x% a.m. = x% ao mês
x% a.b. = x% ao bimestre x% = 15%
x% a.t. = x% ao trimestre
x% a.q. = x% ao quadrimestre Portanto, a taxa de 15% a.t. (15% ao trimestre) é pro-
x% a.s. = x% ao semestre porcional à de 20% a.q. (20% ao quadrimestre).
x% a.a. = x% ao ano
Taxas Equivalentes
Exemplo:
Duas taxas são equivalentes quando produzem juros
Se um capital de R$2.000,00 rendeu R$300,00 de ju- iguais ao serem aplicadas a capitais iguais e por pe­ríodos
ros ao fim de dois meses, então a taxa de juros para esse de tempo também iguais.
período será:
Exemplo:
A aplicação de uma dada quantia qualquer, por certo
100% +x% (100 + x) %
período, à taxa de juros simples de 2% ao mês nos daria um
Capital → Montante total de juros igual àquele que obteríamos se aplicássemos
(+ Juros) a mesma quantia, durante o mesmo tempo, mas à taxa de
juros simples de 6% ao trimestre. Então dizemos que a taxa
(Juros) = x% do (Capital) de juros simples de 2% a.m. é equivalente à taxa de juros
300 = x% de 2.000 simples de 6% a.t.
x Notemos que 2% a.m. e 6% a.t. são também taxas pro-
300 = × 2.000
100 porcionais, pois:
No regime de juros simples, taxas equivalentes serão
300 × 100 sempre proporcionais e vice-versa.
=x = 15
2000
Exercício Resolvido
Logo, a taxa de juros é de 15% no bimestre.
Qual é a taxa semestral equivalente à taxa quadrimestral
de 7,5%?
Taxas Proporcionais
Duas taxas são proporcionais quando seus valores são (%) (prazos)
diretamente proporcionais aos respectivos tempos, sendo 7,5 → 4 (meses)
estes considerados numa mesma unidade. x → 6 (mês)
Exemplo: x%×4 = 7,5%×6
As taxas de 72% ao ano e de 6% ao mês são propor- x% = 45% ÷ 4
cionais.
Isso pode ser comprovado verificando uma regra de três x% = 11,25%
direta como a indicada a seguir:
Portanto, a taxa de 7,5% a.s. (7,5% ao semestre) é pro-
(%) (prazos) porcional à de 11,25% a.q. (11,25% ao quadrimestre).
72 → 12 (meses)
6 → 1 (mês) Juros Comerciais e Juros Exatos
72%×1 = 6%×12 Existem situações onde o prazo de uma operação finan-
ceira é contado em dias enquanto a taxa de juros é indicada
Matemática

72% = 72% em alguma outra unidade de tempo maior (mês, bimestre,


quadrimestre, semestre ou ano).
A igualdade obtida na última linha confirma que os 72% Em tais situações todos os prazos devem ser contados
estão para 12 meses (1 ano) assim como os 6% para 1 mês. em dias. A contagem do número de dias envolvidos na
Ou seja, as taxas de 72% ao ano e de 6% ao mês são mesmo operação (prazo da operação), entretanto, deve ser feita,
proporcionais. na prática, de acordo com uma das seguintes convenções:

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• Prazo comercial – Consideram-se todos os meses Exercício Resolvido
com 30 dias (mês comercial) e o ano com 360 dias
(ano comercial). Este é o caso mais frequente nos Quantos dias, exatamente, durou uma aplicação que
problemas de juros simples, e os juros calculados de teve início em 18 de março de certo ano e término em 10 de
acordo com esta convenção são chamados de juros setembro do mesmo ano?
comerciais ou juros ordinários.
Solução:
Exemplos: Quando esta situação ocorre no meio de um problema
em provas de concursos, quase sempre somos obrigados a
Prazo dado Total de dias (prazo resolvê-la sem o auxílio da chamada “tabela para contagem
de dias entre datas”. Entretanto, é possível resolvê-la com o
comercial)
seguinte procedimento:
Dois meses e meio 2×30 + 15 = 75 dias Se as datas de início e término da operação estiverem
Três meses e vinte dias 3×30 + 20 = 110 dias no mesmo ano, pode-se determiná-la da seguinte forma:
Um ano 12×30 = 360 dias ∆M = (mês final) − (mês inicial)
De 01/07/X a 01/09/X 2×30 = 60 dias ∆D = (dia final) − (dia inicial)
Ajustes =
De 06/02/X a 06/03/X 1×30 = 30 dias
+1 dia para cada dia 31 compreendido entre as datas
de início e fim;
Exercício Resolvido −2 dias se o período da operação passar de fevereiro
para março.
Qual a taxa de juros simples equivalente a 12% ao mês
para um prazo de 3 meses e 10 dias, considerando a conven- Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
ção do prazo comercial?
Em nosso caso, temos:
Solução: ∆M = (mês final) − (mês inicial) = 9 − 3 = 6
1 mês = 30 dias ∆D = (dia final) − (dia inicial) = 10 − 18 = −8
3 meses e 10 dias = 3×30 dias + 10 dias = 100 dias Ajustes = (31/mar.) + (31/maio) + (31/jul.) + (31/ago.)
=1+1+1+1=4
Como as taxas equivalentes, a juros simples, devem ser
proporcionais aos seus respectivos tempos, temos: Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
Prazo exato = 30×(6) + (−8) + (4)
(prazos) (%) Prazo exato = 180 −8 + 4
30 dias ......................... 12% Prazo exato = 176
100 dias ......................... x%
Obs.: O prazo comercial entre duas datas pode ser
conseguido fazendo-se:
30x = 100×12
x = 40
Prazo comercial = 30×∆M + ∆D
Prazo comercial = 30×(6) + (−8)
A taxa equivalente, para os 3 meses e 10 dias, é 40%.
Prazo comercial = 180 −8
Prazo comercial = 172
• Prazo exato – Considera-se o total exato de dias trans-
corridos no período da aplicação. Assim, contam-se
com 30 dias os meses de abril, junho, setembro e Exercício Resolvido
novembro, 28 dias para fevereiro (29 se o ano for
bissexto) e com 31 dias os demais meses do ano. Um capital de R$7.200,00 foi aplicado de 6 de fevereiro
até 20 de abril do mesmo ano. Considerando uma taxa de
O ano terá um total de 365 dias (ou 366 dias se for
juros simples de 10% a.a., qual o total de juros desta aplica-
bissexto). Os juros calculados de acordo com esta
ção se considerarmos o prazo exato? E qual o total de juros
convenção são chamados juros exatos.
se considerarmos o prazo comercial?
Exemplos:
Solução:
∆M = (mês final) − (mês inicial) = 4 − 2 = 2
Prazo dado Total de dias (prazo exato) ∆D = (dia final) − (dia inicial) = 20 − 6 = 14
Um ano 365 dias Ajustes = (fev./mar.) + (31/mar.) = −2 + 1 = −1
De 01/07/X a 01/09/X 31 + 31 = 62 dias (conta-se o dia I – Considerando o prazo exato:
inicial mas não o final) Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
De 06/02/X a 06/03/X 28 dias (se nada for dito, Prazo exato = 30×(2) + (14) + (−1)
Matemática

presume-se o ano não bissexto) Prazo exato = 60 + 14 −1


Prazo exato = 73 dias
Obs.: Expressões como “dois meses e meio”, “três
meses e vinte dias” etc. não fazem sentido na contagem Juros exatos:
de prazos exatos, pois o total dependeria de quais meses JE = 10% de R$7.200,00
seriam considerados. JE = 720,00 (anual)

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(prazos) ($$) (soma _ de _ prazos × pesos)
prazo médio =
365 dias ............................ R$720,00 (soma _ dos _ pesos)
73 dias ............................ x

365×x = 73×720
6 + 12 + 12 30
prazo médio
= = = 1,5 (meses)
2 + 6 + 12 20
73 × 720
=x = 144 Portanto, o prazo médio seria de 1 mês e 15 dias.
365
Isso significa que se nós trocássemos os prazos das três
aplicações por 1 mês e 15 dias, o total de juros produzidos pe-
O valor dos juros exatos é de R$144,00. las três aplicações, ao final desse prazo, continuaria inalterado.
Taxa média é uma taxa única tal que, substituindo as
II – Considerando o prazo comercial: taxas de cada uma das aplicações dadas, produzirá o mesmo
Na contagem do prazo comercial os ajustes relativos ao total de juros das aplicações originais.
número exato de dias não são considerados. A taxa média é sempre a média aritmética ponderada
das taxas, tendo como pesos os produtos dos prazos e capi-
Prazo comercial = 30×∆M + ∆D tais a eles correspondentes.
Prazo comercial = 30×(2) + (14)
Prazo comercial = 60 + 14 Exercício Resolvido
Prazo comercial = 74 dias Considerando as aplicações do exemplo anterior:
R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00, às taxas de 2%, 3%
Juros comerciais: e 4% ao mês, durante 3, 2 e 1 mês, respectivamente. Qual
seria a taxa média para estas três aplicações?
JC = 10% de R$7.200,00
JC = 720,00 (anual) A B C B × C A×B×C

TAXAS CAPITAIS PRAZOS PESOS TAXAS×PESOS


(prazos) ($$) 2% a.m. 1 3 1 x 3 = 3 2x1x3=6
360 dias .................... R$720,00 3% a.m. 2 2 2 x 2 = 4 3 x 2 x 2 = 12
4% a.m. 3 1 3 x 1 = 3 4 x 3 x 1 = 12
74 dias .................... x
(soma _ de _ taxas × pesos)
360×x = 74×720 Taxa média =
(soma _ dos _ pesos)
74 × 720 6 + 12 + 12 30
=x = 148 Taxa média
= = = 3
360 3+ 4+3 10
Portanto, a taxa média seria de 3% ao mês.
O valor dos juros comerciais é de R$148,00.
Isso significa que se nós trocássemos as três taxas (2%,
Prazo Médio e Taxa Média 3% e 4%) para 3% a.m., o total de juros produzidos pelas três
aplicações continuaria inalterado.
Considere um conjunto com duas ou mais aplicações a
juros simples, cada qual com seus próprios valores de capital, Exercícios Resolvidos
suas taxas e seus prazos. 1. Um capital de R$ 800,00 foi aplicado pelo prazo de 2
Prazo médio é um prazo único tal que, substituindo meses, à taxa de juros simples de 3% ao mês. Qual o valor
os prazos de cada uma das aplicações dadas, produzirá o dos juros desta aplicação?
mesmo total de juros das aplicações originais.
O prazo médio é sempre a média aritmética ponderada Solução:
dos prazos, tendo como pesos os produtos das taxas e capi-
tais a eles associados. Inicialmente, vemos que a taxa de juros é de 3% ao mês.
Como o prazo de aplicação é de 2 meses, temos a se-
guinte proporção:
Exercício Resolvido
(prazos) (%)
Três capitais de R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00
foram aplicados às taxas simples de 2%, 3% e 4% ao mês 1 mês ......................... 3%
durante 3 meses, 2 meses e 1 mês, respectivamente. Qual 2 meses ......................... x%
seria o prazo médio para estas três aplicações?
1×x = 2×3%
A B C B × C A × B × C x = 6%
Matemática

Assim, podemos montar o seguinte esquema:


PRAZOS CAPITAIS TAXAS PESOS PRAZOS × PESOS
100% + 6% 106%
3 meses 1 2 1 x 2 = 2 3x1x2=6
2 meses 2 3 2 x 3 = 6 2 x 2 x 3 = 12 C = 800 → M=?
1 mês 3 4 3 x 4 = 12 1 x 3 x 4 = 12 +J=?

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Neste esquema, poderíamos determinar quer os juros, Desse modo teremos:
quer o montante através de uma simples regra de três. Mas
o problema pediu o valor dos juros. Logo, faremos: 50.000 × x = 16.000×100%

(%) ($$) 16.000×100%


x= = 32%
100% ..................... 800 (capital) 50.000
6% ..................... J = ? (juros)
Como foi pedida uma taxa mensal, faremos:
Resolvendo a regra de três, vem:

100×J = 6×800 (prazo) (%)


8 meses .................... 32%
6×800
J= = 48 1 mês .................... x
100
8×x = 1×32%
Portanto, os juros da aplicação são de R$ 48,00.
1×32%
2. Um capital de R$ 23.500,00 foi aplicado durante 8 x= = 4%
meses à taxa simples de 9% a.a. Determine o montante 8
desta aplicação.
Portanto, a taxa é de 4% ao mês.
Solução:
A taxa é de 9% ao ano, mas a aplicação durou 8 meses. 4. De quanto será o juro produzido por um capital de
R$ 2.300,00, aplicado durante 3 meses e 10 dias, à taxa
simples de 12% ao mês?
(prazo) (%)
12 meses ................... 9% Solução:
8 meses ................... x
O enunciado apresentou um prazo em meses e dias, mas
Resolvendo a regra de três, vem: não indicou se o juro deve ser comercial ou exato. Em casos
12×x = 8×9% como este, presume-se que o juro desejado é o comercial.
Pela convenção do prazo comercial, 3 meses e 10 dias
nos dão:
8 × 9%
=x = 6%
12 3 meses + 10 dias = (3×30) + 10 dias = 90 + 10 dias =
Desse modo, podemos escrever: 100 dias

100% + 6% 106% Agora, calculamos a taxa equivalente para os 100 dias


C = 23.500 → M=? (regra de três).
+J=?
(prazo) (%)
Veja que o montante é 106% do capital! 30 dias .................... 12%
100 dias .................... x
106% de 23.500,00 = 24.910,00
Portanto, o montante foi de R$ 24.910,00. 30×x = 100×12%

3. Uma aplicação de R$ 50.000,00 pelo prazo de 8 meses 100×12%


resultou num montante de R$ 66.000,00. Qual foi a taxa x= = 40%
30
mensal de juros simples desta aplicação?
Solução: Finalmente, determinamos o juro pedido:

Lembrando que os juros são a variação (diferença) do 40% de R$ 2.300,00 = R$920,00


capital aplicado para o montante, teremos:
Portanto, o juro é de R$920,00.
100% +x% (8 meses) (100+x)%
→ 5. Aplicando R$2.000,00 à taxa de juros simples comer-
C = 50.000 M = 66.000
ciais de 36% a.a., qual o total de juros ao fim de 115 dias?
+ J = 16.000
Matemática

Pelo esquema vemos que: Solução:

($$) (%) (prazo) (%)


50.000 .................... 100% 360 dias .................... 36%
16.000 .................... x 115 dias .................... x

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360 × x = 115×36% c) 4% a.t.
d) 5% a.t.
115×36% e) 10% a.t.
x= =11,5%
360
4. A taxa semestral que equivale à taxa de 24% a.a. é
a) 12% a.s. d) 3% a.s.
J = 11,5% de R$2.000,00 = R$230,00 b) 6% a.s. e) 2% a.s.
c) 4% a.s.
Portanto, os juros comerciais serão de R$230,00.
5. A alternativa que indica a taxa mensal que é proporcio­
6. Um capital de R$ 5.300,00 foi aplicado no dia 25 de nal à taxa de 12% a.s. é:
março de certo ano, à taxa anual de 10%. Considerando o a) 1% a.m.
critério de juros simples exatos, qual o valor do montante b) 2% a.m.
desta aplicação em 6 de junho do mesmo ano? c) 3% a.m.
d) 4% a.m.
Solução: e) 6% a.m.
∆M = (mês final) − (mês inicial) = 6−3 = 3 6. A taxa bimestral que é equivalente à taxa de 12% a.t. é
∆D = (dia final) − (dia inicial) = 6−25 = −19 a) 10% a.b.
Ajustes = (31/mar.) + (31/maio) = 1+1 = 2 b) 9% a.b.
c) 8% a.b.
Prazo exato: d) 6% a.b.
Prazo exato = 30×∆M + ∆D +Ajustes e) 4% a.b.
Prazo exato = 30×(3)+(−19)+(2)
Prazo exato = 90−19+2 Contagens de prazos comerciais e exatos
Prazo exato = 73 dias
7. O total de dias que correspondem a quatro meses e dez
Juros exatos: dias, de acordo com o prazo comercial, é
JE = 10% de R$5.300,00 a) 100 dias.
JE = 530,00 (anual) b) 110 dias.
c) 120 dias.
(prazo) ($$) d) 130 dias.
e) 140 dias.
365 dias .................... 530,00
73 dias .................... x 8. O total de dias que correspondem a cinco meses e meio,
de acordo com o prazo comercial, é
365×x = 73×530,00 a) 150 dias.
b) 165 dias.
73×530% c) 170 dias.
x= =106 d) 175 dias.
365
e) 180 dias.
Juros exatos: R$106,00. 9. O total de dias que correspondem a três meses e vinte
e dois dias, de acordo com o prazo comercial, é
EXERCÍCIOS PROPOSTOS a) 102 dias.
b) 106 dias.
Juros Simples c) 108 dias.
d) 110 dias.
Taxas proporcionais e equivalentes e) 112 dias.

1. A alternativa que indica a taxa mensal proporcional à 10. O número de dias que se contam de 5 de julho a 10
taxa de 24% a.a. é: de setembro do mesmo ano, pelo critério do prazo
a) 1% a.m. d) 6% a.m. comercial, é
b) 2% a.m. e) 12% a.m. a) 65 dias.
c) 4% a.m. b) 70 dias.
c) 75 dias.
2. A taxa bimestral que é proporcional à taxa de 18% a.a. é d) 80 dias.
a) 1% a.b. e) 85 dias.
b) 2% a.b.
c) 3% a.b. 11. O número de dias contados de 12 de julho a 6 de ou-
d) 6% a.b. tubro do mesmo ano, segundo a convenção do prazo
comercial, é
Matemática

e) 9% a.b.
a) 82 dias.
3. A alternativa que indica a taxa trimestral equivalente à b) 84 dias.
taxa de 20% a.a. é: c) 86 dias.
a) 1% a.t. d) 88 dias.
b) 2% a.t. e) 90 dias.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
12. De 4 de janeiro a 10 de maio do mesmo ano, segundo 20. Se R$4.200,00, aplicados à taxa simples de 6% a.m., re-
o critério de contagem de prazo exato, temos sultaram num montante de R$4.368,00, então quantos
a) 126 dias. dias durou a aplicação?
b) 127 dias. a) 10 dias
c) 125 dias. b) 15 dias
d) 128 dias. c) 20 dias
e) 124 dias. d) 25 dias
e) 40 dias
Juros simples comerciais
Juros simples exatos
13. O valor dos juros simples comerciais produzidos em
três meses pela aplicação de um capital de R$1.200,00 21. Um capital de R$2.700,00 foi aplicado em 13/3/2009 à
à taxa de 4% a.m. é taxa anual de 36,5% e resgatado em 01/6/2009. Qual o
a) R$120,00. total de juros simples exatos obtidos nesta operação?
b) R$124,00. a) R$216,00
c) R$140,00. b) R$228,00
d) R$144,00. c) R$236,00
e) R$148,00. d) R$238,00
e) R$246,00
14. Um capital de R$2.200,00 foi aplicado à taxa de juros
simples de 60% a.a. Qual o total dos juros ao fim de 7 22. Qual o montante de uma aplicação de R$5.400,00 feita
meses? no período de 13/4/2009 a 7/6/2009 se a taxa foi de
a) R$250,00 73% a.a. e os juros foram calculados com prazos exatos?
b) R$350,00 a) R$5.972,00
c) R$530,00 b) R$5.994,00
d) R$700,00 c) R$6.134,00
e) R$770,00 d) R$6.172,00
e) R$6.224,00
15. Aplicando R$1.500,00 por 1 mês e 10 dias, à taxa sim-
ples de 6% a.b., qual será o montante obtido? 23. Um capital de R$2.000,00 investido em 22/2/2000
a) R$1.530,00 totalizava R$2.520,00 em 17/7/2000. Considerando os
b) R$1.560,00 juros exatos, qual a taxa anual de juros desta operação?
c) R$1.580,00 a) 63% c) 65% e) 67%
d) R$1.610,00 b) 64% d) 66%
e) R$1.620,00
24. Um capital de R$4.320,00 aplicado em 10/4/2001
16. Qual o capital necessário para produzir R$196,00 de foi aplicado à taxa de 36,5% a.a., rendendo juros de
juros após 2 meses e 10 dias se a taxa trimestral de R$432,00. Considerando os juros exatos, qual a data
juros simples comerciais é de 18%? do final desta aplicação?
a) R$2.800,00 a) 16/7/2001
b) R$2.020,00 b) 17/7/2001
c) R$1.400,00 c) 18/7/2001
d) R$1.202,00 d) 19/7/2001
e) R$1.196,00 e) 20/7/2001

17. Um investidor aplicou R$3.000,00 no dia 10/7/2000 a Prazo médio e taxa média
juros simples comerciais de 72% a.a. Qual o montante
desta aplicação em 15/9/2000? 25. Três capitais iguais são aplicados por prazos também
a) R$3.270,00 iguais às taxas de juros simples mensais de 3%, 5% e
b) R$3.390,00 10%. Qual a taxa única (taxa média) que proporcionaria
c) R$3.720,00 um mesmo total de juros das três aplicações reunidas
d) R$3.930,00 sendo mantidos os mesmos capitais e prazos?
e) R$3.980,00 a) 3%a.m. d) 6%a.m.
b) 4%a.m. e) 7%a.m.
18. Que taxa anual de juros simples seria necessária para c) 5%a.m.
gerar um montante de R$2.880,00 após 8 meses de
aplicação se o capital aplicado fosse de R$2.400,00? 26. Três capitais iguais são aplicados a uma mesma taxa
a) 10% b) 16% c) 20% d) 26% e) 30% de juros simples, um deles por três meses e os outros
dois por seis meses. Qual o prazo único (prazo médio)
19. Se um capital de R$3.100,00 resultou, ao fim de 2 meses que proporcionaria um mesmo total de juros das três
e 20 dias, num montante de R$3.348,00 ao ser aplicado aplicações reunidas sendo mantidos os mesmos capitais
a juros simples, qual a taxa mensal? e as mesmas taxas?
Matemática

a) 3,0% a) 3 meses e 20 dias.


b) 3,5% b) 4 meses.
c) 4,0% c) 4 meses e 10 dias.
d) 4,5% d) 4 meses e 20 dias.
e) 5,0% e) 5 meses.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
27. Considere o total dos juros simples obtidos pelas aplica- 7. (TTN/1992) Se em 5 meses o capital de $ 250.000,00
ções de R$300,00 por 1 mês à taxa de 2% a.m., R$100,00 rende $ 200.000,00 de juros simples à taxa de 16% ao
por 3 meses à taxa de 4% a.m. e R$200,00 por 2 meses mês, qual o tempo necessário para se ganhar os mes-
à taxa de 3% a.m. Qual a taxa única que resultaria o mos juros se a taxa fosse de 160% ao ano?
mesmo total de juros se as demais condições de capitais a) 6m c) 8m e) 10m
e prazos fossem mantidas nas três aplicações? b) 7m d) 9m
a) 3,0% a.m.
b) 2,9% a.m. 8. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Obtendo-se, em 10 meses, $
c) 2,8% a.m. 120.000,00 de juros simples pelo empréstimo de um
d) 2,7% a.m. capital de $ 200.000,00 à taxa de 6% a.m. Determine o
e) 2,6% a.m. tempo necessário para se ganharem os mesmos juros,
caso a taxa seja de 60% a.a.
a) 8 meses. d) 10 meses.
GABARITO b) 1 ano e 3 meses. e) 13 meses.
c) 1 ano.
1. b 8. b 15. b 22. b
2. c 9. e 16. c 23. c 9. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Em março de 1990, o governo
3. d 10. a 17. b 24. d brasileiro, numa tentativa de acabar com a inflação,
4. a 11. b 18. e 25. d reteve o dinheiro do povo. Uma pessoa verificou que,
5. b 12. a 19. a 26. e ao final de 45 dias, à taxa de 4,2% ao mês obteve, de
6. c 13. d 20. c 27. a acordo com seu saldo em cruzados novos, juros de
7. d 14. e 21. a $ 630,00. Qual foi a quantia retida?
a) $ 18.000,00 d) $ 5.000,00
b) $ 20.000,00 e) $ 10.000,00
Testes – Juros Simples c) $ 36.000,00
1. (TTN/1985) Se 6/8 de uma quantia produzem 3/8 desta 10. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Emprestei 1/4 do meu capital, a
mesma quantia de juros em 4 anos, qual é a taxa apli- 8% ao ano, 2/3 a 9% ao ano, e o restante a 6% ao ano.
cada? No fim de um ano recebi $ 102,00 de juros. Determine
a) 20% ao ano d) 200% ao ano o capital.
b) 125% ao ano e) 10% ao ano a) $ 680,00 d) $ 2.530,00
c) 12,5% ao ano b) $ 840,00 e) $ 12.600,00
c) $ 1.200,00
2. (TTN/1985) Um capital de $ 14.400 aplicado a 22%
ao ano rendeu $ 880 de juros. Durante quanto tempo 11. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) A que taxa mensal deverá a firma
esteve empregado? “O Dura” aplicar seu capital de $ 300.000,00, para que,
a) 3 meses e 3 dias d) 3 meses e 10 dias em 2 anos e 4 meses, renda juros equivalentes a 98%
b) 3 meses e 8 dias e) 27 dias de si mesmo?
c) 2 meses e 23 dias a) 42% a.m. c) 35% a.m. e) 18% a.m.
b) 3,5% a.m. d) 4,2% a.m.
3. (TTN/1989) Calcular os juros simples que um capital de
$ 10.000,00 rende em um ano e meio aplicado à taxa 12. (At.Jud./TRT-GO/1990) Calcule o capital que se deve
de 6% a.a. Os juros são de: empregar à taxa de 6% a.m., a juros simples, para se
a) $ 700,00 d) $ 600,00 obter $ 6.000,00 de juros em 4 meses.
b) $ 1.000,00 e) $ 900,00 a) $ 10.000,00 d) $ 180.000,00
c) $ 1.600,00 b) $ 25.000,00 e) $ 250.000,00
c) $ 100.000,00
4. (AFTN/1991) Um capital no valor de 50, aplicado a juro
13. (At.Jud./TRT-GO/1990) Se uma pessoa deseja obter um
simples a uma taxa de 3,6% ao mês, atinge, em 20 dias,
rendimento de $ 27.000,00, dispondo de $ 90.000,00 de
um montante de:
capital, a que taxa de juros simples quinzenal o dinheiro
a) 51 c) 52 e) 68
deverá ser aplicado no prazo de 5 meses?
b) 51,2 d) 53,6 a) 10% c) 3% e) 5,5%
b) 5% d) 8%
5. (TTN/1994) Qual é o capital que diminuído dos seus
juros simples de 18 meses, à taxa de 6% a.a., reduz-se 14. (At.Jud./TST-ES/1990) Qual a taxa necessária para que
a R$ 8.736,00? um capital, colocado a juros simples, decuplique de
a) R$ 9.800,00 d) R$ 10.308,48 valor em 7 anos?
b) R$ 9.760,66 e) R$ 9.522,24 a) 50% a.a. d) 1 2/7% a.m.
c) R$ 9.600,00 b) 128 4/7% a.a. e) 12% a.m.
c) 142 6/7% a.a.
6. (TTN/1989) O capital que, investido hoje a juros simples
Matemática

de 12% a.a., se elevará a $ 1.296,00 no fim de 8 meses, 15. (At.Jud./TST-ES/1990) Depositei certa importância em
é de: um Banco e, depois de algum tempo, retirei os juros de
a) $ 1.100,00 d) $ 1.200,00 $ 1.600.000,00, que representavam 80% do capital.
b) $ 1.000,00 e) $ 1.399,68 Calcular o tempo em que o capital esteve empregado,
c) $ 1.392,00 se a taxa contratada foi de 16% a.m.

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a) 5 meses e 20 dias. d) 4 meses. durante 2 anos e 4 meses. Juntos renderam um juro de
b) 5 meses. e) 6 meses e 5 dias. $ 27.591,80. Sabendo que o segundo capital é o dobro
c) 4 meses e 10 dias. do primeiro e que o terceiro é o triplo do segundo, o
valor do terceiro capital é de:
16. (At.Jud./TST-ES/1990) O capital de $ 1.200.000,00 está a) $ 30.210,00 d) $ 20.140,00
para seus juros assim como 4 está para 3. Determinar b) $ 10.070,00 e) $ 5.035,00
a taxa de juros, considerando que o capital esteve em- c) $ 15.105,00
pregado 1 ano e 3 meses.
a) 6% a.m. c) 5% a.a. e) 50% a.a. 25. (TTN/1994) Mário aplicou suas economias, a juros sim-
b) 60% a.a. d) 66% a.a. ples comerciais, em um banco, a juros de 15% a.a.,
durante 2 anos. Findo o prazo reaplicou o montante e
17. (AFC/TCU/1992) Um investidor aplicou $ 2.000.000,00, mais R$ 2.000,00 de suas novas economias, por mais
no dia 6/1/86, a uma taxa de 22,5% ao mês. Esse capital 4 anos, à taxa de 20% a.a., sob mesmo regime de capi-
terá um montante de $ 2.195.000,00 talização. Admitindo-se que os juros das 3 aplicações
a) 5 dias após sua aplicação somaram R$ 18.216,00, o capital inicial da primeira
b) após 130 dias de aplicação aplicação era de R$:
c) aos 15/5/86 a) 11.200,00 d) 12.700,00
d) aos 19/1/86 b) 13.200,00 e) 12.400,00
e) após 52 dias de sua aplicação c) 13.500,00
18. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Certo investidor aplicou 26. (TTN/1994) Carlos aplicou 1/4 de seu capital a juros
$ 870,00 à taxa de 12% ao mês. Qual o montante, no simples comerciais de 18% a.a., pelo prazo de 1 ano,
final de 3 anos? e o restante do dinheiro a uma taxa de 24% a.a., pelo
a) $ 4.628,40 d) $ 35.780,40 mesmo prazo e regime de capitalização. Sabendo-se
b) $ 35.078,40 e) $ 4.860,40 que uma das aplicações rendeu R$ 594,00 de juros a
c) $ 4.800,40 mais do que a outra, o capital inicial era de R$:
a) 4.600,00 c) 4.200,00 e) 4.900,00
19. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Um imposto no valor de
b) 4.400,00 d) 4.800,00
$ 488,00 esta sendo pago com atraso de 3 meses. Se a
Prefeitura cobrar juros de 25% ao ano, o contribuinte
terá de pagar um acréscimo de: 27. (AFTN/1985) O preço à vista de uma mercadoria é de $
a) $ 30,20 d) $ 30,50 100.000. O comprador pode, entretanto, pagar 20% de
b) $ 30,30 e) $ 30,60 entrada no ato e o restante em uma única parcela de $
c) $ 30,40 100.160, vencível em 90 dias. Admitindo-se o regime de
juros simples comerciais, a taxa de juros anuais cobrada
20. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Certo capital, aplicado durante na venda a prazo é de:
9 meses à taxa de 35% ao ano, rendeu $ 191,63 de juros. a) 98,4% c) 100,8% e) 103,2%
O valor desse capital era de: b) 99,6% d) 102,0%
a) $ 690,00 d) $ 720,00
b) $ 700,00 e) $ 730,00 28. (AFTN/1985) João colocou metade de seu capital a juros
c) $ 710,00 simples pelo prazo de 6 meses e o restante, nas mes-
mas condições, pelo período de 4 meses. Sabendo‑se
21. (TTN-RJ/1992) Um fogão é vendido por $ 600.000,00 à que, ao final das aplicações, os montantes eram de $
vista ou com uma entrada de 22% e mais um pagamen- 117.000 e $ 108.000, respectivamente, o capital inicial
to de $ 542.880,00, após 32 dias. Qual a taxa de juros do capitalista era de:
mensal envolvida na operação? a) $ 150.000 d) $ 180.000
a) 5% c) 15% e) 20% b) $ 160.000 e) $ 200.000
b) 12% d) 16% c) $ 170.000

22. (TTN/1992) Quanto se deve aplicar a 12% ao mês, para 29. (AFTN/1985) Dois capitais foram aplicados a uma taxa de
que se obtenha os mesmos juros simples que os pro- 72% a.a., sob regime de juros simples. O primeiro pelo
duzidos por $ 400.000,00 emprestados a 15% ao mês, prazo de 4 meses e o segundo por 5 meses. Sabendo-se
durante o mesmo período? que a soma dos juros totalizaram $ 39.540 e que os juros
a) $ 420.000,00 d) $ 520.000,00 do segundo capital excederam os juros do primeiro em
b) $ 450.000,00 e) $ 500.000,00 $ 12.660, a soma dos dois capitais iniciais era de:
c) $ 480.000,00 a) $ 140.000 d) $ 147.000
b) $ 143.000 e) $ 115.000
23. (TTN/1992) Se em 5 meses o capital de $ 250.000,00 c) $ 145.000
rende $ 200.000,00 de juros simples à taxa de 16% ao
mês, qual o tempo necessário para se ganhar os mes- GABARITO
mos juros se a taxa fosse de 160% ao ano?
Matemática

a) 6m c) 8m e) 10m
1.c 6. d 11. b 16. b 21. c 26. b
b) 7m d) 9m
2. d 7. a 12. b 17. d 22. e 27. c
3. e 8. c 13. c 18. a 23. a 28. d
24. (TTN/1992) Três capitais são colocados a juros simples:
4. b 9. e 14. b 19. d 24. a 29. b
o primeiro a 25% a.a., durante 4 anos; o segundo a 24%
a.a., durante 3 anos e 6 meses e o terceiro a 20% a.a., 5. c 10. c 15. b 20. e 25. e

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
DESCONTOS SIMPLES 3º calcular o valor de que precisarmos, no esquema, usando
regra de três.
Desconto é o abatimento que se faz no valor de uma dívi-
da quando ela é negociada antes da data do seu vencimento. Macete
O documento que atesta a dívida é denominado gene-
ricamente por título de crédito. Pense numa garrafa:
São exemplos de títulos de crédito as notas promissó- O que há dentro dela? O líquido!
rias, as duplicatas e as letras de câmbio. (por dentro: 100% é o líquido)
Valor nominal, ou valor de face, é o valor do título de
crédito, ou seja, aquele que está escrito no título e que seria O que há fora dela? O nome!
pago na data de vencimento do título. (por fora: 100% é o nominal)
Valor líquido é o valor pelo qual o título acabou sendo
negociado antes de sua data de vencimento. É sempre me-
nor que o valor nominal, pois o título sofreu um desconto. Exercícios Resolvidos
O valor líquido também é chamado de valor atual, valor
descontado (que sofreu desconto – não confundir com “valor 1. Determinar o desconto por dentro sofrido por um título
do desconto’’), valor pago. de R$ 650,00, descontado 2 meses antes do vencimento
Prazo de antecipação é o intervalo de tempo entre a à taxa de 15% a.m.
data em que o título é negociado e a data de vencimento
do mesmo. Solução:
Vamos resumir o que temos até agora num esquema: Primeiramente, devemos determinar, pelo tipo do des-
(ANTES DO VENCIMENTO) (VENCIMENTO)
conto, qual valor será a referência (100%).
(PRAZO DE ANTECIPAÇÃO) Como o problema pede desconto por dentro, o 100%
+ DESCONTO será o valor líquido. Nosso esquema, portanto, será
VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL

Observe que o desconto sempre é a diferença entre o valor 100% (2 meses) 130%
nominal e o valor líquido. ⇓ + 30% ⇓

Estudaremos dois tipos de desconto: VALOR LÍQUIDO R$ 650,00
DESCONTO = ?

1º) Desconto “por dentro”, ou desconto racional, é aquele
(observe a taxa
onde a referência para o cálculo porcentual do desconto
ajustada para 2
é o valor líquido. meses)

Desconto por dentro ou Agora, é só resolver a regra de três.


racional ⇒ 100% é o valor líquido Se 130% correspondem a $ 650,00 (valor nominal), então
30% correspondem a D (valor do desconto).
Nesse caso, o nosso esquema será
650 × 30
D= = 150,00
100% (100 + d)% 130
+ d%
VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL Portanto, o desconto foi de R$ 150,00.
DESCONTO

2. Determinar o valor nominal de um título que, descontado


Atenção: O valor do desconto é sempre diretamente comercialmente, 60 dias antes do vencimento e à taxa
proporcional ao prazo de antecipação do título. de 12% ao mês, resultou em um valor descontado de R$
608,00.
2º) Desconto “por fora”, ou desconto comercial, é aquele
onde a referência para o cálculo porcentual do desconto Solução:
é o valor nominal. A expressão “descontado comercialmente” indica que
o desconto é comercial, ou por fora. Logo, o 100% é o
Desconto por fora ou comercial ⇒ 100% é o valor nominal valor nominal, e o nosso esquema será

Nesse caso, o nosso esquema será


(100 – 24)%

(100 – d)% + d% 100%
VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL
DESCONTO 76% (60 dias = 2 meses) 100%
Matemática

+ 24%
Para resolver um problema de desconto simples, tudo que 608,00 VALOR NOMINAL
temos a fazer é:
1º identificar qual o tipo do desconto no problema;
2º procurar preencher o “esquema” correspondente de
acordo com os dados do problema; (pelos 2 meses, a taxa ficou em 24%.)

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Resolvendo a regra de três: título, a uma mesma taxa de d% ao período, e ambos nego-
Se 76% correspondem a $ 608,00 (valor líquido), ciados com um mesmo prazo de antecipação de p pe­ríodos.
então 100% correspondem a N (valor nominal). Nessas condições, teremos que:
608 × 100
N= = 800,00 O valor do desconto racional (DR) acrescido de d% ao
76
período sobre seu valor é igual ao valor do desconto
Então, o valor nominal foi de R$ 800,00. comercial (DC).

Equivalência entre as taxas de descontos simples 100% (100 + pd)%


+ (p.d)%
3. Uma nota promissória foi descontada comercialmente $ DR $ DC
à taxa simples de 5% a.m. 15 meses antes do seu venci-
mento. Se o desconto fosse racional simples, qual deveria
ser a taxa adotada para produzir um desconto de igual Ou, algebricamente:
valor?
DR + (p.d%) . DR = DC
1ª solução:
Consideremos N = $ 100,00
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
5% a.m. dariam, em 15 meses: 15 × 5% = 75%.
Então, o esquema para o desconto comercial seria Descontos Simples
1. Um título com valor nominal de R$ 3.200,00 foi res-
gatado dois meses antes do seu vencimento, com um
desconto racional simples à taxa de 30% a.m. De quanto
foi o valor pago pelo título?
a) R$2.000,00 d) R$1.200,00
Agora consideremos os valores encontrados sendo apli- b) R$1.920,00 e) R$1.180,00
cados a um esquema de desconto racional. c) R$1.280,00

2. Qual o valor do desconto por dentro sofrido por uma


nota promissória de R$ 4.160,00, descontada 8 meses
antes do seu vencimento, à taxa de 6% a.a.?
a) R$166,40 d) R$146,60
Temos a seguinte regra de três: b) R$164,00 e) R$140,00
c) R$160,00
25,00 ____________ 100%
75,00 ____________ 15x% 3. Qual o prazo de antecipação de um título que, desconta-
do racionalmente, à taxa de juros de 4% a.m., produziu
75 × 100
15x = = 300 um desconto de R$300,00, se o seu valor nominal era
25 de R$1.800,00?
a) 4 meses e 5 dias.
15x = 300 ⇒ x = 20% (é a taxa racional) b) 5 meses.
c) 5meses e 10 dias.
2ª solução: d) 5 meses e 15 dias.
e) 5 meses e 20 dias.
Sejam
C% = taxa comercial simples por período (C = 5) 4. O valor atual racional de um título é igual a 4/5 de seu
R% = taxa racional simples por período (R = ?) valor nominal. Sabendo-se que o pagamento desse
n = número de períodos de antecipação (n = 15) título foi antecipado de 6 meses, qual é a taxa anual de
desconto?
Pode-se provar que vale sempre a relação a) 15% b) 20% c) 25% d) 35% e) 50%
100 100 5. Tendo sido descontado por dentro a 9% a.a., uma dupli-
− =n
C R cata teve um desconto de R$ 1.000,00. Qual era o valor
nominal da duplicata se ela foi paga 1 ano, 1 mês e 10
Logo
100 100 dias antes do vencimento?
− = 15 a) R$ 9.320,00 d) R$11.000,00
5 R
b) R$10.000,00 e) R$11.152,77
100 100 c) R$10.138,88
20 − = 15 ⇒ = 5 ⇒ R = 20 ⇒ 20% a. m.
R R
6. Qual é o valor do desconto bancário (comercial) sofrido
Matemática

por uma promissória de R$ 3.000,00, à taxa de 8% a.m.,


Relação entre os descontos comercial (DC) e racional (DR) 3 meses antes do seu vencimento?
a) R$ 270,00 d) R$ 720,00
Sejam DC e DR os valores dos descontos comercial e ra- b) R$ 384,42 e) R$ 765,46
cional, respectivamente, ambos calculados para um mesmo c) R$ 580,65

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7. A que taxa anual, um título de R$ 2.000,00 dá um des- JUROS COMPOSTOS
conto por fora igual a R$ 400,00 se for antecipado em 6
meses?
Chamamos de regime de juros compostos aquele em que
a) 40% b) 30% c) 20% d) 10% e) 5%
os juros de cada período são calculados sobre o montante
8. Descontado por fora, à taxa de 4% a.m., três meses do período anterior.
antes do vencimento, um título sofreu um desconto de Ou seja, os juros produzidos ao fim de cada período
R$2.400,00. Qual era o valor nominal desse título? passam a integrar o valor do capital ou montante que serviu
a) R$ 18.400,00 d) R$ 22.400,00 de base para o seu cálculo de modo que o total assim conse-
b) R$ 19.600,00 e) R$ 24.200,00 guido será a base do cálculo dos juros do próximo período.
c) R$ 20.000,00
Exemplo:
9. Uma nota promissória foi descontada, por fora, três
meses e dez dias antes do seu vencimento, à taxa de
10% a.m., produzindo um desconto de R$ 400,00. Qual Vamos acompanhar os montantes, mês a mês, de uma
era o valor de face da promissória? aplicação de R$ 1.000,00 à taxa de 10% a.m. por um período
a) R$ 1.120,00 d) R$ 1.320,00 de 4 meses no regime de juros compostos:
b) R$ 1.200,00 e) R$ 1.330,00
c) R$ 1.230,00 Período Juros no fim do período Montante
1º mês 10% de R$ 1.000,00 = R$ 100,00 R$ 1.100,00
10. A diferença entre os descontos comercial e racional in- 2º mês 10% de R$ 1.100,00 = R$ 110,00 R$ 1.210,00
cidentes sobre um mesmo título é de R$ 3,00. Sabendo 3º mês 10% de R$ 1.210,00 = R$ 121,00 R$ 1.331,00
que ambos foram calculados à taxa de 15% a.a. e 4 meses 4º mês 10% de R$ 1.331,00 = R$ 133,10 R$ 1.464,10
antes do vencimento, qual o valor nominal deste título?
a) R$ 1.060,00 d) R$ 1.200,00
b) R$ 1.120,00 e) R$ 1.260,00 Observe que:
c) R$ 1.160,00 • os juros e o montante, no fim do 1º mês, são iguais
aos que seriam produzidos no regime de juros
11. Qual o prazo de antecipação para o qual uma taxa de simples;
desconto comercial simples quadrimestral de 12,5% é • cada novo montante é obtido calculando-se um
equivalente a uma taxa de desconto racional simples aumento de 10% sobre o montante anterior, o que
quadrimestral de 20%? resulta em aumentos sucessivos a uma taxa fixa de
a) 2 meses d) 8 meses
10%;
b) 4 meses e) 12 meses
c) 6 meses • os juros vão se tornando maiores a cada mês, de
modo que, após o 1º mês, a diferença entre um
12. (AFTN/1996) Você possui uma duplicata cujo valor de montante calculado no regime de juros compostos
face é $ 150,00. Esta duplicata vence em 3 meses. O ban- ( Mc ) e o correspondente valor no regime de juros
co com o qual você normalmente opera, além da taxa simples ( Ms ) vai se tornando cada vez maior (ver
normal de desconto mensal (simples por fora), também gráfico abaixo).
fará uma retenção de 15% do valor de face da duplicata, (convenção exponencial)
a título de saldo médio, permanecendo bloqueado em
sua conta este valor desde a data do desconto até a
data do vencimento da duplicata. Caso você desconte
a duplicata no banco, você receberá líquidos, hoje, $
105,00. A taxa de desconto que mais se aproxima da
taxa praticada por este banco é
a) 4,2%. b) 4,6%. c) 4,8%. d) 5,0%. e) 5,2%.

13. (AFTN/1998) O desconto comercial simples de um título,


quatro meses antes do seu vencimento, é de R$ 600,00.
Considerando uma taxa de 5% ao mês, obtenha o valor
correspondente no caso de um desconto racional sim-
ples.
a) R$ 400,00
b) R$ 600,00 Dá-se o nome de capitalização ao processo de incor-
c) R$ 800,00 poração dos juros ao capital ou montante de uma operação
d) R$ 700,00 financeira. Contudo, é comum encontrarmos as expressões
e) R$ 500,00 regime de capitalização simples e regime de capitalização
composta no lugar de regime de juros simples e regime de
GABARITO juros compostos, respectivamente.
Matemática

Frequentemente encontraremos, nos enunciados dos


1. a 5. d 9. b 13. e problemas, outras expressões usadas para indicar o regime
2. c 6. d 10. e de juros compostos:
3. b 7. a 11. e • taxa composta de X% a.m. – indicando juros compos-
4. e 8. c 12. d
tos com capitalização mensal;

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• taxa de X% a.a. capitalizados semestralmente – indi- M = 200 × (1 + 0, 2 ) 3
cando juros compostos e capitalização semestral;
• capitalização composta, montante composto – indi- M = 200 × (1, 2 ) 3
cando o regime de juros compostos. M = 200 × 1, 728 = 345, 60

Montante no Regime de Juros Compostos Ou seja, o montante da aplicação, após os três meses,
será de R$ 345,60.
Como vimos anteriormente, no regime de juros compos-
tos, o montante ao fim de um determinado período resulta 2. Um comerciante consegue um empréstimo de
de um cálculo de aumentos sucessivos. Então, sejam: R$ 60.000,00 que deverão ser pagos, ao fim de um ano,
acrescidos de juros compostos de 2% ao mês. Quanto o co-
C = Capital aplicado merciante deverá pagar ao fim do prazo combinado?
M = Montante da aplicação ao fim de n períodos
i = forma unitária da taxa efetiva da aplicação Solução:
n = número de períodos de capitalizações São dados no enunciado:

Poderemos expressar o montante (M) em função dos C = 60.000


outros três elementos do seguinte modo: i = 2% = 0,02
n = 12
M = C × (1 + i ) × (1 + i )... × (1 + i ) = C × (1 + i ) n
  Substituindo estes elementos na fórmula do montante,
n fatores
teremos:
ou seja: M = C × (1 + i ) n (fórmula fundamental) 12
M = 60.000 × (
1 +0
,02
)
Na fórmula apresentada acima, o montante está isolado. consultar tabela
Mas poderemos calcular qualquer um dos quatro elemen-
tos nela envolvidos desde que conheçamos os outros três A tabela 1 (ver no final desta matéria) nos mostra os re-
e isolemos convenientemente o elemento a ser calculado sultados do cálculo de (1+ i ) n , para diversos valores de i
em cada caso. (que varia a cada coluna) e de n (que varia a cada linha).
Para poupar o trabalho algébrico necessário para isolar
cada um dos outros três elementos da fórmula básica dada Em nosso caso, procuramos o resultado da potência no
acima, apresentamos a seguir os outros elementos também cruzamento da coluna que indica i = 2% com a linha que
isolados: indica n = 12, encontrando 1,26824.
F MI
M F MI −1 log
H CK valores de i
C=
(1 + i ) n
i=n
H CK n=
log(1 + i ) valores de i

Se as duas últimas fórmulas lhe parecem assustadoras,


não se desespere, pois felizmente existem as chamadas ta- n 1% 2% .......
belas financeiras que foram desenvolvidas justamente para 1 1,01000 1,02000 .......
livrá-lo das contas mais complicadas. Assim, nós aprendere-
mos a consultar estas tabelas e poderemos trocar o trabalho . . . .
mais pesado por umas poucas multiplicações e divisões. . . . .
. . . .
Exercícios Resolvidos
12 1,12683 1,26824 .......
1. Um capital de R$ 200,00 foi aplicado em regime de . . . .
juros compostos a uma taxa de 20% ao mês. Calcular o . . . .
montante desta aplicação após três meses. . . . .

Solução: Assim, a expressão do montante será dada por:


Resumindo os dados do problema, temos:
M = 60.000 x 1,26824 = 76.094,40
Capital - C = 200
Taxa - i = 20% = 0,2 O comerciante deverá pagar, ao fim do prazo combinado,
Períodos de Capitalização - n = 3 R$ 76.094,40.
Matemática

Devemos calcular o montante: Convenção linear


n
M = C × (1 + i ) 3. Calcular o montante para um capital inicial de
Substituindo os elementos dados na fórmula do mon- R$ 10.000,00 aplicado a juros compostos de 6% a.a. du-
tante, obteremos: rante 8 anos e 4 meses, considerando a convenção linear.

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Solução: Solução:

Primeiramente observaremos que o número de perío- São dados no problema:


dos não é inteiro.
M = 3.656,97
8 anos e 4 meses = 8 anos + 1/3 de ano i = 2% = 0,02
n = 10
Nesta situação, o cálculo será feito usando-se uma
técnica denominada de convenção linear que nos Precisamos calcular o capital que, isolado a partir da
dará uma aproximação bem razoável para o valor do fórmula fundamental, nos dará:
montante composto procurado.
M
C= n
A técnica consiste em calcular o montante em duas (1 + i )
etapas:
Substituindo os dados do problema nesta expressão,
1ª etapa – Calcular o montante composto para o maior teremos:
número possível de períodos inteiros;
2ª etapa – Acrescentar ao resultado da 1ª etapa 3.656,97 3.656,97
os juros simples proporcionais à parte C= = = 3.000
10 1,21899
fracionária restante do tempo de aplicação, (1,02 )
calculados sobre o montante obtido na 1ª
etapa do cálculo. Então, o capital procurado é de R$ 3.000,00.

Assim, no nosso problema teremos: 5. Um capital de R$ 8.000,00 foi aplicado à taxa composta
de 12% a.a., gerando um montante de R$ 15.790,56.
1º - Cálculo do montante composto, à taxa de 6% a.a., Determinar quanto tempo durou esta aplicação.
após os 8 anos:
Solução:
M = 10.000 × (1,06)8 (o resultado da potên-
M = 10.000 × 1,59385 cia foi encontrado na 1º - Usando uma tabela financeira
M = 15.938,50 tabela 1) Substituindo os dados do problema na fórmula
fundamental, teremos:
2º - Acréscimo dos juros simples proporcionais a 1 n
15.790,56 = 8.000 × (1,12 )
de ano: 3 
?

Se em 1 ano.................... temos 6% de juros, Podemos determinar o resultado da potência


isolando-a:
1
então, em de ano.............. teremos 2% de juros. n 15.790,56
3
(regra de três)
(1,12 ) = = 1, 97382
8.000

Portanto, o acréscimo de juros simples deverá ser Agora, com o auxílio da tabela 1 procuramos o resul-
de 2% sobre o montante da 1ª etapa e o montante tado da potência na coluna de 12%, encontrando‑o
final será: na linha referente a n = 6.
Concluímos, portanto, que a duração da aplicação
M = 15.938,50 × (1,02) = 16.257,27 foi de 6 anos.

O montante procurado é, portanto, de R$ 16.257,27. 2º - Usando logaritmos

Se as tabelas financeiras não fossem fornecidas,


Observação: seria necessário empregarmos a fórmula que
expressa o número de períodos (n) em função dos
• Se calculássemos o mesmo montante como outros elementos:
M = C . (1,06)8 . (1,06)1/3 obteríamos o resultado
exato do montante, denominado de convenção F MI
exponencial e que é ligeiramente menor que o log
H C K (já apresentada no início deste
Matemática

da convenção linear. n=
log(1 + i ) capítulo)
4. Calcular o capital que aplicado à taxa composta de 2%
a.m. daria origem a um montante de R$ 3.656,97 ao Numa prova de concurso, esta situação poderia ser
fim de 10 meses. proposta basicamente de duas formas:

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a) Seriam dados os valores prontos dos logaritmos de a) O valor da raiz seria dado pronto, ao fim do enunciado
M do problema.
e de 1+i . Então, bastaria efetuar a subtração final para termos
C
a taxa na forma unitária ( i = 0,08 )
Neste caso, deveríamos dividir um valor pelo outro,
como indicado na fórmula, para obter n. b) As alternativas indicariam i em função de expressões
com radicais.
b) As alternativas indicariam n em função de expressões Neste caso, a resposta correta seria aquela que apre-
com logaritmos. sentasse a expressão dada pela fórmula.
Neste caso, a resposta correta seria aquela que Restaria-nos apenas assinalar a alternativa correspon-
apresentasse a expressão dada pela fórmula. dente.
Restaria-nos apenas assinalar a alternativa correspon-
dente. Taxas Efetivas e Taxas Nominais

6. Certa loja anunciou um aparelho de som por R$ 466,56 Quando a unidade de tempo indicada pela taxa de juros
com pagamento somente após 60 dias da compra, sem coincide com a unidade de tempo do período de capitalização
entrada. Porém, se o comprador resolvesse pagar à vista, dizemos que a taxa é efetiva.
o mesmo aparelho sairia por R$ 400,00. Calcular a taxa
mensal de juros compostos praticada pela loja. Exemplos:
• taxa de 2% ao mês com capitalização mensal;
• juros de 6% ao trimestre capitalizados trimestral-
Solução:
mente.
1º - Usando uma tabela financeira Nos enuncidados de problemas de juros compostos
Os dados do problema são: onde se dá a taxa efetiva, frequentemente se omite o pe­ríodo
de capitalização, ficando subentendido que este é o mesmo
C = 400 indicado pela taxa.
M = 466,56
n = 2 (60 dias = 2 meses) Exemplos:
• taxa de 2% ao mês – significando 2% ao mês, com
Substituindo estes dados na fórmula fundamental, capitalização mensal.
teremos: • juros de 6% ao trimestre – significando 6% ao trimes-
2
466,56 = 400 × (1 + i )
 tre, com capitalização trimestral.
?
Poderemos determinar o resultado da potência, Entretanto, é comum encontrarmos também em pro-
isolando-a na expressão acima: blemas de juros compostos expressões como:

466,56
“juros de 72% ao ano, capitalizados mensalmente”
2
(1 + i ) = = 1,1664 “taxa de 24% ao ano com capitalização bimes­tral”
400
Em tais expressões, observamos o que se con­ven­cionou
Agora, com o auxílio da tabela 1 procuramos o chamar de taxa nominal que é aquela cuja unidade de
resultado da potência na linha de n = 2, encontrando-o tempo não coincide com a unidade de tempo do período
na coluna referente a 8%. de capitalização.
Concluímos, assim, que a taxa mensal de juros Podemos entender a taxa nominal como uma “taxa
compostos praticada pela loja é de 8%. falsa”, geralmente dada com período em anos, que não
devemos utilizar diretamente nos cálculos de juros compos-
2º - Sem o uso de tabelas financeiras tos, pois não produzem resultados corretos. Em seu lugar,
devemos usar uma taxa efetiva.
Se as tabelas financeiras não fossem fornecidas, seria
necessário empregarmos a fórmula que expressa a Conversão da Taxa Nominal (Proporcional) em Taxa Efetiva
taxa (i) em função dos outros elementos:
A conversão da taxa nominal em taxa efetiva é feita
F I
M (apresentada no início deste ajustando-se o valor da taxa nominal proporcio­nalmente ao
i =
n
H K
C
−1
capítulo) período de capitalização. Isto pode ser feito com uma regra
de três simples e direta.
Substituindo os dados do problema na fórmula,
Exemplos:
teríamos:
1. Um problema de juros compostos faz referência
a uma taxa de juros de 72% ao ano com
466,56 capitalizações mensais. Qual deverá ser a taxa
i=2 − 1 = 2 1,1664 − 1
400 mensal que usaremos para calcular o montante?
Matemática

A única dificuldade, a partir deste ponto, seria o Solução:


cálculo da raiz.
Como as capitalizações são mensais, devemos
Numa prova de concurso, duas situações poderiam ajustar a taxa nominal anual de 72% para uma
ocorrer a partir deste ponto: taxa mensal, usando uma regra de três:

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Se em 12 meses (1 ano) .......temos 72% de juros, Taxas Equivalentes
então, em 1 mês .. teremos 72 ÷ 12 = 6% de juros.
Dizemos que duas taxas são equivalentes quando,
Portanto, a taxa nominal de 72% ao ano corre- aplicadas a capitais iguais, por prazos iguais, produzem juros
também iguais.
sponde a uma taxa efetiva de 6% ao mês (i = 0,06).

2. Uma aplicação financeira paga juros compostos de Exemplo:


8% ao ano, capitalizados trimestralmente. Qual é Qual a taxa trimestral de juros compostos equivalente
à taxa composta de 20% a.m.?
a taxa de juros efetiva trimestral praticada nesta
aplicação?
Solução:
Solução: Pretendemos determinar uma taxa trimestral (it)
equivalente a uma taxa mensal dada (im = 0,20).
As capitalizações são trimestrais. Logo, devemos
ajustar a taxa nominal anual de 8% para uma taxa Como 1 trimestre equivale a 3 meses, teremos 1 e 3
trimestral, usando uma regra de três: como expoentes:

Se em 12 meses (1 ano) ...... temos 8% de juros, (1 + it)1 = (1 + im)3


então em 3 meses ..teremos 2% de juros (i = 0,02). (1 + it)1 = (1,20)3
(1 + it)1 = 1,728
Portanto, a taxa efetiva praticada é de 2% ao
trimestre. Sendo assim, it = 0,728 = 72,8%

Exercício Resolvido Portanto, a taxa trimestral composta equivalente a


20% a.m. é 72,8%.
1. Calcular o montante que resultará de um capital de
Taxa Over
R$ 5.000,00, ao fim de 2 anos, aplicado a juros compostos
de 32% ao ano com capitalização trimestral.
Algumas operações no mercado financeiro pagam juros
somente para os dias úteis do período da operação.
Solução: Denominamos taxa over a taxa nominal igual a 30
vezes a taxa efetiva diária de uma operação financeira cuja
Como a capitalização é trimestral, a taxa efetiva, bem remuneração ocorra somente para os dias úteis do período
como a duração da aplicação deverão ser indicadas em da operação, sendo comum indicá-la somente como um
trimestres. percentual. Assim, diríamos “taxa over de 5%” e não “taxa
over de 5% a.m.”
taxa efetiva:
em 12 meses .............................................32% Exemplos:
em 3 meses .................................................8%
1. Calcular a taxa efetiva diária correspondente à taxa over
duração da aplicação: de 6%.

24 ÷ 3 = 8 Solução:
2 anos = 24 meses  → 8 trimestres ⇒ n = 8 Como a taxa over é igual a trinta vezes a taxa efetiva
Agora, resumindo os dados do problema, temos: diária, temos:

Capital .................................. C = 5.000 30 × i = 6%


Taxa efetiva .......................... i = 8% = 0,08 i = 6% ÷ 30
Períodos de capitalização ...... n = 8 i = 0,2%

Devemos calcular o montante: Assim, a taxa efetiva é de 0,2% a cada dia útil.

M = C × (1 + i)n 2. Uma operação financeira com prazo de 31 dias corridos


tem uma taxa over de 15%. Qual é a taxa efetiva desta
Substituindo os elementos dados na fórmula, obtemos: operação se, neste perío­do, houver apenas 22 dias úteis?

M = 5.000 × (1,08)8 Solução:


A taxa efetiva diária é:
M = 5.000 × 1,85093 (o resultado da po­tência foi 15% ÷ 30 = 0,5%
Matemática

consultado na tabela 1)
A taxa efetiva correspondente à taxa over considera
M = 9.254,65
apenas os dias úteis. Dessa forma, a taxa efetiva da
operação será a taxa de 22 dias equivalente à taxa
Assim, concluímos que o montante procurado é de diária encontrada.Chamando de i a taxa efetiva da
R$ 9.254,65. operação, temos:

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(1 + i) = (1 + 0,005)22 Observe que, ao contrário do que possa parecer a
(1 + i) = 1,11597 princípio, a taxa aparente iA não é igual à soma da taxa de
i = 0,11597 = 11,597% inflação iI com a taxa real iR, mas sim:

Ou seja, a taxa efetiva da operação é de 11,597%. iA = iI + iR + (iI . iR)


3. Um capital de R$ 20.000,00 foi aplicado à taxa over de
15%. Qual será o montante desta aplicação se durante Funções Exponenciais e Logarítmicas – Propriedades
este período contam-se somente 20 dias úteis?
Algumas propriedades das funções exponenciais e
Solução: logarítmicas podem ser úteis em problemas de matemática
A taxa efetiva diária desta operação é: financeira. Assim, apresentaremos a seguir uma lista das
propriedades mais importantes.
15% ÷ 30 = 0,5% = 0,005
Expressões Exponenciais – Propriedades
O cálculo do montante, para 20 dias úteis, é:
1. A função exponencial y = (1 + i)n é crescente, ou seja,
M = 20.000 × (1,005) 20 quanto maior o n, maior também o seu resultado.
M = 20.000 × 1,10490 2. A função exponencial y = (1 − i)n é decrescente, ou
M = 22.098,00 seja, quanto maior o n, menor o seu resultado, que
tenderá para zero quando n for muito grande.
Portanto, o montante da aplicação é de R$ 22.098,00. 3. (1 + i)n × (1 + i)m = (1 + i)n+m
4. (1 + i)n ÷ (1 + i)m = (1 + i)n–m
Taxa Real e Taxa Aparente 5. (1 + i)–n = 1/(1 + i)n
n
Consideremos que um banco tenha oferecido uma
determinada aplicação pagando uma taxa efetiva de 10%
6.
(1 + i ) m = m (1 + i ) m = d m
1+ i i n

a.a. Se no mesmo período for registrada uma inflação da


Obs.: As propriedades 3, 4, 5 e 6 valem também quando
ordem de 6% a.a., então diremos que a taxa de 10% a.a.
oferecida pelo banco não foi a taxa real de remuneração usamos (1 − i) no lugar de (1 + i).
do investimento mas uma taxa aparente, pois os preços, no
mesmo pe­ríodo, tiveram um aumento de 6%. Expressões Logarítmicas – Propriedades
Se compararmos o que ocorreria com dois investimen-
tos de $100,00, o primeiro sendo remunerado à taxa de 10% Em determinados problemas de matemática financeira,
a.a. e o segundo recebendo apenas a correção monetária o uso de certas propriedades das funções logarítmicas pode
devida à inflação de 6% a.a., teremos: ser muito útil quando se pretende determinar o valor do
expoente n em expressões do tipo (1 − i)n e (1 + i)n.
Montante da aplicação a juros de 10%: Dentre as propriedades da função logarítmica, destaca-
remos aquelas de especial interesse para os problemas mais
100,00 × 1,10 = 110,00 comuns na matemática financeira.

Montante da aplicação sujeita apenas à taxa de correção 1. Se A = B , então log(A) = log(B)


monetária de 6%: 2. log(A × B) = log(A) + log(B)
3. log(A ÷ B) = log(A) − log(B)
100,00 × 1,06 = 106,00 4. log(A × 10n) = log(A) + n
5. log(A ÷ 10n) = log(A) − n
Se o investidor recebesse, ao fim do investimento
exatamente $106,00 não teria havido ganho nenhum pois o
único acréscimo recebido teria sido o da correção monetária. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Como o investidor recebeu $110,00, o seu ganho real foi de
$4,00 em relação a $106,00, ou seja: Testes – Juros Compostos

4 Utilize, se necessário, as tabelas, nesta matéria.


= 0,0377.. = 3,77...%
106 1. (CEB/Contador/1994) A aplicação de R$ 5.000,00 à taxa
Sejam as taxas unitárias e referentes a um mesmo prazo: de juros compostos de 20% a.m. irá gerar, após 4 meses,
iR = a taxa real o montante de:
iI = a taxa de inflação a) R$ 10.358,00
iA = a taxa aparente b) R$ 10.368,00
c) R$ 10.378,00
Poderíamos chegar ao mesmo resultado utilizando a d) R$ 10.388,00
relação: e) R$ 10.398,00
(1 + iR) × (1 + iI) = (1 + iA)
Matemática

(1 + iR) × (1 + 0,06) = (1 + 0, 10) 2. (Esaf) A aplicação de um capital de $10.000,00, no re-


(1 + iR) × 1,06 = 1,10 gime de juros compostos, pelo período de três meses,
(1 + iR) = 1,10 ÷ 1,06 a uma taxa de 10% ao mês, resulta, no final do terceiro
(1 + iR) = 1,0377... mês, num montante acumulado
iR = 0,0377... = 3,77...% a) de $ 3.000,00.

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b) de $ 13.000,00. 10. (AFC/1993) Um banco paga juros compostos de 30%
c) inferior a $ 13.000,00. ao ano, com capitalização semestral. Qual a taxa anual
d) superior a $ 13.000,00. efetiva?
e) menor do que aquele que seria obtido pelo regime a) 27,75%
de juros simples. b) 29,50%
c) 30%
3. (Esaf) Se um capital cresce sucessiva e cumulativamente d) 32,25%
durante 3 anos, na base de 10% ao ano, seu montante e) 35%
final é
a) 30% superior ao capital inicial. 11. (AFCE/1992) Um certo tipo de aplicação duplica o valor
b) 130% do valor do capital inicial. da aplicação a cada dois meses. Essa aplicação renderá
c) aproximadamente 150% do capital inicial. 700% de juros em
d) aproximadamente 133% do capital inicial. a) 5 meses e meio.
e) aproximadamente 155% do capital inicial. b) 6 meses.
c) 3 meses e meio.
4. (TCDF/1994) Um investidor aplicou a quantia de d) 5 meses.
$ 100.000,00 à taxa de juros compostos de 10% a.m. e) 3 meses.
Que montante este capital irá gerar após 4 meses?
a) $ 140.410,00 12. (AFC/Esaf/1993) Em quantos meses o juro ultrapassará
b) $ 142.410,00 o valor do capital aplicado se a taxa de juros for de 24%
c) $ 144.410,00 ao ano, capitalizados trimestralmente?
d) $ 146.410,00 a) 12 b) 20 c) 24 d) 30 e) 36
e) $ 148.410,00
13. (TCDF) Uma empresa solicita um empréstimo ao Banco
5. (Assistente Administrativo/1994) Um capital de no regime de capitalização composta à taxa efetiva de
US$ 2.000,00, aplicado à taxa de juros compostos de 44% ao bimestre. A taxa equivalente composta ao mês
5% a.m., produz em um ano um montante de quantos é de
dólares? Dado: (1,05)12 = 1,79586. a) 12%. b) 20%. c) 22%. d) 24%. e) 26%.
a) US$ 3.291,72
b) US$ 3.391,72 14. (AFTN/1991) Uma aplicação é realizada no dia primeiro
c) US$ 3.491,72 de um mês, rendendo uma taxa de 1% ao dia útil, com
d) US$ 3.591,72 capitalização diária. Considerando que o referido mês
e) US$ 3.691,72
possui 18 dias úteis, no fim do mês o montante será o
capital inicial aplicado mais
6. (CEB/Contador/1994) A caderneta de poupança remu-
a) 20,324%.
nera seus aplicadores à taxa nominal de 6% a.a., capitali-
b) 19,615%.
zada mensalmente no regime de juros compostos. Qual
c) 19,196%.
é o valor do juro obtido pelo capital de R$ 80.000,00
d) 18,174%.
durante 2 meses?
a) R$ 801,00 e) 18,000%.
b) R$ 802,00
c) R$ 803,00 15. (AFTN/1996) Uma empresa aplica $ 300 à taxa de juros
d) R$ 804,00 compostos de 4% ao mês por 10 meses. A taxa que
e) R$ 805,00 mais se aproxima da taxa proporcional mensal dessa
operação é
7. (TCDF/1994) No Brasil as cadernetas de poupança pa- a) 4,60%. d) 5,20%.
gam, além da correção monetária, juros compostos à b) 4,40%. e) 4,80%.
taxa nominal de 6% a.a., com capitalização mensal. A c) 5,00%.
taxa efetiva bimestral é, então, de
a) 1,00025% a.b. 16. (AFTN/1998) Indique qual é a taxa de juros anual que é
b) 1,0025% a.b. equivalente à taxa de juros nominal de 8% ao ano, com
c) 1,025% a.b. capitalização semestral.
d) 1,25% a.b. a) 8,20%
e) 1,00% a.b. b) 8,16%
c) 8,10%
8. (Banco Central/1994) A taxa de 30% ao trimestre, com d) 8,05%
capitalização mensal, corresponde a uma taxa efetiva e) 8,00%
bimestral de
a) 20%. b) 21%. c) 22%. d) 23%. e) 24%. 17. (AFTN/1985) Uma pessoa aplicou $ 10.000 a juros
compostos de 15% a.a., pelo prazo de 3 anos e 8 me-
9. (AFTN/1996) A taxa de 40% ao bimestre, com capitali- ses. Admitindo-se a convenção linear, o montante da
zação mensal, é equivalente a uma taxa trimestral de
Matemática

aplicação ao final do prazo era de


a) 60,0%. a) $ 16.590.
b) 66,6%. b) $ 16.602.
c) 68,9%. c) $ 16.698.
d) 72,8%. d) $ 16.705.
e) 84,4%. e) $ 16.730.

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18. (AFTN/1998) O capital de R$ 1.000,00 é aplicado do dia 10 26. (Assistente Administrativo/1994) Um capital foi apli-
de junho ao dia 25 do mês seguinte, a uma taxa de juros cado por 2 meses à taxa composta racional efetiva de
compostos de 21% ao mês. Usando a convenção linear, 50% a.m. Nestes dois meses, a inflação foi de 40% no
calcule os juros obtidos, aproximando o resultado em real. primeiro mês e de 50% no segundo.
a) R$ 331,00 Pode-se concluir que a taxa real de juros neste bimestre
b) R$ 340,00 foi de aproximadamente
c) R$ 343,00 a) 7,1%.
d) R$ 342,00 b) 8,1%.
e) R$ 337,00 c) 9,1%.
d) 10,1%.
19. (AFC/1993) Um título de valor inicial $ 1.000,00, ven- e) 11,1%.
cível em um ano com capitalização mensal a uma taxa
de juros de 10% ao mês, deverá ser resgatado um mês 27. (AFCE) Uma financeira pretende ganhar 12% a.a. de
antes do seu vencimento. Qual o desconto comercial juros reais em cada financiamento. Supondo que a
simples à mesma taxa de 10% ao mês? inflação anual seja de 2.300%, a financeira, a título de
a) $ 313,84 taxa de juros nominal anual, deverá cobrar
b) $ 285,31 a) 2.358%.
c) $ 281,26 b) 2.588%.
d) $ 259,37 c) 2.858%.
e) $ 251,81 d) 2.868%.
e) 2.888%.
20. (AFCE/1995) Para que se obtenha R$ 242,00, ao final de
seis meses, a uma taxa de juros de 40% a.a., capitalizados 28. (AFTN/1985) Um capital de $ 100.000 foi depositado
trimestralmente, deve-se investir, hoje, a quantia de por um prazo de 4 trimestres à taxa de juros de 10%
a) R$ 171,43.
ao trimestre, com correção monetária trimestral igual à
b) R$ 172,86.
inflação. Admitamos que as taxas de inflação trimestrais
c) R$ 190,00.
observadas foram de 10%, 15%, 20% e 25% respecti-
d) R$ 200,00.
vamente. A disponibilidade do depositante ao final do
e) R$ 220,00.
terceiro trimestre é de, aproximadamente:
21. (AFCE/1995) Determinada quantia é investida à taxa de a) $ 123.065
juros compostos de 20% a.a., capitalizados trimestral- b) $ 153.065
mente. Para que tal quantia seja duplicada, o prazo de c) $ 202.045
aplicação, em trimestres, deve ser: d) $ 212.045
a) (log 5 / log 1,05) e) $ 222.045
b) (log 2 / log 1,05)
c) (log 5 / log 1,2) 29. (AFCE/1992) Deseja-se comprar um bem que custa X
d) (log 2 / log 1,2) cruzeiros, mas dispõe-se apenas de 1/3 desse valor.
e) (log 20 / log 1,2) A quantia disponível é, então, aplicada em um Fundo
de Aplicações Financeiras, à taxa mensal de 26%, en-
22. (AFCE/1995) A renda nacional de um país cresceu quanto que o bem sofre mensalmente um reajuste de
110% em um ano, em termos nominais. Nesse mesmo 20%. Considere as aproximações: log 3 = 0,48; log 105
período, a taxa de inflação foi de 100%. O crescimento = 2,021; log 0,54 = – 0,27.
da renda real foi, então, de
a) 5%. b) 10%. c) 15%. d) 105%. e) 110%. Assinale a opção correta.
a) Ao final do primeiro ano de aplicação, o bem poderá
23. (CEB/Contador/1994) Se uma aplicação rendeu 38% em ser adquirido com o montante obtido.
um mês e, nesse período, a inflação foi de 20%, a taxa b) O número n de meses necessários para o investimen-
real de juros foi de to alcançar o valor do bem é dado pela fórmula: X/3
a) 14%. b) 15%. c) 16%. d) 17%. e) 18%. + n 0,26 X/3 = X + n 0,2X
c) O número mínimo de meses de aplicação necessá-
24. (Técnico em Contabilidade/1994) Se uma aplicação foi rios à aquisição do bem será 23.
feita a uma taxa de juros de 28,8% em um mês, e se neste d) Decorridos 10 meses, o montante da aplicação será
mês a inflação foi de 15%, a taxa real de juros foi de 40% do valor do bem naquele momento.
a) 12% a.m. e) O bem jamais poderá ser adquirido com o montante
b) 13% a.m. obtido.
c) 14% a.m.
d) 15% a.m. GABARITO
e) 16% a.m.

25. (Banco Central/1994) Um investimento rendeu 68% Testes – Juros Compostos


em um mês no qual a inflação foi de 40%. O ganho real
nesse mês foi de 1. b 7. b 13. b 19. a 25. a
Matemática

a) 20%. 2. d 8. b 14. b 20. d 26. a


b) 22%. 3. d 9. d 15. e 21. b 27. b
c) 24%. 4. d 10. d 16. b 22. a 28. c
d) 26%. 5. d 11. b 17. e 23. b 29. c
e) 28%. 6. b 12. a 18. e 24. a

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DESCONTO RACIONAL COMPOSTO 2. (TCDF/IDR/Analista de Finanças e Controle Externo/
Nível Superior/1994) Uma empresa tomou emprestada
Considere um título com valor nominal N, vencível em n de um banco, por 6 meses, a quantia de $ 1.000.000,00
períodos e um valor atual A que produz um montante igual à taxa de juros compostos de 19,9% a.m. No entanto, 1
a N quando aplicado por n períodos a uma taxa composta mês antes do vencimento a empresa decidiu liquidar a
de i por período: dívida. Qual o valor a ser pago, se o banco opera com
uma taxa de desconto racional composto de 10% a.m.?
A × (1 + i)n = N Considere 1,1996 = 2,97.
a) $ 2.400.000,00
Denomina-se desconto racional composto à taxa i, com b) $ 2.500.000,00
n períodos de antecipação, à diferença entre o valor nominal c) $ 2.600.000,00
(N) e o valor atual (A) do título, conforme definidos acima.
d) $ 2.700.000,00
D=N–A
3. (Esaf) Uma empresa descontou uma duplicata de
Exercícios Resolvidos $ 500.000,00, 60 (sessenta) dias antes do vencimento,
sob o regime de desconto racional composto. Admitin-
1. Determinar o desconto racional composto sofrido por um do-se que o banco adote a taxa de juros efetiva de 84%
título cujo valor nominal é de R$ 16.872,90, se a taxa de a.a., o líquido recebido pela empresa foi de (desprezar
juros compostos for de 4% a.m. e ele for descontado 3 os centavos no resultado final):
meses antes do seu vencimento. a) $ 429.304,00
b) $ 440.740,00
Solução: c) $ 446.728,00
d) $ 449.785,00
São dados no problema:
e) $ 451.682,00
N = 16.872,90 i = 0,04 a.m. n = 3 meses
Obs.:
Substituindo os dados na fórmula, temos: 3 1,84 = 1,22538514 6 1,84 = 110697115
,
4 1,84 = 11646742
,
A × (1,04)3 = 16.872,90
A × 1,12486 = 16.872,90
16.872, 90 4. (AFTN/1991) Um “comercial paper” com valor de face
A= = 15.000, 00 de US$ 1,000,000.00 e vencimento daqui a três anos
1,12486 deve ser resgatado hoje a uma taxa de juros compostos
de 10% ao ano e considerando o desconto racional,
Portanto, o desconto é de R$ 1.872,90. obtenha o valor do resgate.
a) US$ 751,314.80
2. Um título foi pago dois meses antes do seu vencimento, b) US$ 750,000.00
obtendo, assim, um desconto racional composto à taxa de c) US$ 748,573.00
20% a.m. Sendo de R$ 1.728,00 o valor nominal do título,
d) US$ 729,000.00
quanto foi pago por ele?
e) US$ 700,000.00
Solução:
5. (TCDF) Uma empresa estabelece um contrato de
Temos: N = 1.728, i = 0,2 a.m. e n = 2 “leasing” para o arrendamento de um equipamento
e recebe como pagamento uma promissória no valor
A × (1,2)2 = 1.728 nominal de $ 1.166.400,00, descontada dois meses an-
A × 1,44 = 1.728 tes de seu vencimento, à taxa de 8% a.m. Admitindo-se
A = 1.728 ÷ 1,44 = 1.200 que foi utilizado o sistema de capitalização composta,
o valor do desconto racional será de:
Portanto, o valor pago pelo título foi de R$ 1.200,00. a) $ 194.089,00
b) $ 186.624,00
Testes – Desconto Racional Composto c) $ 166.400,00
d) $ 116.640,00
1. (CEB/IDR/Contador/Nível Superior/1994) Ante­cipando
em dois meses o pagamento de um título, obtive um GABARITO
desconto racional composto, que foi calculado com
base na taxa de 20% a.m. Sendo R$ 31.104,00 o valor
Matemática

nominal do título, quanto paguei por ele? 1. a


a) R$ 21.600,00 2. d
b) R$ 21.700,00 3. e
c) R$ 21.800,00 4. a
d) R$ 21.900,00 5. c

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DESCONTO COMERCIAL COMPOSTO L = 2.000 × (1 – 0,10)6
L = 2.000 × (0,9)6
Dado um título de valor nominal N, denominamos des- L = 2.000 × 0,531441
conto comercial composto para n períodos de antecipação e L = 1.062,882 ≅ 1.062,88
a uma taxa de d% ao período ao abatimento ocasionado por
n descontos sucessivos de d% calculados a partir do valor Observação:
nominal do título, N. Os valores de (1 – i)n normalmente não são tabelados.
Assim as questões relativas a desconto comercial composto
Podemos representar o desconto comercial composto usualmente fornecem o resultado da potência.
pelo seguinte esquema:
Equivalência entre as Taxas de Desconto Racional e
VALOR DESCONTOS SUCESSIVOS VALOR Comercial Compostos
LÍQUIDO NOMINAL
Duas taxas de desconto são equivalentes se, e somente
Exemplo: se, produzem descontos iguais quando aplicadas a um
Um título de R$ 1.000,00 deve ser resgatado três meses mesmo título e por igual prazo de antecipação.
antes do seu vencimento, pelo critério do desconto comercial Considerando o mesmo período de capitalização para
composto e a uma taxa de 10% a.m. uma taxa iR de desconto racional e uma outra iC de desconto
O valor líquido pelo qual o título será resgatado é: comercial, poderemos afirmar que a equivalência entre iR e
iC nos dará:

DC = DR
N – DC = N – DR
LC = L R
Três descontos sucessivos de 10%
N
N ⋅ (1 − i C ) n =
Como o valor nominal era R$ 1.000,00 mas foi resgatado por (1 + i R ) n
R$ 729,00 então o valor do desconto foi de:
dividindo os dois membros por N e multiplicando-os
$ 1.000,00 – $ 729,00 = $ 271,00 por (1 + iR)n, teremos:

Observação: (1 - iC)n . (1 + iR)n = 1


O valor líquido ao final dos três descontos sucessivos poderia
ser calculado multiplicando-se o valor nominal do título três finalmente, calculando a raiz n-ésima de cada membro,
vezes por 0,90 (pois 100% – 10% = 90%) encontraremos:

$ LÍQUIDO = $ 1.000 × 0,9 × 0,9 × 0,9


$ LÍQUIDO = $ 1.000 × (0,9) 3 = $ 1.000 × 0,729 =
n (1 − i C ) n ⋅ (1 + i R ) n = n 1
$ 729,00
(1 - iC) . (1 + iR) = 1
Valor Líquido no Desconto Comercial Composto Exemplo:
Determinar a taxa mensal de desconto racional equi-
Generalizando o procedimento que descrevemos no valente à taxa de desconto comercial de 20% a.m.
exemplo anterior, podemos dizer que um título de valor
nominal N descontado pelo critério do desconto comercial i C = 20UV (1 + i R ) ⋅ (1 − 0,20) =1
composto, n períodos antes do seu vencimento e a uma taxa iR =? W
igual a i por período apresentará um valor líquido L igual a:
(1 + i R ) ⋅ 0,8 = 1
L = N × (1 – i)n
1
1 + iR = = 1,25 ⇒ i R = 0,25 = 25% a. m.
Exemplo: 0,8
Um título de R$ 2.000,00 será resgatado três anos antes
do seu vencimento pelo critério do desconto composto
comercial à taxa de 20% a.a. com capitalizações semes- Testes – Desconto Comercial Composto
trais. Qual será o valor líquido? (dado: (0,9)6 = 0,531441)
1. Um título de R$ 5.000,00 será descontado 2 meses antes
Solução: do vencimento pelo critério de desconto comercial à
taxa de 60% a.a. com capitalização mensal. O valor do
desconto será:
Matemática

taxa (nominal): 20% a.a. taxa efetiva: 10% a.a.


a) R$ 487,50
b) R$ 464,85
capitalizações: semestrais i = 0,10
c) R$ 512,50
d) R$ 4.512,50
prazo de antecipação = 3 anos = 6 semestres ⇒ n=6 e) R$ 4.535,15

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2. Considerando que uma mesma taxa i seja utilizada para
determinação dos descontos compostos racional, DR, e
comercial, DC, de um mesmo título e para um mesmo
prazo de antecipação, pode-se afirmar que:
a) DC = DR para qualquer prazo.
b) DC ≥ DR para qualquer prazo.
c) DC ≤ DR para qualquer prazo.
d) dependendo do prazo, podem ocorrer DC > DR, DC <
DR e DC = DR.
e) para prazos menores que 1 período de capitalização
tem-se DC < DR. Diagrama de Fluxos de Caixa

3. Uma duplicata de R$ 3.000,00 deverá ser descontada 3 No diagrama de fluxos de caixa representado ante­
anos antes do seu vencimento a uma taxa de 25% a.a. riormente foram usadas algumas convenções que iremos
pelo critério do desconto racional composto. Qual seria usar como padrões:
a taxa anual a ser adotada para obter-se um desconto • O eixo horizontal representa o intervalo de tempo
igual pelo critério de desconto comercial composto? envolvido na situação sob análise e é sempre dividido
a) 33,3% a.a. em períodos de tempo iguais.
b) 28% a.a. Usa-se, preferencialmente, o prazo de capitalização.
c) 25% a.a. • As flechas para cima representam fluxos de caixa po-
d) 20% a.a. sitivos, isto é, dinheiro recebido, resgatado, dinheiro
e) 18% a.a. entrando, fluindo para dentro da instituição.
• As flechas para baixo representam fluxos de caixa
4. Uma duplicata, no valor de R$ 2.000,00, é resgatada dois negativos, ou seja, dinheiro pago, investido, dinheiro
meses antes do vencimento, obedecendo ao critério de saindo, fluindo para fora da instituição.
desconto comercial composto. Sabendo-se que a taxa • Onde não existem flechas desenhadas, não há ocor-
de desconto é de 10% ao mês, o valor descontado e o rência de fluxos de caixa.
valor do desconto são, respectivamente, de: • Sempre que dois ou mais fluxos de caixa ocorrerem ao
a) R$ 1.600,00 e R$ 400,00. mesmo tempo (no mesmo ponto da linha de tempo
b) R$ 1.620,00 e R$ 380,00. do diagrama) será considerado o seu valor líquido
c) R$ 1.640,00 e R$ 360,00. (soma ou diferença deles).
d) R$ 1.653,00 e R$ 360,00.
e) R$ 1.666,67 e R$ 333,33. Exemplos de Fluxos de Caixa

1. Uma pessoa investiu R$ 600,00 numa modalidade de


GABARITO aplicação que pagava juros capitalizados mensalmente,
obtendo, após 6 meses, um montante de R$ 750,00.
1. a 2. b 3. d 4. b

Fluxos de Caixa
Fluxos de caixa são os pagamentos e/ou recebimentos
envolvidos em certa transação financeira e considerados ao
longo de determinado intervalo de tempo.
Muitas situações do nosso dia-a-dia envolvem fluxos
de caixa. 2. Uma pessoa planeja depósitos mensais de R$ 100,00 em
uma caderneta de poupança, sendo o primeiro depósito
Exemplo: feito logo no início do primeiro mês, o segundo no início
Em uma conta corrente bancária, a sucessão de débitos e do segundo mês, e assim sucessivamente, até o quinto
créditos ocorridos em determinado mês é uma sequência depósito e deseja prever qual será o montante que terá
de fluxos de caixa. naquele momento.

Diagramas de Fluxos de Caixa


Com o objetivo de facilitar a visualização dos fluxos
de caixa que compõem determinada transação financeira,
usamos o diagrama de fluxos de caixa.
Um diagrama de fluxos de caixa é um retrato de um
problema financeiro que mostra as entradas e saídas de
valores, ao longo do intervalo de tempo considerado para
Matemática

situação.
Os diagramas de fluxos de caixa podem representar 3. Uma loja oferece duas opções de pagamento ao vender
qualquer situação prática onde ocorram fluxos (entradas / determinado bem:
saídas) de caixa. Assim, desenhar um diagrama de fluxos de - pagamento à vista no valor de R$ 500,00 ou
caixa é o primeiro passo que devemos dar para resolver um - pagamento em 6 parcelas mensais de R$ 100,00,
problema financeiro. vencendo a primeira na data da compra.

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Exemplo: Considerando a mesma situação do exemplo
anterior, determinar o valor nominal do novo título usando
a data focal 4.

Solução:
1º Título: Terá seu vencimento adiado de 2 meses
para 4 meses:

EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
NO REGIME SIMPLES
Considere o problema da substituição de um ou mais
compromissos financeiros por outros, com datas diferentes
de vencimento, sem prejuízo para qualquer das partes
interessadas (credor e devedor). Este problema pode ser
resolvido pela equivalência de capitais.
Dados dois conjuntos de capitais, cada um deles com 2º Título: Terá seu vencimento antecipado de 6
sua data de vencimento, dizemos que eles são equivalentes, meses para 4 meses:
a uma mesma taxa de juros e para uma mesma data (data
focal), se as somas dos valores atuais de cada um dos con-
juntos, nesta data, forem iguais.

Exemplo:
Dois títulos cujos valores nominais são R$ 15.000,00
e R$ 18.000,00, com vencimentos para 2 e 6 meses,
respectivamente, deverão ser substituídos por um
único título, vencível em 4 meses. Se a taxa de
desconto comercial simples é de 3% ao mês, qual Assim, o valor do novo título será de
é o valor nominal do novo título? (Obs.: usar a data X1 + X2 = 15.957,45 + 16.920,00 = 32.877,45
focal zero) (compare com a resposta anterior!)

Solução: Testes – Equivalência de Capitais no Regime


Simples
Primeiro, devemos encontrar os valores dos dois
títulos dados na data focal indicada (zero). 1. (TTN/1992) Um negociante tem duas dívidas a pagar,
uma de $ 3.000,00, com 45 dias de prazo e outra de
1º título: Achar o valor atual (A1) $ 8.400,00, pagável em 60 dias. O negociante quer
substituir essas duas dívidas por uma única, com 30 dias
94% 100% de prazo. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial
6%
A1 = 14.100 ← 15.000 = N1 é de 12% a.a. e usando a data zero, o valor nominal
desconto dessa dívida será de
a) $ 11.287,00.
2º título: Achar o valor atual (A2) b) $ 8.232,00.
c) $ 9.332,00.
82% 100% d) $ 11.300,00.
18% e) $ 8.445,00.
A 2 = 14.760 ← 18.000 = N 2
desconto
2. (AFC/Esaf/1993) Determinar a taxa de juros mensal
para que sejam equivalentes, hoje, os capitais de
Novo título: O valor atual será A1 + A2 = 28.860 $ 1.000,00 vencível em dois meses e $ 1.500,00 vencível
em três meses, considerando-se o desconto simples
Agora devemos achar o valor nominal (N3) do novo
comer­cial.
título.
a) 15% c) 25% e) 33,33%
88% 100% b) 20% d) 30%
12%
A1 + A 2 = 28.860 ← 32.795,45 = N 3 3. (AFTN/1985) João deve a um banco $ 190.000 que
desconto vencem daqui a 30 dias. Por não dispor de numerário
suficiente, propõe a prorrogação da dívida por mais
O valor nominal do novo título é R$ 32.795,45. 90 dias. Admitindo-se a data focal atual (zero) e que o
Matemática

banco adote a taxa de desconto comercial simples de


72% a.a., o valor do novo título será de
Atenção: No regime de juros simples, a mudança de uma a) $ 235.000. d) $ 243.000.
data focal por outra pode alterar os resultados b) $ 238.000. e) $ 245.000.
do problema. c) $ 240.000.

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4. (AFTN/1985) Para refinanciar uma dívida de $ 1.500.000 EQUIVALÊNCIA COMPOSTA DE CAPITAIS
em 36 dias, o devedor paga $ 148.000 e é emitido um
novo título no valor de $ 1.400.000 para o prazo de 90 O Problema Fundamental da Análise Financeira
dias. A taxa de desconto comercial adotada na operação
foi de: Frequentemente todos nós vivemos situações onde
Obs.: 1) Considere a data de referência o instante 0. devemos escolher entre duas ou mais alternativas de paga-
2) Taxa de juros simples. mento ou de investimento.
É claro que, diante destas situações, procuramos es-
a) 25% a.a.
colher a opção que nos seja mais vantajosa. No entanto,
b) 26% a.a.
a grande maioria das pessoas faz a sua opção movida por
c) 20% a.a.
critérios emocionais, influenciados por aparências e pelo
d) 30% a.a.
e) 24% a.a. conforto do raciocínio simplista, em vez de usar critérios
racionais apoiados na solidez dos resultados de uma análise
5. (AFTN/1996) Uma pessoa possui um financiamento financeira escrupulosa.
(taxa de juros simples de 10% a.m.). O valor total dos O resultado da opção ditada pelos critérios emocionais
pagamentos a serem efetuados, juros mais principal, é é quase sempre desastroso, implicando diminuição dos ren-
de $ 1.400,00. As condições contratuais preveem que dimentos ou até mesmo sérios pre­juízos.
o pagamento deste financiamento será efetuado em Entre os métodos capazes de nos auxiliar na escolha
duas parcelas. A primeira parcela, no valor de setenta racional da melhor alternativa para uma transação finan-
por cento do total dos pagamentos, será paga ao final ceira, o da comparação dos valores atuais é provavelmente
do quarto mês, e a segunda parcela, no valor de trinta o mais difundido.
por cento do total dos pagamentos, será paga ao final
do décimo primeiro mês. O valor que mais se aproxima Capitais Equivalentes
do valor financiado é:
a) $ 816,55 Dois conjuntos de capitais, com datas diferentes, são
b) $ 900,00 ditos equivalentes quando, transportados para uma mesma
c) $ 945,00 data e a uma mesma taxa de juros, produzirem, nesta data,
d) $ 970,00 valores iguais.
e) $ 995,00 A data para a qual os capitais são transportados é de-
nominada data focal.
6. (AFTN/1996) Uma firma deseja alterar as datas e valores
de um financiamento contratado. Este financiamento Exemplo:
foi contratado, há 30 dias, a uma taxa de juros simples Certo título tem valor nominal de R$ 10.000,00 e ven-
de 2% ao mês. A instituição financiadora não cobra cimento dentro de quatro meses. Qual o valor pelo
custas nem taxas para fazer estas alterações. A taxa de qual ele deverá ser resgatado hoje, se a taxa de juros
juros não sofrerá alterações. considerada é de 1% a.m.?
Condições pactuadas inicialmente: pagamento de duas
prestações iguais e sucessivas de $ 11.024,00 a serem Solução:
pagas em 60 e 90 dias.
Condições desejadas: pagamento em três prestações Inicialmente, construímos o diagrama de fluxos de caixa
iguais: a primeira ao final do 10º mês; a segunda ao final correspondente:
do 30º mês; a terceira ao final do 70º mês.
Caso sejam aprovadas as alterações, o valor que mais
se aproxima do valor unitário de cada uma das novas
prestações é:
a) $ 8.200,00
b) $ 9.333,33
c) $ 10.752,31
d) $11.200,00
e) $12.933,60

GABARITO Como a data focal é anterior à data do título, devemos


fazer uma descapitalização:
Testes – Equivalência de Capitais no Regime 10.000,00 10.000,00
Simples VA = = ≅ 9.609,80
(1 + 0,01) 4 1,040604
1. d
Matemática

2. b Isto significa que os R$ 10.000,00 com vencimentos


3. a dentro de 4 meses são equivalentes aos R$ 9.609,80
4. e com vencimento imediato.
5. b
6. d Portanto, o título deverá ser resgatado por R$ 9.609,80.

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Fluxos de Caixa Equivalentes Como a soma dos capitais do segundo fluxo na
data focal zero é igual ao capital do primeiro,
Dois fluxos de caixa são ditos equivalentes quando, ao na mesma data, podemos dizer que os dois
transportarmos para uma mesma data e à mesma taxa de financiamentos são equivalentes.
juros as entradas e saídas de cada um deles, as somas dos
valores presentes encontrados for a mesma nos dois fluxos. Atenção: No regime de juros compostos a escolha da
data focal não altera a equivalência. Podemos,
Exemplo:
assim, optar pela data mais conveniente para
Uma dívida deve ser resgatada em 4 meses por
R$ 2.431,02. Entretanto, o devedor sugere a qui- os cálculos de cada problema.
tação da mesma em dois pagamentos, sendo o
primeiro deles, daqui a três meses, de R$ 1.157,63 Exemplo: Na situação proposta no exemplo ante­rior,
e o segundo, três meses depois, de R$ 1.340,10. verificar que os dois planos são equivalentes
Mostrar que o plano de pagamento proposto pelo utilizando a data focal 6.
devedor é equivalente ao original se considerar-
mos uma taxa de juros compostos de 5% a.m. Solução:
Solução:
Vamos transportar para a data focal 6 todos os valores a
serem pagos em cada um dos dois fluxos e compará-los:
Vamos transportar para a data focal zero cada
um dos valores a serem pagos:
1º Fluxo:
1º Fluxo (do plano original):

Como desejamos “voltar no tempo” por 4 2º Fluxo:


meses o valor dado, faremos uma descapitali­
zação:
M = C × (1 + 0,05)4
2.431,02 = C × 1.21551

2.431,02
C= = 2.000,00
1,21551

2º Fluxo (do plano sugerido pelo devedor):

Para que os dois fluxos sejam equivalentes na data 6 é preciso


que a soma dos capitais de primeiro fluxo na data 6 seja igual
à soma dos capitais do segundo fluxo nesta mesma data:

A = 1.340,10 + B (equação de equivalência)

Calculando os valores A e B, teremos:

A = 2.431,02 × (1,05)2 B = 1.157,63 × (1,05)3


Transportando os valores dos dois pagamentos A = 2.431,02 × 1,1025 B = 1.157,63 × 1,157625
para a data focal zero, teremos:
A = 2.680,20 B = 1.340,10
M A = A ⋅ (1 + 0,05) 3 M B = B ⋅ (1 + 0,05) 6
Substituindo os valores encontrados para A e B na equação
de equivalência, podemos observar que eles a satisfazem:
1157
. ,63 = A ⋅ 115763
, 1.340,10 = B ⋅ 1,34010
A = 1.340,10 + B
Matemática

2.680,20 = 1.340,10 + 1.340,10


1157
. ,63 1.340,10
A= = 1.000,00 B = = 1.000,00 2.680,20 = 2.680,20
115763
, 1,34010
Portanto, podemos concluir que os dois fluxos de caixa são
A + B = 2.000,00 equivalentes para a data 6.

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Testes – Equivalência Composta de Capitais 6. (Assistente Administrativo/1994) Um comerciante deve
dois títulos, ambos com o mesmo valor nominal de
1. (Esaf) Dois fluxos de caixa são ditos equivalentes, a uma $ 100.000,00. O vencimento do primeiro ocorre den-
determinada taxa de juros, quando apresentam: tro de 2 meses e o do segundo, em 4 meses, mas ele
a) os mesmos valores de aplicações nas datas iniciais deseja substituir ambos os títulos por um outro, com
e aplicações distintas nas demais datas. vencimento em 3 meses.
b) o mesmo valor atual, em qualquer data. Se o banco que realizará esta transação opera com uma
c) a mesma soma de pagamentos nos seus perfis de taxa racional composta de 25% a.m., qual será o valor
aplicação. do novo título?
d) o mesmo prazo total para suas aplicações. a) $ 200.000,00
e) datas de entradas e saídas coincidentes, ainda que b) $ 205.000,00
com valores distintos para uma mesma data qual- c) $ 210.000,00
quer. d) $ 215.000,00
e) $ 220.000,00
2. (Banco Central/1994) Tomei emprestados $ 1.000.000,00
a juros compostos de 10% ao mês. Um mês após o 7. (Esaf) Uma empresa imobiliária está vendendo um
empréstimo, paguei $ 500.000,00 e dois meses após terreno por $ 200.000,00 de entrada e um pagamento
esse pagamento, liquidei a dívida. O valor desse último adicional de $ 200.000,00 no 6º mês após a compra.
pagamento foi de Um determinado comprador propõe alterar o valor do
a) $ 660.000,00. pagamento adicional para $ 250.000,00, deslocando‑o
b) $ 665.500,00. para o 8º mês após a compra. A uma taxa de juros
c) $ 700.000,00. compostos de 2% a.m., o valor da entrada no esquema
d) $ 726.000,00. proposto, desprezados os centavos, é
e) $ 831.000,00. a) $ 161.221,00.
b) $ 163.221,00.
3. (AFTN/1996) Uma empresa obteve um financiamento c) $ 173.221,00.
de $ 10.000 à taxa de 120% ao ano capitalizados men- d) $ 184.221,00.
salmente (juros compostos). A empresa pagou $ 6.000 e) $ 164.221,00.
ao final do primeiro mês e $ 3.000 ao final do segundo
mês. O valor que deverá ser pago ao final do terceiro 8. (Banco Central/Nível Superior/1994) Tomar um emprés-
mês para liquidar o financiamento (juros + principal) é timo por dois meses, assinando uma promissória com
a) $ 3.250,00. vencimento em dois meses e sendo feito o desconto
b) $ 3.100,00. da mesma por um banco à taxa de desconto bancário
c) $ 3.050,00. (desconto simples por fora) de 10% ao mês, equivale a
d) $ 2.975,00. pagar juros compostos de taxa bimestral de
e) $ 2.750,00. a) 20%. d) 28%.
b) 22%. e) 30%.
4. (AFTN/1996) Uma pessoa tomou um empréstimo à c) 25%.
taxa de 4% ao mês, com juros compostos capitalizados
mensalmente. Este empréstimo deve ser pago em 2 9. (Esaf) Um automóvel, que custa à vista $ 14.000,00,
parcelas mensais e iguais de $ 1.000, daqui a 13 e 14 está sendo vendido com financiamento nas seguintes
meses, respectivamente. O valor que mais se aproxima condições:
do valor de um único pagamento, no décimo quinto – entrada igual a 30% do preço à vista e o saldo em
mês, que substitui estes dois pagamentos é duas parcelas iguais, à taxa de juros compostos de
a) $ 2.012,00. 7% ao mês:
b) $ 2.121,00.
c) $ 2.333,33. Se a primeira parcela deverá ser paga 30 dias após o
d) $ 2.484,84. pagamento da entrada e a segunda parcela 60 dias
e) $ 2.516,16. após a primeira, o valor de cada parcela deverá ser de
(desprezar os centavos no resultado final)
5. (Esaf) Sejam dois títulos com as seguintes característi- a) $ 5.156,00.
cas: b) $ 5.697,00.
A) um certificado de depósito a prazo, de $ 50.000,00, c) $ 5.420,00.
efetuado 17 meses atrás, que rende juros compostos d) $ 5.597,00.
de 4% ao mês. Os rendimentos são tributados em e) $ 5.065,00.
8% (Imposto de Renda) no ato do resgate;
B) uma promissória de $ 112.568,00, vencível de hoje a 10. (AFTN/1991) A uma taxa de 25% ao período, uma quan-
7 meses, que pode ser resgatada mediante desconto tia de 100,00 no fim do período t, mais uma quantia de
racional composto de 5% ao mês. 200,00, no fim do período t + 2, são equivalentes, no
fim do período t + 1, a uma quantia de
Os dois títulos, se resgatados hoje, desprezados os a) 406,25. d) 300,00.
b) 352,50. e) 285,00.
Matemática

centavos, valem
a) $ 169.603. c) 325,00.
b) $ 173.603.
c) $ 177.395. 11. (AFTN/1985) Uma empresa tem um compromisso de
d) $ 181.204. $ 100.000 para ser pago dentro de 30 dias. Para ajustar
e) $ 185.204. o seu fluxo de caixa, propõe ao banco a seguinte forma

102 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
de pagamento: $ 20.000,00 antecipado, à vista, e 2 RENDAS CERTAS ANUIDADES
pagamentos iguais para 60 e 90 dias. Admitindo-se a
taxa de juros compostos de 7% ao mês, o valor dessas Denominamos renda à sucessão de valores R1, R2, R3,
parcelas deve ser de ... usados para constituir-se um capital ou para pagamento
a) $ 43.473,00. parcelado de uma dívida. Cada um dos valores R chama-se
b) $ 46.725,00. termo ou parcela.
c) $ 46.830,00. As rendas podem ser classificadas sob diversos aspectos:
d) $ 47.396,00.
e) $ 48.377,00. 1. Quanto ao número de termos:
renda temporária – o número de termos é finito.
12. (AFCE) Uma concessionária vendia certo tipo de au- renda perpétua – o número de termos é infinito.
tomóvel por $ 16.000,00 à vista. Tinha um plano de
pagamento em 6 meses com juros fixos compostos 2. Quanto ao valor de cada termo:
mensalmente. Um cliente comprou um destes automó- renda constante – os valores dos termos são todos
veis em 6 meses, efetuando pagamentos ao fim de 2 e iguais.
6 meses. Se o primeiro pagamento foi de $ 21.360,00 e renda variável – os valores dos termos não são todos
se os juros foram de 40% ao mês, o segundo pagamento iguais.
foi de
a) $ 31.846,00 d) $ 38.416,00 3. Quanto à periodicidade dos seus termos:
b) $ 34.168,00 e) $ 38.461,00 renda periódica – quando os pagamentos ocorrem
c) $ 36.418,00 a intervalos de tempo iguais.
renda não periódica – quando os pagamentos não
13. (AFTN/1996) Considere os fluxos de caixas mostrados ocorrem a intervalos de tempo iguais.
na tabela abaixo, para resolução da questão seguinte.
Os valores constantes desta tabela ocorrem no final dos 4. Quanto à data de vencimento do primeiro termo:
meses ali indicados.
TIPO DE VENCIMENTO DO EXEMPLO
TABELA DE FLUXOS DE CAIXA RENDA 1º TERMO
Meses
ANTECIPADA No dia da compra Compra de um bem finan-
Fluxos 1 2 3 4 5 6 7 8 ou na assinatura do ciado em 4 pres­tações
UM 1000 1000 500 500 500 500 250 050 contrato. mensais, devendo a 1ª
DOIS 1000 500 500 500 500 500 500 300
TRÊS 1000 1000 1000 500 500 100 150 050
prestação ser paga no dia
QUATRO 1000 1000 800 600 400 200 200 100 da compra (entrada).
CINCO 1000 1000 800 400 400 400 200 100 POSTECIPA- No fim do primeiro Compra de um bem
DA (OU período, a contar financiado em 6 pres­
Admitindo uma taxa efetiva (juros compostos) de 4,0% IMEDIATA) da data da compra tações mensais, vencen-
a.m. O fluxo de caixa, da tabela acima, que apresenta ou da assinatura do do a 1ª prestação 1 mês
o maior valor atual (valor no mês zero) é contrato. após a data da compra.
a) Fluxo UM. DIFERIDA Após certo número Compra de um bem fi-
b) Fluxo DOIS. (OU COM de períodos a contar nanciado em prestações
c) Fluxo TRÊS. CARÊNCIA) da data da compra mensais, ven­cendo a 1ª
d) Fluxo QUATRO. ou do contrato. prestação 6 meses após
e) Fluxo CINCO. a compra.
14. (AFCE/1995) Um cidadão contraiu, hoje, duas dívidas jun- Neste capítulo limitaremos o nosso estudo às rendas
to ao Banco Azul. A primeira terá o valor de R$ 2.000,00, certas, ou seja, aquelas que sejam temporárias, constantes
no vencimento, daqui a seis meses; a segunda terá o e periódicas.
valor, no vencimento, daqui a dois anos, de R$ 4.400,00. Quando o enunciado de um problema não deixar claro o
Considerando a taxa de juros de 20% a.a., capitalizados tipo da renda em relação ao vencimento do primeiro termo,
trimestralmente, se o cidadão optar por substituir as assumiremos a renda como postecipada por tratar-se do
duas dívidas por apenas uma, a vencer daqui a um ano tipo mais frequente.
e meio, ele deverá efetuar o pagamento de
a) R$ 6.420,00. Taxa Interna de Retorno
b) R$ 6.547,00.
c) R$ 6.600,00. Taxa interna de retorno de um fluxo de caixa é uma taxa
d) R$ 6.620,00. de juros que iguala o valor atual de todas as entradas com
e) R$ 6.680,00. o valor atual de todas as saídas de caixa.
Os fluxos de caixa podem admitir várias, uma única, ou
GABARITO nenhuma taxa interna de retorno.

Testes – Equivalência Composta de Capitais Exemplos:


Matemática

1) O fluxo composto por uma entrada de $1.000,00


1. b 6. b 11. a
no fim do primeiro mês, uma saída de $2.300,00
2. d 7. e 12. d
no fim do segundo mês e uma entrada de
3. e 8. c 13. c
$1.320,00 no fim do terceiro mês, tem duas taxas
4. b 9. d 14. a
internas de retorno distintas (10% a.m. e 20%
5. b 10. e
a.m. – verifique!).

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
2) O fluxo composto por uma saída de $1.100,00 I – pagamento em 30 dias, com acréscimo de 5%
no início do primeiro mês, uma entrada de sobre o preço de tabela;
$2.210,00 no início do segundo mês e uma saída II – pagamento à vista, com 4% de desconto sobre o
de $1.100,00 no início do terceiro mês, tem uma preço de tabela.
única taxa interna de retorno (10% a.m.). Considere X como sendo a diferença entre os preços do
televisor para pagamento em 30 dias e para pagamento
3) O fluxo composto por uma entrada de $1.000,00 à vista. Assim, X representa uma porcentagem do preço
no início do primeiro mês, uma saída de $2.000,00 à vista do televisor igual a:
no fim do primeiro mês e uma entrada de a) 9% c) 9,375% e) 9,725%
$2.000,00 no fim do segundo mês, não tem taxa b) 9,25% d) 9,5%
interna de retorno (tente provar).
3. (Cespe/Aux. de Admin./Novacap/1996) Paulo quer com-
No caso da compra de um bem com pagamento fi- prar um refrigerador e tem as seguintes alternativas:
nanciado em n prestações (uma entrada e n saídas), a taxa I – à vista, por R$ 900,00;
interna de retorno corresponde à taxa de juros do financia- II – em duas prestações mensais e iguais a R$ 500,00,
mento, pois a soma dos valores atuais de todas as parcelas vencendo a primeira no ato da compra;
deverá ser exatamente igual ao valor atual do financiamento. III – em três prestações mensais e iguais a R$ 350,00,
vencendo a primeira no ato da compra.
TESTE Supondo que ele possa aplicar o dinheiro a uma taxa de
4% ao mês, assinale a opção que indica as formas de pa-
1. (Banco Central/Nível Superior/1994) Considere o fluxo gamento, em ordem crescente de vantagem para Paulo:
de caixa abaixo: a) I - II - III
b) II - I - III
c) III - I - II
Período 0 1 2 (Ano) d) III - II - I
e) II - III - I
Valor -100 80 x (Milhares de URVs)
4. (Cespe/Assist. Admin./Novacap/1996) Fernando pos-
O valor de x para o qual a taxa interna de retorno anual
sui uma quantia suficiente para adquirir um aparelho
é igual a 10% é:
de som, mas a loja oferece três formas diferentes de
a) 25 c) 28 e) 33
pagamento:
b) 26 d) 30
I – à vista, com 20% de desconto;
II – em duas prestações mensais e iguais, com 10% de
GABARITO desconto, vencendo a primeira um mês após a compra;
III – em três prestações mensais e iguais, sem desconto,
Taxa Interna de Retorno vencendo a primeira no ato da compra.
Admitindo que a taxa de rendimento das aplicações
financeiras seja de 3% ao mês, assinale a opção que
1. e
indica as escolhas que Fernando pode fazer, em ordem
decrescente de vantagem para ele, isto é, da mais van-
tajosa para a menos vantajosa:
ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO a) I - II - III c) II - III - I e) III - II - I
b) I - III - II d) III - I - II
TESTES
5. (Cespe/TCU/AFCE/1995) Julgue os itens que se seguem.
1. (Cespe/Espec. de Assist. à Educ./FEDF/1996) Uma a) Um bem pode ser adquirido por 100 reais à vista ou
escola oferece as seguintes opções para o pagamento em 2 (duas) prestações fixas de 60 reais, a primeira
da taxa de matrícula, quando efetuada no dia 5 de devida no ato da compra. Para o comprador, a se-
dezembro: gunda opção será melhor que a primeira somente
I – desconto de 10% para pagamento à vista; quando a taxa de juros mensal for maior que 50%.
II – pagamento em duas vezes, sendo 50% no ato da b) Pressupondo que o mercado imobiliário esteja em
renovação da matrícula e 50% um mês após, isto é, no equilíbrio e que a taxa de juros real seja de 10% ao
dia 5 de janeiro. ano e seja constante, o proprietário de um imóvel
Um pai de aluno não quer ter lucro nem prejuízo, que conseguir 1.200 reais, líquidos, de aluguel por
optando por qualquer uma das duas modalidades de ano, terá prejuízo se vender seu imóvel por quantia
pagamento, no ato da renovação de matrícula. Para inferior a 122.000 reais (Considere que o aluguel
tanto, se optar por II, deve investir a diferença entre possa manter-se constante durante toda a vida do
os valores que seriam pagos em 5 de dezembro, nas proprietário).
modalidades I e II, em uma aplicação financeira com c) Será indiferente, para um investidor, uma aplicação,
uma taxa mensal de rendimento de: com vencimento em 2 (dois) anos, que lhe renda
a) 5% c) 20% e) 30% juros simples anuais de 10% e outra, com idêntico
prazo de maturação, que lhe renda juros compostos
Matemática

b) 10% d) 25%
de 8% ao ano, capitalizados anualmente.
2. (Cespe/PMDF/1996) O preço de um televisor de 20 d) Se em dado momento a importância de 100 reais é
polegadas da marca Alpha é R$ 400,00. O vendedor aplicada a juros compostos de 4% ano a ano, capi-
propõe a um comprador as seguintes alternativas de talizados anualmente, ao final de 2 (dois) anos terá
pagamento: rendido a importância de 8,16 reais de juros.

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e) Um demógrafo deseja determinar em que ano a O capital acumulado ao fim do terceiro mês é, portanto,
população de certo país dobrará. Pressupondo que a soma S dos três termos desta P.G. e poderia ser calculado
a taxa de crescimento demográfico seja constante em função do valor da parcela (R = 100), da razão da P.G. (1
e igual a 2% anuais, o demógrafo terá de calcular o + i = 1,05) e do número de termos (n = 3) pela expressão:
valor da razão log(1,02) .
log 2 (1, 05)3 − 1
S = 100. = 315, 25
1, 05 − 1
6. (Cespe/Senado Federal/1996) Uma alternativa de inves-
timento possui um fluxo de caixa com um desembolso Generalizando para n parcelas de valor R, aplicadas ao
de R$ 10.000,00, no início do primeiro mês, outro fim de cada um dos n períodos e sujeitas à taxa composta
desembolso, de R$ 5.000,00, ao final do primeiro mês, de i por período, o valor do capital acumulado S, na data n,
e duas entradas líquidas mensais de R$ 11.000,00 e será dado por:
R$ 12.100,00, no final do segundo e do terceiro meses,
respectivamente. Considerando uma taxa nominal de
juros de 120% ao ano, julgue os itens a seguir.
a) As taxas anuais, tanto efetivas quanto nominais,
têm o mesmo significado e assumem valores iguais
quando se trata de fluxo de caixa.
b) Os valores atuais de entradas líquidas, no fim do
primeiro mês, somam R$ 20.000,00.
c) A soma dos montantes dos desembolsos, no fim do O fator que multiplica o valor R da prestação é deno-
terceiro mês, é exatamente igual a R$ 19.000,00. minado fator de acumulação de capital de uma série de
d) O valor atual do fluxo de caixa, no fim do primeiro pagamentos e é representado por sn|i .
mês, é igual a R$ 4.000,00. Como o cálculo de sn|i é, via de regra, trabalhoso, os pro-
e) No fim do terceiro mês, o montante do fluxo de caixa blemas relativos à acumulação de capital costu­meiramente
é negativo. vêm acompanhados de uma tabela que indica os valores de
sn|i para cada valor de n e de i dentro de uma certa faixa (ver
GABARITO tabela 2 na página 42).

Alternativas de Investimento Exercícios Resolvidos

Testes 1. Calcular o montante gerado por 12 depósitos mensais


e consecutivos de R$ 200,00, à taxa de 3% a.m., consi-
derando que os depósitos sejam todos feitos ao final de
1. d 4. a
cada mês.
2. c 5. E, E, E, C, E
3. d 6. E, C, E, C, E Solução:
Temos R = 200, n = 12 e i = 3%
Consultando a tabela 2 para n = 2 e i = 3%, obtemos:
Capitalização (ou Acumulação de Capital) sn|i = 14,19203
I. Rendas Postecipadas O montante é dado pelo produto do valor da parcela
Consideremos uma renda postecipada (1ª parcela pelo fator encontrado na tabela 2:
no fim do 1º mês) composta por três parcelas mensais de
R$ 100,00 sujeitas a juros compostos de 5% a.m. conforme S = R × sn|i = 200 × 14,19203 ≅ 2.838,40
ilustra o diagrama de fluxos de caixa a seguir:
Portanto, o montante procurado é R$ 2.838,40.

2. Qual o valor da aplicação que devo fazer mensalmente,


durante 6 meses e à taxa composta de 10% a.m., para
conseguir um montante de R$ 3.086,25, se as aplicações
O capital acumulado ao fim do terceiro mês será: são feitas ao fim de cada mês?

1ª parcela: 100 × (1,05)2 = 110,25 Solução:


2ª parcela: 100 × (1,05) = 105,00
Temos n = 6, i = 10% e S = 3.086,25.
3ª parcela: 100 = 100,00
capital acumulado.......................315,25
Consultando a tabela 2, obtemos o fator:
As parcelas mais antigas foram acumulando mais juros
Matemática

de modo que estas parcelas, acrescidas dos seus respectivos s 6 |10 = 7,71561
juros e postas em ordem crescente uma a uma formaram
uma progressão geométrica (P.G.) que tem o valor da par- Assim, temos:
cela, R$ 100,00, como seu primeiro termo e 1 + i = 1,05 S = R × sn|i
como razão. 3.086,25 = R × 7,71561

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Portanto:

3.086,25
R= = 400,00 (é a prestação procurada)
7,71561

Temos:
Como as parcelas são pagas antecipadamente, no início valor da prestação: R = 200
de cada mês, o pagamento da quarta e última parcela ocor- número de períodos: n = 6 (meses)
rerá no início do quarto mês, ou seja, em n = 3. número de depósitos: n + 1 = 7
taxa ao período: 2% a.m → i = 0,02
O capital acumulado até a quarta parcela (inclusive) será:

1ª parcela: 100 x (1,05)3 = 115,76 Substituindo os elementos encontrados na expressão


que nos dá o capital acumulado, teremos:
2ª parcela: 100 x (1,05)2 = 110,25
3ª parcela: 100 x (1,05) = 105,00
S = R . sn + 1 i
4ª parcela: ................................. 100,00
S = 200 × s7 2
capital acumulado...................... 431,01
S = 200 × 7,43428 (s7 2 foi obtido na tabela 2)
Observamos, então, que o capital acumulado ao fim do
terceiro mês (n = 3) é a soma S de quatro termos em P.G. S = 1.486,86
Podemos calcular o capital acumulado (S) em função do
valor da parcela (R = 100), da razão da P.G. (1 + i = 1,05) e do Deste modo, concluímos que o valor do capital acu-
número de termos (n + 1 = 4) pela expressão: mulado em 6 meses será de R$ 1.486,86.

(1,05) 4 − 1 2. Desejando formar um certo capital, um aplicador faz, a


S = 100 ⋅ = 431,01 cada seis meses, um depósito de R$ 1.000,00 em uma
1,05 − 1
conta remunerada que paga juros compostos de 3% ao
semestre. Cinco anos após o início do investimento, o
Generalizando para n + 1 parcelas de valor R, aplicadas aplicador resgata o montante acumu­lado. Qual foi o valor
no início de cada um dos n períodos e sujeitas à taxa com- resgatado se o aplicador não efetuou depósito algum na
posta de i por período, o valor do capital acumulado S, na ocasião?
data n, será dado por:
Solução:

(1 + i ) n +1 − 1
S= R⋅
i Como não houve depósito no momento da retirada,
isto é, ao fim do décimo semestre, o último depósi-
ou seja: S = R . sn + 1 i to ocorreu na data 9. De zero (1º depósito) a nove
temos, então, dez depósitos.
O valor de S nos dá o montante na data 9, que é 1
Exercícios Resolvidos período (6 meses) anterior à data do resgate.
Para encontrar o valor resgatado X poderíamos
calcular S e depois capitalizá-lo por mais 1 pe­ríodo:
1. Um poupador deposita mensalmente a quantia de
R$ 200,00. Qual será o valor do capital acumulado em 1º) S = 1.000 × S10 3 2º) X = S × (1 + i)
6 meses se o primeiro depósito ocorrer no início do pri-
meiro mês e considerarmos uma taxa de juros composta Mas poderemos obter o valor X resgatado de modo
de 2% a.m.? mais rápido utilizando um outro raciocínio:
Matemática

Solução: Se houvesse um depósito também na data do resgate,


então, teríamos um total de 11 depósitos e o valor
Vamos observar o diagrama de fluxos de caixa cor- do resgate, na mesma data, seria R$ 1.000,00 reais
respondente: maior do que X:

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X + 1.000 = 1.000 × S11 3 • O juro pago em uma dada prestação é sempre calcula-
do sobre o saldo devedor do período imediatamente
Agora, isolando o nosso X, teremos: anterior, sendo menor a cada nova prestação.
• A cota de amortização, em uma dada prestação, é
X = 1.000 × S11 3 – 1.000 sempre igual à diferença entre o valor da prestação
e o juro pago na mesma, sendo maior a cada nova
X = 1.000 × (S11 3 – 1) prestação.

X = 1.000 × (12,80780 – 1)
5
X = 1.000 × 11,80780
X = 11.807,80

Deste modo, concluímos que o valor do resgate após


os 5 anos foi de R$ 11.807,80.

Amortização
Considere uma dívida que deve ser paga em prestações
periódicas e com vencimentos ao fim de cada pe­ríodo. • O valor da expressão que calcula R em função de P
Quando a dívida vai sendo paga, dizemos que ela está pode ser encontrado pronto, para cada taxa i e cada
sendo amortizada. quantidade n de períodos, na chamada tabela Price
Amortização de uma dívida, portanto, é o processo de (ver tabela 3 na página 43), sendo frequentemente
extinção progressiva da dívida através de prestações que indicado pela expressão
deverão ser pagas periodicamente.
As prestações devem ser suficientes para restituir o 1
capital financiado bem como pagar os juros originados pelo
financiamento do capital. a n|i
Admitiremos sempre que os juros tenham taxa cons-
tante e sejam calculados, a cada período, somente sobre o • Os valores da tabela Price admitem sempre que as
saldo devedor (saldo da dívida). Assim, os juros relativos a prestações são postecipadas (pagas ao fim de cada
um determinado período, quando não pagos, serão acres- período).
cidos ao saldo devedor.
Os diferentes critérios utilizados para a composição
dos valores das parcelas são chamados de sistemas de
Exercícios Resolvidos
amortização.
Ao estudarmos um sistema de amortização, é útil 1. Um televisor que custa R$ 600,00 deve ser financiado em
considerarmos cada prestação como sendo o resultado da 6 pagamentos mensais e iguais, à taxa composta de 8%
soma de duas partes componentes básicas: juro e cota de ao mês, com a primeira parcela vencendo somente um
amortização. mês após a compra. Qual será o valor da prestação deste
financiamento?
valor da prestação = (juro) + (cota de amortização)
Solução:
Dentre os diversos sistemas de amortização conhecidos
destacaremos três, todos com prestações periódicas: Temos P = 600, i = 8% a.m. e n = 6 meses, com paga-
• Sistema Francês ou Price – Com prestações de valor mentos postecipados.
fixo; 1
Fator da tabela Price:
• Sistema de Amortização Constante (SAC) – Em cujas a 6|8 = 0,21632
prestações, que têm valores decrescentes, a cota de
Assim, temos:
amortização é constante; 1
• Sistema de Amortização Misto (SAM) – Em que cada R = P ×a
uma das prestações tem valor igual à média aritmé- 6 |8
tica dos valores das prestações correspondentes nos
sistemas Francês e SAC. R = 600 × 0,21632 = 129,79 (valor da prestação)

Sistema Francês ou Price Portanto, o valor da prestação será de R$ 129,79.

O Sistema Francês, às vezes denominado Sistema Price, Observação:


apresenta as seguintes características: Algumas vezes dispomos apenas da tabela
• O valor da prestação R é constante e periódico, po- com os valores de que é o fator que nos dá
Matemática

dendo ser obtido pela fórmula baixo, onde P é o valor o valor atual (valor financiado). Para usá-lo
financiado (principal). corretamente devemos lembrar que:

(1 + i ) n ⋅ i 1
R = P⋅ R= × P então P = R ⋅ a n | i
(1 + i ) n − 1 (para pagamentos postecipados) a n| i

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2. Um conjunto de móveis para sala de jantar está sendo Cálculo do Juro
vendido numa loja por R$ 3.000,00 à vista ou em 12
prestações mensais de R$ 440,28, sem entrada. Qual é Como já afirmamos anteriormente, a componente de
a taxa mensal de juros que está sendo praticada neste juro em cada uma das prestações corresponde ao total do
financiamento? juro calculado sobre o saldo devedor do período ante­rior.
Assim, o valor Jk do juro pago na prestação de número
Solução: k será calculado sobre o saldo devedor imediatamente após
o pagamento da prestação de número k – 1.
Sabemos que P = 3.000, R = 440,28 e n = 12
Dividindo R por P, encontraremos um fator da tabela Sendo i a taxa de juro ao período, teremos:
Price.
R 1 Jk = i . SDk – 1 
=
P a 12| i
Desenvolvendo a expressão do saldo devedor SDk - 1,
obteremos a expressão:
440,28
= 0,14676 (fator da tabela Price) J k = ( n − k + 1) ⋅ A ⋅ i
3.000
Obs.: n – k + 1 é o número
ou ainda:
Como n = 12, devemos procurar este fator na linha 12 da de prestação a partir de k.
n - k +1
tabela Price. Assim, observaremos que ele se encontra Jk = ⋅P⋅i
na coluna de i = 10%. n
Portanto, a taxa de juros mensais deste financiamento
é de 10%. Exercícios Resolvidos

Sistema de Amortização Constante (SAC) 1. Um empréstimo de R$ 5.000,00 deverá ser pago em 10


prestações mensais e consecutivas, vencendo a primeira
No sistema de amortização constante, a cota de amorti- 30 dias após a liberação do dinheiro. Considerando que
zação é constante em todas as prestações e o juro pago em o financiamento seja feito pelo Sistema de Amortização
cada uma das prestações corresponde ao total do juro sobre Constante a uma taxa mensal de 5%, pede-se:
o saldo devedor do período anterior. a) o valor da cota de amortização;
Como o saldo devedor decresce a cada período, o va- b) o valor do juro pago na primeira prestação;
lor do juro vai ficando menor a cada prestação que, assim, c) o valor da primeira parcela.
apresentará valores decrescentes.
Admitiremos em nosso estudo somente o caso de pres- Solução:
tações postecipadas, ou seja, com pagamentos ao final de
cada período a partir do primeiro. a) Cálculo da cota de amortização:
Temos P = 5.000 e n = 10

Cota de amortização:

P 5000
A= = = 500, 00
n 10
3
4
5

b) Juro pago na 1ª prestação:


Como não há qualquer parcela paga, o sal-
do devedor é igual ao valor do empréstimo
que é de R$ 5.000,00. Portanto, o juro pago
Cálculo da Cota de Amortização na primeira parcela será:
Como a cota de amortização é constante, podemos obtê-
SD = 5000 e i = 0,05
-la dividindo o valor financiado P pelo número de prestações
do financiamento n:
P J1 = 0,05 × 5000 = 250,00
Cota de Amortização: A =
n
c) Valor da primeira parcela:
Cálculo do Saldo Devedor Uma vez que as parcelas são formadas
Ao pagarmos k prestações pelo SAC, teremos amortizado por uma cota de amortização mais juro,
k cotas de amortização, restando então n-k cotas de saldo. teremos:
Desta forma, o saldo devedor imediatamente após o Cota de amortização.......... A = 500,00
pagamento da prestação de número k será: + juro pago na 1ª parcela..... J1 = 250,00

SDk = (n – k) . A Obs.: n – k é o número de prestações valor da 1ª parcela............. R1 = 750,00


em aberto.
Matemática

2. Um financiamento de R$ 5.000,00 pelo SAC deverá ser


P pago em 10 prestações mensais e consecutivas, sem
Como A = , podemos escrever:
n carência, com juros de 5% a.m. Determine:
P n−k a) o valor do juro pago na sétima prestação;
SD k = ( n − k ) ⋅ = ⋅P b) o total dos juros pagos durante o financiamento.
n n

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Solução: Solução:

a) Juro pago na 7ª prestação: 1º) Cálculo da 7ª prestação no Sistema Francês


Como 6 das 10 cotas de amortização já foram
pagas nas 6 primeiras parcelas, resta um saldo P = 5000
devedor de 4 cotas de amortização:
tx = 5% UV
1
= 0,12950
Cota de amortização: A =
5000
= 500
n = 10 W
a 10|5
10
1
Saldo devedor: SD = 4 . A = 4.500 = 2.000 R = P⋅
a 10 | 5
O juro pago na 7ª parcela, portanto, será 5% de R = 5000 × 0,12950 = 647,50
R$ 2.000,00
2º) Cálculo da 7ª prestação pelo SAC
J7 = 0,05 × 2000 = 100,00
Cada prestação é composta de uma cota de
b) Total dos juros pagos: amortização (que é constante no SAC) mais o
Observe que os saldos devedores, antes do paga- juro sobre o saldo devedor do período anterior.
mento de cada uma das dez prestações podem
ser indicados em função do valor A da cota de Cota de amortização:
amortização por:
P 5000
A= = = 500,00
10A, 9A, 8A, 7A, 6A, 5A, 4A, 3A, 2A e 1A n 10

O valor do juro pago em cada uma das prestações Valor do juro na 7ª parcela:
é calculado sobre o saldo devedor corresponden-
te, à taxa de 5%. Então o total dos juros pagos ao J7 = SD6 . i
longo de todo o financiamento é: J7 = 4A . i
J7 = 4 × 500 × 0,05 = 100,00
Jtot = 0,05 × 10A + 0,05 × 9A + 0,05 ×
8A + ... + 0,05 × 1A Valor da 7ª prestação pelo SAC:

Colocando os fatores 0,05 e A em evidência, tere- R7 = A = J7


mos: R7 = 500 + 100 = 600,00

J tot = 0,05 × A × (10 + 9 + 8 + ... + 1) 3º) Cálculo da 7ª prestação pelo SAM



termos em P. A. É a média aritmética entre as prestações correspon-
Jtot = 0,05 × A × 55 dentes pelos sistemas Francês e SAC:

Substituindo o valor da cota de amortização, 647,50 + 600 1.247,50


= = 623,75
A = 500, calculado no item anterior, obteremos: 2 2

Jtot = 0,05 × 500 × 55


SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO
Jtot = 1.375,00
Conceito
Sistema de Amortização Misto (SAM) O sistema americano de amortização é aquele no qual
o valor das prestações, que são periódicas, corresponde
Neste sistema, cada uma das prestações é a média apenas aos juros do período, exceto na última prestação
aritmética das prestações correspondentes calculadas pelo em que o total financiado é acrescido ao pagamento dos
Sistema Francês e pelo SAC. juros, amortizando integralmente a dívida. É um sistema de
O juro pago em cada prestação corresponde ao total do cálculos extremamente simples.
juro sobre o saldo devedor do período anterior. Em conse-
quência, tanto a componente do juro quanto a da cota de Exemplo:
amortização de uma dada parcela serão também as médias Um empréstimo de R$50.000,00 deverá ser pago em
aritméticas dos valores correspondentes pelos sistemas 12 prestações mensais, pelo sistema americano com juros
Francês e SAC. de 2% ao mês.
As onze primeiras parcelas, todas de mesmo valor,
Matemática

podem ser determinadas simplesmente calculando-se os


Exercício Resolvido juros de um mês sobre o total do empréstimo:

1. Um empréstimo de R$ 5.000,00 deverá ser pago em 10 R1 = R2 = ... = R11 = 2% de R$50.000,00


prestações pelo SAM, com juros de 5% a.m. Qual será o
valor da 7ª prestação? R1 = R2 = ... = R11 = R$1.000.00

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A 12ª parcela, sendo a última, deverá incluir o valor 3º – O desembolso mensal total resultante de (1º) e
integral da dívida e, desse modo, amortizá-la totalmente: de (2º).

12ª parcela = R$1.000 + R$50.000,00 = R$51.000.00 Solução:


Trata-se de um empréstimo pelo sistema americano com
Características do Sistema Americano sinking fund a duas taxas.
• Os pagamentos são periódicos.
• Os cálculos para determinação dos valores das 1º – Valores das 11 primeiras prestações:
prestações são bem simples.
• As parcelas – com exceção da última – têm valor fixo (R1 a R11) = i×P
e pequeno em relação ao valor do empréstimo:
(R1 a R11) = 2%×100.000,00
(R1 a Rn−1) = i×P
(R1 a R11) = 2.000,00
• A última parcela tem valor grande, pois amortiza o
valor integral da dívida:
Valor da 12ª prestação:
Rn = P + i×P
Rn = (1+i)×P R12 = P + i×P

• O total dos juros pagos em n prestações no sistema R12 = 100.000,00 + 2.000,00


americano é:
R12 = 102.000,00
JT = n×i×P
2º – Valor da provisão mensal para formação do sinking
• Os valores das prestações não dependem do regime fund:
de capitalização escolhido.

Sinking Fund

Como já sabemos, o valor da última parcela paga pelo


sistema americano é grande, uma vez que deve amortizar o
valor total financiado. Em vista disso, pode tornar-se difícil
efetuar o pagamento da última parcela.
Para contornar essa dificuldade, o tomador do emprés- (1 + j ) n − 1
timo pode formar um fundo de reserva (ou sinking fund) P = R′ ×
reservando, periodicamente, certa quantia, de tal modo que, j
na data do pagamento da parcela final do empréstimo, esse
fundo de reserva tenha acumulado um montante suficiente P = 100.000 (valor total do empréstimo)
para amortizar o valor total financiado. R’ = ? (valor da provisão mensal)
Na prática, paralelamente ao empréstimo, o devedor n = 12 (número de depósitos de provisão)
acaba fazendo uma “poupança programada”, na qual os j = 1% a.m. (taxa de juros)
depósitos periódicos são feitos nas mesmas datas dos pa-
gamentos do empréstimo e ganham juros de modo que, na
data do pagamento da última prestação do empréstimo, o (101)12 − 1
= R′×
100.000
montante final seja igual ao valor original da dívida. 0, 01

Sistema Americano com Sinking Fund a Uma e a Duas Taxas (usando a tabela 2)
Quando a taxa de juros utilizada na formação do fundo
de reserva é igual à taxa do empréstimo, dizemos tratar-se 100.000 = R’ ×12,68250
de sistema americano a uma taxa.
Quando a taxa de juros utilizada na formação do fundo 100.000
de reserva é diferente da taxa do empréstimo, dizemos R’ = = 7.884,88
tratar-se de sistema americano a duas taxas. 12, 6825

Exercício Resolvido 3º - Desembolso mensal total:

Um empréstimo de R$100.000,00 deverá ser pago com D = 2.000,00 + 7.884,88


juros de 2% ao mês pelo sistema americano em 12 prestações
mensais considerando a formação de um sinking fund, D = 9.884,88
Matemática

paralelamente ao empréstimo, num banco que paga juros


compostos de 1% ao mês.
Nessas condições vamos determinar: Note que este último valor representa a quantidade
1º – O valor de cada uma das 12 prestações devidas; total de recursos mensais que o tomador do
2º – O valor mensal destinado à formação do fundo de empréstimo deverá desembolsar para quitar o
reserva (sinking fund); empréstimo (incluindo o principal da dívida).

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Testes – Rendas Certas 7. (AFTN/1991) Quanto devo depositar, mensalmente,
para obter um montante de $12.000, ao fim de um
1. Um bem foi adquirido, através de um plano de três ano, sabendo-se que a taxa mensal de remuneração do
prestações de R$200,00 mensais iguais e consecutivas, capital é de 4% e que o primeiro depósito é feito ao fim
postecipadas e sem entrada. A taxa é de 2% ao mês com do primeiro mês?
regime de capitalização composta. O valor financiado, a) $12.000 ÷ 15,02580
em reais, na data da aquisição é b) $12.000 ÷ (12 × 1,48)
a) 551,90. c) $12.000 ÷ 9,38507
b) 600,00. d) $12.000 ÷ (12 × 1,60103)
c) 526,30. e) $12.000 ÷ 12
d) 546,00.
e) 576,77. 8. (AFTN/1998) Uma compra no valor de R$ 10.000,00 deve
ser paga com uma entrada de 20% e o saldo devedor
2. (CVM/Analista/2000) Uma dívida no valor de financiado em doze prestações mensais iguais, vencendo
R$ 60.020,54 deve ser paga em sete prestações a primeira prestação ao fim de um mês, a uma taxa de 4%
postecipa­das de R$ 10.000,00 a uma determinada taxa ao mês. Considerando que este sistema de amortização
de juros. Considerando esta mesma taxa, calcule o saldo corresponde a uma anuidade ou renda certa, em que o
devedor imediatamente após o pagamento da segunda valor atual da anuidade corresponde ao saldo devedor e
prestação. (Despreze os centavos) que os termos da anuidade correspondem às prestações,
a) R$ 18.860,00
calcule a prestação mensal, desprezando os centavos.
b) R$ 44.518,00
a) R$ 900,00
c) R$ 50.000,00
b) R$ 986,00
d) R$ 52.421,00
c) R$ 923,00
e) R$ 60.020,00
d) R$ 852,00
3. (AFTN/1996) Um empréstimo de $ 20.900 foi realizado e) R$ 1.065,00
com uma taxa de juros de 36% ao ano, capitalizados
trimestralmente, e deverá ser liquidado através do paga- 9. (Esaf) O preço de um automóvel é de $ 50.000,00.
mento de 2 prestações trimestrais, iguais e consecutivas Um comprador ofereceu $ 20.000,00 de entrada e o
(primeiro vencimento ao final do primeiro trimestre, pagamento do saldo restante em 12 prestações iguais,
segundo vencimento ao final do segundo trimestre). O mensais. A taxa de juros compostos é de 5% a.m. O valor
valor que mais se aproxima do valor unitário de cada de cada prestação, desprezados os centavos, é
prestação é a) $ 3.684.
a) $ 10.350,00. b) $ 2.584.
b) $ 10.800,00. c) $ 3.184.
c) $ 11.881,00. d) $ 3.384.
d) $ 12.433,33. e) $ 3.084.
e) $ 12.600,00.
10. (Esaf) Um indivíduo deve $ 181.500,00, vencíveis de
4. Um cliente negociou com seu banco depositar hoje a 6 meses, e $ 380.666,00, vencíveis de hoje a 12
R$ 1.000,00 ao fim de cada mês, para obter R$ 21.412,31 meses. Para transformar suas dívidas em uma série
ao fim de 18 meses. A taxa efetiva anual que o banco uniforme de 4 pagamentos postecipados trimestrais, a
pagou ao cliente nesta operação foi de partir de hoje, a juros e desconto racional compostos
a) 12,00%. de 10% ao trimestre, o valor do pagamento trimestral
b) 12,68%. é, desprezados os centavos,
c) 18,00%. a) $ 102.500.
d) 24,00%. b) $ 118.207.
e) 26,82%. c) $ 140.541.
d) $ 136.426.
5. (Banco Central/Nível Superior/1994) Depositando men- e) $ 129.343.
salmente 10 URVs em um fundo que rende 1% ao mês,
o montante imediatamente após o 20º depósito será de 11. (Esaf) Uma roupa é vendida por $ 4.000,00 à vista ou
a) 244,04 URVs. financiada em 5 prestações iguais, sem entrada. A taxa
b) 240 URVs. de juros é de 24% a.a., utilizando-se a tabela “price”. A 1ª
c) 220,2 URVs. prestação vence 1 mês após a compra. O valor da pres-
d) 220 URVs. tação, desprezados os centavos, e a taxa de juros efetiva
e) 202 URVs. cobrada, em termos anuais, são, respectivamente,
a) $ 848 e 24,8%.
6. (Banco Central/Nível Superior/1994) Tomou-se um em- b) $ 858 e 26,8%.
préstimo de 100 URVs, para pagamento em 10 prestações c) $ 878 e 26,8%.
mensais sucessivas iguais, a juros de 1% ao mês, a primei- d) $ 848 e 26,8%.
ra prestação sendo paga um mês após o empréstimo. O e) $ 858 e 24,8%.
Matemática

valor de cada prestação é de, aproximadamente


a) 10,8 URVs. 12. (Esaf) João pretende comprar uma mansão cujo preço
b) 10,6 URVs. à vista é de $ 1.000.000,00. A firma vendedora exige
c) 10,4 URVs. 10% sobre o preço à vista e financia o restante à taxa
d) 10,2 URVs. de juros compostos de 6% a.m., em prestações iguais
e) 10,0 URVs. e sucessivas. João dispõe para pagar, mensalmente, da

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quantia de $ 74.741,01. Nessas condições, o número fim do primeiro ano e dez entradas líquidas anuais e
de prestações é de: conse­cutivas de 10.000 a partir do fim do segundo ano,
a) 22 b) 23 c) 24 d) 25 e) 30 inclusive. A uma taxa de 18% ao ano, obtenha o valor
atual desse fluxo de caixa, no fim do primeiro ano.
13. (Esaf) Uma máquina tem o preço de $ 2.000.000, poden- a) 24.940,86 c) 5.830,21 e) 1.340,86
do ser financiada com 10% de entrada e o restante em b) 11.363,22 d) 4.940,86
prestações trimestrais, iguais e sucessivas. Sabendo-se
que a financiadora cobra juros compostos de 28% a.a., 20. (AFTN/1996) Uma pessoa paga uma entrada no valor
capitalizados trimestralmente, e que o comprador está de $ 23,60 na compra de um equipamento, e paga mais
pagando $ 205.821 por trimestre, a última prestação 4 prestações mensais, iguais e sucessivas no valor de
vencerá em $ 14,64 cada uma. A instituição financiadora cobra uma
a) 3 anos e 2 meses. d) 4 anos. taxa de juros de 120% a.a., capitalizados mensalmente
b) 3 anos e 6 meses. e) 4 anos e 3 meses. (juros compostos). Com base nestas informações, pode-
c) 3 anos e 9 meses. mos afirmar que o valor que mais se aproxima do valor
à vista do equipamento adquirido é
14. (AFC/Esaf/1993) Um indivíduo deseja comprar um carro
a) $ 70,00. c) $ 86,42. e) $ 95,23.
novo aproveitando o seu carro usado como entrada.
b) $ 76,83. d) $ 88,00.
Sabendo que o saldo a financiar é de $ 211.506,82, que
a taxa mensal de juros é de 2%, pelo sistema de juros
compostos, e que o pagamento deve ser efetuado em GABARITO
doze prestações iguais, a primeira das quais um mês
após a compra, qual a prestação? Testes – Rendas Certas
a) $ 18.000,00 c) $ 20.000,00 e) $ 28.735,70
b) $ 19.231,30 d) $ 22.000,00 1. e 6. b 11. d 16. e
2. b 7. a 12. a 17. e
15. (AFTN/1985) Um microcomputador é vendido pelo 3. c 8. d 13. b 18. a
preço à vista de $ 2.000.000, mas pode ser financiado 4. e 9. d 14. c 19. e
com 20% de entrada e a uma taxa de juros de 96% a.a.,
5. c 10. e 15. a 20. a
“Tabela Price”. Sabendo-se que o financiamento deve
ser amortizado em 5 meses, o total de juros pagos pelo
comprador é de, aproximadamente, EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a) $ 403.652. c) $ 410.737. e) $ 420.225.
b) $ 408.239. d) $ 412.898.
Sistema Americano
16. (AFTN/1985) Uma pessoa obteve um empréstimo de
$ 120.000, a uma taxa de juros compostos de 2% a.m., 1. Um empréstimo no valor de R$200.000,00 deve ser
que deverá ser pago em 10 parcelas iguais. O valor dos pago pelo sistema americano em 24 prestações mensais.
juros a ser pago na 8ª parcela é de Considerando uma taxa de juros compostos de 1,2%
a) $ 5. c) $ 518. e) $ 770. a.m., o valor da 5ª prestação será igual a:
b) $ 51. d) $ 5187. a) R$1.100,00.
b) R$1.200,00.
17. Um capital de R$36.000,00 foi financiado através do sis- c) R$1.400,00.
tema de amortização constante (SAC) em 12 prestações d) R$2.400,00.
mensais, vencendo a primeira 30 dias após a assinatura e) R$4.600,00.
do contrato. Considerando uma taxa de 5% a.m., o valor
em reais da sexta prestação foi igual a 2. Caso uma dívida de R$50.000,00 seja financiada para
a) 4.500,00. c) 4,200,00. e) 4.050,00. pagamento em 36 prestações mensais pelo sistema
b) 4.350,00. d) 4.100,00. americano à taxa mensal de 1,4%, o valor da última
prestação será de:
18. (Esaf) Um banco de desenvolvimento empresta sob as a) R$500,00.
seguintes condições: b) R$700,00.
i) taxa nominal de juros de 6% a.a., com capitalização c) R$1.400,00.
semestral; d) R$50.700,00.
ii) prestações semestrais; e) R$51.400,00.
iii) Sistema de Amortização Constante - SAC ou, alterna-
tivamente, Sistema Francês. 3. Uma dívida de R$80.000,00 foi totalmente paga em 60
prestações mensais pelo sistema americano com juros de
Pede-se: para um empréstimo de $ 12.000.000,00, qual
0,8% a.m. O total dos juros pagos nesta operação foi de:
seria o valor da primeira prestação pelo Sistema de
a) R$3.840,00.
Amortização Constante - SAC, se pelo Sistema Francês
as prestações são iguais a $ 1.406.766,00? b) R$4.380,00.
a) $ 1.560.000,00 d) $ 1.680.000,00 c) R$8.340,00.
d) R$38.400,00.
Matemática

b) $ 1.776.000,00 e) $ 1.726.000,00
c) $ 1.512.000,00 e) R$43.800,00.

19. (AFTN/1991) Uma alternativa de investimento possui 4. Uma dívida de R$300.000,00 foi integralmente paga em
um fluxo de caixa com um desembolso de 20.000 no 24 prestações mensais pelo sistema americano. Sabendo
início do primeiro ano, um desembolso de 20.000 no que o total dos juros pagos nessa operação foi igual

112 Este eBook foi adquirido por JANDSON PABLO TEIXEIRA OLIVEIRA - CPF: 044.691.555-60.
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a R$50.400,00, determine a taxa de juros mensais da as taxas internas de retorno (TIR) e os valores presentes
operação. líquidos (VPL) (i=10% ao ano) encontram-se a seguir:
a) 0,3%
b) 0,4% Época 0 1 2 3 4
c) 0,5% X –50 20 20 20 20
d) 0,6%
Y –100 45 40 30 30
e) 0,7%
VPL(X) = 13,4.
5. O tomador de um empréstimo no valor de R$250.000,00 VPL(Y) = 17,0.
deverá pagá-lo em 24 prestações mensais pelo sistema TIR(X) = 21,9% a.a.
americano, pagando juros de 1% ao mês. Para provi- TIR(Y) = 18,3% a.a.
sionar o pagamento da última prestação, ele resolve
formar um sinking fund numa instituição financeira que A decisão que deve ser tomada é:
também pagará juros de 1% ao mês. Nessas condições, a) investir em X, porque tem maior TIR.
o valor da provisão mensal para a formação do sinking b) investir em X, porque tem menor VPL.
fund deverá ser de: c) investir em Y, porque tem maior VPL.
(Use as tabelas financeiras caso julgue necessário.) d) investir indiferentemente em X ou em Y, que são
a) R$10.343,74. igualmente atrativos.
b) R$9.268,37. e) não investir.
c) R$8.475,32.
O enunciado a seguir refere-se às questões de números 5 e 6.
d) R$7.976,68.
e) R$6.654,45.
Considere um financiamento de R$ 150.000,00 em 150 pres-
tações mensais, pelo SAC, a juros de 1% ao mês.
GABARITO
5. Determine o estado da dívida imediatamente após o
Sistema Americano pagamento da 60ª prestação.
a) R$ 60.000,00. d) R$ 90.000,00.
b) R$ 70.000,00. e) R$ 100.000,00.
1. d 3. d 5. b c) R$ 80.000,00.
2. d 4. e
6. Determine o valor dessa prestação.
a) R$ 1.910,00. d) R$ 2.110,00.
FGV/Sec. de Estado de Receita e Controle do b) R$ 2.000,00. e) R$ 2.220,00.
Mato Grosso do Sul/Fiscal de Rendas/2006 c) R$ 2.100,00.

1. Determine o valor atual de um título descontado (des- 7. Determine o montante, em 75 dias, de um principal de
conto simples por fora) dois meses antes do vencimento, R$ 5.000,00 a juros de 10% ao mês, pela convenção linear.
sendo a taxa de desconto 10% e o valor de face igual a a) R$ 6.250,00. d) R$ 6.344,00.
R$ 2.000,00. b) R$ 6.300,00. e) R$ 6.352,50.
a) R$ 1.580,00. c) R$ 6.325,00.
b) R$ 1.600,00.
c) R$ 1.640,00. 8. De quanto diminui o seu salário real, se o seu salário
d) R$ 1.680,00. nominal aumenta de 10% e há uma inflação de 40%?
a) 12%. b) 15%. c) 18%. d) 21%. e) 30%.
e) R$ 1.720,00.
9. Qual é a taxa efetiva mensal paga por quem toma um
2. Determine a taxa efetiva anual correspondente a 30% empréstimo de R$ 2.000,00, por dois meses, a juros
ao ano com capitalização semestral. simples de 10,5% ao mês?
a) 60%. d) 67%. a) 10%. c) 10,3%. e) 10,5%.
b) 63%. e) 69%. b) 10,1%. d) 10,4%.
c) 65%.
10. Um artigo custa, à vista, R$ 200,00 e pode ser comprado
3. O montante acumulado em uma série de 400 depósitos a prazo com uma entrada de R$ 100,00 e um pagamento
mensais de R$ 150,00, a juros de 1% ao mês, permite a de R$ 120,00 um mês após a compra. Os que compram
obtenção, a partir daí, de uma renda perpétua de que a prazo pagam juros mensais de taxa:
valor? a) 5%. b) 10%. c) 20%. d) 25%. e) 30%.

Dado: 1,01400 = 53,52 GABARITO

a) R$ 3.512,00. d) R$ 6.442,00. 1. b 3. e 5. d 7. e 9. a
b) R$ 4.884,00. e) R$ 7.878,00. 2. * 4. c 6. a 8. d 10. c
Matemática

c) R$ 5.182,00.
(*) Questão anulada – A resposta correta à pergunta da
4. Deve-se decidir entre investir no projeto X ou no projeto
Y ou em nenhum deles. A taxa mínima de atratividade é questão 2 seria 32,25%, taxa que não consta entre as
10% ao ano e os fluxos de caixa dos projetos, bem como alternativas.

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