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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMIÁRIDO


UNIDADE ACADÊMICA DE BIOTECNOLOGIA E BIOPROCESSOS

Relatório da Aula Prática


Fungos, Fungos Eficientes e QUANTI-TRAY 2000

Alunos: José Davi dos Santos Neves -715110417


Rebeca Albino de Jesus-715110210
Tácia Alves Albuquerque -715110352
Professor (a): Drª. Glauciane Coelho
Disciplina: Microbiologia Geral
Data do experimento: 18 de agosto de 2016.

SUMÉ-2016
José Davi dos Santos Neves
Rebeca Albino de Jesus
Tácia Alves Albuquerque

Relatório de aula prática da disciplina de


Microbiologia Geral apresentada ao curso de
Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos
da Universidade Federal de Campina Grande.

SUMÉ – 2016
Sumário
FUNGOS ..........................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................4
2. OBJETIVO.............................................................................................................7
3. MATERIAL E MÉTODO......................................................................................8
3.1 Material ................................................................................................................8
3.2 Método .................................................................................................................8
4. RESULTADO E DISCUSSÃO .............................................................................9
4.1 Resultados do Experimento ..................................................................................9
4.2 Discussão ...........................................................................................................10
5. CONCLUSÃO .....................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................12

MICRORGANISMOS EFICIENTES (FUNGOS EFICIENTES) ..........................13

7. O que são Microrganismos Eficientes? ...............................................................13


8. História dos Microrganismos Eficientes ..............................................................13
9. Grupos de Microrganismos ..................................................................................13
10. Benefícios do uso dos Microrganismos ..............................................................13
11. Como é feita a coleta? ........................................................................................14
12. Como ativar os microrganismos eficientes.........................................................14
13. Como utilizar a solução ......................................................................................15
14. Onde utilizar os EM ...........................................................................................16
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................16
QUANTI-TRAY 2000 ...................................................................................................17

16. INTRODUÇÃO .................................................................................................18


17. Experimento feito com o método QUANTI-TRAY 2000 nas águas da cidade
de SUMÉ-PB ............................................................................................................20
18. Objetivo dos testes realizados nos poços do Rio Sucuru ...................................20
19. Resultado obtido pela observação das cartelas do método Colifert-18/ Quanti-
tray ............................................................................................................................20
20. CONCLUSÃO ....................................................................................................21
21. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................22
FUNGOS

INTRODUÇÃO

Ao longo dos últimos dez anos, a incidência de infecções importantes causadas


por fungos tem aumentado. Estas estão ocorrendo por meio de infecções hospitalares e
em indivíduos com sistema imunológico comprometido. Além disso, milhares de
doenças causadas por fungos afetam plantas economicamente importantes, custando
anualmente, mais de um bilhão de dólares. Porém, podem ser benéficos; são
importantes na cadeia alimentar porque decompõem vegetais mortos e por isso reciclam
elementos vitais. Pelo uso de enzimas extracelulares como as celulases, os fungos são os
principais decompositores de partes duras das plantas, que não podem ser digeridas
pelos animais. Quase todas as plantas dependem de simbiose com fungos, conhecidos
como micorrizas, que ajudam as plantas a absorverem minerais e água do solo. Os
fungos também são valiosos para os animais. Algumas formigas cultivam fungos para
quebrar a celulose e a lignina presentes nas plantas, possibilitando sua digestão. Os
fungos são utilizados pelos homens como alimentos (cogumelos) e para a produção de
comida (pão e ácido cítrico) e drogas (álcool e penicilina). Das mais de 100 mil espécies
conhecidas de fungos, apenas cerca de 200 são patogênicas aos humanos e aos animais
(TORTORA et al., 2005).
Os fungos são geralmente adaptados a ambientes que poderiam ser hostis a
bactérias. São heterotróficos e, assim como as bactérias absorvem nutrientes ao invés
de ingeri-los, como fazem os animais. Todavia, os fungos diferem das bactérias em
determinadas necessidades ambientais e nas características nutricionais apresentadas a
seguir: 1. Os fungos normalmente crescem melhor em ambientes em que o pH é
próximo de 5, que é muito ácido para o crescimento da maioria das bactérias comuns; 2.
Quase todos os fungos são aeróbicos. A maioria das leveduras é anaeróbica facultativa;
3. A maioria dos fungos é mais resistente à pressão osmótico que as bactérias; muitos
consequentemente podem crescer em concentrações relativamente altas de açúcar e sal;
4. Os fungos podem crescer sobre substâncias com baixo grau de umidade, geralmente
tão baixo que impede o crescimento de bactérias; 5. Os fungos necessitam de menos
nitrogênio para um crescimento de bactérias; 6. Os fungos são frequentemente capazes
de metabolizar carboidratos complexos, tais como a lignina (um dos componentes da
madeira), que as bactérias não podem utilizar como nutrientes. Essas características
permitem que os fungos se desenvolvam em substratos diversos como paredes de
banheiro, couro de sapatos e jornais velhos (TORTORA et al., 2005).
O estudo de fungos é chamado de micologia, é um ramo da biologia dedicado ao
estudo dos mesmos, que são organismos heterotróficos de variadas dimensões. Possuem
tamanhos consideráveis como os cogumelos e também tamanhos microscópicos como
as leveduras e bolores. Os fungos pertencem a um reino próprio (Reino Fungi) e é papel
da micologia estudar todas as características destes seres, incluindo suas propriedades
genéticas e bioquímicas, sua taxonomia e seu uso para os seres humanos. A palavra
micologia é derivada de duas palavras gregas: “Mykes" que significa cogumelo e

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"logos" estudo. Antigamente, a micologia era considerada um ramo da botânica, sendo
os fungos classificados como plantas. Os cogumelos eram considerados plantas só que
desprovidas de certos órgãos. Os conhecimentos dos fungos evoluíram e evoluem
constantemente. Hoje, os fungos possuem uma ciência própria responsável pelo seu
estudo, e não pertencem mais ao estudo científico de plantas. São seres aclorofilados, ao
contrário das plantas, e necessitam absorver substâncias orgânicas para sobreviverem.
Além disto, existe a presença de substâncias quitinosas na parede celular da maior parte
das espécies fúngicas e, por também serem capazes de depositar glicogênio, as células
dos fungos se assemelham com células animais. Os fungos são formados por hifas,
filamentos longos e ramificados, que em conjunto com outras hifas, formam o talo de
um fungo denominado micélio. Porém, fungos microscópicos como as leveduras que
são seres unicelulares, não formam hifas e crescem diretamente de esporos, em
esporângios multinucleados. São delimitados exteriormente por uma membrana rígida
que contém hemicelulose e quitina e se reproduzem por diferentes processos podendo
ser sexuais, assexuais e parassexuais. Possuem comportamentos variados e podem ser
parasitas, simbiontes ou sapróbicos. Além disto, são seres ubíquos, encontrados na
água, no solo, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos em geral. Os Fungos
são classificados em quatro divisões: Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e
Deuteromycota. Algumas espécies de fungos estabelecem associações que são benéficas
tanto para eles quanto para os hospedeiros. Este tipo de relação é chamado de
mutualismo. Dois exemplos são os líquens e as micorrizas. Os líquens são associações
entre fungos e algas e as micorrizas entre os fungos e as raízes de certas plantas (Marina
Martinez).
A fermentação é um processo de transformação de uma substância em outra que
pode ser realizada por microrganismos, tais como fungos, bactérias, ou até o próprio
corpo. Existem vários tipos de fermentação, por exemplo: fermentação alcoólica,
fermentação butírica, fermentação glicerina, fermentação acética, fermentação láctica,
fermentação quimiossíntese. Há pouco mais de um século Pasteur demonstrou ser a
fermentação alcoólica realizada por microrganismos na ausência de oxigênio.
Atualmente, fermentação alcoólica é entendida como um conjunto de reações
bioquímicas provocadas por microrganismos chamados leveduras, que atacam
fundamentalmente os açúcares, transformando-os principalmente em álcool etílico e gás
carbônico. A fermentação é um processo anaeróbio de síntese de ATP (trifosfato de
adenosina) sem o envolvimento da cadeia respiratória, etapa característica do processo
de Respiração celular. No processo aqui tratado, o aceptor final de hidrogênios é um
composto orgânico e por este motivo constitui um metabolismo contrastante com a
Respiração Celular, em que os elétrons são doados a aceptores de elétrons exógenos,
como o oxigênio, em uma cadeia transportadora de elétrons. Dessa forma, trata-se de
um mecanismo muito importante na obtenção de energia em condições anaeróbicas,
uma vez que nestes casos não há o processo de fosforilação oxidativa para manter a
produção de ATP. Os fungos (Saccharomyces cerevisiae - levedura) são anaeróbios
facultativos, uma vez que realizam a fermentação na ausência de oxigênio e a respiração
aeróbia na presença desse gás. Durante o processo da glicólise, a glicose é inicialmente
degradada em piruvato, e este por sua vez é metabolizado em diferentes compostos de

5
acordo com o tipo de fermentação. Na fermentação láctica o piruvato é convertido
a ácido láctico, enquanto na fermentação alcoólica o mesmo é convertido a etanol com a
liberação de CO2; já no caso da fermentação heterocíclica, o piruvato é convertido a
ácido láctico e outros ácidos e álcoois. Apesar de ser um processo que ocorre na
ausência de oxigênio, alguns organismos realizam esse metabolismo mesmo na
presença de grandes concentrações de oxigênio, como é o caso da levedura. O açúcar é
o substrato mais comumente utilizado no metabolismo fermentativo.
Essa molécula sofre uma degradação parcial a moléculas orgânicas menores fornecendo
energia na forma de ATP para a célula. O saldo energético desse processo é de apenas
duas moléculas de ATP por molécula de glicose degradada, um ganho energético
inferior ao processo de Respiração Celular. Vale ressaltar que esse ganho energético é
totalmente proveniente da glicólise, uma etapa comum a ambos os processos do
metabolismo energético. Trata-se de um processo utilizado por
diversos microrganismos (Marina Martinez).

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2. OBJETIVO

 Observar e analisar a reação do Saccharomyces cervisiae (um fungo unicelular


muito utilizado na produção de pães, bolos, pizzas, conhecido popularmente
como fermento biológico) em diferentes condições.

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3. MATERIAL E METÓDO

3.1 MATERIAL

 Tubos de ensaio;
 Estante para tubo de ensaio;
 Equipamento de banho de água;
 Água destilada;
 Açúcar;
 Fermento biológico;
 Balão de borracha.

3.2 METÓDO

1. Para o experimento deve-se pesar 1 g de açúcar e 1 g de fermento biológico para


50 mL de água destilada;
2. Em um dos tubos de ensaio coloca-se água destilada com fermento biológico e
no outro os mesmos produtos, acrescentando o açúcar;
3. Os compostos devem ficar homogêneos, para isso, pode-se usar um bastão de
vidro;
4. Adapte um balão de borracha no topo de cada tubo de ensaio, o local deve estar
limpo e seco;
5. Colocando os mesmos no equipamento de banho de água para que o processo de
fermentação ocorra com mais eficiência e rapidez;
6. Em poucos minutos sendo aquecido, o resultado será obtido.

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4. RESULTADO E DISCUSSÃO

4.1 RESULTADOS DO EXPERIMENTO

Foi observado que o balão cor lilás do tubo que continha fermento biológico e
água destilada não encheu, isso porque não continha o componente principal (açúcar)
para a fermentação do fungo, assim não ocorreu à liberação do gás carbônico. Já a
bexiga laranja do tubo que continha água destilada, açúcar e fermento biológico, encheu
e mostrou à formação de pequenas bolinhas, isso se deve a presença do gás carbônico, o
processo começou em aproximadamente dois minutos.
A fermentação trata-se de um processo anaeróbio de transformação de uma
substância em outra, produzida a partir de microrganismos, como fungos, chamados
nestes casos de fermentos. A glicose (açúcar) é uma das substâncias mais empregadas
pelos microrganismos como ponto de partida na fermentação, nesse processo, as
leveduras (Saccharomyces cerevisiae) (Figura 1) quebram uma molécula de glicose em
duas moléculas de ácido pirúvico e produzem álcool etílico e o dióxido de carbono
(CO2) (Figura 2). Esse processo libera energia, utilizada na produção de ATP. O ácido
pirúvico, por sua vez, sofre algumas reações, transformando-se em produtos como
álcool e gás carbônico; a utilização da água é necessária, pois é nesta que os compostos
solúveis irão se dissolver. Porém, a água liga-se também aos outros componentes,
hidratando-os. Além do mais, é essencial em todas as reações enzimáticas. Os tubos
foram colocados em água morna, porque com temperaturas ideais as reações químicas
(o funcionamento das enzimas) ocorrem com maior eficiência. Assim, para obterem-se
resultados imediatos a temperatura deve ser de aproximadamente 30° a 35°, porém por
volta de 60° ocorre morte térmica das leveduras, como também é necessário à presença
do açúcar no meio onde estiverem as leveduras para ocorrer o processo de fermentação.

Figura 1. Fermento biológico Figura 2. Tubos de ensaio contendo os


compostos em banho de água.

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4.2 DISCUSSÃO

Foram utilizadas soluções sem e com glicose, este composto é que dá inicio ao
processo de fermentação, pela fase denominada glicólise.
Observou-se que o balão de cor lilás colocado no tubo de ensaio contendo
fermento biológico e água ficou no mesmo modo quanto ao seu volume, desde o
início da atividade até ao fim da mesma. Esta situação deve-se ao fato de não ter
ocorrido nenhum processo que libertasse algum tipo de gás como ocorreu no outro
tubo de ensaio. Este tubo (balão lilás), contendo apenas água destilada e fermento
biológico, serviu também para mostrar que sem glicose não ocorre nenhum processo.
Já o tubo do balão laranja, por conter açúcar, forneceu toda a energia necessária para
que ocorresse com sucesso o processo de fermentação.

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5. CONCLUSÃO

Para que haja a ocorrência do processo de fermentação é necessário que


existam leveduras e glicose. Quanto maior for à concentração, ou seja, maior
quantidade de glicose para dar início à fase que desencadeia o processo, mais energia
será liberada, e haverá maior produção de CO2 e etanol. Outro fator importantíssimo é
a temperatura que se encontra o meio, este é essencial para a eficiência do processo de
fermentação.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das Células. Vol. 1;
Ed.2; Moderna; São Paulo, 2004;
2. Marina Martinez, Micologia. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/biologia/micologia>. Acesso: 20 de agosto de 16;
3. SANTOS, Eduardo et al. Processos Bioquímicos em Microrganismos:
Departamento de Ciências dos Alimentos, Instituto de Ciência e Tecnologia de
Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 27 de
Novembro de 2013;
4. TORTORA, G.J., FUNKE, B.R., CASE, C.L. Microbiologia. 8.ed. Porto alegre:
Artmed, 2005.

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MICRORGANISMOS EFICIENTES (FUNGOS EFICIENTES)

 O que são Microrganismos Eficientes?

Um grupo de microrganismos com funções diferentes que coexistem em um líquido


(EM, abreviatura de Microrganismos Eficazes), dentre os quais podemos citar:
leveduras, actinomicetos, fungos filamentosos e bactérias fotossintéticas. São
encontrados 10 gêneros e 80 espécies de microrganismos chamados de eficazes, pois
agem no solo, fazendo com que a sua capacidade natural tenha plena ação.
As enzimas, as substâncias bioativas, os aminoácidos, os ácidos nucléicos, etc.,
produzidos pelas diversas espécies de microrganismos, exercem, direta ou
indiretamente, influência positiva no crescimento da planta.

 História dos Microrganismos Eficientes

Na década de 70 o Dr. Teruo Higa, professor da Universidade de Ryukyus (Japão)


deu inicio ao estudo sobre microrganismos eficientes. Que tinha como finalidade
melhorar a utilização da matéria orgânica na produção agrícola. Em 1982 foram feitas
experimentações com EM em campo, nas várias regiões do Japão, com resultados
positivos. Posteriormente, em outros países, inclusive no Brasil foi confirmada a
eficiência de EM na ciclagem da matéria orgânica (Fonte: Caderno dos Microrganismos
Eficientes (EM), 2011).

 Grupos de Microrganismos

Existem basicamente quatro grupos de microrganismos, porém foram utilizados


apenas fungos no projeto dos alunos da UFCG-CDSA apresentado em sala de aula.
Assim serão definidos os tipos de fungos desse grupo:

-Leveduras: sintetizam substâncias antimicrobianas e outras substâncias necessárias ao


crescimento da planta, a partir de aminoácidos e açúcares secretados pela bactéria
fotossintética, pela matéria orgânica e pelas raízes das plantas. As substâncias bioativas,
tais como hormônios e enzimas produzidas pelas leveduras, provocam atividade celular
e divisão de raízes;

- Actinomicetos: controlam fungos e bactérias patogênicas e também conferem às


plantas maior resistência aos mesmos, através do contato com patógenos enfraquecidos;

- Fungos filamentosos: são os fungos que se encontram presentes na produção de


alimentos fermentados. Esse grupo também coexiste com outros microrganismos e é,
em especial, eficaz no aumento de ésteres dentro do solo. Pela forte capacidade de
formação de álcool e ácidos orgânicos, há a prevenção contra o aparecimento de larvas
e outros insetos nocivos e observa-se grande efeito na dissipação de odor;

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- Bactérias fotossintéticas.

 Benefícios do uso dos Microrganismos

Na natureza, nos solos intocados pelo homem, observasse uma interação natural
através da reciclagem de matéria orgânica pelos microrganismos do solo aumentado
assim, entre outros fatores, a fertilidade do mesmo.

- melhoram a capacidade fotossintética das plantas;


- aumentam a eficácia das matérias orgânicas como fertilizantes;
- melhoram os aspectos físico, químico e biológico do solo;
- eliminam doenças e patógenos do solo;
- fermentam matéria orgânica ao contrário de deteriorá-la. Assim, qualquer tipo de
matéria orgânica pode ser usado para fazer composto com EM, já que não há produção
de odores ofensivos;
- decompõem matéria orgânica rapidamente, uma vez incorporada no solo;
- facilitam a liberação de quantidades maiores de nutrientes para as plantas.

 Como é feita a coleta?

1. Cozinhar aproximadamente 600 gramas de arroz sem sal;


2. Colocar o arroz cozido em copos descartáveis;
3. Cobri-los com tela fina (tule) visando proteger;
4. Colocar os copos com arroz e a tela em mata virgem e deste modo será
capturado os microrganismos;
5. Após 10 a 15 dias os microrganismos já estarão capturados e criados.

OBS: A parte do arroz que ficar com a coloração rosada, amarelada e alaranjada se
encontra os microrganismos eficientes (regeneradores). As partes com coloração cinza,
marrom e preta, devem ser descartadas (fungos degradadores).

 Como ativar os Microrganismos Eficientes


Em laboratório é feita a separação dos microrganismos regeneradores dos
degeneradores. É produzido um melaço (açúcar derretido + água) onde serão colocados
200 mL em aproximadamente 2 litros de água em uma garrafa PET. Será disposto nesta
solução 25 g de microrganismos eficientes. No experimento dos discentes Kamila
Sotero e Lucas Santos, foram realizadas ativações em quatro garrafas PET.
OBS: Está solução pode ser armazenada por até 1 ano.

 Como utilizar a solução


Esta solução deve ser diluída em água, pois o excesso de microrganismos que
estas possuem pode causar efeito contrário do que desejado.

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 Onde utilizar os Microrganismos Eficientes?

1. Nos solos:

O solo é fundamental para que os seres vivos coexistam e se desenvolvam com


microrganismos, sendo a base da cadeia alimentar, contendo nutrientes e minerais
essenciais para a vida. Com a introdução dos microrganismos eficientes no solo, é
potencializado o valor nutricional do mesmo.

2. Nas plantas:

Quando colocado em plantas, o EM torna as atividades funcionais das mesmas mais


eficientes. Por exemplo: ativar a maturidade dos frutos e grãos, melhora a capacidade
fotossintética e ativa o crescimento radicular.

3. No saneamento Ambiental:

Os impactos ambientais causados pelas industriais podem ser amenizados por


microrganismos eficientes, que atuam na decomposição dos resíduos e efluentes. Como
por exemplo: elimina o mau cheiro nas instalações devido a sua capacidade de
decompor resíduos orgânicos.

4. Na compostagem:

É indicado para ser utilizado na compostagem, pois reduz o alto tempo de


decomposição natural de resíduos de partes lenhosas, troncos, galhos, graminhas,
gorduras e entre outras.

5. Na limpeza doméstica:

O uso do EM garante limpeza por sua ação antimicrobiana. Além de não causar alergias
e intoxicações, pois não tem cheiro e não produz resíduo.

6. Na água:

Os EM aceleram a decomposição natural dos compostos orgânicos que poluem a água.


Eles produzem substâncias bioativas que atuam sobre os patógenos responsáveis por
putrefação e produção de gases nocivos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Caderno dos Microrganismos Eficientes (EM). Universidade Federal de Viçosa.


2.ed.Viçosa-MG, 2011.

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QUANTI-TRAY 2000

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento econômico da sociedade moderna tem levado à


contaminação das águas superficiais, representada por rios, lagos e reservatórios, águas
subterrâneas e do meio costeiro. Neste processo mais evidente, observou-se um grande
impacto sobre as águas superficiais. Da mesma forma, o crescente aumento da
população urbana tem levado aos somatórios de contaminantes, lançados no aquífero,
relacionado com o homem urbano, como: fossas sépticas, óleos e graxas de postos de
gasolina, depósitos de lixo urbano, lançamento de resíduos industriais de forma geral.
Outra tendência paralela a esta ocorreu na agricultura onde a expansão das fronteiras
agrícolas, a produção anual crescente de novos produtos químicos utilizados na
agricultura criaram fontes crescentes e variadas de componentes que contaminam águas
superficiais e subterrâneas (TUCCI e CABRAL, 2003).
De acordo com a Portaria 518 de 25/03/2004 (BRASIL, 2004), estabelece os
padrões físicos, organolépticos, químicos, e microbiológicos para caracterizar “água
potável” como aquela destinada ao consumo humano cujos parâmetros microbiológicos,
físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereçam
risco à saúde. Esta Portaria estabelece limites da presença de contaminantes para o
padrão microbiológico, presença de Coliformes Totais (Bactérias pertencentes ao
gênero Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter), e Coliformes Fecais ou
Termotolerantes, da qual a E. Coli é a espécie mais representativa, e indicadora de
poluição fecal, sendo sua ocorrência restrita a fezes humanas e animais homeotermos.
Os padrões atuais de potabilidade para consumo humano estabelecem ausência de E.
coli em 100 mL de amostra, tolerância de até 10 microrganismos do grupo dos
Coliformes Totais em 100 mililitros de amostra de água, e até o valor limite de 500
UFC/ mL de microrganismos heterotróficos mesófilos na água de consumo humano em
toda e qualquer situação, incluindo fontes individuais, como poços, minas e nascentes
naturais (BRASIL, 2004). Para a análise de águas existem vários métodos, mas neste
referido iremos citar o QUANTI-TRAY 2000, mede simultaneamente o total de
coliformes e de E. coli em amostras de água. A base do ensaio é a tecnologia de
substrato definido (DST, sigla em inglês de Defined Substrate Technology). O método
consiste em misturar o reagente DST com 100 ml de amostra e incubar em um ensaio
tipo presença/ausência (PA) ou tipo número mais provável (NMP). A amostra adquire
cor amarela quando as bactérias coliformes metabolizam o ONPG, que serve como
nutriente e indicador, e fluoresce sob luz UV quando a E. coli metaboliza o MUG, um
outro nutriente e indicador. O Colilert-18 permite detectar essas bactérias
simultaneamente à concentração de 1 ufc/100 ml em 18 horas na presença de bactérias
heterotróficas em concentrações de até 2 x 106 por 100 ml de amostra. Este método
consiste basicamente em uma cartela plástica aluminizada estéril, descartável, com 97
cavidades para quantificação de bactérias e inclui tabela do Número Mais Provável

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(NMP) (Fonte: Validação do método Colifert-18/ Quanti-tray para contagem de E. coli
e bactérias coliformes em água) (ver Fig. 3).
O método de NMP (Número Mais Provável) permite calcular o número de um
microrganismo específico numa amostra de água, utilizando tabelas de probabilidade.
Diluições decimais da amostra são inoculadas em séries de tubos contendo meio liquido
seletivo. Os tubos são positivos quando tem crescimento e/ou produção de gás
fermentação. A densidade bacteriana é determinada pela combinação de resultados
positivos ou negativos numa tabela designada de NMP (Departamento de Zoologia da
Universidade de Coimbra).
Este método tem sido eficiente para análises das águas de poços em uma cidade
do interior da Paraíba, Sumé que está localizada a 275 km da capital João Pessoa. O
experimento vem sendo realizado por alunos da Universidade Federal de Campina
Grande do curso de Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos. As amostras estão
sendo coletadas de nove poços que se estão ao decorrer do Rio Sucuru, estes mesmos
servem de abastecimento para populações que moram próximas.

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EXPERIMENTO FEITO COM O MÉTODO QUANTI-TRAY 2000 NAS ÁGUAS
DA CIDADE DE SUMÉ-PB

Estes testes estão sendo realizados pelo discente Caio Azevedo, aluno do curso
de Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos da Universidade Federal de Campina
Grande, Campus Sumé, com a supervisão da Profª Drª Glauciane Coelho. Este mesmo
projeto foi apresentado aos alunos do curso de Engenharia de Biotecnologia e
Bioprocessos da turma 2015.1 da disciplina de Microbiologia Geral ministrada pela
mesma docente.

Objetivo dos testes realizados nos poços do Rio Sucuru

 Identificar se a contaminação dos poços tem sido causada pelos rios ou por outro
agente.

Resultado obtido pela observação das cartelas do método Colifert-18/ Quanti-tray

Foram apresentados duas cartelas com análises das águas, nas quais continham 100
mL das amostras coletadas. Em uma das cartelas, com 97 cavidades (Figura 3),
observou-se que em 45 das cavidades grandes a água possuía coloração amarela e as 4
cavidades grandes restantes ficaram transparentes. Já nas cavidades pequenas, 44
ficaram com coloração amarela e 4 restantes ficaram transparentes. Este resultado foi
obtido antes da analise no equipamento de UV. A partir da observação em UV (Figura
4), 39 das cavidades grandes ficaram com a coloração azul fluorescente e 2 das
cavidades pequenas apresentaram a coloração azul fluorescente.
As bactérias coliformes são aquelas que produzem coloração amarela (Figura 3) por
meio da ação da β-galactosidade sobre o ortonitrofenil-β-D-galactopiranosídio (ONPG),
e a E. coli é definida como uma bactéria coliforme que apresenta fluorescência azul sob
luz UV devido à ação da β-glicuronidase sobre o 4-metilumbeliferil-β-D-glicuronídeo
(MUG) (Fonte: Validação do método Colifert-18/ Quanti-tray para contagem de E. coli
e bactérias coliformes em água) (Figura 4).
As cavidades que não apresentaram cor significa que não teve a ocorrência de
bactérias.

Figura 3. Cartela plástica Figura 4. Cartela plástica


aluminizada contendo aluminizada contendo amostra
da água do rio Sucuru, sob
amostras da agua do rio iluminação UV.
19
contendo amostras da
agua do rio
CONCLUSÃO

O colilert é introduzido na amostra de água, coletada dos poços que estão


localizados ao decorrer do Rio Sucuru. Nestas amostras foi comprovado à presença de
microrganismos que comprometem a potabilidade da água. Em todos os nove poços
analisados foram encontrados coliformes totais e em alguns a presença de E. coli.
Segundo a Portaria 518 de 25/03/2004, para que a água seja potável, em cada 100 mL
de água pode conter no máximo 10 microrganismos do grupo Coliformes totais. Com
base nas analises pode-se concluir que, o elevado nível de microrganismos torna a água
destes poços inconsumível. Os alunos que realizaram os testes atribuíram que a
contaminação pode ser proveniente das criações de animais próximas dos poços.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA n° 357


de 17 de março de 2005. Publicada do D.O.U. de 18/03/2005, Brasília. 2005.
2. TUCCI, C. E. M.; CABRAL, J. J. S. P. Qualidade da água subterrânea.
Documento final. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. 53 p. Novembro,
2003.
3. Validação do método Colifert-18/ Quanti-tray para contagem de E. coli e
bactérias coliformes em água. Janeiro de 2008
4. VERÍSSIMO, Antônio. MORAIS, Paula. Microbiologia: Departamento de
Zoologia da Universidade de Coimbra. Coimbra/Portugal.
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