RELATÓRIO

QUÍMICA EXPERIMENTAL

AULA PRÁTICA Nº05

pH e Soluções Tampão

INTEGRANTES DO GRUPO

Anderson António – 20161243

Dombele Martins – 20161204
Sérgio Francisco – 20161337

CURSO: Engenharia Mecânica

DOCENTE: Prof. Maria Gaspar
TURMA: EMC3_M1
DATA DA REALIZAÇÃO DO TRABALHO: 01.06.2017 ANO LECTIVO: 2017
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Índice

INTRODUÇÃO........................................................................................................... 2
Escala de pH ........................................................................................................... 2
OBJETIVOS................................................................................................................ 3
PARTE EXPERIMENTAL............................................................................................... 4
1. Materiais e Reagentes..................................................................................... 4
2. Procedimento .................................................................................................. 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................... 6
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 8
Referências bibliográficas...................................................................................... 9
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INTRODUÇÃO

Uma solução tampão é uma solução de um ácido ou uma base fracos

e uma base ou o seu ácido conjugado, respetivamente. Ambos componentes
devem estar presentes. A solução tem capacidade de resistir a variação de
pH quando são adicionadas quantidades quer de ácido, quer de base.

Um tampão acido é uma solução em água, de um ácido fraco e uma

base conjugada na forma de sal. Estabiliza as soluções no lado ácido da
neutralidade. Um tampão básico, é uma solução em água, de uma base
fraca e seu ácido conjugado na forma de sal. Estabiliza as soluções no lado
básico da neutralidade.

Quando uma gota de ácido forte é adicionado em água o pH muda

significativamente. Quando a mesma quantidade é adicionada a um
tampão, o pH praticamente não muda.

Uma solução tampão deve conter uma concentração de ácido

relativamente elevado para reagir com os iões 𝑂𝐻− que são adicionados, bem
como com a concentração semelhante de base para reagir com os iões 𝐻 +
acrescentados. Além disso os componentes ácidos e básicos do tampão não
devem consumir um ao outro em uma reação de neutralização. Esses
requisitos são satisfeitos por um par ácido base conjugado.

A capacidade tampão, isto é, a eficácia da solução tampão, depende

da quantidade de ácido e da base conjugada de que o tampão é feito.
Quanto maior for essa quantidade maior é a capacidade do tampão.

Para baixar o pH de uma solução tampão, podemos adicionar um

pouco de ácido, e para obter uma solução tampão básica, podemos
adicionar mais sal ou um pouco de base forte, como NaOH, para neutralizar
parcialmente o ácido e produzir mais base conjugada.

Em geral, um sistema tampão pode ser representado com sal-ácido ou

base-ácido conjugados.

Escala de pH

O cálculo do pH (potencial hidrogeniônico) pode ser feito por meio das

expressões:

𝑝𝐻 = 𝑐𝑜𝑙𝑜𝑔 [𝐻 + ] 𝑜𝑢 𝑝𝐻 = − log[𝐻 + ] (1)

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De maneira semelhante determina-se o pOH (potencial hidroxiliônico)

de uma solução:

𝑝𝑂𝐻 = 𝑐𝑜𝑙𝑜𝑔 [𝑂𝐻 − ] 𝑜𝑢 𝑝𝑂𝐻 = − log[𝑂𝐻 − ] (2)

A escala de pH normalmente apresenta valores que variam de zero a

14. O esquema a seguir mostra uma relação ente os valores de pH e as
concentrações de 𝐻 + 𝑒 𝑂𝐻 − em água, a 25 ºC.

Fig. 01 – Escala de pH e valores de concentrações.

OBJETIVOS

1. Entender o funcionamento de uma solução tampão.

2. Preparar soluções tampão e avaliar a sua capacidade de
tamponamento.
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PARTE EXPERIMENTAL
1. Materiais e Reagentes
Materiais Reagentes
2 Balões volumétricos de 100 mL Ácido Clorídrico 0,1mol/L
6 beckers de 50 mL Hidróxido de sódio 0,1mol/L
Água destilada Ácido acético 0,1mol/L
pH –metro Acetato de sódio 0,1mol/L
7 Provetas de 50ml Fosfato de potássio monobásico ou
diácido (KH2PO4) 0,1mol/L
2 Provetas de 10ml Fosfato de sódio dibásico ou monoácido
(K2HPO4) 0,1mol/L
Papel Poroso
Agitador magnético
6 Barras magnéticas
Tabela 01 – Materiais e reagentes utilizados.

2. Procedimento

A1: Preparação da solução tampão do ácido acético e acetato de

sódio (Tampão A)

1. Juntou-se 40mL de solução 0,1mol/L de ácido acético com 40ml de

acetato de sódio 0,1mol/L num balão de100mL.
2. Identificou-se o balão com a Solução tampão A.

A2: Preparação da solução Tampão de Fosfato de Potássio (Tampão B)

1. Juntou-se 40mL de Fosfato dibásico de potássio (K2HPO4) 0,1 mol/L e

40ml Fosfato monobásico de potássio (KH2PO4) 0,1mol/L num balão de
100ml.
2. Identificou-se o balão com a Solução tampão B.

Procedimento B: Verificação da capacidade tamponante das soluções

preparadas

B1: Capacidade tamponante da água

1. Colocamos 40mL de água em dois beckers e identificamos com o

número 1 e 2.
2. Retiramos o elétrodo da água destilada.
3. Limpamos o elétrodo com papel poroso.
4. Introduzimos a barra magnética no becker e ligamos o agitador
magnético.
5. Introduzimos o elétrodo na solução.
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6. Aguardamos a medição de pH estabilizar e registamos numa tabela.

7. Adicionamos 1 mL de ácido clorídrico 0,1mol/L ao becker 1 e
homogeneizamos a mistura.
8. Verificamos o pH da mistura resultante.
9. Retiramos o elétrodo do becker 1.
10. Lavamos o elétrodo com água destilada e secamos com papel poroso.
11. Introduzimos a barra magnética no becker 2 e ligamos o agitador
magnético.
12. Introduziu-se o elétrodo na solução.
13. Adicionou-se 1mL de Hidróxido de sódio 0,1mol/L ao becker 2 e
homogeneizou-se a mistura.
14. Verificamos o pH da mistura resultante.

B2: Capacidade tamponante da solução tampão do ácido acético e

acetato de sódio (Tampão A)

1. Colocou-se 40mL da solução Tampão A em dois beckers e

identificamos com o número 1 e 2.
2. Retiramos o elétrodo da água destilada.
3. Limpamos o elétrodo com papel poroso.
4. Introduzimos a barra magnética no becker e ligamos o agitador
magnético.
5. Introduzimos o elétrodo na solução.
6. Esperamos que a medição de pH estabilizasse.
7. Adicionamos 1ml de ácido clorídrico 0,1mol/L ao becker 1 e
homogeneizamos a mistura.
8. Verificamos o pH da mistura resultante.
9. Adicionamos 10mL de ácido clorídrico 0,1mol/L ao becker 1 e
homogeneizamos a mistura.
10. Verificamos o pH da mistura resultante.
11. Retirou-se o elétrodo do becker 1.
12. Lavou-se o elétrodo com água destilada e secou-se com papel poroso.
13. Introduzimos a barra magnética no becker 2 e ligamos o agitador
magnético.
14. Introduzimos o elétrodo na solução.
15. Adicionamos 1mL de Hidróxido de sódio 0,1mol/L ao becker 2 e
homogeneizamos a mistura.
16. Verificou-se o pH da mistura resultante.
17. Adicionamos 10ml de Hidróxido de sódio 0,1mol/L ao becker 2 e
homogeneizamos a mistura.
18. Verificamos o ph da mistura resultante.

B3: Capacidade tamponante solução tampão do fosfato de potássio

1. Procedeu-se de igual modo à B1 para esta solução.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. Dados Experimentais.
Solução Becker pH1 – V1 de ácido/base pH2 V2 de ácido/base pHs
inicial adicionado (1ml) adicionado (10ml)
Água 1 5,62 Ácido 4.90 3,16
2 4,79 Base 6.32 10,67
Tampão 1 3,71 Ácido 2.39 2.46
A 2 3,84 Base 2,71 4.88
Tampão 1 6,67 Ácido 6.05 6,14
B 2 6,54 Base 7.05 11,98
Tabela 02 – Registo do pH.

Concentrações
Ácido Clorídrico 0,1 M
Hidróxido de Sódio 0,1 M
Ácido Acético 0,1 M
Acetato de Sódio 0,1 M
Fosfato de Potássio Diácido ou Monobásico 0,1 M
Fosfato de Potássio Monobásico ou Dibásico 0,1 M
Tabela 03 – Concentrações dos ácidos e bases e seus conjugados.

2. Cálculo da concentração
𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 . 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 (3)
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Da fórmula 03 calcula-se a concentração depois de se adicionar 1 e

10ml de ácido ou base.

Concentração do sal
Adicionado 1ml de ácido ou base 0.098M
Adicionado 10ml de ácido ou base 0.078M
Obs: Tendo as concentrações de todos os ácidos e suas bases conjugadas e vice-
versa, iguais a 0,1M, as concentrações do sal adicionado 1ml e 10ml, serão as mesmas
para todos os casos.
Tabela 04 – Concentrações dos sais calculados para o cálculo de pH.
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3. Cálculo do pH teórico a partir do pH experimental.

[𝐴− ] [𝐴− ]
𝑝𝐾𝑎 = 𝑝𝐻𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 − log 𝑒 𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 + log (4) 𝑒 (5)
[𝐻𝐴] [𝐻𝐴]

O calculo do pH experimental foi calculado a partir das fórmulas 4 e 5,

observados na tabela.

Tampão A Tampão B
pH adicionado 1ml de ácido 2.38 6.06
pH adicionado 10ml de ácido 2.45 6.13
pH adicionado 1ml de base 2.70 7.04
pH adicionado 10ml de ácido 4.86 11.96
Tabela 05 – Cálculo do pH.

4. Comparação com o valor experimental

Tampão A Tampão B
Experimental Calculado Experimental Calculado
pH adicionado 1ml de 2.39 2.38 6.05 6.06
ácido
pH adicionado 10ml de 2.46 2.45 6.14 6.13
ácido
pH adicionado 1ml de 2.71 2.70 7.05 7.04
base
pH adicionado 10ml de 4.88 4.86 11.98 11.96
ácido
Tabela 06 – Comparação entre valor experimental e valor calculado do pH.

Podem-se notar que os valores de pH calculados não se distanciam

muito dos valores experimentais, o que demonstra redução gradual ao valor
experimental.
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CONCLUSÃO

Podemos dizer que os objectivos da prática foram alcançados, embora

tenham havido alguns valores de pH que se distanciassem um pouco do valor
calculado, a soluções foram produzidas e testadas. Estas diferenças são
comuns, originadas por erros na medição e pela forma como se manuseia o
equipamento.

Mas podemos observar que o pH medido no tampão A (adicionando

ácido ou base), se distancia em demasia do valor de pH inicial do tampão, o
que nos dá a entender que as solução não era um tampão ou que as
quantidades de ácido ou base e seus conjugados foram mal calculados.

Por outro lado para o tampão B, o valor do pH inicial medido não se

distancia de forma considerável do valor adicionando pequenas quantidades
de ácido ou de base ao tampão, por esse facto considera-se a solução um
tampão.
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Referências bibliográficas

1. Química. Raymond Chang e Kenneth A. Goldsby 11ª edição. [pág. 726

– 727]
2. Ebah.com.br\química utensílios de laboratório
3. Química /Ricardo Feltre. — 6. Ed. — São Paulo: Moderna, 2004. [pág.
203].
4. Química. Volume único/João Usberto, Edgar Salvador. 5ª Edição [pág.
419 – 420].