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COVID-19

IMPACTOS
TRABALHISTAS
E-BOOK DESCOMPLICADO
OBJETO DO E-BOOK

1. Medidas Provisórias:

927/2020
Medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública.

936/2020
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

944/2020
Programa emergencial de suporte a empregos.

945/2020
Setor portuário e sobre a cessão de pátios sob administração militar.

946/2020
Extinção do fundo PIS-Pasep.
INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa descomplicar o entendimento acerca das mudanças


trabalhistas ocorridas durante o período de calamidade pública decorrente do
Covid-19.

As alterações aqui trazidas dizem respeito as medidas provisórias já


publicadas em diário oficial e que estão em plena vigência, nenhuma
informação não oficial irá constar no presente material.

Importa lembrar que Medidas Provisórias (MP) são um instrumento com força
de lei, adotado pelo Presidente da República, em casos de relevância e
urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso
Nacional para transformação definitiva em lei. Seu prazo de vigência é de
sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período.

Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação


comercial sem autorização prévia e expressa
MP 927/2020
Medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade
pública.

Esta Medida Provisória dispõe sobre as medidas trabalhistas que poderão ser
adotadas pelos empregadores para preservação do emprego e da renda e
para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.

A presente medida constitui hipótese de força maior, nos termos do disposto


no art. 501 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Durante o estado de calamidade pública, o empregado e o empregador


poderão celebrar acordo individual escrito, a fim de garantir a permanência
do vínculo empregatício, que terá preponderância sobre os demais
instrumentos normativos, legais e negociais, respeitados os limites
estabelecidos na Constituição.

MEDIDAS AUTORIZADAS:

1. Teletrabalho.
2. Antecipação de férias individuais.
3. Antecipação de férias coletivas.
4. Antecipação de feriados.
5. Banco de horas.
6. Suspensão das exigências administrativas de segurança e saúde do
trabalho.
7. Diferimento do recolhimento do FGTS.

Agora, passamos a analisar cada uma das medidas autorizadas pela medida
provisórias, vejamos:

1. TELETRABALHO

Espécie de trabalho executado em local diverso ao local central do


empregador e/ou do centro de produção, implicando na utilização de
tecnologias que amplifiquem e facilitem a comunicação e, consequentemente,
induzem ao distanciamento físico.

PROCEDIMENTO PARA ADESÃO

O empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial


para o teletrabalho, independente da existência de acordos individuais ou
coletivos, bem como dispensando o registro de alteração no contrato de
trabalho.
O empregador deverá notificar o empregado no prazo de antecedência
mínima de 48h, por documento escrito ou meio eletrônico, de preferência o
e-mail coorporativo.

INFRAESTRTUTURA DE TRABALHO

Com a migração para o trabalho remoto, muitos empregados não possuem a


estrutura devida para executar as suas atividades, devido a isso, poderá o
empregador fornecer.

A responsabilidade pela aquisição, pela manutenção ou pelo fornecimento


dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância e ao
reembolso de despesas arcadas pelo empregado serão previstas em contrato
escrito, firmado previamente ou no prazo de trinta dias, contado da data da
mudança do regime de trabalho.

Na hipótese de o empregado não possuir os equipamentos tecnológicos e


a infraestrutura necessária e adequada à prestação do teletrabalho, do
trabalho remoto ou do trabalho a distância.

Assim, o empregador terá duas opções:

1. Poderá fornecer os equipamentos em regime de comodato


(empréstimo gratuito) e pagar por serviços de infraestrutura, que não
caracterizarão verba de natureza salarial.
2. Caso não possa fornecer os equipamentos, o período da jornada
normal de trabalho será computado como tempo de trabalho à
disposição do empregador.

O tempo de uso de aplicativos e programas de comunicação fora da jornada


de trabalho normal do empregado não constitui tempo à disposição,
regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em
acordo individual ou coletivo.

O regime de teletrabalho poderá ser estendido para aprendizes e estagiários.

Para formalização da transferência do trabalho presencial para o de


teletrabalho, deverá o empregador redigir documentação capaz de detalhar
tudo que for necessário durante o período em que o empregado estará
submetido a esse tipo de trabalho.

Lembrando que estabelecer um código de conduta, uma cartilha do


teletrabalho, é essencial para que os empregados consigam se adaptar da
maneira correta e não incorram em descumprimento ou atitudes que não são
condizentes com àquilo que a empresa prega em suas políticas internas.

2. ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS INDIVIDUAIS


Durante o período de calamidade pública, as
empregas ficam autorizadas a adiantar o periodo de
férias individuais dos seus empregados,
independente de terem ou não adquirido o período
aquisitivo completo, que prevê o art. 134 da CLT.

PROCEDIMENTO

O empregador informará ao empregado sobre a antecipação de suas férias


com antecedência de, no mínimo, 48h, por escrito ou por meio eletrônico –
de preferência e-mail coorporativo, com a indicação do período a ser gozado
pelo empregado.

PERÍODO DE FÉRIAS

O período concedido não poderá ser inferior a 5 (cinco) dias corridos.

O empregador e o empregado poderão negociar a antecipação de períodos


futuros de férias, através de acordo individual também escrito ou eletrônico.

ORDEM DE PRIORIDADE

Os trabalhadores que pertençam ao grupo de risco do coronavírus serão


priorizados para o gozo de férias.

Grupo de risco:

- Idosos
- Diabéticos
- Hipertensos
- Insuficiência Renal
- Doenças Respiratórias
- Doença Cardiovascular

SUSPENSÕES

Durante o estado de calamidade pública, o empregador poderá suspender as


férias ou licenças não remuneradas dos profissionais da área de saúde ou
daqueles que desempenhem funções essenciais, mediante comunicação
formal da decisão ao trabalhador, por escrito ou por meio eletrônico,
preferencialmente com antecedência de 48h.

PAGAMENTO DO 1/3 CONSTICIONAL

O empregador poderá optar por efetuar o pagamento do adicional de 1/3 de


férias após sua concessão, até a data em que é devida a gratificação natalina,
no dia 20/12/2020.
O eventual requerimento por parte do empregado de conversão de um terço
de férias em abono pecuniário estará sujeito à concordância do empregador.

PAGAMENTO DAS FÉRIAS

O pagamento da remuneração das férias concedidas poderá ser efetuado até


o quinto dia útil do mês subsequente ao início do gozo das férias.

HIPÓTESES DE RESCISÃO

Na hipótese de dispensa do empregado, o empregador pagará, juntamente


com o pagamento dos haveres rescisórios, os valores ainda não adimplidos
relativos às férias.

3. ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS COLETIVAS

O empregador poderá, a seu critério, conceder


férias coletivas aos seus empregados.

PROCEDIMENTO

Deverá notificar o conjunto de empregados


afetados com antecedência de, no mínimo,
quarenta e oito horas, por escrito ou meio
eletrônico.

LIMITE DE CONCESSÃO

Não aplicáveis o limite máximo de períodos anuais e o limite mínimo de dias


corridos previstos no art. 139 da CLT.

COMUNICAÇÃO PRÉVIA

Ficam dispensadas a comunicação prévia ao órgão local do Ministério da


Economia e a comunicação aos sindicatos representativos da categoria
profissional.

4. ANTECIPAÇÃO DE FERIADOS

Os empregadores poderão antecipar o gozo de feriados não religiosos


federais, estaduais, distritais e municipais.

PROCEDIMENTO

Deverão notificar, por escrito ou por meio eletrônico, o conjunto de


empregados beneficiados com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito
horas, mediante indicação expressa dos feriados aproveitados.
FORMA DE COMPENSAÇÃO DOS FERIADOS

Poderão ser utilizados para compensação do saldo em banco de horas.

FERIADOS RELIGIOSOS

O aproveitamento de feriados religiosos dependerá de concordância do


empregado, mediante manifestação em acordo individual escrito.

5. BANCO DE HORAS

Durante o estado de calamidade pública ficam


autorizadas a interrupção das atividades pelo
empregador e a constituição de regime especial
de compensação de jornada, por meio de banco
de horas.

PROCEDIMENTO

Deverá ser estabelecido por meio de acordo coletivo ou individual formal.

A compensação do saldo de horas poderá ser determinada pelo empregador


independentemente de convenção coletiva ou acordo individual ou coletivo.

PRAZO DE COMPENSAÇÃO

De de até dezoito meses, contado da data de encerramento do estado de


calamidade pública.

FORMA DE COMPENSAÇÃO

A prorrogação de jornada em até duas horas, que não poderá exceder dez
horas diárias.

6. SUSPENSÃO DAS EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE SEGURANÇA


E SAÚDE DO TRABALHO

Durante o estado de calamidade pública fica suspensa a obrigatoriedade de


realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares,
exceto dos exames demissionais.

PRAZOS PARA REALIZAÇÃO POSTERIOR

60 dias contados da data de encerramento do estado de calamidade pública.

RISCO AOS EMPREGADOS


Na hipótese de o médico coordenador de programa de controle médico e
saúde ocupacional considerar que a prorrogação representa risco para a
saúde do empregado, o médico indicará ao empregador a necessidade de
sua realização.

DISPENSA DO EXAME DEMISSIONAL

O exame demissional poderá ser dispensado caso o exame médico


ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de cento e oitenta
dias.

SUSPENSÃO DE TREINAMENTOS

Ficam suspensas a obrigatoriedade de realização de treinamentos periódicos


e eventuais dos atuais empregados, previstos em normas regulamentadoras
de segurança e saúde no trabalho.

Os treinamentos serão realizados no prazo de noventa dias, contado da data


de encerramento do estado de calamidade pública.

Os treinamentos também poderão ser realizados na modalidade de ensino a


distância e caberá ao empregador observar os conteúdos práticos, de modo
a garantir que as atividades sejam executadas com segurança.

COMISSÕES DE PREVENÇÃO

As comissões internas de prevenção de acidentes poderão ser mantidas até o


encerramento do estado de calamidade pública e os processos eleitorais em
curso poderão ser suspensos.
7. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

Fica suspensa a exigibilidade do recolhimento do FGTS


pelos empregadores, durante a calamidade pública.

COMPETÊNCIAS

Março, com vencimento em abril.


Abril, com vencimento em maio.
Mario, com vencimento em junho.

PARA ADERIR INDEPENDE

Do número de empregados, do regime de tributação, da natureza jurídica, do


ramo de atividade econômica e da adesão prévia.

FORMA DE PAGAMENTO

O recolhimento das competências de março, abril e maio de 2020 poderá ser


realizado de forma parcelada, sem a incidência da atualização, da multa e dos
encargos.

Poderá ser quitado em até seis parcelas mensais, com vencimento no sétimo
dia de cada mês, a partir de julho de 2020.

O inadimplemento das parcelas previstas ensejará o bloqueio do certificado


de regularidade do FGTS.

Os parcelamentos de débito do FGTS em curso que tenham parcelas a vencer


nos meses de março, abril e maio não impedirão a emissão de certificado de
regularidade.

PROCEDIMENTO

Para usufruir do parcelamento, o empregador fica obrigado a declarar as


informações, até 20 de junho de 2020.

1. As informações prestadas constituirão declaração e reconhecimento


dos créditos delas decorrentes, caracterizarão confissão de débito e
constituirão instrumento hábil e suficiente para a cobrança do crédito
de FGTS.
2. Os valores não declarados, serão considerados em atraso, e obrigarão
o pagamento integral da multa e dos encargos devidos.

HIPÓTESES DE RESCISÃO
Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho, o empregador deverá
proceder com o recolhimento dos valores correspondentes, sem incidência da
multa e dos encargos, caso tenha prestado as informações no prazo. As
parcelas vincendas terão sua data de vencimento antecipada e caso
inadimplidas, estarão sujeitas à multa e aos encargos legais.

PRAZO PRESCRICIONAL

Fica suspensa a contagem do prazo prescricional dos débitos relativos a


contribuições do FGTS pelo prazo de cento e vinte dias, contado a partir de
22/03/2020.

CERTIFICADOS DE REGULARIDADE

Os prazos dos certificados de regularidade emitidos anteriormente à data de


entrada em vigor desta Medida Provisória serão prorrogados por noventa
dias.

Os parcelamentos de débito do FGTS em curso que tenham parcelas a vencer


nos meses de março, abril e maio não impedirão a emissão de certificado de
regularidade.

DISPOSIÇÕES GERAIS

ATIVIDADES INSALUBRES

Durante o de estado de calamidade pública, é


permitido aos estabelecimentos de saúde, mediante
acordo individual escrito, mesmo para as atividades
insalubres e para a jornada de doze horas de trabalho
por trinta e seis horas de descanso:

1. prorrogar a jornada de trabalho, por motivo de força maior. Nos casos


de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da
hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos
de excesso, a remuneração será, pelo menos, 25% superior à da hora
normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 horas.
2. adotar escalas de horas suplementares entre a décima terceira e a
vigésima quarta hora do intervalo interjornada, sem que haja
penalidade administrativa, garantido o repouso semanal remunerado
de 24h.

As horas suplementares computadas poderão ser compensadas, no prazo de


dezoito meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade
pública, por meio de banco de horas ou remuneradas como hora extra.

PRAZOS PROCESSUAIS
Durante o período de cento e oitenta dias, contados do dia 22/03/2020, os
prazos processuais para apresentação de defesa e recurso no âmbito de
processos administrativos originados a partir de autos de infração trabalhistas
e notificações de débito de FGTS ficam suspensos.

DOENÇA OCUPACIONAL POR COVID-19

Os casos de contaminação pelo coronavírus (covid-19) não serão


considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal.

ACORDOS COLETIVOS

Os acordos e as convenções coletivos vencidos ou vincendos, no prazo de


cento e oitenta dias, contado da data de 22/03/2020, poderão ser
prorrogados, a critério do empregador, pelo prazo de noventa dias, após o
termo final deste prazo.

NÃO APLICAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA

Não se aplicam aos trabalhadores em regime de teletrabalho, nos termos do


disposto nesta Medida Provisória, as regulamentações sobre trabalho em
teleatendimento e telemarketing.
MP 936/2020
Programa emergencial de manutenção de empregos e renda

Institui o Programa Emergencial de Manutenção do


Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas
complementares para enfrentamento do estado de
calamidade pública.

OBJETIVO

1. Preservar o emprego e a renda.


2. Garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais.
3. Reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de
calamidade pública e de emergência de saúde pública.

MEDIDAS AUTORIZADAS

1. Pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da


Renda.
2. Redução proporcional de jornada de trabalho e de salários.
3. Suspensão temporária do contrato de trabalho.

Se aplica a todas as empresas, exceto no âmbito da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos da administração pública direta
e indireta, às empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive às
suas subsidiárias, e aos organismos internacionais.

Se aplica aos contratos de trabalho de aprendizagem e de jornada parcial.

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA

Compete ao Ministério da Economia coordenar, executar, monitorar e avaliar


o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

1. BENEFÍCIO EMERGENCIAL (B.E.M)

HIPÓTESES DE PAGAMENTO DO B.E.M

1. Redução proporcional de jornada e salários.


2. Suspensão dos contratos de trabalho.

QUEM IRÁ CUSTEAR

O custeio será por parte da União, operacionalizado e pago pelo Ministério da


Economia.
DURAÇÃO DO BENEFÍCIO

Será de prestação mensal e devido a partir da data do início da redução da


jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de
trabalho.

PROCEDIMENTO PARA ADESÃO

1. O empregador informará ao Ministério da Economia a redução da


jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato
de trabalho, no prazo de dez dias, contado da data da celebração do
acordo.
2. A primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data
da celebração do acordo, desde que a celebração do acordo seja
informada no prazo de 10 dias.
3. O empregador comunicará o Sindicato de classe os acordos
celebrados, no prazo de 10 dias, contado da celebração do acordo.

Caso o empregador não preste a informação dentro do prazo previsto, ficará


responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da
jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de
trabalho do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais, até a que
informação seja prestada corretamente.

A data de início do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da


Renda será fixada na data em que a informação tenha sido efetivamente
prestada e o benefício será devido pelo restante do período pactuado.

O recebimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da


Renda não impede a concessão e não altera o valor do seguro-desemprego a
que o empregado vier a ter direito, em eventual dispensa.

O recebimento do benefício independe de período aquisitivo, tempo de


vínculo empregatício e número de salários recebidos.
NÃO TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO EMERGENCIAL

Os empregados que ocupem cargo ou emprego público, cargo em comissão


de livre nomeação e exoneração ou titular de mandato eletivo.

Ou que estejam em gozo de benefício de


prestação continuada do Regime Geral de
Previdência Social ou dos Regimes Próprios de
Previdência Social, do seguro-desemprego, em
qualquer de suas modalidades e da bolsa de
qualificação profissional.

MAIS DE UM VÍNCULO DE EMPREGO


O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber
cumulativamente um Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e
da Renda para cada vínculo com redução proporcional de jornada de
trabalho e de salário ou com suspensão temporária do contrato de trabalho,
exceto no caso de contrato de trabalho intermitente formalizado até a data de
publicação desta Medida Provisória. Nesse caso, fará jus ao benefício
emergencial mensal no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), pelo período
de três meses.

A existência de mais de um contrato de trabalho intermitente, não gerará


direito à concessão de mais de um benefício emergencial mensal.

BASE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO EMERGENCIAL

Terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o


empregado teria direito.

Nos casos em que o cálculo do benefício emergencial resultar em valores


decimais, o valor a ser pago deverá ser arredondado para a unidade inteira
imediatamente superior e não inferior.

Na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado


aplicando-se sobre a base de cálculo o percentual da redução.

Na hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor


mensal, seja no percentual de 100% ou 70%.

O cálculo está atrelado ao cálculo do seguro-desemprego:

2. REDUÇÃO PROPORCIONAL DE JORNADA E SALÁRIOS

Durante o estado de calamidade pública, o


empregador poderá acordar a redução proporcional
da jornada de trabalho e de salário de seus
empregados.

PRAZO DE REDUÇÃO PROPORCIOAL


Por até noventa dias.

REQUISITOS

1. Preservação do valor do salário-hora de trabalho.


2. Pactuação por acordo individual escrito entre empregador e
empregado, que será encaminhado ao empregado com antecedência
de, no mínimo, dois dias corridos.

PROCEDIMENTO

Acordo Individual: todos os empregados se a redução for de 25%. Redução


de 50% e 70%, apenas para empregados com salário de até R$3.135,00 ou
superior a R$12.202,12 (hipersuficientes), não autorizada a redução, via
acordo individual, para empregados com salário de R$3.135,01 até
R$12.202,11.

Acordo Coletivo: todos os empregados (podendo o percentual de redução


variar entre 25% a 70%).

PERCENTUAL DE REDUÇÃO PROPORCIONAL

A redução da jornada de trabalho e de salário obedecerá aos seguintes


percentuais:

1. 25%
2. 50%
3. 75%

Redução inferior à 25% não terá direito ao benefício emergencial.

REESTABELECIMENTO DAS CONDIÇÕES CONTRATUAIS

A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão restabelecidos no


prazo de dois dias corridos, nas seguintes hipóteses:

1. Cessação do estado de calamidade pública.


2. Da data estabelecida no acordo individual.
3. Da data de comunicação do empregador da decisão de antecipar o fim
do período pactuado.

3. SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO CONTRATO DE TRABALHO

Durante o estado de calamidade pública, o empregador poderá acordar a


suspensão temporária do contrato de trabalho de seus empregados.

PRAZO DA SUSPENSÃO
Máximo de sessenta dias, que poderá ser
fracionado em até dois períodos de trinta dias.

PROCEDIMENTO

A suspensão temporária do contrato de trabalho será pactuada por acordo


individual escrito entre empregador e empregado, que será encaminhado ao
empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos.

Acordo Individual: apenas para empregados com salário até R$3.135,00 ou


superior a R$12.202,12 (hipersuficientes). Não autorizada a redução, via
acordo individual, para empregados com salário entre R$3.135,01 até
R$12.202,11.

Acordo Coletivo: todos os empregados.

BENEFÍCIOS DO CONTRATO DE TRABALHO

Durante o período de suspensão temporária do contrato, o empregado terá


direito:

1. Todos os benefícios concedidos pelo empregador.

REESTABELECIMENTO DAS CONDIÇÕES CONTRATUAIS

O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois dias corridos,


contado:

1. Cessação do estado de calamidade pública.


2. Da data estabelecida no acordo individual.
3. Da data de comunicação do empregador da decisão de antecipar o fim
do período pactuado.

NÃO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Se durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho o


empregado mantiver as atividades de trabalho, ainda que parcialmente, por
meio de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à distância, ficará
descaracterizada a suspensão temporária do contrato de trabalho.

O empregador, imediatamente, deverá proceder com o pagamento da


remuneração e encargos sociais de todo período, assim como fica sujeito às
penalidades legislativas e convencionadas por acordo coletivo.

RENDIMENTO BRUTO SUPERIOR A R$ 4.800.000,00

A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta


superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), somente
poderá suspender o contrato de trabalho de seus empregados mediante o
pagamento de ajuda compensatória mensal no valor de trinta por cento do
valor do salário do empregado, durante o período da suspensão temporária
do contrato de trabalho.

AJUDA COMPENSATÓRIA

A ajuda compensatória fornecida pelo empregador,


no percentual de 30%, deverá ter o valor definido no
acordo individual pactuado ou em negociação
coletiva.

Terá natureza indenizatória.

Não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na fonte ou


da declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa física do
empregado.

Não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos demais


tributos incidentes sobre a folha de salários.

Não integrará a base de cálculo do valor devido FGTS.

Poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do imposto


sobre a renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real.

Na hipótese de redução proporcional de jornada e de salário, a ajuda


compensatória prevista no caput não integrará o salário devido pelo
empregador.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA AO EMPREGO

Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado, em


decorrência da redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária do contrato de trabalho, seja durante o período e após pelo
mesmo período equivalente.

DEMISSÃO NO PERÍODO DE ESTABILIDADE

Em caso de rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, o empregado


receberá indenização pecuniária pelo período de estabilidade a ele devido,
além das verbas rescisórias.

A indenização será calculada da seguinte forma:

1. 50% do salário devido do período de estabilidade na hipótese da


redução de jornada e salário igual ou superior a 25% e inferior a 50%.
2. 75% do salário devido do período de estabilidade na hipótese da
redução de jornada e salário igual ou superior a 50% e inferior a 70%.
3. 100% do salário devido do período de estabilidade na hipótese de
redução de jornada e salário em percentual superior a 70% ou de
suspensão do contrato de trabalho.

Não se aplicando nos casos de demissão por justa causa e a pedido do


empregado.

NEGOCIAÇÃO COLETIVA

As medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão


temporária de contrato de trabalho poderão ser celebradas por meio de
negociação coletiva.

A convenção ou o acordo coletivo de trabalho poderão estabelecer


percentuais de redução de jornada de trabalho e de salários.

As convenções ou os acordos coletivos de trabalho


celebrados anteriormente poderão ser renegociados
para adequação de seus termos, no prazo de dez dias
corridos, contado da data de publicação da Medida
Provisória, ou seja, a partir de 01/04/2020.

BOLSA QUALIFICAÇÃO

Durante o período de calamidade pública, os cursos e programas de


qualificação profissional, previstos no artigo 476-A (lay off) poderão ser
oferecidos pelo empregador exclusivamente na modalidade não presencial,
com duração não inferior a 1 mês e nem superior a 3 meses.

EXEMPLOS PRÁTICOS

Salário 2.000,00 10.000,00 2.000,00 5.000,00


Redução % 25% 25% 50% 50%
Acordo Individual Individual Individual Coletivo
Empresa R$ 1.500 7.500 1.000 2.500
B.E.M R$ 25% do SD 25% do SD 50% do SD 50% do SD
369,97 R$453,26 R$739,95 R$906,52
Novo Salário 1.869,97 7.953,2 1.739,95 3.406,52
% a menos 6,5% 20,47% 13% 31,87%

• Tenha sempre o auxílio de profissionais de contabilidade.

COMO COMUNICAR O MINISTÉRIO DA ECONOMIA DA ADERÊNCIA AO


PROGRAMA
Ao aderir ao programa, o empregador deverá comunicar ao Ministério da
Economia dentro do prazo de 10 dias.
1. Empregador doméstico ou empregador pessoa física: portal.gov.br
2. Empresas: Empregador Web

Ao realizar o comunicado, deverá indicar uma conta bancária de sua


titularidade, corrente ou poupança. E, no caso de a conta indicada não estar
correta, o pagamento do B.E.M será feito em conta digital aberta em nome do
trabalhador, no Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal.

TELA DO SISTEMA:
MP 944/2020
Programa emergencial de suporte a empregos

Destinado à realização de operações de crédito com


empresários, sociedades empresárias e sociedades
cooperativas, excetuadas as sociedades de crédito, com
a finalidade de pagamento de folha salarial de seus
empregados.

BENEFICIÁRIOS

Empresas com receita bruta anual:

Superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e


Igual ou inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), calculada com base
no exercício de 2019.

OBJETIVO DA LINHA DE CRÉDITO

A totalidade da folha de pagamento do contratante, pelo período de dois


meses, limitadas ao valor equivalente a até duas vezes o salário-mínimo por
empregado e serão destinadas exclusivamente ao processamento das folhas
de pagamento.

PROCEDIMENTO

Para terem acesso às linhas de crédito, as empresas deverão ter a sua folha de
pagamento processada por instituição financeira participante.

Essas instituições financeiras deverão estar sujeitas à supervisão do Banco


Central do Brasil. As instituições financeiras participantes deverão assegurar
que os recursos sejam utilizados exclusivamente para o processamento das
folhas de pagamento dos contratantes.

OBRIGAÇÕES DE ADESÃO AO PROGRAMA

1. Fornecer as informações de forma válida.


2. Não utilizar os recursos para outra finalidade que não seja pagamento
dos empregados.
3. Não rescindir o contrato de trabalho, sem justa causa, dos seus
empregados pelo período entre a data da contratação da linha de
crédito e até 60 dias após o recebimento da última parcela.

O não cumprimento, importa cobrança imediata da dívida.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO
1. 15% do valor de cada financiamento será custeado
com os recursos das instituições financeiras.
2. 85% do valor de cada financiamento será custeado
com os recursos do programa, através da União.

O risco de inadimplemento das operações de crédito e as eventuais perdas


financeiras decorrentes serão suportados na mesma proporção acima.

PRAZO DE FORMALIZAÇÃO

As instituições financeiras participantes poderão formalizar operações de


crédito até 30 de junho de 2020, observados os seguintes requisitos:

1. Taxa de juros de 3,75% ao ano sobre o valor financiado.


2. 36 meses para pagamento.
3. Carência de 6 meses para início do pagamento, com capitalização de
juros.

Para fins de concessão do crédito, as instituições financeiras participantes


observarão políticas próprias de crédito e poderão considerar eventuais
restrições em sistemas de proteção ao crédito na data da contratação e
registros de inadimplência no sistema de informações de crédito mantido
pelo Banco Central do Brasil nos seis meses anteriores à contratação.

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS FICAM DISPENSADAS

Para contratação das operações de crédito no âmbito do Programa, as


instituições financeiras privadas e públicas estaduais participantes ficam
dispensadas de observar as seguintes disposições:

1. Certidões de quitação (art. 362, §1º da CLT)


2. Prova de voto em última eleição ou pagamento da multa respectiva.
3. Apresentação de certificado de regularidade do FGTS.
4. Fornecimento de certidão negativa de débito.
5. A vedação às instituições de crédito de realizar operações de
financiamento ou conceder dispensa de juros, de multa ou de correção
monetária ou qualquer outro benefício, com lastro em recursos públicos
ou oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a
pessoas jurídicas em débito com o FGTS.
6. Comprovação do recolhimento do ITR, relativo ao imóvel rural,
correspondente aos últimos cinco exercícios.
7. Consulta prévia ao Cadin.

No entanto, essas dispensas não afastam a aplicação de que a pessoa jurídica


em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não
poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios.
INADIMPLEMENTO

Na hipótese de inadimplemento do contratante, as instituições financeiras


participantes farão a cobrança da dívida em nome próprio, em conformidade
com as suas políticas de crédito, e recolherão os valores recuperados ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, que os restituirá à
União.

Na cobrança do crédito inadimplido, lastreado em recursos públicos, não se


admitirá, por parte das instituições financeiras participantes, a adoção de
procedimento para recuperação de crédito menos rigoroso do que
aqueles usualmente empregados em suas próprias operações de crédito.

• Demais pontuações da medida envolvem o aporte financeiro do


programa para as instituições financeiras.
MP 945/2020
Setor portuário e sobre a cessão de pátios sob administração
militar

A medida provisória visa garantir a preservação das


atividades portuárias, consideradas essenciais e a cessão
de uso especial de pátios sob administração militar.

NÃO PODERÁ ESCALAR O TRABALHADOR

Quando o trabalhador apresentar os seguintes sintomas,


acompanhados ou não de febre:

a) tosse seca;
b) dor de garganta;
c) dificuldade respiratória;
d) quando for diagnosticado com covid-19 ou submetido ao isolamento
domiciliar;
e) gestantes ou lactantes;
f) idade igual ou superior a 60 anos;
g) diagnosticado com imunodeficiência
h) doença respiratória;
i) doença preexistente crônica ou grave, como doença cardiovascular,
respiratória ou metabólica.

O órgão gestor de mão de obra deverá encaminhar à autoridade portuária


semanalmente lista atualizada de trabalhadores portuários avulsos que
estejam impedidos de ser escalados, acompanhada de documentação que
comprove o enquadramento dos trabalhadores.

COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE

Por meio de atestado médico.

A documentação poderá ser enviada por meio eletrônico ao órgão gestor de


mão de obra.

INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA

Enquanto persistir o impedimento de escala, o trabalhador portuário avulso


terá direito ao recebimento de indenização compensatória mensal no valor
correspondente a cinquenta por cento sobre a média mensal recebida por
ele por intermédio do Órgão Gestor de Mão de Obra entre 1º de outubro
de 2019 e 31 de março de 2020.
O pagamento da indenização será custeado pelo operador portuário ou por
qualquer tomador de serviço que requisitar trabalhador portuário avulso ao
Órgão Gestor de Mão de Obra.

O valor pago por cada operador portuário ou tomador de serviço, para fins de
repasse aos beneficiários da indenização, será proporcional à quantidade de
serviço demandado ao Órgão Gestor de Mão de Obra.

Na hipótese de o aumento de custos com o trabalho portuário avulso


decorrente da indenização de que trata este artigo ter impacto sobre os
contratos de arrendamentos já firmados, estes deverão ser alterados de
maneira a promover o reequilíbrio econômico-financeiro.

NATUREZA DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA

A indenização terá:

1. Natureza indenizatória.
2. Não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na
fonte ou da declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da
pessoa física do empregado.
3. Não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos
demais tributos incidentes sobre a folha de salários.
4. Não integrará a base de cálculo do valor devido ao Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço – FGTS.
5. Poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do
imposto sobre a renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real.

NÃO TERÃO DIREITO A INDENIZAÇÃO

Aqueles trabalhadores que estiverem em gozo de qualquer benefício do


Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência
social e os que perceberem o benefício assistencial de que trata o art. 10-A da
Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998.

CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA

Na hipótese de indisponibilidade de trabalhadores portuários avulsos para


atendimento às requisições, os operadores portuários que não forem
atendidos poderão contratar livremente trabalhadores com vínculo
empregatício por tempo determinado para a realização de serviços de
capatazia, bloco, estiva, conferência de carga, conserto de carga e
vigilância de embarcações.

Considera-se indisponibilidade de trabalhadores portuários qualquer causa


que resulte no não atendimento imediato às requisições apresentadas
pelos operadores portuários ao Órgão Gestor de Mao de Obra, tais como
greves, movimentos de paralisação e operação-padrão.

As contratações não poderão exceder 12 (doze) meses.

FORMA DE COMUNICAÇÃO DE ESCALA

Órgão Gestor de Mão de Obra fará a escalação de trabalhadores portuários


avulsos por meio eletrônico, de modo que o trabalhador possa habilitar-se
sem comparecer ao posto de escalação.

O meio eletrônico adotado para a escalação de trabalhadores portuários


avulsos deverá ser inviolável e tecnicamente seguro.

Fica vedada a escalação presencial de trabalhadores portuários.


946/2020
Extinção do fundo PIS-Pasep

Fica extinto, em 31 de maio de 2020, o Fundo PIS-


Pasep, cujos ativos e passivos ficam transferidos, na
mesma data, ao FGTS.

COMO SERÁ O PROCEDIMENTO

O agente operador do FGTS cadastrará as contas vinculadas de titularidade


dos participantes do Fundo PIS-Pasep e definirá os padrões e os demais
procedimentos operacionais para a transferência das informações cadastrais e
financeiras.

As contas vinculadas individuais dos participantes do Fundo PIS-Pasep,


mantidas pelo FGTS após a transferência passam a ser remuneradas pelos
mesmos critérios aplicáveis às contas vinculadas do FGTS, poderão ser
livremente movimentadas, a qualquer tempo, ou em caso morte do titular da
conta individual o saque será pelos dependentes ou sucessores e inventário.

As solicitações de saque de contas vinculadas do FGTS realizadas pelo


trabalhador ou por seus dependentes ou beneficiários, deferidas pelo agente
operador do FGTS serão consideradas aptas a permitir o saque também das
contas vinculadas individuais de origem PIS ou Pasep mantidas em nome do
mesmo trabalhador.

O exercício financeiro do Fundo PIS-Pasep iniciado em 1º de julho de 2019 fica


encerrado em 31 de maio de 2020.

AUTORIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SAQUE DO FGTS

Fica disponível, aos titulares de conta vinculada do FGTS, a partir de 15 de


junho de 2020 e até 31 de dezembro de 2020, em razão do enfrentamento
do estado de calamidade pública, o saque de recursos até o limite de R$
1.045,00 (mil e quarenta e cinco reais) por trabalhador, uma única vez.

Na hipótese de o titular possuir mais de uma conta vinculada, o saque de que


trata o caput será feito na seguinte ordem:

I - contas vinculadas relativas a contratos de trabalho extintos, com início


pela conta que tiver o menor saldo; e
II - demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor
saldo.

Os saques de que trata o caput serão efetuados conforme cronograma de


atendimento, critérios e forma estabelecidos pela Caixa Econômica Federal,
permitido o crédito automático para conta de depósitos de poupança de
titularidade do trabalhador previamente aberta na nessa instituição financeira,
desde que o trabalhador não se manifeste negativamente, ou o crédito em
conta bancária de qualquer instituição financeira, indicada pelo trabalhador,
desde que seja de sua titularidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho visou esclarecer os pontos em matéria trabalhista das


medidas provisórias, o presente material não anula a leitura dos textos das
medidas, apenas facilita a compreensão.

Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação


comercial sem autorização prévia e expressa

O material foi elaborado por Marina Rosado Dias, advogada trabalhista


empresarial.

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