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Inglesa II
Prof.ª Karina Gebien
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Karina Gebien
G293d
Gebien, Karina
Didática da língua inglesa II. / Karina Gebien – Indaial: UNIASSELVI,
2018.
ISBN 978-85-515-0178-8
CDD 428.24
Apresentação
Welcome to your second Didactics book! Depois de muito aprendizado
no livro de Didática I, estamos de volta com mais alguns tópicos importantes
para você crescer ainda mais em seus conhecimentos e se tornar an excelent
English teacher!
A última unidade será também muito útil para você, futuro professor
de Inglês, pois nela serão disponibilizadas atividades para as diferentes
faixas etárias estudadas na Unidade 1, divididas pelas quatro habilidades
da língua inglesa a serem desenvolvidas nas aulas. Além disso, sugestões de
trabalho com músicas, internet e outros recursos também serão apresentadas
nesta unidade.
Espero que você aprenda muito com este livro, pois, de acordo com
Joseph Joubert, “to teach is to learn twice over” – ensinar é aprender duas vezes,
por isso enjoy!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE
UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE....................................................................... 1
VII
4 TASK-BASED TEACHING ................................................................................................................. 49
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 52
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 54
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 55
VIII
TÓPICO 2 – ATIVIDADES DE PRODUÇÃO ESCRITA................................................................129
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................129
2 NÍVEL BÁSICO....................................................................................................................................130
3 NÍVEL INTERMEDIÁRIO.................................................................................................................131
4 NÍVEL AVANÇADO...........................................................................................................................133
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................135
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................136
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico! É de suma importância que professores tenham conhecimento
das principais características físicas, emocionais, sociais, linguísticas e intelectuais
dos alunos que terão como missão ensinar uma língua tão necessária ultimamente.
Por isso, no Tópico 1 iniciaremos com o estudo das principais diferenças entre as
idades e os aspectos que prevalecem em cada uma delas.
As características das idades serão divididas em quatro partes, seguindo
as fases da escolarização que são a Educação Infantil, Ensino Fundamental I,
Ensino Fundamental II, Ensino Médio e no caso de curso de idiomas e Educação
de Jovens e Adultos. O foco maior será dado para o Ensino Fundamental II, visto
que esta é a etapa da escolarização na qual os currículos escolares normalmente
prezam por mais aulas de inglês.
2 AGE – IDADE
De acordo com Harmer (2001), muitas de nossas decisões com relação ao
que ensinar e como se ensina depende, muitas vezes, da idade de nossos estudantes.
Sabemos que pessoas de diferentes idades têm necessidades, competências
e, cognitivamente falando, muitas diferenças que devem ser levadas em conta
quando vamos ensinar. Isso vale não somente para o ensino de língua inglesa,
mas também de qualquer outra matéria ou conteúdo.
Harmer (2001) ainda afirma que alguns pensamentos são comuns quando
estamos falando de aprendizagem de línguas, por exemplo, quem nunca ouviu
que a melhor idade para se aprender inglês é na infância porque depois o processo
torna-se mais difícil? Ou ainda, que os adolescentes são desmotivados para se
aprender uma língua estrangeira e não cooperam com as aulas? Por fim, que
para os adultos aprenderem uma segunda língua, muitas barreiras precisam ser
superadas e que raramente se obtém sucesso?
3
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Para o autor, todas essas afirmações são estereótipos que sugerem que as
pessoas são todas iguais, mas que é inevitável que façamos uma pré-generalização
quando vamos receber uma nova turma, ou uma turma heterogênea, por exemplo,
em um curso de idiomas no qual várias idades estão reunidas.
5
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Emocional
Social
Linguístico
Intelectual
Emocional
Social
Linguístico
• Cante músicas; trabalhe com rimas; continue lendo livros; descreva objetos e
experiências.
• Dê às crianças uma ou duas instruções por vez;
• Ajude-as a superar a dificuldade com certas palavras, praticando-as.
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Intelectual
FONTE: LEVENTHAL, Lilian Itzicovitch. Inglês é 10! O ensino de inglês na educação infantil. São
Paulo: Disal, 2006.
Seu emocional varia aos extremos, ora ama e ora odeia. Demonstra medos
e inseguranças, é uma criança imaginativa. No social, adora estar em companhia
e preocupa-se com os sentimentos dos outros. Gosta de brincadeiras e trabalhos
em grupos, até porque já tem consciência das atitudes e opiniões dos colegas.
Necessita de muito afeto e costuma imitar os adultos.
Físico
8
TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
Emocional
Social
Linguístico
• Tenha senso de humor e ria com seus alunos; leia histórias engraçadas.
• Faça rimas, mesmo que sem sentido, mas divertidas.
• Responda às questões quando puder; em outros momentos, pergunte de
volta “O que você acha? ”
• Explore os momentos de produção linguística livre para que eles expressem
o que estão internalizando.
Intelectual
• Faça pesquisas; chame convidados à sala de aula; visite locais que estejam
estudando, trabalhe matemática antes no concreto.
• Proporcione às crianças situações reais da vida cotidiana.
• Sugestão de brinquedos: ação e aventura, dedoches, dominó, use formas
geométricas, blocos lógicos etc.
FONTE: LEVENTHAL, Lilian Itzicovitch. Inglês é 10! O ensino de inglês na educação infantil. São
Paulo: Disal, 2006.
Por fim, a criança de cinco anos está com seu desenvolvimento motor,
auditivo e visual em pleno desenvolvimento. Já consegue realizar suas atividades
escolares com mais perfeição, como recortar, colar, pintar, desenhar etc.
Vamos adiante?
Com relação ao seu emocional, a criança nesta faixa etária é bem instável,
mas já se zanga com menos frequência. O que pode acontecer é que essas crianças
provoquem cenas de choro, não quer dizer que ajam sempre dessa forma.
10
TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
devem ser propostos de maneira gradual às crianças dessa faixa etária. Jogos
de raciocínio intuitivo, deduções, devem ser explorados ao máximo. A seguir,
aprecie, como trabalhar com crianças dessa faixa etária.
FONTE: LEVENTHAL, Lilian Itzicovitch; ZAJDENWERG, Ruth Bron; SILVÉRIO, Tatiana. Inglês é 11! O
ensino de inglês no fundamental 1. São Paulo: Disal, 2007.
12
TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
Como o seu aspecto linguístico já está bem desenvolvido, usa-o com mais
precisão para se expressar. Como no aspecto intelectual sua concentração dá
um salto, os exercícios que exigem um tempo maior de concentração podem ser
exigidos.
13
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Por fim, a criança de dez anos possui o físico bem desenvolvido, pois isso
gosta de mostrar seus movimentos principalmente ritmo e melodia. Isso também
acontece porque no seu emocional prevalece a importância do que o outro tem e
não mais a autoimagem. É nessa fase que começa muitas vezes a rebeldia.
14
TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
direção, preveem mais as coisas e são mais racionais; esses pensamentos passam a
ter uma finalidade. O mundo passa a ser interessante, pois sua consciência social
está mais forte. É uma mistura de pensamento individual e social. Veja as dicas
para o trabalho com essa idade.
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
adolescente não se sentir respeitado nessa sua fase difícil, quando cresce muda,
se os professores não forem tolerantes e as aulas motivadoras, não acontecerá o
desempenho esperado”.
Içami Tiba, em seu livro Ensinar aprendendo, nos dá valiosas dicas para
lidar com as diferentes transformações que nossos alunos passam em cada etapa
de amadurecimento corporal e intelectual. O dilema maior, de acordo com o
autor, é o mental. Para explicar separadamente as idades que vão dos 11 aos 14
anos, Leventhal (2009) e Tiba (2006) criaram duas etapas: a fase dos 11 e 12 anos
e a fase dos 13 e 14 anos.
TURO S
ESTUDOS FU
Leventhal (2009) coloca a fase dos 13 anos aos 17 anos, mas deixaremos para a
seção a seguir a exploração da idade do Ensino Médio.
A idade dos 11 aos 12 anos é uma etapa de muitas mudanças físicas que
influenciam o comportamento dos alunos em sala de aula. Para os meninos a
mudança é maior, pois para as meninas já houve esta mudança um pouco antes.
Os meninos, principalmente, têm dificuldades com a abstração, pois já estão
começando a amadurecer intelectualmente, mas para as matérias mais teóricas e
que exigem uma abstração maior, a dificuldade ainda é grande.
Não têm muito tempo de concentração, mas gostam de aprender. Seu senso
crítico, pensamento de valores, lealdade, leis etc., expandem-se e compreendem
melhor causa e efeito.
Quando os alunos passam para a próxima fase, que Tiba (2006) chama de
onipotência pubertária, há uma rebeldia hormonal de testosterona e evolução
cerebral que altera o sistema de recompensa desses agora adolescentes. A
vida passa a ser tediosa, pois não veem mais graça nas coisas de sempre, não
descobriram ainda novos e mais intensos estímulos que ativem o sistema de
recompensa.
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Pode ser que fiquem entusiasmados, assim como podem ver a matéria
como um fardo para eles. O melhor modo de convencê-lo de que o
idioma estrangeiro é útil é mostrar-lhes que não se trata apenas de um
conjunto de regras gramaticais e vocabulário desconectado, mas, sim,
de uma oportunidade para aprender algo que vai conectar a vida atual
à vida futura deles. Isso também vai introduzi-los em outras culturas
e sociedades.
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TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
DICAS
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TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
DICAS
DICAS
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
5 ALUNOS ADULTOS
De acordo com Harmer (2001), os alunos adultos têm diferentes
características para a aprendizagem de uma língua estrangeira com relação às
idades já trabalhadas nas seções anteriores, são elas:
• Os adultos podem ser críticos em relação aos métodos de ensino, pois muitos
podem ter experiências anteriores que não foram produtivas.
• Experiências de fracasso ou sucesso em escolas anteriores, o que os faz ansiosos
ou com baixa autoestima.
• Há ainda adultos que acham que o fator da idade os deixa menos habilidosos
para se aprender o idioma.
Bons professores sabem analisar todos esses fatores para adaptar a sua
prática pedagógica de forma que esses se sintam engajados na aprendizagem do
idioma e, acima de tudo, aproveitar toda a experiência de vida dessa faixa etária
para o melhor rendimento desses. Além do mais, existem fatores externos que
vão além do que foi comentado nessa seção, como um dia cansativo de trabalho,
afazeres em seus lares, exigências mais prioritárias do que o curso de idiomas
demanda.
22
TÓPICO 1 | DESCRIBING LEARNERS – DESCREVENDO ESTUDANTES
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
24
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Começamos pela idade de dois aos cinco anos, que faz parte da Educação
Infantil.
25
AUTOATIVIDADE
a) Educação Infantil.
b) Ensino Fundamental I.
c) Ensino Fundamental II.
d) Ensino Médio.
e) Adultos.
( ) Deve-se respeitar muito os interesses que levam essa faixa etária ao estudo
de uma língua estrangeira – motivar e continuar motivado é um dos
principais aspectos para se levar em conta.
( ) Idade em que o pensamento abstrato começa a ser construído, deve-se
respeitar cada etapa de transição relativa ao período.
( ) Uma das fases mais difíceis por conta da mudança hormonal que se dá em
cada uma das idades que englobam esse período de ensino.
( ) Uma das principais missões ao se ensinar esta idade é que os alunos possam
colocar em prática o que foi aprendido anteriormente nas outras faixas de
escolarização.
( ) Brincar faz parte dessa faixa etária, e aliar essa característica com o ensino
gera resultados positivos.
4 Esta questão foi retirada da prova ENADE (2017, Questão 17) de Letras
inglês. Analise com muita atenção para respondê-la:
26
A aprendizagem de língua estrangeira no ensino fundamental não é só
um exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas
em um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as
possibilidades de agir discursivamente no mundo. O papel educacional da
língua estrangeira é importante, desse modo, para o desenvolvimento integral
do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência
de vida. Experiência que deveria significar uma abertura para o mundo, tanto
o mundo próximo, fora de si mesmo, quanto o mundo distante, em outras
culturas. Assim, contribui-se para a construção e para o cultivo, pelo aluno,
de uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na
compreensão de outras culturas.
PORQUE
27
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você estudará mais algumas teorias sobre a aquisição da
primeira e da segunda língua, teorias essas que complementam e aprofundam
seus conhecimentos adquiridos no livro de Didática I.
2 BEHAVIORISMO
Você já deve ter ouvido falar na mais famosa experiência de Burrhus
Frederic Skinner (1904-1990), um psicólogo norte-americano que desenvolveu
a teoria do behaviorismo (behavior em inglês é comportamento). Essa prática
perdurou até os anos de 1950 em consultórios de psicologia e, consequentemente,
no pensamento de aquisição de línguas. No cartum a seguir você pode analisar,
de maneira divertida, como se deu a experiência mais famosa que suscitou toda
a sua teoria comportamental, conhecida como a caixa de Skinner.
29
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
DICAS
Para você saber mais sobre essa famosa experiência, aproveite para assistir
ao vídeo disponível no seguinte link: <https://www.youtube.com/watch?v=cFoDe9KoK74>.
30
TÓPICO 2 | TEORIAS QUE EXPLICAM O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA
Gostou de conhecer esta teoria? Vamos agora adentrar uma forma diferente
de pensamento que contraria o que você estudou agora, que foi conhecida como
inatismo. Are you ready?
3 INATISMO
A teoria sobre o inatismo será dividida nesta sessão em duas partes de
acordo com os teóricos e teorias envolvidas em cada uma delas. Começaremos
nossos estudos com a teoria da gramática universal proposta por Noam Chomsky,
e na sequência as opiniões e proposições inatistas relativas a Sephen Krashem.
31
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
fosse pelo que é inato a ela. Isso porque, mesmo que o meio corrija ou reforce algo
positivo ou repreenda o negativo, as crianças muitas vezes ignoram esses tipos
de intervenções. A mente da criança não é consistida de um espaço em branco
no qual somente a imitação da linguagem que ela ouve no meio em que vive fará
com que todos os aspectos da língua sejam aprendidos. Chomsky afirma que as
crianças nascem com uma habilidade especial de descobrir por elas mesmas as
regras de um sistema linguístico.
Segundo Chomsky, há uma caixa preta esperando para ser aberta dentro
do cérebro. Essa caixa contém os princípios universais de todas as línguas
humanas e está pronta para ser ativada toda vez que aspectos da linguagem
natural são ativados. A esse processo Chomsky e seus seguidores chamam de
gramática universal.
32
TÓPICO 2 | TEORIAS QUE EXPLICAM O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA
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UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Para o autor dessas hipóteses, só se pode adquirir uma língua de uma forma,
quando o aprendiz é exposto ao comprehensible input (entrada compreensível, em
português). Dessa forma, seria algo além do nível de competência do aluno, e dessa
forma o aluno não só compreenderá, como também terá a aquisição da língua.
Para fechar essa teoria, Krashen propõe que o input somente será falho se a sua
última hipótese não acontecer, que é a do filtro afetivo. Esse filtro é uma barreira
imaginária que bloqueia a aprendizagem da língua, a ansiedade, tensão etc.
DICAS
Assista ao vídeo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=eTVbdstastI>. Você encontrará, um
resumo da teoria de Krashen.
4 INTERACIONISMO
Na nossa última abordagem de aquisição de uma primeira e,
consequentemente, de uma segunda língua, abordaremos os conceitos de
dois psicólogos muito conhecidos na área da educação: o suíço Jean Piaget e o
Bielorusso Lev Vygotsky.
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TÓPICO 2 | TEORIAS QUE EXPLICAM O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA
35
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Piaget X Vygotsky
Quadro Comparativo
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
37
AUTOATIVIDADE
38
2 Relacione as imagens com as três principais correntes de aquisição de uma
primeira e segunda língua, vamos afunilar as teorias de acordo com o que
foi estudado. A seguir, identifique os principais nomes de cada uma delas.
Relacione os nomes com os resumos de suas principais ideias:
a) Behaviorismo – Skinner.
b) Inatismo – Chomsky.
c) Inatismo – Krashen.
d) Interacionismo – Piaget.
e) Interacionismo – Vygotsky.
39
Krashen’s theory of second language acquisition consists of five main
hypotheses: the Acquisition-Learning hypothesis, the Monitor hypothesis,
the Input hypothesis, the Natural Order hypothesis, and the Affectuve Filter
hypothesis.
FONTE: Adaptado de Schütz. Stephen Krashen’s Theory of Second Language Acquisition. In:
English Made in Brazil. Disponível em: <http://sk.com.br/sk-krash.html>. Acesso em: 16 jul.
2017.
PORQUE
II- Uma língua pode ser adquirida com maior facilidade e eficácia em situações
comunicativas do mundo real, permitindo que o aprendiz esteja mais aberto
ao processo de input.
40
a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
correta da I.
b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa correta da I.
c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas.
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você estudará cinco modelos de ensino que visam integrar as
quatro habilidades aprendidas no livro de Didática I, que são: listening, speaking,
reading and writing – audição, fala, leitura e escrita.
Os modelos de ensino a seguir têm como objetivo fazer com que o professor
tire proveito das qualidades que cada modelo oferece:
2 CONTENT-BASED TEACHING
Este primeiro modelo de ensino que contempla as quatro habilidades é
de certa forma simples de se compreender e aplicar, como afirma Brown (1994).
O seu princípio é o da utilização de conteúdos específicos integrados ao ensino
de uma segunda língua. Este método é contrastante com muitos daqueles usados
anteriormente, pois aqui prevalece mais a natureza do assunto conteúdo, do que
as formas linguísticas. A segunda língua passa a ser, portanto, um meio para se
trabalhar assuntos interessantes e relevantes ao estudante.
43
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
Para concluirmos esta seção, ficaremos agora com o resumo que o site
citado anteriormente faz com relação ao método:
44
TÓPICO 3 | INTEGRANDO AS QUATRO HABILIDADES EM DIFERENTES FORMAS DE ENSINO DA LE
DICAS
Assista ao vídeo a seguir, que relata uma aula pelo método que foi ensinado.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=BtJP_FpVW0w>.
Esse método pode servir para diferentes interesses e adaptar-se aos mais
variados níveis e propósitos, por exemplo, em um curso específico pode-se usar
temas determinados para encaixar-se à área em questão para o ensino da língua.
45
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
• Usar imperativo.
• Praticar tempos verbais.
• Desenvolver novo vocabulário.
• Aprender numerais cardinais e ordinais.
• Trabalhar com conversas e diálogos.
O autor ainda sugere outras inúmeras atividades que podem ser possíveis
ao se usar temas como base, cabe ao professor explorar sua criatividade sempre que
possível, de acordo com o nível de seus alunos e o assunto que estão trabalhando.
DICAS
46
TÓPICO 3 | INTEGRANDO AS QUATRO HABILIDADES EM DIFERENTES FORMAS DE ENSINO DA LE
• Jogos e músicas.
• Utilização da mídia – TV, filmes.
• Projetos de pesquisa em geral.
• Brincadeiras de faz de conta.
DICAS
Você encontra uma explicação animada sobre o método desta seção que você
acabou de estudar. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aF63HHVbpQ8>.
47
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
48
TÓPICO 3 | INTEGRANDO AS QUATRO HABILIDADES EM DIFERENTES FORMAS DE ENSINO DA LE
4 TASK-BASED TEACHING
Dentre todos os métodos explorados durante esse tópico, a proposta de
ensino baseada em tarefas não deixa de ser uma das mais conhecidas e utilizadas
por defensores desta prática para o ensino de inglês.
Desta forma, para atingir esse objetivo concreto, Lago (2007), baseando-
se em Willis (1996), explica que são seis os tipos de tarefas que englobam as
quatro habilidades da língua inglesa e que podem ser aplicados da maneira mais
oportuna e criativa que o professor desejar:
49
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
1. Listing – listagem.
2. Ordering and sorting – ordenar e classificar.
3. Comparing – comparar.
4. Problem solving – resolver problemas.
5. Sharing personal experience – compartilhar experiência pessoal.
6. Creative tasks – tarefas criativas.
DICAS
No livro de Lago (2007), Tasks that work, há propostas de atividades para cada
um dos referidos tipos de tarefas, que serão explicados na sequência.
A listagem é definida por Lago (2007) como sendo muito útil para fazer
os estudantes relembrarem o que já sabem sobre determinado assunto. Além de
colocar no clima da aula, gera ideias e discussão. Também é de suma importância
para a habilidade de ordenar e classificar, pois para essas habilidades os estudantes
têm uma gama de possibilidades de uso da língua-alvo para classificar, sequenciar
logicamente ou cronologicamente. Também ajudam a ativar conhecimentos
prévios dos alunos através de tópicos dados ou assuntos que lhes interessem.
Para terminarmos essa seção, fiquemos com a figura a seguir, que mostra
o passo a passo de uma aula baseada em tarefas. Elaborada por Rod Ellis, nela
encontramos três etapas: antes da tarefa, durante a tarefa e após a tarefa.
50
TÓPICO 3 | INTEGRANDO AS QUATRO HABILIDADES EM DIFERENTES FORMAS DE ENSINO DA LE
Number of participants
Post-task
Learner report
(Focused communica-
Repeat task
tion activities)
Reflection
FONTE: Disponível em: <https://revistas.unal.edu.co/index.php/profile/
article/view/17691/36825>. Acesso em: 12 dez. 2017.
51
UNIDADE 1 | A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS E TEORIAS DE APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA - LE
LEITURA COMPLEMENTAR
Tatiana Ribeiro
Tanto no passado como nos nossos dias, decidir ou quanto menos pensar
sobre que abordagem é mais adequada em determinado contexto requer pensar
sobre o “target”, o público-alvo, no nosso caso: os alunos que vamos encontrar em
sala. Não é necessário explicar que não é apropriado propor atividades que falem
do mundo de trabalho nem a crianças nem a alunos que já estão aposentados. É
difícil, felizmente, encontrar crianças e adultos misturados num mesmo grupo,
mas não é nada difícil, ao contrário, que um professor se veja diante de um grupo
de adultos completamente heterogêneo, seja pela faixa etária, seja pelos interesses
que os levaram a procurar aquele curso. Normal. Em italiano se diz: “il mondo è
bello perché (è) vario”. O mundo é belo na sua diversidade.
52
TÓPICO 3 | INTEGRANDO AS QUATRO HABILIDADES EM DIFERENTES FORMAS DE ENSINO DA LE
DICAS
O artigo que você leu na leitura complementar foi retirado do blog da Disal.
Aproveite e acesse o site para fazer mais leituras. Disponível em: <http://blogdisal.com.br/>.
Além disso, a revista New Routes também é disponibilizada on-line e conta com diversos
textos que são excelentes para a prática pedagógica, encontra-se no link: Disponível em:
<http://digital.maven.com.br/pub/newroutes/>.
53
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você aprendeu que:
• Por fim, o método baseado em tarefas parte da premissa de que para o aluno
aprender a língua inglesa, uma série de tarefas e objetivos devem ser propostos
a ele para que se alcance o aprendizado.
54
AUTOATIVIDADE
1 Relacione os métodos estudados à correta definição:
FONTE: Adaptado de Rays. A relação teoria-prática na didática escolar crítica. In: VEIGA, I. P.
A. (Org.). Didática: o ensino e suas relações. 7. ed. Campinas: Papirus, 2003.
É correto afirmar:
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
56
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
57
58
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Hello! Welcome to our first topic of this book! Neste nosso primeiro tópico
faremos algumas reflexões muito importantes para você, future English teacher!
Acreditamos que você colocará em prática logo que começar a lecionar e
possivelmente acrescentará suas próprias experiências tão logo isso acontecer.
Por fim, falaremos sobre algo de sua importância para que o seu trabalho
não caia na rotina e para que você se sinta sempre como seus alunos: um aprendiz
– a formação continuada para professores. Nesta seção você terá como palavra-
chave reflexão, algo que precisamos lembrar constantemente quando ensinamos
alguém.
De acordo com Oliveira (2015), quem nunca assistiu a uma aula onde
o professor pareceu estar perdido, sem saber ao certo o que estava fazendo,
improvisando? Um planejamento mínimo ajudaria nesse caso. Para o autor,
59
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
Oliveira (2015) afirma que quanto mais experientes somos, menos tempo
levamos para planejar. Não precisa ficar assustado, você não precisará fazer
páginas e páginas de planos de aula para depois deixá-los jogados e sem utilidade.
Você aproveitará muitas dessas ideias.
1º - evitar o esquecimento;
2º - revisitar planejamentos já utilizados e reutilizá-los ou replanejá-los;
3º - praticidade em poder reutilizar planos de aula;
4º - não esquecer materiais que precisam ser usados para as aulas;
5º - se o professor precisar se ausentar, o plano pode ser uma grande ajuda para
quem o substituir.
60
TÓPICO 1 | ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A AULA DE LE
Os materiais englobam o que o próprio nome diz, são de qualquer tipo: folhas,
rádio, jogos etc. Planejando-se antecipadamente, o professor não corre o risco de ficar
na mão. Oliveira (2015) atenta ainda para o cuidado que se deve ter com questões
culturais presentes nos materiais, isso você já estudou no livro sobre os Aspectos
culturais da língua inglesa. Faz parte de um bom planejamento esse olhar crítico.
61
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
1. metas;
2. objetivos;
3. materiais e equipamentos;
4. procedimentos;
5. avaliação;
6. trabalhos extraclasse.
Como metas, o autor afirma que o professor tem que ter um propósito
que terá que alcançar no final de uma aula ou período. Já os objetivos devem
estar claros para os alunos. Para isso, o professor deve planejar refletindo sobre
os seguintes aspectos:
Os objetivos são, como dito acima, para que os alunos alcancem tanto
objetivos maiores ao final daquela aula, quanto objetivos menores durante a aula.
62
TÓPICO 1 | ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A AULA DE LE
63
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
Outra dica muito útil para o ensino de idiomas é, sempre que possível,
determinar quem senta com quem para poderem trabalhar com ajudas mútuas.
Às vezes pode-se deixar a escolha livre, porém há casos em que o professor
precisa intervir nas escolhas.
64
TÓPICO 1 | ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A AULA DE LE
o plano B, conforme já citado nesta seção. Também se faz necessária uma reflexão
acerca desse uso, pois o mais importante é a aprendizagem em si, e não o uso
intermitente de recursos tecnológicos sem metas e objetivos delimitados.
65
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
66
TÓPICO 1 | ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A AULA DE LE
DICAS
67
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
68
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O professor deve aproveitar o seu próprio dia a dia para ser um pesquisador,
desta forma estará colocando a formação continuada em um patamar que
gerará frutos para o seu próprio trabalho e crescimento intelectual, pessoal e
profissional.
69
AUTOATIVIDADE
3 De acordo com o que vimos sobre formação continuada, explique o que deve
ser feito com o conhecimento adquirido através da formação acadêmica e
o conhecimento que carregamos conosco através de nossas experiências
prévias.
4 Agora você analisará mais uma questão da prova de Letras - Inglês do ENADE
2017. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Use o
dicionário para procurar as palavras que você não conhece e aprenda ainda
mais.
70
O uso das tecnologias digitais ainda representa um desafio em muitos
contextos escolares. O cartum apresentado ilustra um ponto de vista unilateral
desse contexto complexo.
71
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Hello dear student! Neste tópico, você terá a oportunidade de conhecer
e refletir acerca de alguns aspectos importantes sobre o livro de estudos a ser
utilizado nas aulas de Inglês, pois sabemos que quase sempre ele está presente
em cursos de idiomas e ensino regular, por isso deve ser escolhido ou trabalhado
com bastante critério.
Na primeira seção, você estudará uma questão muito delicada, que são os
prós e contras o uso de materiais autênticos nas aulas de Inglês. Ao fazer a leitura
desta seção, tire as suas próprias conclusões e reflita sobre a sua opinião acerca
dessa temática.
Por fim, para você se preparar para a escolha de uma coleção ou livro,
exploraremos as fichas de critérios para a escolha de coleções para as escolas públicas
brasileiras, o PNLD. Será feita uma análise e retirada dos principais aspectos a
serem observados para a escolha de uma coleção para o ensino de línguas.
Esperamos que você aprenda e reflita bastante acerca dos assuntos que
trabalharemos neste tópico e que possa utilizá-los na prática da sua sala de aula.
73
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
Todos esses materiais autênticos podem ser levados para a sala de aula pelo
professor ou mesmo estarem presentes em livros didáticos adotados pela escola.
Em alguns casos, esses materiais podem passar por adaptações necessárias para
determinado nível gramatical ou vocabular, como Oliveira (2015, p. 125-126) diz:
Haines (1995) ainda nos lembra que o uso de materiais autênticos para as
aulas de língua estrangeira se tornou assunto de prestígio a partir dos anos de 1970,
por ser considerado superior em comparação com materiais não autênticos, porém
é preciso analisar algumas considerações importantes com relação a esse dilema.
2.1 PRÓS
Haines (1995) pontua cinco razões a favor e cinco contra o uso de materiais
autênticos. Como o artigo foi escrito em inglês, farei as devidas traduções e
adaptações dessas cinco razões.
74
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
DICAS
75
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
levar de alguma forma extratos de autenticidade para esses alunos. O autor ainda
lembra que muitas das críticas em relação aos livros didáticos têm relação com as
edições mais antigas, e nos traz a seguinte reflexão:
Developments in coursebooks over the last five to ten years have been
phenomenal. Higher-level audio scrips are now often recorded as
“semiauthentic”. This means that the actors are put in a studio and
given subjects to discuss, but with the freedom to do so naturally. The
result is a useful balance between the need to be comprehensible and
authenticity (WILLIAMS, 2017, p. 52).
Depois de todas essas reflexões acerca dos prós pelo uso de materiais
autênticos, vamos agora refletir um pouco sobre os aspectos que são contra esse
tipo de uso. Contra, na verdade, significa os aspectos mais delicados para o uso
de materiais autênticos, e não exatamente que não devam ser usados.
2.2 CONTRAS
Conforme dito anteriormente, Haines (2015) também pontua cinco razões
pelas quais o uso de materiais autênticos tem os seus aspectos negativos. Leia
com atenção os pontos por ele pontuados e tire suas próprias conclusões acerca
do assunto:
1) Os materiais autênticos são muito difíceis para alunos de níveis mais baixos
– muitos textos autênticos são realmente muito difíceis para alunos de níveis
mais baixos, por exemplo, extratos de clássicos da literatura inglesa seriam
bem difíceis para os alunos entenderem.
2) Textos escritos e auditivos são muitas vezes muito extensos para os alunos
– para muitos puristas, textos autênticos, tanto escritos quanto auditivos,
são aqueles usados na sua forma original, por isso muitos deles se tornam
inviáveis para uso em sala de aula.
3) Muitos materiais autênticos são irrelevantes aos alunos – muitos assuntos de
materiais autênticos não condizem muitas vezes com a faixa etária dos alunos
ou com as suas expectativas.
4) Linguagem autêntica muitas vezes quebra as regras ensinadas pelos
professores – é imprevisível em materiais autênticos o uso de determinadas
regras gramaticais sendo usadas de forma incorreta propositalmente com
algum objetivo específico, por isso fica difícil prever esses ‘erros’ para explicá-
los aos alunos, além de se tornar confuso o seu aprendizado.
76
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
5) Materiais autênticos logo se tornam obsoletos – uma notícia que pode ser
muito chamativa hoje daqui a alguns meses não será mais novidade, por isso
a busca e o trabalho com materiais autênticos é de certa forma muito mais
dificultoso para o professor quando se quer usar textos realmente significativos
e atualizados.
De acordo com Oliveira (2012, p. 27), foi a partir dos anos 90 que essa
prática começou a mudar no Brasil, pois foi justamente nesse período que os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino de língua materna e
77
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
78
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
79
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
Texto de opinião
Diálogo argumentativo
ARGUMENTAR Carta do leitor
Discussão de problemas Sustentação, refutação e Carta de reclamação
sociais controversos negociação de tomadas de Deliberação informal
posição. Dabate regrado
Discurso de defesa (adv.)
Discurso de acusação (adv.)
Seminário
Conferência
Artigo ou verbete de
EXPOR enciclopédia
Transmissão e Construção Apresentação textual de Entrevista de especialista
de saberes diferentes formas dos Tomada de notas
saberes Resumo de textos "expositivos"
ou explicativos
Relatório científico
Relato de experiência científica
Instruções de montagem
Receita
DESCREVER AÇÕES
Regulamento
Instruções e prescrições Regulação mútua de
Regras de jogo
comportamentos
Instruções de uso
Instruções
Agora que você já sabe o que são gêneros textuais, ficará mais fácil
identificá-los quando se deparar com o livro de estudos a ser usado em suas
aulas. É claro que os gêneros textuais devem ser adequados com alguns aspectos
já estudados na Unidade 1, como idade e nível em que se encontram seus alunos,
e também vão seguindo uma progressão dos mais fáceis para os mais complexos.
A tabela de Dolz e Schneuwly vem para ajudar a entender os aspectos da relação
entre sociedade, tipologia e gêneros textuais, mas isso não quer dizer que todos
esses exemplos devem estar contidos de uma só vez em um só ano de curso ou
escolarização, por exemplo.
DICAS
80
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
Uma dessas análises que deve ser feita é a questão dos gêneros textuais
presentes nele e que já estudamos anteriormente sua necessidade para os dias
atuais e para o uso da língua em contexto com a sociedade.
81
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
DICAS
82
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
Com essa pesquisa, as autoras puderam encontrar uma das duas coleções
com maior quantidade de gêneros textuais, podendo listar inclusive mais de
50 deles. Com relação aos tópicos, a partir dos temas transversais sugeridos
pelos PCN, como saúde, pluralidade cultural, ética, meio ambiente, trabalho e
consumo e orientação sexual, a mesma coleção superou a outra inclusive com
relação aos aspectos culturais de diferentes países, aspecto este também de suma
importância para se observar na escolha do livro e que trabalhamos no caderno
sobre os aspectos culturais da língua inglesa e que retomaremos um pouco na
próxima seção.
83
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
NOTA
84
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
Através dessas questões elencadas acima, não será difícil escolher o livro
que melhor se encaixa nas propostas desenvolvidas pelo PNLD, mas caso aconteça
de aparecerem aspectos relativos a estereótipos ou ainda foco maior nos aspectos
culturais de determinados países falantes da língua inglesa, cabe ao professor
fazer a sua parte e desmistificar certos preconceitos existentes.
5 PNLD
O Programa Nacional do Livro Didático – PNLD – para línguas
estrangeiras teve início no ano de 2010. No primeiro ano somente duas coleções
diferentes foram aprovadas, ao contrário do ano de 2017, quando os professores
puderam escolher seus livros dentre cinco coleções aprovadas para serem usadas
de 6º a 9º ano do Ensino Fundamental 2.
86
TÓPICO 2 | QUESTÕES RELATIVAS À ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO E O DIA A DIA DA SALA DE AULA
As análises das atividades da obra são feitas na ficha 10. Dentre os muitos
critérios pode-se destacar que as quatro habilidades da língua inglesa devem ser
contempladas pela coleção, além de, é claro, desenvolver a participação social e
pensamento crítico.
88
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Alguns prós são: as produções escritas ou faladas no inglês real são variadas e
com propósitos comunicativos e endereçados a um determinado leitor.
89
AUTOATIVIDADE
1 Você leu opiniões pró e contra o uso de materiais autênticos nas aulas de
inglês. Assinale a única alternativa que possui um erro em relação a sua
definição:
3 Agora você analisará mais uma questão do ENADE 2017. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em: 29 jan. 2018.
Leia com muita atenção, pois o assunto abordado na pergunta foi estudado
neste tópico:
FONTE: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997
(adaptado).
90
I- Promover situações pedagógicas que auxiliem na identificação das
características dos diferentes tipos de discurso é relevante estratégia para a
compreensão da língua falada.
II- No ensino da língua inglesa, é importante que os estudantes compreendam
que os gêneros de discurso se associam às mudanças ocorridas nos diferentes
contextos sociais.
III- Imagens, entrevistas, e-mails e charges são exemplos de gêneros de discurso
e podem ser contemplados no ensino de língua inglesa.
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) II, apenas.
c) ( ) I e III, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Hello! Para começarmos este novo tópico, queremos fazer uma pergunta:
Quantos livros você se lembra de ter lido quando estudava na escola de ensino
regular? Agora um desafio maior: Quantos livros em língua inglesa você se
lembra de ter lido, caso tenha tido a disciplina de língua inglesa, ou quantos até
agora você já leu?
93
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
O que você achou? Você concorda com a crítica que a imagem faz em
relação à leitura de nossos alunos atualmente? O que você pode fazer nas suas
aulas de língua inglesa para incentivar a leitura de seus alunos?
De acordo com Aebersold e Field, (1997, p. 165) “we find literary texts
quite useful for improving students’ language skills, helping them understand
cultural differences, and opening opportunities for their personal growth and
understanding. Using a variety of texts will challenge and enrich the teacher as
well as the students”– “os textos literários são úteis para desenvolver habilidades
linguísticas dos alunos, ajudando-os a perceber diferenças culturais, abrindo
oportunidades para o crescimento e entendimento pessoal. Usando uma
variedade de textos que irão desafiá-los para enriquecer os conhecimentos do
professor, bem como dos alunos” (tradução da autora).
O autor ainda afirma que a partir dos anos 80 o papel da literatura nas aulas
de inglês voltou a surgir por conta do seu forte papel no ensino-aprendizagem da
língua estrangeira. Isso porque teorias de ensino intercultural foram inseridas, e
a literatura faz parte da cultura de uma sociedade.
94
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
NOTA
Por isso, em sala de aula pode-se e deve-se dar valor a ambas as formas
de literatura no que diz respeito à Literatura com L maiúsculo e literatura
com l minúsculo, como Maley (apud CARTER; NUNAN, 2001, p. 181) afirma,
explicando:
Classical texts are often burdened with linguistic, historical and cultural
baggage which come in the way of their usefulness as exemplars of
contemporary usage. Contemporary quasi-literary texts – such as
advertising texts – come without this baggage and are perceived as
more immediately relevant by students.
Por fim, Negrete (2007) nos lembra que por muito tempo, no ensino de
línguas, a literatura não foi considerada importante para o ensino, mas ainda
bem que hoje podemos contar com mais esse recurso que estimula a criatividade
dos alunos, amplia os horizontes temáticos, melhora suas emoções e percepções,
96
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
E
IMPORTANT
Veja a seguir o que é e como fazer uma sequência didática que poderá ser
utilizada com diferentes assuntos da sua aula:
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para
ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o
professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de
aprendizagem e de avaliação.
97
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o
professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de
conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar.
Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.
Para ensinar os alunos a dominar um gênero de texto de forma gradual, passo a passo. Ao
organizar uma sequência didática, o professor pode planejar etapas do trabalho com os
alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as suas características
próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.
Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais
são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.
O que é preciso para realizar sequências didáticas para os diferentes gêneros textuais?
É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e conhecer bem
o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para que a
sequência didática seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que
desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá
desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com as atividades.
Para organizar o trabalho com um gênero textual em sala de aula, sugerimos a seguinte
sequência didática:
Apresentação da proposta.
Partir do conhecimento prévio dos alunos.
Contato inicial com o gênero textual em estudo.
Produção do texto inicial.
Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e análise de textos
do gênero.
Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero: estudo detalhado de sua
situação de produção e circulação; estudo de elementos próprios da composição do gênero
e de características da linguagem nele utilizada.
Produção coletiva.
Produção individual.
Revisão e reescrita.
Trabalhar com uma sequência didática bem planejada fará com que você
consiga alcançar melhores resultados com seus alunos e extrair o melhor de uma
proposta para assim o trabalho com gêneros ser realmente útil para a vida deste
aluno. A seguir, o resumo de uma sequência didática:
98
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
99
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
DICAS
No link <http://educacao.estadao.com.br/blogs/vital-brazil/leitura-nas-aulas-
de-ingles/>, você encontra experiências significativas e reais do uso da literatura nas aulas
de Inglês, “a partir do 6º ano do Ensino Fundamental II, os alunos são alocados em estágios
semestrais de acordo com o seu perfil e nível de conhecimento linguístico. Nessa etapa, o
trabalho de leitura é muito expandido. Os alunos leem um livro paradidático por estágio e
os títulos são, em sua maioria, de autores canônicos da literatura inglesa e norte-americana,
como William Shakespeare, Jane Austen, Charles Dickens, Edgar Allan Poe e Herman Melville”.
Leia a matéria completa e veja como é possível, sim, o trabalho com a literatura em língua
inglesa.
DICAS
Oliveira (2015) ainda pede que, se o professor decidir trabalhar com textos
literários em sala de aula, que esses textos não sirvam de pretexto para o ensino
100
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
de elementos gramaticais, prática essa muito comum quando se quer dizer que
está trabalhando com literatura.
Com qualquer idade que trabalhamos, estamos lidando com alunos que,
de acordo com Negrete (2017, s.p):
In this age, where IPODS, multi-task cell phones and Internet are a very
important part of recreational everyday living, reading as a means of
entertainment is at the bottom of the list, if so. It is common knowledge
that our country as a whole has a tremendously low percentage of books
read per person per year in their own language. EFL teachers have the
opportunity to promote interest in Literature in the EFL classroom, in
its various forms, short stories, poetry, drama and even novels. Since
reading all kinds of literature is part of an individual´s growth, giving
students this opportunity can enhance their emotional and cultural
growth. EFL teachers can use their particular stage to promote interest
on literature and its wealth. Reading, analyzing and trusting his own
interpretations allows the student to think of literature as something
enjoyable, worth learning and hopefully developing on himself the
desire to read in the foreign language he/she wants to acquire.
101
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
Se ao ler você pode constatar que todas as opções estão corretas para se
trabalhar com este poema e outros em sala de aula, você acertou! Além disso,
muitas outras podem ser as possibilidades de trabalho com a poesia, e os alunos
irão adorar!
Por que não trabalhar com teatro? O site da British Council disponibiliza
um caderno de trabalho com atividades baseadas nas obras de Shakespeare,
disponível em: <https://www.britishcouncil.org.br/sites/default/files/sk_
englishportuguese_low.pdf>. Dentre as obras do grande escritor encontram-se as
seguintes peças de teatro:
102
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
Que tal, então, o trabalho com extratos de títulos famosos que foram traduzidos?
Muitas séries que os alunos leem, por exemplo, são da língua inglesa, por isso o trabalho
com esses livros com certeza os interessará e muito. A seguir, uma imagem de alguns
livros famosos lidos por eles em suas versões em inglês:
103
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
DICAS
104
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
DICAS
DICAS
Theodor Seuss Geisel (Springfield, 2 de março de 1904 — San Diego, 24 de setembro de 1991)
foi um escritor e cartunista norte-americano, mais conhecido por seu pseudônimo, Dr. Seuss.
Este escritor publicou mais de 60 livros infantis, dentre eles “Horton Choca um Ovo”, The
Lorax, “Como Grinch Roubou o Natal” e O Gato da Cartola. Além disso, acabou participando
do filme “Design to Death” como colaborador e roteirista, e ajudou a película a vencer o Oscar
de melhor documentário de 1947. O curioso dessa obra é que ela foi escrita enquanto ele
servia ao Exército dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.
Cena de “O Grinch”, adaptação da obra de Dr. Seuss, com Jim Carrey. Acesse o link a seguir:
Disponível em: <https://dhiancarlomiranda.wordpress.com/2013/08/28/afinal-de-contas-
quem-foi-dr-seuss/>.
105
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
“Quanto mais você ler, mais você aprenderá. Quando mais você aprender, para
mais lugares você irá” (tradução da autora).
FONTE: Disponível em: <https://www.melodyartdesigns.com/
store/p61/The_More_You_Read%2C_Dr_Seuss.html>. Acesso
em: 11 abr. 2018.
DICAS
106
TÓPICO 3 | O ENSINO DE LITERATURA NAS AULAS DE LE
LEITURA COMPLEMENTAR
107
UNIDADE 2 | ENFOQUE E MÉTODOS DE ENSINO DE IDIOMAS E O LIVRO DIDÁTICO
108
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Que existem duas definições acerca do termo literatura: uma define Literatura
com L maiúsculo e outra com l minúsculo.
• Literatura com l minúsculo são outros tipos de textos, sendo que as produções
mais atuais se encaixam nessa definição.
• Para esse trabalho pode-se também utilizar sequências didáticas que consistem
no planejamento organizado de uma atividade com um gênero textual
envolvido.
109
AUTOATIVIDADE
1 Para ensinar literatura em sala de aula, primeiramente precisamos entender o
que é literatura. Para isso, Maley (apud CARTER; NUNAN, 2001) diferencia
literatura de duas formas. Analise as proposições a seguir e marque V para
as verdadeiras e F para as falsas:
( ) Apresentação da proposta
( ) Contato inicial com o gênero textual em estudo
( ) Produção do texto inicial
( ) Partir do conhecimento prévio dos alunos
( ) Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e
análise de textos do gênero
( ) Produção individual
( ) Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero: estudo
detalhado de sua situação de produção e circulação; estudo de elementos
próprios da composição do gênero e de características da linguagem nele
utilizada.
( ) Produção coletiva
( ) Revisão e reescrita
FONTE: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997
(adaptado).
110
Com base no texto apresentado e considerando a concepção de língua
como prática social, avalie as afirmações a seguir no que diz respeito ao ensino
de língua inglesa na educação básica:
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) II, apenas.
c) ( ) I e III, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
111
112
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
113
114
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Hello again, let’s continue studying didactics! Neste primeiro tópico, você
será levado a refletir sobre o uso de diferentes recursos que podem ser utilizados
nas aulas de língua inglesa e que estão ao alcance de nós, professores, e, é claro,
dos nossos alunos também.
Depois desse assunto, refletiremos sobre algo que gera certa polêmica só
de ouvir falar: o uso do celular em sala de aula. Através de algumas ideias simples
com o uso do próprio aparelho, sem precisar exclusivamente estar conectado à
internet, algumas sementes serão lançadas para o seu uso nas aulas de inglês, que
com certeza serão superaprovadas pelos alunos.
115
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
Ferreira (2015), no artigo You will survive: teaching with songs – Você
sobreviverá: ensinando com músicas – traz algumas sugestões de atividades
diferenciadas, descritas a seguir:
116
TÓPICO 1 | SUGESTÕES DE ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS DIFERENCIADOS
• Selecione algumas palavras da música que você quer trabalhar. Para cada
palavra, elabore uma definição em inglês. Através dessas definições, os alunos
terão que descobrir a palavra. Depois, toque a música para ver se os alunos
encontraram a palavra correta para a definição que se encaixa na letra dela.
• Transforme a letra da música em um e-mail – para essa atividade, nem todas as
músicas se encaixam. Depois, mostre o e-mail aos alunos, faça a leitura, discuta
com eles o conteúdo etc. Toque a música. Perceba a reação deles em relação
ao e-mail. Para dar sequência, você pode pedir para os alunos escreverem um
e-mail de volta para responder o primeiro.
• Escolha uma música e encontre imagens relativas a ela que ilustrem sua letra.
• Se a turma for muito grande, faça cópias das imagens ou selecione mais de
uma, já na fase descrita anteriormente.
• Divida a sala em grupos conforme o nível em que eles possam discutir sobre o
assunto da música ou simplesmente nomear as imagens.
• Toque a música. Conforme as palavras ou expressões das imagens vão
aparecendo, os alunos vão coletando. Ao final, pode-se aproveitar as imagens
para a criação de uma nova história.
• Muito interessante é a ideia de traduzir para o português um trecho da música
em inglês. Isso deve ser feito por você, professor, antes da atividade.
• Depois, distribua as partes para os alunos passarem para o inglês. A escolha da
música deve ser cuidadosa, pois se for uma do conhecimento deles, a atividade
perde o objetivo.
117
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
DICAS
118
TÓPICO 1 | SUGESTÕES DE ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS DIFERENCIADOS
• grupos de WhatsApp para troca de dicas, treinos, áudios, vídeos etc., em inglês;
• fotos no Snapchat dos mais diferentes assuntos. O autor cita fotos representando
os tempos verbais, por exemplo;
• gravação de áudio: usar o recurso para atividades dos mais diferentes assuntos;
• tradução, vocabulário e pronúncia – sim, pode ser utilizado para treinar a
pronúncia, sinônimos, entre outras coisas.
Hodgson (2017), em seu artigo They haven’t understood it yet – Eles não
entenderam ainda – nos faz refletir sobre o uso dos celulares em sala de aula.
Com uma foto tão intrigante quanto aquela colocada no início de nossa seção,
ela recebeu o comentário que intitula seu artigo, e a pergunta é: Quem é que não
entendeu? ELES seriam os alunos? Ou seriam os professores? A indagação surge
quando a realidade nos é colocada à prova. Se o “ELES” representa os professores,
a justificativa pode ser:
Very often students download apps that can help them learn
vocabulary and grammar, they use their phones to look up words in
search tools and online dictionaries, they can take photos, download
activities, record and/or film activities done in pairs and groups and
watch and/or listen to them later and so on and so forth (HODGSON,
2017, p. 68).
When you have laws that forbid the use of cell phones in class and
studies that indicate that such prohibition can be beneficial to learning
but at the same time you know that technological tools, which become
more and more pervasive in school life, can be a motivational factor,
a superficial judgement of teachers, which seems to be the case of the
comment in the post is as inappropriate as the misuse of phones in
class (HODGSON, 2017, p. 69).
Quando você tem leis que proíbem o uso de celulares em sala de aula
e estudos que indicam que tal proibição possa ser benéfica para a
aprendizagem, mas ao mesmo tempo você sabe que as ferramentas
tecnológicas que têm se tornado cada vez mais persuasivas na escola
da vida possam ser fatores motivacionais, um julgamento superficial
dos professores, que parece ser o caso dos comentários na publicação,
é um uso inapropriado dos celulares em sala de aula (HODGSON,
2017, p. 69, tradução da autora).
119
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
O jogo está presente em nossas vidas desde muito cedo. Quando somos
bebês já brincamos, e durante a infância, o jogo é fundamental para desenvolvermos
uma série de habilidades, dentre elas a de socialização. Na adolescência, na vida
adulta e na velhice, o jogo vem acompanhado das positividades que ele traz para
cada idade. Aprendemos a socializar, a ganhar e a perder. Ele nos estimula a
desafiar e a querer mais de nós mesmos.
120
TÓPICO 1 | SUGESTÕES DE ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS DIFERENCIADOS
Silva e Freitas (s.d.), em seu artigo sobre a ludicidade como uma forma
prazerosa de ensinar e aprender inglês, atentam para o caráter de desenvolvimento
do imaginário que os jogos podem trazer:
Isso quer dizer que o jogo, que está presente desde o nascimento até a
infância, pode ser retomado quando os alunos não estão mais nessa fase, pois
sempre haverá espaço para a ludicidade na vida de qualquer pessoa.
DICAS
No site <http://www.englishinbrazil.com.br/2012/09/simple-and-fun-ideas-
for-the-efl-class.html> você encontrará algumas dicas de jogos para as aulas de inglês, dentre
elas um jogo para trabalhar o passado em língua inglesa.
We are now living in the age of the moving image. The advent of the
digital revolution and the Internet, the proliferation of mobile devices,
which allow us to easily and proficiently capture moving images; the
introduction of inexpensive, accessible and user-friendly editing tools;
and the emergence of distribution sites such as YouTube and Vimeo,
have changed the way moving images relate to society, education and
language learning forever (DONAGHY, 2013, s.p.).
121
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
122
TÓPICO 1 | SUGESTÕES DE ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS DIFERENCIADOS
picture
Title:
Genre: Plot
Actors
Setting
Special Effects
Costumes
FILM REVIEW
123
RESUMO DO TÓPICO 1
• O celular pode ser uma ferramenta muito útil para as aulas de inglês: com ou
sem internet, ele tem seus benefícios e pode ser muito bem aproveitado nas
aulas.
• Hoje em dia, os vídeos estão presentes na vida de todos nós, por isso trazê-los
para a sala de aula poderá ser significativo se aliado a um bom planejamento e
objetivos bem definidos.
124
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – V – F – F – V.
b) ( ) V – F – V – F – F.
c) ( ) F – V – F – V – F.
d) ( ) F – F – V – V – V.
The world is changing – it is getting both smaller and bigger at the same
time. Our world shrinks as technologies now allow us to communicate both
synchronously and asynchronously with peers around the world. Conversely,
125
the explosion of information now available to us expands our view of the
world. As a result of the ability to communicate globally and the information
explosion, education must change.
FONTE: MOLEBASH P. Technology and Education. Current and Future Trends. Disponível
em: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em: 22 maio 2018.
a) ( ) I, II and IV.
b) ( ) I, II and V.
c) ( ) I, III and IV.
d) ( ) II, III and V.
e) ( ) III, IV and V.
126
4 (ENADE, 2014 – Questão 28):
127
128
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Hello, again! Neste tópico, você terá a oportunidade de conhecer três
atividades relacionadas ao ensino da escrita para serem aplicadas nas suas aulas
de língua inglesa: uma para o nível básico, outra para o nível intermediário e a
terceira para o nível avançado.
A escrita nas aulas de língua inglesa é ainda uma das habilidades mais
trabalhadas, visto que todos os alunos acabam fazendo exercícios de escrita e
pequenos textos para contextualização e aplicação de conteúdos aprendidos.
Para isso, seguir uma sequência didática é a forma mais certeira de chegar
a bons resultados no final de uma atividade. Vamos lembrar um pouco de alguns
passos que compõem uma sequência:
129
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
2 NÍVEL BÁSICO
Quando os alunos estão começando a aprender um idioma, as atividades
de writing passam a ser as mais comuns, pois os alunos ainda têm dificuldades
para se expressarem oralmente na língua inglesa, por isso a escrita pode ser de
grande utilidade, até mesmo porque, para algumas salas com grande quantidade
de alunos, é uma das formas mais fáceis de analisar suas produções.
Esses alunos ainda estão iniciando sua jornada pelo idioma e cada pessoa,
de cada idade, possui seu próprio objetivo. Ao propor a atividade a seguir serão
sugeridas algumas adaptações, dependendo da idade em que os alunos se
encontram.
Que tal começarmos pedindo aos alunos que escrevam sobre suas
informações pessoais? Para isso é importante seguir o que já conversamos sobre
sequência didática em outras unidades e na introdução desse tópico.
Desta forma, pode-se partir para uma segunda produção, agora com as
informações que achar necessárias para complementar o seu profile, de acordo com
o que foi observado na produção de seus colegas. O professor poderá recolher a
produção nessa etapa para avaliar possíveis problemas de escrita, estrutura etc.,
para partir para a escrita final de seus profiles.
130
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE PRODUÇÃO ESCRITA
My name is .
My nickname is .
I am years old.
and .
and .
I like
I don´t like
My favourite movie is .
My hero is .
My favourite game is .
3 NÍVEL INTERMEDIÁRIO
Para o nível intermediário, podemos oferecer um desafio maior para os
alunos. No caso, a proposta será a da criação de uma história guiada por opções
de sequência narrativa. Para isso, levar histórias infantis para a apresentação de
uma narrativa é de suma importância para os alunos serem inseridos no gênero.
131
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
DICAS
A seguir, apresentamos alguns links úteis que você poderá utilizar em suas
aulas de inglês:
Then,
.
Finally,one morning,
.
132
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE PRODUÇÃO ESCRITA
4 NÍVEL AVANÇADO
Para o nível avançado, a atividade de escrita será do gênero currículo.
Por exemplo, esse gênero é muito comum e de grande importância para que os
alunos não somente saibam escrevê-lo, mas que saibam, posteriormente, usá-lo
para a fala numa entrevista de emprego.
133
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
134
RESUMO DO TÓPICO 2
135
AUTOATIVIDADE
1- Apresentação da situação
2- Produção inicial
3- Produções intermediárias
4- Produção final
FONTE: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003
(adaptado). Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em: 22
maio 2018.
136
I- Os gêneros do discurso devem ser a base do ensino de produção textual
porque são estáveis e fixos.
II- O ensino de produção textual baseado na teoria dos gêneros deve
acompanhar as modificações na comunicação humana.
III- O contratempo para a teoria dos gêneros é que ela impede o trabalho
com unidades menores, o que dificulta o processo de ensino-aprendizagem
especialmente nos níveis mais baixos de ensino.
IV- A teoria dos gêneros textuais pode servir de base para as produções
textuais, uma vez que envolve não apenas a sintaxe e a morfologia, mas
também a dimensão pragmático-discursiva da língua.
FONTE: MARQUESI, S. C. Escrita de textos no ensino médio. In: ELIAS, V. M. Ensino de Língua
Portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado). Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2017/33_LET_POR_ING_
LICENCIATURA_BAIXA.pdf>. Acesso em: 22 maio 2018.
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Para iniciarmos nossas reflexões acerca das atividades que envolvem a
habilidade da produção da oralidade – atividades de fala – vamos refletir um
pouco sobre alguns aspectos que pertencem a essa habilidade.
É por isso que nesse tópico serão dadas algumas sugestões de atividades
para o treino da habilidade da fala de acordo com cada nível, que acreditamos ser
divertidas e atrativas para várias faixas etárias. E não esqueça: “Think before you
speak. Read before you think” (Fran Lebowitz, The Fran Lebowitz. Disponível em:
<https://www.goodreads.com/quotes/tag/speaking>. Acesso em: 22 maio 2018).
2 NÍVEL BÁSICO
Você deve estar se perguntado: Como trabalharei a oralidade com alunos
que não possuem quase nenhuma bagagem de conhecimento ainda disponível
para a prática da oralidade? Pois é justamente nessa fase que o incentivo deve
ser dado para que os alunos desejem cada vez mais aprender e treinar a fala em
língua inglesa.
139
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
DICAS
Dê um tempo para que seus alunos pensem nas palavras e como eles as
definiriam. Depois, deixe-os trabalhar em pares para que um colega adivinhe a
palavra a partir da definição do outro.
140
TÓPICO 3 | ATIVIDADES DE PRODUÇÃO ORAL – SPEAKING
3 NÍVEL INTERMEDIÁRIO
Para o nível intermediário, a proposta que trabalharemos está presente
também como sugestão no site Teaching English e poderá ser aliada com o trabalho
a partir de filmes, os quais já discutimos no primeiro tópico dessa unidade.
4 NÍVEL AVANÇADO
Para o trabalho com a oralidade em nível avançado, a sugestão será a
partir do teste TOEFEL – Test of English as a Foreign Language – que muitos alunos
almejam e necessitam realizar para diferentes propósitos.
141
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
142
TÓPICO 3 | ATIVIDADES DE PRODUÇÃO ORAL – SPEAKING
Read part of a lecture in a biology course and then answer the question.
(Female professor) Human beings aren’t the only animals that use
tools. It’s generally recognized that other animals use tools as well . . . use
them naturally, in the wild, without any human instruction. But when can we
say that an object is a tool? Well, it depends on your definition of a tool. And
in fact, there are two competing definitions—a narrow definition and a broad
one. The narrow definition says that a tool is an object that’s used to perform
a specific task… but not just any object. To be a tool, according to the narrow
definition, the objects gotta be purposefully changed or shaped by the animal,
or human, so that it can be used that way. It’s an object that’s made. Wild
chimpanzees use sticks to dig insects out of their nests . . . but most sticks lying
around won’t do the job . . . they might be too thick, for example. So the sticks
have to be sharpened so they’ll fit into the hole in an ant hill or the insect nest.
The chimp pulls off the leaves and chews the stick and trims it down that way
until it’s the right size. The chimp doesn’t just find the stick . . . it . . . you could
say it makes it in a way.
Question: Using points and examples from the talk, describe the two
different definitions of tools given by the professor.
FONTE: ETS (s.d., s.p.). Disponível em: <https://www.ets.org/pt/toefl/ibt/about/content/. Acesso
em: 4 abr. 2018.
143
RESUMO DO TÓPICO 3
• Muitos professores podem pensar que, pelo fato de seus alunos estarem em
nível básico de inglês, eles não serão capazes de produzir fala em língua inglesa.
• Deve-se deixar esse mito de lado e propor muitas atividades para que os alunos
tenham ainda mais vontade de se expressar em língua inglesa.
• Para o nível avançado, a proposta foi de trabalho com a prova TOEFEL e seus
requisitos para se alcançar excelência na habilidade da fala, além de conhecer
um pouco mais essa tão conceituada e desejada prova.
144
AUTOATIVIDADE
I- The person on the right is frustrated for having spent a long time studying
English and being sent to where English is not spoken.
II- The person on the right believes that everyone speaks English no matter
where.
III- The person on the right is addressed in a simplified speech to help
understanding.
145
IV- The person on the right is not comfortable with language variation in
English.
146
É correto o que se afirma em:
a) ( ) I e III.
b) ( ) I e IV.
c) ( ) II e III.
d) ( ) I, II e IV.
e) ( ) II, III e IV.
FONTE: RAYS, O. A. A relação teoria-prática na didática escolar crítica. In: VEIGA, I. P. A. (Org,).
Didática: o ensino e suas relações. 7. ed. Campinas: Papirus, 2003 (adaptado).
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
147
148
UNIDADE 3
TÓPICO 4
ATIVIDADES DE LEITURA
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico. Em nosso tópico sobre a leitura, iniciaremos com as
reflexões de Greene (2017), que auxiliará o professor de língua inglesa a criar um
projeto de uma leitura extensiva, ou seja, aquela que perdurará depois que os
alunos não forem mais “obrigados” por seus professores a fazerem a leitura de
seus livros.
Muitas das dicas que foram propostas por Greene (2017) poderão também
ser aplicadas em qualquer uma das atividades propostas a seguir, por isso, além
de planejar uma aula de leitura, você também deverá se atentar para as dicas aqui
propostas. Have a good reading about reading!
149
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
2 NÍVEL BÁSICO
Quando os alunos estão aprendendo uma língua estrangeira, como o
inglês, é muito comum que eles tentem traduzir palavra por palavra, ou ainda
pior, usar mecanismos como aplicativos e o famoso “google translator” para
encontrar não somente uma palavra, mas a frase inteira.
Por esse motivo, deve-se antes de mais nada orientar esses alunos à leitura
para a captação da ideia principal do texto e não somente para se descobrir
palavra por palavra, o que irá demandar muito mais trabalho e tempo, e nem
sempre garantirá que ao final ele terá em mãos um texto coeso e coerente.
150
TÓPICO 4 | ATIVIDADES DE LEITURA
Com esse simples exercício e outros que poderão ainda ser trazidos pelo
professor, os alunos devem ir aos poucos compreendendo que nem sempre é
necessário entender todas as palavras da língua inglesa para compreender um
texto – os cognatos são uma fonte de palavras muito parecidas com a língua
portuguesa e que estão ali para ajudar na compreensão do texto.
151
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
DICAS
Para você ensinar aos seus alunos a diferença entre cognatos e falsos
cognatos, assista ao vídeo disponível no site: <http://g1.globo.com/pernambuco/educacao/
noticia/2016/10/palavras-semelhantes-em-portugues-e-ingles-podem-ter-sentidos-
diferentes.html>.
3 NÍVEL INTERMEDIÁRIO
Para o nível intermediário, a proposta de trabalho é com mapas conceituais.
Na verdade, essa técnica pode ser usada em diversos contextos de ensino, mas
aqui vamos focar na estratégia para a compreensão adquirida através da leitura.
COLOR
O
ut
lin
Symbols
e
O
rd
∑ $ ∞▲♪
er
UPPER CASE
Words
KEYWORDS
Images
Print
Connections
153
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
Write numbers (1-5) to put these instructions for making a mind map in order:
4 NÍVEL AVANÇADO
Para o trabalho com o nível avançado, a proposta é que se faça o contrário
do que foi proposto para o nível básico: lá, o trabalho de entendimento do texto
partia do pressuposto da compreensão através das palavras cognatas com a
língua portuguesa. Aqui, o trabalho se dará com os falsos cognatos.
154
TÓPICO 4 | ATIVIDADES DE LEITURA
O texto a seguir pode ser usado para a proposta com o trabalho dos falsos
cognatos. Peça aos alunos para destacarem todas as palavras similares à língua
portuguesa. Na sequência, eles devem procurar no dicionário o significado dessas
palavras e anotar.
A DAY AT WORK
Back at the office, a colleague of mine asked me if I had realized that the
proposed agreement would be partially against the company policy not to accept
workers that have already retired. I pretended to be really busy and late for an
appointment, and left for the cafeteria. Actually, I didn't want to discuss the
matter at that particular moment because there were some strangers in the office.
155
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
156
RESUMO DO TÓPICO 4
• Para o nível avançado, o trabalho proposto foi a partir dos falsos cognatos e a
leitura de um texto em que muitos deles estão presentes, para que os alunos
entendam que existem palavras que enganam em sua semelhança com a língua
portuguesa.
157
AUTOATIVIDADE
2 Você teve acesso a três propostas de atividades para o trabalho com a leitura.
Complete os níveis de acordo com essas atividades:
a) Nível básico:
b) Nível intermediário:
c) Nível avançado:
AH.
BOM!
158
O empréstimo linguístico é um recurso que integra uma língua a outra
por meio de relações interculturais, ao ler a tirinha apresentada, percebe-se
que a personagem Mafalda:
Texto 3
Premeditando o Breque
159
Os textos apresentados podem ser aproveitados para abordar vários
aspectos relacionados à cultura e à gramática das línguas portuguesa e inglesa.
A esse respeito, avalie as afirmações a seguir:
a) ( ) I e IV.
b) ( ) II e III.
c) ( ) III e IV.
d) ( ) I, II e III.
e) ( ) I, II e IV.
160
UNIDADE 3
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Para iniciarmos este tópico sobre propostas de atividades para estimular
a audição em língua inglesa, pensemos um pouco sobre alguns fatores externos
que podem influenciar positiva ou negativamente o processo.
161
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
2 NÍVEL BÁSICO
Há vários tipos de audição, por exemplo, para Holden (2009, p. 87), “da
mesma forma que há a leitura em busca de informações, também há a audição em
busca de informações, que inclui avisos em aeroportos, informações factuais no
rádio ou na TV, instruções gravadas ou verbais e correios de voz”.
162
TÓPICO 5 | ATIVIDADES DE COMPREENSÃO DA ORALIDADE – LISTENING
DICAS
GABARITO:
1. March 20th
2. a non-smoking room
3. It's too expensive.
4. 88 dollars
5. Maexner
163
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
3 NÍVEL INTERMEDIÁRIO
Para o nível intermediário de exercício auditivo, propomos a atividade
do site Learn English Teens, que contém excelentes exercícios já prontos para
atividades antes, durante e após a audição.
Aqui, escolhemos o áudio sobre uma boa noite de sono “a good night
sleep”. Para isso, proponha primeiramente uma atividade antes da audição, com
algumas marcas de vocabulário que estarão presentes na audição:
2. Check your vocabulary: gap fill Complete the sentences with a word from
the box.
Earlier in the evening - Welcome - Turn off - useful advice - great to be here -
down low
Para finalizar, ainda pode-se propor uma discussão sobre o texto ouvido
através das seguintes questões: Do you sleep very well? – Você dorme muito bem?;
How many hour do you sleep a night? – Quantas horas você dorme por noite?
4 NÍVEL AVANÇADO
Como sugestão de atividade de audição em nível avançado, a proposta
será novamente a partir da prova do TOEFEL, já que no tópico sobre a fala
também foi dado um exemplo baseando-se na prova oficial. De acordo com
o site:
165
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
30. How did the man learn about Dean Adams’ retirement?
(A) He read about it in an e-mail message.
(B) It was posted on a bulletin board.
(C) He heard other students discussing it.
(D) Dean Adams announced it in her class.
31. Why does the professor refuse the man’s offer to help with a party?
Choose 2 answers.
166
TÓPICO 5 | ATIVIDADES DE COMPREENSÃO DA ORALIDADE – LISTENING
167
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
LEITURA COMPLEMENTAR
Abordagem multidisciplinar
168
TÓPICO 5 | ATIVIDADES DE COMPREENSÃO DA ORALIDADE – LISTENING
169
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
Pensamento crítico envolve o escrutínio (seja por ação efetiva, seja por práticas
discursivas) de regras de participação no mundo social. Desse modo, a formação
de alunos capazes de se posicionar criticamente requer práticas pedagógicas que
estimulem, entre outros, o exame de diferentes perspectivas sob as quais um
evento ou assunto pode ser analisado; a identificação das motivações que levam à
adoção dessas diferentes perspectivas; a reflexão sobre o que pode acontecer diante
da tomada de ações sob tais perspectivas. Em outras palavras, pensamento crítico
requer que se vá além da descrição de fatos ou ideias. Da descrição prossegue-se
à análise (decompondo-se uma ideia em partes para compará-las e contrastá-las)
e, por fim, a um julgamento sólido e fundamentado. O ciclo de atividades a seguir
ilustra esse processo.
171
UNIDADE 3 | ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURA
172
TÓPICO 5 | ATIVIDADES DE COMPREENSÃO DA ORALIDADE – LISTENING
173
RESUMO DO TÓPICO 5
• A atividade proposta para o nível inicial foi de uma audição de texto com o
tema sobre reservas de hotéis, algo muito útil para alunos de qualquer nível.
174
AUTOATIVIDADE
2 Quais são os dois gêneros textuais cobrados pelo TOEFL na etapa auditiva
da prova? Responda em inglês.
175
a) ( ) Language variation, dialects and “Englishes”.
b) ( ) Lexical similarities and differences between world Englishes.
c) ( ) Grammatical aspects of the English language used by non-native
speakers.
d) ( ) Differences between American and British English variations around
the world.
e) ( ) Dialects of the English language as a mother tongue and as a foreign
language.
SUGGESTED EDUCATIONAL
USES FOR PHONES IN CLASS
▪ Listening to foreign-
language podcast recordings
▪ Setting homework
reminders
▪ Recording a teacher's
poetry reading for revision
▪ Texting friends
▪ Surfing the internet
▪ Taking pictures of a teacher
▪ Playing electronic games
Dísponivel em: <http://www.dailymail.co.uk/news/article-1052279>.Acesso em: 15 jul. 2017
(adaptado)
176
REFERÊNCIAS
AEBERSOLD, J. A.; FIELD, M. L. From reader to reading teacher. Cambridge
University Press, 1997.
DONAGHY, Kieran. Teaching English. Short and sweet: Using short films to
promote creativity and communication. 2013. Disponível em: <https://www.
teachingenglish.org.uk/article/short-sweet-using-short-films-promote-creativity-
communication>. Acesso em: 22 maio 2018.
177
DONNINI, L.; PLATERO, L.; WEIGEL, A. Ensino de língua inglesa. São Paulo:
Cengage Learning, 2010.
FERREIRA, A. You will survive teaching with songs - part 1. Richmond Share
Blog: compilation, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 6-7, 2015.
178
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Prova ENADE Letras 2014. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-
gabaritos3>. Acesso em: 7 abr. 2018.
MACEDO, Lino de; MACHADO, Nilson José. Jogo e projeto. São Paulo:
Summus editorial, 2006.
179
MIRANDA, D. Outros sons. Disponível em: <https://dhiancarlomiranda.
wordpress.com/2013/08/28/afinal-de-contas-quem-foi-dr-seuss/>. Acesso em: 27
fev. 2018.
180