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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR

PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO


DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO

JOÃO MARTINS VIEIRA, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no


CPF sob o nº 405.060.966-53 e RG nº MG-4.428.416 SSP/MG,
residente e domiciliado a Rua Machado de Assis, nº 401, Bairro Cidade
Nova, Santana do Paraíso/MG, CEP: 35179- 00, já devidamente
qualificado no incluso instrumento de mandato, por seu
advogado e bastante procuradorao final assinado, em AÇÃO DE
DANOS MORAIS, não se conformando, data venia, com a decisão ,
vem respeitosamente perante Vossa Excelência interpor recurso de

AGRAVO DE INSTRUMENTO contra a citada e respeitável


decisão que indeferiu o pedido de justiça gratuita formulado
pelo autor, na referida ação, apresentando em anexo as
razões do recurso, requerendo seja o mesmo processado,
conhecido e provido, conforme as razões adiante articuladas.

Conspícuos Desembargadores.

Datavênia dos Desembargadores deste Egrégio Tribunal, a


decisão que concedeu o indeferimento da concessão da justiça
gratuita formulado pelo autor em ação de danos morais contra o
Agravante, proferida pelo Meritíssimo Juízo da 2ª Vara Cível da
Comarca de Ipatinga/MG , deve ser reformada pelas razões que
abaixo são sustentadas.
I. DECISÃO AGRAVADA

O indeferimento do pedido de justiça gratuita se


deu porque o MM. Juízo a quo entendeu que não há indícios
suficientes que comprovem a incapacidade financeira da parte
autora para efetuar o pagamento das custas e despesas
processuais sem maiores prejuízos, determinando a parte autora a
comprovação da necessidade da justiça gratuita.

II. TEMPESTIVIDADE DO RECURSO

Como se pode observar, o mandado de


intimação da Agravante dos termos da decisão agravada foi juntado
a intimação por expedição eletrônica aos autos em 09/04/2020, e o
presente recurso foi interposto em 09/04/2020.

Portanto, interposto no prazo de quinze dias o recurso é tempestivo .

III. CABIMENTO DO RECURSO

Não se conforma o Agravante com a decisão proferida em primeira


instância, acima transcrita, pois a mesma não atendeu que o Autor
comprovasse sua situação financeira, negando-lhe a justiça gratuita,
não permitindo que o mesmo trafegue seu feito sob palio e guarida da
justiça, deixando o Autor a bel sabor dos que lhe importunam e afetam
inclusive até a dignidade como pessoa humana.
Torna-se importante ressaltar que no momento, o Autor

enfrenta uma situação financeira agravada a qual não lhe permite

pagar às custas processuais, conforme consta agora os documentos em

anexo. Onde até mesmo o nome do Autor está prestes a perder a

credibilidade, e pertencer ao Rol dos maus pagadores, e ser inserido no

SPC, máximo vexatório para o Autor, tal é a condição de miserabilidade

do Autor, atualmente.
Ocorre que a decisão merece deve ser reconsiderada, haja
vista que para a concessão do benefício da Assistência Judiciária
Gratuita mesmo não sendo necessária caráter de miserabilidade do
Autor, pois em princípio, a simples afirmação da parte no sentido de
que não está em condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou da família, é
suficiente para o deferimento (art. 98 do NCPC), é o caso em tela. O
Autor se encontra atolado em mar de dividas que não tem fim,
passando por humilhações de estar com aluguel atrasado, dificuldades
em manter a própria família em seu sustento.
Mas não podemos culpar somente o requerente, pois o
ESTADO DE MINAS GERAIS, pagador do salário do Autor, não vem
cumprindo suas obrigações, pagando de forma parcelada, desde o 13
salário do ano de 2016, que aliás desregulou toda a vida financeira do
Autor que já não era boa.

Funcionalismo público de Minas Gerais


receberão o pagamento escalonado. Ou seja,
100% dos servidores vão receber R$ 3 mil até o
quinto dia útil e o restante do pagamento nas
seguintes datas: para quem ganha até R$ 6 mil,
a segunda parte será paga em 12 de fevereiro.
Acima desse teto de R$ 6 mil, receberá em três
vezes, nos dias 5,12 e 16 de fevereiro.

Ademais, dizer que a renda declarada é incompatível com


benefício pretendido, pode se dizer que se está ferindo o princípio da
isonomia, e da razoabilidade preconizados na Constituição Federal , pois
em consonância com o artigo 5º, XXXIV da Constituição Federal , onde
assegura a todos o direito de acesso à justiça em defesa de seus
direitos, independente do pagamento de taxas.
Restou demonstrado que o valor da renda líquida do Autor é
bem inferior a 10 salários mínimos, sendo que com esta renda tem que
manter o sustento próprio e de sua família, arcar com despesas de
moradia, alimentação e vestuário, entre outras despesas.

Corroborando com a pretensão do Requerente, colaciona-se


julgados do Nosso Tribunal que demonstram que, se a renda líquida é
baixa e comprometida em grande parte para o pagamento das parcelas
das dívidas, possível e certo a concessão do benefício, se não vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA.


EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. IMPUGNAÇÃO AO
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. DETERMINAÇÃO
DE RECOLHIMENTO DAS CUSTAS.
INDEFERIMENTO DA AJG. PROVA SUFICIENTE
DA NECESSIDADE. Para fins de concessão do
benefício da Gratuidade Judiciária descrito
na Lei nº  1.060/50, não se exige estado de
miserabilidade do requerente.  No caso,
restou comprovada a necessidade
alegada,  representada por renda líquida
inferior a 10 salários mínimos, extraída da
declaração de ajuste anual do imposto de
renda correspondente ao exercício de
2011, de forma a ensejar a concessão da
benesse. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO.  (TJ-RS, Relator: Roberto Carvalho
Fraga, Data de Julgamento: 04/11/2011,
Sétima
Câmara Cível) (grifo meu)

DECISÃO MONOCRÁTICA. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. AÇÃO ORDINÁRIA. CONCEITO DE
NECESSITADO.  VENCIMENTO LÍQUIDO
INFERIOR A DEZ SALÁRIOS MÍNIMOS.
DECLARAÇÃO DE POBREZA.  O conceito de
necessitado do benefício da assistência
judiciária gratuita, para efeito da Lei
nº  1060/50,  é mais amplo do que o de
pobre ou miserável. A interpretação da Lei
nº  1060/50, em consonância com a
garantia constitucional de acesso à justiça,
não exige que a situação econômico-
financeira do pleiteante do benefício seja
de miserabilidade.  Presunção legal que não
cede diante do fato de a parte receber a título
de vencimentos em montante inferior a dez
salários mínimos, permanecendo a possibilidade
de vir a prejudicar sua sobrevivência caso não
seja concedido o benefício. DECISÃO
REFORMADA. AGRAVO PROVIDO EM DECISÃO
MONOCRATICA. (Agravo de Instrumento Nº
70027759877, Terceira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Paulo de Tarso Vieira
Sanseverino, Julgado em 02/12/2008). (grifo
meu)
IMPUGNAÇÃO AO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA
GRATUITA. RENDA QUE ENSEJA BENEFÍCIO.
IMPUGNANTE NÃO SE DESINCUMBE DO ÔNUS
DE PROVAR A DESNECESSIDADE. RENDA QUE
NÃO ENSEJA O BENEFÍCIO. INVERSÃO DO
ÔNUS PROBATÓRIO. O requerimento da AJG
pode ser instrumentalizado tato mediante
declaração daparte, quanto mediante simples
afirmação pelo procurador na petição.  A 4ª
turma tem reconhecido o direito ao
benefício em questão para aqueles que
percebam renda líquida mensal não
superior a dez salários mínimos. [...] (TRF4,
AC 2003.71.01.004533-2⁄RS, 4ª Turma, Rel.
Desembargador Federal Valdemar Capeletti,
DJU de 27⁄05⁄2006.)

Conforme documento que comprova a renda mensal do


requerente, este percebe valor líquido bem baixo, de acordo com peças
comprovatórias anexadas, valor este que se enquadra dentro dos
parâmetros para a concessão do benefício de assistência judiciária
gratuita.

O requerente faz agora a comprovação do preenchimento dos


pressupostos legais, conforme art. 99 do NCPC em seu § 2º:

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se


houver nos autos elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
Aos autos foram juntados comprovação de renda que
demonstra sua renda mensal, documento esse que demonstra que não
possui condições financeiras de arcar com às custas processuais, sem
que lhe acarrete prejuízos, necessitando assim o benefício da
Assistência Judiciária Gratuita, por isto mais uma vez pedimos a
reconsideração da decisão e o deferimento do benefício ao Autor.

O Autor agora fez mais do que simplesmente apresentar uma


declaração de pobreza, juntou aos autos documentos comprobatórios
de sua renda, assim verifica-se que o pedido está de acordo com o
artigo 98 do NCPC, como supra colacionado, sendo impositiva a
concessão do benefício.

O pedido de assistência judiciária gratuita


previsto no art. 4º da Lei 1.060/50, quanto à
declaração de pobreza, pode ser feito mediante
simples afirmação, na própria petição inicial ou
no curso do processo, não dependendo a sua
concessão de declaração firmada de próprio
punho pelo hipossuficiente (STJ. REsp
901.685/DF. Rel. Min. Eliana Calmon. Dje
6/8/08).
PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
ART.  4º  DA LEI  1.060/50. PRESUNÇÃO JURIS
TANTUM. POSSIBILIDADE DE AFASTAMENTO
DIANTE DE ELEMENTOS SUBJETIVOS.
CONDENAÇÃO ARBITRADA EM EXECUÇÃO.
ACUMULAÇÃO COM OS HONORÁRIOS FIXADOS
EM EMBARGOS À EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE.
(...). A justiça gratuita pode ser pleiteada a
qualquer tempo, bastando a simples afirmação
do requerente de que não está em condições de
arcar com as custas do processo e os honorários
advocatícios. 3. O acórdão do Tribunal de
origem, contudo, propôs critérios objetivos para
o deferimento do benefício, cabendo ao
requerente o ônus de demonstrar a
hipossuficiência. Tal entendimento não se
coaduna com os precedentes do STJ, que
estabelece presunção iuris tantum do conteúdo
do pedido, refutado apenas em caso de prova
contrária nos autos (STJ. AgRg nos EDcl no
REsp 1239626 / RS. Rel. Min. Herman
Benjamim. Dj 28/10/2011).
Sobre o tema lecionam Fredie Didier Jr e Rafael
Oliveira em doutrina especializada: O art. 4º, §
1º, da LAJ, erigiu em favor do requerente
autêntica presunção iuris tantum de veracidade
quanto ao conteúdo da sua declaração. Barbosa
Moreira conceitua tais presunções como o
substrato fático que a lei estabelece como
verdade até prova em contrário. O fato de
havido como verdadeiro, até que se prove o
contrário. Seu posicionamento, in verbis: "Do
exposto ressalta com meridiana clareza a função
prática exercida pela presunção legal relativa:
ela atua - e nisso se exaure o papel que
desempenha - na distribuição do ônus da prova,
dispensando deste o litigante a quem interessa
a admissão do fato presumido como verdadeiro,
e correlativamente atribuindo-o à outra parte,
quanto ao fato contrário".
O primeiro impulso que se tem, diante disto, é
reputar o art. 4º, § 1º, da LAJ, não
recepcionado pelo art. 5º, LXXIV,
da Constituição Federal , que fala na necessidade
de comprovação da insuficiência de recursos. A
impressão, contudo, não é correta.
Primeiramente, não se poderia admitir que
justamente a Constituição Federal de 1988, de
bases eminentemente voltadas para o social,
pudesse incorrer em tamanho retrocesso. A se
entender assim, ter-se-ia que voltar ao
regramento anterior, exigindo-se dos
requerentes prova da situação de carente, com
inevitável restrição ao amplo e irrestrito acesso
à justiça, consagrado no inciso XXXV do mesmo
art. 5º da Constituição Federal .
Há de se ponderar, como faz Barbosa Moreira,
que a lei ordinária terminou por ampliar a
garantia deferida pela Constituição, o que
somente favorece o jurisdicionado. Também
assim entende Dinamarco, para quem a Carta
Magna oferece um mínimo, que a lei
infraconstitucional não poderá negar.
Inadmissível seria se, por exemplo, ela
impusesse restrições ao preceito normativo
maior, como negativa do benefício, mesmo que
houvesse comprovação de carência.
Não mais se admite, portanto, qualquer dúvida:
a declaração de insuficiência é o suficiente para
a concessão do benefício.
E ainda o Novo Código de Processo Civil  (Lei 13.105/15), no § 3º e §
4º, do art. 99 dispõe:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode
ser formulado na petição inicial, na contestação,
na petição para ingresso de terceiro no processo
ou em recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação


da parte na instância, o pedido poderá ser
formulado por petição simples, nos autos do
próprio processo, e não suspenderá seu curso.

§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido


se houver nos autos elementos que evidenciem
a falta dos pressupostos legais para a concessão
de gratuidade, devendo, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por
pessoa natural.

§ 4o A assistência do requerente por advogado


particular não impede a concessão de
gratuidade da justiça.

§ 5o Na hipótese do § 4o, o recurso que verse


exclusivamente sobre valor de honorários de
sucumbência fixados em favor do advogado de
beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o
próprio advogado demonstrar que tem direito à
gratuidade.

§ 6o O direito à gratuidade da justiça é pessoal,


não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor
do beneficiário, salvo requerimento e
deferimento expressos.

O novo CPC deixa claro que não é preciso que a parte


comprove sua situação de hipossuficiência para que seja concedido o
benefício, bastando apenas sua declaração nesse sentido, documento
bastante para comprovar a necessidade de que trata o parágrafo
único do artigo 2º da Lei de Assistência Judiciária .
Referida declaração goza, portanto, de presunção juris tantum
de veracidade, podendo ser elidida somente através de prova em
contrário ou através de procedimento próprio de impugnação ao pedido
de justiça gratuita, exigindo-se prova cabal a demonstrar que o
assistido não faz jus ao benefício.

No que tange a contratação de advogado particular pela parte


beneficiária, esta não é razão suficiente para o indeferimento da justiça
gratuita, pois, para gozar do benefício desta, a parte não está obrigada
a recorrer aos serviços da Defensoria Pública, o que resta comprovado
a teor da Lei 1060/50 e da Constituição Federal, que garantem o direito
à gratuidade de justiça sem esse requisito de representação
processual.

E nesse rumo, é que se tem direcionado a jurisprudência do


TJMG, vejamos:
TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI
10024113427322001 MG (TJ-MG)

Data de publicação: 03/06/2013

Ementa: JUSTIÇA GRATUITA - AUSÊNCIA DE


CAPACIDADE FINANCEIRA. CONTRATAÇÃO DE
ADVOGADO PARTICULAR NÃO ELIDE A
PRESUNÇÃO PARA DEFERIMENTO DA JUSTIÇA
GRATUITA. - A presunção "juris tantum" que
milita em favor do requerente dos benefícios da
justiça gratuita, que declara sua miserabilidade
legal, deve subsistir até prova segura em
sentido contrário, cuja produção é de
responsabilidade da outra parte, a qual somente
pode ser afastada, de ofício, pelo Julgador, se
da juntada dos documentos comprobatórios
exigidos, observar-se que o requerente possui
condição de prover os custos de uma demanda,
ou se a determinação de comprovação for
desatendida pelo requerente. - A contratação de
advogado particular não é óbice para o
deferimento da justiça gratuita. A Lei
nº  1.060  /50 não diz da impossibilidade de
advogado particular patrocinar causa de pessoa
que pede o benefício da justiça gratuita Recurso
provido.
TJ-MG - Agravo de Instrumento-Cv AI
10000150260271001 MG (TJ-MG)

Data de publicação: 25/06/2015

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO


REVISIONAL - INDEFERIMENTO DE JUSTIÇA
GRATUITA - NÃO COMPROVAÇÃO - PESSOA
FÍSICA - PRESUNÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
EM NÃO HAVENDO DEMONSTRAÇÃO EM
CONTRÁRIO - ADVOGADO PARTICULAR -
AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO PARA
CONCESSÃO. Em se tratando de pessoa física, a
parte tem direito ao benefício da justiça gratuita
se não há qualquer indício de sua suficiência
financeira, incumbindo à parte contrária, caso
queira, derruir a alegada hipossuficiência legal.
Para o deferimento da gratuidade judiciária não
se exige que esteja representado por membro
da Defensoria Pública, sendo que a
representação por advogado particular não
afasta o direito ao benefício.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10153130027326001


MG (TJ-MG)

Data de publicação: 25/04/2014

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. INCIDENTE DE


IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA
GRATUITA.  CONSTITUIÇÃO  ADVOGADO
PARTICULAR. IRRELEVÂNCIA. REVOGAÇÃO DO
BENEFÍCIO. ART.  7º, DA LEI  1.060/50. -
Incumbe ao impugnante a comprovação dos
fatos constitutivos do seu direito, pois o
art.  7º  da Lei  1060  /50, dispõe que compete ao
impugnante demonstrar a inexistência ou o
desaparecimento dos requisitos essenciais à
concessão da assistência judiciária gratuita. - O
fato de a parte possuir alguns bens em seu
nome, não sugere que possua condições de
arcar com as custas processuais sem o
comprometimento do próprio sustento e o de
sua família. - A  constituição  de advogado
particular para a defesa dos seus interesses,
não retira da parte a concessão da assistência
judiciária, porque não há obrigatoriedade de se
valer da Defensoria Pública, podendo escolher
advogado que aceite o encargo de lhe
patrocinar gratuitamente.
TJ-MG - Apelação Cível AC 10439110049624001
MG (TJ-MG)

Data de publicação: 15/04/2014

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE


COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO  DPVAT  -
ACORDO - HOMOLOGAÇÃO PARCIAL -
IMPOSSIBILIDADE - PARTE BENEFICIÁRIA DA
JUSTIÇA GRATUITA - ADVOGADO PARTICULAR -
PAGAMENTO DE HONORÁRIOS - AUSÊNCIA DE
VEDAÇÃO. Os benefícios da assistência
judiciária não atingem a relação particular
firmada entre a parte e seu procurador, e não
podem impedir que este receba os honorários
acordados pela prestação dos serviços. A
transação que estabelece o pagamento, pela
parte beneficiária da justiça gratuita, dos
honorários acordados com o seu advogado,
merece ser homologada em sua integralidade,
sem ressalvas quanto a esta previsão. Recurso
provido.
TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI
10411130076283001 MG (TJ-MG)

Data de publicação: 25/03/2014

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - MEDIDA


CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS -
INDEFERIMENTO DE JUSTIÇA GRATUITA -
DECLARAÇÃO DE POBREZA - PRESUNÇÃO DE
VERACIDADE - ADVOGADO PARTICULAR -
AUSÊNICA DE IMPEDIMENTO PARA A
CONCESSÃO - DEFERIMENTO DA BENESSE. Em
se tratando de pessoa física, a parte tem direito
ao benefício da justiça gratuita se não há
qualquer indício de sua suficiência financeira,
incumbindo à parte contrária, caso queira,
derruir a alegada hipossuficiência legal Para o
deferimento da gratuidade judiciária não se
exige que esteja representado por membro da
Defensoria Pública, sendo que a existência de
aparente condição econômica privilegiada e a
representação por advogado particular não
afastam o direito ao benefício, se ausente prova
que evidencie a atual possibilidade financeira de
arcar com as despesas processuais, sem
prejuízo do sustento próprio ou da família

TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI


10701140036206001 MG (TJ-MG)

Data de publicação: 09/05/2014

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE


BUSCA E APREENSÃO - INDEFERIMENTO DE
JUSTIÇA GRATUITA - DECLARAÇÃO DE
POBREZA - PRESUNÇÃO DE VERACIDADE -
ADVOGADO PARTICULAR - AUSÊNCIA DE
IMPEDIMENTO PARA A CONCESSÃO -
COMPROVANTE DE HIPOSSUFICIÊNCIA -
DEFERIMENTO DA BENESSE. O pedido de
justiça gratuita feito por pessoa física, a partir
de declaração de pobreza, prescinde de prova
da hipossuficiência financeira para o
acolhimento, a menos que fortes indícios
indiquem o contrário. No caso, a autora juntou
documento que indica que é aposentada por
invalidez recebendo por isso valor módico,
assim não tem capacidade financeira para arcar
com as despesas do processo, sem o prejuízo
de seu sustento e de sua família. Para o
deferimento da gratuidade judiciária não se
exige que esteja representado por membro da
Defensoria Pública, sendo que a representação
por advogado particular não afasta o direito ao
benefício.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10280130052044001


MG (TJ-MG)

Data de publicação: 15/07/2014

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - IMPUGNAÇÃO À


JUSTIÇA GRATUITA - ÔNUS DA PROVA -
IMPUGNANTE - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
DA CAPACIDADE FINANCEIRA - ADVOGADO
PARTICULAR - AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO
PARA A CONCESSÃO - DEFERIMENTO DA
BENESSE. No incidente de impugnação ao
pedido de assistência judiciária gratuita
compete ao impugnante o ônus da prova de que
o impugnado tem condições financeira de arcar
com as despesas processuais sem o prejuízo de
seu sustento ou de sua família, não fazendo o
impugnante prova nesse sentido, impõe-se a
improcedência de seu pedido inicial. Para o
deferimento da gratuidade judiciária não se
exige que esteja representado por membro da
Defensoria Pública, sendo que a existência de
aparente condição econômica privilegiada e a
representação por advogado particular não
afastam o direito ao benefício, se ausente prova
que evidencie a atual possibilidade financeira de
arcar com as despesas processuais, sem
prejuízo do sustento próprio ou da família.
Ante o exposto, resta claro o direito da
Requerente ao benefício da Assistência
Judiciária Gratuita, devendo ser dado
provimento ao presente recurso de agravo de
instrumento, a fim de reformar a r. Decisão
agravada, deferindo a gratuidade da justiça, nos
termos do requerimento formulado pela
Requerentes na petição inicial e na declaração
de pobreza firmada e juntada aos autos, bem
como demais provas.

Desta forma, conforme comprovado estar ausente prova em


contrário, prevalecem os termos da declaração.

O indeferimento do pedido significa dizer que o Autor não


poderá usufruir de seu direito, qual seja o acesso à justiça, restando
assim impedido de exercer seu direito legítimo e devido. Significa ainda
dizer que lhe causaram um dano e que este dano ficara impune, tendo
em vista que o não poderá lutar pelas vias judiciais pelos direitos que
lhe foram furtados, sendo este entendimento contrário ao majoritário
em nosso Tribunal de Justiça, em que é deferido AGJ para rendas
LÍQUIDAS de valor baixo, contando ainda com o montante de dívidas
acumuladas que suprimem, a maior parte desta renda mensalmente
como pôde ser comprovado pelos documentos juntados, como restou
demonstrado nos julgados supra colacionados.
Assim, sendo, resta demonstrado que os documentos
juntados aos autos comprovam e são suficientes para a Concessão do
Benefício de Assistência Judiciária Gratuita ao Requerente.

Data venia do Douto Juiz que proferiu


a decisão agravada, a mesma não atendeu bem como não fez a
esperada Justiça, sendo cabível o presente recurso de agravo para
concessão da justiça gratuita ao Autor ou, conforme entender esta D.
Câmara, sua reforma.

Como se vê, CONSPÍCUOS


DESEMBARGADORES, não podia o Juízo a quo, que dita o
direito, deixar de vislumbrar e analisar tão acentuadas questões e
declinar de aplicar a lei ao aberrante fattispecie, como se não
houvesse o texto legal a regrar o ato processual, sendo imperiosa a
reforma da decisão, visto que contraria os dispositivos legais
mencionados.

DIANTE DO EXPOSTO, após a sábia e


douta apreciação de Vossas Excelências, Julgadores deste
Tribunal de Justiça, sejam pelas razões aduzidas, pelo mérito
inquestionável do recurso, sejam ainda por mais relevantes e
fundamentais as situações de direito, seja pelo flagrante erro da
decisão, sejam, ainda, pelos doutos suplementos jurídicos e sereno
conhecimento dessa Egrégia Corte, espera e confia a Agravante
no provimento do presente recurso, reformando-se a decisão
agravada, como medida de inteira.

J U S T I Ç
A!

Em cumprimento ao disposto no inciso III, do


artigo 524
do Código de Processo Civil, o Agravante faz constar os nomes
das partes e respectivos advogados militantes na causa, bem
como seus endereços como consta dos inclusos instrumentos de
mandato:

Agravante: IRLAN CARLOS GUADALUPE (fl.


......)

Advogado: HENRIQUE ADRIANO DA SILVA TEIXEIRA


– OAB M G 1 4 5 . 5 0 5 . R u a U b á , n r 1 8 - S l
105-Centro, Ipatinga/MG

Advogada: Natalia Barbosa Assis Silverio– OAB M G


145.926. Rua Ubá, nr 18-Sl 105-Centro,
Ipatinga/MG

Nestes termos

Pede

Deferimento.

Ipatinga, 14 de novembro de 2017

Dr. Henrique Adriano da Silva Teixeira


OAB MG 145.504

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