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SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

[original: 1999]

Parte 2 – Capítulo 8 - “Códigos e reprodução cultural: Basil Bernstein”, pp. 71-76.

1. A singularidade de Bernstein na nova sociologia da educação. (pp. 71-76)


1.1. Class, codes and control (1975): sistematização das reflexões feitas desde a déc. 1960.
1.1.1. Desde então, ele tem refinado os conceitos aí desenvolvidos, fazendo uma teoria sofisticada.
1.2. A proposta de Bernstein.
1.2.1. Existência de três sistemas de mensagens na realização do conhecimento escolar formal.
1.2.1.(1). O currículo: define o que conta como conhecimento válido;
1.2.1.(2). A pedagogia: define o que conta como transmissão válida desse conhecimento;
1.2.1.(3). A avaliação: define o que contra como realização válida desse conhecimento pelo aluno.
1.2.2. Tratando do currículo, ele não está exatamente preocupado com o que se ensina, mas com a relação
estrutural entre os diferentes tipos de conhecimento, e que relações de poder e controle estão presentes aí.
1.2.2.1. P.ex.: inicialmente ele distinguia entre “currículos de coleção” e “currículos de integração”.
1.2.2.1.(1). “Currículos de coleção”: isolamento das áreas de conhecimento, impermeáveis.
1.2.2.1.(2). “Currículos de integração”: as distinções são menos nítidas, submetidas a um
princípio abrangente.
1.2.2.2. “Classificação” é o termo usado para se referir ao grau de isolamento: é uma questão de
fronteiras – que coisas podem ficar juntas?
1.2.2.2.1. Maior classificação: organização em torno das disciplinas tradicionais.
1.2.2.2.2. Menor classificação: organização interdisciplinar.
1.2.3. Mas isso é inseparável das formas de transmissão e avaliação.
1.2.3.1. Tratando da transmissão, Bernstein cunha o termo “enquadramento”: grau de controle do
processo de transmissão pelo professor.
1.2.3.1.1. I.e.: onde os objetivos são mais ou menos explícitos, onde os estudantes têm
mais ou menos controle do ritmo da transmissão etc.
1.2.4. Nisso, é importante a introdução que ele faz de uma diferença entre poder e controle.
1.2.4.1. “Poder”: está ligado à classificação – trata-se do se pode ou não fazer; “controle”: está
ligado ao enquadramento – como se transmite.
1.2.4.2. Essa distinção o afasta das demais perspectivas críticas e o aproxima de Foucault.
1.2.4.2.1. O poder não é algo que distorce o currículo e pedagogia: ele está sempre lá, só
muda de forma (na classificação e no enquadramento).
1.3. A problemática que ele está enfrentando com isso é: como se aprendem as posições de classe?
1.3.1. Para dar conta disso ele usa o conceito de “código”: a gramática implícita de cada classe, as regras.
1.3.1.1. É o código que conecta o macro da classe social à consciência individual e às interações.
1.3.1.2. A posição social da pessoa na divisão social determina o tipo de código aprendido; e o tipo
de código aprendido determina o campo do pensável, dos significados das interações sociais.
1.3.2. Existiriam dois tipos de código, não-hierárquicos.
1.3.2.(1). “Código elaborado”: o “texto” produzido pela pessoa são relativamente independente do
contexto local.
1.3.2.(2). “Código restrito”: o “texto” é fortemente dependente do contexto.

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1.3.3. Trazendo isso para a pedagogia: os códigos são aprendidos pela vivência em diversas instâncias
sociais, dentre elas a família e a escola.
1.3.3.1. Na educação, é a estrutura do currículo e da pedagogia que determina quais modalidades
do código serão aprendidas.
1.4. Toda essa teorização estava ligada às reformas dos anos 1960, com seus impasses.
1.4.1. Questão do fracasso escolar das crianças da classe operária.
1.4.2. Iniciativas de diminuição da divisão entre o ensino acadêmico tradicional (voltado para as elites) e o
ensino profissionalizante (da classe operária).
1.4.3. Dúvidas em relação ao pensamento educacional “progressista” das pedagogias-centradas-na-criança.
1.5. O pensamento de Bernstein não foi muito influente, em parte por sua estrutura relativamente obscura.
1.5.1. Mas ele guarda uma importante lição: como compreender o currículo com a ajuda da sociologia.

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