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SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

[original: 1999]

Parte 2 – Capítulo 4 - “A crítica neomarxista de Michael Apple”, pp. 45-49.

1. Os neomarxistas e o currículo. (pp. 45-49)


1.1. Os trabalhos de Althusser e Bourdieu, embora críticos, não tinham o foco sobre o conhecimento escolar.
1.2. A crítica nesse campo está ligada ao pensamento de Michael Appel, Ideologia e currículo (1979).
1.2.1. Cruza Althusser e Bourdieu com outras teorias sociais críticas, como a obra de Raymond Williams.
1.3. Qual é o seu argumento?
1.2.1. Concorda com os trabalhos anteriores: dominação de classe afeta todas as esferas sociais, inclusive
a educação e a cultura. (Relação estrutural entre economia e cultura).
1.3.1.1. Ligação em termos formais entre organização econômica e organização do currículo escolar.
1.3.2. Porém, essa ligação não é simples determinação: há mediações ativas nesse vínculo.
1.3.2.1. Recorre ao conceito de “hegemonia” (Gramsci, desenvolvido por Williams): campo social
como campo contestado, onde os grupos dominantes precisam recorrer ao convencimento para
dominar as classes subalternas.
1.3.2.1.1. É esse esforço de convencimento que está em ação na transformação da
dominação econômica em hegemonia cultural.
1.3.2.1.2. Funciona transformando ideais da classe dominante em senso comum, natural.
1.3.3. Aí, o currículo escolar é corporificação dum conhecimento particular apresentado como universal.
1.3.3.1. A questão não é se um conhecimento é verdadeiro, mas porque ele considerado verdadeiro.
1.3.3.1.1. Por que estes conhecimentos, e não outros? Trata-se do conhecimento de quem?
Quais são as relações de poder envolvidas na seleção desse currículo?
1.3.4. Esse posicionamento crítico oscilava entre duas ênfases sociológicas comuns na época.
1.3.4.(1). Crítica ao “currículo oculto” (como em Bowles e Gintis): o papel das relações sociais da
escola no processo de reprodução social.
1.3.4.1.1. É caso também de Bernstein: mais atenção à forma como o conhecimento é
transmitido, e não no que é transmitido.
1.3.4.(2). Críticas ao “currículo explícito”, aos conteúdos (como o primeiro Althusser).
1.3.5. Apple tenta dar conta desses dois aspectos do currículo, tratando a escola como, simultaneamente,
distribuidora e produtora de conhecimentos.
1.3.5.1. Mas tanto distribuição como produção são organizadas segundo o processo de reprodução
cultural e social hegemônico: priorização do “conhecimento técnico”.
1.3.6. Ou seja: a característica mais marcante de sua obra é centralidade das relações de poder.
1.3.6.1. Ao conceber o processo de reprodução social sob a ótica de hegemonia, ele chama a
atenção para como esse processo não é tranquilo: luta em torno de valores, significados, propósitos
da educação.
1.3.6.2. Com o tempo, Apple abrirá cada vez mais espaço em suas obras para as formas de
resistência no campo do currículo.

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