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[Nota: Todos os Adultos/Formandos devem mencionar no seu PRA as fontes de todas as leituras que
efectuaram, não podendo copiar ou plagiar, arriscando-se à expulsão do processo RVCC.]
Boas leituras...
Nas sessões de Cidadania e Profissionalidade podemos aproveitar muitos recursos, às vezes quase banais,
do dia-a-dia, ou até mesmo das nossas antologias poéticas, para explorar vários dos temas indicados no
Referencial de Competências-Chave da mesma área. Este poema pode ser o ponto de partida para a
abordagem do tema Preconceitos, Estereótipos e Representações Sociais.
Este núcleo gerador supõe do aprendente a assimilação do ideal das luzes, expresso por Immanuel Kant,
no seu texto de 1784, Resposta à pergunta: O que são as luzes? A resposta do insigne filósofo alemão,
polarizando-se a partir dos correlativos conceitos de autonomia e liberdade, evidencia desde o primeiro
instante a exigência de uma atitude reflexiva, que, consubstanciada um distanciamento crítico capaz de
separar, escolher e julgar - assim o exorta a etimologia do último vocábulo - seja capaz analisar
metodicamente os acontecimentos sócio-económicos que se vão materializando no âmbito privado,
profissional, institucional e macro-estrutural de cada um dos candidatos ao RVCC.
Neste capítulo, gostaríamos de propor um pequeno exercício de reflexão a partir de dois poemas que,
enunciando duas atitudes opostas de liberdade e escravidão, poderiam elucidar os adultos acerca do
significado da emergente noção de cidadania.
O iluminismo é a saída do homem da sua menoridade culpável. A menoridade é a incapacidade de se
servir do próprio entendimento sem o auxílio de outrem.
Immanuel Kant, Resposta à pergunta: O que é o iluminismo
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
doces Ninguém me peça definições!
Estendendo-me os braços, e seguros Ninguém me diga: "vem por aqui"!
De que seria bom que eu os ouvisse A minha vida é um vendaval que se soltou
Quando me dizem: "vem por aqui!" É uma onda que se alevantou.
Eu olho-os com olhos lassos, É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não, não vou por aí! Só vou por onde Não sei para onde vou
Me levam meus próprios passos... - Sei que não vou por aí!
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"? José Régio
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
.
Diz sim ao mestre, vírgula; Diz sim ao mestre… A verdade ensina-a ele nos
ele é o mestre, vírgula; seus ditados.
tu estás na terra, sem vírgula, Escutem, respeitem o mestre.
para te submeteres Ele tem… ele sabe, ele pensa
ou para te calares. logo seguimo-lo, invejamo-lo,
Vamos, repete: Diz sim ao mestre, porque ele é o mestre.
o mestre já te disse para Ele sabe tudo, ele pensa por nós.
pores a pinta no i. É o guardião seguro da nossa cultura.
Ele é o mestre. Nós somos imbecis
E o m, desta vez sem maiúscula, ele é o evangelho.
importante, lembra-te, vírgula. Filhinho, é preciso escutá-lo,
Tu estás na Terra, um e e dois rr, se não, onde vamos parar? Repete: Diz sim ao
para te submeteres. A quem? mestre…
Ao mestre, c’os diabos ou para te calares, cala-te. Michel Fugain
Cuidado com os dedos e
ponto final, meu menino,
atenção à tua nota. Repete: Diz sim ao mestre…
http://www.ipv.pt/millenium/Millenium29/
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Tópicos, ditos, refrões, frases feitas, etiquetas verbais ou adjectivações a respeito de pessoas e grupos, são
alusões que frequentemente encontramos, quer nas conversas diárias da rua, quer nos meios de
comunicação social.
http://www.soaresbasto.pt/CRVCC/secundario/RVCC_CP.pdf