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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CATARINA DE ABREU

Ano: 2020 Período de execução: 23-FEV À 06-ABR


Período: 1° Bimestre Professor: Noilson Oliveira dos Santos
Prof. De Apoio: José Fernando Ribeiro Silva
Estudante: Guilherme Cásseres de Brito
Turma: 2ºA - INTEGRAL
COMPONENTE CURRICULAR/DISCIPLINA: Filosofia

ADAPTAÇÃO DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR PEDAGÓGICA - EAD

Ciência e senso comum

Atualmente, o conhecimento científico é muito valorizado. Expressões que se


referem à ciência, como “cientificamente comprovado”, abundam nos anúncios para
conferir autoridade aos produtos. Isso não é de se espantar: o avanço científico e
tecnológico das últimas décadas tornou possível que nós, humanos,
experimentássemos a nossa existência de uma forma diferente.

Curas para doenças, aparelhos que nos auxiliam na realização de tarefas,


viagens espaciais, capacidade de moldar os nossos corpos por intervenção cirúrgica
são exemplos de contribuições das ciências com as quais lidamos diariamente. Por essa
razão, sempre estaremos prontos a refutar caso alguém disser que a ciência não deve
ser tão valorizada.

Podemos nos perguntar: o que diferencia um saber científico de um saber não


científico? Há um método por trás de tudo aquilo que se denomina como ciência e pelo
qual conseguimos determinar se algo é ciência ou não? Há uma modalidade única de
ciência ou podemos dizer que são ciências?

Todas essas investigações – e outras mais – foram feitas por filósofos desde a
Antiguidade, como Aristóteles, e principalmente após o século XVII, tendo grande
expressão a partir do século XX com os pensamentos de Carnap, Popper e Quine, por
exemplo. Os pensamentos de filósofos em torno de questões relacionadas com a ciência
foram denominados como “Filosofia da Ciência”.
As diferenças entre o método científico e o senso comum

O Senso Comum pode ser definido como um conjunto dos conhecimentos que
recebemos a partir da transmissão da experiência de uma pessoa ou de um grupo
social. As afirmações que são classificadas por senso comum, embora não tenham
vínculo necessário com a expressão religiosa, podem ser comparadas com crenças.
Muitas dessas crenças, se submetidas a uma análise mais profunda, vão mostrar-se
falíveis, mesmo que aceitas e compartilhadas amplamente.

Enquanto as afirmações do senso comum partem de um conhecimento


particular, que muitas vezes não pode ser validado se relacionado com outras pessoas,
e estão vinculadas ao ponto de vista individual, a ciência pretende estabelecer um
conhecimento geral a partir de experimentos que possam ser comprovados. As
conclusões científicas podem ser testadas, pois uma pesquisa deve registrar e tornar
públicos os métodos que foram utilizados e os procedimentos realizados a fim de que
qualquer pesquisador possa repetir seus passos.

A linguagem das afirmações de senso comum tende a ser subjetiva, e os


sentimentos da pessoa que faz alguma afirmação são levados em conta. A linguagem
científica, pelo contrário, procura uma linguagem rigorosa e objetiva e independe de
preferências individuais.

Paul Feyerabend e a máxima do “tudo vale”

Em virtude da diversidade das áreas das ciências e das pesquisas


desenvolvidas, o método científico não é um só, aplicável a todas as áreas como uma
chave mágica que abre todas as portas. Por essa razão, a existência de um método
científico único que aumentava a confiança do homem em sua capacidade de conhecer
o universo passou a ser problematizada. Paul Feyerabend chegou ao extremo de dizer
em sua obra principal, Contra o método, publicada em 1975, que “o único princípio que
não inibe o progresso é: tudo vale”.*

Isso significa que, para Feyerabend, há uma série de métodos práticos que
podemos utilizar a depender do processo de investigação que estejamos
desenvolvendo. É a própria natureza da pesquisa que vai criar os métodos a serem
empregados. Com isso, ele defendia que cada problema científico deveria ser abordado
de acordo com os meios disponíveis e respeitando a liberdade dos pesquisadores. O
contrário disso, para ele, seria uma limitação da ciência: “(Para progredir), precisamos
fazer um recuo que nos afaste da evidência, reduzir o grau de adequação empírica
(conteúdo empírico) de nossas teorias, abandonar o que já conseguimos e começar de
novo” (p. 179).
Embora polêmica, a posição de Feyerabend aponta o risco de estagnação da
ciência se estabelecer uma metodologia única, desconsiderando os fatores externos e
a liberdade do pesquisador de encontrar seus caminhos para a resolução de um
problema. A metodologia que pode assegurar a objetividade das conclusões também
pode excluir quaisquer procedimentos que sejam diferentes.

Estabelecer uma metodologia única poderia representar um limite para o


conhecimento, a partir do qual não seria possível avançar, justamente porque tudo o
que poderia ser adequado à metodologia já havia sido feito. O maior problema da teoria
de Feyerabend, segundo o filósofo Gilles-Gaston Granger, é a recusa a critérios de
investigação, admitindo a diversidade como um valor em si.

Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/filosofia/metodo-cientifico-senso-comum.html

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