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CIRCUITOS ELECTRICOS III

AULA 1 – FREQUENCIA COMPLEXA


Engº MSc. Claudio Santos de G. Pinto

INTRODUÇÃO: Vamos agora começar a discutir uma parte mais científica da analise de circuitos,
que é o conceito de FREQUENCIA COMPLEXA. Ela consiste em juntar todas as técnicas de análise de
circuitos até agora aprendidas em apenas um pacote. Análise de circuitos resistivos, análise de sinais
sinusoidais, análise de regime transitório, respostas forçadas, resposta completa e análise de
circuitos excitados por função exponencial, deverão dominar a análise de circuitos associados ao
conceito de frequência complexa.

O principal propósito deste tópico, é nos relançar imediatamente para a integral da Transformada
De Laplace. Contudo, vamos analisar os conceitos básicos da frequência complexa e sua relevância
na análise de circuitos. A partir daí introduziremos a Transformada de Laplace e aprender a aplicar a
Transformada Inversa de Laplace para obter a resposta em domínio do tempo,

FREQUÊNCIA COMPLEXA (S)


Para Introduziremos a noção de frequência complexa, consideraremos uma função sinusoidal
amortecida, como a tensão abaixo:

Tendo uma Tensão Sinusoidal Geral; 𝑣(𝑡) = 𝑉𝑚 cos⁡(𝜔𝑡 + 𝜃) (1)

podemos representar numa Tensão Sinusoidal Amortecida, acrescentando a expressão 𝑒 𝜎𝑡 :

𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒆𝝈𝒕 𝐜𝐨𝐬⁡(𝝎𝒕 + 𝜽) (2)

Onde:

𝜎 → é⁡𝑎⁡𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒⁡𝑟𝑒𝑎𝑙⁡𝑒⁡𝑢𝑠𝑢𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒⁡𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎

Na equação (2), podemos observar o seguinte;

1. Se 𝝈 = 𝝎 = 𝟎 tremos: 𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝑽𝟎 (3)

observamos que a equação (3) representa uma TENÇÃO CONSTANTE.

2. Se apenas 𝝈 = 𝟎 temos: 𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝐜𝐨𝐬⁡(𝝎𝒕 + 𝜽) (4)

observamos que a equação (4) representa uma TENSÃO SINUSOIDAL GERAL.

3. Se apenas 𝝎 = 𝟎 temos: 𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒄𝒐𝒔⁡𝜽⁡𝒆𝝈𝒕 = 𝑽𝟎 𝒆𝝈𝒕 (5)

observamos que a equação (5) representa uma TENSÃO EXPONENCIAL.

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Se uma tensão for representada na forma complexa onde o ângulo de fase é diferente de zero graus
(𝜽 ≠ 𝟎°), consideramos também uma componente imaginária:

𝒗(𝒕) = 𝑽𝟎 𝒆𝒋𝝎𝒕 (6)

É evidente que a similaridade existente entre as equações (5) e (6), é prejudicada pelas expressões:

𝝈 → parte⁡real⁡da⁡frequencia⁡complexa⁡ou⁡𝑭𝑹𝑬𝑸𝑼𝑬𝑵𝑪𝑰𝑨⁡𝑵𝑬𝑷𝑬𝑹𝑰𝑨𝑵𝑨
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Eexemplo: uma expressão do tipo 𝒆𝝈𝒕 , onde 𝝈 = 𝟕, será 𝒆𝟕𝒕

onde 7t é o neper (Np) e

7 é a frequência neperiana em neper por segundo)

𝝎 → 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒⁡𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎⁡𝑑𝑎⁡𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎⁡𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑎

Considerando que qualquer expressão matemática pode ser escrita da forma:

𝒇(𝒕) = 𝑲𝒆𝒔𝒕 (7)

Onde: 𝑲⁡e⁡𝒔 → 𝑠ã𝑜⁡𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠⁡𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑎𝑠⁡(𝑖𝑛𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒⁡𝑑𝑜⁡𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜)⁡

é⁡𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜⁡𝑝𝑜𝑟⁡𝑭𝑹𝑬𝑸𝑼𝑬𝑵𝑪𝑰𝑨⁡𝑪𝑶𝑴𝑷𝑳𝑬𝑿𝑨⁡´´𝒔´´

Portanto, se considerarmos que 𝑲 = 𝑽𝟎 e 𝒔 = 𝝈 + 𝒋𝝎 , chegamos às seguintes conclusões:

 Para Tensão ou Corrente Constante:

𝑣(𝑡) = 𝑉0 pode ser escrita da forma 𝒗(𝒕) = 𝑽𝟎 𝒆(𝟎)𝒕

A frequência complexa 𝒔 = 𝟎 + 𝒋𝟎⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡ou ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝒔 = 𝟎

 Para Tensão ou Corrente Exponencial:

𝒗(𝒕) = 𝑽𝟎 𝒆𝝈𝒕

A frequência complexa 𝒔 = 𝝈 + 𝒋𝟎⁡ou⁡simplesmente⁡𝒔 = 𝝈

 Para Tensão ou Corrente Sinusoidal:

𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽)

Desejando encontrar uma expressão equivalente em termos de Exponencial Complexo. Recorrendo à


experiencias passadas, usamos a formula que derivamos da identidade de Euler1.

𝟏 𝒋(𝝎𝒕+𝜽)
𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽) = (𝒆 + 𝒆−𝒋(𝝎𝒕+𝜽) )
𝟐

1 1 1
Da Identidade de Euler: 𝑒 𝑖𝜃 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜃 obtém-se ⟹ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = (𝑒 𝑖𝜃 + 𝑒 −𝑖𝜃 ) e 𝑠𝑒𝑛𝜃 = (𝑒 𝑖𝜃 − 𝑒 −𝑖𝜃 )
2 2𝑖

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Daí:
𝟏
𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 [𝒆𝒋(𝝎𝒕+𝜽) + 𝒆−𝒋(𝝎𝒕+𝜽) ]
𝟐
𝟏 𝟏
𝒗(𝒕) = (𝟐 𝑽𝒎 𝒆𝒋𝜽 ) 𝒆𝒋𝝎𝒕 + (𝟐 𝑽𝒎 𝒆−𝒋𝜽 ) 𝒆−𝒋𝝎𝒕 ou 𝒗(𝒕) = 𝑲𝟏 𝒆𝒔𝟏 𝒕 + 𝑲𝟐 𝒆𝒔𝟐 𝒕

Para descrever uma tensão ou corrente sinusoidal, é um par de frequências que são complexas e
conjugado:
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𝒔𝟏 = 𝒋𝝎⁡⁡⁡𝒅𝒐⁡𝟏º⁡𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐⁡⁡⁡⁡⁡⁡

⁡𝒔𝟐 = −𝒋𝝎⁡⁡𝒅𝒐⁡𝟐º⁡𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐

vimos que os dois valores de ´´s´´ são conjugados 𝑠2 = 𝑠1∗ e


𝟏 𝟏
𝐾1 = 𝟐 𝑽𝒎 𝒆𝒋𝜽 ⁡𝑒⁡𝐾2 = 𝟐 𝑽𝒎 𝒆−𝒋𝜽 → os dois valores de ´´K´´ são também conjugados 𝐾2 = 𝐾1∗

 Para Tensão ou Corrente Sinusoidal Amortecida:

𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒆𝝈𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽)

Para encontrar a expressão equivalente em termos de Exponencial Complexo. Recorremos


novamente à fórmula que derivamos da identidade de Euler.

𝟏 𝒋(𝝎𝒕+𝜽)
𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽) = (𝒆 + 𝒆−𝒋(𝝎𝒕+𝜽) )
𝟐
𝟏
𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒆𝝈𝒕 [𝒆𝒋(𝝎𝒕+𝜽) + 𝒆−𝒋(𝝎𝒕+𝜽) ]
𝟐
𝟏 𝟏
𝒗(𝒕) = 𝟐 𝑽𝒎 𝒆𝒋𝜽 𝒆𝒋(𝝈+𝒋𝝎𝒕)𝒕 + 𝟐 𝑽𝒎 𝒆−𝒋𝜽 𝒆𝒋(𝝈−𝒋𝝎𝒕)𝒕

De modo semelhante, para descrever uma tensão ou corrente sinusoidal amortecida, é necessário
um par de frequências que são complexos conjugados:

𝒔𝟏 = 𝝈 + 𝒋𝝎⁡⁡⁡𝒅𝒐⁡𝟏º⁡𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐⁡⁡⁡⁡⁡⁡

⁡𝒔𝟐 = 𝝈 − 𝒋𝝎⁡⁡𝒅𝒐⁡𝟐º⁡𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐

Onde de forma geral: 𝝈 ≠ 𝟎⁡𝒆⁡𝝎 ≠ 𝟎⁡⁡

CASO CONCRETO 1:

 Um valor puramente real positivo: 𝑠 = 5 + 𝑗0⁡ ⟹ 𝐾𝑒 +5𝑡 → identifica uma função


exponencial crescente

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 Um valor puramente real negativo: 𝑠 = −5 + 𝑗0⁡ ⟹ 𝐾𝑒 −5𝑡 → identifica função exponencial
decrescente
 Um valor puramente imaginário: 𝑠 = 𝑗10⁡ ⟹ 𝐾𝑒 𝑗10𝑡 = 𝐾(𝑐𝑜𝑠10𝑡 + 𝑗𝑠𝑒𝑛10𝑡)2 → como
podemos ver, contem uma parte real e uma parte imaginaria. Para construir uma FUNÇÃO
REAL, é necessário considerar valores conjugado da frequência complexa s, tal como 𝑠1 =
+𝑗10 e 𝑠2 = −𝑗10, que podem ser associados aos valores de K, que corresponde a uma
tensão sinusoidal de frequência radiana de 10 rad/s;
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A amplitude e o ângulo de fase do sinal sinusoidal dependerão da escolha de K para cada uma
das duas frequências complexas. Portanto;

Para 𝒔𝟏 = 𝒋𝟏𝟎 e 𝑲𝟏 = 𝟔 − 𝒋𝟖, podemos achar a tensão sinusoidal do tipo:

𝒗(𝒕) = 𝑲𝟏 𝒆𝒔𝟏 𝒕 + 𝑲𝟐 𝒆𝒔𝟐 𝒕 = 𝑽𝒎 𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽)

Achando o conjugado de 𝒔𝟏 e 𝑲𝟏 temos que:

𝒔𝟐 = −𝒋𝟏𝟎 e 𝑲𝟐 = 𝟔 + 𝒋𝟖

Porque 𝒔 = ±𝒋𝟏𝟎, então temos que 𝝎 = 𝟏𝟎

Representando o módulo (forma polar) de 𝑲𝟏 : 𝐾1 = |6 − 𝑗8| = 𝟏𝟎


−8
Também podemos encontrar o ângulo de fase 𝜽: tan−1 ( 6 ) = 𝟓𝟑. 𝟏°

Logo encontramos a tenção máxima: 𝑉𝑚 = 2|𝐾| = 𝟐𝟎

PORTANTO PARA A FORMA 𝑽𝒎 𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽), TEMOS:

𝒗(𝒕) = 𝟐𝟎𝒄𝒐𝒔(𝟏𝟎𝒕 + 𝟓𝟑. 𝟏°)


RESUMIDAMENTE

Para cada tipo de função a frequência complexa é representada nas seguintes formas:

DC (𝑆 = 0), exponential (𝑆 = 𝜎), 𝑠𝑖𝑛𝑢𝑠𝑜𝑖𝑑𝑎𝑙⁡(𝑆 = 𝑗𝜔), e exponencial sinusoidal (𝑆 = 𝜎 + 𝑗𝜔).

CASO CONCRETO 2:

Representar as frequências complexas da expressão dada em função de tempo:

(2𝑒 −100𝑡 + 𝑒 −200𝑡 )𝑠𝑒𝑛2000𝑡 = (2𝑒 −100𝑡 𝑠𝑒𝑛2000𝑡 + 𝑒 −200𝑡 𝑠𝑒𝑛2000𝑡)

Resolução:

𝒔𝟏 = −𝟏𝟎𝟎 − 𝒋𝟐𝟎𝟎𝟎,⁡𝒔𝟐 = −𝟏𝟎𝟎 + 𝒋𝟐𝟎𝟎𝟎, 𝒔𝟏 = −𝟐𝟎𝟎 − 𝒋𝟐𝟎𝟎𝟎,⁡𝒔𝟐 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝒋𝟐𝟎𝟎𝟎 𝑠 −1

2
Da identidade de Euler, 𝑒 𝑖𝜃 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜃

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Entendido agora o conceito de Frequência Complexa, podemos agora ver para que isto serve e como
isto é usado:

Tendo uma tensão 𝒗(𝒕) = 𝑽𝒎 𝒆𝝈𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝜽)

𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝑽𝒎 𝒆𝝈𝒕 𝒆𝒋(𝝎𝒕+𝜽) } ou 𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝑽𝒎 𝒆𝝈𝒕 𝒆𝒋(−𝝎𝒕−𝜽) }


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Se substituirmos 𝑠 = 𝜎 + 𝑗𝜔 ⁡𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝑽𝒎 𝒆𝒋𝜽 𝒆(𝜎+𝑗𝜔⁡)𝒕 } teremos:

𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝑽𝒎 𝒆𝒋𝜽 𝒆𝒔𝑡 } e teremos no entanto, uma corrente:

𝒊(𝒕) = 𝑰𝒎 𝒆𝝈𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝝎𝒕 + 𝝓) ⟹ 𝒊(𝒕) = 𝑹𝒆{𝑰𝒎 𝒆𝒋𝝓 𝒆𝒔𝑡 }

AULA 2 – RELAÇÕES TENSÃO-CORRENTE NOS RESISTÊNCIAS, CONDENSADORES E

BOBINAS NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA.

Exemplo 1:

1. No circuito em série RLC abaixo, é aplicada uma tensão forçada 𝑣(𝑡) = 60𝑒 −2𝑡 cos⁡(4𝑡 +
10°)𝑉. Determine a expressão da resposta forçada no domínio do tempo: 𝑖(𝑡) =
𝐼𝑚 𝑒 −2𝑡 𝑐𝑜𝑠(4𝑡 + 𝜙).

Solução:

 Passo 1: Representar a tensão em notação 𝑹𝒆{ }.


𝑣(𝑡) = 60𝑒 −2𝑡 cos(4𝑡 + 10°) 𝑉 = 𝑅𝑒{60𝑒 −2𝑡 𝑒 𝑗(4𝑡+10⁡) }
𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝟔𝟎𝒆𝒋𝟏𝟎° 𝒆(−𝟐+𝒋𝟒⁡)𝒕 }
𝒐𝒖⁡
𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝑽𝒎 𝒆𝒋𝜽 𝒆𝒔𝑡 }

Onde: 𝑉 = 60∠10° e 𝑠 = −2 + 𝑗4

⟹ 𝒗(𝒕) = 𝑹𝒆{𝟔𝟎∠𝟏𝟎°𝒆(−𝟐+𝒋𝟒)𝒕 }

Portanto, de maneira semelhante, a resposta terá a mesma configuração:

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𝑰𝒆𝒔𝒕 onde 𝑰 = 𝑰𝒎 ∠𝝓.

 Passo 2: neste passo a equação para o circuito deve ser representada de forma
integrodiferencial.
Considerando a Lei da Tensão de Kirchhoff, obtemos:

𝒅𝒊 𝟏 𝒅𝒊
𝒗(𝒕) = 𝑹𝒊 + 𝑳 + ∫ 𝒊𝒅𝒕 = 𝟐𝒊 + 𝟑 + 𝟏𝟎 ∫ 𝒊𝒅𝒕
𝒅𝒕 𝑪 𝒅𝒕
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Como a intenção é encontrar a corrente de resposta provocada pela tensão de excitação acima
descrita, introduziremos antes a Transformada de Laplace e posteriormente encontraremos a
corrente de resposta.

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AULA 3 – TECNICA DA TRANSFORMADA DE LAPLACE

A TRANFORMADA DE LPPLACE é definida pela seguinte função geral 𝑓(𝑡) como:


𝑭(𝒔) = ∫ 𝒇(𝒕)𝒆−𝒔𝒕 𝒅𝒕
−∞

A transformada de Laplace, converte uma função representada no seu domínio do tempo 𝒇(𝒕), para
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a correspondente no domínio da frequência 𝑭(𝒔).

A TRANSFORMADA INVERSA DE LAPLACE

𝝈𝟎 +𝒋∞
𝟏
𝒇(𝒕) = ∫ 𝒆𝒔𝒕 𝑭(𝒔)𝒅𝒔
𝟐𝝅𝒋 𝝈𝟎−𝒋∞

𝑭(𝒔) = 𝓛{𝒇(𝒕)}⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝒆⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝒇(𝒕) = 𝓛−𝟏 {𝑭(𝒔)}

OPERAÇÕES MATEMÁTICAS SOBRE A TRANSFORMADA DE LAPLACE:

 MULTIPLICAÇÃO POR UMA CONSTANTE: 𝓛{𝒇(𝒕)} ⁡ = 𝑭(𝒔);


⇒ 𝓛{𝑲𝒇(𝒕)} ⁡ = 𝑲𝑭(𝒔)

 ADIÇÃO (SUBTRACÇÃO): 𝓛{𝒇𝟏 (𝒕)} ⁡ = 𝑭𝟏 (𝒔), 𝓛{𝒇𝟐 (𝒕)} ⁡ = 𝑭𝟐 (𝒔), 𝓛{𝒇𝟑 (𝒕)} ⁡ = 𝑭𝟑 (𝒔);
⇒ 𝓛{𝒇𝟏 (𝒕) + 𝒇𝟐 (𝒕) − 𝒇𝟑 (𝒕)} ⁡ = 𝑭𝟏 (𝒔) + 𝑭𝟐 (𝒔) − 𝑭𝟑 (𝒔)

 DIFERENCIAÇÃO (DERIVADA): a diferenciação no domínio do tempo consiste em


multiplicar⁡𝑭(𝒔) por 𝒔 e posteriormente subtrair pelo valor inicial de 𝒇(𝒕)

𝒅𝒇(𝒕)
𝓛{ } = 𝒔𝑭(𝒔) − 𝒇(𝟎− )
𝒅𝒕

 INTEGRAÇÃO: a integração no domínio do tempo consiste em dividir por 𝒔


𝒕
𝑭(𝒔)
𝓛 {∫ 𝒇(𝒙) 𝒅𝒙} =
𝟎− 𝒔

 TRANSLAÇÃO NO DOMÍNIO DO TEMPO: quando temos qualquer função 𝑓(𝑡)𝑢(𝑡), consiste


em multiplicar por um exponencial no domínio da frequência.

𝓛{𝒇(𝒕 − 𝒂)𝒖(𝒕 − 𝒂)} = 𝒆−𝒂𝒔 𝑭(𝒔)


𝟏 𝒆−𝒂𝒔
Ex. 𝓛{𝒕𝒖(𝒕)} = 𝒔𝟐 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝓛{𝒇(𝒕 − 𝒂)𝒖(𝒕 − 𝒂)} = 𝒔𝟐

 TRANSLAÇÃO NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA: consiste em multiplicar por algum exponencial


no domínio do tempo.

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𝓛{𝒆−𝒂𝒕 𝒇(𝒕)} = 𝑭(𝒔 + 𝒂)
𝒔 𝒔+𝒂
Ex. 𝓛{𝒄𝒐𝒔𝝎𝒕} = 𝒔𝟐 +𝝎𝟐 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡; 𝓛{𝒆−𝒂𝒕 𝒄𝒐𝒔𝝎𝒕} = (𝒔+𝒂)𝟐 +𝝎𝟐

 MUDANÇA DE ESCALA: esta técnica dá a relação entre 𝑓(𝑡)𝑒⁡𝐹(𝑠) quando a variável do


tempo é multiplicada por uma constante positiva:
𝟏 𝒔
𝓛{𝒇(𝒂𝒕)} = 𝒂 𝑭 (𝒂),
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𝒔 𝟏 𝒔⁄ 𝒔
𝝎
Ex. ⁡⁡𝓛{𝒄𝒐𝒔⁡𝒕} = 𝒔𝟐 +𝟏 ⁡ ⇒ ⁡⁡⁡𝓛{𝒄𝒐𝒔𝝎𝒕} = 𝝎 (𝒔⁄ )𝟐
= 𝒔𝟐 +𝝎𝟐
𝝎 +𝟏

Agora já podemos continuar com a equação do exemplo anteriormente não terminado.

𝒅𝒊 𝟏 𝒅𝒊
𝒗(𝒕) = 𝑹𝒊 + 𝑳 + ∫ 𝒊𝒅𝒕 = 𝟐𝒊 + 𝟑 + 𝟏𝟎 ∫ 𝒊𝒅𝒕
𝒅𝒕 𝑪 𝒅𝒕

Aplicando as propriedades da Transformada de Laplace acima descritas, teremos que e igualdade

𝒅𝒊
𝒗(𝒕) = 𝟐𝒊 + 𝟑 + 𝟏𝟎 ∫ 𝒊𝒅𝒕
𝒅𝒕
10
𝑉𝑒 𝑠𝑡 = 2𝐼𝑒 𝑠𝑡 + 3𝑠𝐼𝑒 𝑠𝑡 + 𝐼𝑒 𝑠𝑡
𝑠
Onde: 𝑉 = 60∠10°

10 𝑠𝑡
∴ 60∠10°𝑒 𝑠𝑡 = 2𝐼𝑒 𝑠𝑡 + 3𝑠𝐼𝑒 𝑠𝑡 + 𝐼𝑒
𝑠
10
60∠10° = 2𝐼 + 3𝑠𝐼 + 𝐼
𝑠
Portanto,
𝟔𝟎∠𝟏𝟎°
𝑰=
𝟐 + 𝟑𝒔 + 𝟏𝟎⁄𝒔

Porque 𝑠 = −2 + 𝑗4

60∠10°
⟹𝐼=
10
2 + 3(−2 + 𝑗4) +
(−2 + 𝑗4)

Depois de manipularmos o conjunto dos números complexos, temos que:

𝑰 = 𝟓. 𝟑𝟕∠ − 𝟏𝟎𝟔. 𝟔°

Portanto a resposta forçada é:

𝒊(𝒕) = 𝟓. 𝟑𝟕𝒆−𝟐𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒕 − 𝟏𝟎𝟔. 𝟔°)𝑨

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EXEMPLO 2:

Encontra a transformada de Laplace da função 𝑓(𝑡) = 2𝑢(𝑡 − 3).


∞ ∞ ∞
−𝒔𝒕 −𝒔𝒕
𝑭(𝒔) = ∫ 𝒆 𝒇(𝒕)𝒅𝒕 = ∫ 𝒆 𝟐𝒖(𝒕 − 𝟑)𝒅𝒕 = 𝟐 ∫ 𝒆−𝒔𝒕 𝒅𝒕
𝟎− 𝟎− 𝟑

Simplificando, temos que:


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−𝟐 −𝒔𝒕 ∞ −𝟐 𝟐
𝑭(𝒔) = 𝒆 | = (𝟎 − 𝒆−𝟑𝒔 ) = 𝒆−𝟑𝒔
𝒔 𝟑 𝒔 𝒔

APLICAÇÃO DA INVERSA TRANSFORMADA DE LAPLACE

EXEMPLO.
7 31
Dada a função 𝐺(𝑠) = 𝑠 − (𝑠+17), encontre 𝑔(𝑡).

7 31
𝑔(𝑡) = 𝓛−1 { } − 𝓛−1 { }
𝑠 (𝑠 + 17)
7 1 1
𝓛−1 { } = 7𝓛−1 { } = 7𝑢(𝑡) Onde: 𝑢(𝑡) =
𝑠 𝑠 𝑠

De modo semelhante;

31
𝓛−1 { } = 31𝑒 −17 𝑢(𝑡)
(𝑠 + 17)

𝑔(𝑡) = [7 − 31𝑒 −17 ]𝑢(𝑡)

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TABELA DA TRANSFORMDA DE LAPLACE
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TABELA DOS PARES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE

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Exercício:

Determine a transformada de Laplace da expressão 𝑓(𝑡) = 𝑒 −𝑎𝑡 𝑠𝑒𝑛⁡𝜔𝑡.

Resolução:

𝐹(𝑠) = ∫ 𝑓(𝑡) 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡
0
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⇒ 𝐹(𝑠) = ∫ 𝑒 −𝑎𝑡 𝑠𝑒𝑛⁡𝜔𝑡⁡𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡
0

𝑒 𝑗𝜔𝑡 − 𝑒 −𝑗𝜔𝑡
𝑠𝑒𝑛⁡𝜔𝑡 =
2𝑗

1 ∞ −(𝑠+𝑎)𝑡 𝑗𝜔𝑡
⇒ 𝐹(𝑠) = ∫ 𝑒 [𝑒 − 𝑒 −𝑗𝜔𝑡 ] 𝑑𝑡
2𝑗 0

1 ∞ (𝑗𝜔−𝑠−𝑎)𝑡 1 ∞ (−𝑗𝜔−𝑠−𝑎)𝑡
𝐹(𝑠) = ∫ 𝑒 𝑑𝑡 + ∫ 𝑒 𝑑𝑡
2𝑗 0 2𝑗 0
∞ ∞
𝑒 (𝑗𝜔−𝑠−𝑎)𝑡 𝑒 (−𝑗𝜔−𝑠−𝑎)𝑡
𝐹(𝑠) = ] − ]
2𝑗(𝑗𝜔 − 𝑠 − 𝑎) 2𝑗(−𝑗𝜔 − 𝑠 − 𝑎)
0 0
−1 1
𝐹(𝑠) = +
2𝑗(𝑗𝜔 − 𝑠 − 𝑎) 2𝑗(−𝑗𝜔 − 𝑠 − 𝑎)

1 1 1
𝐹(𝑠) = [ + ]
𝜔 + 𝑗(𝑠 + 𝑎) 𝜔 − 𝑗(𝑠 + 𝑎) 2
𝜔
𝐹(𝑠) =
[𝜔 + 𝑗(𝑠 + 𝑎)][𝜔 − 𝑗(𝑠 + 𝑎)]
𝜔
𝐹(𝑠) =
(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔 2

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MODELAGEM DOS CIRCUITOS EM REGIME TRANSITÓRIO ATRAVÉS DE SUAS EQUAÇÕES
DIFERENCIAIS: SOLUÇÃO NO DOMÍNIO DO TEMPO.

Exemplo:
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No circuito abaixo, o switch abre no tempo 𝑡 = 0. Use a transformada de Laplace para encontrar 𝑖(𝑡)
para o tempo 𝑡 > 0.

Solução:

Para o tempo 𝑡 < 0

12𝑉
𝑖(0− ) = = 4⁡𝐴

Para o tempo 𝑡 > 0

𝑑𝑖(𝑡)
Aplicando a lei de Kirchhoff para a tensões: 𝐿 + 𝑅𝑖(𝑡) + 𝑅𝑖(𝑡) = 0
𝑑𝑡

𝑑𝑖(𝑡)
3 + 3𝑖(𝑡) + 6𝑖(𝑡) = 0
𝑑𝑡

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3𝑠𝐼(𝑠) − 3𝑖(0− ) + 3𝐼(𝑠) + 6𝐼(𝑠) = 0

3𝑠𝐼(𝑠) − 3 ∙ 4 + 3𝐼(𝑠) + 6𝐼(𝑠) = 0

𝐼(𝑠)[3𝑠 + 9] = 12

12
𝐼(𝑠) =
3(𝑠 + 3)
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4
𝐼(𝑠) =
(𝑠 + 3)

𝑖(𝑡) = 4𝑒 −3𝑡 𝑢(𝑡)𝐴


⁡⁡⁡ | ⁡⁡⁡⁡⁡⁡
𝑡>0

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RESPOSTAS AO DEGRAU

Podemos encontrar funções que apresentam alguma descontinuidade, ou pulo. Depois de


discutirmos o comportamento transitório, vimos que o funcionamento de um switch
(chave/interruptor) causa mudança abrupta nas correntes e tensões. Nós acomodamos
matematicamente estas descontinuidades introduzindo as FUNÇÕES DE DEGRAU, como mostra o
exemplo abaixo.
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Ilustração de uma função de impulso


𝐾𝑢(𝑡), onde para o tempo 𝑡 < 0 a
função é igual a zero.

Portanto, a definição matemática desta função é:

𝐾 = 1⁡DEGRAU⁡UNITÁRIO

𝐾𝑢(𝑡) = 0⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑡 < 0

𝐾𝑢(𝑡) = 𝐾⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑡 > 0

Pomos ver que a função não é definida no tempo 𝑡 = 0 (tempo de descontinuidade). Nas situações
em que se quer definir a transacção entre o tempo 0− e 0+ assumimos que esta é linear e que:

𝐾𝑢(0) = 0,5𝐾

0− 𝑒⁡0+ - Representam pontos simétricos arbitrários a esquerda e a direita bem perto da origem e
ilustra a transição linear de um ponto para outro.

De uma maneira geral o degrau que ocorre no tempo 𝑡 = 𝑎, é expressada na seguinte maneira:

𝐾𝑢(𝑡 − 𝑎) = 0⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑡 < 𝑎

𝐾𝑢(𝑡 + 𝑎) = 𝐾⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑡 > 𝑎

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Se 𝑡 = 𝑎⁡𝑒⁡𝑎 > 0 o degrau ocorre a direita da origem: Se 𝑡 = 𝑎⁡𝑒⁡𝑎 < 0 o degrau ocorre a esquerda da
origem:
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O degrau igual a 𝐾 para 𝑡 < 𝑎 é escrita da maneira 𝐾𝑢(𝑎 − 𝑡). Portanto;

𝐾𝑢(𝑎 − 𝑡) = 𝐾⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑡 < 𝑎

𝐾𝑢(𝑎 + 𝑡) = 0⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑡 > 𝑎

Uma aplicação do degrau é para expressar matematicamente a expressão para a função que não é
zero para uma duração finita. Por exemplo, a função 𝑲[𝒖(𝒕 − 𝟏) − 𝒖(𝒕 − 𝟑)]⁡, tem valores de𝐾para
1⁡ < 𝑡 < 3 e valor zero em todos outros pontos, portanto, é um degrau de largura finita de altura 𝐾,
iniciado em 𝑡 = 1 e terminando em 𝑡 = 3. Podemos verificar que este é um sinal que representa um
degrau de constante 𝐾, cujo inicio ou tempo de subida (activação/on) 𝒕 = 𝟏 é definido pela função de
degrau 𝑢(𝑡 − 1), e o fim ou tempo de descida (desactivação/off) 𝒕 = 𝟑, é definida pela função de
degrau −𝑢(𝑡 − 3). Resumindo usamos a função de degrau para liga/on e desligar/off uma função
linear nos tempos desejados.

EXEMPLO:

Plote e determine a transformação do pulso rectangular 𝑣(𝑡) = 𝑢(𝑡 − 2) − 𝑢(𝑡 − 5).

Solução:

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Como vimos que a transformação de:
1
𝑢(𝑡) = 𝑠 mas desde que

𝑢(𝑡 − 2) é simplesmente a função 𝑢(𝑡) com um retardo 2s, a transformação é;

𝑒 −2𝑠
𝑢(𝑡 − 2) = .
𝑠
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Similarmente

𝑒 −5𝑠
𝑢(𝑡 − 5) = 𝑠

𝑒 −2𝑠 𝑒 −5𝑠 𝑒 −2𝑠 − 𝑒 −5𝑠


𝑽(𝑺) = − =
𝑠 𝑠 𝑠

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MODELANGEM DO INDUTOR E CAPACITOR, DEFINIÇÕES DOS PARÂMETROS Z E Y ,
RESPECTIVOS CIRCUITOS EQUIVALENTES E SOLUÇÃO NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA (S)

DEFINIÇÕES DOS PARÂMETROS Z E Y

INTRODUÇÃO

Conforme se observou na cadeira de Circuitos Eléctricos II, o grande objectivo de trabalhar com
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fasores era analisar com alguma profundidade o efeito do sinal sinusoidal puro nos elementos
passivos (Resistor, Indutor e Capacitor) e transforma-los em impedância. Utilizaremos também aqui
os métodos e teoremas gerais de análise de circuitos entre eles, método nodal, método das malhas
superposição, transformação de fonte, equivalente de Thevenin e de Norotn, para encontar
respostas no domínio de s.

 RESISTOR NO DOMINIO DA FREQUENCIA

Tendo um circuito resistivo alimentado por uma fonte sinusoidal, conectado à fonte de tensão;

A lei de Ohm especifica que: 𝑣(𝑡) = 𝑅𝑖(𝑡)

Aplicando a transformada de Laplace, teremos: 𝑉(𝑠) = 𝑅𝐼(𝑆)


𝑽(𝒔)
⟹ 𝒁(𝒔) = = 𝑹 medido em [Ω]
𝑰(𝑺)

Referimo-nos à esta quantidade de IMPEDANCIA (Z) que é medida em Ohm, e como já era de se
esperar a impedância do resistor não depende da frequência. A ADMITANCIA (Y) do resistor continua
a ser conforme já aprendemos:
𝟏 𝟏
𝒀(𝒔) = 𝒁(𝒔) = 𝑹 medido em [S]

 INDUTOR NO DOMINIO DA FREQUENCIA

𝑑𝑖(𝑡)
𝑣𝐿 (𝑡) = 𝐿
𝑑𝑡
Aplicando Laplace, teremos: 𝑽(𝒔) = 𝐿[𝒔𝑰(𝒔) − 𝑖(0− )]

Tendo dois termos: 𝒔𝐿𝑰(𝒔)⁡𝑒⁡𝐿𝑖(0− )

Em situações em que no tempo inicial (0− ), a energia armazenada no indutor é zero;

𝑽(𝒔) = 𝒔𝐿𝑰(𝒔)
𝑽(𝒔)
⟹ 𝒁(𝒔) = 𝑰(𝑺)
= 𝒔𝐿 Se substituirmos a frequência complexa 𝒔 = 𝒋𝝎

𝑽(𝒔) 1 1
𝒁(𝒔) = = 𝒋𝝎𝐿 e 𝒀(𝒔) = 𝑠𝐿 = 𝒋𝝎𝐿
𝑰(𝑺)

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o MODELANGEM DO INDUTOR NO DOMINIO-S

No caso de existencia de alguma energia armazenada no indutor acima, este pode ser representado
pelo modelo abaixo:
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𝑽(𝒔) = 𝒔𝐿𝑰(𝒔) − 𝐿𝑖(0− )

𝑽(𝒔) + 𝐿𝑖(0− )
𝑰(𝒔) =
𝒔𝐿
𝑽(𝒔) 𝑖(0− ) 1 𝑖(0− )
= + = 𝑽(𝒔) +
𝒔𝐿 𝒔 𝒔𝐿 𝒔
Podemos Modelar a expressão acima em dois componentes seprados e em paralelo:
1
 Uma Admitancia 𝒔𝐿
𝑖(0− )
 Uma fonte de corrente 𝒔

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Exemplo:

Calcule a tensão 𝑣(𝑡) do circuito abaixo, cansiderando uma corrente inical de 1 ampére
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Solução:

Transformação do circuito original para o seu equivalente no domínio -s:

 Uma Impedancia 𝒔𝐿 = 2𝒔⁡𝛀


 Uma fonte de tensão independente −𝑳𝑖(0− ) = −2⁡𝑉

Procuramos pela transformada de 𝑉(𝒔) cuja inversa da transformada de Laplace resultará numa
tensão no domínio do tempo 𝑣(𝑡).

3
[𝒔 + 8 + 2] 𝑠 + 9.5
𝐼(𝑠) = =
1 + 2𝒔 (𝑠 + 8)(𝑠 + 0.5)

⟹ 𝑉(𝑠) = 2𝑠𝐼(𝑠) − 2

2𝑠(𝑠 + 9.5)
𝑉(𝑠) = −2
(𝑠 + 8)(𝑠 + 0.5)

2𝑠 − 8
𝑉(𝑠) =
(𝑠 + 8)(𝑠 + 0.5)

𝟑. 𝟐 𝟏. 𝟐
𝑢𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜⁡𝑀𝐴𝑇𝐿𝐴𝐵⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑽(𝒔) = −
𝒔 + 𝟖 𝒔 + 𝟎. 𝟓

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Usando a tabela, é encontrada a inversa transformada:

𝒗(𝒕) = [𝟑. 𝟐𝒆−𝟖𝒕 − 𝟏. 𝟐𝒆−𝟎.𝟓𝒕 ]𝒖(𝒕)⁡⁡⁡𝑽

o MODELANGEM DO CAPACITOR NO DOMINIO-S

Considerando os procedimentos adoptados para o indutor, teremos o seguinte modelo para o


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capacitor:

Capacitor no domino do Capacitor do dominio da frequencia, Modelo equivalente obtido


tempo modelado como admitancia em paralelo pola transformação de fonte
𝑑𝑣(𝑡) com uma fonte de corrente. Em serie com uma
𝑖(𝑡) = 𝐶
𝑑𝑡 impedancia.

𝐼(𝑠) = 𝐶[𝑠𝑉(𝑠) − 𝑣(0− )] ou 𝐼(𝑠) = 𝑠𝐶𝑉(𝑠) − 𝐶𝑣(0− )

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TABELA RESUMO DOS CIRCUITOS EQUIVALENTES NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA (s)

CIRCUITOS NO DOMINIO DE TEMPO CIRCUITOS NO DOMINIO DA FFREQUENCIA


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Exercícios:

1. Determine a impedância entre os terminais de entrada do circuito abaixo como função de s


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Solução:

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2. Se determine 𝐹(𝒔).
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3. No circuito abaixo, o switch abre no tempo 𝑡 = 0. Use a transformada de Laplace para
determinar 𝑣0 (𝑡) para o tempo 𝑡 > 0
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4. No circuito abaixo, o switch abre no 𝑡 = 0. Use a transformada de Laplace para determinar
𝑖(𝑡) para o tempo 𝑡 > 0.
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5. Dadas as funções abaixo 𝐹(𝑠), determine 𝑓(𝑡)
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INTRODUÇÃO AOS QUADRIPOLOS

ANÁLISE DOS PARÂMETROS Z E Y E RESPECTIVOS CIRCUITOS EQUIVALENTES.

INTRODUÇÃO
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As redes de circuitos contendo dois pares de terminais, um eventualmente chamado de terminais de


ENTRADA (INput) e o outro, terminais de saída (OUTput), são blocos muito importantes em sistemas
electrónicos, sistemas de comunicação, sistemas automáticos e de controlo, sistemas de transmissão
e distribuição de energia, ou outros sistemas na qual um sinal eléctrico entra pelos terminais de
entrada, actua sobre o circuito interno e sai pelos terminais de saída. Contudo, em situações em que
não conhecemos os detalhes internos do circuito, sabendo apenas que se trata de um circuito linear
e, estando habilitado a medir corrente e tensão eléctrica, é possível caracterizar o circuito com a
determinação de parâmetros que nos permitem prever como este sistema poderá interagir com
outros sistemas. Um sistema de duas portas também conhecido como quadripolos é exposto abaixo.

Figuur 1 - Sistema de Duas Portas (Quadripolos)

Na figura acima, as correntes nos terminais da entrada devem ser iguais, de igual modo nos terminas
da saída:

𝑖𝑎 = 𝑖𝑏 e 𝑖𝑐 = 𝑖𝑑

Métodos como o das correntes de malha e o das tensões de nó poderão ser usadas para determinar
os parâmetros desconhecido tais como parâmetros de impedância e Z de admitância Y.

Definição dos parâmetros de impedância de entrada 𝒁𝒆 e impedância de saída 𝒁𝒔

Na entrada Na saída

𝑬𝒆 𝑬𝒔
𝒁𝒆 = ⁡⁡⁡⁡(Ω)⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑒⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡ [𝒁𝒔 = ] ⁡⁡⁡⁡⁡(Ω)
𝑰𝒆 𝑰𝒔 𝑬
𝒆 =𝟎𝑽

Não se pode utilizar o ohmímetro para medir 𝒁𝒆 ou 𝒁𝒔 , pois estamos a lidar com sistemas que
funcionam com corrente alternada e cuja impedância pode depender da frequência do sinal
aplicado. Podemos sim usar este aparelho para medir resistências em circuitos DC ou AC, mas estes
medidores podem ser empregados em circuitos desenergizados.
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DETERMINAÇÃO DE 𝒁𝒆
A impedância de entrada pode ser determinada com auxílio do circuito abaixo
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Onde 𝑹𝒔 deve possuir um valor suficientemente pequeno para não perturbar o funcionamento do
sistema.

𝑽𝑹𝑺 𝐸𝑔 − 𝐸𝑒
𝑰𝑹𝑺 = =
𝑹𝒔 𝑅𝑆

Como 𝐼𝑒 = 𝑰𝑹𝑺 logo

𝑬𝒆 𝑬𝒆
𝒁𝒆 = =
𝑰𝒆 𝑰𝑹𝑺

Exemplo:
1. Determine a impedancia e a admnitancia de entrada do circuito resistivo abaixo

𝑽𝟏 ∆𝟏𝟏 𝑽𝟏 𝑽𝟏
𝑰𝟏 = ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝒁𝒊𝒏 = =
∆𝒁 𝑰𝟏 ∆𝟏𝟏

⁡⁡⁡⁡⁡𝒁𝒊𝒏 = ∆ 𝒁
𝟏𝟏

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DETERMINAÇÃO DE 𝒁𝒔
A impedância de saída pode ser determinada com auxílio do circuito abaixo
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Na maioria dos casos 𝒁𝒆 e 𝒁𝒔 são resistências puras e portanto o ângulo de fase das duas
impedâncias é zero e pode-se utilizar um osciloscópio para medir.

𝑬𝒔
[𝒁𝒔 = ]
𝑰𝒔

PARÂMETROS DE IMPEDÂNCIA (Z)

Sendo que o bloco abaixo apresenta a configuração de um quadripolo, existem ai quatro variáveis
envolvidas (duas tensões e duas correntes), na maioria dos casos quando duas dessas variáveis são
especificadas, as outras duas podem ser calculadas.

Figuur 2 - tensoes e correntes em um sistema de duas portas

As quatro variáveis estão relacionadas pelas seguintes equações:

𝐸1 = 𝑍11 𝐼1 + 𝑍12 𝐼2

𝐸2 = 𝑍21 𝐼1 + 𝑍22 𝐼2

Para modelar o sistema, cada parâmetro de impedância deve ser determinada igualando a zero uma
das variáveis.

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 DETERMINAÇÃO DE 𝒁𝟏𝟏
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𝐸1 = 𝑍11 𝐼1 + 𝑍12 (0)


𝑬𝟏
E portanto [𝒁𝟏𝟏 = ]
𝑰𝟏 ⁡⁡⁡⁡⁡𝑰 =𝟎
𝟐

𝒁𝟏𝟏 – Parâmetro de impedância de entrada em circuito aberto

 DETERMINAÇÃO DE 𝒁𝟏𝟐

No caso de 𝒁𝟏𝟐 , se 𝑰𝟏 é igual a zero

𝐸1 = 𝑍11 (0) + 𝑍12 𝐼2

𝑬𝟏
[𝒁𝟏𝟐 = ]
𝑰𝟐 ⁡⁡⁡⁡⁡𝑰𝟏 =𝟎

𝒁𝟏𝟐 – Parâmetro de impedância de transferência inverso em circuito aberto.

 DETERMINAÇÃO DE 𝒁𝟐𝟏

𝑬𝟐
𝐸2 = 𝑍21 𝐼1 + 𝑍22 (0) [𝒁𝟐𝟏 = ]
𝑰𝟏 ⁡⁡⁡⁡⁡𝑰 =𝟎
𝟐
𝒁𝟐𝟏 – Parâmetro de impedância de transferência directa em circuito aberto

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 DETERMINAÇÃO DE 𝒁𝟐𝟐
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𝑬𝟐
𝐸2 = 𝑍21 (0) + 𝑍22 𝐼2 [𝒁𝟐𝟐 = ]
𝑰𝟐 ⁡⁡⁡⁡⁡𝑰 =𝟎
𝟏

𝒁𝟐𝟐 – Parâmetro de impedância de saída em circuito aberto

EXEMPLO:

Determine os parâmetros de impedância do circuito T abaixo.

𝒁𝟏𝟏

Podemos observar que:

𝑍1 = 3⁡Ω⁡ϕ = 0°

𝑍2 = 5⁡Ω⁡ϕ = 90°

𝑍3 = 4⁡Ω⁡ϕ = −90°

𝐸1 𝐸1
𝐼1 = 𝑍 ⁡⁡⁡[𝑍11 = ] 𝒁𝟏𝟏 = 𝑍1 + 𝑍3
1 +𝑍3 𝐼1 ⁡⁡⁡⁡⁡𝐼 =0
2

𝒁𝟏𝟐 𝐸1 = 𝐼2 𝑍3

𝐸1 𝐼2 𝑍3
[𝑍12 = ] ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑍12 =
𝐼2 ⁡⁡⁡⁡⁡𝐼1 =0 𝐼2

𝒁𝟏𝟐 = 𝑍3

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𝒁𝟐𝟏
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𝐸2 𝐼1 𝑍3
𝐸2 = 𝐼1 𝑍3 [𝑍21 = ] 𝒁𝟐𝟏 = 𝒁𝟐𝟏 = 𝒁𝟑
𝐼1 ⁡⁡⁡⁡⁡𝐼 =0 𝐼1
2

𝒁𝟐𝟐

𝐸2 𝐸2 𝐼2 (𝑍2 + 𝑍3 )
𝐼2 = ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡[𝑍22 = ] ⁡⁡⁡⁡𝑍22 =
𝑍2 + 𝑍3 𝐼2 𝐼1 =0 𝐼2

𝑍22 = 𝑍2 + 𝑍3

Podemos notar que nos circuitos tipo T 𝒁𝟏𝟐 = 𝒁𝟐𝟏

Para 𝑍1 = 3⁡Ω⁡ϕ = 0° , 𝑍2 = 5⁡Ω⁡ϕ = 90° , 𝑍3 = 4⁡Ω⁡ϕ = −90° temos:

𝒁𝟏𝟏 = 𝒁𝟏 + 𝒁𝟑 = 𝟑⁡𝛀 − 𝐣𝟒⁡𝛀

𝒁𝟏𝟐 = 𝒁𝟐𝟏 = 𝒁𝟑 = 𝟒⁡𝛀⁡𝛟 = −𝟗𝟎° = −𝐣𝟒⁡𝛀

𝒁𝟐𝟐 = 𝒁𝟐 + 𝒁𝟑 = (𝟓⁡𝛀⁡𝛟 = 𝟗𝟎°) + (𝟒⁡𝛀⁡𝛟 = −𝟗𝟎°) = (𝟏⁡𝛀⁡𝛟 = 𝟗𝟎°) = 𝐣𝟏⁡𝛀⁡

Das equaoes inicias do quadripolo, podemos criar o seguinte circuito

𝐸1 = 𝑍11 𝐼1 + 𝑍12 𝐼2 ; 𝐸2 = 𝑍21 𝐼1 + 𝑍22 𝐼2

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Um conjunto de parâmetros de impedância determina totalmente o comportamento de um sistema
de duas portas. Um circuito equivalente para o sistema pode ser construído a partir das equações
abaixo:
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PARAMETROS DE ADMITANCIA
𝐸1 = 𝑍11 𝐼1 + 𝑍12 𝐼2 𝐸2 = 𝑍21 𝐼1 + 𝑍22 𝐼2

𝑰𝟏 = 𝒚𝟏𝟏 𝑬𝟏 + 𝒚𝟏𝟐 𝑬𝟐 𝑰𝟐 = 𝒚𝟐𝟏 𝑬𝟏 + 𝒚𝟐𝟐 𝑬𝟐

Vimos que os parâmetros de impedância foram determinados fazendo uma das correntes do
dispositivo igual a zero;

No caso dos parâmetros de admitância, é preciso fazer uma das tensões igual a zero.

 Determinação do Parâmetro de Admitância de Entrada em curto-circuito (𝒚𝟏𝟏 )

𝑰𝟏
[𝒚𝟏𝟏 = ] ⁡⁡⁡⁡(𝑺𝒊𝒆𝒎𝒆𝒏𝒔, 𝑺)
𝑬𝟏 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑬𝟐 =𝟎

 Determinação do Parâmetro de Admitância de Transferência inversa em curto-circuito (𝒚𝟏𝟐 )

𝑰𝟏
[𝒚𝟏𝟐 = ] ⁡⁡⁡⁡(𝑺𝒊𝒆𝒎𝒆𝒏𝒔, 𝑺)
𝑬𝟐 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑬𝟏 =𝟎

 Determinação do Parâmetro de Admitância de Transferência directa em curto-circuito (𝒚𝟐𝟏 )

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𝑰𝟐
[𝒚𝟐𝟏 = ] ⁡⁡⁡⁡(𝑺𝒊𝒆𝒎𝒆𝒏𝒔, 𝑺)
𝑬𝟏 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑬𝟏 =𝟎
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 Determinação do Parâmetro de Admitância de de Saída em curto-circuito (𝒚𝟐𝟐 )

𝑰𝟐
[𝒚𝟐𝟐 = ] ⁡⁡⁡⁡(𝑺𝒊𝒆𝒎𝒆𝒏𝒔, 𝑺)
𝑬𝟐 ⁡⁡⁡𝑬𝟏 =𝟎

Exemplo:

Determine os parâmetros de admitância para o circuito 𝜋.

Solução:

 Determinação do parametro 𝒚𝟏𝟏

𝑌1 = 0.2⁡𝑚𝑆⁡𝜑 = 0° 𝑌2 = 0.02⁡𝑚𝑆⁡⁡𝜑 = −90° 𝑌3 = 0.25⁡𝑚𝑆⁡⁡𝜑 = 90°

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𝑰
Fazemos 𝐼1 = 𝐸1 𝑌𝑇 = 𝐸1 (𝑌1 + 𝑌2 ) e [𝒚𝟏𝟏 = 𝑬𝟏 ] 𝒚𝟏𝟏 = 𝒀𝟏 + 𝒀𝟐
𝟏 ⁡⁡⁡⁡⁡𝑬𝟐 =𝟎

 Determinação do metro 𝒚𝟏𝟐


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𝐼𝑌2 = 𝐼1 = −𝐸2 𝑌2

O sinal negativo aparece porque a definição para 𝐼1 no circuito acima é oposta ao sentido
correspondente à polaridade definida pela tensão 𝐸2 . Assim,
𝑰
[𝒚𝟏𝟐 = 𝑬𝟏 ] Tem como resultado 𝒚𝟏𝟐 = −𝑌2
𝟐 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑬𝟏 =𝟎

 Determinação do metro 𝒚𝟐𝟏

𝑰
𝐼𝑌2 = 𝐼2 = −𝐸1 𝑌2 [𝒚𝟐𝟏 = 𝑬𝟐 ] 𝒚𝟐𝟏 = −𝑌2
𝟏 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑬𝟐 =𝟎

Observe que nos circuitos 𝜋, 𝒚𝟏𝟐 = 𝒚𝟐𝟏 o que era de se esperar, já que nos circuitos T 𝒁𝟏𝟐 = 𝒁𝟐𝟏 . Os
circuitos T podem ser convertidos em circuitos 𝜋 através de uma transformação 𝑌 −△.

 Determinação do metro 𝒚𝟐𝟏

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𝑰
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𝑌𝑇 = 𝑌2 + 𝑌3 e 𝐼2 = 𝐸2 (𝑌2 + 𝑌3 ) e portanto [𝒚𝟐𝟐 = 𝑬𝟐 ] tem como resultado 𝒚𝟐𝟐 = 𝒀𝟐 + 𝒀𝟑


𝟐 ⁡⁡⁡𝑬𝟏 =𝟎

Substituindo por valores numéricos, temos:

𝑌1 = 0.2⁡𝑚𝑆⁡𝜑 = 0° 𝑌2 = 0.02⁡𝑚𝑆⁡⁡𝜑 = −90° 𝑌3 = 0.25⁡𝑚𝑆⁡⁡𝜑 = 90°

𝒚𝟏𝟏 = 𝒀𝟏 + 𝒀𝟐 ⇒ 𝒚𝟏𝟏 = 𝟎. 𝟐⁡𝒎𝑺 − 𝒋𝟎. 𝟎𝟐⁡𝒎𝑺 (indutivo)

𝒚𝟏𝟐 = 𝒚𝟐𝟏 = −𝒀𝟐 = −(−𝒋𝟎. 𝟎𝟐⁡𝒎𝑺) = 𝒋𝟎. 𝟎𝟐⁡𝒎𝑺⁡(𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒕𝒊𝒗𝒐)

𝒚𝟐𝟐 = 𝒀𝟐 + 𝒀𝟑 = (−𝒋𝟎. 𝟎𝟐 + 𝒋𝟎. 𝟐𝟓)⁡𝒎𝑺 = 𝒋𝟎. 𝟐𝟑⁡𝒎𝑺⁡(𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒕𝒊𝒗𝒐)

Representação dos circuitos equivalentes baseado nos parâmetros y

Pela lei de Kirchhoff para as correntes:

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CONVERSÃO DE PARÂMETROS:

As equações que relacionam os parâmetros de impedância e admitância podem ser obetidas a partir
das equações abaixo:

𝑰𝟏 = 𝒚𝟏𝟏 𝑬𝟏 + 𝒚𝟏𝟐 𝑬𝟐

𝑰𝟐 = 𝒚𝟐𝟏 𝑬𝟏 + 𝒚𝟐𝟐 𝑬𝟐
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Resolvendo o sistema de equações acima com auxílio de determinantes, temos:

𝐼 𝐼
| 1 12 | 𝐼1 𝑦22 − 𝑦12 𝐼2
𝐼 𝐼
𝐸1 = 𝑦 2 𝑦22 =
| 𝑦11 𝑦22 − 𝑦12 𝑦21
11 12
|𝑦 𝑦
21 22

∆y = 𝑦11 𝑦22 − 𝑦12 𝑦21


𝑦22 𝑦12
𝐸1 = 𝐼1 − 𝐼
∆y ∆y 2

Quanto a aplicação da equação abaixo;

𝐸1 = 𝑍11 𝐼1 + 𝑍12 𝐼2

𝐸2 = 𝑍21 𝐼1 + 𝑍22 𝐼2

Mostra que:
𝑦22
𝑍11 =
∆y
𝒚𝟏𝟐
𝑍12 =
∆y

Desta mesma forma:


𝒚𝟐𝟏
𝑍21 =
∆y

𝒚𝟏𝟏
𝑍22 =
∆y

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FUNÇÕES DE TRANSFERÊNCIA

DEFINIÇÃO E RELAÇÃO COM A RESPOSTA AO IMPULSO. PÓLOS E ZEROS

A função de TRANSFERÊNCIA é definida no domínio-s, como a razão da transformada de Laplace da


saída (resposta) e a transformada de Laplace da entrada (fonte). Para a determinação da função de
transferência, nos devemos restringir as nossas atenções aos circuitos onde todas as condições
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iniciais são zero. Podemos determinar a função de transferência peara cada fonte usando o teorema
de superposição para encontrar a resposta para cada sinal inserido ao circuito.

𝑌(𝑠)
𝐻(𝑠) =
𝑋(𝑠)

Onde:

𝑌(𝑠) - é a transformada de Laplace do sinal de saída.

𝑋(𝑠) - é a transformada de Laplace do sinal de entrada.

Exemplo:

Se a corrente é definida como o sinal de resposta do circuito,

𝐼 1 𝑠𝐶
𝐻(𝑠) = = = 2
𝑉𝑔 𝑅 + 𝑠𝐿 + 1 𝑠 𝐿𝐶 + 𝑅𝐶𝑠 + 1
𝑠𝐶
Derivando a expressão acima, reconhecemos que a corrente 𝐼 corresponde a saída 𝑌(𝑠), e a tensão
𝑉𝑔 corresponde ao sinal de entrada 𝑋(𝑠)

Se a tensão nos terminais do capacitor é definida como o sinal de saída, a função de transferência é:

1
𝑉 𝑠𝐶 1
𝐻(𝑠) = = = 2
𝑉𝑔 𝑅 + 𝑠𝐿 + 1 𝑠 𝐿𝐶 + 𝑅𝐶𝑠 + 1
𝑠𝐶

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Exercício:

Dado o circuito abaixo,


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a. Calcule a numérica expressão da função de transferência.


b. Calcule os valores numéricos dos polos e zeros da função de transferência.

Solução:

a. O primeiro passo na determinação da função de transferência é construir o circuito


equivalente no domínio-s;

Por definição a função de transferência, é a razão de 𝑉⁄𝑉 , que pode ser obtido da equação da tensão
𝑔
do nó e soma das correntes que circulam nos ramos.

𝑉𝑂 − 𝑉𝑔 𝑉𝑂 𝑉𝑂 𝑠
+ + 6=0
1000 250 + 0.05𝑠 10
Resolvendo para 𝑉𝑂 :

1000(𝑠 + 500)𝑉𝑔
𝑉𝑂 =
𝑠 2 + 6000𝑠 + 25 ∗ 106

Portanto, a função de transferência é:

𝑉0 1000(𝑠 + 500)
𝐻(𝑠) = = 2
𝑉𝑔 𝑠 + 6000𝑠 + 25 ∗ 106

b. Os pólos de 𝐻(𝑠) são as raízes do denominador polinomial. Portanto;

−𝑝1 = −300 − 𝑗4000

−𝑝2 = −300 + 𝑗4000

Os zeros de função de transferência 𝐻(𝑠) são as raízes do numerador polinomial. Então 𝐻(𝑠) tem
zero em;

−𝑧1 = −5000

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FILTROS

OS filtros são circuitos sofisticados, que consistem em alguns resistores, capacitores, indutores e
amplificadores operacionais, que têm como objectivo, obter a curva de resposta precisa requerida
para uma dada aplicação. Os filtros são usados na electrónica moderna para obter tensão DC nas
fontes de alimentação, eliminar ruídos nos canais de comunicação, separar canais de rádio e
televisão do sinal multiplexado proveniente de antenas.
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O conceito mais claro sobre os filtros, é que eles têm a tarefa de seleccionar as frequências que
podem passar pela rede ou não.

 Tipos de filtros
1. Filtro passa baixas

Passam apenas as frequências abaixo da frequência de corte.

2. Filtro passa altas

Por outro lado é o oposto do filtro acima, passam apenas as frequências acima da frequência de corte

3. Filtro passa banda

A combinação dos filtros passa baixas e passa altas resulta em um filtro passa banda como ilustrado
abixo:

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Neste tipo de filtro, a área entre as duas frequências de corte é denominada de largura de banda, ou
banda passante.

4. Filtro rejeita faixa

Projecto de Filtros Passivos e Activos

Um filtro pode ser constituído usando simplesmente um resistor e um capacitor como


na figura acima:

Onde a função de transferência para este filtro passa baixas é:


𝑉𝑜𝑢𝑡 1
H(s) = =
𝑉𝑖𝑛 1 + 𝑠𝑅𝐶

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