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Frey Virgílio
Calisto Arcanjo
Universidade Pedagógica
Montepuez
2018
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Frey Virgílio
Calisto Arcanjo
Dr.Baltazar Raimundo
Universidade Pedagógica
Montepuez
2018
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................4
7. Conclusão...........................................................................................................................22
Referências bibliográficas......................................................................................................23
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1. Introdução
Estudar Física é conhecer a própria natureza que nos cerca. Para atender a esse
propósito, desenvolvemos o presente trabalho de estudo. Ele traz o conteúdo de Física
contemplado o magnetismo. Neste contexto, a presente discussão objectiva-se a
compreender de forma sucinta e objectivamente o fenómeno de electromagnetismo. De
forma específica os objectivos visam:
1. Descrever os conceitos de Campo Magnético criado por Corrente Eléctrica,
Força electromagnética em um condutor rectilíneo;
2. Interpretar o comportamento da Força electromagnética sobre uma carga no seio
de um campo magnético e as Consequências da acção da força magnética.
Este trabalho foi elaborado por pesquisa bibliográfica das obras constantes na
bibliografia no final deste trabalho.
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A. Uma carga móvel ou uma corrente eléctrica cria um campo magnético em suas
vizinhas (além do campo eléctrico)
B. O campo magnético exerce uma força ⃗F sobre qualquer outra corrente ou carga
que se mova no interior do campo.
Tal como o campo eléctrico, o campo magnético é um campo vectorial; Em cada ponto
do espaço, possui um módulo, direcção e sentido;
Podemos descrever as interacções magnéticas com base nas ideias de campo magnético.
Um ímã cria um campo magnético no espaço em torno dele e um segundo corpo sofre a
acção desse campo.
Em cada ponto, a direcção e o da agulha de uma bússola, e o sentido aponta para o norte
da agulha.
Um campo magnético pode ser criado através do movimento de cargas eléctricas, tal
como o fluxo de corrente num condutor. Este campo magnético é originado pelo
momento de giro do dipolo magnético (referente ao spin do electrão) e pelo momento da
órbita do dipolo magnético de um electrão dentro de um átomo. A este campo
magnético originado por uma corrente eléctrica chama-se Campo Electromagnético.
Quando o condutor rectilíneo da figura seguinte é percorrido por uma corrente eléctrica
pode-se observar pela orientação das agulhas das bússolas, a existência de um campo
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Significação da simbologia:
Esta equação é válida para condutores longos, ou seja, quando a distância r for bem
menor que o comprimento do condutor (r ≪l).
μ.I
B=
⃗ Onde:
2.R
B = é a densidade de campo magnético no centro da espira circular [T, Tesla];
R = raio da espira [m];
Ι = intensidade de corrente na espira circular [A].
μ = permeabilidade magnética do meio [T.m/A]
Na figura (a) e (b) podemos verificar que as linhas de campo geradas no condutor são
concentradas no interior da espira. A figura (c) mostra que a regra da mão direita
também serve para determinar o sentido resultante das linhas de campo no centro da
espira. Na figuras (c e d) mostram-se as linhas de campo concentradas no interior da
espira através de outro ângulo de visão.
Figura: Representação do Campo Magnético gerado por uma espira circular percorrida
por corrente.
Figura: Linhas do Campo Electromagnético criado por uma bobina percorrida por
corrente
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Na figura (a) seguinte pode-se observar uma bobina em que suas espiras estão afastadas
umas das outras. Entre duas espiras os campos anulam-se pois têm sentidos opostos. No
centro do solenóide os campos somam-se. Podemos observar que no interior do
solenóide o campo é praticamente uniforme.
Quanto mais próximas estiverem as espiras umas das outras, mais intenso e mais
uniforme será o campo magnético, como mostra a figura (b).
Figura: Campo magnético no solenóide: (a) espiras separadas; (b) espiras justapostas
Para solenóides suficientemente longos (onde o comprimento longitudinal é bem maior
que o diâmetro das suas espiras), pode-se considerar o campo magnético constante e
uniforme em praticamente toda a extensão do interior do solenóide. Portanto, a
densidade do campo magnético (densidade de fluxo magnético) no centro de um
solenóide é expresso por:
μ.N . I
B=
⃗ onde:
l
B = é a densidade de campo magnético no centro do solenóide [T = Tesla];
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Figura : um Toróide
B – densidade de campo magnético no interior do núcleo do toróide;
μ - permeabilidade magnética do meio no interior das espiras do toróide (núcleo);
N – número de espiras da bobina toroidal;
I – intensidade de corrente no condutor da bobina, [A];
r – raio médio do toróide, [m].
Observação: o raio médio do toróide é o raio da circunferência no meio do núcleo do
toróide, como mostra a Não podendo confundir-se com o raio externo ou interno e nem
com o raio das espiras.
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N .I
H=
l
Isso significa que uma dada bobina percorrida por uma dada corrente produz uma dada
Força Magnetizante ou Campo Magnético Indutor. Se variarmos o valor da
permeabilidade magnética do meio (alterando o material do núcleo da bobina, por
exemplo) a Densidade de Campo Magnético varia para esta mesma bobina. Quanto
maior a permeabilidade magnética μ do meio, o efeito da Força Magnetizante (Campo
Magnético Indutor) H no núcleo será tanto maior, ou seja maior a Densidade de Campo
Magnético induzida no núcleo. Podemos, portanto, entender a Densidade de Campo
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Esta equação é análoga à Lei de Ohm, onde a Resistência eléctrica é dada pela relação
entre a Tensão e a Corrente, ou seja:
V causa
I= Pois aqui tem-se efeito=
R oposiçao
I env– corrente passando na área do condutor envolvida pela linha de campo magnético
em análise, [A].
É válida para qualquer situação onde os condutores e os campos magnéticos são
constantes e invariantes no tempo e sem a presença de materiais magnéticos.
Se considerarmos um condutor rectilíneo, como o da figura 4.11, podemos aplicar a Lei
de Ampère: Força electromagnética entre condutores.
μo . I =∮ B . d l=B .∮ d l=B .(2 . μ . r )Assim
μ.I
B=
2.π .r
F ,m =|q|. V . ⃗
⃗ B s en θ Sobre o condutor tem-se:
F ,m Quer dizer,
F m=m . ⃗
⃗
F m=m .|q|. V . ⃗
⃗ B sen θ
Sendo a velocidade V o quociente do comprimento pelo intervalo de tempo, obtém-se:
l ⃗
F m=m .|q|.
⃗ . B sen θ
∆t
n
Como |q|. F m=i .l . ⃗
. i é igual a corrente eléctrica i chega-se a expressão: ⃗ B sen θ
∆t
Exemplos:
1. Caracterizar a força magnética sofrida pelo condutor nas situações a seguir, onde
B.
existe a acção do campo magnético ⃗
a) b) c) d)
Resolução: as situações são resolvidas aplicando a regra da mão esquerda.
F m=0 ; 1.b) ⃗
1.a) ⃗ F m=0 ; 1.c) ⃗F m; 1.d) ⃗ Fm
B1 eComo
da mão esquerda. As intensidades de ⃗ B 2 sãoos
⃗ campos
dadas por: magnéticos estão em planos
perpendiculares aos fios, tem-se:
μ i1 .i 2
F m =⃗
⃗ B2 . i 1 . l⟹ ⃗
Fm = . .l
1 1
2π d
Exemplos
a) Dois fios rectos e paralelos de
grande comprimento estão separados
por uma distância de 20 cm. As
correntes que percorrem os fios são de valor igual a 10 A no mesmo sentido. Determine
a força magnética por unidade de comprimento entre os fios.
Solução:
−4 N
Considerando que, μo =4 π .1 0
m
F m μ i1 . i2
⃗ F m 4 π .1 0−7
⃗ 1 02 Fm
⃗ −4 N
= . .l ⟹ = . ⟹ =1 0
l 2π d l 2π 20 . 10−2
l m
B ,( F ∼q)
2. É proporcional ao modulo do campo magnético⃗
B.
4. Não possui a mesma direcção do campo magnético ⃗
B é a direcção de ⃗v.
Está sempre em uma direcção perpendicular a direcção de ⃗
F =q ⃗v x ⃗
⃗ B ou também ⃗
F m=|q|. ⃗v . ⃗
B sen θ
O sentido do vector força magnética é dado pela regra da mão esquerda, conforme a
figura a seguir.
B, o
O indicador representa o sentido de ⃗
dedo médio, o sentido de ⃗v, e o polegar, o
F Para uma carga eléctrica
sentido de ⃗
negativa, o sentido da força será oposto ao
fornecido pela regra da mão esquerda.
Exemplos:
1. Caracterize a força magnética que actua sobre a carga q em cada caso, conforme
as figuras. (Note-se que usando a regra da mão esquerda em todos os casos
chega-se a solução):
a) ; solução:
b) ; solução:
F =q ⃗v x ⃗
⃗ B ou ⃗
F m=|q|. ⃗v . ⃗
B sen θ
Exemplo:
m
Uma carga eléctrica puntiforme de 30.10−6 C , com velocidade de 100 , penetra em um
s
campo magnético uniforme de 0,1 T, for mando um ângulo de 60 ° com o mesmo.
Determine a intensidade da força que passa a actuar sobre a carga.
Resolução
B sen θ ⇒ ⃗
F m=|q|. ⃗v . ⃗
⃗ F m=30. 10−6 . 100.0,1 sen 60° ⇒ ⃗
F m=2,6 .10 N
Como o seno desses ângulos é nulo, a carga não sofre acção da força magnética.
π
Como o sen 90 ° ou sen tem valor unitário, a
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força magnética assume a intensidade máxima.
Como a intensidade da força é constante e
normal ao vector velocidade e sendo o
movimento plano, a carga realizará um
movimento circular e uniforme.
O raio R da circunferência descrita pelo movimento da carga nessas condições pode ser
calculado sabendo-se que a força magnética assume o mesmo valor da força centrípeta
m. v 2
no movimento circular e uniforme. Como a força centrípeta vale , temos:
R
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m. v 2 m. v
F c ⇒|q|. ⃗v . ⃗
F m= ⃗
⃗ B= ⇒ R=
R |q|. ⃗B
2 πm
Como o período T no MCU vale , substituindo em R temos:
v
2 π m. v 2 πm
T =¿ . ⇒T=
v |q|. ⃗
B |q|. ⃗
B
III. Se a carga for lançada obliquamente ao campo magnético. Para esse caso, a
B e causa um
velocidade se decompõe em duas. Uma componente tem a direcção de ⃗
movimento rectilíneo e uniforme (MRU); a outra componente tem a direcção
Be causa um movimento circular e uniforme (MCU).
perpendicular a ⃗
Exemplo:
Uma partícula de massa 10−8 kg e carga 2,0. 106 C é lançada perpendicularmente a um
4 m
campo magnético uniforme de intensidade 1.000 T com velocidade 10 . Sabendo-se
s
que a partícula atinge o ponto P da placa, determine o sinal da carga e a distância entre o
ponto P e a fenda.
m
10−8 kg .10 4
m.v s
R= ⇒2 d=R= ⇔d=2.5 cm
2,0 .10 C . 103
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|q|. ⃗
B
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7. Conclusão
Findas as discussões deste trabalho foram colhidos resultados frutíferos que destacamos:
Um campo magnético pode ser criado através do movimento de cargas eléctricas, tal
como o fluxo de corrente num condutor que é originado pelo momento de giro do dipolo
magnético e pelo momento da órbita do dipolo magnético de um electrão dentro de um
átomo. Este campo magnético originado por uma corrente eléctrica chama-se Campo
Electromagnético.
Além dos ímãs naturais (magnetita) e os ímãs permanentes feitos de materiais
magnetizados, podemos gerar campos magnéticos através da corrente eléctrica em
condutores. Se estes condutores tiverem a forma de espiras ou bobinas podemos gerar
campos magnéticos muito intensos.
Um condutor em forma de espira circular quando percorrido por corrente eléctrica é
capaz de concentrar as linhas de campo magnético no interior da espira:
Isso significa que a densidade de campo magnético resultante no interior da espira é
maior que a produzida pela mesma corrente no condutor rectilíneo.
Verifica-se experimentalmente que, quando uma carga eléctrica de valor q⃗ move-se em
um campo magnético, fica submetida à acção de uma força. Esta força é denominada
força magnética ou força de Lorentz. Verifica-se que a carga sofre acção de uma força
magnética cuja direcção é perpendicular ao plano formado pelo campo magnético e
também a sua velocidade.
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Referências bibliográficas
1. SEARS e ZEMANSKY; Física 3 - Eletromagnetismo; 12ª Edição; Editora:
Pearson - Addisson and Wesley; Brasil; 2011.
2. BOSQUILHA, Alessandra e PELEGRINI, Márcio; Minimanual compacto de
Fisica: teoria e prática; 2ª Edição; Editora: RIDEEL; São Paulo : Rideel, 2003.
3. MUSSOI, Fernando Luiz Rosa; Fundamentos de Eletromagnetismo; versão 1 e
2; FLORIANÓPOLIS; 2005.