A Reforma Protestante, ou Reforma Religiosa, foi um conjunto de
movimentos religiosos de contestação ao poder exercido pela Igreja Católica. Os principais deles foram a Reforma Calvinista, a Reforma Luterana e a Reforma Anglicana na França, Alemanha e Inglaterra, respectivamente. O movimento foi liderado por Martinho Lutero e teve como ponto de partida a publicação de suas 95 teses em outubro de 1517. As 95 Teses de Lutero foram publicadas na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg criticando as vendas de indulgências. Tratavam-se de convites para que as doutrinas católicas fossem academicamente debatidas. As teses foram impressas e distribuídas por estudantes, até chegar à Igreja Católica. Em 1520, o Papa Leão X redigiu a Bula Papal na qual condenava Lutero e exigia sua retratação, o que não obteve êxito. No ano seguinte, o Imperador Carlos V convocou a Dieta de Worms, assembleia na qual declarou o monge como um herege. A principal causa da Reforma Protestante iniciada por Lutero foi o protesto contra os abusos do clero. O ponto primordial das críticas era a venda de indulgências, isto é, do perdão divino a quem pudesse pagar. A partir daí, sugeriu a proposta de reforma do catolicismo romano a partir da mudança em pontos da doutrina católica baseada no que Martinho entendia como um retorno às escrituras sagradas. Embora tenha tido motivos iniciais religiosos, a Reforma Protestante sempre foi calcada em causas de cunhos sociais e políticos. A Reforma Protestante aconteceu em diferentes países da Europa no século XVI. As ações empreendidas pelos movimentos da Reforma Protestante foram marcantes e provocaram consideráveis rupturas entre Igreja e monarquias. As ideias de Lutero foram absorvidas por toda a Europa especialmente por João Calvino.