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Legislação, Jornada, Horas Extras, DSR, Faltas, 13° Salário, Férias e Aviso Prévio.
Publicado por Vitor Pécora há 3 anos
1. INTRODUÇÃO
O objeto do estudo é o professor de estabelecimento particular. Nele veremos qual legislação
aplicável a este profissional, os requisitos à prática do magistério, peculiaridades referentes ao contrato
de trabalho, bem como a jornada especial e intervalos concedidos.
1.1. Legislação Aplicável
Quanto a legislação aplicável ao professor de estabelecimento particular, encontraremos uma seção
específica na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a qual abrange os artigos 317 aos 323. Ainda,
sobre o tema, temos as Súmulas 10, 351 e 372 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), bem como as
OJ-SDI1 nº 206, 244 e 393 do TST.
4. REMUNERAÇÃO
No que tange a remuneração, deve-se observar o “Princípio da Condição Mais Benéfica”, ou
seja, o estabelecimento de ensino particular deve primeiramente verificar o piso da categoria, caso este
não exista, observa-se o piso estadual e, por último, na ausência deste é que irá observar o salário
mínimo federal.
O artigo 320 § 1º da CLT, prevê que o mês para o professor que exerce sua profissão em
estabelecimento particular possui quatro semanas e meia.
Deste modo, para encontrar o salário referente às horas ministradas pelo professor de escola
particular, deve-se multiplicar o número de aulas semanais por 4,5, o resultado encontrado é o total de
aulas que, por sua vez, devem ser multiplicadas pelo valor hora-aula.
Assim teremos como salário-base referente as aulas lecionadas no mês a seguinte fórmula:
Valor mensal das aulas ministradas = (nº de aulas semanais X 4,5 X valor da hora-aula).
Conforme a OJ-SDI1 nº 393, é devido um salário mínimo integral para o professor que
trabalhar no limite máximo da jornada prevista no artigo 318 da CLT, na medida em que não se deve
realizar o pagamento proporcional conforme a jornada prevista no artigo 7º, XIII da Constituição
Federal, nos termos da Orientação Jurisprudencial:
OJ-SDI1-393: PROFESSOR. JORNADA DE TRABALHO ESPECIAL ARTIGO 318 DA
CLT. SALÁRIO MÍNIMO. PROPORCIONALIDADE. A contraprestação mensal devida ao
professor, que trabalha no limite máximo da jornada prevista no artigo 318 da CLT, é de um salário
mínimo integral, não se cogitando do pagamento proporcional em relação à jornada prevista no artigo
7º, XIII da Constituição Federal.
5. HORAS EXTRAS
Quando o professor de estabelecimento particular exercer uma jornada além daquela que está
prevista no artigo 318 da CLT, deverá receber no mínimo o adicional de 50%, conforme estabelecido
na Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XVI. Porém, quando houver a previsão de um
adicional maior estipulado por convenção coletiva ou acordo coletivo, estes devem ser utilizados para
remunerar uma jornada superior à do artigo 318 da CLT.
Assim, quando o professor lecionar mais de 04 aulas consecutivas, ou então mais de 06 aulas
intercaladas no mesmo estabelecimento, estas horas que se excederam a jornada serão pagas como
horas extras. Neste sentido, encontra-se a OJ-SDI1 nº 206 do TST:
OJ-SDI1-206 PROFESSOR. HORAS EXTRAS. ADICIONAL DE 50%. Excedida a
jornada máxima (artigo 318 da CLT), as horas excedentes devem ser remuneradas com o adicional de,
no mínimo, 50% (artigo 7º, XVI, CF/1988).
5.1. Atividades Extraclasse
A atividade extraclasse é aquela inerente ao trabalhador docente. São aquelas que estão sob a
responsabilidade do professor, porém, fora dos horários em que está ministrando as aulas. Melhor
explicando, são as horas destinadas para a correção de provas, preparação de aula, preenchimento de
diário de classe, entre outras atribuições deste gênero que são próprias do professor, todavia, neste
período em que o professor despende destas atividades, não é considerado como período
extraordinário, sob a justificativa de que tais atividades não são realizadas durantes as aulas que são
ministradas.
Porém, cabe verificar junto ao sindicato da categoria, pois alguns preveem um adicional
referente a atividades extraclasse, atividades estas que também são denominadas como “hora-
atividade” por alguns sindicatos.