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DEDICATÓRIA
Á
PREFÁCIO
As igrejas, bem como seus pastores e líderes ativos hoje, não são
exceção à regra. Ocorre que, de uma forma ou de outra, tudo no
ministério se apruma no critério financeiro e, com menos ou mais
clareza, quase sempre, sem dúvida alguma, orbita em torno do
assunto e da disponibilidade de recurso monetário – salários, ofertas
missionárias, orçamentos, quotas, custos de manutenção, imóveis
adquiridos ou alugados, construções, despesas corriqueiras,
subsídios, alocações, encargos.
Salva-me do erro de julgar uma igreja […] pelo total de suas ofertas
anuais”, e, “[...] se, como por vezes sucede aos teus servos, o teu
povo bondoso me obrigar a aceitar ofertas expressivas de gratidão,
conserva-Te ao meu lado e salva-me da praga que a isso
frequentemente se segue; ensina-me a usar o que porventura
receber de tal modo que não prejudique a minha alma nem diminua
o meu poder espiritual. A Vida Financeira do Pastor, brilhantemente
escrito por
SUMÁRIO
Introdução
1. Dinheiro e ministério, uma relação complexa
2. Pastor com orçamento sob controle? Deve ser piada! Um dilema
nunca resolvido: o salário do pastor3.
4. E o que fazer com as dívidas?
5. Empréstimo: ilusão disfarçada de solução
6. Imprevistos: “com essa eu não contava!”
7. Testemunho pessoal por meio das finanças
8. Pastor: o mordomo exemplar
9. Ética: ainda há tempo de reverter o quadro
10. Seguros: gasto ou investimento?
11. O pastor e a consciência em paz
Conclusão
INTRODUÇÃO
Senhor e Servo
Deus e Adorador
No capitalismo selvagem, regido pela relação produção – consumo
– status, passamos a valer pelo potencial de consumo. Tornamo-nos
admirados pelo que possuímos, e não pelo que somos. Em suma,
se temos muito, valemos muito; se temos pouco, valemos pouco; se
não temos nada, não valemos nada. Sendo assim, o fator “ter”
passa a ser a divindade que define quem é quem no grupo, que
elenca os valores da sociedade e constrói a escala de prioridades
do indivíduo.
Mordomo e Bens
Uma pesquisa entre cristãos nos EUA levantou que 90% das
instituições eclesiásticas, incluindo igrejas, seminários teológicos,
agências missionárias e ministérios de treinamentos de obreiros,
não possuem qualquer treinamento formal na área de finanças para
seus membros. No Brasil, quais são os seminários teológicos que
possuem alguma disciplina na grade curricular que prepare o futuro
pastor para a tão sensível tarefa de cuidar das suas finanças?
Poucos! Assim sendo, por falta de referenciais, os pastores adotam
para si os princípios seculares na direção das finanças pessoais.
Ocorre que, quando o espelho da comunidade, seu mentor
espiritual, deixa de refletir Cristo nas finanças pessoais, pouco se
espera, nesse aspecto, dos seus liderados.
O hábito do planejamento
Poupar é uma orientação que deveria virar hábito, que, por sua vez,
deveria se transformar em cultura, apesar de a pósmodernidade,
com seus apelos agressivos pelo consumo, tentar implantar a sua.
Ocorre que a cultura do consumismo pode, num primeiro momento,
aquecer a economia, mas logo à frente oferece o risco do colapso.
O apelo incessante do capitalismo é: Consuma! Consuma!
Consuma!
(1Timóteo 5.17-18)
(investimentos no ministério);
manter seus meios de comunicação com a comuni
dade (internet, celular e telefone);
manter-se reciclado, participando de congressos e seminários
(para uso no próprio ministério); manter seu automóvel
(instrumento de trabalho); e cuidar da saúde (indispensável ao
ministério). No entanto, parece que parte da igreja de Cristo
encontra-se anestesiada quanto às necessidades de seus líderes
espirituais, mesmo porque, para alguns cristãos, o pastor não
deveria receber salário14 pelo trabalho prestado à comunidade.
Alguns membros das igrejas, por não acompanharem a intensidade
das tarefas do dia a dia do ministro, concluem que o pastor faz
pouco e recebe muito. Ignoram o fato de que a ocupação do pastor
traz desgaste mental e emocional, não necessariamente laboral e
físico. Os horários de trabalho do pastor não estão necessariamente
enquadrados nas oito horas diárias registradas por um relógio
ponto, cumpridas em um gabinete que abre as nove da manhã. Os
melhores sermões que preparei foi na calada da noite, madrugada
adentro. Alguns aconselhamentos fiz pelo WhatsApp em plenas
férias. Alguns cursos para a igreja, que envolveram pesquisa
intensa de dias e aconselhamento para a solução problemas
matrimoniais de membros da igreja duraram tardes inteiras.
vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era
necessário a mim e aos que estavam comigo. Tenho-vos mostrado
em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados
e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-
aventurado é dar que receber (Atos 20.34-35).
Creio também que não se deve discutir essa matéria com toda a
congregação, mas com uma comissão nomeada pela assembleia ou
pelo conselho17. Os contratempos podem mostrarse a partir da
inegável constatação: o tema divide opiniões quando gerido pela
membresia. Os membros mais pobres da comunidade
17 Cada denominação tem a nomenclatura para definir a liderança responsável pelas
questões financeiras e administrativas da igreja local – Diretoria, Conselho, CLAM, Corpo
Diaconal,
Í
4. E O QUE FAZER COM AS DÍVIDAS?
O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do
que empresta.
(Provérbios 22.7)
Entrar no cheque especial pode ser uma boa solução para quem
está em dificuldades financeiras, mas em um segundo momento a
decisão passa a ter o sabor amargo da dívida. No Brasil há uma
larga possibilidade de endividamento crônico ou até colapso
financeiro quando alguém passa a depender do cheque especial ou
do pagamento rotativo do cartão de crédito. Os juros e taxas a pagar
por tais facilidades são os mais elevados e são responsáveis pelo
endividamento da população. A economista Sophia Camargo
orienta:
esse período?
Quais ajustes preciso fazer ao longo do prazo de
pagamento?
Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos
valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos
prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo
depende do tempo e do acaso. Pois o homem não sabe a sua hora.
Como os peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os
passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam
também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai
de repente sobre eles.
(Eclesiastes 9.11-12)
Hudson Taylor, certa vez, enquanto falava sobre finanças, disse que
“as coisas pequenas são coisas pequenas, mas honestidade nas
coisas pequenas é uma grande coisa”.
31 DAYTON, Howard. O Seu Dinheiro. Crown Financial Ministries. Bless Gráfia e Editora. Pompeia, 2003, p.
31.
Humildade, um estilo de vida
Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem
depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em
Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento;
que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar
e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido
fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira
vida. (1Timóteo 6.17-19)
Jesus promete nos sustentar com o pão de cada dia, não com o pão
de amanhã, do mês que vem ou do próximo ano. Ele nos lembra
dos princípios do maná no deserto: os judeus colhiam o suficiente
para cada dia e, se colhessem mais, o excedente apodreceria.
Somente na sexta-feira permitia-se guardar para o sábado. O
propósito era creditar a provisão a Deus, e não ao maná. Jesus nos
orienta a fazer a mesma coisa quando nos ensina a orar: “O pão
nosso de cada dia nos dá hoje”. Precisamos confiar no Pai nosso e
não no pão que ele nos dá. Precisamos crer no Deus Provedor, e
não no dinheiro, apenas um subproduto da provisão divina.
Eis que, agora, trago as primícias dos frutos da terra que tu, ó S
ENHOR, me deste. Então, as porás perante o SENHOR, teu Deus,
e te prostrarás perante ele. Alegrar-te-ás por todo o bem que o
SENHOR, teu Deus, te tem dado a ti e a tua casa, tu, e o levita, e o
Definir consciência não é uma tarefa tão fácil, mas Norbert Lieth, da
Chamada da Meia Noite, nos dá uma boa ajuda:
CONCLUSÃO