O serviço social surge no Brasil na década de 30, com Getúlio vargas.
Com protestos da classe trabalhadora, por melhores condições de trabalho e
buscando a justiça social
Assistência Social tem sido uma resposta do estado para o
enfrentamento das expressões da questão social. Neste sentido a Assistência social no Brasil se configura uma estratégia enquanto ao cenário de desigualdade da maioria da população e também a negação de direitos, neste contexto gerada pelas as contradições do sistema capitalista. Ela tem sua configuração vinculada a filantropia e a benesse. Porém após a Constituição Federal de 88 é reconhecida enquanto direito e responsabilidade estatal.
Este é o momento em que se estreitam relações entre o Estado e
segmentos da elite, que vão analisar o mérito do Estado na concessão de auxílios e subvenções a organizações da sociedade civil. A subvenção social é o auxílio financeiro concedido às entidades sociais, por meio de processo de seleção governamental. A regulamentação estatal da assistência social começou na década de 30, com o então presidente Getúlio Vargas, que atribuiu diretamente auxílios a organizações sociais por meio da “contribuição da caridade”, cobrada na alfândega sobre a importação de bebidas alcoólicas; pela criação da Caixa de Subvenções (decreto-lei nº 525, de 1931), que usava o Ministério da Justiça como instituição mediadora da seleção e fiscalização dos processos; e pela criação do CNSS, em 1938, que criou um pacto com as elites e instalação de uma legislação de controle.
Em 1936 nasce a primeira escola de serviço social em São Paulo,
vinculada a Igreja católica. Ano em que as políticas sociais ainda não existiam e a população contava apenas com a previdência social, que não assistia a todos os necessitados. Em 1938, com a criação do Conselho Nacional do Serviço Social (CNSS), ocorre a primeira regulamentação da assistência social no Brasil. O Conselho é criado como um dos órgãos de cooperação do Ministério da Educação e Saúde, passando a funcionar em uma de suas dependências, sendo formado por figuras ilustres da sociedade cultural e filantrópica e substituindo o governante na decisão quanto a quais organizações auxiliar.
Segundo OLIVEIRA, (2005, p. 25) A assistência aparece inicialmente
como prática de atenção aos pobres, doentes, aos miseráveis e aos necessitados, exercida, sobretudo, por grupos religiosos ou filantrópicos. Neste contexto ela era antes de tudo um dever de ajuda aos incapazes, enquanto algo teoricamente normal e natural da vida humana. Isto contribuiu para que, historicamente e durante muito tempo, o direito à Assistência Social fosse substituído por diferentes formas de dominação, marginalização e subalternização população mais pobre.
No entanto entre as décadas de 1920 e1930 houve uma expansão
dessas políticas voltadas à assistência aos pobres na forma de caridade e/ou filantropia. Direta ou indiretamente, essas políticas agiram em favor da união de interesses entre o Estado brasileiro e a Igreja católica, o que significou para esta última, um acréscimo em número de instituições e no prestígio que angariou para o desenvolvimento da assistência nos moldes cristãos.
Na década de 40, em torno da segunda guerra Mundial a primeira dama
Darcy Vargas assume a LBV, sendo esta a primeira intervenção do estado institucionalmente organizada, seria uma assistência aos mais pobres e famílias de soldados que iam pra guerra.
Com o fim da guerra a LBV continuou seus trabalhos, sendo assim a
ascensão da assistência no país foi permeada pela caridade, benemerência, filantropia, clientelismo e prática do favor fortemente influenciada pela religião e pela presença governamental. Diante disso foram vários anos que se passaram para que ela fosse reconhecida como um direito de responsabilidade estatal.
Segundo Mestriner (2001, p.16) fala que longe de assumir o formato de
política social, a assistência social desencadeou-se ao longo de décadas, enquanto doação de auxílios, revestida pela forma da tutela, de benesse, que, no fim, mais reproduz a pobreza e a desigualdade social na sociedade brasileira.
Nas décadas de 60 a 70 o serviço social rompe com o conservadorismo
e promove uma reatualização da profissão. Em 1979, durante o Congresso da Virada, houve um grande marco para o serviço social no Brasil, pois a profissão se torna laica e começa fazer parte das ciências sociais. No decorrer da história brasileira, a política de assistência social só adquiriu status de política social com a Constituição Federal de 1988, porque reconheceu a assistência social como política social que, junto com as políticas de Saúde e de Previdência Social, compõem o sistema de seguridade social brasileiro.
Em 1988 após a aprovação da Carta Magna, a Assistência passa para o
Sistema de Seguridade Social junto com a Saúde e Previdência social. Mas, no entanto somente em 1993 a Lei Orgânica de Assistência social (LOAS) vai ser aprovada e passando a ser regulamentada como política social pública. Em 1993, com as mudanças na sociedade e na profissão, foi regulamentada a Lei 8667 de 7 de julho de 93, que assegura a profissão de assistente social, seus conselhos regionais e o conselho federal.A pressão social é que faz com que o governo busque ferramentas para minimizar as expressões da desigualdade e melhorá-las. Com isto, abre-se a necessidade da presença do assistente social em várias áreas, como saúde, previdência, educação, lazer, assistência social, justiça e etc.
Assim, o Estado não só incentiva a benemerência e a solidariedade,
mas também passa a ser responsável por ela, pois o assistente social é intermediador das ações do governo com a população. É a assistência social que, a cargo da sociedade e fundamentada em conhecimento científico, mantém o controle estatal sobre as decisões integrativas de ajustamento social.