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4/30/2014

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


LFG Online apresenta...

Lei nº 8.666

Com o Professor Fabrício Bolzan

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Conceito:
-é o procedimento administrativo que se destina a selecionar
a proposta mais vantajosa para a Administração
-art. 37, XXI, da CF
ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.

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Art. 22. Compete privativamente à União legislar
sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no
art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do
art. 173, § 1°, III;

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Abrangência das normas gerais (MJF):

a) requisitos mínimos necessários e indispensáveis à


validade da contratação administrativa;
b) hipóteses de obrigatoriedade e de não obrigatoriedade
de licitação;
c) requisitos de participação em licitação;
d) modalidades de licitação;
e) tipos de licitação;
f) regime jurídico da contratação administrativa.

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Objetivos
_garantir a observância do princípio constitucional
da isonomia;

_selecionar a proposta mais vantajosa para a


Administração;

_promoção do desenvolvimento nacional


sustentável.

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Obrigatoriedade de licitar
-todos os poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, os fundos
especiais, as autarquias, as fundações públicas,
as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios (art. 1.º da LLC).

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Obrigatoriedade de licitar
Os conselhos de classe devem licitar?
Regra: sim – A Lei 9.649 pretendeu em seu art. 58
eliminar o cunho autárquico dessas entidades.
Entretanto, o dispositivo foi declarado
inconstitucional pelo STF na ADI nº 1.717.
Exceção: OAB – ADI 3026 – O STF entendeu que
não integra a Administração Pública e afastou a
sua submissão ao regime correspondente.

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Obrigatoriedade de licitar
Consórcio deve licitar?

O art. 7º, § 1º, do Decreto nº 6.017/07 determina a


obrigatoriedade da observância das normas
licitatórias para os consórcios públicos, ainda que
sejam constituídos com personalidade de direito
privado.

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Obrigatoriedade de licitar
-as sociedades de economia mista e as empresas
públicas que desempenhem atividade econômica
terão suas contratações e licitações regidas por
estatuto próprio, com submissão aos princípios da
Administração Pública (arts. 22, XXVII e 173,
parágrafo 1º, III, CF)

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-as sociedades de economia mista e as empresas
públicas:
I – prestadoras de serviços públicos: devem licitar;
II – exploradoras da atividade econômica: devem
licitar para as atividades de meio; não precisam
licitar para as atividades fins.
Petrobras: STF, por meio de liminares, vem admitindo
o procedimento simplificado de licitação nos
termos da Lei nº 9.478/97 e do Decreto 2.745/98
(MS 25888);
TCU é contra (Acórdão nº 422/2008 Plenário)

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Terceiro Setor e Licitação:

TCU (Acórdãos 146/2007, 38/2008 e 88/2008) exige a


observância de regulamentos próprios,
devidamente publicados, os quais devem se pautar
em princípios gerais do processo licitatório, do
Direito Administrativo (art. 37, caput, da CR) e da
Administração Pública, em especial legalidade,
moralidade, impessoalidade, isonomia e
publicidade.

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Objeto da Licitação

Contratação de obras, serviços, compras, alienações


e locações.

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Princípios da licitação
Art. 3oA licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com
os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de
2010)

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1) Princípio da vinculação ao instrumento
convocatório:

-o instrumento convocatório (edital ou carta-


convite) é a “lei interna” das licitações

-a Administração não pode descumprir as normas


e condições do edital, ao qual se acha
estritamente vinculada (art. 41, caput).

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O Poder Discricionário da
Administração esgota-se com a
elaboração do Edital de Licitação. A
partir daí, nos termos do vocábulo
constante da própria Lei, a
Administração Pública vincula-se
"estritamente" a ele. (REsp 421.946
de 07-02-06 e STF RMS-AgR 24555 de
21-02-06)

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2) Princípio do julgamento objetivo:

-no julgamento das propostas não é permitido o uso


de critérios subjetivos ou que não tenham sido
previstos no edital (arts. 44 e 45, caput).
- TCU Acórdão 549/2006: a ausência de critérios
pré-definidos para a seleção da proposta mais
vantajosa viola mandamentos básicos da
impessoalidade, isonomia e do julgamento
objetivo estampados no art. 37, caput e inciso
XXI da CF/88 e art. 3º da Lei 8.666/93

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Tipos de Licitação: menor preço; melhor técnica;
técnica e preço; e, maior lance ou oferta (art.
45, §1º, Lei 8.666/93).
Menor preço: não impede que se determine
requisitos de qualidade técnica mínima;
Melhor técnica e técnica e preço: contratação de
serviços em que a atividade seja
predominantemente intelectual;
Melhor técnica: A Administração contratará pelo
menor preço, considerando os licitantes cujas
técnicas foram aceitas.

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3) Adjudicação compulsória ao vencedor:

impede em regra que a Administração, concluído o


procedimento licitatório, atribua seu objeto a
outrem que não o legítimo vencedor.
Orientação tradicional: O vencedor não tem direito
adquirido a ser contratado. Seu direito é de não
ser preterido.

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4) Sigilo das propostas:

Art. 3, § 3o A licitação não será sigilosa,


sendo públicos e acessíveis ao público os
atos de seu procedimento, salvo quanto
ao conteúdo das propostas, até a
respectiva abertura.

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Regra: Licitação

Pressupostos da Licitação (CABM):


1º) Lógico: pluralidade de objetos e de ofertantes;
2º) Jurídico: Licitação não é um fim em si mesmo, é
um meio para se chegar a um resultado:
constituição de certa relação jurídica;
3º) Fático: existência de interessados em disputá-
la.

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Regra: Licitação

Exceções:
1ª) Inexigibilidade de licitação (inviabilidade de
competição);

2ª) Dispensa de licitação (competição viável):


a) Licitação Dispensável;
b) Licitação Dispensada.

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Inexigibilidade de licitação: inviabilidade de
competição -art. 25 da LLC (rol exemplificativo);

É inviável a competição diante da:


I – Ausência de pluralidade de soluções;

II – Serviços não alienáveis objetivamente;

III – Profissional do setor artístico.

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Art. 25 da LLC: “é inexigível a licitação quando houver
inviabilidade de competição, em especial:
I – para aquisição de materiais/equipamentos/ gêneros
fornecidos por produtor/empresa/ representante
comercial exclusivo;
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados
no artigo 13, de natureza singular, com
profissionais/empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III – para contratação de profissional de qualquer setor
artístico, consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública”

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Art. 25, I, da LLC - fornecedor exclusivo:

“A indicação de marca na licitação deve ser precedida da


apresentação de justificativas técnicas que
demonstrem, de forma clara e inafastável, que a
alternativa adotada é a mais vantajosa e a única que
atende às necessidades da Administração” (TCU
Acórdão 636/2006).

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Art. 25 da LLC:
§ 1o Considera-se de notória especialização o
profissional ou empresa cujo conceito no campo
de sua especialidade, decorrente de
desempenho anterior, estudos, experiências,
publicações, organização, aparelhamento,
equipe técnica, ou de outros requisitos
relacionados com suas atividades, permita
inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena
satisfação do objeto do contrato.

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Art. 25, II, da LLC – natureza singular:

Não significa ausência de pluralidade de sujeitos em


condições de desempenhar o objeto, pois singular é a
natureza do serviço, não o número de pessoas
capacitadas para executá-lo.

MJF: “A natureza singular caracteriza-se como uma


situação anômala, incomum, impossível de ser
enfrentada satisfatoriamente por todo e qualquer
'profissional especializado'”.

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Licitação dispensável:

-licitação dispensável (discricionariedade


do Administrador)

-art. 24 da LLC (rol taxativo)

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Art. 24. É dispensável a licitação:
I - para obras e serviços de engenharia de
valor até R$ 15.000,00.
OBS: para obras e serviços contratados por
consórcios públicos, sociedades de
economia mista e empresas públicas,
bem como por autarquia ou fundação
qualificadas como agências executivas, os
limites serão o dobro (R$ 30.000,00)

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Art. 24, II - para outros serviços e compras
de valor até R$ 8.000,00.
OBS: para obras e serviços contratados por
consórcios públicos, sociedades de
economia mista e empresas públicas,
bem como por autarquia ou fundação
qualificadas como agências executivas, os
limites serão o dobro (R$ 16.000,00)

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IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública;
V - quando não acudirem interessados à licitação
anterior(é a chamada “licitação deserta”) e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo
para a Administração, mantidas, neste caso, todas as
condições preestabelecidas;
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou
fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual,
desde que atendida a ordem de classificação da
licitação anterior e aceitas as mesmas condições
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao
preço, devidamente corrigido;

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Emergência fabricada e posição do TCU:

A situação adversa, dada como de emergência ou de


calamidade pública, não tenha se originado, total ou
parcialmente, da falta de planejamento, da desídia
administrativa ou da má gestão dos recursos
disponíveis, ou seja, que ela não possa, em alguma
medida, ser atribuída à culpa ou dolo do(s) agente(s)
público(s) que tinha(m) o dever de agir para prevenir a
ocorrência de tal situação (TCU Decisão 347/1994).

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XXVII - na contratação da coleta, processamento
e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com
sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados
por associações ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas físicas de baixa
renda reconhecidas pelo poder público como
catadores de materiais recicláveis, com o uso
de equipamentos compatíveis com as normas
técnicas, ambientais e de saúde pública.
(Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).

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XXVIII – para o fornecimento de bens e
serviços, produzidos ou prestados no País,
que envolvam, cumulativamente, alta
complexidade tecnológica e defesa
nacional, mediante parecer de comissão
especialmente designada pela autoridade
máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº
11.484, de 2007).

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XXXII - na contratação em que houver transferência de
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único
de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de
setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção
nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes
produtos durante as etapas de absorção
tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras
tecnologias sociais de acesso à água para consumo
humano e produção de alimentos, para beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta
regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)

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Licitação dispensada:

-licitação já dispensada

-utilizada para alienações (art. 17, I e II), da Lei


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Art. 17, I, trata da alienação de bens imóveis:
Requisitos: existência de interesse público e de
autorização legislativa quando pertencerem à
Administração Direta e entidades autárquicas e
fundacionais. Avaliação prévia e, em regra,
licitação na modalidade concorrência, para os
bens pertencentes às entidades supracitadas,
bem como para as empresas públicas e
sociedades de economia mista.
Será dispensada a licitação nas hipóteses das
alíneas do inciso I do art. 17.

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Art. 17, II, trata da alienação de bens móveis:

Requisitos: comprovação de interesse público, de


avaliação prévia e de licitação. Para os bens móveis
avaliados até R$ 650.000,00, a licitação poderá ser
realizada na modalidade leilão.

Será dispensada a licitação nas hipóteses das


alíneas do inciso II do art. 17.

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Modalidades de licitação
_Concorrência;
_Tomada de preços;
_Convite;
_Concurso;
_Leilão;
_Pregão;
_Consulta.

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Art. 23. As modalidades de licitação a que se
referem os incisos I a III do artigo anterior serão
determinadas em função dos seguintes limites,
tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia:
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil
reais);
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um
milhão e quinhentos mil reais);
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um
milhão e quinhentos mil reais);

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Art. 23. As modalidades de licitação a que se
referem os incisos I a III do artigo anterior serão
determinadas em função dos seguintes limites,
tendo em vista o valor estimado da contratação:
II - para compras e serviços não referidos no inciso
anterior:
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos
e cinqüenta mil reais);
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos
e cinqüenta mil reais).

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- nos casos em que couber convite, a Administração


poderá utilizar a tomada de preços e, em
qualquer caso, a concorrência (art. 23, § 4.º)

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Modalidades de licitação
_Concorrência;
_Tomada de preços;
_Convite;
_Concurso;
_Leilão;
_Pregão;
_Consulta.

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1) Concorrência:
- é a modalidade mais complexa de licitação

-realizada entre quaisquer interessados que,


na fase inicial de habilitação preliminar,
comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto (art. 22, § 1.º)

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-utilização da concorrência (MSZP):
• obras e serviços de engenharia de mais de 1
milhão e 500 mil reais (v. art 120 da LLC);
• compras e serviços que não sejam de
engenharia de mais de 650 mil reais (v. art.
120, da LLC);
• compra e alienação de bens imóveis, qualquer
que seja seu valor, ressalvado o disposto no
artigo 19, que admite concorrência ou leilão
para alienação de bens adquiridos em
procedimentos judiciais ou mediante dação em
pagamento (art. 23, § 3.º);

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• concessões de direito real de uso (art. 23, §
3.º);
• licitações internacionais, com a ressalva
para a tomada de preços e para o convite
(art. 23, § 3.º);
• alienação de bens móveis cujo valor seja
superior ao previsto no artigo 23, II, “b” =
R$650.000,00 (art. 17, § 6.º);
• registro de preços (art. 15, § 3.º, I),
ressalvada a hipótese de uso do pregão
(arts. 11 e 12, Lei 10.520/02)

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Concessões Florestais (Lei 11.284/06);

Concessão de Serviço Público (Lei 8.987/95);

Parceria Público-Privada (Lei 11.079/2004).

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2) Tomada de preços:

-modalidade de licitação entre interessados


devidamente cadastrados ou que atenderem a
todas as condições exigidas para cadastramento
até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a
necessária qualificação (art. 22, § 2.º)

-para licitações de médio vulto (art. 23, I, “b”, e


II, “b”)

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3) Convite:
- modalidade de licitação entre interessados do
ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou
não, escolhidos e convidados em número
mínimo de três pela unidade administrativa, a
qual afixará, em local apropriado, cópia do
instrumento convocatório e o estenderá aos
demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse
com antecedência de até 24 horas da
apresentação das propostas (art. 22, § 3.º).

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- é a mais simples das modalidades
licitatórias, utilizada em contratações de
pequeno valor

- não se exige publicação do instrumento


convocatório (a carta-convite) na
imprensa oficial, basta que ele seja
afixado “em local apropriado”

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-a comissão de licitação pode ser substituída por
servidor formalmente designado pela autoridade
competente (art. 51, § 1.º)

-caso haja na praça mais de três possíveis


interessados, a cada novo convite, realizado para
objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o
convite a, no mínimo, mais um interessado,
enquanto existirem cadastrados não convidados
nas últimas licitações (art. 22, § 6.º)

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Lei n. 8.666/93 – Art. 22, § 7º:

Quando, por limitações do mercado ou manifesto


desinteresse dos convidados, for impossível a
obtenção do número mínimo de licitantes
exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias
deverão ser devidamente justificadas no
processo, sob pena de repetição do convite.

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Súmula 248 TCU:

Não se obtendo o número legal mínimo de três


propostas aptas à seleção, na licitação sob a
modalidade Convite, impõe-se a repetição do
ato, com a convocação de outros possíveis
interessados, ressalvadas as hipóteses previstas
no parágrafo 7º, do art. 22, da Lei nº 8.666/1993.

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5) Concurso:

- é a modalidade de licitação entre quaisquer


interessados para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de
prêmio ou remuneração aos vencedores,
conforme critérios constantes de edital publicado
na imprensa oficial com antecedência mínima de
45 dias (art. 22, § 4.º)

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-julgamento por uma comissão especial


integrada por pessoas de reputação ilibada e
reconhecido conhecimento da matéria em
exame, servidores públicos ou não (art. 51,
§ 5.º)

-não podem ser utilizados os tipos de licitação


(art. 45, §1º)

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4) Leilão:
- modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens móveis
inservíveis para a Administração ou de
produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens
imóveis prevista no artigo 19 da Lei de
Licitações, a quem oferecer o maior lance,
igual ou superior ao valor da avaliação (art.
22, § 5.º).

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-o leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial


ou a servidor designado pela Administração,
procedendo-se na forma da legislação
pertinente, e deve ter seu edital
amplamente divulgado, principalmente no
Município em que se realizará (art. 53).

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6) Pregão:
- modalidade de licitação para aquisição de
bens e serviços comuns, qualquer que seja o
valor estimado da contratação

-Bens e serviços comuns: são aqueles cujos


padrões de desempenho e qualidade possam
ser objetivamente definidos pelo edital, por
meio de especificações usuais no mercado
(art. 1.º, parágrafo único, Lei 10.520/02).

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• Inversão de fases

– a fase da habilitação troca de lugar com a


fase da classificação/julgamento das
propostas

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• Etapa de lances:
– depois de oferecer sua proposta, o autor da oferta de
valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10%
superiores àquela passam para os lances

-não havendo pelo menos três ofertas, os autores das


melhores propostas (ainda que acima dos citados
10%), até o máximo de três, quaisquer que sejam os
preços oferecidos, passam para a etapa de lances
(art. 4,º, VIII e IX, Lei 10.520/02).

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-os licitantes que chegarem à etapa de lances


poderão dar novos lances verbais e sucessivos,
até a proclamação do vencedor

-critério de julgamento: menor preço.

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Decreto n.º 5.450/05:
Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e
serviços comuns será obrigatória a modalidade
pregão, sendo preferencial a utilização da sua
forma eletrônica.
§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica,
salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser
justificada pela autoridade competente
Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na
forma eletrônica, não se aplica às contratações de
obras de engenharia, bem como às locações
imobiliárias e alienações em geral.

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Lei 10.520/2002
Art. 5º É vedada a exigência de:
I - garantia de proposta;
II - aquisição do edital pelos licitantes, como
condição para participação no certame; e
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os
referentes a fornecimento do edital, que não
serão superiores ao custo de sua reprodução
gráfica, e aos custos de utilização de recursos
de tecnologia da informação, quando for o
caso.

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7) Consulta:
Modalidade de licitação exclusiva das agências
reguladoras, para a aquisição de bens e serviços
não comuns, excetuados obras e serviços de
engenharia civil, na qual as propostas serão
julgadas por um juri, de acordo com critérios
fixados na convocação que devem viabilizar a
ponderação entre o custo e o benefício de cada
proposta.
Trata-se de modalidade que surgiu na Lei Geral de
Telecomunicações (Lei n. 94.72/97); A Lei n.
9.986/00 estendeu para as demais Agências
Reguladoras (Constitucional - ADI 1668)

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Envolve ao menos 5 pessoas, físicas ou jurídicas, de
elevada qualificação que apresentarão propostas
para o fornecimento de bens e serviços não
comuns.

O Jurí será composto de pelo menos 3 pessoas de


elevado padrão profissional e moral, servidores ou
não da agência reguladora.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


FASES DA LICITAÇÃO
1. Fase interna:
-fase em que a Administração Pública está tomando
as providências internas, prévias à divulgação do
instrumento convocatório

-começa com a abertura do processo administrativo


devidamente autuado, protocolado e numerado,
contendo a autorização respectiva e a indicação
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a
despesa (art. 38, caput, da LLC).

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2. Fase externa:
-começa com a divulgação do instrumento
convocatório
2.1. EDITAL
-ato que divulga a abertura da licitação, fixa
as condições de participação, define o
objeto e as condições básicas do contrato e
convida todos os interessados para que
apresentem suas propostas (MSZP)

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


MODALIDADES PRAZOS
CONCORRÊNCIA 45 dias corridos (contrato de
empreitada integral, tipo “técnica” e
“técnica e preço”); 30 dias corridos
(tipo “menor preço”)
TOMADA DE PREÇOS 30 dias corridos (tipo “técnica” e
“técnica e preço”); 15 dias corridos
(tipo “menor preço”)
CONVITE 05 dias úteis

CONCURSO 45 dias corridos

LEILÃO 15 dias corridos

PREGÃO 08 dias úteis

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2.2. HABILITAÇÃO
- momento em que se verifica a aptidão do
licitante para contratar com a Administração

-documentação exigida: relativa à habilitação


jurídica, à qualificação técnica, à
qualificação econômico-financeira, à
regularidade fiscal/trabalhista e ao
cumprimento do disposto no artigo 7.º,
XXXIII, da Constituição Federal (art. 27)

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


2.2. Habilitação (cont.):
Art. 48, § 3º Quando todos os licitantes forem
inabilitados ou todas as propostas forem
desclassificadas, a administração poderá fixar
aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a
apresentação de nova documentação ou de
outras propostas escoimadas das causas
referidas neste artigo, facultada, no caso de
convite, a redução deste prazo para três dias
úteis.

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2.2. Habilitação (cont.):

-se apenas um licitante for habilitado, a


licitação continuará (desde que os outros
licitantes excluídos não tenham apresentado
recurso contra a inabilitação, que possui
efeito suspensivo).

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


2.3.CLASSIFICAÇÃO (tb chamada de
“JULGAMENTO”):
-fase em que a Administração abre os
envelopes com as propostas, julgando-as e
classificando-as pela ordem de preferência,
segundo critérios objetivos definidos no
edital
-julgamento segundo critérios objetivos
definidos no edital ou convite (art. 44,
caput).

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-julgamento de acordo com o tipo de
licitação:

a) menor preço;
b) melhor técnica;
c) técnica e preço;
d) maior lance ou oferta

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


O julgamento das propostas, assim como a
habilitação dos licitantes, será efetivado
por uma comissão (permanente ou
especial) composta de, no mínimo, três
membros, sendo pelo menos dois deles
servidores permanentes dos quadros da
Administração (servidores estáveis), no
termos do caput do art. 51 da Lei n.
8.666/93.

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2.4. HOMOLOGAÇÃO:
-aprovação do procedimento após exame, pela
autoridade competente, dos atos do procedimento
licitatório.
-a autoridade competente para a aprovação do
procedimento somente poderá revogar a licitação
por razões de interesse público decorrente de fato
superveniente devidamente comprovado,
pertinente e suficiente para justificar tal conduta,
devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por
provocação de terceiros, mediante parecer escrito
e devidamente fundamentado (art. 49, caput).

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


-A anulação do procedimento licitatório por
motivo de ilegalidade não gera obrigação de
indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo
único do art. 59 da LLC

-A nulidade do procedimento licitatório induz


à do contrato, ressalvado o disposto no
parágrafo único do art. 59 da LLC

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Art. 59, Parágrafo único. A nulidade não
exonera a Administração do dever de
indenizar o contratado pelo que este
houver executado até a data em que ela
for declarada e por outros prejuízos
regularmente comprovados, contanto que
não lhe seja imputável, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


2.5. ADJUDICAÇÃO:

- ato declaratório, vinculado, por meio do


qual a autoridade competente (a mesma
que homologa) atribui ao licitante
vencedor o objeto da licitação

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“...oriente a comissão de Licitação quanto aos
limites de sua competência, reservando o
ato de adjudicação para a autoridade de
hierarquia superior da Unidade, bem como
observe a seqüência legal e competência
para a efetivação dos atos, de modo que a
adjudicação do objeto, a ser efetuada pela
autoridade competente, somente ocorra
após a homologação do procedimento
licitatório, conforme previsto na Lei de
Licitações;” (TCU Acórdão 816) – STJ Resp
579043)

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


“ADMINISTRATIVO – LICITAÇÃO – REVOGAÇÃO APÓS
ADJUDICAÇÃO.
1. No procedimento licitatório, a homologação é o
ato declaratório pelo qual a Administração diz que
o melhor concorrente foi o indicado em primeiro
lugar, constituindo-se a adjudicação na certeza de
que será contratado aquele indicado na
homologação.
2. Após a adjudicação, o compromisso da
Administração pode ser rompido pela ocorrência de
fatos supervenientes, anulando o certame se
descobertas ilicitudes ou revogando-o por razões
de conveniência e oportunidade.” (STJ MS 12.047)

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FASES EXTERNAS DO PREGÃO

Inversão de Fases:
_Publicação do Edital;
_Julgamento das Propostas;
_Habilitação;
_Adjudicação;
_Homologação

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Objetivos da Licitação
Art.3o A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com
os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de
2010)

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MEs e EPPs

Lei Complementar n.º 123/06:

Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação


de regularidade fiscal das microempresas e
empresas de pequeno porte somente será
exigida para efeito de assinatura do contrato.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


MEs e EPPs
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno
porte, por ocasião da participação em certames
licitatórios, deverão apresentar toda a
documentação exigida para efeito de
comprovação de regularidade fiscal, mesmo que
esta apresente alguma restrição.

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


MEs e EPPs
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da
regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2
(dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá
ao momento em que o proponente for declarado
o vencedor do certame, prorrogáveis por igual
período, a critério da Administração Pública, para
a regularização da documentação, pagamento ou
parcelamento do débito, e emissão de eventuais
certidões negativas ou positivas com efeito de
certidão negativa

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


MEs e EPPs
§ 2o A não-regularização da documentação, no
prazo previsto no § 1o deste artigo, implicará
decadência do direito à contratação, sem
prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei
no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo
facultado à Administração convocar os
licitantes remanescentes, na ordem de
classificação, para a assinatura do contrato, ou
revogar a licitação.

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan

MEs e EPPs
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de
desempate, preferência de contratação para as
microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as
propostas apresentadas pelas microempresas e
empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10%
(dez por cento) superiores à proposta mais bem
classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual
estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco
por cento) superior ao melhor preço

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4/30/2014

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


MEs e EPPs
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei
Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da
seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem
classificada poderá apresentar proposta de preço inferior
àquela considerada vencedora do certame, situação em que
será adjudicado em seu favor o objeto licitado;
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa
de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste
artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura
se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do
mesmo direito;

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


MEs e EPPs
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei
Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da
seguinte forma:
III - no caso de equivalência dos valores apresentados
pelas microempresas e empresas de pequeno porte que
se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o
do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado
sorteio entre elas para que se identifique aquela que
primeiro poderá apresentar melhor oferta.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan

MEs e EPPs
Princípios da impessoalidade e da igualdade:

Exceção:

ME e EPP (TCU Acórdão 1.231/2008 – Tratamento


diferenciado da LC 123 não infringe a CR que
admite expressamente o cabimento de preferências
em favor de ME e EPP – arts. 170, IX e 179).

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Registro de preços
-Art. 15, da LLC, Art. 11 da Lei 10.520/02 e
Decreto n.º 7892/2013:
- Sistema de Registro de Preços: é um sistema de
contratação, visando o registro formal de
preços relativos à prestação de serviços e
aquisição de bens, para contratações futuras e
eventuais.
- -A licitação para registro de preços será
realizada na modalidade de concorrência ou de
pregão.

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4/30/2014

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


“5. Sistema de registro de preços, conforme definido no
art. 1º, parágrafo único, inciso I, do Decreto nº
7.892/2013, é conjunto de procedimentos para registro
formal de preços relativos à prestação de serviços e
aquisição de bens, para contratações futuras. As
licitações, quando efetuadas por esse sistema,
observam uma sistemática diferenciada. Podem ser
realizadas por meio de concorrência ou pregão e
buscam, como em qualquer procedimento licitatório,
selecionar a proposta mais vantajosa, observado o
princípio da isonomia, com o diferencial de que é para
eventual e futura contratação por parte da
Administração.” (TCU – Acórdão 531)

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Decreto 7892: Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá
ser adotado nas seguintes hipóteses:
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver
necessidade de contratações frequentes;
II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de
entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados
por unidade de medida ou em regime de tarefa;
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a
contratação de serviços para atendimento a mais de um
órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou
IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir
previamente o quantitativo a ser demandado pela
Administração.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan

Art. 15, § 4o A existência de preços


registrados não obriga a Administração a
firmar as contratações que deles poderão
advir, ficando-lhe facultada a utilização
de outros meios, respeitada a legislação
relativa às licitações, sendo assegurado
ao beneficiário do registro preferência
em igualdade de condições.

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Embora o sistema de registro de preços
seja comumente utilizado para as
compras, a legislação citada que
regulamenta a matéria não faz ressalvas
quanto a sua utilização para a
contratação de serviços.
Assim, não há dúvidas de que é possível sim
a contratação de serviços por meio de
sistema de registro de preços.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan

Algum questionamento poderia ser


levantado na contratação de serviço
contínuo, uma vez que seu contrato pode
ser prorrogado por até sessenta meses
(art. 57, II da Lei 8.666/93), enquanto a
ata de registro de preços possui duração
limitada a apenas 12 meses.

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Neste ponto, esclarecemos que o prazo de
vigência da ata não se confunde com o
prazo de vigência dos contratos que dela
se originarem. Isto porque os contratos,
uma vez celebrados, são independentes
da ata de registro de preços e estão
submetidos ao regime jurídico dos
contratos administrativos previsto na Lei
8.666/93, aplicando-se, pois, o seu art.
57, que trata da duração dos contratos.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan

Quanto à possibilidade de prorrogação da


Ata de Registro de Preços, anotamos que
a Lei 8.666/93 prevê que sua validade
não poderá ser superior a um ano, e o
Decreto 7892/2013 admite também a sua
prorrogação, quando a proposta continuar
se mostrando mais vantajosa, satisfeitos
os demais requisitos desta norma.

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Ressalte-se que o entendimento do Tribunal
de Contas da União segue na mesma
linha, pois em Acórdão recente decidiu
que a duração das Atas de Registro de
Preços deve se restringir a 12 (doze)
meses, incluídas aí as possíveis
prorrogações.
Esse também é o posicionamento da AGU
na Orientação Normativa 19/2009.

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Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan


Decreto 7892:Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de
preços não será superior a doze meses, incluídas eventuais
prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº
8.666, de 1993.
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata
de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do
art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de
Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o
disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços
poderão ser alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº
8.666, de 1993.
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá
ser assinado no prazo de validade da ata de registro de preços.

Lei nº 8.666 -– Fabrício Bolzan

Finalmente, quanto ao questionamento


sobre a necessidade de indicação de
dotação orçamentária para a realização
do sistema de registro de preços, a
Advocacia-Geral da União em sua
Orientação Normativa 20/2009 entendeu
ser prescindível e exigível apenas antes
da assinatura do contrato.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Conceito:
“Para os fins desta Lei, considera-se
contrato todo e qualquer ajuste entre
órgãos ou entidades da Administração
Pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações
recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada” (art. 2.º, parágrafo único, da
Lei de Licitações)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

A expressão órgão foi utilizada para indicar


a validade jurídica de contratações pelas
repartições administrativas dotadas de
autonomia administrativa, ainda que sem
personalidade jurídica própria. No
entanto, todos os efeitos jurídicos da
contratação acabam refletindo sobre a
pessoa jurídica a que estiver vinculado o
órgão. Ex. Contrato avençado pelo
Ministério da Defesa vincula a União.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Três teorias:
a) não existem contratos administrativos
(ausência de igualdade entre as partes,
autonomia de vontade e força obrigatória
das convenções);
b) todo contrato da Administração é
contrato administrativo;
c) há contratos administrativos e contratos
de direito privado da Administração.

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

1. Contratos da Administração (gênero):

a) Contratos Administrativos:
-ajustes celebrados pela Administração
Pública, nessa qualidade, com objetivos
de interesse público, segundo regime
jurídico de direito público, derrogatório e
exorbitante do direito comum (MSZP)

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


b) Contratos de Direito Privado da
Administração:
-ajustes em que a Administração não se
vale dos seus privilégios, submetendo-se
a normas de direito privado. Nunca será
absoluta a aplicação desse regime, pois
sempre haverá derrogação pelas normas
de direito público (condições e
formalidades estipuladas pelo Direito
Administrativo).

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Art. 62, §3.º, da Lei n.º 8.666/93:
Ҥ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58
a 61 desta Lei e demais normas gerais, no
que couber:
I - aos contratos de seguro, de
financiamento, de locação em que o
Poder Público seja locatário, e aos
demais cujo conteúdo seja regido,
predominantemente, por norma de
direito privado”

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

Regime jurídico:

“Art. 54. Os contratos administrativos de


que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito
público, aplicando-se-lhes,
supletivamente, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de
direito privado”.

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Características
1) Presença do Poder Público agindo com suas
prerrogativas
2) Obediência à forma prescrita em lei
-é obrigatória a forma do instrumento de
contrato nos casos de concorrência e de
tomada de preços, bem como nas
dispensas/inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos nos limites dessas
duas modalidades de licitação (art. 62,
caput, da LLC)

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4/30/2014

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Características
1) Presença do Poder Público agindo com suas
prerrogativas
2) Obediência à forma prescrita em lei
-é obrigatória a forma do instrumento de
contrato nos casos de concorrência e de
tomada de preços, bem como nas
dispensas/inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos nos limites dessas
duas modalidades de licitação (art. 62,
caput, da LLC)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Art. 62, §4.º, da Lei 8.666/93:
“§ 4o É dispensável o "termo de contrato"
e facultada a substituição prevista neste
artigo, a critério da Administração e
independentemente de seu valor, nos
casos de compra com entrega imediata e
integral dos bens adquiridos, dos quais
não resultem obrigações futuras,
inclusive assistência técnica

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


“no § 4º desse mesmo artigo, é prevista a possibilidade de
dispensa do instrumento contratual, independentemente
do seu valor, nos casos de compra para entrega imediata e
integral dos bens e serviços adquiridos, da qual não
resulte obrigações futuras, sendo permitido que o
contrato seja substituído por carta-contrato, nota de
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de
execução do serviço, instrumentos bem mais singelos que
um contrato. O objetivo desse permissivo é
desburocratizar o procedimento de compra naquelas
hipóteses em que esteja evidenciado que o contrato será
de pouca serventia para a Administração Pública devido à
ausência de riscos na aquisição em questão.” (Acórdão
367/2003 Plenário TCU)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

- contratos verbais são permitidos para


pequenas compras de pronto pagamento
(compras de valor não superior a 5% do
limite estabelecido no artigo 23, II, “a”,
da LLC = R$4.000,00), feitas em regime
de adiantamento - art. 60, §único da LLC.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


3) Natureza intuitu personae:
-pois o contrato é firmado em razão das
condições pessoais do contratado,
verificadas na licitação
-é causa de rescisão do contrato a
subcontratação total ou parcial do seu
objeto, a associação do contratado com
outrem, a cessão ou transferência, total ou
parcial, bem como a fusão, cisão ou
incorporação, não admitidas no edital e no
contrato (art. 78, VI)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

Lei n. 8.666: Art. 72. O contratado, na


execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais,
poderá subcontratar partes da obra,
serviço ou fornecimento, até o limite
admitido, em cada caso, pela
Administração.

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4/30/2014

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

4) Natureza de contrato de adesão:


-o particular simplesmente adere ao
contrato, sem poder intervir em seu
conteúdo (que é determinado pela lei e
pela Administração)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


5) Presença de cláusulas exorbitantes:
-são aquelas que não são encontradas,
normalmente, nos contratos de direito
privado (pois seriam nulas como
contrárias à ordem pública), introduzidas
pela Administração em virtude de
preocupações de interesse público,
estranhas às pessoas de direito privado
quando contratam entre si (JCJr)

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


(a) Poder de alterar unilateralmente o
contrato (art. 58, I, e 65 da LLC)

(b) Poder de rescisão unilateral do contrato


(art. 79, I, e 78)

(c) Fiscalização da execução do contrato


(art. 67)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei
poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica
aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, nos
limites permitidos por esta Lei;

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

Art. 65, § 1o O contratado fica obrigado a


aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões
que se fizerem nas obras, serviços ou
compras, até 25% (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do
contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento,
até o limite de 50% (cinqüenta por
cento) para os seus acréscimos.

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


TCU Decisão 215/1999
O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator,
DECIDE:
a) tanto as alterações contratuais quantitativas - que
modificam a dimensão do objeto - quanto as unilaterais
qualitativas - que mantêm intangível o objeto, em
natureza e em dimensão, estão sujeitas aos limites
preestabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei nº
8.666/93, em face do respeito aos direitos do
contratado, prescrito no art. 58, I, da mesma Lei, do
princípio da proporcionalidade e da necessidade de
esses limites serem obrigatoriamente fixados em lei;

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


TCU Decisão 215/1999
O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo
Relator, DECIDE:
b) nas hipóteses de alterações contratuais
consensuais, qualitativas e excepcionalíssimas
de contratos de obras e serviços, é facultado à
Administração ultrapassar os limites aludidos no
item anterior, observados os princípios da
finalidade, da razoabilidade e da
proporcionalidade, além dos direitos
patrimoniais do contratante privado.

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Alteração unilateral
Art. 65:§ 2o Nenhum acréscimo ou
supressão poderá exceder os limites
estabelecidos no parágrafo anterior,
salvo: (Redação dada pela Lei nº 9.648,
de 1998)
II - as supressões resultantes de acordo
celebrado entre os contratantes

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

4. Mesmo nos contratos administrativos, ao


poder de alteração unilateral do Poder
Público contrapõe-se o direito que tem o
particular de ver mantido o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato,
considerando-se o encargo assumido e a
contraprestação pecuniária garantida
pela administração. (STJ - REsp
666.878/RJ de 12-06-07)

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Cláusulas exorbitantes
(d) Aplicação de penalidades em razão da
inexecução total ou parcial do ajuste
(art. 87 e 86)

(e) Exigência de garantia para os contratos


(art. 56)

(f) Ocupação provisória (art. 58, V, e 80)

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Penas art. 87
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do
contrato a Administração poderá, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado as
seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento
convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em
licitação e impedimento de contratar com a
Administração, por prazo não superior a 2
(dois) anos;

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Penas art. 87
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a Administração Pública
enquanto perdurarem os motivos determinantes
da punição ou até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que
aplicou a penalidade, que será concedida
sempre que o contratado ressarcir a
Administração pelos prejuízos resultantes e
após decorrido o prazo da sanção aplicada com
base no inciso anterior.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Suspensão temporária e declaração de
inidoneidade – abrangência dos efeitos:
1ª Corrente – efeito restritivo: as duas
sanções têm efeitos limitados ao ente
que aplicou a punição (Carlos Ari
Sundfeld). Fundamentos:
I-silêncio da lei leva à interpretação
restritiva em matéria sancionatória;
II-autonomia dos entes federativos;
III-ofensa princípio da competitividade.

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2ª Corrente – efeito restritivo (suspensão) e


extensivo (declaração inidoneidade):
MSZP fundamenta nas definições do art.
6º, incisos XI e XII, da Lei n. 8.666/93
(Administração Pública tem conceito mais
amplo do que Administração).

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


3ª Corrente – extensivo: tanto para a suspensão,
como para a declaração de inidoneidade, o
contratado penalizado não poderá contratar
com nehum ente da federação (JSCF).
Fundamentos:
I-não há diferença entre Administração e
Administração Pública (atecnicismo legislador);
II-objetivo dessa interpretação é evitar que
demais entidades contratem com empresas
inadimplentes.

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É irrelevante a distinção entre os termos Administração
Pública e Administração, por isso que ambas as figuras
(suspensão temporária de participar em licitação (inc.
III) e declaração de inidoneidade (inc. IV) acarretam ao
licitante a não-participação em licitações e
contratações futuras.
- A Administração Pública é una, sendo descentralizadas
as suas funções, para melhor atender ao bem comum. A
limitação dos efeitos da “suspensão de participação de
licitação” não pode ficar restrita a um órgão do poder
público, pois os efeitos do desvio de conduta que
inabilita o sujeito para contratar com a Administração
se estendem a qualquer órgão da Administração
Pública. (Nesse sentido REsp 174.247)

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ADMINISTRATIVO - LICITAÇÃO -
INIDONEIDADE DECRETADA PELA
CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO - ATO
IMPUGNADO VIA MANDADO DE
SEGURANÇA.
4. Inidoneidade que, como sanção, só
produz efeito para o futuro (efeito ex
nunc), sem interferir nos contratos já
existentes e em andamento. (STJ MS
13.101)

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Cláusulas exorbitantes
(g) Restrições à possibilidade de alegar a exceção do
contrato não cumprido (exceptio non adimpleti
contractus):
-exceção à regra: a possibilidade de o particular
contratado optar pela rescisão do contrato ou pela
suspensão do cumprimento de suas obrigações no caso
de atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos
pela Administração decorrentes de obras, serviços ou
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
executados, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra (art. 78,
XV)

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Prazo contrato administrativo
- adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários (art. 57, caput), com
exceções:
* projetos ligados ao Plano Plurianual (art. 57,
I)
* prestação de serviços a serem executados de
forma contínua (cuja duração pode ser
prorrogada por iguais e sucessivos períodos,
limitada a 60 meses + 12 meses §4º)

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Prazo contrato administrativo
• aluguel de equipamentos e à utilização de
programas de informática (cuja duração pode se
estender por até 48 meses após o início da
vigência do contrato)
• V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX,
XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão
ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses,
caso haja interesse da administração. (Incluído
pela Lei nº 12.349, de 2010)
É vedada a contratação prazo indeterminado (art.
57, §3º )

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


-são da responsabilidade do contratado os encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato (art. 71)
-a inadimplência do contratado com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento (art. 71, §
1.º)
-nas obrigações previdenciárias resultantes da
execução do contrato a Administração Pública
responderá solidariamente com o contratado, nos
termos do artigo 31 da Lei 8.212/91 (art. 71, §
2.º)

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Enunciado/Súmula 331 do TST (redação
original):
-o inadimplemento das obrigações
trabalhistas, pelo empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador
dos serviços, quanto àquelas obrigações,
inclusive quanto aos órgãos da
Administração Pública, desde que hajam
participado da relação processual e
constem também do título executivo
judicial

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan

STF na ADC nº 16 entendeu pela


Constitucionalidade do art. 71 da Lei 8666,
ou seja, o inadimplemento do contratado
não transfere para a Administração a
responsabilidade das dívidas trabalhistas,
salvo se esta falhar na fiscalização.

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Enunciado/Súmula 331 do TST (redação atual, após
decisão STF ADC 16):
V - Os entes integrantes da Administração Pública
direta e indireta respondem subsidiariamente, nas
mesmas condições do item IV, caso evidenciada a
sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993,
especialmente na fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.

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Equilíbrio econômico- financeiro


-É a relação de igualdade formada entre as
obrigações do contratante e a
compensação econômica correspondente

Se a Administração tem a prerrogativa de


alterar unilateralmente, nos termos da
lei, o contrato administrativo, o
contratado tem o direito à manutenção
do equilíbrio econômico-financeiro.

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“Art. 65, II, “d”: para restabelecer a relação que as
partes pactuaram inicialmente entre os encargos
do contratado e a retribuição da administração
para a justa remuneração da obra, serviço ou
fornecimento, objetivando a manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de
conseqüências incalculáveis, retardadores ou
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda,
em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe, configurando área econômica
extraordinária e extracontratual”.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Art. 65:
§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais
criados, alterados ou extintos, bem como
a superveniência de disposições legais,
quando ocorridas após a data da
apresentação da proposta, de
comprovada repercussão nos preços
contratados, implicarão a revisão destes
para mais ou para menos, conforme o
caso.

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*Fato do príncipe:
- medida de ordem geral do Poder Público,
não relacionada com o contrato, mas que
nele reflete, alterando a sua equação
econômico-financeira
- *Fato da Administração:
- conduta ou comportamento da Administração
que, como parte contratual, torne
impossível a execução do contrato ou
provoque seu desequilíbrio econômico-
financeiro.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


* Teoria da imprevisão (ou álea econômica
extraordinária):

-acontecimento externo ao contrato, alheio


à vontade das partes, imprevisível e
inevitável, que provoca grande
desequilíbrio no ajuste, onerando
excessivamente a sua execução para o
contratado

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Requisitos (MSZP):
a) fato imprevisível, ou previsível, porém
de conseqüências incalculáveis;
b) estranho à vontade das partes;
c) inevitáveis;
d) causadores de desequilíbrio muito
grande no contrato.

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*Fatos imprevistos (ou "interferências
imprevistas"):
-ocorrências materiais que não tinham sido
cogitadas pelas partes quando da
celebração do contrato, mas que
surpreendentemente surgem em sua
execução, dificultando ou onerando
extraordinariamente o prosseguimento e
a conclusão dos trabalhos
* Força maior e caso fortuito

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Revisão
Na revisão a equação econômico-financeira
é afetada por eventos posteriores e
imprevisíveis que alteram
substancialmente o conteúdo ou a
extensão das prestações impostas ao
contratante. Não tem relação com
questões inflacionárias.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Revisão
“1 - É assente nos contratos administrativos
a possibilidade de sua revisão à luz da
cláusula rebus sic stantibus hoje
consagrada na Lei das Licitações, verbis:
"art. 65.(...)” (REsp 612.123)

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Reajuste
No reajuste existe a recomposição
preestabelecida do poder aquisitivo da
moeda por meio da aplicação de índice
de preços fixado contratualmente. Exige
o decurso mínimo de 12 meses. Tem
relação com questões inflacionárias.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Reajuste
“2. A Lei 8.666/93 (art. 65, § 6º) serve de
base legal para o reajuste do contrato, a
fim de manter seu equilíbrio financeiro.
3. Reajuste que deve observar,
prioritariamente, os parâmetros
estabelecidos em tabelas fornecidas pela
Administração.” (STJ MS 11.539)

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Repactuação
Consiste na recomposição do valor contratado
aplicável aos contratos de serviços contínuos
e se vincula à variação de custos do
contrato.
O contratado deverá demonstrar de forma
analítica a proporção do desequilíbrio
econômico-financeiro de acordo com a
planilha de custos e a formação dos preços.
Exige-se previsão contratual e o decurso do
interregno de 12 meses.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Repactuação
46. Assim, a partir da data em que passou a
viger as majorações salariais da categoria
profissional que deu ensejo à revisão, a
contratada passou a deter o direito à
repactuação de preços. (TCU Acórdão
1.827)

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Extinção do contrato

1) pela conclusão de seu objeto


2) pelo término de seu prazo
3) em razão de força maior ou de caso
fortuito (art. 78, XVII)
4) pela rescisão (unilateral, amigável ou
judicial)

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Extinção do contrato
5) pela anulação (art. 59):
-descoberta alguma ilegalidade, a Adm.
deve declarar a nulidade do contrato,
que opera retroativamente, impedindo os
efeitos jurídicos que o ajuste,
ordinariamente, deveria produzir, além
de desconstituir os já produzidos

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Extinção do contrato
5) pela anulação (art. 59):
-a nulidade não exonera a Administração do
dever de indenizar o contratado pelo que
este houver executado até a data em que
ela for declarada e por outros prejuízos
regularmente comprovados, contanto que
não lhe seja imputável, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa

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Regime Diferenciado de Contratação - RDC

LEI Nº 12.462, DE 4 DE AGOSTO DE 2011.


Art. 1o É instituído o Regime Diferenciado de
Contratações Públicas (RDC), aplicável
exclusivamente às licitações e contratos
necessários à realização:
I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016,
constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a
ser definida pela Autoridade Pública Olímpica
(APO); e

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
II - da Copa das Confederações da Federação
Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e
da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo
Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor
instituído para definir, aprovar e supervisionar as
ações previstas no Plano Estratégico das Ações do
Governo Brasileiro para a realização da Copa do
Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se,
no caso de obras públicas, às constantes da matriz
de responsabilidades celebrada entre a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios;

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC

III - de obras de infraestrutura e de contratação


de serviços para os aeroportos das capitais dos
Estados da Federação distantes até 350 km
(trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades
sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.
IV - das ações integrantes do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) (Incluído
pela Lei nº 12.688, de 2012)

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC

V - das obras e serviços de engenharia no âmbito


do Sistema Único de Saúde - SUS. (Incluído
pela Lei nº 12.745, de 2012)
VI - das obras e serviços de engenharia para
construção, ampliação e reforma de
estabelecimentos penais e unidades de
atendimento socioeducativo. (Incluído pela
Medida Provisória nº 630, de 2013)

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
O RDC tem por objetivos:
I - ampliar a eficiência nas contratações públicas
e a competitividade entre os licitantes;
II - promover a troca de experiências e
tecnologias em busca da melhor relação entre
custos e benefícios para o setor público;
III - incentivar a inovação tecnológica; e
IV - assegurar tratamento isonômico entre os
licitantes e a seleção da proposta mais
vantajosa para a administração pública.

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
Art. 3o As licitações e contratações
realizadas em conformidade com o RDC
deverão observar os princípios da
legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade,
da eficiência, da probidade administrativa,
da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao
instrumento convocatório e do julgamento
objetivo.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
Art. 4o Nas licitações e contratos de que trata esta
Lei serão observadas as seguintes diretrizes:
I - padronização do objeto da contratação
relativamente às especificações técnicas e de
desempenho e, quando for o caso, às condições
de manutenção, assistência técnica e de garantia
oferecidas;
II - padronização de instrumentos convocatórios e
minutas de contratos, previamente aprovados
pelo órgão jurídico competente;

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
Art. 4º III - busca da maior vantagem para a administração
pública, considerando custos e benefícios, diretos e
indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental,
inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento
de bens e resíduos, ao índice de depreciação
econômica e a outros fatores de igual relevância;
IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de
pagamento compatíveis com as condições do setor
privado, inclusive mediante pagamento de
remuneração variável conforme desempenho, na forma
do art. 10; (Redação dada pela Medida Provisória nº
630, de 2013)

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
Art. 4º V - utilização, sempre que possível, nas
planilhas de custos constantes das propostas
oferecidas pelos licitantes, de mão de obra,
materiais, tecnologias e matérias-primas existentes
no local da execução, conservação e operação do
bem, serviço ou obra, desde que não se produzam
prejuízos à eficiência na execução do respectivo
objeto e que seja respeitado o limite do orçamento
estimado para a contratação; e
VI - parcelamento do objeto, visando à ampla
participação de licitantes, sem perda de economia
de escala.

Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC
Art. 12. O procedimento de licitação de que trata
esta Lei observará as seguintes fases, nesta
ordem:
I - preparatória;
II - publicação do instrumento convocatório;
III - apresentação de propostas ou lances;
IV - julgamento;
V - habilitação;
VI - recursal; e
VII - encerramento.

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Lei nº 8.666 - Fabrício Bolzan


Regime Diferenciado de Contratação - RDC

Art. 35. As hipóteses de dispensa e inexigibilidade


de licitação estabelecidas nos arts. 24 e 25 da
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicam-
se, no que couber, às contratações realizadas
com base no RDC.
Parágrafo único. O processo de contratação por
dispensa ou inexigibilidade de licitação deverá
seguir o procedimento previsto no art. 26 da
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

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