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NOTAS HISTORICAS.

CONTEXTO

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A língua portuguesa é uma língua latina. Os estilos de escrita encontrados em Portugal e no


Brasil têm sua origem no alfabeto romano. Os romanos ocuparam a península ibérica
(Espanha e Portugal) aproximadamente do século III AC até a queda do Império Romano o
século V DC. É claro que outros grupos, além dos romanos, contribuíram para a formação da
língua portuguesa. Originalmente a península ibérica foi habitada por um grupo de pessoas
conhecidas como Celta-Ibéricos. Esse povo foi conquistado pelos romanos. Depois dos
romanos vieram as tribos germânicas e depois os mouros, os quaís deixaram evidência de
seus costumes, não apenas na linguagem, mas também na cultura dos Ibéricos, pois estes nao
dominaram como os romanos, mas antes trouxeram toda a administracao e corte, fugindo de
lutas entre familias rivais no subcontinente arabe, para a peninsula iberica. Todavia, a
despeito dessa influência, a língua portuguesa permaneceu sendo uma língua latina, e é
principalmente aos romanos que ela deve sua origem. Note que a maioria das linguas
nacionais atuais surgiram no segundo milenio, atraves da fusao de dialetos e da
predominancia natural (ou as vezes por imposicoes legais) de uns sobre outros. O ingles por
exemplo, consolidou-se apos a publicacao dos contos de Canterbury de Chaucer, e Dante
Alighieri deve ter sido o maior responsavel pela valorizacao do vulgar italiano sobre o latim
na peninsula italica…

O Alfabeto permaneceu virtualmente inalterado. Originalmente o alfabeto romano era


constituído de 21 letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, V e X.
Aproximadamente em 50 AC foram adicionadas as letras Y e Z. Desde aquela época tem
havido muitas mudanças nas línguas latinas e na maneira de escrevê-las, mas o alfabeto, com
poucas exceções, permaneceu inalterado. Por essa razão, uma vez que você tenha aprendido
as características únicas de qualquer estilo de escrita e supondo que você esteja familiarizado
com o vocabulário e com a gramática usados na época da escrita, você deverá ser capaz de ler
qualquer documento escrito naquele estilo, com um esforço levemente maior do que levaria
para ler os estilos de escrita de hoje. É claro que você ainda assim terá que lidar com má
grafia, tinta borrada e falta de informação. A chave, porém, é ser capaz de reconhecer as
características do estilo usadas pela pessoa que escreveu o documento. Houve, é claro, muitos
outros estilos pessoais usados por milhares de escribas através do curso de quatro ou cinco
séculos. Aprender todos levaria uma vida inteira. A questao da variacao caligrafica foi se
homogeneizando, acredito, a partir do surgimento dos tipos moveis gutenbergianos, e
tambem após o surgimento de manuais caligraficos impressos em massa com a nova tecnica
(imprensa). À medida que você continuar seu estudo de paleografía ou quando você começar
sua pesquisa em registros originais, será bom criar uma lista de amostras de letras que
provaram ser especialmente difíceis para você. Dessa maneira você estará compilando seu
estoque particular de letras, ao qual desejará recorrer, e tambem pode servir este material para
a criacao de tipos digitais.

Você também poderá vir a desejar praticar a escrita de algumas das letras que são difíceis
para você transcrever. Essa também é uma boa idéia quando se encontra uma combinação de
letras que lhe seja nova ou estranha. Escrevendo as letras você entenderá melhor o estilo do
escriba e se recordará dele por mais tempo.
Existem poucos registros de valor genealógico datados de antes de 1500. Em 1249 (se nao me
engano) os portugueses declararam sua regiao reino com a expulsao definitiva dos mouros e
estenderam suas fronteiras até sua atual localização. Registros têm sido conservados desde a
formação do reino de Portugal. Entretanto, umas poucas evidências restaram daquele remoto
período. Foi a partir do século XVI que os padres paroquiais da igreja católica foram
solicitados a começar a registrar batismos, casamentos e falecimentos. Esses decididamente
são os registros genealógicos mais valiosos em Portugal e no Brasil. Durante o século XVI
outros tipos de registros de valor genealógico também começaram a proliferar.

Tradicionalmente, a escrita foi classificada em estilos. Desde que a paleografia é considerada


uma ciência, métodos individuais de escrita têm sido agrupados em estilos, bem ao modus
operandi classificatorio das ciencias. Algumas vezes é conveniente fazer isso e dar nomes a
esses estilos. Eles incluem, entre outros, a caligrafia carolíngea, a gótica, a cortesa, a
secretária (processal?), a secretária encadeada e a itálica. Se você está para se tomar um
perito na leitura de registros e literatura de todos os períodos, será necessário um
conhecimento de cada um desses estilos. Todavia, assim como com muitas disciplinas, a
categorizaçào pode ser perigosa. Automaticamente surgem perguntas do tipo “se certos
estilos pertencem a um grupo ou a outro ou a algum entre eles”.

(o corpo original deste texto, acrescido de minhas observacoes, foi extraido de INGERS,
Instituto Genealogico do Rio Grande do Sul, com site na internet)

PALEOGRAFIA

A Paleografia é a ciência das antigas escritas, da sua forma, decifração e toda a sua estrutura.
Os primeiros escritos surgiram cerca de 3000 AC, tanto na Mesopotâmia como no vale do
Nilo. Nas escritas primitivas os caracteres correspondiam a palavras, sílabas ou consoantes;
aos Fenícios se deve a primeira escrita alfabética, que os Gregos aperfeiçoaram incluindo-lhe
vogais. Os alfabetos gregos constituíram os padrões de base para as escritas bizantina e
cirílica (búlgara, sérvia e nissa) na Europa Oriental, e na Europa Ocidental para a escrita
latina, donde, por sua vez, derivam todas as escritas ocidentais até à atualidade. Dos alfabetos
puramente consonânticos derivaram a escrita árabe e a escrita hebraica.

Exigências de organização científica determinam disciplinas especializadas para as escritas


orientais, indigenas ou polinesicas; para o historiador europeu ou ocidental apenas interessam
no estudo das fontes as paleografias latina, grega, árabe e hebraica.

O desenvolvimento das diversas formas da escrita latina (entre elas a gótica) deixa entrever
mútua influência das escritas librária e corrente.

As escritas librárias (corresponde-lhes desde o começo dos tempos modernos a escrita


impressa) devem ser quanto possível agradáveis à vista, regulares e facilmente legíveis; na
escrita corrente, ou cursiva, adaptada ao uso quotidiano, importa principalmente uma forma
rápida e comoda (na escrita impressa o cursivo aparece em itálico – antiqua). As ligaduras ou
nexos (linhas de ligação entre as letras) e as abreviaturas encontram-se mais frequentemente,
como é natural, nas escritas cursivas. Mas, todavia, atente-se para o fato de que tipografos
profissionais incorporam em seus tipos ligaturas e todos os sinais e abreviaturas das escritas
cursivas, e isto é muito claro nas tipologias norte-americanas do periodo colonial (vide
WALDENFONT). No entanto, mesmo a incorporacao de ligaturas por tipografos profissinais
termina, aparentemente, caindo em desuso pelos impressores, que optam no mais das vezes
pelo seu nao uso, criando um empobrecimento estetico e alfabetico. Isto chegou ao caso, em
diversas momentos historicos, inclusive por leis ortograficas nacionais ao banimento de
certas letras do alfabeto. Gracas a deus estes desatinos terminaram, no mais das vezes pela
reincorporacao tipografica. Quanto as ligaturas, ao menos as serifas terminaram sendo
definitivamente incorporadas em muito tipos contemporaneos como forma de aumentar a
legibilidade e coesao dos tipos…

Maiúsculas chamam-se as escritas com letras da mesma altura (traçáveis entre duas linhas
paralelas). Minúsculas são as escritas cujas letras apresentam por vezes traços que vão acima
ou abaixo das duas linhas (traçáveis entre quatro linhas paralelas).

O fato de os humanistas italianos terem dado à minúscula carolingea (VER) o sobrenome de


«antiqua» resultou do desejo de regressar à escrita romana e do erro de julgar que nessa letra
se tinha escrito a maioria dos textos romanos que chegou até nós. Esta escrita tambem é
chamada italica e tem como caracteristica mais visivel o “a” isento do gancho superior. A
letra «antiqua» foi, nos séculos que se seguiram, adotada em todos os países da Europa
Ocidental (o último, a Alemanha, em 1942) e é atualmente a escrita mais divulgada no
mundo. As formas «góticas» ou «alemãs» da escrita latina prevalecem na escrita decorativa e
vem sofrendo um claro processo de renascimento atraves dos tipos digitais.

Simplificando, a Paleografia pode ser definida tanto como escritos antigos, ou o estudo de
escritos antigos. Qualquer pessoa empenhada em pesquisas genealógicas, historicas ou
literarias de registros antigos, necessitará saber ler, entender e transcrever tais registros.

A capacidade de ler e escrever Paleografia exige algumas habilidades importantes:

(1) conhecer a lingua, em principio, do texto referido

(2) saber transpor os caracteres do documento original para caracteres com os quais estamos
mais familiarizados, e

(3) saber identificar as abreviações usadas no texto do registro.

Além dessas habilidades mais importantes devemos também ser capazes de interpretar os
sinais de pontuação usados, separar ou unir palavras que não foram separadas ou unidas no
texto original, ler e transcrever números, identificar erros no texto original e, finalmente,
obter, através de tudo isso, o significado do texto. Embora, todavia, a compreensao mais
acurada dos enunciados do texto caibam, no mais das vezes, a filologos, que trabalham,
digamos assim, em parceria estreita com os paleografos.

É claro que cada pessoa tem um estilo ou método de escrever, o qual é único. No entanto, tem
sido possível, no correr da história, reunir em grupos ou estilos definidos, muitos desses
métodos individuais de escrita. Tais estilos podem variar de época a época, de país a país, e
até mesmo entre tipos diferentes de documentos. Entretanto, uma vez que se tenha aprendido
as características especiais de qualquer estilo, deveríamos ser capazes de ler qualquer
documento escrito naquele estilo, usando para isso, de um esforço apenas ligeiramente maior
do requerido para ler os atuais estilos de caligrafia. Naturalmente, teríamos que lidar com
variações daquele estilo, má caligrafia, tinta desbotada etc. Mas o segredo de poder ler
qualquer estilo determinado de caligrafia é simplesmente ser capaz de reconhecer as
características daquele estilo.
Os estilos típicos da Ibéria e Ibero-América se originaram do alfabeto romano, usado desde
pouco tempo antes época de Cristo. No início, tal alfabeto consistia de 21 letras: A, B, C, D,
E, F, G, H, I, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, V e X. As letras Y e Z foram adicionadas
aproximadamente em 50 A.C. Desde aquele tempo tem havido muitos estilos diferentes, ou
modificações de estilos que foram adotados, rejeitados, modificados e remodificados. Esses
estilos foram agrupados e classificados e incluem, entre outros,

a caligrafia Carolíngea, resultante de uma reforma introduzida durante o reinado de Carlos


Magno,

a caligrafia Gótica, de origem germanica

a caligrafia Cortesa,

a caligrafia Secretária (vide processada ou processual)

e a caligrafia Secretária Encadeada.

Devemos chamar a atenção para o fato de que


como em muitas outras disciplinas, a categorização pode ser perigosa. É conveniente que
sejamos capazes de classificar esses vários estilos em grupos e dar-lhes nomes e títulos.
Entretanto, logo que se cria uma categoria ou um grupo, automaticamente surgem dúvidas
quanto a se um estilo pertence a este ou àquele grupo, ou se está em algum lugar no meio.
Como Eduardo Nunes explica: “A classificação das letras é um rito sagrado, mas ao qual,
atualmente todos os paleógrafos desejariam poder furtar-se… porque, tanto a terminologia
(base da classificação), como a própria metodologia (postulado da terminologia) se
encontram em plena crise de refundição. “

As categorias, no entanto, são convenientes e por essa razão são e continuarão a ser usadas.

Os registros de valor genealógico na Ibéria e Ibero-América, não foram iniciados até o


princípio do século XVI, e os estilos predominantes usados desde aquele tempo sao a
caligrafia Secretária, a caligrafia Secretária Encadeada e a Itálica.

A Escrita Processual e Encadeada


“A escrita processual é eminentemente cursiva, permitindo dessa forma aos escreventes,
grande liberdade no traçado. Como conseqüência, surgiu a degeneração da letra, sendo difícil
encontrar, em toda a paleografia latina e suas aplicações nas línguas vernáculas, uma escrita
com tantas formas divergentes como o é a processual. À primeira vista, os variados
manuscritos examinados por pessoas que não estão a par do traçado da escrita processual,
podem levar à conclusão de que se trata de vários tipos de escritas. O motivo para tal, é que
os tipos de caligrafia processual oscilam entre os parecidos à cortesa, que ainda mantém
algumas das formas anglicanas herdadas da gótica cursiva – da qual se originou – até os
extremamente redondos da caligrafia encadeada, sendo esta a última degeneração do ciclo –
cortesa – processual e encadeada. ” (Aurélio Tanodi – Interpretação Paleográfica de Nomes
Indígenas, Córdoba, Argentina: Editor, 1965, p. 38.)

A Escrita Itálica ou Bastarda

“O ensino sistemático constitui uma das principais características da escrita bastarda. Os


calígrafos do século XVII e anos posteriores, seguiam a escrita itálica ou bastarda, porém,
com pequenas modificações. Os escreventes tiveram então exemplos calígrafos aos quais
podiam recorrer e o ensino dispunha de bons manuais.

Apesar do ensino sistemático e dos exemplos caligráficos, nem todos aderiram extremamente
à formação caligráfica. Havia pessoas que aprendiam a escrever sem haver tomado cursos
especiais, isto é, sem passar por um aprendizado sistemático. Outras, embora o fizessem,
degeneravam sua escrita pessoal, afastando-se dos preceitos caligráficos, devido a ser a
caligrafia bastarda um tipo de escrita cursiva usada para uma grande variedade de
manuscritos. Dessa forma, encontramos na mesma região e época, manuscritos de diversos
aspectos – desde os altamente caligráficos até os extremamente descuidados. Isso dependia
de muitos fatores: a perícia gráfica do aprendizado, a intenção com que se confeccionava o
manuscrito, a importância do mesmo, o aspecto externo e sua composição interna, etc.

Em geral, a escrita bastarda é muito mais clara e legível do que a processual ou a encadeada;
não obstante, existem textos que apresentam sérias dificuldades e requerem estudo especial.”
(Aurélio Tanodi, idem, p. 40.

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