Sei sulla pagina 1di 36

L A F O R M A C I Ó N F A C U N D I C A EN EL P E N S A M I E N T O DE

SAUL TABORDA

M. E. Morey de Verstraete

l. INTRODUCCIÓN

El estudio de un autor es una labor histórica y hacer esto en el


m a r c o d e las ideas argentinas supone el interés en señalar la conti­
nuidad d e nuestra cultura actual c o n el pasado i n m e d i a t o , c o m o un
m e d i o d e c o m p r e n d e r m e j o r el presente. Buscamos descubrir cuál
fue el sentido del p e n s a m i e n t o del autor que a q u í se presenta y pa­
ra ello hacemos un estudio interpretativo de los fundamentos filo­
sóficos d e su obra. El t i e m p o en lo espiritual no se pierde, se acu­
mula; por eso la vuelta al pasado enriquece. Las ideas decantada.s
p o r la historia muestran la dignidad o flaqueza del pensamiento,
del q u e puede rescatarse lo auténtico y v e r d a d e r o q u e pasa a ser pa­
t r i m o n i o c o m ú n . Para q u e se p r o d u z c a ese e n r i q u e c i m i e n t o n o ba.s-
ta c o n enumerar una serie de aconteceres espirituales, es necesario
saberlos, pensarlos, asimilarlos e incorporarlos en el caudal d e co­
n o c i m i e n t o s de lo p r o p i o . El interés d e presentar aquí este autor
no apunta, pues, a una historiografía, sino que a través d e ella bus­
c a m o s un m o d o de hermenéutica d e nuestra realidad.

UBICACIÓN GENERACIONAL Y BIOGRAFICA

Para la ubicación del pensamiento de T a b o r d a es preciso hacer


referencia a su t e o r í a del ideal p e d ^ ó g i c o c o m o una forma concre­
ta d e superación del positivismo. El alude al ideal n o c o m o un ele­
m e n t o d a d o , sino c o m o una obra de p e r f e c c i ó n , c o m o un l o g r o en
la plenitud del valor, c o m o la máxima expresión d e lo espiritual.
20 MARIA EUGENIA MOREY DE V E R S T R A E T E

El acento puesto en el espíritu rescata al h o m b r e de un evolu­


c i o n i s m o y l o abre a la libertad. D e allí que cobren gran importan­
cia las frases tales c o m o : " E l individuo es una unidad psico—física
que p u e d e llegar a ser persona, necesitamos proseguir preguntando,
más allá de la c i e n c i a " ( 1 ) . N o se trata de que T a b o r d a rechace la
ciencia, sino que descubre un h o r i z o n t e que la trasciende y que li­
bera al h o m b r e del d e t e r m i n i s m o . Sin esa perspectiva el " i d e a l pe­
d a g ó g i c o " no tendría cabida. P o r ello dice, " e l h o m b r e p r o c e d e del
animal; p r o c e d e del animal y no deja nunca de ser animal; p e r o no
se resuelve en funciones animales: su esencia reside en sus funcio­
nes espirituales. Es, pues, en la esfera de aquellas disciplinas que tra­
tan las funciones espirituales d o n d e d e b e m o s investigar el c o n c e p t o
de la p e r s o n a l i d a d " ( 2 ) ,

El esfuerzo p o r superar el positivismo supone el c e l o por de­


volver al h o m b r e su dignidad sumida en el pragmatismo y cientifi­
cismo.
El positivismo filosófico se limitaba a los aspectos psicológicos
y sociológicos soslayando los problemas e p i s t e m o l ó g i c o s y m e t a f í -
sicos. Para el positivismo t o d o se resuelve en la relación causa—efec­
to y el pensamiento r e f l e x i v o que mediatiza el dato e m p í r i c o no
tiene cabida. En nuestro país la educación de la época no escapó a
la esfera positivista. P o r e j e m p l o Carlos O. Bunge en su libro " L a
E d u c a c i ó n " señala: " E m p l e a r é , pues, en el curso de este tratado un
m é t o d o q u e llamaría p s i c o s o c i o l ó g i c o , cuya característica es basar
la especulación en la descripción, y la descripción en la psicología
y la s o c i o l o g í a . Su f o r m a de e x p o s i c i ó n es positiva; p e r o sus m e d i o s
de investigación pueden considerarse e c l é c t i c o s " ( 3 ) .
El carácter p e d a g ó g i c o en T a b o r d a , en c a m b i o , es radicalmen­
te diferente. Su ataque al positivismo es frontal ( 4 ) ; y su tesis exige

(1) T A B O R D A , S., Investij^aciones Pedagógicas, V o l . 11, E d i c i o n e s A t e n e o F i ­


l o s ó f i c o d e C ó r d o b a , C ó r d o b a , 1 9 5 1 , p . 17 ( e n a d e l a n t e esta cita se c o n s i g n a ­
rá: 1. P., 11, 1 7 ) .

( 2 ) 1. P., ¡1, 1 7 - 1 8 .

( 3 ) B U N G E , C . O . , La Educación, L . j . R o s s o & C í a , B u e n o s A i r e s , T o m o 1,
p. 29 ( s / a ) .

( 4 ) C f r . facundo. C u a d e r n o s del C e n t r o de D e r e c h o y C i e n c i a s S o c i a l e s { F . U .
B . A . ) . E d i t o r i a l P a r r o t , B s . A s . , 1 9 5 9 , p. 1 9 : . . . " l a e s t i m a t i v a b u r g u e s a y p o ­
sitivista q u e d e s d e h a c e m á s d e u n siglo se e m p e ñ a en d e f o r m a r n u e s t r a m e n ­
te, e n las e s c u e l a s y e n la u n i v e r s i d a d " . . .
C f r . I. P., I, 4 : " P a r a e l l o n o h a y m á s q u e u n m e d i o ; ir m á s allá d e las limi­
t a c i o n e s de u n p o s i t i v i s m o t r a s n o c h a d o y d e u n i d e a l i s m o r e c a l e n t a d o " .
L a fonnaci6n facúndiea en el penaamiento de Saul Tabozda 21

una educación que supere el c i e n t i f i c i s m o , el e n c i c l o p e d i s m o y los


" p r o p ó s i t o s u t i l i t a r i o s " del h o m o faber.
El h e c h o p o s i t i v o tendrá que enfrentarse ahora a un " i d e a l " ;
l o i n m e d i a t o tendrá q u e medirse c o n la fuerza de l o personal; el m é ­
t o d o p s i c o — s o c i o l ó g i c o habrá d e carear la experiencia espiritual.
T a b o r d a se encuentra, pues, j u n t o a su generación, en franco
c o m b a t e c o n el positivismo. Corta el l í m i t e establecido p o r el c o ­
n o c e r i n m e d i a t o y se abre al aspecto c o m p r e n s i v o i n t r o d u c i d o p o r
D i l t h e y y a la dimensión valorativa d e Spranger.
Ortega y Gasset, autor que T a b o r d a cita, tuvo una gran influen­
cia en los pensadores argentinos d e principios de siglo y abrió un
n u e v o h o r i z o n t e frente al d o g m a t i s m o positivista. Claramente lo se­
ñala A l e j a n d r o K o r n cuando escribe: " L a presencia de Ortega y
Gasset en el año 1916 fue para nuestra cultura filosófica un acon­
t e c i m i e n t o . A u t o d i d a c t o s y diletantes t u v i m o s la ocasión d e escu­
char la palabra de un m a e s t r o ; algunos despertaron de su letargo
d o g m á t i c o y muchos advirtieron p o r primera vez la existencia d e
una F i l o s o f í a m e n o s pedestre. D e entonces acá creció el a m o r al es­
t u d i o y a f l o j ó el i m p e r i o d e las doctrinas p o s i t i v i s t a s " ( 5 ) .
Se abre a c o m i e n z o s de siglo una é p o c a que posibilita un espí­
ritu f i l o s ó f i c o más v i g o r o s o que el que le p r e c e d e . Las corrientes eu­
ropeas son asimiladas c r í t i c a m e n t e p o r m u c h o s , y otros tantos sa­
ben ajustarías a las exigencias d e nuestra nacionalidad.
El d o g m a t i s m o c e d e paso a las tendencias diversas del pensar
q u e p r o p o r c i o n a n un clima d e libertad y tolerancia hacia la diversi­
dad d e ideas.
Por otra parte, se c o m i e n z a c o n el desarrollo d e la sentida ne­
cesidad d e elaborar algo p r o p i o y original d a n d o importancia a la
e p i s t e m o l o g í a y metafísica que el p o s i t i v i s m o , c o m o dijimos, había
ignorado.
El pensamiento de Bergson, Scheler, la f e n o m e n o l o g í a y más
tarde el existencialismo bajo sus diferentes aspectos, entre otras c o ­
rrientes filosóficas cobran importancia. La Argentina se abre a un
pensar nuevo y d i n á m i c o . Las ciencias todas reciben ese aire reno­
v a d o . Visitas c o m o las de Ortega, Keyserling, Eugenio D'Ors, Gar­
c í a M o r e n t e , K e i p e r , K r ü g e r y Einstein despiertan interés y abren
h o r i z o n t e s d e posibilidades úicalculadas. Incluso la filosofía tradi-

(5) KORN, A . , El pensamiento argentino, E d . N o v a , Bs. A s . , 1 9 6 1 , p. 2 3 8 ;


véase t a m b i é n : A L B E R I N I , C , "Discurso" en Actas del Primer Congreso Na­
cional de Filosofía, U . N . C . , M e n d o z a , 1949, p. 7 3 .
22 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

cional y en especial el n e o t o m i s m o vuelve c o n una fuerza propia.


A n t e una A r g e n t i n a más plástica muchos países e u r o p e o s fundan
instituciones culturales en el país. V i v i m o s en una época que se
p r o y e c t a en Europa y simultáneamente muestra una conciencia más
filosófica y universal ( 6 ) .
P o d e m o s decir que a la par que decae la rigidez positivista, un
n u e v o espíritu invade los estudios sobre el h o m b r e y su obra.
T a b o r d a , nacido en C ó r d o b a en 1 8 8 5 , presenta d e n t r o de ese
clima intelectual sus tesis del ideal p e d a g ó g i c o argentino. El repien­
sa p r o f u n d a m e n t e los temas e ideas de su época.
P e r t e n e c i ó T a b o r d a a una famüia c u y o s ascendientes eran de
procedencia española y se habían radicado en la provincia d e Cór­
d o b a . En sus t e o r í a s sobre l o americano e x i g i ó que lo hispánico fue­
ra r e c o n o c i d o j u n t o con l o nativo c o m o e l e m e n t o constitutivo de
estos pueblos nuevos. V i v i ó su niñez en el c a m p o , huérfano d e pa­
dre desde temprana edad. R e c i b i ó su primera instrucción rudimen­
taria fuera d e la escuela oficial. L u e g o c o n t i n u ó sus estudios regula­
res, ingresó en la Escuela N o r m a l de C ó r d o b a , inició el secundario
en el C o l e g i o Nacional Oeste de Buenos Aires y l o c o m p l e t ó en R o ­
sario. En 1910 se gradúa de a b o g a d o en L a Plata y en 1913 se doc­
tora en D e r e c h o y Ciencias Sociales en Santa F e con el trabajo " E l
e x i m i e n t e d e b e o d e z en el C ó d i g o P e n a l " .

En 1918 participa activamente de la R e f o r m a Universitaria a


la que considera c o m o parte d e un m o v i m i e n t o juvenil mundial que
presentó a la juventud c o m o protagonista de la historia y que quiso
afirmar su a u t o n o m í a frente a un sentido erróneo de autoridad.
Más tarde T a b o r d a se alejó del r e f o r m i s m o , pues consideró que se
había luchado buscando la libertad para el trabajo espiritual y se
q u e d ó en el f o r m a l i s m o electoral de g o b i e r n o y en un h u e c o "fun­
c i o n a l i s m o " para organizar el v o t o . El señalaba que l o más impor­
tante n o es la elección, sino la participación real del estudiantado.
Para esta época aparecen las " R e f l e x i o n e s sobre el ideal p o l í t i c o en
A m é r i c a " , dedicadas a J. Ingenieros.
En 1920 fue n o m b r a d o profesor de S o c i o l o g í a en la Universi­
dad del Litoral y p o c o después en 1 9 2 1 fue rector del C o l e g i o Na­
cional de la Universidad de La Plata. A l año siguiente, p o r su inicia­
tiva, se p o n e en f u n c i o n a m i e n t o de la Facultad de D e r e c h o d e C ó r ­
d o b a un Seminario de F ü o s o f í a . Parte para Europa en 1 9 2 2 , d o n d e

( 6 ) C f r , P R O , D . , Coriolano Alberini, V a l l e d e los H u a r p e s , 1 9 6 0 , c a p . , X V ; y


FARRE, L., Cincuenta arios de filosofía en Argentina, E d . P e u s e r , Bs. A s . ,
1958, pp. 1 6 2 - 1 6 7 .
La foniukcite fac&B^ca « a el peaauaieBto de StM Tabacca 23

p e r m a n e c e cuatro años. E n A l e m a n i a se gradúa d e p r o f e s o r d e p e ­


dagogía. A h o n d a su f o r m a c i ó n filosófica en H e i d e l b e r g y L e i p z i g .
Estudia en Zurich, en V i e n a y también asiste a lecciones en la Uni­
versidad d e París. V u e l t o al país en 1927 r e t o m a su labor profesio­
nal y se hace cargo del p e r i ó d i c o Clarín q u e fundara Carlos Astra­
da. En 1 9 3 0 publica en la Revista d e la Universidad d e C ó r d o b a
"Bases y proposiciones para un sistema d o c e n t e a r g e n t i n o " q u e es
un p r o y e c t o d e l e y d e educación. En escritos posteriores rectifica
algunos aspectos d e l o sostenido en esta é p o c a c o m o p o r e j e m p l o
l o referente a la escuela única. En otros n ú m e r o s d e esa misma re­
vista publica parte d e las " I n v e s t i g a c i o n e s P e d a g ó g i c a s " , f r u t o d e su
esfuerzo intelectual p o r fundar la pedagogía c o m o ciencia. Hace un
análisis c r í t i c o de la historia d e la educación argentina y formula
una t e o r í a de la f o r m a c i ó n del h o m b r e argentino inserto en la cul­
tura y la socisdad. S o b r e una parte d e este estudio se entabla una
p o l é m i c a c o n A . K o r n , quien escribe " E p í s t o l a A n t i p e d a g ó g i c a "
( 7 ) , la q u e T a b o r d a responde c o n el a r t í c u l o "Chinchigasta y y o " .
El t í t u l o hace referencia a una escuelita en la campiña cordobesa y
que K o r n había u t i l i z a d o para referirse a la " s i t u a c i ó n r e a l " d e la
enseñanza, frente a las "especulaciones abstractas" d e T a b o r d a . Es­
t e sostiene q u e los países q u e m e j o r atienden la tarea concreta d e
la educación son " a q u e l l o s q u e más honda y sistemáticamente han
m e d i t a d o sobre los p r o b l e m a s d e la d o c e n c i a " , y agrega q u e la A r ­
gentina p o r su falta d e r e f l e x i ó n y fácil e m p i r i s m o " m a n t i e n e inédi­
tos los p r o b l e m a s fundamentales que conciernen a su d e s t i n o " . A b o ­
ga, pues, p o r el acrecentamiento d e la conciencia reflexiva para su­
perar la incertidumbre y la crisis.

Su tesis facúndiea fue lanzada hacia 1 9 3 5 . E n ese a ñ o d i r ^ e


una revista crítica y p o l é m i c a . Facundo. E n ella T a b o r d a escribe
varios artículos d o n d e e x p o n e sus puntos d e vista sobre la cultura
argentina, la historia, la tenencia d e la tierra y sobre o t r o s temas
más. E n t r e los artículos publicados en F a c u n d o están: " M e d i t a c i ó n
d e Barranca Y a c o " , " E n t o r n o al 9 0 " , " C o m u n a y F e d e r a l i s m o " ,
" E s q u e m a d e nuestro c o m u n a l i s m o " , " E l c ó d i g o Civil y la v i d a " ,
etc.

En 1 9 4 1 f o r m u l a t a m b i é n sus ideas s o b r e la realidad hispanoa­


mericana.

(7) KORN, A., "Epístola antipedagógica". Nosotros, XXV, № 264, p. 7 6 -


80, Bs. As., 1931.
TABORDA, S. A., "Chinchigasta y yo". Respuesta al Dr. Alejandro Korn",
Nosotros, XXV, № 266, p. 310-312, Bs. As., 1931.
24 M A R I A EUGENIA M O R E Y DE VERSTRAETE

Sus libros " P s i c o l o g í a y P e d a g o g í a " e " I n v e s t i g a c i o n e s Peda­


g ó g i c a s " son publicados c o n posterioridad a su m u e r t e .
C o l a b o r ó c o n artículos en diversas revistas en los q u e expuso
en f o r m a fragmentaria sus ideas sobre educación y t e o r í a p o l í t i c a :
" S a r m i e n t o y el ideal p e d a g ó g i c o " , "Descartes y el ideal pedagógi­
c o f r a n c é s " , " L a p o l í t i c a escolar y la v o c a c i ó n f a c ú n d i c a " , " E l fe­
n ó m e n o p o l í t i c o " , " E t n o p o l í t i c a d e la c i u d a d " . " E l f e n ó m e n o p o ­
l í t i c o " fue un ensayo q u e d e d i c ó al f i l ó s o f o francés H e n r y Bergson,
d o n d e e x p o n e los f u n d a m e n t o s filosóficos de la doctrina p o l í t i c a
argentina facúndica o c o m u n a l i s m o federalista cuyas notas definen
la personalidad c o m o p u e b l o y c o m o nación.

N o s queda también de él una p r o d u c c i ó n literaria y estética


cuyas publicaciones no son difundidas. H a b l a m o s d e la novela "Ju­
lián V a r g a s " . " S u olvidada novela d o n d e presenta a su héroe pro­
vinciano deslumhrado p o r las luces ciudadanas y en especial por las
candilejas del C o l ó n " ( 8 ) ; " J o r g e Manrique y el c u l t o a la muerte
en el C u a t r o c i e n t o s " ; " L a experiencia mística en la p o e s í a de T e -
xeira de Pascoares y d e R i l k e " ; " L o s ideales humanos en el arte
contemporáneo".
T a b o r d a c o n o c i ó la f i l o s o f í a alemana de su é p o c a sobre la que
r e f l e x i o n ó y recreó c o n notas originales. Se distingue en su obra la
influencia d e la idea scheleriana d e persona; la t e o r í a del ideal d e
K a n t y Spranger; de los valores de Hartmann y de otras tendencias
alemanas modernas c o m o las de D ü t h e y . Según F e r m í n Chavez c o n
la t e o r í a facúndica T a b o r d a e v o l u c i o n ó " a través de F i c h t e del or­
t o d o x o liberalismo revolucionario de la generación reformista, a una
t e o r í a político—cultural a i ^ e n t i n a " ( 9 ) .
M u e r e en U n q u u l o , provincia d e C ó r d o b a , en j u n i o d e 1945.
L a obra de T a b o r d a "Investigaciones P e d a g ó g i c a s " fue publi­
cada p o r Santiago Montserrat y editada p o r el A t e n e o F i l o s ó f i c o
de C ó r d o b a en 1 9 5 1 . C o n t i e n e un P r ó l o g o d e S. Montserrat d o n d e
hace referencia al pensamiento p o l í t i c o , el educativo y la t e o r í a d e
la cultura d e T a b o r d a .
Han escrito sobre él, entre o t r o s , A d e l m o M o n t e n e g r o , Hora­
c i o Sanguinetti, Manuel R o d e i r o , F e r m í n Chavez. Ha sido i n c l u i d o

( 8 ) S A N G U I N E T T I , H . , "Breve historia política del Teatro Colón", en la r e ­


vista Todo es Historia, № 5, p. 7 5 .

( 9 ) C H A V E Z , F., " A p u n t e s s o b r e la p e d a g o g í a a r g e n t i n a d e S a ú l T a b o r d a , c a p .
rV, p p . 9 9 — 1 2 0 d e l l i b r o Civilización y Barbarie en la historia de la cultura ar­
gentina, 208 p p . , T h e o r í a , Bs. A s . , 1965 ( 2 ° e d i c ) .
L a fonoaci&n facúndiea en el pensamiento de Saúl T a b o r d a 25

p o r Luis Farré en " C i n c u e n t a años d e fflosofía en A r g e n t i n a " . Juan


A d o l f o V á z q u e z en " A n t o l o g í a filosófica argentina del siglo X X "
transcribe " E t n o p o l í t i c a d e la c i u d a d " , a r t í c u l o q u e apareciera en
1 9 4 7 en la revista T i e m p o V i v o d e C ó r d o b a . A l b e r t o Caturelli en
" L a f ü o s o f í a en la A r g e n t i n a A c t u a l " es q u i e n más destaca su pen­
samiento considerándolo c o m o uno de los superadores del positi­
v i s m o , p o r m e d i o de planteos originales desarrollados en la t e o r í a
de la f o r m a c i ó n de la personalidad y la t e o r í a facúndiea. T a m b i é n
ha p u b l i c a d o un a r t í c u l o sobre él titulado " E l pensamiento d e T a ­
borda" (10).
El historiador de la f i l o s o f í a argentina D i e g o F e d e r i c o Pro l o
i n c l u y e entre los h o m b r e s q u e , luego de superada la etapa c r í t i c a
del positivismo, encarnan una actitud nueva y afirmativa del pensa­
m i e n t o argentino.
V e r e m o s a continuación cuál fue el c a m i n o q u e T a b o r d a t o m a
para superar el positivismo, cuáles fueron las conclusiones d e su es­
t u d i o c r í t i c o de la educación argentina, cuáles rumbos m a r c ó para
fundamentar, enraizar y acrecentar una cultura argentina, cuál fue
su t e o r í a del c o m u n a l i s m o federalista c o n la q u e i n t e n t ó reemplazar
al c o m u n a l i s m o parlamentarista n o representativo y por ú l t i m o d e ­
tenernos en el c e n t r o d e su obra pedagógica d o n d e p r e d o m i n a la
idea d e persona y la f o r m a c i ó n d e la personalidad.

II. PERSPECTIVA ANTROPOLÓGICA - FILOSÓFICA

LA PERSONA INDIVIDUAL Y COMÚN

T a b o r d a , para fundar su visión a n t r o p o l ó g i c a inicia la búsque­


da, tal c o m o lo hiciera Scheler, destacando l o que el h o m b r e tiene
de p r o p i o frente a los otros seres vivientes. D i c e : " e l c o n c e p t o de
persona, lejos de reposar en la idea de un ser c o r p o — a n í m i c o , r e p o ­
sa en la participación d e la legalidad substancial del e s p í r i t u " ( 1 1 ) .
El espíritu no aparece c o m o un estadio más en la esfera vital,
ni surge por evolución natural de la vida, sino que se trata de un
n u e v o p r i n c i p i o . El espíritu es algo diferente d e l o natural y se de­
fine en la libertad. L i b e r t a d o a u t o n o m í a existencial, dice T a b o r -

( 1 0 ) C A T U R E L L I , A . , " E l p e n s a m i e n t o d e T a b o r d a " , e n Cuadernos de Filo­


sofía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Bs. As., año X V , № 2 2 -
23, e n e r o - d i c i e m b r e 1975, pp. 6 9 - 8 8 .

( 1 1 ) I. P . I I , 2 3
26 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

da, frente a los lazos y a la presión d e lo orgánico de la vida y d e t o ­


das las manifestaciones d e la vida. Este ser espiritual p u e d e objeti­
var el m e d i o que l o r o d e a y convertirlo en su m u n d o . El h o m b r e
p u e d e c o n o c e r n o sólo el m u n d o circundante en sus caracteres o b ­
servables, sino también y primariamente puede r e f l e x i o n a r sobre su
intimidad, recogerse en sí, tener conciencia de sí. A l tener concien­
cia de sí p u e d e objetivar su propia constitución fisiológica y psíqui­
ca c o n cada una d e sus vivencias. Esto es l o q u e le p e r m i t e ser libre;
" d e a q u í q u e él pueda m o d e l a r libremente su v i d a " ( 1 2 ) .
En consonancia c o n Scheler, T a b o r d a c o n c i b e el ser espiritual
c o m o persona. Scheler despoja a la persona de toda " c o s i d a d " y la
considera c o m o la unidad concreta de los actos en los cuales afian­
za su existir. P o r eso T a b o r d a agrega: " l a persona es un c e n t r o indi­
vidual y c o n c r e t o de p r o p i o s actos valiosos. I n m a n e n t e en su exis­
tencia ella trae consigo esenciales valores i d e a l e s " . El h o m b r e crece
y se instaura en su dignidad espiritual a m e d i d a q u e " p r o f u n d i z a la
satisfacción". Es la " v i v e n c i a de p l e n i t u d " de Scheler. Esta vivencia
se realiza en la p e r c e p c i ó n afectiva d e un valor. En la m e d i d a que
más profunda es la " s a t i s f a c c i ó n " , tanto más e l e v a d o es el valor
(13).
El h o m b r e natural t o m a gradualmente conciencia d e los valo­
res y del m u n d o a x i o l ó g i c o ; es necesario que él sobrepase la estruc­
tura de la experiencia vivida c o m o h o m b r e vulgar para que le sea
p o s i b l e liberarse de todas las limitaciones subjetivas. Cabe recordar
aquí que l o que distingue al h o m b r e del animal es justamente su es­
p í r i t u , es decir que para q u e el h o m b r e crezca en su humanidad de­
be afirmarse y crecer en los valores espirituales s o b r e p o n i é n d o l o s a
los vitales. A s í alcanza la m á x i m a jerarquía a x i o l ó g i c a . P o r e l l o , Ta­
b o r d a puede expresar: " l a intención significativa d e la palabra per­
sona se c o l o r e a de personalidad desde que la persona e m p r e n d e la
empresa de su realización en función a un v a l o r " ( 1 4 ) ; no e x t e r i o r
a ella sino inherente a su esencial c o n d i c i ó n . A m e d i d a q u e el h o m ­
bre asciende p o r sus actos en la escala de valores logra independen­
cia, d o m i n i o de sí y libertad.

Cuando la persona se realiza en función de su valor determina­


d o y se identifica c o n ese valor, aparece c o m o personalidad. A l rea­
lizar el valor, la persona se hace a u t ó n o m a y se manifiesta c o m o in-

( 1 2 ) I. P. l í , 20

( 1 3 ) C f r . S C H E L E R , M . , Etica, R e v i s t a d e O c c i d e n t e , B s . A s . , 1 9 4 8 , T o r n o 1,
pag. 1 4 0 - 1 4 1 .

( 1 4 ) I. P., I I , 2 3 .
La fozmaelön faeiindica en el penaamiento de Saúl TalXKda

dividualidad. Cada persona se individualiza c o m o esencialmente d i ­


ferente d e otra, p o r traer inmanente en su existencia valores esen­
ciales y p o r ser centro d e actos valiosos individuales y c o n c r e t o s .
L a persona es la más alta e x p r e s i ó n del h o m b r e en t a n t o éste es el
c e n t r o activo de la realización d e valores. Este c e n t r o es radicalmen­
te diverso de los " c e n t r o s funcionales d e v i d a " , si bien es c i e r t o q u e
reciben su influencia.
P o r su dimensión intencional la persona se trasciende a sí mis­
ma, a su vida y a t o d a vida, en los valores. L a persona en su obrar
creativo se e x p a n d e . Y a h e m o s visto q u e la c o n d i c i ó n misma d e la
persona es "estar a b i e r t o " en una dimensión amorosa, refiriéndose
al v a l o r q u e le es p r o p i o y también al valor q u e portan otras perso­
nas. Esta trascendencia de sí la realiza cada persona individualmen­
t e , pues es ella la que da a sus actos un carácter p r o p i o . Está abierta
al m u n d o y el m o d o en q u e se relaciona c o n el m u n d o es t a m b i é n
individual. Cada persona tiene su m u n d o d a d o p o r sí y a b s o l u t o . L a
individualidad d e la persona p e n e t r a c i m u n d o que le " p e r t e n e c e " .
Ese m u n d o se presenta c o m o valioso c o n un valor igualmente per­
sonal e individual.
P e r o la persona finita n o puede alcanzar sola toda la escala
a x i o l ó g i c a . La persona individual se relaciona c o n las demás perso­
nas siendo parte con ellas, " i d e n t i f i c á n d o s e " c o n sus actos a través
fundamentalmente del a m o r . Es p o r la c o r r e l a c i ó n c o n los actos d e
otras personas que participa de un espíritu supra singular y u n o . Es
una relación peculiar que n o supone a c o p l a m i e n t o d e l o diverso, si­
n o la constitución de una unidad. La persona se presenta así n o c o -
m o únicamente singular, sino que también es en—relación—con. Se
establecen así entre las personas relaciones sociales que superan las
meras relaciones vitales o los intereses societarios, y constituyen
" c o m u n i d a d e s espirituales" auténticas, "realidades v i v e n c i a l e s " don­
de se encuentra inmerso^el individuo. La c o m u n i d a d no es pues una
suma d e individuos ni es el f r u t o de acciones e x t e r n a m e n t e r e c í p r o ­
cas. La comunidad es una f o r m a personal del espíritu q u e es d e p o r
sí un valor, pues la persona es valor. L a " p e r s o n a c o m ú n " o " p e r s o ­
na c o l e c t i v a " es la f o r m a máxima de la unidad social al interior de
la cual cada uno es " c o — r e s p o n s a b l e " de t o d o l o que atañe a la m o ­
ral de esa unidad.
L l e g a m o s acá a que t o d a persona singular pertenece por esen­
cia a una comunidad q u e es tan originaria c o m o la persona misma.
Originariamente toda persona es singular y m i e m b r o de una perso­
na—común, es individual y comunitaria p o r esencia. Singularidad y
c o m u n i d a d son, por l o t a n t o , dos aspectos c o m p l e m e n t a r i o s de t o ­
da persona. A s í la comurúdad n o se entiende fuera de la persona.
M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

Fuera de ella se da el c o n g l o m e r a d o de individuos о cualquier otra


cosa, p e r o jamás la p e r s o n a - t ; o m ú n .
La c o m u n i d a d n o p u e d e , p o r e n d e , ser c o m p r o b a d a sociológi­
camente. Es menester aprehenderla en la misma dirección d e la per­
sona. Su captación también d e b e ser intuitiva, q u e cale hasta lo
esencial. La persona se presenta a q u í c o m o un valor p r ó x i m o a o t r o
valor, q u e es el p r ó j i m o .
El p r ó j i m o es c o a c t o r con la persona que se abre en .sus actos
creadores. A s í fluyen los constituyentes comunes en el sentido de
"vivenciar los unos c o n los o t r o s " y que corresponden a actos que
en su "estar a b i e r t o " f o r m a n un " m u n d o c o m ú n " . El m u n d o de la
persona es el m u n d o d e la c o m u n i d a d , resultado d e actos esenciales
en c o m ú n . Ese m u n d o se abre c o m o el c a m p o que p e r m i t e el s e r -
u n o — c o n — o t r o , c o n un caiácter originario e inobjetivable. Es la uni­
dad espiritual p o r excelencia.
A q u í t o d o se alia y se revela en una acción mutua. P e r o , en es­
t o n o se abdica de la persona—singular, antes bien ésta se refuerza
y logra su sentido en la persona—común. L a singularidad y la c o m u ­
nidad son correlatos en la d e f i n i c i ó n de la persona.
L a persona se realiza c o n t i n u a m e n t e a sí misma, en sí misma
p o r sus actos. Ella n o es sustancial en el sentido d e ser susceptible
de ser " c o s a " , sino e m i n e n t e m e n t e dinámica c o n un d i n a m i s m o
que está en constante c o n f o r m a c i ó n de sí a través d e los actos. Es­
te c o n c e p t o emerge de la n o c i ó n de la conciencia apuntado más
arriba.
P o r la accicin la persona se c o m p e n e t r a y c o m p r e n d e a la otra
persona. A l l í acontece la interrelación valorativa, y el ideal expresa
el f i n plenario d e ese valor c o m u n i d a d .
La c o m u n i d a d emerge, d e ese m o d o , c o m o libre, d o n d e los ac­
tos son libres en t a n t o se desenvuelven en el c e n t r o espiritual. L a co­
munidad es el á m b i t o libre de la c o m p r e n s i ó n personal o de la
aprehensión del significado del o t r o .
La persona también encuentra en la c o m u n i d a d el lugar don­
de su expresión libre tiene significación. La c o m u n i d a d encierra una
unidad de significaciones que tienen su raíz en la persona. El aisla­
m i e n t o , p o r el contrario, oscurece el sentido y termina p o r m o d i f i ­
car al h o m b r e . Ese aislamiento p u e d e darse, incluso en el bullicio
del c o n t o r n o . L o e x t r a ñ o absorbe y define allí al h o m b r e según su
antojo, p e r o jamás al m o d o d e ser esencial de ese h o m b r e . Ese t i p o
d e c o n t o m o n o c o n f o r m a nunca un m u n d o . El m u n d o emerge só­
l o ante el "estar a b i e r t o " de la persona. El c o n t o r n o ajeno, enajena
al h o m b r e , l o deja en su y o i d a d : p r i m i t i v o estadio vital.
La formación facúndiea en el pensamiento de Saúl T a b o r d a 29

La c o n d i c i ó n personal se define c o m o l o i n d e p e n d i e n t e y libre


frente a la " p r e s i ó n d e l o o r g á n i c o de la v i d a " . L a persona es libre
en su plenitud, y su realización es l o c o m ú n . L a persona, p o r l o tan­
t o , es libre en el ser—persona—común q u e se presenta c o m o libre
ante el c o n t o r n o o á m b i t o circundante y abierto ai m u n d o . El ais­
l a d o , aquel que se ensimisma eíi su y o i d a d , el egoísta n o " t i e n e " na­
da, no " e s " nada. La persona, en c a m b i o , se abre, supera el c a m p o
b i o — p s í q u i c o para ingresar en su esencialidad espiritual. Se abre a
un m u n d o y otorga a su c o n t o r n o la " d i g n i d a d de o b j e t o s " . En una
palabra, ser persona es " t e n e r " m u n d o y s e r - p e r s o n a — c o m ú n — l i ­
bre.

P e r o , si bien la persona—cornún eg l o d i a m e t r a l m e n t e o p u e s t o
al h o m b r e aislado o al egoísta, t a m b i é n es verdad que la c o m u n i d a d
se funda en la dimensión personal. El sí m i s m o , el sitio de la intimi­
dad es el lugar espiritual que es origen y da sentido a l o c o m u n i t a ­
rio. I n t i m i d a d y c o m u n i d a d son dos aspectos valiosos de la persona
real y libre.
El progreso moral de cada persona tiene a la base el p r i n c i p i o
de solidaridad. La persona singular y c o m ú n es a la v e z auto—res­
ponsable y co—responsable. Cada ser singulax es en la persona c o ­
mún y la persona—común a la v e z es en sus m i e m b r o s . L a solidari­
dad reposa en el p r i n c i p i o de reciprocidad d o n d e los actos sociales
tienen significación para t o d o s los m i e m b r o s d e la p e r s o n a - x o m ú n .
C u a n d o la persona se relaciona c o n otra de este m o d o , se iden­
tifica c o n ella, c o m o parte de ella, n o objetivándola. La sociedad se
basa, pues, en una correlación participativa q u e f o r m a una c o m u n i ­
dad espiritual. Esta es una verdadera unidad que es también perso­
na c o m ú n o colectiva, no suma de individuos. Es p o r la intuición
e m o c i o n a l , por el amor, p o r la simpatía, p o r la solidaridad espiritual
que las personas se abren c o m o valiosas a otras personas, m i e m b r o s
de una c o m u n i d a d espiritual total.
L a pertenencia a la c o m u n i d a d total es dada originariamente
en la conciencia personal c o m o m u n d o interno y c o m o m u n d o ex­
terior. P o r la " c o n c i e n c i a moral de la solidaridad espiritual" . . . la
persona se afirma c o m o m i e m b r o de una c o m u n i d a d total.

VALOR Y AMOR

El h o m b r e en t a n t o tal es un valor y es también ocasión para


la manifestación de valores. La persona " t r a e consigo esenciales va­
lores i d e a l e s " inmanentes a su existencia y a la vez se dirige a un va­
lor. " P o r su naturaleza, la persona es un c e n t r o individual y concre-
30 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

t o de p r o p i o s actos v a l i o s o s " . C o n sus actos la persona se dirige a


un valor realizándose c o n t i n u a m e n t e a si misma y en sí misma.
La persona es la más alta expresión del h o m b r e en t a n t o ésta
es " c e n t r o a c t i v o " d o n d e el espíritu logra manifestarse en el ámbi­
t o d e la realidad. Su c o n d i c i ó n personal está ligada a la c o n d i c i ó n
espiritual, pues, p o r el espíritu ei h o m b r e tiene conciencia de sí.
Desde la intimidad misma del h o m b r e se f o r m a el ideal que implica
la libertad y que d e f i n e la plenitud d e la persona. Ese ideal emerge
c o m o adecuado al c o n c e p t o m i s m o d e persona. Esta logra su p l e n o
desarrollo cuando se realiza en función de su valor, esto es: en fun­
c i ó n n o de algo que es y a l o cual se subordina, sino d e algo que va­
le y desde l o cual es. Persona y valor se suponen, la una revela el
" c a r á c t e r " del o t r o .

El valor introduce a la personalidad en c a m p o é t i c o . La for­


m a c i ó n de la persona llega a ser efectiva y c o n sentido cuando en
función del ideal que le es p r o p i o logra los valores. A s í , la persona­
lidad se identifica c o n el valor y " c o n s t i t u y e una unidad que es, a
la vez q u e un criterio de valutación una peculiar visión d e la v i d a "
( 1 5 ) . La " v i s i ó n de la v i d a " significa aquí, la esencial f o r m a de " e s ­
tar a b i e r t o " en una actitud esencial. La persona tiene en su propia
naturaleza la exigencia de realizar el valor. D e l valor se tiene una
" i n t u i c i ó n e m o c i o n a l " . L a intuición es intuición d e l o originario,
ligado al " i m p u l s o a m o r o s o " . En ese impulso está centrado t o d o
c o n o c i m i e n t o fundamental y d e valor. Fuera d e él el c o n o c e r es
pura intelección abstracta y falta la dimensión d e disponibilidad
para la captación de l o esencial y l o valioso.
La persona es portadora d e valores de virtud, p e r o éstos n o se
presentan c o m o elementos a n e x o s que la persona p o r t a o so—porta,
sino q u e le pertenecen ya esencialmente en tanto persona. A s í , pues,
el a m o r n o se dirige a la cualidad o virtud q u e se p o s e e , sino a la
persona misma.
A la base d e la c o n c e p c i ó n del a m o r d e T a b o r d a , está lo q u e
nos dice Scheler: " e l a m o r es el m o v i m i e n t o en el q u e t o d o o b j e t o
c o n c r e t a m e n t e individual que porta valores llega a ios valores más
altos posibles para él c o n arreglo a su destino ideal; o en el que al­
canza su esencia axiológica ideal, la q u e le es p e c u l i a r " ( 1 6 ) .
N o es, entonces, e x t r a ñ o que T a b o r d a centre t o d a su proble­
mática pedagógica en el v a l o r : un á m b i t o que supera la determina-

( 1 5 ) I. P., I I , 2 3 .

(16) SCHELER, M., Esencia y Formas de la simpatía, E d . L o s a d a , Bs. A s . ,


1950, p. 2 2 2 .
La formación facúndica en el pensamieato de Saúl T a b o i d a 31

c i ó n natural y nos p o n e en la posibilidad d e llevar a c a b o la tarea


de la f o r m a c i ó n de la persona. El ideal es lo q u e d e b e ser y el valor
es ese deber ser realizado. La persona d e b e llegar a los valores más
altos posibles y así alcanzar su esencia a x i o l ó g i c a ideal q u e le es
propia. Es en ese á m b i t o de a m o r d o n d e la persona existe, se plas­
ma y llega a su peculiar esencia axiológica. El a m o r se encuentra en
el c e n t r o m i s m o de la esfera " e m o c i o n a l " del espíritu,. P o r el a m o r
la persona se c o n d u c e a realizar libremente el ser q u e es. Es el a m o r
originario que ahonda más allá del simple c o n o c i m i e n t o , para calar
intuitivamente el v a l o r esencial. Cada pexsoiia c o m o ser valioso es
o b j e t o d e amor, consideración y r e c i p r o c i d a d ; r e c i p r o c i d a d enten­
dida c o m o una exigencia del a m o r , no c o m o deseo subjetivo. A q u e l
q u e ama n o se c o n f o r m a c o n realizar en sí m i s m o un acto valioso
p o s i t i v o , sino que desea t a m b i é n el v a l o r de y para aquel q u e ama.

El " a m o r p e d a g ó g i c o " ancla justamente en esta dimensión. El


a m o r p e d a g ó g i c o se dirige a la c o n s u m a c i ó n d e la plenitud del ser
q u e se resume en el ideal p e d a g ó g i c o y se hace p o r ello o b j e t o d e
a m o r o valor en tanto dignidad esencial del acto a m o r o s o . El a m o r
p e d a g ó g i c o es, pues, una actitud c o m o impulso esencial q u e abre la
posibilidad al h o m b r e d e ser l o q u e es sin vulnerarlo desde una abs­
tracción. Es un a m o r q u e rechaza n o s ó l o la rígida construcción
normativa, sino que también repudia toda dimensión f o r m a ! . En el
á m b i t o intelectualista q u e objetiva, esa realización se d e t i e n e ; o di­
c h o en términos d e T a b o r d a : " l a rigidez d e la n o r m a anula la auto­
n o m í a ética que es d e la esencia de ese a m o r " . E n e f e c t o , el a m o r
no i m p o n e sino que se abre al v a l o r de la persona, y a lo q u e la per­
sona es.

La educación se dirige a cada u n o en particular, en su distin­


c i ó n y valor único.

EL IDEAL

El tema del ideal es central en la fundamentación a n t r o p o l ó ­


gica y en la t e o r í a educativa de T a b o r d a . El ideal surge de la necesi­
dad de superación q u e emerge desde la intimidad misma del h o m ­
bre. P o r eso puede plantear el tema del ideal y resumirlo en la pre­
gunta filosófica p o r l a plenitud; una plenitud que atañe a t o d o h o m ­
bre y a sea en su dimensión personal o ecuménica. En el h o m b r e hay
c o m o un anhelo existencial hacia formas ideales y por eso es que
busca una v í a adecuada para realizarlas. A s í llega a descubrir en
su conciencia personal, direcciones normativas y valiosas que tien­
den al ideal c o m o un valor q u e d e b e realizar.
L a f o r m a c i ó n del ideal de la persona indica el despliegue des-
32 MARIA EUGENIA MOREY DE VERSTRAETE

de la intimidad misma del h o m b r e en procura de la realización de


valores. El ideal n o es sino el télos d e la c o n f o r m a c i ó n de la perso­
nalidad que d e b e desarrollarse en y desde sí misma. Esa realización
del devenir espiritual del h o m b r e se c u m p l e en la realización de dos
facetas q u e suponen t a n t o los ideales individuales c o m o los ideales
ecuménicos. L o s ideales individuales p o r sí mismos n o son suficien­
tes. Sobre el alma individual gravitan ideales de la personalidad c o ­
lectiva hasta llegar al ideal d e totalidad q u e postula la "indestructi­
ble vinculación solidaria c o n todas las manifestaciones que integran
la vida del e s p í r i t u " .

El ideal es el valor q u e d e b e realizarse. Siguiendo a Scheler di­


ce que el valor l o capta la persona individual espiritual, o la perso­
na c o l e c t i v a espiritual. L a persona adhiere al valor, l o realiza, l o in­
dividualiza y esto hace que p o r sobre l o individual se desarrolle y se
defina la personalidad. La persona florece en la realización d e los
ideales de la personalidad. Esto es precisamente l o q u e se busca en
la esfera pedagógica, c o m o ideal universal o r i e n t a d o al libre y p l e n o
d e s e n v o l v i m i e n t o de la personalidad. H a y t o d o un m u n d o d e idea­
les f o r m a d o p o r la conciencia personal y p o r la moral c o l e c t i v a que
ha presidido d e un m o d o peculiar la conciencia de épocas históricas
diversas desde la antigüedad hasta h o y . Cada é p o c a ha acusado un
ideal f o r m a t i v o , un anhelo d o c e n t e . El ideal f o r m a t i v o se nutre de
la f i s o n o m í a espiritual individual, personal y comunitaria de pue­
blos y de épocas. Un ideal q u e tiene vigencia y h e g e m o n í a en un
grupo d e t e r m i n a d o , cobra carácter universal cuando es r e c o n o c i d o
y acatado p o r t o d o s y se presenta c o m o arquetipo d e t o d o s los idea­
les particulares.

L a universalidad que cobra el ideal está dada p o r su sentido


espiritual. L o s ideales individuales aluden a tipos h u m a n o s ; p o r su
pairte el grupo tiene su " i d e a l d e g r u p o " q u e es el que l o caracteri­
za y l o d e f i n e c o m o tal; está también el ideal c o l e c t i v o q u e es diná­
m i c o . Entre los diversos ideales se establece una relación dialéctica.
" S i se i m p o n e el ideal del grupo —nos dice T a b o r d a — se i m p o n e c o ­
m o ideal conservador. Si, al c o n t r a r i o , triunfa, por ser más enérgica,
la n o v e d a d antitética q u e le p r o p o n e su m i e m b r o recién a d v e n i d o ,
su ideal se torna revolucionario p o r q u e a d m i t e el a c r e c e n t a m i e n t o
d e su inveterado inventario d e notas y d e v a l o r e s " ( 1 7 ) . Y agrega
refiriéndose a la relación entre ideal individual y c o m ú n , d i c i e n d o
que en la sociedad integrada p o r grupos aparece el " m a n " de los
alemanes, el h o m b r e c o l e c t i v i z a d o y " e n t o n c e s el sujeto del ideal

( 1 7 ) I. P., I I , 9 3 - 9 4 .
La formación facúndica en el pensamiento de Saúl T a b o r d a 33

individual se c o n v i e r t e en sujeto del ideal c o m ú n " . N o obstante, su­


braya que la dialéctica d e los ideales hace siempre referencia a la
realidad histórica del h o m b r e y que en la realización de los ideales
se plasma una " f o r m a de v i d a " . El ideal del g r u p o p o r t a un sello
distintivo que refleja las preocupaciones, pretensiones, inclinacio­
nes, hábitos, juicios, prejuicios y gustos de un m u n d o . C u a n d o se
habla d e un m u n d o d e t e r m i n a d o , de un m i c r o c o s m o s c o m ú n , c o n
una f o r m a d e vida propia, se está aludiendo a la nación.

NACIÓN Y CULTURA

L a nación está constituida p o r h o m b r e s q u e se funden para


realizar una f o r m a de vida real y c o n c r e t a ; " h o m b r e s d e carne y
hueso que actúan en un t i e m p o c o n c r e t o , p e r o d o n d e pasado y fu­
t u r o se l i g a n " . La nación c o m o " c o n c r e t a f o r m a de vida amasada
c o n esencias y c o n destinos humanos en el flujo del t i e m p o ; ella
c o n s t i t u y e también la situación existencial del h o m b r e p o r q u e su
persistencia y sus alternativas están consubstanciadas c o n el destino
del h o m b r e . C o n el destino del h o m b r e y c o n su v o l u n t a d y c o n su
decisión, pues, es la materia viva en la que se elaboran sus formas.
I n d i v i d u o y nación son existencialmente una y la misma c o s a "
(18). L a verdad de la nación se capta c o m o flujo v i v i e n t e , o b j e t i v o
y subjetivo a la vez que reclama ser c o n o c i d o c o m o una t o t ¿ i d a d .
L a nación c o m o forma d e vida realizada en el t i e m p o p o r h o m b r e s
c o n c r e t o s , coincidentes en la v o l u n t a d y el destino. L a nación es
una f o r m a d e vida social esencialmente constituida p o r una pecu­
liar estructura de ideales humanos que se realizan en un t i e m p o his­
t ó r i c o y en un espacio d e t e r m i n a d o . L a f o r m a c i ó n de las naciones se
dio c o m o " f o r m a de v i d a " de la persona c o m ú n libre o c o m o d e c í a
T a b o r d a " l a nación es ya la realidad de las realidades y c o m o tal
preside el m o v i m i e n t o t e l e o l ó g i c o y n o r m a t i v o d e todas las activi­
dades espirituales" ( 1 9 ) .
En la nación se c o n c i b e el ideal del ciudadano c o m o idóneo y
nacionalista. Según la filiación socrática d e la palabra, i d ó n e o es el
que es capaz de reflexión, y desde luego, a p t o para la autodetermi­
nación que supone una d e m o c r a c i a . Por su parte, nacionalista c o ­
m o a d i c t o a la forma específica de la vida p o l í t i c a que es la na­
c i ó n ( 2 0 ) . Dijimos que la persona obra, tiene conciencia de sí y p o ­
see valores. La expresión de la persona en la obra supone una acti­
vidad valiosa que es la i d o n e i d a d . L a i d o n e i d a d es el m o d o de ac­
l i s ) I. P., IL 87.
(19) L P., II, 111.
(20) I. P., n, 89.
34 MARIA EUGENIA MOREY DE VERSTRAETE

tuar valioso. Y el actuar valioso en orden a perfilar una nación es el


ideal nacionalista q u e orienta el actuar en función d e l o p r o p i o , en
o p o s i c i ó n a lo ajeno y e x t r a ñ o . Se trata d e una obra d e la persona
libre que tiene conciencia de sí. La nación es posible sólo en esa au-
toconciencia p o r la cual se impregna d e un carácter " p e r s o n a l " . L a
nacionalidad se hace t o d o s los días c o n la voluntad o el esfuerzo
d e la persona —común. Esa voluntad —dice T a b o r d a — d e b e ser la
voluntad activa d e t o d o s los h o m b r e s q u e quieren f o r m a r la nación.
T o d o l o que integra el perfil nacional c o m o la tierra c o m ú n , la
lengua, etc., deben ser asumidos en la personalidad para adquirir un
carácter d e p r o p i e d a d y ser i n c o r p o r a d o a la v o l u n t a d d e acción.
A s í se configura esa " f o r m a d e v i d a " propia que es la nacionalidad
y en la cual se enraiza lo cultural. L a cultura " t i e n e sus hondas
raíces —dice T a b o r d a — en ese suelo c o m ú n y c o m i e n z a a ser tal des­
de q u e el espíritu, superando l o m e r a m e n t e animal, se decanta en
principios ordenadores de las manifestaciones religiosas, artísticas,
sociales, científicas, e c o n ó m i c a s y técnicas. Principios d o t a d o s d e
c o n t e n i d o s y formas propias, gobernados p o r una lógica p e ­
culiar. . . " ( 2 1 ) .

Si bien la cultura implica superar la vida, n o p o r e l l o d e b e se­


pararse d e la vida. Esa separación d e s e m b o c a en el " c u l t u r a l i s m o "
que se enfrenta en un " d u e l o m o r t a l " a la vida. A s í , el " h o m b r e de
i d e a s " , c o m o T a b o r d a l o l l a m a , se encierra en una esfera abstracta
que lo o p o n e a la realidad creadora. P o r e l l o , termina p o r cristalizar­
se en c o n c e p t o s d e " u n a vieja p a l e o n t o l o g í a m e n t a l " . Según nuestro
autor así era la universidad d e su é p o c a , entronada en un hermetis­
m o d o n d e el investigador en v a n o buscaba incitación hacia las in­
quietudes vitales. La vida n o es la cultura, p e r o toda "cultura pro­
c e d e d e la v i d a " . D e allí la exigencia de q u e se asuma esa vida y que
la vida se eleve en la conciencia. La persona c o m o c e n t r o espiritual
es el c e n t r o de la expansión cultural, d o n d e la vida emerge c o n sen­
t i d o . La vida sin más n o es t a m p o c o el c a m i n o h u m a n o , pues el
h o m b r e , c o m o ya señalamos reiteradas veces, supera infinitEunente
la dimensión bio—psíquica.

N o sólo en la universidad se manifestó la incapacidad d e un


auténtico esfuerzo espiritual, sino también en el Parlamento. Este
órgano legislativo también d e s c o n o c i ó " e l auténtico c o n c e p t o de
la p e r s o n a l i d a d " .
La educación tiene h o y esa especial misión de revitalizar el

(21) T A B O R D A , S., La crisis espiritual y el ideario argentino. Instituto Social


de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l del L i t o r a l , 1 9 3 3 , p. 19.
L a foxmaciòn facúndica en el pensanúento de Saúl T a b o r d a 35

" i d e a l p e d a g ó g i c o " para v i g o r i z a r la f o r m a c i ó n d e la personalidad,


una personalidad que c o m p r e n d e la vida y la inserta en la realidad;
una personalidad c o n c i e n t e d e ser c o m u n i d a d , " c o m u n i d a d c o n un
pasado y un porvenir; c o m u n i d a d espiritual d e n t r o d e la cual el ar­
g e n t i n o d e carne y hueso se realiza c o m o persona en la c o m u n i ó n
c o n los bienes y los valores q u e ella custodia; c o m u n i d a d para h o y
y para t o d o s los t i e m p o s que c o m u n i c a resonancias eternas al n o m ­
bre argentino; c o m o m i e m b r o s de tal c o m u n i d a d , s o m o s responsa­
bles en ella c o m o ella l o es en nosotros. Persona m o r a l , n o simple
c u e r p o gregario; nación y no e m p o r i o " ( 2 2 ) . Esa persona moral
c o m p r e n d e el valor nación, y p o r ello es también y esencialmente
p o l í t i c a , en el sentido de " z ó o n p o l i t i k ó n " . La persona moral es
tal p o r q u e su esencia es la c o m u n i d a d y su responsabilidad es social.
En el a c t o personal es d o n d e .se asume esa responsabilidad.
El ideal p e d a g ó g i c o apunta, p o r lo t a n t o , a la f o r m a c i ó n del
" p o l i t i k ó n " responsable de lo s u y o y de lo c o m ú n . Esta es la mi­
sión d e n t r o de una comunidad comprensiva y creadora. Una misión
que data " d e formas adecuadas a la expresión d e nuestra concien­
c i a " , d o n d e haya a r m o n í a de p e n s a m i e n t o y vida.

La personalidad lograda es una realidad viva en y de su tiem­


p o . A la v e z la cultura es el pasado asumido p o r la persona en un
h o y e f e c t i v o , vibrante con " s u " m u n d o , su p r o y e c c i ó n hacia una
p e r f e c c i ó n o plenitud p o r venir. El que n o tiene esas dimensiones
carece d e la c o m p r e n s i ó n histórica necesaria para ubicarse en su
tiempo.

LA HISTORIA NACIONAL

D i g a m o s que " u n p u e b l o es una realidad tejida de historia y

( 2 2 ) í d e m . , p. 4 5 - 4 6 : "Porque s o m o s n a c i ó n es q u e p a r t i c i p a m o s l i b r e y res­
ponsablemente e n el m a n e j o d e l o s n e g o c i o s c o m u n e s . L i b r e y r e s p o n s a b l e -
m e n t e y n o p o r m a n d a t o d e u n a l e y qne o b l i g a y d e s c o n o c e el a u t é n t i c o c o n ­
c e p t o d e la p e r s o n a l i d a d al s o s p e c h a r l e c a r e n c i a d e v i r t u d e s civiles. N o existe
hombre tocado de sentido ético q u e n o sea e s e n c i a l m e n t e p o l í t i c o . Somos
esencialmente p o l í t i c o s . N u e s t r a v i n c u l a c i ó n c o n la c o m u n i d a d es i n d e s t r u c t i ­
b l e . E l l a se m a n i f i e s t a en la l a b o r del e d u c a d o r q u e m e d i t a en la t o r m a c í ó n de
la p e r s o n a l i d a d , en la o b r a d e l t r a b a j o q u e c r e a p r o d u c t o s , e n l a a c t i v i d a d d e l
i n d u s t r i a l q u e m a n e j a el f o n d o e c o n ó m i c o d e la n a c i ó n , e n la c r e a c i ó n d e l a r ­
tista q u e d e c a n t a las f o r m a s d e la b e l l e z a , en la m e d i t a c i ó n d e l p e n s a d o r q u e
d e s c u b r e s e n d e r o s i d e a l e s y en la t a r e a d e l c o n d u c t o r q u e vela p o r los i n t e r e ­
ses c o m u n e s . S o m o s p o l í t i c o s e n el m á s a l t o s e n t i d o de la p a l a b r a . . . " .
36 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

c u l t u r a " ( 2 3 ) . Historia y cultura se interrelacionan, se conjugan en


una misma realidad nacional. L a historia es la marcha progresiva en
la realización d e ser, señalada más arriba. T a b o r d a refuerza eso di­
c i e n d o q u e se refiere a " l a voluntad de ser". Esa voluntad que des­
cribimos c o m o el querer ser l o q u e se es, que obra y q u e plasma l o
p r o p i o . Esa p r o p i e d a d es nuestro ser realizado en la propia cultura.
A la v e z es obra de cada u n o en singular " t o c a d o d e la ciencia de la
vida y del m u n d o y es, p o r eso m i s m o , personal e intransferible.
Personal e intransferible p o r más q u e sus p r o d u c t o s necesiten ver­
terse en la c o m u n i d a d , para aspirar a la vigencia en el s o p o r t e que
les asegura la perpetuidad c o n que el creador de valores supera exis-
tencialmente c o n ellos la finitud d e sus d í a s " ( 2 4 ) .

La historia es esa voluntad d e plenitud y p o r e l l o inherente a


toda " c o m u n i d a d p o l í t i c a " c o m o realización personal. El historia­
dor, d i g n o de ese n o m b r e , d e b e saber c o m p r e n d e r el sentido del
acontecer cristalizado en el r u m b o d e la voluntad comunitaria ha­
cia la c o n c r e c i ó n d e ideales.

La A r g e n t i n a no se h i z o nación c o n la p r o c l a m a c i ó n d e la in­
dependencia d e 1 8 1 6 . " L a v o l u n t a d d e M a y o " supone una comuni­
dad c o n conciencia d e sí ( 2 5 ) . P e r o nuestra realidad sucumbió bajo
la tentación p o r l o ajeno. La alienación de la cual hablamos tiene
en nuestra historia cabida real. En v e z d e crecer desde el originario
germen de nuestro suelo, llenamos nuestros espíritus todavía en
desarrollo y p o r lo t a n t o , aún iimiaduros con e l e m e n t o s "cultura­
l e s " extraños ( 2 6 ) . C o n eso nos negamos, nos destruimos. S o m o s

(23) T A B O R D A , S., Facundo, E d . Petrot, Bs. A s . , 1959, p. 1 8 ; (en adelante:


Facundo).

(24) y (25) Facundo, p. 1 5 : " ¿ N e c e s i t a m o s d e c i r q u e l o q u e c o n s t i t u y e el


f o n d o p e r v i v i e n t e y e s e n c i a l d e la v o l u n t a d d e M a y o es la a u t o d e t e r m i n a c i ó n
d e las c o m u n i d a d e s e x i s t e n t e s en la d e m a r c a c i ó n territorial l l a m a d a A r g e n t i ­
na? ¿ N e c e s i t a m o s d e c i r q u e la a u t o d e t e r m i n a c i ó n ínsita e n a q u e l l a v o l u n t a d ,
n u t r i d a , c o m o t o d o f e n ó m e n o p o l í t i c o , d e a m o r y d e f u e r z a , es u n s e n t i d o t o ­
talitario y u n i v e r s a l q u e i d e n t i f i c a el d e s t i n o d e l i n d i v i d u o c o n el d e s t i n o de
su g r u p o , en u n o r d e n a r m ó n i c o d e la c u l t u r a y d e la h i s t o r i a ? "

( 2 6 ) C f r . F a c u n d o , p . 1 6 : " S o b r e esa e s t r u c t u r a y esa v o c a c i ó n d e b i m o s a f i a n ­


zar la o r g a n i z a c i ó n n a c i o n a l . S o b r e esas n o t a s p e c u l i a r e s y distintivas d e b i m o s
crear i n s t i t u c i o n e s o r i g i n a l e s , e x p r e s i v a s d e la i d i o s i n c r a c i a n a t i v a . P e r o f u e r ­
zas e x t r a ñ a s n o s d e t e r m i n a r o n a p r o c e d e r d e o t r o m o d o , y p a g a n d o t r i b u t o a
las s u g e s t i o n e s a l u c i n a n t e s d e la c i v i l i z a c i ó n e u r o p e a , s u r g i d a d e la d i s o l u c i ó n
del o r d e n m e d i e v a l , n o s d i m o s a la t a r e a de casar a p r e s u r a d a m e n t e doctrinas
c o n t r a d i c t o r i a s , p a r a p l a s m a r ese h i b r i d i s m o invitai y a r t i f i c i o s o , h e c h o c o n el
La foiinación facúndica en el pensamiento de Sa&I Taborda 37

" l o o t r o " , sobrevivimos en el " a l i o r " subsistiendo " a l i e n a d o s " . Ig­


noramos nuestra estirpe a favor d e un esplendor q u e n o h e m o s he­
c h o desde nuestra personalidad y p o r eso somos extranjeros en
nuestra propia patria. Una patria nacida en la " v o l u n t a d de M a y o "
y subyugada p o r el p r o y e c t o ajeno d e p r o g r e s o . D e allí surgió el cul­
tismo ( o culturalismo). Cuando eso ocurre el " h o m b r e d e i d e a s "
y a n o tiene historia y c o n ello se estanca en su propia inmadurez.
Ese h o m b r e vive esclavo, aunque en su p o b r e z a cree ser libre.
P o r esto, para T a b o r d a c o b r a una inmensa importancia el he­
c h o histórico d e Barranca Y a c o . Es histórico p o r q u e afirma una v o ­
luntad d e ser. La muerte d e F a c u n d o n o es más q u e el i n t e n t o de
querer ahogar esa v o l u n t a d ; de querer impedir la f o r m a c i ó n de la
personalidad comunitaria, d e la nación.
C o n el asesinato de F a c u n d o se quiso matar la " i n t i m i d a d he­
roica d e nuestro d e s t i n o " . P e r o para T a b o r d a , F a c u n d o representa
la " v i d a c o m u n a l " , la voluntad de ser, la historia d e una personali­
dad en marcha.
L a burguesía o l o estanco y el positivismo o la negación del es-

r e g a ü s m o p o l i c i a l d e B o d i n , c o n la t e o c r a c i a a b s o l u t i s t a d i s f r a z a d a d e p a t r i a r -
c a l i s m o h e b r e o d e B o s s u e t , y c o n la i d e o l o g í a c o n t r a — a c t u a i i s t a d e R o u s s e a u ,
q u e se n o s ha o f r e c i d o c o m o n u e s t r o g e n u i n o y a u t é n t i c o s i s t e m a c o n s t i t u c i o ­
nal.

E n esta a c t i t u d inicial, d e e v i d e n t e n e g a c i ó n d e n o s o t r o s m i s m o s , m e d i ó ,
c o n u n a e f i c a c i a f a v o r e c i d a p o r las c i r c u n s t a n c i a s d e l t i e m p o y p o r las p r o p i a s
e x i g e n c i a s d e la l u c h a p o r la i n d e p e n d e n c i a , la c u l t u r a i n c i p i e n t e y d e f e c t u o s a
g u a r e c i d a en la c i u d a d . E n t u s i a s m a d o p o r la i d e o l o g í a d e R o u s s e a u , M o r e n o
n o s h i z o c o n o c e r el " C o n t r a t o S o c i a l " , sin a l c a n z a r su c o n t e n i d o y sin p e r c a ­
tarse d e las c o n s e c u e n c i a s q u e a p a r e j a , e n la p r á c t i c a , el i n d i v i d u a l i s m o a b s t r a e -
t o q u e s ó l o se c o n c r e t a c o m o c i u d a d a n í a e n f u n c i ó n del s u f r a g i o , y q u e , en to­
d o m o m e n t o e x a l t a el r o b i n s o n i s m o d e l p r o d u c t o r c o n su i n d u s t r i a p r i v a d a , y
l o d e s l i g a , c o m o á t o m o l i b e r a d o d e la c o h e s i ó n i n h e r e n t e a t o d o o r d e n social,
d e la c o m u n i d a d a q u e p e r t e n e c e . P o r el c a m i n o a b i e r t o p o r este e r r o r , c u y a
e x c u s a r a d i c a e n q u e M o r e n o q u i s o h a c e r d e la i d e o l o g í a i m p o r t a d a u n a r m a
d e l u c h a c o n t r a el p o d e r l a e s p a ñ o l , h i c i e r o n su e n t r a d a l o s e r r o r e s l i g a d o s a
l o s n o m b r e s d e A l b e r d i , de S a r m i e n t o y d e los p e n s a d o r e s m á s o m e n o s i m ­
p r o v i s a d o s , d e los p r i m e r o s m o m e n t o s . O b s e s i o n a d o s p o r el v é r t i g o d e l b a l d í o ,
l l e n o el e s p í r i t u d e ese e n o r m e h u e c o d e l a l l a n u r a , se a p r e s u r a r o n a c o h n a r l o
d e c u l t u r a . C o l m a r d e c u l t u r a n u e s t r o b a l d í o m a t e r i a l y m o r a l f u e , d e s d e ese
instante, nuestro d e s i d e r á t u m " .
38 M A S Í A E U G E N I A M O R E Y DE VERSTRAETE

píritu encarnan a q u í los asesinos d e nuestra nacionalidad ( 2 7 ) . La


personalidad enfrenta al positivismo c o m o una voluntad histórica
d e llegar a ser su propia identidad.
L a personalidad es el permitir l o que es. Permitir l o p r o p i o de
cada p u e b l o . Nada de centralismos que absorben. P o r ello el inte­
rior del país d e b e p o d e r desplegarse en una f i s o n o m í a q u e le per­
tenezca. T a b o r d a defiende un federalismo basado en "estructuras
políticas l o c a l e s " . S o b r e esa base habrá de concretizarse aún más la
personalidad en t a n t o que c o m u n a , " e n t e n d i d a no c o m o una crea­
ción artificial, sino c o m o una síntesis propia de cada t i e m p o h i s t ó ­
rico, lograda p o r el acuerdo í n t i m o , indestructible y co—responsa­
ble del h o m b r e en la sociedad. Esta síntesis no es obra d e la idea,
es un f e n ó m e n o originario y v i t a l " ( 2 8 ) .

A s í se instaura lo auténtico q u e afianzado en sí m i s m o tiene


fortaleza para asumir lo ajeno sin sucumbir bajo su influencia. Es­
t o significa lo abierto al m u n d o que la persona es. N o hay apertura
sin personalidad. L o p r o p i o de la c o m u n a es esa personalidad c o m o
f e n ó m e n o c o m u n a l o p o l í t i c o q u e concretiza l o q u e la v o l u n t a d his­
tórica es. Esa voluntad encarna la decisión libre de un p u e b l o hacia
el ideal d e su propia identidad, de su " g e n i o n a t i v o " ( 2 9 ) .
N o s hallamos h o y en una "crisis espiritual", p o r q u e nuestra
voluntad histórica n o quiere sucumbir en " l o o t r o " alienante. R e ­
plantea y juzga (crisis — krinein) su origen en función c r í t i c a y re-

( 2 7 ) C f r . F a c u n d o , p p . 1 9 — 2 0 : " P o r ser la e x p r e s i ó n m á s alta y e g r e g i a d e ese


p r o d u c t o e s p i r i t u a l , c o n c i t a t o d a v í a las d i a t r i b a s d e la s a b i d u r í a o f i c i a l , la esti­
m a t i v a b u r g u e s a y p o s i t i v i s t a , q u e d e s d e h a c e m á s d e u n siglo se e m p e ñ a e n d e ­
f o r m a r n u e s t r a m e n t e , e n las e s c u e l a s y e n las u n i v e r s i d a d e s , p o r c o n v e n i e n c i a
y p o r i n c o m p r e n s i ó n d e las c a l i d a d e s selectas q u e niega y m e n o s p r e c i a .

F a c u n d o era n u e s t r o h é r o e . E n c a r n a b a e n m o d o a d m i r a b l e ese f o n d o de
h e r o í s m o q u e c o n s t r u y e los p u e b l o s y les i m p r i m e su sello d e i n m o r t a l i d a d . La
b a l a q u e t r o n c h ó su e x i s t e n c i a n o a p u n t ó a su i n d i v i d u a l i d a d t r a n s e ú n t e y p a ­
sajera, s i n o a la i n t i m i d a d h e r o i c a .

P e r o , p o r l o m i s m o q u e el d e s t i n o h e r o i c o es s u p e r i o r a l a m u e r t e , F a ­
c u n d o previve, más vigoroso y heroico q u e n u n c a . "

( 2 8 ) F a c u n d o , p. 3 3 .

( 2 9 ) Cfr. F a c u n d o , p p . 3 3 y 3 4 : " L a v o l u n t a d h i s t ó r i c a d e las c o m u n a s a r g e n ­


tinas o f r e c e u n a r e s a l t a n t e r e v e l a c i ó n e n el p r o n u n c i a m i e n t o d e M a y o d e 1 8 1 0 ;
p e r o su e x i s t e n c i a se r e m o n t a a l a é p o c a g e r m i n a l d e la f o r m a c i ó n d e las s o c i e ­
d a d e s c o l o n i a l e s . Y a e n a q u e l l a é p o c a era u n a v o l i c i ó n i n e q u í v o c a , l a t e n t e e n
el a l m a n a t i v a , f o r m a d a —en las c o n d i c i o n e s d e l c l i m a a m e r i c a n o — , c o n el c o m -
La formación facúndica en el pensamiento de Saúl T a b o r d a 39

flexiva. P o r e l l o , nos e n c o n t r a m o s nuevamente ante una dimensión


creadora y comprensiva.
Para T a b o r d a , la fórmula salvadora, es decir la que en términos
heideggerianos puede restituir nuestro ser es aquella q u e sabe c o m ­
penetrarse de las aspiraciones d e la conciencia argentina; y la crisis
no es más q u e la exigencia d e la v o l u n t a d histórica p o r rescatar el
"ideario argentino".

EL VALOR RELIGIOSO

T o d a crisis, en última instancia, es un m o m e n t o clave de la his­


toria d o n d e l o originario se transforma y enriquece en una nueva
figura. U n n u e v o ideal se cristaliza bajo el influjo de la acción per­
sonal que supone la creación. A s í , r e c o n o c e r el trabajo y el sentido
creador, implica a la vez " e l c a t e g ó r i c o r e c o n o c i m i e n t o d e q u e sien­
d o t o d o a c t o del trabajo un a c t o de voluntad g r á v i d o d e Dios, es
p o r excelencia el acto revelador del eros divino d e la esencia del
h o m b r e " ( 3 0 ) . Dios se expresa a sí m i s m o , se hace inteligible en la
historia. P o r eso l o humano n o está en c o n f l i c t o c o n lo d i v i n o . Por
el c o n t r a r i o , la obra del h o m b r e se resume en la " i n f i n i t a tarea —di­
ce T a b o r d a — en la que lo h u m a n o asume p l e n a m e n t e la responsabi­
lidad d e l o d i v i n o " ( 3 1 ) . Por e l l o , l o religioso es inherente a la di­
mensión humana y se revela c o m o valor supremo, en la persona.
T a b o r d a resalta el valor religioso y critica a Jonas C o h n que lo p o ­
ne en duda. El valor religioso se destaca en la tarea cotidiana dan­
d o sentido a la totalidad en la dimensión humana.

Señalábamos que lo individual alcanza su plenitud en el con­


t o m o c o m u n a l ; la c o m u n d i d a d c o n v e r g e también en un sentido in­
finito. La existencia individual por su c o n d i c i ó n de ser abierta, se
trasciende a sí misma, es decir, la superación de la y o i d a d significa
la revelación de sentido en la trascendencia. L o supremo no es, por
lo tanto, una esfera de la realidad que se agrega a otros ámbitos, si­
n o que es la englobante d i m e n s i ó n que asume el t o d o o la totalidad,

p i e j o d e n o t a s q u e d e f i n e n el a l m a c a s t e l l a n a . "

P e r o , ''quisimos construir " d e s d e a r r i b a " , y c o m e n z a m o s desconocien­


d o q u e , a u n c u a n d o es c i e r t o q u e v i v i m o s i n n i e r s o s en el c l i m a e s p i r i t u a l d e
Occidente, t o d o eso que U a m a m o s cultura —ciencia, a r t e , r e l i g i ó n , p o l í t i c a ,
e c o n o m í a — , es, a n t e s q u e n a d a , u n p a r t o c o n t i n u o , e s f o r z a d o y h e r o i c o d e las
entrañas vivas del p u e b l o , e s t r e m e c i d o de e t e r n i d a d " .

( 3 0 ) 1. P., n, 110.

( 3 1 ) I. P., n, 109.
^ M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE VERSTRAETE

en un sentido. Р о г e l l o , " e l valor religioso está a h í palpitante y ope­


rante en la atmósfera espiritual que nos e n v u e l v e " ( 3 2 ) .
Para T a b o r d a , pues, " l a religión puede ser entendida, así, c o ­
m o la sílaba q u e domina la cadencia del verso, c o m o el a c e n t o que
preside la sinfonía axiológica de una cultura. Su valor colorea t o ­
dos los valores desde el m o m e n t o en q u e éstos llegan a asumir el
carácter de totalidad. L o s valores particulares son los múltiples ca­
minos q u e c o n d u c e n a R o m a . R o m a es el valor supremo q u e alum­
bra la ciencia, la e c o n o m í a , la moral y el arte con un perenne deste­
llo de e t e r n i d a d " ( 3 3 ) .

L o personal va p e r d i e n d o su finitud en orden a lograr su infi­


nitud o p e r f e c c i ó n . P o r e l l o , la eternidad es para el h o m b r e plenifi-
carse. La misión pedagógica se condensa en la expresión de Bauch
que cita T a b o r d a : "Santificar la humanidad en la persona del h o m ­
b r e " . Esta frase revela que lo religioso señala la personalidad c o m o
realización humana y que el c o n c e p t o de humanidad se concretiza
en la plenificaciííji d e la persona. N o existe una humanidad " i n abs­
t r a c t o " , ni se resuelve en un t é r m i n o general. P o r el c o n t r a r i o , la
humanidad supone la persona concreta singular y comunitaria co­
m o la afectivización del valor religioso.

T a b o r d a asigna a los valores religiosos un papel f o r m a t i v o . Di­


ce al r e s p e c t o : " N o creo que exista una manera más eficaz de aten­
der lo auténticamente religioso del individuo q u e la d e respetar
a m o r o s a m e n t e en el niño, el c o n t e n i d o intuitivo y sentimen­
tal" (34).

Este tema está presente también en su p r o y e c t o e d u c a t i v o .


Considera que t o d o bien religioso que pueda cobrar un sentido pe­
d a g ó g i c o d e b e tener su iniciación vivencial en el tercer año de la
escuela elemental, d e b e intensificarse en la escuela media y c o m p l e ­
tarse en la vida universitaria ( 3 5 ) . Establece, no obstante, un repa­
so e x p l í c i t o a l o que llama la enseñanza del d o g m a .
N o c o n c o r d a m o s c o n A . K o r n q u e afirma que la p e d a g o g í a de
T a b o r d a es abstracta p o r aspirar a la "salvación pedagógica d e la hu­
manidad".
La persona se afirma en la realización del valor y ese valor per­
dura " m á s allá de sus días t e r r e n o s " . Es un derecho a la eternidad.

( 3 2 ) I. P., ¡, 3 8 7 .
( 3 3 ) I. P „ I, 3 8 8 .
( 3 4 ) I. P., I I , 3 2 5 .
( 3 5 ) C f r . I. P., I I , 3 2 9 .
L a fozmacibn facúndica en el pensamiento de Saúl T a b o i d a 41

L o e t e r n o en nosotros es el espíritu, el espíritu q u e se realiza p o r


la h u m a n i d a d " . P o r eso T a b o r d a llega a decir " c o n t o d o c u a n t o ha­
g o , d i g o y m e d i t o , aspiro a salvarme en la h u m a n i d a d " ( 3 6 ) . La h u ­
manidad se concretiza en el ser personal que es a la v e z singular y
comunitario.
La conquista espiritual supone y e x i g e renuncia d e sí. L a sal­
vación es el resultado del a b a n d o n o de la y o i d a d en favor d e la per­
sonalidad. L a humanidad aparece así, c o m o el h o m b r e realizando
su valor y haciéndose d i g n o de sí y d e su inmortalidad. D i c h o de
o t r o m o d o : el acto creador se ubica en el c a m p o é t i c o , tal c o m o l o
v i m o s más airiba. El a c t o creador p o r excelencia es el a m o r . Es el
acto más p r o p i o y elevado del h o m b r e , abarcador d e la totalidad
que descubre en l o h u m a n o un sentido supremo. L a humanidad de­
ja de ser abstracta en el acto del a m o r personal. P o r el a m o r el h o m ­
bre entra en su eternidad; esto es, la salvación del h o m b r e está en
la suprema realización del valor personal, eterno en su realización
valiosa. Es la revelación positiva d e D i o s en una persona concreta
de que habla Scheler, cuando dice " t o d a realidad de D i o s asienta
ímica y exclusivamente en una posible revelación de D i o s en una
persona c o n c r e t a " ( 3 7 ) .
Cuando el h o m b r e logra su p l e n o desarrollo espiritual se en­
cuentra en la "esfera e m o c i o n a l " , c o m o y a dijimos, á m b i t o d o n d e
l o " r e a ! " o l o verdadero se revelan. A l l í , dice T a b o r d a , siguiendo la
enseñanza de R u d o l f O t t o , el h o m b r e descubre un " s e n t i m i e n t o
n u m i n o s o " q u e nos p o n e en relación c o n l o " s a n t o " .
La trascendencia es, pues, no un abstracto en el que el h o m ­
bre se enajena, sino la realidad última d e su c o n d i c i ó n d e persona
espiritual. Negar, por lo t a n t o , l o religioso sería truncaí' el camino
de c r e c i m i e n t o y maduración.
La educación humana es un p r o c e s o de foixnación d e la perso­
nalidad que se afianza en una c o m u n i d a d y q u e se orienta al máxi­
m o valor, al " s u m o s a c r o " .

III. P E R S P E C T I V A P E D A G O G I C O - EDUCATIVA

EL IDEAL PEDAGOGICO ARGENTINO

La e d u c a c i ó n argentina según T a b o r d a , estuvo guiada p o r prin-

(36) T A B O R D A , S., Respuesta al Dr. Alejandro Korn, en N o s o t r o s , X X V , №


2 6 6 , 1 9 3 1 , p. 3 1 0 .
( 3 7 ) S C H E L E R , M . , Etica, Revista de O c c i d e n t e , B s . A s . , 1 9 4 8 , T o m o I I , p.
188.
42 M A R I A EUGBiNIA M O R E Y DE V E R S T R A E T E

cipios ajenos a la idiosincracia d e nuestro p u e b l o y p o r eso n o c o ­


l a b o r ó en una verdadera realización nacional, tarea ésta que aún
queda p o r hacer. D e a q u í surgió la p r e o c u p a c i ó n de T a b o r d a p o r
marcar ciertos r u m b o s para fundamentar una t e o r í a educativa que
nos perfilara c o m o país libre.
El primer e l e m e n t o que t o m a en consideración es la " v o l u n ­
tad de M a y o " , pues para que un ideal pueda realizarse en una for­
ma efectiva d e b e enraizarse en su historia y descubrir su sentido.
¿ Q u é fue M a y o ? ¿ Q u é fue M a y o para nosotros? A n t e t o d o
fue la voluntad de querer ser l o q u e se es y d e asumir el p r o p i o des­
tino.

La educación oficial n o supo tener suficientemente en cuenta


esa realidad. Francia, Inglaterra y E. E. U. U. fueron l o s faros que
se t o m a r o n c o m o guía en la postulación d e lineamientos educativos
Siempre l o p e d a g ó g i c o estuvo sujeto a la esfera p o l í t i c a , a sus exi­
gencias y m é t o d o s . L a p o l í t i c a y la educación, si bien c o i n c i d e n en
una marcha paralela, tienen tareas específicas y n o pueden confun­
dirse ( 3 8 ) .

La enseñanza argentina n o ha sabido distinguir esos d o s ele­


mentos t e n i e n d o c o m o resultado " m ü l o n e s d e niños argentinos
deseducados y malogrados p o r la p e d a g o g í a o f i c i a l " ( 3 9 ) .
La educación es una misión q u e cada p u e b l o d e b e llevar a ca­
b o . N ò hacerlo es demorar la f o r m a c i ó n de su conciencia. U n pue­
b l o sin conciencia n o es aún libre. La conciencia nacional revela al
p u e b l o la esencia del ser libre y la fuente del obrar creador.
H u b o en nuestro país algunas figuras d e educadores q u e supie­
r o n descubrir esos valores y que enraizaron la educación en lo na­
cional; p e r o fue precariamente. Quedaba aún m u c h o p o r desarro­
llar en las diversas formas educativas. La falta de paciencia —virtud
que sabe esperar el bien que en el esfuerzo habrá d e U e g a i ^ condu­
j o a implantar novedades y ventajas extrañas. Se c o n f i ó más en las
virtudes ajenas q u e en el vigor d e lo a u t ó c t o n o .

( 3 8 ) C f r . ¡. P., II, 1 8 9 : " L a e d u c a c i ó n es u n a a c t i v i d a d r e f e r i d a al i n d i v i d u o , a


la p e r s o n a l i d a d , al m i e m b r o d e la c o m u n i d a d y n o a la c o m u n i d a d m i s m a , a ]
o r d e n d e l p u e b l o , a la u n i d a d p o l í t i c a . L a u n i d a d d e u n p u e b l o es a s u n t o d e la
política."

" E l error fundamental d e la e n s e ñ a n z a d e l E s t a d o r a d i c a e n su i n v e t e r a ­


da c e g u e r a p a r a la p e r c e p c i ó n d e esta d i f e r e n c i a q u e d e s l i n d a c o n n i t i d e z u n
c a m p o p r o p i o p a r a la p o l í t i c a y u n c a m p o p r o p i o p a r a la p e d a g o g í a . "

( 3 9 ) I. P. I I , 1 9 8 .
L a foimaci&n facúndica en el pensamiento de Saúl T a b o i d a 43

L o " n u e v o " fue i m p u e s t o . N o éramos capaces d e asimilarlo y


orientarlo d e n t r o d e una atmósfera p r o p i a . D e ese m o d o se d i s l o c ó
el destino d e nuestro p u e b l o , pues nos desligamos de " l a responsa­
bilidad que c o m p o r t a la c o n c i e n t e adhesión a la historia d e una c o ­
munidad p r e e s t a b l e c i d a " ( 4 0 ) .
E n nuestro país adquirió fuerza el " c e n t r a l i s m o " y fue aho­
gando las posibilidades comunales del interior, f e n ó m e n o q u e se re­
gistra hasta h o y .
L a e d u c a c i ó n sufrió la misma opresión que a h o g ó t o d a inicia­
tiva. E s t o es q u e la conciencia c o m u n a l n o fue estimulada a e x p r e ­
sarse, ni fue o í d a en sus peculiaridades. Se registró el a t r o p e l l o de
querer acallar u olvidar sus manifestaciones.
A esa " p e d a g o g í a o f i c i a l " servidora de esquemas d e g o b i e r n o
limitantes de l o p r o p i o a la cual T a b o r d a denuncia y critica en
nuestro país, él o p o n e la " p e d a g o g í a autóctona o f a c ú n d i c a " .
¿ Q u é es l o facúndico?
" E s la sustancia viva y eterna d e nuestro s e r " ( 4 1 ) . Es nuestra
personalidad, q u e nos define. Obrar o educar fuera de esa perspec­
tiva es alienante; por e l l o , la educación n o es algo que v i e n e de fue­
ra, sino un p r o d u c t o de la vida misma del p u e b l o . L a p e d a g o g í a del
g e n i o nativo supone f u n d a m e n t a l m e n t e r e c o n o c e r l o nuestro. Es el
p r o p ó s i t o consciente de crearnos un estilo de vida sobre la base de
la " í n t i m a e s t r u c t u r a " de la vida c o m u n a l .
Esta d i m e n s i ó n la soslayó Sarmiento en su i n t e n t o educador
p o r q u e quiso c o n f o r m a r l o argentino, p e r o desde una plataforma
extraña a la f i s o n o m í a personal d e su p u e b l o ( 4 2 ) . Para T a b o r d a es-

( 4 0 ) I. P., I I , 2 0 3 .

(41) Facundo, 23: " L o q u e n o s interesa a h o r a es, p u e s , l o f a c ú n d i c o . L o fa­


c ú n d i c o en c u a n t o s i e n d o , c o m o es, la s u s t a n c i a viva y e t e r n a d e n u e s t r o ser,
h a i n t e r v e n i d o e n las g e s t a c i o n e s d e las e s t r u c t u r a s a s u m i d a s hasta h o y p o r el
h o m b r e a r g e n t i n o , y c a d a v e z c o n m a y o r eficacia n u t r i r á , p o r los siglos d e los
siglos, las f i g u r a c i o n e s q u e ese h o m b r e cree e n t o d o s sus t i e m p o s h i s t ó r i c o s . "

( 4 2 ) F a c u n d o , 2 3 : " C u a n d o S a r m i e n t o se e m p e ñ ó e n q u e las c o m u n a s a r g e n t i ­
nas c o b r a r a n u n i d a d p o l í t i c a , h i z o p o l í t i c a , y p o l í t i c a f a c ú n d i c a ; p e r o la h i z o
e n n o m b r e d e u n a c u l t u r a d e c o l o n i z a c i ó n q u e h o y , a la l u z d e l o f a c ú n d i c o ,
c o n s i d e r a m o s i n a d e c u a d a . E n n a d a se p a t e n t i z a m e j o r su e q u i v o c a d a actitud
q u e en la t e s o n e r a a f i r m a c i ó n d e sus p o b r e s ideas p e d a g ó g i c a s , c o n las q u e d i ­
s i m u l ó u n p r o p ó s i t o m á s p o l í t i c o q u e p e d a g ó g i c o , c o n d u c i d o d e a c u e r d o a la
táctica p u e s t a e n v i g e n c i a p o r C o n d o r c e t . P a r a a l l a n a r el c a m i n o a la u n i f i c a ­
c i ó n n a c i o n a l , su e s p í r i t u v e h e m e n t e y a l u c i n a d o c o m e n z ó n e g a n d o a F a c u n -
44 M A K I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

ta es la clave en la c o m p r e n s i ó n d e la historia de la educación argen­


tina.
N a d i e niega la " a r g e n t i n i d a d " , p e r o su c o n f o r m a c i ó n n o de­
p e n d e del accionar p o l í t i c o desde l o alto del progreso y la civiliza­
ción, sino de la comprensión y estimación d e la personalidad del ge­
nio nativo. En el p r i m e r caso busca sus principios en las doctrinas
ajenas a nuestra idiosincracia desplazando también l o español; el se­
g u n d o r e c o n o c e lo castellano c o m o nuestro origen y lo asume en
una personalidad que se nutre de lo autáctono y se dedica a crecer
p o r sí.

N o se trata de rechazar las riquezas d e culturas ajenas, sino de


saberlas absorber en un carácter p r o p i o .
La f o r m a c i ó n d e la personalidad es una obra interior. Y a San
A g u s t í n había señalado que el maestro es la interioridad operante
del sujeto. La f o r m a c i ó n n o d e p e n d e " d e " , sino sólo es resultado
de con—formar lo p r o p i o desde l o p r o p i o ; es decir desde el genio
nativo.
R e f o r m u l a r lo e d u c a t i v o de su t i e m p o e x i g e una actitud críti­
ca, e implica a la vez concebir una t e o r í a educativa que responda a
la personalidad y a los valores más auténticos del h o m b r e , y en
nuestro caso, del h o m b r e argentino.

CIENTIFICIDAD DE LA PEDAGOGIA

La obra Investigaciones Pedagógicas c o m i e n z a con el siguien­


t e epígrafe de K a n t : " L a pedagogía d e b e llegar a ser una ciencia, si
n o nada hay que esperar d e e l l a " .
T a b o r d a e x i g e la cientificidad d e la p e d a g o g í a . Sin el carácter
(.le ciencia de la p e d a g o g í a no es ni puede ser c o n d u c t o r a de la for­
mación de la personalidad. T o d a la obra d e T a b o r d a es un esfuerzo

d o . C o n v e n c i d o d e q u e F a c u n d o c o n s t i t u í a el o b s t á c u l o m á s serio p a r a la a n h e ­
lada u n i d a d , c o m e t i ó el e r r o r d e n o ver q u e F a c u n d o —lo f a c ú n d i c o — era l a
única y la m á s s e g u r a c o n d i c i ó n d e esa u n i d a d . A ú n h a b i e n d o a l c a n z a d o q u e
F a c u n d o era el p o s e e d o r d e l s e c r e t o y d e la clave d e n u e s t r a v i d a , se d i o a la
e x t r a ñ a tarea d e c o n d e n a r n u e s t r a v i d a ai n e g a r su s e c r e t o y su c l a v e . F a c u n d o
se n e g ó a s í m i s m o . Se n e g ó a s í m i s m o en u n d u e l o p a r a d o j a l c o n s i g o m i s m o ,
i'ues t a n t o S a r m i e n t o c o m o el p e r s o n a j e d e su e x t r a o r d i n a r i o p a n f l e t o , e r a n
i m a sola y m i s m a e x p r e s i ó n d e l o f a c ú n d i c o r a d i c a l : y a s í se e x p l i c a q u e a l o
\¡ir¡ip d e la d r a m á t i c a e m p r e s a , ,su p e r s o n a j e h a y a q u e d a d o más e r g u i d o q u e
u i m c a , más q u e n u n c a d e s a f i a n d o y e x c e d i e n d o a t o d o s l o s S a r n d e n t o s h a b i -
<los y p o r h a b e r " .
La fonaaci6n facúndica en el pensamiento de Saúl Tabozda 45

por esbozar esa cientificidad. El indaga, establece m é t o d o s , intenta


circunscribir problemas, p r o p o n e teorías.
Encuentra q u e la p e d a g o g í a no es aún ciencia, p e r o debe llegar
a serlo. Es una exigencia ineludible e inmediata.
La p e d a g o g í a n o es una " c o s a " reciente. S i e m p r e en el pensar
h u m a n o l o p e d a g ó g i c o t u v o su lugar, p e r o estuvo ligada a otras dis­
ciplinas. P o r ello d i c e : " e s t a m o s ahora en presencia d e un p r o b l e ­
ma hasta ayer i n é d i t o . Nunca, que sepamos, se ha p l a n t e a d o tan re­
sueltamente la cuestión de la cientificidad d e la p e d a g o g í a c o m o en
el renacer c i e n t í f i c o de estos ú l t i m o s l u s t r o s " ( 4 3 ) .
Se trata, entonces, de buscar el carácter c i e n t í f i c o d e la peda­
gogía. ¿ Q u i e r e decir esto, a su vez, q u e t a n t o la f u n d a m e n t a c i ó n o
emancipación deben tener un carácter d e objetivación indubitable
al m o d o del rigor m a t e m á t i c o ? N o .
La p e d a g o g í a apunta a la f o r m a c i ó n de la personalidad, es de­
cir q u e su mira sobrepasa la pura objetivación. P o r e l l o , la p e d a g o ­
gía c o m o pretendida ciencia de la educación de la persona, no puede
detenerse al determinar, estipular o circunscribir o b j e t i v a m e n t e .
Su labor va más allá.

A s í , pues, t a m p o c o p u e d e la p e d a g o g í a satisfacerse c o n encon­


trar una sustentación d e su carácter c i e n t í f i c o en la simple determi­
nación d e un c o n t o r n o p r o p i o e independiente d e las demás cien­
cias sin ahondar su esencia. N o se trata de determinar p r i m e r o la pe­
d a g o g í a para luego, a partir d e allí perfilar la personalidad. Es más
bien al revés; la p e d a g o g í a se irá perfilando en sus determinaciones
y especificaciones desde la c a p t a c i ó n del p r o c e s o de f o r m a c i ó n de
la persona.

P o r e l l o , cuando Husserl q u e r í a fijar una " C i e n c i a e s t r i c t a " en


orden a la f i l o s o f í a , disciplina esta que no está desligada de la peda­
gogía, señaló: " c o n esta daremos en una ciencia —de cuya e n o r m e
alcance no se han d a d o cuenta aún los c o n t e m p o r á n e o s — q u e , en
verdad, es una ciencia d e la conciencia y n o es, sin e m b a r g o , psico­
l o g í a : una fenomenología de la conciencia en o p o s i c i ó n a una cien­
cia natural de la conciencia" (A4).
La preocupación de T a b o r d a es idéntica a la d e Husserl: supe­
rar el p l a n t e o positivista. La ciencia natural no puede resolver el

(43) L P . , 1,194.

( 4 4 ) H U S S E R L , E., La filosofía como ciencia estricta. Edit. Nova, Buenos Ai­


res, 1 9 6 2 , p . 2 3 .
46 BIARIA E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

c a m p o d e l o espiritual. L a naturaleza se encuentra sujeta a un deter­


m i n i s m o ; en c a m b i o el espíritu se d e f i n e por su libertad. L a p s i c o ­
l o g i a se o c u p ó de una: " c o n c i e n c i a e m p í r i c a " , p o r eso Husserl se
p r e o c u p ó m u c h o p o r superar ese p l a n t e o .
L o m i s m o d e b e decirse d e la pedagogía. Ella d e b e trascender
el plano de la experiencia inmediata. T a b o r d a habla de una " c o n ­
t e m p l a c i ó n i n t u i t i v a " . Es decir, el saber q u e resulta y e m e i ^ e en esa
c o n t e m p l a c i ó n c o m o actitud esencial, es saber d e ciencia. Ese sa­
ber se presenta c o m o objetivante, p e r o entiéndase bien, n o al m o ­
d o físico-Tnatemático o e m p i r i o l ó g i c o , sino c o m o " l o puesto a l l í "
en el a c t o intuitivo.
Desde este e n f o q u e es preciso entender la siguiente frase de
T a b o r d a : " v i é n d o l o bien, cada acto p e d a g ó g i c o p r á c t i c o supone al­
g o p e r m a n e n t e y constante que n o d e p e n d e ni d e circunstancias ni
de actores. Esa constante es una significación y , c o m o significación
se concreta d e m o d o puramente p e d a g ó g i c o cada vez q u e el maes­
t r o y el educador se p o n e n en r e l a c i ó n " . . . " D e ese sentido especí­
ficamente p e d a g ó g i c o nacen reglas q u e c o n s t i t u y e n la praxis p e d a ­
gógica. Consiguientemente, esas reglas deben ser susceptibles d é de­
terminación o b j e t i v a ; y p o r a q u í se va progresivamente a la fijación
d e las relaciones que las c o n e x i o n a n y c o o r d i n a n " ( 4 5 ) .

P o r esta praxis n o basta conferirle el carácter c i e n t í f i c o a la


p e d a g o g í a , pues, para que una ciencia sea tal es menester q u e esa
praxis esté afianzada en una dimensión teorética que a su v e z fun­
d e la esfera normativa d e la cual sus normas son aplicadas p o r la
práctica ( 4 6 ) .
E s t o l o p o n e ante la clara distinción de que la p e d a g o g í a n o es
arte ni técnica en la m e d i d a en que esos términos sean interpreta­
dos c o m o negadores de la cientificidad d e la pedagogía.
El arte, según T a b o r d a , " o p e r a sobre una materia q u e no crea
v a l o r e s " ; mientras q u e la p e d a g o g í a supone valores y el educador

( 4 5 ) I. P . , I , 196.
( 4 6 ) I. ? . , l , 2 0 6 : " L a L ó g i c a n o s b r i n d a u n c l a r o e j e m p l o p a r a ilustrar esta
p r o p o s i c i ó n . E x i s t e u n a l ó g i c a p u r a , t e o r é t i c a . E s t a lógica f u n d a o t r a l ó g i c a , la
lógica normativa. A su v e z , la l ó g i c a n o r m a t i v a p u e d e a p l i c a r sus n o r m a s : n a ­
ce c o n esta a c t i t u d l a l ó g i c a p r á c t i c a q u e sirve d e m e d i o a l p e n s a r . L a c o n c a t e ­
nación teorética—normativa—práctica n o i m p o r t a decir q u e a m é r i t o d e la ac­
t i v i d a d p r o p i a d e la l ó g i c a p r á c t i c a se p u e d a y d e b a d e f i n i r la l ó g i c a e n g e n e r a l
c o m o la t é c n i c a d e l p e n s a r . H u s s e r l a d v i e r t e b i e n q u e la d e f i n i c i ó n d e la l ó g i c a
c o m o l ' a r t d e p e n s a r es e q u í v o c a y , e n t o d o c a s o , m u y e s t r e c h a " .
La foraiación facúndica en el pensamiento de Saúl Taborda 47

actúa c o n valores e incluso el e d u c a n d o los crea. A s í m i s m o , la téc­


nica " n o p u e d e ni d e b e identificarse c o n los f i n e s " , mientras q u e , la
p e d a g o g í a se dirige al fin que n o es e x t r a ñ o a la persona misma ( 4 7 ) .
La p e d a g o g í a es e m i n e n t e m e n t e teleologica. Busca la f o r m a c i ó n d e
la personalidad, o d i c h o en otros términos, busca el deber ser q u e
el h o m b r e es.
Es p o r esto que la p e d a g o g í a n o p u e d e identificarse c o n el p r o ­
ceder d e las ciencias naturales, pues una cosa es el p r o c e s o vital y
otra el p r o c e s o espiritual. Esta distinción la h i c i m o s c u a n d o anali­
z a m o s la c o n d i c i ó n espiritual d e la persona. Una es la ciencia d e l o
d e t e r m i n a d o , otra ha d e ser la ciencia de la libertad ( 4 8 ) .
L a p e d a g o g í a se d e f i n e a q u í c o m o una ciencia espiritual, c o ­
m o una ciencia que se halla más allá del m e r o c o n o c e r , para resca­
tar la " c o m p r e n s i ó n " . La educación, por e n d e , dice T a b o r d a , " l a
comprendemos p o r la comprensión de los hechos educativos en
c u a n t o son vivos en nosotros m i s m o s " ( 4 9 ) . Esa c o m p r e n s i ó n n o
aleja al p e d a g o g o de su obrar sino q u e , p o r el c o n t r a r i o , l o precisa.

LA ACCIÓN EDUCATIVA

La p e d a g o g í a se presenta ahora c o m o una " c i e n c i a e s p i r i t u a l "


y c o m o tal n o es m e r a m e n t e c o n t e m p l a t i v a o reflexiva, sino tam-

(47) L P., I, 2 0 2 : " E l a c t o t é c n i c o se d i r i g e a las c o s a s ; e l a c t o p e d a g ó g i c o se


d i r i g e s i e m p r e a la p e r s o n a . P o r m á s q u e , e n a l g ú n i n s t a n t e , a s o m e en el h a c e r
p e d a g ó g i c o u n a s p e c t o t é c n i c o , n o p o r e l l o se d e b e referir tal a s p e c t o a la e s e n ­
cia d e a q u e l h a c e r . La t a r e a f u n d a m e n t a l d e l h a c e r f o r m a t i v o c o n s i s t e e n d e ­
t e r m i n a r los fines de la e d u c a c i ó n . C o m o p r á c t i c a m i s m a , su l a b o r se d i r i g e a
u n fin y a p r o p u e s t o —la p e r s o n a l i d a d d e l d o c e n d o — y n o d e b e p e r d e r l o d e vis­
t a . P e r o el d o c e n d o n o es u n m e d i o p a r a u n f i n e x t r a ñ o a él s i n o q u e l l e v a e n
s í f m e s q u e d e b e n ser a l c a n z a d o s " .

( 4 8 ) C f r . 1. P., 1, 2 4 1 : " E l t r a n s p o r t e d e c o n t e n i d o s ideales q u e u n h o m b r e lle­


va a o t r o h o m b r e se r e a l i z a , s e g ú n lo d i c h o , en u n a m u l t i p l i c i d a d d e m u n d o s
c i r c u n d a n t e s y esta p r o p i a m u l t i p l i c i d a d d e m u n d o s c i r c u n d a n t e s a c u s a , p o r si
m i s m a , la m u l t i p l i c i d a d d e p o s i b i l i d a d e s q u e p a r a c a d a u n o cjuedan abiertas.
L a l a b o r d e la e d u c a c i ó n c o n s i s t e en r e l a c i o n a r esas p o s i b i l i d a d e s c o n los c o n ­
t e n i d o s i d e a l e s . L a s d i s p o s i c i o n e s s o n p a r a a l g o : los v a l o r e s . Esta r e l a c i ó n n o se
r e a l i z a v i e n d o lo q u e e n el n i ñ o es, sino l o q u e p u e d e llegar a ser. El e d u c a n d o
tal c u a l es, es u n i t i n e r a r i o . Inicia u n a t o t a H d a d t e l e o l o g i c a . Pues h a y u n a i n ­
d e s t r u c t i b l e u n i d a d s o b r e el ser y el d e b e r s e r " .

(49) I.P., 1,248.


48 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE VERSTRAETE

bièn activa. P o r e l i o , al c o m e n z a r uno d e los capítulos d e las Inves­


tigaciones Pedagógicas apunta la frase d e N a t o r p : " c a d a t e o r í a seria
d e b e conducir al c a m i n o d e la p r a x i s " .

Se e x c l u y e c o m o el núcleo de la p e d a g o g í a la praxis c o m o tal.


Ella, para ser efectiva d e b e descansar en una r e f l e x i ó n fundante. L a
praxis sin pensamiento es mera técnica q u e puede —dice T a b o r d a —
hacer máquinas, p e r o n o logra f o r m a r hombres.
P o r e l l o , educar n o es un m e r o hacer; es esencialmente f o r m a r .
A p a r e c e a q u í la necesidad de distinguir claramente la " r e f l e ­
x i ó n p e d ^ ó g i c a " d e la " a c t i v i d a d e d u c a t i v a " . A m b a s n o se e x c l u ­
y e n , p o r el contrario se suponen e implican. T a b o r d a señala al res­
p e c t o que la educación es el o b j e t o d e la ciencia pedagógica. Esta
ciencia p o r ahondar c o n t e m p l a t i v a m e n t e la realidad n o es abstrac­
ta; es decir, que el f e n ó m e n o educativo es intuitivamente percepti­
ble en el hacer educativo. D e allí que la r e f l e x i ó n descubra el h e c h o
e d u c a t i v o y desarrolle a su v e z normas que orienten el hacer educa­
t i v o . La t e o r í a pedagógica y la actividad educativa se interrelacio­
nan originándose y posibilitándose m u t u a m e n t e .
L a tarea formativa supone, según T a b o r d a , sobre la base del
pensamiento neokantiano de N a t o r p , un " c o n c e p t o f i n a l " . A ese
c o n c e p t o que aún n o es, lo d e n o m i n a " i d e a " . Esta idea se funda en
la unidad de la conciencia; n o se halla en la naturaleza, ni la p r o p o r ­
c i ó n a l a experiencia empírica. La " i d e a " indica aquello q u e n o sien­
d o aún, d e b e ser. Es aquella finalidad q u e revela al h o m b r e c o m o la
esencial posibilidad d e ser cada vez más. Educar es formar, dice Ta­
borda; esto es: educar es consumar, llevar a c a b o l o q u e aun n o tie­
ne p e r f e c c i ó n de f o r m a , es conducir a plenitud, es el " c u m p l i m i e n ­
t o d e v a l o r e s " . D e allí que " l a f o r m a c i ó n es una categoría del s e r " ;
es el m o d o p r o p i o d e devenir persona.

El hacer e d u c a t i v o se dirige al h o m b r e total en su peculiar m o ­


d o de ser ú n i c o , que se abre a una cultura. P o r la f o r m a c i ó n el indi­
v i d u o se abre a l o universal, y se instaura en la cultura. El educando
está consubstanciado con ella y de ella recibe una influencia espiri­
tual por ser " l a realidad objetiva del e s p í r i t u " . C o m p r e n d e r esa rea­
lidad c o m o un factor educativo es labor d e la pedagogía.

Educar, pues, supone una actitud reflexiva p o r la cual, el d o ­


cente parte del á m b i t o cultural y se dirige al alma del d o c e n d o para
orientarlo en la realización del ideal.
P o r e l l o , T a b o r d a dice q u e educar es " p r o p a g a r al c u l t u r a " ; es
hacer posible y e f e c t i v o el í n t i m o enlace creativo y m u l t i p l i c a d o r
del espíritu subjetivo c o n el espíritu o b j e t i v o .
La fo imaciAn facúndica en el pensamiento de Saúl T a b o r d a 49

LA RELACIÓN EDUCATIVA

El " f e n ó m e n o e d u c a t i v o " se manifiesta en la cultura c o n l o


cual la labor educativa queda " s i t u a d a " y nunca se presenta c o m o
abstracta.
El e d u c a d o r se c o n o c e a sí m i s m o c o m o persona p o r t a d o r a d e
valores y r e c o n o c e en el e d u c a n d o el alma que ha d e asumir y ha­
cer suya esa cultura.
La ingerencia del educador en el educando reclama una h o n d a
experiencia espiritual. D e b e ser una ingerencia d e c o m p r e n s i ó n si
no q u e r e m o s q u e se interrumpa un p r o c e s o d e actualización d e des­
pliegue interior d e cada e d u c a n d o .
L a relación d o c e n t e — d o c e n d o presenta el a c o n t e c e r espiritual
primario d e la c o m u n i d a d , en una traiisferencia d e valores. A l l í un
y o se abre a un tú personal y lo p r o m u e v e , en su personalidad, a
afianzarse c o m o un y o , de m o d o tal q u e este y o se abara recíproca­
m e n t e , p e r m i t i e n d o que cada u n o sea l o que es y se realice en l o
q u e d e b e ser.
P o r e l l o , el educador no atropella; r e c o n o c e , c o m p r e n d e , se
abre en su personalidad c o m o guía, e impulsa al e d u c a n d o para que
sea más p l e n a m e n t e . D e allí, q u e la educación signifique m u c h o más
que una mera capacidad d e desarrollo del h o m b r e : acusa la forma­
ción o ser en a c t o .
F o r m a r significa permitir ser, "sacar del c a o s " , o t o r g a r perfec­
ción. T o d o esto se plasma c u a n d o la educación señala l o v a l o r a t i v o ;
esto es: la e f e c t i v i z a c i ó n del ideal. " L a f o r m a c i ó n es c u m p l i m i e n t o
d e valores p e d a g ó g i c o s en la unidad del alma del e d u c a n d o y es tam­
bién el p r o c e s o de ese c u m p l i m i e n t o " ( 5 0 ) . L a mera instrucción n o
f o r m a según el fin personal, sino q u e sólo c o n f o r m a d e a c u e r d o con
una i m p o s i c i ó n e x t e m a .
En la f o r m a c i ó n el i n d i v i d u o se va i n t r o d u c i e n d o en sí m i s m o
y en la realidad objetiva del espíritu, es decir, en la cultura.
" L a f o r m a c i ó n es la apertura del espíritu a sí m i s m o . Ella con­
siste en el f o m e n t o de las direcciones valiosas d e un alma de acuer­
d o a las normas de su desarrollo o b j e t i v o ; p o r eso, h o m b r e " f o r m a ­
d o " quiere decir t a n t o c o m o h o m b r e abierto a la totalidad de los
valores".

El h o m b r e encuentra su lugar d e f o r m a c i ó n en la c o m u n i d a d
d o n d e vivencia los valores y los crea c o m o persona singular y c o -

(50) L P . , 1,295.
50 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE VERSTRAETE

m ú n . A q u í , nuevamente v e m o s c ó m o se interconectan los términos


aparentemente opuestos. L o s dos se reclaman, pues n o son sino dos
instancias d e la real plenitud.
A q u í se v e la ingenuidad d e Rousseau. El n i ñ o n o p u e d e lograr
su realización t o t a l en la naturaleza, p o r q u e ésta n o es la última rea­
lidad del h o m b r e . El individuo, c o m o ya apuntamos, es persona—co­
mún y d e b e llegar a serlo en máxima plenitud. El i n d i v i d u o s o l o , es
una c o n t r a d i c c i ó n p o r q u e es d e su esencia ser—con—otro. L a socie­
dad no es un c o n g l o m e r a d o , ni siquiera una unificación d e indivi­
duos. L a persona se hace efectiva y se afirma en ella. L a educación
ayuda a que esa persona devenga.

¿ Q u é es, pues, educación ?

T a b o r d a define la educación del m o d o siguiente: " e s un hacer


deliberado y q u e r i d o , regido p o r un pensamiento e s p e c í f i c o y pro­
p i o , que se p r o p o n e formar y f o m e n t a r a un ser h u m a n o d e acuer­
d o a sus posibilidades v a l i o s a s " ( 5 1 ) .
P o r eso, T a b o r d a quiere circunscribir la educación a la rela­
c i ó n educador—educando a e f e c t o s d e precisar su significado. El
t é r m i n o " f o r m a c i ó n " abarca una m a y o r amplitud en la cual el con­
c e p t o " e d u c a c i ó n " está c o n t e n i d o . " F o r m a r rebasa así el c a m p o del
" e d u c a r " , d e tal m o d o q u e se presenta c o m o una n o c i ó n " s u p e r p e -
dagógica".

D i c h o en otras palabras: la educación es un c o n j u n t o d o c e n t e -


alumno dirigido deliberadamente en orden a la p e r f e c c i ó n ; mientras
la f o r m a c i ó n es la tarea propia de un individuo q u e se asume a sí
m i s m o q u e r i e n d o la realización d e su télos o fin.
Educar indica señalar ese r u m b o o t é l o s ; significa p o n e r la v o ­
luntad en acción píira conseguirlo en concordancia c o n las posibili­
dades d e la persona.
El educador p r o c e d e desde el e x t e r i o r de acuerdo a un m é t o d o ;
p e r o ese m é t o d o debe responder al m o d o p r o p i o d e caminar del
educando en su desarrollo personal. D e l o contrario, se c o r r e el ries­
go de q u e ese m é t o d o sea abstracto y apriori, c o n l o cual se caería
en el absurdo d e de—formar desde fuera o i m p o n e r estructuras a la
libertad en f o r m a c i ó n .
El acto educador, p o r ser consciente y q u e r i d o , supone el
amor. En e f e c t o , el amor, c o m o y a dijimos, c o n n o t a la dimensión
personal y tiende al valor. A m a r es querer p o r excelencia l o q u e el

( 5 1 ) L P., 1 , 3 0 1 .
La formación facúndica en el pensamiento de Saúl Taborda 51

educando es y l o que d e b e ser desde sí. C o m o se v e a q u í n o vale


una actitud aprioristica o f o r m a l . L a obra educativa es a m o r y es
resultado de la voluntad libre q u e la relación educador—educando
supone. L a cultura indica la objetividad d e los valores p r o d u c i d o s
por el h o m b r e . L a tarea educativa plasma y c o n f o r m a cultura, p o r
ello T a b o r d a p o d í a decir q u e " l a educación es la cultura en ac­
c i ó n " . El niño en su " l i b e r t a d p o r s e r " , necesita d e la guía de la
" l i b e r t a d — r e a l i z a d a " . Esta n o supone i m p o s i c i ó n , p o r q u e una liber­
tad n o p u e d e i m p o n e r ; p e r o , p u e d e orientar la espontaneidad c o ­
m o manifestación d e la naturaleza hacia la creación c o m o realidad
de la persona—libre. Una espontaneidad sin orientación rehusa del
esfuerzo. Una educación sin esfuerzo n o supera la dimensión natu­
ral y se desliga en el capricho, sin d e f i n i c i ó n ni d e t e r m i n a c i ó n .

Educar es, pues, orientar en la tarea creadora d e la personali­


dad. Llegar a ser persona conlleva a r m ó n i c a m e n t e la fecundidad del
trabajo educador y la plenitud del esfuerzo espiritual.

IV. CONCLUSIÓN

¿ Q u é significa T a b o r d a para nosotros?

T a l pregunta i n d i c a la fuerza y el sentido q u e el p e n s a m i e n t o


de T a b o r d a tiene en la configuración de nuestra nacionalidad.
Estudiar h o y a Saúl T a b o r d a supone querer recorrer el cami­
n o q u e n o se satisface c o n considerar la conciencia c o m o un epife­
n ó m e n o o c o m o una función mecánica del c e r e b r o . Su presencia en
el p e n s a m i e n t o argentino es i m p o r t a n t e p o r q u e la visión que él l o ­
gra, marca desde la p e d a g o g í a axiológica un c a m i n o para una fun­
d a m e n t a c i ó n filosófica d e la educación, y para un desarrollo d e la
p e d a g o g í a c o m o ciencia. T a b o r d a e l a b o r ó una c o n c e p c i ó n espiri­
tualista del h o m b r e d o n d e éste es visto c o m o " t o t a l i d a d a n í m i c a "
que se p e r f e c c i o n a en f u n c i ó n de la realización d e valores. M o s t r ó
c ó m o la persona individual y la social se trascienden a través d e ac­
tos intencionales. Desde allí f u n d ó una p e d s ^ o g í a t e l e o l o g i c a abier­
ta hacia los ideales, elevando y d e s e n v o l v i e n d o l o particular en uni­
versal.
El destacó las raíces q u e la educación tiene en l o f i l o s ó f i c o ,
en l o histórico y en la realidad nacional.

T a b o r d a fue un h o m b r e q u e asumió su é p o c a . Una d e sus p r e o ­


cupaciones fundamentales fue dar una expresión propia a l o argen­
t i n o . Su e n f o q u e fue p e d a g ó g i c o y su mira estuvo dirigida a la for­
m a c i ó n d e la personalidad. L o s temas más o r i n a l e s d e su obra ver­
san sobre l o facúndico y la educación c o m u n a l .
52 M A R I A E U G E N I A M O R E Y DE V E R S T R A E T E

En un análisis c r í t i c o d e la historia de la educación argentina


puso en evidencia la a d o p c i ó n n o creativa del pensamiento e u r o p e o ,
lo que fue a c o m p a ñ a d o por el desprecio del genio nativo en desme­
d r o de una f i s o n o m í a propia. En contraposición a esto m o s t r ó al
p u e b l o c o m o creador de valores culturales, instó a v o l v e r a l o pro­
p i o m e d i a n t e la p r o f u n d i z a c i ó n de la realidad del país y señaló los
valores que están enraizados en la tradición, base de la autenticidad
del genio nativo.
E n c o n t r ó en los caudillos la expresión d e nuestro sentimiento
histórico y desde allí e l a b o r ó la t e o r í a pedagógica del " g e n i o nati­
v o " . La educación facúndiea q u e él p r o p o n e valora ese algo que dis­
tingue a los pueblos en su identidad y atiende a lograr la p e r f e c c i ó n
de h o m b r e s y pueblos al hacerlos más dueños de su destino.
T a b o r d a prepara t o d o para p o d e r desarrollar la p e d a g o g í a fa­
cúndiea. Incluso señala los t ó p i c o s que ella debe considerar y sus
fundamentos; p e r o la última etapa de formulación de los conteni­
dos queda para que la realicen las generaciones futuras.
Su obra "Bases y proposiciones para un sistema d o c e n t e argen­
t i n o " tiene el m é r i t o d e haber sido uno de los primeros intentos de
encarar la educación argentina c o m o sistema. Este escrito tiene aun
un fuerte cariz d e las ideas de la " r e f o r m a del 1 8 " , que luego él mis­
m o criticó. Es decir que l o e x p u e s t o en los primeros trabajos n o
coincide c o m p l e t a m e n t e con el pensamiento e l a b o r a d o posterior­
m e n t e y que resultó más v i g o r o s o y p r o y e c t i v o de lo q u e insinua­
ba al principio.
T a b o r d a supo perfilar y pensar lo a r g e n t i n o ; c o n ello superó
muchas influencias que t u v o su época y supo además aportar algo
n u e v o . Eso n u e v o fue el r e c o n o c i m i e n t o , asimilación y r e f l e x i ó n d e
una realidad nacional q u e fue surgiendo. D e allí que intentara res­
catar el " s e n t i d o c o m u n a l " . El h o m b r e d e b e aprender a mirar su
c o n t o r n o , p e r o d e b e abandonar la actitud receptiva y pasiva frente
a lo ajeno.

E n su obra surgen e l e m e n t o s fundantes para llevar a c a b o una


educación desde la propia cultura, c o m o es su t e o r í a de la educa­
ción c o m o f o r m a d o r a de la persona, sustentada en el autodesenvol-
v i m i e n t o . En ella el educador descubre el aspecto f o r m a t i v o que
ciertos valores culturales tienen para el educando. A su vez éste los
asume y los recrea en su autodesarrollo. A q u í la educación y la cul­
tura se presentan c o m o dos m o m e n t o s d e una única realidad v i v i d a
Esa realidad se plasma por un esfuerzo creador q u e emerge c o m o la
dimensión facúndiea o nativa, en un t o d o coherente c o n la forma­
ción d e la persona singular y c o m ú n .
L a ionnaciòn fac&ndlca em el pensamiento de Said T a b o r d a 53

En la obra de T a b o r d a el intento educador es esencialmente


antipositivista, es decir, fundamentalmente un trabajo espiritual,
basado en la p r o f u n d i d a d personal desarrollándose desde lo " c o n ­
t e m p l a t i v o " q u e se presenta en la concreta f o r m a d e una " a c c i ó n " .
H e a q u í la raíz desde d o n d e el h o m b r e n a t i v o habrá d e cince­
lar su perfil p r o p i o .
F u e necesario recalcar, insistir y fundar esta visión. N o hay
obra nacional si esta visión n o es p r i m e r a m e n t e asumida, pensada y
querida; tal v e z p o r eso T a b o r d a d e d i c ó la m a y o r fuerza d e su argu­
m e n t a c i ó n para mostrar la capacidad creadora del h o m b r e n a t i v o .
P o r otra parte, T a b o r d a se enrola en el pensar de su t i e m p o :
volver a la vida y a la fuerza " e m o c i o n a l del e s p í r i t u " , descender
de las esferas idealistas para acercarse a las cosas q u e vibran y exi­
gen hechos.
Esa vida fue para el pensador c o r d o b é s la vida nacional, por­
que es la vida propia y c o n c r e t a ; y la fuerza d e l " g e n i o n a t i v o " ca­
paz d e crear c o m o persona libre.
La A r g e n t i n a estaba carente de eso y él supo suplir esa falta.
L o que n o h i z o no c o r r e s p o n d i ó a su época. P o r e l l o , las precisio­
nes que T a b o r d a no hace y deja c o m o incógnitas se resumen en un
reclamo a algo p o r hacer.
El sentido del pensamiento de nuestro autor muestra, pues,
una responsabilidad histórica asiimida. La obra de T a b o r d a se hará
efectiva cuando cada h o m b r e sepa responder creativamente a su
época. -
La p e d a g o g í a argentina espera la autenticidad espiritual de
nuestra actividad creadora. Esa espera exige nuestra obra y T a b o r ­
da así l o reclama.
El despertar del " g e n i o n a t i v o " supone el v o l v e r sobre sí, n o
abandonarse en lo e x t e r n o q u e enceguece y paraliza, sino crecer en
l o persona] para construir una c o m u n i d a d plena y un m u n d o pro­
p i o . Significa también conjugar la r e f l e x i ó n filosófica sobre l o uni­
versal del valor y del ideal, c o n la manifestación particular de éstos
en una é p o c a y en un p u e b l o determinados. Es atender la propia
realidad y la riqueza del valor espiritual que hará efectiva la era fa­
cúndica.
El mensaje de T a b o r d a incita a desplegarnos c o m o nación,
creativamente desde el " g e n i o n a t i v o " .

Potrebbero piacerti anche