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Slide 1 – Boa tarde senhoras e senhores, é um prazer estar aqui diante de todos vocês,

meu nome é Ricardo Machado e minha monagrafia trata-se de um estudo comparativo


entre os métodos de análise linear e plástica em uma viga de concreto armado

Slide 2 – A análise estrutural e o dimensionamento dos elementos são duas das etapas
que constituem a concepção de um projeto de estruturas. Na análise se definem os
esforços solicitantes e os deslocamentos, por meio de modelos matemáticos, após a
idealização de diversos fatores que simplificam o problema, como o comportamento das
ações, dos materiais componentes, das ligações entre os elementos e da reação destes
diante às ações.
De modo geral, o projeto estrutural é impraticável sem a aplicação de simplificações.

Slide 3 – Este trabalho apresenta como objetivos:


1. Revisar bibliografia sobre as teorias e conceitos que fundamentam os métodos de
análise estrutural utilizados neste trabalho.
2. Definir o modelo estrutural para análise da viga
3. Aplicar os métodos de análise estrutural linear e plástica no elemento.
4. Dimensionar as armaduras de aço para o ELU na flexão primeiro considerando seção
retangular e posteriormente seção T.
5. Analisar e comparar os resultados.

Slide 4 – A estrutura de um edifício é responsável por cerca de 20 a 25% do custo total


de uma obra. Perante isso, todos os esforços para refinamento das técnicas de análise de
estruturas são válidos, pois a economia atingida será uma das principais vantagens.
Trabalhos anteriores como o de Fontes (2005) também comprovam tal economia.
Fontes (2005) teve como resultados de seu trabalho uma economia considerável no
consumo de aço para uma viga contínua de concreto armado considerando seção T
utilizando uma análise plástica em comparação a uma análise linear.

Slide 5 – Para realização das análise e posterior dimensionamento, foi respeitada a


norma NBR 6118:2014, para determinação dos momentos fletores para uma análise
plástica foi utilizado o software de analise estrutural FTOOL, e para o
dimensionamento, a análise linear e demais verificações foi elaborada uma planilha no
software EXCEL com todas as equações necessárias.

Slide 6 – Para possibilitar a solução do problema da análise da estrutura de uma


edificação, é necessário, precedentemente, idealizar o comportamento dos materiais. A
NBR 6118:2014 permite cinco diferentes tipos de análise quanto ao comportamento
idealizado.
O tipo de análise a ser utilizada, depende primeiramente do estado limite a ser
verificado e da complexidade da estrutura a ser analisada.

Slide 7 – A análise linear admite que os materiais são elástico-lineares, tendo seu
comportamento descrito pela Lei de Hooke. Onde 𝜎 é a tensão, 𝐸 é o módulo de
elasticidade e 𝜀 é a deformação.
A análise linear é frequentemente utilizada na verificação dos estados limites de serviço,
sendo empregada para verificações de estado limite último exclusivamente em situações
que se possa garantir a ductilidade dos elementos estruturais. Como garantia de
ductilidade, considera-se o dimensionamento dos elementos nos domínios 1, 2 e 3, e a
limitação da posição relativa da linha neutra junto aos apoios e regiões de ligação entre
elementos estruturais.

Slide 8 – Quando realizada a análise linear de uma estrutura, pode-se prosseguir com
uma redistribuição dos esforços calculados, decorrente da variação de rigidez dos
elementos estruturais. A fissuração, e a decorrente entrada no estádio II, de certas seções
transversais, provoca um remanejamento dos esforços solicitantes, para regiões de
maior rigidez. É o caso de vigas contínuas, por exemplo. Ao elevar progressivamente a
carga de uma viga contínua, fissuras aparecerão inicialmente nos apoios intermediários,
onde os momentos fletores são maiores. A região do apoio entra no estádio II assim que
o concreto tracionado deixa de contribuir na resistência, por ação das fissuras. Com o
crescente carregamento, nota-se um aumento mais rápido dos momentos fletores nos
vãos, que ainda estão no estádio I, do que nos apoios. Esse processo prossegue até a
entrada também da região do vão no estádio II. Esse fenômeno é chamado de
redistribuição de momentos, e sua não consideração tem como maior consequência o
subaproveitamento da armadura de flexão nos apoios.
A redistribuição se dá pela multiplicação dos momentos nos apoios por um coeficiente
de redistribuição δ, e posterior correção dos momentos nos vãos

Slide 9 – Geralmente, procura-se idealizar o material envolvido em uma análise


plástica, idealizando seu comportamento como elastoplástico perfeito, ou elastoplástico
com encruamento.
Slide 10 – Aumentando continuamente o carregamento em uma viga, por exemplo, um
ou mais pontos críticos de momento máximo podem entrar em escoamento, originando
rótulas plásticas. Estas são caracterizadas por um aumento plástico da curvatura, que
pode chegar de duas a três vezes o valor calculado com uma análise linear.
Em vigas isostáticas, a estrutura entra em colapso quando se esgota a capacidade
resistente da seção mais solicitada. Como primeiro exemplo, para ilustrar o conceito de
rótula plástica, será analisado o comportamento de uma viga simplesmente apoiada,
sujeita a uma carga concentrada 𝑃 no meio do vão, como mostrado na figura 4-a.
Assume-se que a viga seja constituída de um material elastoplástico perfeito.
Quando 𝑀𝑚á𝑥 atinge o momento de plastificação, origina-se uma rótula plástica. Para
simplificar, a rótula plástica é considerada a seção totalmente plastificada e, por isso,
assume-se que a mesma está concentrada em uma única seção transversal.
O diagrama da curvatura da viga pode ser visto na Figura 4-c. A curvatura máxima
conserva-se finita enquanto um núcleo elástico existir no meio da viga, a partir do qual a
curvatura se torna extremamente grande. Com isto, a viga atinge a ruptura devido às
rotações excessivas que acontecem na seção transversal média, enquanto as duas partes
que a compõem permanecem relativamente rígidas por se encontrarem no regime
elástico. Dessa forma, a viga comporta-se como duas barras rígidas, ligadas por uma
rótula plástica, que possibilita às duas barras girarem, uma em relação à outra, sob a
ação de um momento constante.

Slide 11 – No concreto armado a formação da rótula plástica se configura pela


plastificação do concreto e da armadura passiva de tração. Ou seja, o momento de
plastificação no concreto armado, pode ser considerado como aquele que ocasiona o
surgimento do estado limite último (𝜀𝑐 = -0,35% ou 𝜀𝑠 = 1%).
A profundidade da zona de compressão diminui com o aparecimento da rótula plástica.
A Figura 6-b mostra a distribuição de rotações ao longo do eixo de uma viga solicitada
por uma carga concentrada. O aparecimento de fissuras e a consequente variação de
rigidez da viga fletida contribuem para a formação das rotações plásticas localizadas ao
redor da seção crítica.

Slide 12 – A carga que provoca na estrutura um escoamento sem contenção, ou que seja
responsável pela formação de um determinado número de rótulas plásticas, que
transforme a estrutura, ou parte dela, em um sistema hipostático, dá origem a um
mecanismo de colapso, e é denominada de carga limite.
Em estruturas hiperestáticas, há uma reserva de capacidade resistente, já que
geralmente, é necessária a formação de mais de uma rótula plástica para que se forme
um mecanismo de colapso. A quantidade de rótulas plásticas para que se inicie tal
mecanismo depende do grau de hiperestaticidade da estrutura, de sua configuração
geométrica e do carregamento solicitante.
Na Figura 7 tem-se uma viga hiperestática, na qual, se a rótula plástica se formar
primeiro no apoio simples, ocorre o colapso de parte da estrutura. Se a rótula plástica se
formar primeiro no engaste, o elemento passa a ser considerado uma viga biapoiada
com balanço e não entra em colapso, se tiver capacidade de se acomodar à nova
situação.
Slide 13 – Para a viga biengastada da Figura 8, é necessário o surgimento de três rótulas
plásticas para a origem de um mecanismo de colapso.
Com o aumento contínuo da ação 𝑃, as primeiras rótulas plásticas se originam nos
apoios extremos, que é onde se encontram os maiores momentos fletores em módulo. A
carga que leva o momento nos apoios ao valor do momento plástico é a carga de
escoamento, já que o comportamento do material é considerado elastoplástico perfeito.
Já que se formaram rótulas plásticas nas extremidades da viga, a flecha deve ser
calculada como sendo para uma viga simplesmente apoiada.
A carga última é a que leva ao surgimento da rótula plástica no meio da viga, após a
rótulas extremas rotacionarem o suficiente para se atingir essa carga.

Slide 14 – Para uma viga com três apoios igualmente espaçados, com a ação de um
carregamento uniformemente distribuído, apresentada na Figura 10, para a carga 𝑝1𝑟
responsável pela formação da primeira rótula plástica, que plastifica a seção 2, e o seu
acréscimo ∆𝑝2𝑟 que provoca o surgimento da segunda rótula plástica (que nesse caso
são duas, situadas nas seções 4 e 5), temos as Eq (3) e (4) respectivamente.
O momento de plastificação das seções 4 e 5 é dado pela Eq (5).
A rotação necessária da seção 2, para a formação do mecanismo de colapso, é calculado
utilizando a Eq (6). Devido à primeira rótula plástica, consideram-se os dois tramos
biapoiados e calcula-se a rotação à esquerda e à direita da seção 2.
O produto de inércia EI refere-se ao estádio II e, portanto, depende da armadura
calculada para a seção 2. Já a armadura depende do valor de 𝑥/𝑑 e do valor do momento
plástico na seção 2.

Slide 15 – Por se tratar de um material de natureza frágil, para a ocorrência de um


determinado número de rótulas plásticas no concreto armado, até que se inicie um
mecanismo de colapso, é necessária a verificação da capacidade de rotação.
A NBR 6118:2014 traz a consideração de que, quanto menor for a posição relativa da
linha neutra, maior será a capacidade de rotação do elemento estrutural. Em função
desse parâmetro é dado um gráfico, exibido na Figura 11, da capacidade de rotação da
rótula plástica.
É dispensada na análise plástica, a verificação explícita da capacidade de rotação
plástica desde que a posição da linha neutra seja limitada em:
𝑥/𝑑 ≤ 0,25, para concretos com 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50𝑀𝑃𝑎;
𝑥/𝑑 ≤ 0,15, para concretos com 𝑓𝑐𝑘 > 50𝑀𝑃𝑎

Slide 16 – Será realizada a análise estrutural e o dimensionamento à flexão da viga V2


do pavimento da Figura 13, retirada do trabalho de Fontes (2005), porém o modelo
estrutural adotado aqui será o de pórtico plano, isolando o pavimento em que se
encontra a viga, diferente do modelo adotado por Fontes (2005), que foi o de viga
contínua. Todos os demais dados alusivos ao dimensionamento da viga serão mantidos
iguais.

Slide 17 – A viga V2 está localizada em ambiente interno (Classe de Agressividade


Ambiental I para ambientes urbanos), participa de uma estrutura de nós fixos, com
concreto C25, aço CA50 para a armadura longitudinal. O cobrimento é de 2,5cm e a
distância d’foi inicialmente adotada igual a 4cm. Considerou-se na laje carga de uso de
2,0kN/m² e revestimento de 1,0kN/m², pé-direito de 2,80m e a alvenaria sobre as vigas
com 2,50kN/m² de parede pronta.
Na Figura 14 tem-se o esquema estático para a viga V2, no qual será analisada somente
a combinação última de carregamentos.

Slide 18 – Para a análise linear, têm-se o diagrama de momentos fletores de cálculo


indicado na Figura 15.

Slide 19 – Iniciaremos dimensionando a viga para uma análise linear considerando


seção retangular.
Para proporcionar o adequado comportamento dúctil da viga, limita-se o valor de 𝑥/𝑑 a
no máximo 0,45 na seção 2, como prescreve a NBR 6118:2014.
Sendo assim para um momento de 435,6 KN.m chegamos a um As de 26,31 cm² e um
As’ de 11,86 cm²
Para as seções 4 e 5 tivemos um momento de 256,5 KN.m, um x/d igual a 0,499, e um
As de 16,01 cm².

Slide 20 – Para realização da análise plástica foram pré-fixados diversos valores de 𝑥/𝑑
atribuindo o menor δ possível sem que a rotação necessária fosse maior que a
capacidade de rotação, para assim encontrar qual valor de 𝑥/𝑑 resultou na menor soma
das áreas de armaduras.
Para valores de 𝑥/𝑑 ≤ 0,25 é dispensada a verificação da capacidade de rotação,
portanto, será imposto um δ = 0,5 para todos os casos em que 𝑥/𝑑 ≤ 0,25.
A tabela 1 mostra os resultados obtidos para cada valor pré-fixado de 𝑥/𝑑 para análise
plástica com seção retangular.
O valor de 𝑥/𝑑 que resulta na menor soma das áreas de armadura, é o 𝑥/𝑑 = 0,25, onde
obtivemos uma soma de 42,43 cm².
Slide 21 – A seção transversal das vigas tem uma parcela comum às lajes e, dado o
monolitismo da ligação entre ambos os elementos, os valores de deformações na
interface são compatíveis, logo é possivel adotar uma seção T para as vigas, composta
por uma largura colaborante da laje.
Para viga em estudo chegamos a seção T representada na figura 17, após calcular sua
largura colaborante e realizar as verificações concernentes à geometria, exigidas pela
Norma.

Slide 22 – Para análise linear, no dimensionamento das seções 4 e 5 tem-se um


momento de 256,5 KN.m, um x/d de 0,104 e um As de 13,38 cm².
A linha neutra passa pela mesa da seção. Portanto, pode-se considerar, no cálculo, uma
seção retangular de 100cm x 50cm.
No cálculo da armadura de flexão da seção 2, tem-se a seção retangular de 25cm x
50cm. Portanto, os resultados são os mesmos da análise linear com seção retangular.

Slide 23 – No dimensionamento para análise plástica considerando seção T, foi


utilizada a mesma estratégia quando considerado seção rentagular.
A tabela 2 mostra os resultados obtidos para cada valor pré-fixado de 𝑥/𝑑 para análise
plástica com seção T.
O valor de 𝑥/𝑑 que resulta na menor soma das áreas de armadura considerando seção T
é o 𝑥/𝑑 = 0,25 onde obtivemos uma soma de 35,37 cm². Devido a maior área de
concreto resistindo a compressão em virtude da mesa da seção T nas seções 4 e 5, a
armadura necessária encontrada foi menor do que considerando seção retangular, logo,
a soma das áreas de armadura foi menor, como era de se esperar.

Slide 24 – Na tabela 3, foram dispostas as somas das áreas de armadura para cada caso
e a diferença percentual em comparação com o caso da análise linear com seção
retangular.
A partir da tabela 3, percebemos que utilizando a análise plástica, sem dúvida, se gera
uma enorme economia no consumo de aço, que se torna ainda mais vantajosa utilizada
junto à consideração de seção T, visto que a soma das áreas é bem menor, tendo uma
diferença de 34,83% em comparação com a análise linear com seção retangular.
Vale notar que, mesmo utilizando uma análise linear com seção T, garantimos uma
diferença na soma das áreas de aço de 5,01% em relação a análise linear com seção
retangular, tornando a consideração da seção T uma ótima idealização para qualquer
tipo de análise, assim como Fontes (2005) constatou.
Podemos notar também que, mesmo utilizando uma análise plástica com seção
retangular, obtivemos uma grande diferença na soma das áreas de armadura, resultando
numa diferença de 21,82% em relação a análise linear com seção retangular, tornando a
análise plástica uma boa escolha mesmo que não se utilize seção T, fato esse constatado
bastante diferente do que Fontes (2005) constatou em seu trabalho. Isso se deve ao fato
da atual norma possibilitar calcular uma capacidade de rotação plástica maior do que a
norma anterior.
O trabalho de Fontes (2005) foi realizado utilizando a norma NBR 6118-2003, que para
capacidade de rotação plástica solicitante era mais conservadora, adotando critérios
diferentes da norma atual, como por exemplo o gráfico da capacidade de rotação da
rótula plástica em função de x/d.
Além disso, a NBR 6118:2014 permite dispensar a verificação da capacidade de rotação
da rótula plástica em alguns casos.
Dessa forma é possível assumir maiores redistribuições de momentos, obtendo
resultados mais econômicos para a soma das áreas de armadura de aço necessárias.

Slide 25 – A partir dos resultados obtidos neste trabalho e das discussões feitas,
podemos concluir que a utilização de uma análise ligeiramente mais refinada, de fato,
vale o esforço, visto que a economia gerada é muito satisfatória.
Nos dias atuais, perante à utilização de softwares para análise estrutural, a utilização de
análises estruturais mais refinadas é quase que obrigação, visto a grande demanda por
projetos cada vez mais econômicos, além de que, utilizando tais análises, os projetistas
notarão a possibilidade de se ter um maior controle sobre a maneira como a estrutura
trabalha.

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