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Slide 2 – A análise estrutural e o dimensionamento dos elementos são duas das etapas
que constituem a concepção de um projeto de estruturas. Na análise se definem os
esforços solicitantes e os deslocamentos, por meio de modelos matemáticos, após a
idealização de diversos fatores que simplificam o problema, como o comportamento das
ações, dos materiais componentes, das ligações entre os elementos e da reação destes
diante às ações.
De modo geral, o projeto estrutural é impraticável sem a aplicação de simplificações.
Slide 7 – A análise linear admite que os materiais são elástico-lineares, tendo seu
comportamento descrito pela Lei de Hooke. Onde 𝜎 é a tensão, 𝐸 é o módulo de
elasticidade e 𝜀 é a deformação.
A análise linear é frequentemente utilizada na verificação dos estados limites de serviço,
sendo empregada para verificações de estado limite último exclusivamente em situações
que se possa garantir a ductilidade dos elementos estruturais. Como garantia de
ductilidade, considera-se o dimensionamento dos elementos nos domínios 1, 2 e 3, e a
limitação da posição relativa da linha neutra junto aos apoios e regiões de ligação entre
elementos estruturais.
Slide 8 – Quando realizada a análise linear de uma estrutura, pode-se prosseguir com
uma redistribuição dos esforços calculados, decorrente da variação de rigidez dos
elementos estruturais. A fissuração, e a decorrente entrada no estádio II, de certas seções
transversais, provoca um remanejamento dos esforços solicitantes, para regiões de
maior rigidez. É o caso de vigas contínuas, por exemplo. Ao elevar progressivamente a
carga de uma viga contínua, fissuras aparecerão inicialmente nos apoios intermediários,
onde os momentos fletores são maiores. A região do apoio entra no estádio II assim que
o concreto tracionado deixa de contribuir na resistência, por ação das fissuras. Com o
crescente carregamento, nota-se um aumento mais rápido dos momentos fletores nos
vãos, que ainda estão no estádio I, do que nos apoios. Esse processo prossegue até a
entrada também da região do vão no estádio II. Esse fenômeno é chamado de
redistribuição de momentos, e sua não consideração tem como maior consequência o
subaproveitamento da armadura de flexão nos apoios.
A redistribuição se dá pela multiplicação dos momentos nos apoios por um coeficiente
de redistribuição δ, e posterior correção dos momentos nos vãos
Slide 12 – A carga que provoca na estrutura um escoamento sem contenção, ou que seja
responsável pela formação de um determinado número de rótulas plásticas, que
transforme a estrutura, ou parte dela, em um sistema hipostático, dá origem a um
mecanismo de colapso, e é denominada de carga limite.
Em estruturas hiperestáticas, há uma reserva de capacidade resistente, já que
geralmente, é necessária a formação de mais de uma rótula plástica para que se forme
um mecanismo de colapso. A quantidade de rótulas plásticas para que se inicie tal
mecanismo depende do grau de hiperestaticidade da estrutura, de sua configuração
geométrica e do carregamento solicitante.
Na Figura 7 tem-se uma viga hiperestática, na qual, se a rótula plástica se formar
primeiro no apoio simples, ocorre o colapso de parte da estrutura. Se a rótula plástica se
formar primeiro no engaste, o elemento passa a ser considerado uma viga biapoiada
com balanço e não entra em colapso, se tiver capacidade de se acomodar à nova
situação.
Slide 13 – Para a viga biengastada da Figura 8, é necessário o surgimento de três rótulas
plásticas para a origem de um mecanismo de colapso.
Com o aumento contínuo da ação 𝑃, as primeiras rótulas plásticas se originam nos
apoios extremos, que é onde se encontram os maiores momentos fletores em módulo. A
carga que leva o momento nos apoios ao valor do momento plástico é a carga de
escoamento, já que o comportamento do material é considerado elastoplástico perfeito.
Já que se formaram rótulas plásticas nas extremidades da viga, a flecha deve ser
calculada como sendo para uma viga simplesmente apoiada.
A carga última é a que leva ao surgimento da rótula plástica no meio da viga, após a
rótulas extremas rotacionarem o suficiente para se atingir essa carga.
Slide 14 – Para uma viga com três apoios igualmente espaçados, com a ação de um
carregamento uniformemente distribuído, apresentada na Figura 10, para a carga 𝑝1𝑟
responsável pela formação da primeira rótula plástica, que plastifica a seção 2, e o seu
acréscimo ∆𝑝2𝑟 que provoca o surgimento da segunda rótula plástica (que nesse caso
são duas, situadas nas seções 4 e 5), temos as Eq (3) e (4) respectivamente.
O momento de plastificação das seções 4 e 5 é dado pela Eq (5).
A rotação necessária da seção 2, para a formação do mecanismo de colapso, é calculado
utilizando a Eq (6). Devido à primeira rótula plástica, consideram-se os dois tramos
biapoiados e calcula-se a rotação à esquerda e à direita da seção 2.
O produto de inércia EI refere-se ao estádio II e, portanto, depende da armadura
calculada para a seção 2. Já a armadura depende do valor de 𝑥/𝑑 e do valor do momento
plástico na seção 2.
Slide 20 – Para realização da análise plástica foram pré-fixados diversos valores de 𝑥/𝑑
atribuindo o menor δ possível sem que a rotação necessária fosse maior que a
capacidade de rotação, para assim encontrar qual valor de 𝑥/𝑑 resultou na menor soma
das áreas de armaduras.
Para valores de 𝑥/𝑑 ≤ 0,25 é dispensada a verificação da capacidade de rotação,
portanto, será imposto um δ = 0,5 para todos os casos em que 𝑥/𝑑 ≤ 0,25.
A tabela 1 mostra os resultados obtidos para cada valor pré-fixado de 𝑥/𝑑 para análise
plástica com seção retangular.
O valor de 𝑥/𝑑 que resulta na menor soma das áreas de armadura, é o 𝑥/𝑑 = 0,25, onde
obtivemos uma soma de 42,43 cm².
Slide 21 – A seção transversal das vigas tem uma parcela comum às lajes e, dado o
monolitismo da ligação entre ambos os elementos, os valores de deformações na
interface são compatíveis, logo é possivel adotar uma seção T para as vigas, composta
por uma largura colaborante da laje.
Para viga em estudo chegamos a seção T representada na figura 17, após calcular sua
largura colaborante e realizar as verificações concernentes à geometria, exigidas pela
Norma.
Slide 24 – Na tabela 3, foram dispostas as somas das áreas de armadura para cada caso
e a diferença percentual em comparação com o caso da análise linear com seção
retangular.
A partir da tabela 3, percebemos que utilizando a análise plástica, sem dúvida, se gera
uma enorme economia no consumo de aço, que se torna ainda mais vantajosa utilizada
junto à consideração de seção T, visto que a soma das áreas é bem menor, tendo uma
diferença de 34,83% em comparação com a análise linear com seção retangular.
Vale notar que, mesmo utilizando uma análise linear com seção T, garantimos uma
diferença na soma das áreas de aço de 5,01% em relação a análise linear com seção
retangular, tornando a consideração da seção T uma ótima idealização para qualquer
tipo de análise, assim como Fontes (2005) constatou.
Podemos notar também que, mesmo utilizando uma análise plástica com seção
retangular, obtivemos uma grande diferença na soma das áreas de armadura, resultando
numa diferença de 21,82% em relação a análise linear com seção retangular, tornando a
análise plástica uma boa escolha mesmo que não se utilize seção T, fato esse constatado
bastante diferente do que Fontes (2005) constatou em seu trabalho. Isso se deve ao fato
da atual norma possibilitar calcular uma capacidade de rotação plástica maior do que a
norma anterior.
O trabalho de Fontes (2005) foi realizado utilizando a norma NBR 6118-2003, que para
capacidade de rotação plástica solicitante era mais conservadora, adotando critérios
diferentes da norma atual, como por exemplo o gráfico da capacidade de rotação da
rótula plástica em função de x/d.
Além disso, a NBR 6118:2014 permite dispensar a verificação da capacidade de rotação
da rótula plástica em alguns casos.
Dessa forma é possível assumir maiores redistribuições de momentos, obtendo
resultados mais econômicos para a soma das áreas de armadura de aço necessárias.
Slide 25 – A partir dos resultados obtidos neste trabalho e das discussões feitas,
podemos concluir que a utilização de uma análise ligeiramente mais refinada, de fato,
vale o esforço, visto que a economia gerada é muito satisfatória.
Nos dias atuais, perante à utilização de softwares para análise estrutural, a utilização de
análises estruturais mais refinadas é quase que obrigação, visto a grande demanda por
projetos cada vez mais econômicos, além de que, utilizando tais análises, os projetistas
notarão a possibilidade de se ter um maior controle sobre a maneira como a estrutura
trabalha.