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Sinopse: "Brincando nos Campos do Senhor" se passa na floresta Amazônica.

Os personagens
principais são dois aventureiros norte-americanos, quatro missionários fundamentalistas e os
selvagens índios niarunas. A história se desenrola a partir de conflitos fanáticos entre os
personagens principais sobre o destino dos niarunas.

Uma aeronave usada para para "pequenos combates e demolições" aterrisa em Mãe de Deus,
nome irônico de um vilarejo localizado no mais remoto afluente remanso da floresta
Amazônica. Os dois aventureiros que pilotam o avião são Lewis Moon (Tom Berenger), um
mestiço índio Cheyenne, e Wolf (Tom Waits).

O funcionário do governo no vilarejo, Camandante Guzman (José Dumont), recusa o pedido de


gasolina e confisca os passaportes dos pilotos e os documentos do avião, os quais ele só
devolveria mediante a realização de um pequeno serviço: os aventureiros teriam que
bombardear os niarunas, uma tribo primitiva, cujas terras são cobiçadas por razões
econômicas.

Wolf e Moon são consolados por bebidas e prostitutas no hotel Anaconda, onde eles
encontram um casal de missionários fundamentalistas: o rígido Leslie Huben (John Lithgow) e
sua mulher, Andy Huben (Daryl Hannah). Leslie alimenta uma desaprovação aguda pela
"oposição" católica: padre Xantes (Nelson Xavier).

Outro casal de missionários norte-americanos chegam com seu pequeno filho para se juntar
aos Huben em seus esforços evangélicos. Martin Quarrier (Aidan Quinn) combina o genuíno
sentimento religioso com uma aguçada simpatia pelas questões indígenas, além de ter
fascinação por sua língua e cultura. Sua mulher, Hazel (Kathy Bates), é tão dura e inflexível
quanto Leslie Huben sobre sua religião.

Apesar de Martin tentar dissuadir Moon de bombardear os niarunas, Moon e Wolf deixaram
Mãe de Deus na manhã seguinte. Durante a tentativa de bombardeio, eles sobrevoaram a
aldeia Niaruna, uma pequena clareira no meio da vastidão da floresta. Vendo um jovem índio
atirar flechas no avião, Moon passou por uma dramática transformação, marcada por seus
profundos sentimentos de parentesco e identificação com os índios. Mesmo sob ameaça da
faca de Wolf, Moon retorna a Mãe de Deus sem bombardear a aldeia.

BRINCANDO NOS CAMPOS DO SENHOR – UM CAMINHO AO INFERNO

Texto de Paulo César Moura

Brincar nos campos do Senhor, sob o efeito da ayahuasca, pode ser um caminho ao inferno.
Uma forma mágica de se chegar ao abismo de si mesmo e descobrir que toda sua civilização
representa a morte do outro. Esse mergulho de profunda sinceridade, que o filme de Hector
Babenco – Brincando nos campos do Senhor (1991) -, nos propõe, revela-nos o que há de
intransponível entre a cultura dos civilizados e a cultura dos selvagens – a ambição, o abismo e
a perdição.
O foco do filme é o índio de nossa Amazônia. Ainda que, de algum modo, se pense este
personagem, nos dias de hoje, sob os moldes românticos, inseridos em um indianismo
idealizante, Babenco nos dá, exatamente, o contrário. Para este diretor, o índio não é pitoresco,
é estranho; não é colorido, tem cor de chão, de terra. Além disso, apesar de estranho e
barrento, é um mundo assolado por dois problemas históricos: a ambição por suas terras e a
ambição por civilizá-los.. Ambos deflagram, por si só, o processo da aculturação indígena – sua
morte.
Sob o ponto de vista literário, o filme de Babenco não é indianista. Não tem heróis. Não vê o
índio idealizado. Por certo, aproxima-se do indigenismo, na medida em que busca pensar os
problemas que confrontam as populações indígenas, com o objetivo de pensar sua possível
integração à nossa nacionalidade. Não obstante, sua visão é trágica, pois o que nos mostra é o
genocídio dos povos indígenas. Neste sentido, podemos afirmar que, em termos de identidade
brasileira, nossa máscara é barroca – vazia de Deus na cidade de sua mãe. Este é o abismo – a
impossibilidade de conversão.
Outra questão interessante do filme é o fato de olharmos a cultura indígena a partir de um
relativismo no ponto de vista etnocêntrico da cultura ocidental. Os transes espirituais aparecem,
no filme, como canais de interpretação da realidade, como outra forma de se chegar à verdade.
O “inimigo” se revela a partir de um ritual ininteligível. E todo esse rito – estranho e barrento –
revela o abismo que há entre nós e o mundo indígena.
O filme de Babenco, na verdade, não é indigenista, mas neoindigenista, porque ao tratar, sob o
ponto de vista antropológico, a cultura dos silvícolas, descobre, ainda, o mágico, o maravilhoso,
o mítico. E toda beleza de forma de ser gerada pela mente humana. Seus cantos, suas danças,
sua pintura, sua espiritualidade. Sua capacidade de revelar a verdade por uma linguagem
pronunciada com o coração quente – com êxtase e simbolismos. O propósito do filme é o de
superar a caracterização externa do índio para compreendê-lo dentro de sua realidade, abrindo-
se para sua visão de mundo e para os abismos profundos de sua cultura.
Inserido na esfera do realismo-maravilhoso, o filme incorpora o mundo civilizado e o mundo
selvagem, e a “maravilha” que há neste mundo. Diga-se, dois mundos díspares, paradoxais,
abundantes. Não obstante, esses dois mundos são o Brasil. Um Brasil precário, roto, faminto.
Um Brasil barroco. Necessitado de ser nomeado, construído. Brasil de silêncios e miséria. Um
Brasil em estado de perdição.
O filme “Brincando nos campos do Senhor” conta-nos a história de dois aventureiros
americanos que chegam à cidade Mãe de Deus, no Estado do Amazonas, por falta de
combustível em seu avião. Um desses aventureiros é, curiosamente, um descendente
aculturado de índios norte-americanos. O policial que analisa os documentos do avião propõe
aos dois americanos, em troca da devolução dos passaportes e da documentação, que eles
atirem algumas bombas para “espantar” os índios niarunas, a fim de tirá-los de suas terras.
Paralelo a essa intriga, há ainda a questão da chegada da igreja protestante em terras
indígenas, no afã de converter e de civilizar o índio.
Tomado por uma crise de identidade, Moon, o aventureiro americano de descendência
indígena, sob o efeito de um chá alucinante, pilota seu avião até as terras dos niarunas e,
quando passa por cima de sua aldeia, ele se atira de paraquedas, saltando sobre aquele lugar.
Os índios o tomam como um deus que veio do céu e o chamam de Kisu, o deus do trovão,
perigoso e maldoso, do qual eles têm muito medo. Incorporam-no à sua coletividade e o
relacionam a outro deus que vem do céu, a partir de um sincretismo entre Kisu e Jesus.
Assentado sobre essa trama, entre um falso deus, a presença da igreja e o interesse pelas
terras indígenas, o filme costura uma tragédia anunciada há quinhentos anos.
O elenco do filme é formado por atores excelentes, como Tom Berenger, John Lithgow, Daryl
Hannah, Aidan Quinn, Tom Waits, Katy Bates, Stênio Garcia, José Dumont e Nelson Xavier.
Trata-se de uma produção estunidense-brasileira dirigido por Hector Babenco e com roteiro
baseado em livro de Peter Matthiessen. É um drama. Com duração de três horas.
ilme: Brincando nos Campos do Senhor

O filme "Brincando nos Campos do Senhor", dirigido por Hector Babenco em 1991, foi
gravado na Amazônia. Narra a história conflitante entre missionários,donos de terras e
índios. Um pequeno avião, utilizado para combates e demolições, aterrissa na cidade
denominada Mãe de Deus, um vilarejo situado no interior da floresta Amazônica. O
avião épilotado por Lewis Moon (Tom Berenger) e Wolf (Tom Waits), que demonstram,
por seus comportamentos e vestimentas, serem contrabandistas. São recepcionados
pelo funcionário do governo, Comandante Guzman(José Dumont). Os pilotos alegam
ao Comandante que estão sem gasolina, entretanto, o pedido de gasolina é negado e
o Comandante confisca os passaportes e os documentos do avião. Diante disto, o
Comandantesubmete a devolução dos documentos e o pedido de combustível para
que os pilotos pudessem seguir viagem, mediante uma troca de serviços.
Como o Comandante Guzman possuía interesse econômico nasterras habitadas pelos
Niarunas, os pilotos teriam que bombardear estas terras, disseminando os indígenas.
O filme ainda conta com a participação de um casal de missionários: Leslie
Huben (John Lithgow)e sua mulher, Andy Huben (Daryl Hannah). Andy possui
oposição ideológica em relação à igreja católica representada pelo padre Xantes, que
iniciou o trabalho de catequização dos índios.
Na narrativaainda podemos contar com a chegada ao vilarejo de outro casal de
missionários norte-americanos, os Quarrier, com seu filho Billy, que contrai malária
durante a expedição na floresta Amazônica, vindo afalecer. A família Quarrier encontra
os Huben em sua missão evangélica. Martin Quarrier (Aidan Quinn) é um sociólogo e
pesquisador, absorvido por um profundo dilema: acredita no seu sentimentoreligioso e
quer promover a palavra de Deus entre os "selvagens", contudo, possui uma
admiração pela civilização indígena, pela cultura e língua Niaruna, as quais se
constituem o objeto de seus estudos...

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