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SUMÁRIO
DIREITO CIVIL.............................................................................................................................................24
LEITURA DE VÉSPERA – LEGISLAÇÃO .................................................................................................................................. 24
LEITURA DE VÉSPERA – JURISPRUDÊNCIA/INFORMATIVO.......................................................................................... 28
LEITURA DE VÉSPERA – SÚMULAS......................................................................................................................................... 31
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O art. 121, § 2º, do Código Penal, traz em seu bojo as qualificadoras do homicídio. É
relevante destacar, dentre as qualificadoras, o feminicídio (inciso VI):
Para que exista feminicídio é preciso que o homicídio que vitimou a mulher seja praticado
em razão da condição do sexo feminino (é preciso ler o § 2º-A do artigo 121 do Código
Penal, que afirma que há razão da condição do sexo feminino quando o crime envolve: vio-
lência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher).
No § 7º do art. 121 do Código Penal, há causas de aumento que se aplicam ao feminicídio
(alteradas pela edição da Lei n. 13.771/2018) – aumento de 1/3 (um terço) até a metade se
o crime for praticado: I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II –
contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou
portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade
física ou mental; III – na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
IV – em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do
caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
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Leitura das causas de aumento nos crimes contra a honra (art. 141 do Código Penal):
Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido:
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de suas funções;
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no
caso de injúria.
Parágrafo único. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,
aplica-se a pena em dobro.
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Leitura dos requisitos do furto privilegiado (art. 155, § 2º, do Código Penal):
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
(...)
§ 2º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode subs-
tituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente
a pena de multa.
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Hipóteses de dano qualificado (com especial atenção ao inciso III do parágrafo único
do art. 163):
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Parágrafo único. Se o crime é cometido:
I – com violência à pessoa ou grave ameaça;
II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III – contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou
de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou
empresa concessionária de serviços públicos;
IV – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à
violência.
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Informativo n. 645/STJ: da leitura do Art. 218-B, § 2º, I, do Código Penal, verifica-se que
são punidos tanto aquele que capta a vítima, inserindo-a na prostituição ou outra forma de
exploração sexual (caput), como também o cliente do menor prostituído ou sexualmente explo-
rado (§ 1º). Sobre o tipo, diferentemente do caput do artigo 218-B da Lei Penal n. 102, que
reclama a habitualidade para a sua configuração, a figura do inciso I do § 2º da aludida norma
incriminadora, cuja caracterização independe da manutenção de relacionamento sexual habi-
tual entre o ofendido e o agente. Sobre o assunto, Cleber Masson leciona a doutrina que, "nos
núcleos 'submeter', 'induzir', 'atrair' e 'facilitar', a consumação se dá no momento em que a
vítima passa a se dedicar com habitualidade ao exercício da prostituição ou de outra forma de
exploração sexual, ainda que não venha a atender pessoa interessada em seus serviços", ao
passo que o tipo do inciso I do § 1º do artigo 218-B do Código Penal "não reclama a habitua-
lidade no relacionamento sexual entre o agente e a pessoa menor de 18 e maior de 14 anos".
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Informativo n. 645/STJ: diferentemente do que ocorre nos arts. 217-A, 218 e 218-A do
Código Penal, nos quais o legislador presumiu de forma absoluta a vulnerabilidade dos meno-
res de 14 (catorze) anos, no art. 218-B não basta aferir a idade da vítima, devendo-se averi-
guar se o menor de 18 (dezoito) anos não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou se, por outra causa, não pode oferecer resistência, o que usualmente ocorre mediante
a comprovação de que se entrega à prostituição devido às suas más condições financeiras.
A doutrina assevera que "a justificativa para se ampliar o conceito, é o fato de que embora
o maior de 14 já esteja apto a manifestar sua vontade sexual, normalmente ele se entrega
à prostituição face à péssima situação econômica", motivo pelo qual "a sua imaturidade em
função da idade associada a sua má situação financeira o torna vulnerável". Assim, não há
falar em atipicidade da conduta sob o argumento de que o adolescente teria consentido com
a prática dos atos libidinosos, quando o agente se aproveita da situação de miserabilidade do
ofendido, atraindo-o a se prostituir.
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das competências formais do agente". A expressão "ato de ofício" aparece apenas no caput
do art. 333 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção ativa, e não no caput do
art. 317 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção passiva. Ao contrário, no
que se refere a este último delito, a expressão "ato de ofício" figura apenas na majorante do
art. 317, § 1º, do CP e na modalidade privilegiada do § 2º do mesmo dispositivo. Além disso, a
desnecessidade de que o ato pretendido esteja no âmbito das atribuições formais do funcioná-
rio público fornece uma visão mais coerente e íntegra do sistema jurídico. A um só tempo, são
potencializados os propósitos da incriminação – referentes à otimização da proteção da probi-
dade administrativa, seja em aspectos econômicos, seja em aspectos morais – e os princípios
da proporcionalidade e da isonomia. Conclui-se que o âmbito de aplicação da expressão "em
razão dela", contida no art. 317 do CP, não se esgota em atos ou omissões que detenham
relação direta e imediata com a competência funcional do agente. Assim, o nexo causal a ser
reconhecido é entre a mencionada oferta ou promessa e eventual facilidade ou suscetibilidade
usufruível em razão da função pública exercida pelo agente.
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Informativo n. 633/STJ: de início, ressalta-se que o art. 291 do Código Penal tipifica,
entre outras condutas, a posse ou guarda de maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer
objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. A expressão "especialmente desti-
nado" não se refere a uma característica intrínseca ou inerente do objeto. Se assim fosse, só
a posse ou guarda de maquinário exclusivamente voltado para a fabricação ou falsificação de
moedas consubstanciaria o crime, o que implicaria a inviabilidade de sua consumação (crime
impossível), pois nem mesmo o maquinário e insumos utilizados pela Casa de Moeda são
direcionados exclusivamente para a fabricação de moedas. Tal dicção está relacionada ao
uso que o agente pretende dar a esse objeto, ou seja, a consumação depende da análise do
elemento subjetivo do tipo (dolo), de modo que, se o agente detém a posse de impressora,
ainda que manufaturada visando ao uso doméstico, mas com o propósito de a utilizar precipu-
amente para contrafação de moeda, incorre no referido crime.
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à liberdade das pessoas que ali exercem a mercancia carnal. Dessa forma, crime é manter
pessoa em condição de explorada, obrigada, coagida, não raro em más condições, ou mesmo
em condição análoga à de escravidão, impondo-lhe a prática de sexo sem liberdade de esco-
lha, ou seja, com tolhimento de sua liberdade sexual e em violação de sua dignidade sexual.
Nesse sentido, o bem jurídico tutelado não é a moral pública, mas sim a dignidade sexual,
como, aliás, o é em todos os crimes constantes do Título VI da Parte Especial do Código
Penal, dentre os quais o do artigo 229. E o sujeito passivo do delito não é a sociedade, mas
sim a pessoa explorada, vítima da exploração sexual. Assim, se não se trata de estabeleci-
mento voltado exclusivamente para a prática de mercancia sexual, tampouco há notícia de
envolvimento de menores de idade, nem comprovação de que o recorrido tirava proveito,
auferindo lucros da atividade sexual alheia mediante ameaça, coerção, violência ou qualquer
outra forma de violação ou tolhimento à liberdade das pessoas, não há falar em fato típico a
ser punido na seara penal.
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da ora paciente a pegá-lo e, lamentavelmente, contra uma instituição sem fins lucrativos que
dá amparo a crianças com câncer. Ainda que irrelevante a lesão pecuniária provocada, porque
inexpressivo o valor do bem, a repulsa social do comportamento é evidente. Viável, por conse-
guinte, o reconhecimento da tipicidade conglobante do comportamento irrogado.
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III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais renova-
ções, desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua
efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
§ 1º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão requisitar relatórios parciais da
operação de infiltração antes do término do prazo de que trata o inciso II do § 1º deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
§ 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste artigo, consideram-se: (Incluído pela
Lei nº 13.441, de 2017)
I – dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, término, duração, ende-
reço de Protocolo de Internet (IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela Lei
nº 13.441, de 2017)
II – dados cadastrais: informações referentes a nome e endereço de assinante ou de usu-
ário registrado ou autenticado para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário
ou código de acesso tenha sido atribuído no momento da conexão.
§ 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não será admitida se a prova puder ser
obtida por outros meios. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Art. 190-B. As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente
ao juiz responsável pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído pela Lei
nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso aos autos será reservado ao
juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia responsável pela operação, com o objetivo
de garantir o sigilo das investigações. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da inter-
net, colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-A,
241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da
investigação responderá pelos excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados
próprios, mediante procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as informações
necessárias à efetividade da identidade fictícia criada. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta Seção será numerado e tom-
bado em livro específico. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante a ope-
ração deverão ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao Ministé-
rio Público, juntamente com relatório circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
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Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no caput deste artigo serão reu-
nidos em autos apartados e apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito poli-
cial, assegurando-se a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade
das crianças e dos adolescentes envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
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“Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante
será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão,
guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.”
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II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal
ou medida de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
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ESTATUTO DO DESARMAMENTO
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DIREITO CIVIL
PROFESSOR RESPONSÁVEL: ROBERTA QUEIROZ
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Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco
dias depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se
inicia três meses depois de oficialmente publicada
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a cor-
reção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique
ou revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare (EXPRESSA),
quando seja com ela incompatível (TÁCITA) ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior (TÁCITA).
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência. (REPRISTINAÇÃO SÓ SE CONSTAR EXPRESSAMENTE)
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Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intrans-
missíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
ATENÇÃO
Enunciado 4° JDC: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária,
desde que não seja permanente nem geral. Enunciado 139 JDC: Os direitos da personalidade
podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser
exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons
costumes.
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Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finali-
dade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Minis-
tério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determina-
das relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou
sócios da pessoa jurídica.
(A alteração deste artigo ocorreu após o edital, assim a redação antiga se faz pertinente.)
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Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testa-
mento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando,
se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvi-
mento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sis-
temas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão,
se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha
a fim igual ou semelhante.
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Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (RESPON-
SABILIDADE SUBJETIVA)
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede mani-
festamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes. (RESPONSABILIDADE OBJETIVA)
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente. (ESTADO DE NECESSIDADE)
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstân-
cias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a
remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra
este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao
lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o
dano (art. 188, inciso I).
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Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: (RESPONSABILIDADE OBJE-
TIVA / REFLEXA/ ATO DE TERCEIRO)
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício
do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente
quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja
culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
relativamente incapaz. (PAI NÃO PODE COBRAR DO FILHO EM REGRESSO)
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Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao DEVEDOR, se outra coisa não
se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser
exercida em cada período.
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá
o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá
ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
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Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros
e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em
que executou o ato de que se devia abster.
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Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente,
deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obriga-
ção principal.
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INFORMATIVO n. 509/STJ: Ainda que se trate de pessoa pública, o uso não autorizado da
sua imagem, com fins exclusivamente econômicos e publicitários, gera danos morais. Assim,
a obrigação de indenizar, tratando-se de direito à imagem, decorre do próprio uso indevido
desse direito, não sendo necessário provar a existência de prejuízo. Trata-se de dano in re
ipsa. REsp 1.102.756-SP, Rel. Min. Nancy Andrigui, julgado em 20/11/2012.
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de evitar a repetição desses fatos, deixando de tomar qualquer atitude para interditá-lo ou
mantê-lo sob sua guarda e companhia. REsp 1.101.324-RJ, Rel. Min. Antônio Carlos Ferreira,
julgado em 13/10/2015.
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outrem, a obrigação de repará-lo, ao passo que o art. 944 do mesmo diploma legal determina
que a indenização seja medida pela extensão do dano. Isso significa que a principal função
da indenização é promover a reparação da vítima, anulando, ao máximo, os efeitos do dano.
Nessa linha, o Poder Judiciário deve reformular sua visão e dar um passo à frente, abran-
dando a natureza essencialmente patrimonialista da responsabilidade civil e buscando a repa-
ração do dano, em toda a sua extensão. Assim, imperativo o reconhecimento da subsistência
do direito de retratação fundamentado na legislação civil (arts. 927 e 944 do CC), mesmo após
o julgamento da ADPF n. 130/DF, preservando-se a finalidade e a efetividade da responsabili-
dade civil, notadamente nos casos em que o magistrado, sopesando a necessidade de impor
a condenação de publicação da decisão condenatória, vislumbre que a medida é proporcio-
nal e razoável no caso concreto. Portanto, na hipótese, a publicação da petição inicial e do
acórdão condenatório nas próximas edições do livro não impõe, de um lado, uma obrigação
excessiva, onerosa, desarrazoada ou desproporcional aos réus, pois tal publicação deverá se
dar nas edições que vierem a ser editadas. Não se trata, ainda, de censura ou controle prévio
dos meios de comunicação social e da liberdade de expressão, pois não se está impondo
nenhuma proibição de comercialização da obra literária, nem mesmo se determinando que as
edições até então produzidas sejam recolhidas ou destruídas, o que seria de todo contrário
ao ordenamento jurídico, mas satisfaz aos anseios da vítima, que terá a certeza de que os
leitores da obra literária terão consciência de que os trechos que a ele se referem foram con-
siderados ofensivos à sua honra.
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demais registros nos órgãos públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o
sigilo sobre a origem dos atos. RE 670422/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/8/2018
(repercussão geral).
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Súmula n. 195/STJ: Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra
credores.
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Súmula n. 43/STJ: Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data
do efetivo prejuízo.
Súmula n. 362/STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide
desde a data do arbitramento.
Súmula n. 54/STJ: Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de res-
ponsabilidade extracontratual.
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ATENÇÃO
• Pessoa Jurídica de Direito Público não sofre dano moral.
• Pessoa jurídica pode sofrer dano moral desde que haja um ferimento de sua honra
objetiva (imagem, conceito e boa fama), de forma a abalar sua credibilidade, com
repercussão econômica. Não é possível presumir a existência de dano moral pelo
simples corte de energia elétrica por parte da concessionária de serviço público, sendo
necessária a comprovação da empresa afetada de prejuízo à sua honra objetiva. REsp
1.298.689-RS, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 23/10/2012.
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ESTUDO DIRIGIDO DELTA 2020 – VOLUME 02
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Súmula n. 37/STJ: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriun-
dos do mesmo fato.
Súmula n. 387/STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
ATENÇÃO
É nula, por configurar julgamento extra petita, a decisão que condena a parte ré, de ofício, em
ação individual, ao pagamento de indenização a título de danos sociais em favor de terceiro
estranho à lide. Inicialmente, cumpre registrar que o dano social vem sendo reconhecido pela
doutrina como uma nova espécie de dano reparável, decorrente de comportamentos socialmente
reprováveis, pois diminuem o nível social de tranquilidade, tendo como fundamento legal o art.
944 do CC. Desse modo, diante da ocorrência de ato ilícito, a doutrina moderna tem admitido
a possibilidade de condenação ao pagamento de indenização por dano social, como categoria
inerente ao instituto da responsabilidade civil, além dos danos materiais, morais e estéticos.
Registre-se, ainda, que na V Jornada de Direito Civil do CJF foi aprovado o Enunciado 455,
reconhecendo a existência do denominado dano social: "A expressão dano no art. 944 abrange
não só os danos individuais, materiais ou imateriais, mas também os danos sociais, difusos,
coletivos e individuais homogêneos a serem reclamados pelos legitimados para propor ações
coletivas". A par disso, importa esclarecer que a condenação à indenização por dano social
reclama interpretação envolvendo os princípios da demanda, da inércia e, fundamentalmente,
da adstrição/congruência, o qual exige a correlação entre o pedido e o provimento judicial a ser
exarado pelo Poder Judiciário, sob pena da ocorrência de julgamento extra petita. Na hipótese em
foco, em sede de ação individual, houve condenação da parte ré ao pagamento de indenização
por danos sociais em favor de terceiro estranho à lide, sem que houvesse pedido nesse sentido
ou sem que essa questão fosse levada a juízo por qualquer das partes. Nessa medida, a decisão
condenatória extrapolou os limites objetivos e subjetivos da demanda, uma vez que conferiu
provimento jurisdicional diverso daquele delineado na petição inicial, beneficiando terceiro alheio
à relação jurídica processual posta em juízo. Impende ressaltar que, mesmo que houvesse pedido
de condenação em danos sociais na demanda em exame, o pleito não poderia ter sido julgado
procedente, pois esbarraria na ausência de legitimidade para postulá-lo. Isso porque, os danos
sociais são admitidos somente em demandas coletivas e, portanto, somente os legitimados para
propositura de ações coletivas têm legitimidade para reclamar acerca de supostos danos sociais
decorrentes de ato ilícito, motivo por que não poderiam ser objeto de ação individual. Rcl 12.062-
GO, Rel. Ministro Raul Araújo, julgado em 12/11/2014.
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