Sei sulla pagina 1di 34

INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS ARACAJU
CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA

PROJETOS E INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE


PROJETOS ELÉTRICOS

PREDIAIS

Profº Zacarias B. Rêgo Júnior


Profº Carlos Henrique de Goes Siqueira

Aracaju/2010
2
ÍNDICE

Introdução 3
Planta baixa e detalhes 4
Dimensionamento dos pontos de carga e de iluminação 4
Quadro demonstrativo da carga de iluminação 4
Dimensionamento de tomadas 4
Potências médias dos aparelhos elétricos (Tabela 2.1) 6
Calculo para determinar a potência dos aparelhos de ar condicionado 6
Tabela prática para calcular a carga térmica 6
Quadro Demonstrativo da Carga e Potência 7
Cálculo da potência ativa total e definir a condição de fornecimento de energia 9
Divisão da instalação elétrica em circuitos terminais 9
Determinação da proteção 10
Caminhamento dos eletrodutos 10
Ligação dos circuitos 11
Cálculo da corrente do Circuito de distribuição 11
Fator de Demanda Para Iluminação e tugs (Tabela 7.1) 11
Fator de Demanda para aparelhos de aquecimento 12
Tabelas de Fator de Demanda diversos 14
Projeto de instalação Telefônica 14
Dimensionamento dos condutores dos circuitos 15
Quadro do Fator de Agrupamento 15
Fator de Agrupamento 16
Dimensionamento da Proteção 19
Quadro do Disjuntores 20
Aterramento 21
Dimensionamento do eletrodutos 22
Material e acessório 23
Memorial Técnico Descritivos e Memórias de cálculo 24
Documentos complementares 24
Quadro de Carga 25
Bibliografia 26

2
3
INTRODUÇÃO

Projetar uma instalação elétrica residencial consiste em:

- Quantificar e determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica;


- Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutos e condutores;
- Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando,
de medição de energia elétrica e demais acessórios.

Partes componentes de um projeto elétrico:

O projeto é a representação escrita da instalação e deve conter no mínimo:

- Plantas;
- Esquemas (diagramas unifilares e outros que se façam necessários);
- Detalhes de montagem, quando necessários;
- Memorial descritivo;
- Memória de cálculo (dimensionamento de condutores, condutos e proteções);
- Anotação de Responsabilidade Técnica – ART obtida junto aos CREA’s.

Normas técnicas a serem consultadas na elaboração de um projeto elétrico:

- Normas NBR 5410/04, Instalações em baixa tensão e NBR 5419, aterramento, ambas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
- Normas da concessionária elétrica local;
- Normas específicas aplicáveis.

Critérios para a elaboração de projetos

- Acessibilidade;
- Flexibilidade para pequenas alterações e reserva de carga para futuros acréscimos;
- Confiabilidade (obedecer a normas técnicas para seu perfeito funcionamento e
segurança).

Etapas da elaboração de um projeto de instalação elétrica

- Informações preliminares;
- Plantas de situação;
- Projeto arquitetônico;
- Projetos complementares;
- Informações obtidas do proprietário.

PRIMEIRO PASSO:
1. Planta Baixa e Detalhes.

1. Obter a planta baixa da unidade residencial, com cortes em locais que se permita distinguir
o pé direito do local, as cotas, o formato do teto, detalhes de ângulos etc.;

2. Obter, também, a planta de situação do imóvel e o possível ponto de suprimento de


energia. Observar a correta escala e a disposição dos desenhos nas pranchas do projeto;
3
4
3. Desenhar a planta baixa na escala 1:50 do apartamento tipo, da casa das máquinas, da
garagem, do hall de entrada e da área de lazer;

3.1. Desenhar a planta de situação do edifício na escala de 1:500;


3.2. Desenhar a planta de locação do edifício na escala de 1:500.

SEGUNDO PASSO:
1. Dimensionamento do Número de Pontos e da Carga de Iluminação.

Deve ser especificado o número de pontos de luz e suas respectivas potências nominais,
observando-se as dimensões dos cômodos da unidade residenciais e nas acomodações de
hotéis, motéis e similares, através da planta baixa. Um ponto de luz no teto, em cada cômodo,
deve ser previsto obrigatoriamente.
Para determinar as cargas de iluminação em unidades residências, pode ser adotado o
seguinte critério determinado pela NBR-5410/2004:

a. Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2 deve ser prevista uma
carga mínima de 100VA;
Nota: Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o
ponto de luz fixo no teto por uma tomada de corrente, com potência
mínima de 100 VA comandada por um interruptor localizado na parede.
b. Em cômodos ou dependências com área superior a 6m2 deve ser prevista uma carga
mínima de 100VA para os primeiros 6m2, acrescida de 60VA para cada aumento de
4m2 inteiros.

Exemplo: Cômodo com área A=100m2.

Carga a considerar: os primeiros 6m2 =100VA;


Os restantes 94m2 serão de: 94m2/4m2 = 23 (considerar apenas a parte inteira), fazendo
23X60VA = 1.380VA.

A carga total a considerar será de: 100 + 1.380 = 1.480VA.

Observações:

a. A NBR 5410/2004 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em


residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente;
b. Calculada a potência da iluminação, não significa dizer que se vai utilizar lâmpadas
com potência nominal, seja ela incandescente, fluorescente ou de outro tipo. O cálculo
apenas garante que o projeto estará dimensionado para tal carga;
c. Projeto em iluminação é dimensionado tendo como base lâmpadas incandescentes.
Sendo assim, qualquer outro tipo de lâmpada com maior eficiência atenderá os
requisitos mínimos de luminosidade.

4
5
QUADRO DEMONSTRATIVO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO

Área Potência de iluminação


Dependência
(m2) (VA)
Sala estar
Sala de jantar
Cozinha
Quarto 1
Quarto 2
Quarto 3
Quarto 4
Banheiro 1
Banheiro 2
Banheiro 3
Área de serviço
Circulação
Área externa

2. Dimensionamento de ponto e das cargas de tomada.

Ponto de tomada: Ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a


serem alimentados é feita através de tomada de corrente. Um ponto de tomada pode conter
uma ou mais tomadas de corrente.

As tomadas de corrente nas unidades residenciais são classificadas segundo dois tipos:

- Tomadas de corrente (TC): São aquelas destinadas a equipamentos móveis, tais como
televisor, geladeiras, som etc.
- Ponto de tomadas específico (PTE): Usadas em equipamentos de maior potência
nominal, tipo chuveiro, ar condicionado, etc. Os equipamentos, geralmente, são fixos.
Pode-se caracterizá-las como sendo aquelas cujos equipamentos a serem instalados
apresentam corrente nominal superior a 10 A.
Nota:
Ponto para aquecimento de água: Conexão direta ao ponto de utilização, sem o uso e
tomada de corrente. As tomadas que serão ligadas com fase, neutro e terra devem ser
ligadas obedecendo a seguinte seqüência de ligação: pino a direita, neutro, pino a
esquerda, fase, pino central, terra.

5
6
Para determinar as cargas de tomadas de correntes de unidades residenciais, devem ser
observadas as seguintes exigências mínimas de acordo com a NBR-5410/90:

2.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomadas

a) Cômodos ou dependências  1 PT (ponto de tomada)


com área 2,25m² até 6m2

b) Cômodos ou dependências  no mínimo um ponto de tomada para cada 5m ou


com mais de 6m2 fração do perímetro, espaçadas tão
uniformemente quanto possível.
 Sala de estar equipar o PT com quantidades de
TC adequada.

c) Cozinha, copas (sala de  1 PT (ponto de tomada) para cada 3,5m ou fração


jantar), copa-cozinha, áreas de perímetro, independente da área. Existindo
de serviço, lavanderias e bancada com largura igual ou superior a 30 cm,
locais semelhantes. deve ser previsto no mínimo 2 tomada de
corrente.

d) Subsolo, varandas, garagens,  1 PT A ≤ 2,25m² (externamente até 0,80m)


sótãos, hall de escadas,  1 PT A ≤ 2,25m² até 6m²
varandas, salas de  1 PT/5m A > 6m²
manutenção ou localização de
equipamentos elétricos
diversos.

2.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de ponto de tomada (PT)

a) Banheiros, cozinha, copas (sala de - Atribuir, no mínimo, 600VA por


jantar), copa-cozinha, áreas de ponto de tomada, até 2 tomadas
serviço, lavanderias e locais (para os 2 primeiros pontos de
semelhantes tomadas)

- Atribuir 100VA para os excedentes

b) Subsolo, varandas, garagens, sótãos, - Atribuir, no mínimo um ponto de


hall de escadas, varandas, salas de tomada de 1.000 VA
manutenção ou localização de - Atribuir 100VA para os excedentes
equipamentos elétricos diversos.
c) Demais cômodos ou dependências - Atribuir, no mínimo, 100VA por
ponto de tomada

2.3 Condições para se estabelecer a quantidade de pontos de tomadas de uso específico:

A quantidade de ponto tomadas de uso específico é estabelecido de acordo com o número de


equipamento, com corrente nominal superior a 10 A. A tabela a seguir mostra as potências
média dos principais aparelhos elétricos residenciais.

6
7
POTÊNCIAS MÉDIAS DOS APARELHOS ELÉTRICOS EM WATTS

Potências Potências
Aparelhos Aparelhos
(w) (w)
Aquecedor de ambiente 1.000 Geladeira comum 200
Aquecedor tipo boiler de 50 100 litros 1.000 Geladeira duplex ou freezer 500
Aquecedor tipo boiler de 150 a 200 litros 1.250 Cafeteira 1.000
Torneira elétrica 4.000 a 8.000 Centrifuga 150 a 300
Aspirador de pó 200 Liqüidificador 150
Barbeador 20 Máquina de costura 200
Batedeira 100 a 300 Máquina de lavar roupa 770
Chuveiro 4.000 Rádio 50
Equipamento de som 200 Relógio 5
Enceradeira 300 Secador de cabelo 1.000
Exaustor 300 Secador de roupa 600
Ferro de engomar comum 500 Televisão 100
Ferro de engomar regulável 1.000 Cortador de grama 800 a 1.500
Condicionador tipo janela de 7.100BTU/h 900 Torradeira 1.000
Condicionador tipo janela de 8.500BTU/h 1.300 Ventilador 150
Condicionador tipo janela de 10.000BTU/h 1.400 Lavadora de pratos 1.200 a 2.800
Condicionador tipo janela de 12.000BTU/h 1.600 Forno de microondas 1.200
Condicionador tipo janela de 14.000BTU/h 1.800 Fogão elétrico (2 chapa) 2.500

Obs: Tomadas de uso específico (TUEs) são destinadas à ligação de equipamentos fixos e
estacionários, como é o caso de: chuveiro, torneira elétrica, secadora de roupa, etc. As TUEs
devem ser colocadas a uma distancia máxima de 1,5m do local previsto para a instalação do
equipamento.

2.4 Para estabelecer a potência de tomadas de uso específico (TUEs) deve-se atribuir a
potência nominal do equipamento a ser alimentado.

Tabela prática para cálculo da carga térmica


Área em Sombra o dia todo Sol da manhã Sol da tarde
M² A B C A B C A B C
15 6.000 7.000 8.000 8.000 10.000 11.000 10.000 12.000 14.000
20 6.000 8.000 11.000 8.000 12.000 14.000 11.000 14.000 14.000
30 6.000 9.000 14.000 8.000 14.000 18.000 12.000 16.000 17.000
40 7.000 12.000 16.000 10.000 14.000 18.000 13.000 17.000 22.000
60 10.000 16.000 22.000 14.000 20.000 30.000 17.000 23.000 30.000
70 10.000 18.000 23.000 14.000 22.000 30.000 18.000 30.000 30.000
90 12.000 22.000 30.000 16.000 30.000 35.000 20.000 30.000 40.000
A - ambiente sob outro pavimento
B - ambiente sob telhado com forro
C - ambiente sob laje descoberta

Observações:
1) Os cálculos da tabela consideram a permanência de duas pessoas no ambiente;
2) Acrescentar 600 BTU/h (151,2Kcal/h) para cada pessoa a mais;
3) Em grandes ambientes, é preferível a utilização de dois ou mais aparelhos com
capacidade total equivalente à encontrada na tabela para melhorar a circulação do ar.

7
8
Quadro demonstrativo da quantidade de carga e potências

DIMENSÕES
Potência de TUG TUE
DEPENDÊNCIA iluminação
Área Perímetro Potência Potência
(w) Qtd Discriminação
(m²) (m) (VA) (VA)
Sala estar
Sala de jantar
Cozinha
Quarto 1
Quarto 2
Quarto 3
Quarto 4
Banheiro 1
Banheiro 2
Banheiro 3
Área de serviço
Circulação
Área externa
Sala estar

TERCEIRO PASSO:

1. Calculo da potência ativa total e definir a condição de fornecimento

1.1 - Calculo da potência ativa total:

a. Potência de iluminação - Será a soma de toda a potência de iluminação


- Fator de potência adotado - 1,0

b. Potência de tomada de uso - Será o somatório de toda a potência das


geral (TUG’s) e tomada de tomadas
uso específico (TUE’s) - Fator de potência adotado para as TUGs - 0,8

c. Cálculo da potência ativa total - Será a soma da potência de iluminação, da


potência dos pontos de tomadas de uso
geral e dos pontos de tomadas de uso
específico.

8
9

1.2 - Definir a condição de fornecimento:

MONOFÁSICO
Categoria M1 - Potência instalada até 2.000 W
M2 - Potência instalada acima de 2.000 W até 4.000 W
M3 - Potência instalada acima de 4.000 W até 6.000 W
BIFÁSICO
Categoria B1 - Potência instalada até 6.000 W
B2 - Potência instalada acima de 6.000 W até 8.000 W
B3 - Potência instalada acima de 8.000 W até 10.000 W
B4 - Potência instalada acima de 10.000 W até 12.000 W
TRIFÁSICO
Categoria T1 - Demanda provável até 12.000 VA
T2 - Demanda provável acima de 12.000 VA até 19.000 VA
T3 - Demanda provável acima de 19.000 VA até 26.000 VA
T4 - Demanda provável acima de 26.000 VA até 38.000 VA
T5 - Demanda provável acima de 38.000 VA até 47.000 VA

Obs. Obter os valores de fator de demanda a partir do sétimo passo.

NOTAS:

1. As categorias B1 e T1 ficarão para uso restrito ao atendimento de casos especiais, tais


como os de instalações com equipamentos que requeiram números de fases e/ou tensão
próprios destas categorias.
2. Para categorias T5, deverá ser instalada a caixa padrão para medição indireta.
3. Para as categorias T2 a T5, deverá ser apresentado o projeto elétrico, contendo os
seguintes itens em 03 ( três ) vias:
- Quadro de cargas;
- Planta de situação;
- Detalhe da entrada;
- Memória descritiva;
- ART (Anotação de Responsabilidade Técnica emitida pelo CREA – Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura).

QUARTO PASSO:
1. Divisão da Instalação Elétrica em Circuitos Terminais (critérios estabelecidos pela
NBR-5410):
a) Toda instalação deve ser dividida, de acordo com as necessidades, em vários
circuitos, devendo cada circuito ser concebido de forma a ser secionado sem risco de
realimentação inadvertida, através de outro circuito;

9
10
b) Qualquer instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários,
de forma a proporcionar facilidade de inspeção, ensaios e manutenção, bem como
evitar que, por ocasião de um defeito em um circuito, toda uma área fique desprovida
de alimentação (por exemplo, circuito de iluminação);

c) Circuitos de distribuição distintos devem ser previstos para partes das


instalações que necessitem de controle específicos, de tal forma que estes circuitos
não sejam afetados pelas falhas dos outros (por exemplo, minuterias, circuitos de
supervisão predial, etc.);

d) Em função da ocupação do local e da distribuição de circuitos efetuada, deve-se


prever a possibilidade de ampliações futuras, com a utilização de circuitos terminais
futuros. Tal necessidade deverá se refletir, ainda, na taxa de ocupação dos condutos
elétricos e quadros de distribuição;

e) A seguir um resumo dos critérios adotados pela NBR-5410.

a) Prever circuitos de iluminação - Circuitos de iluminação serão instalados


separados dos circuitos de pontos sempre com a tensão menor da entrada
de tomadas. (fase + neutro ou fase + fase)
- Circuitos de pontos de tomada serão
instaladas sempre com a tensão menor da
entrada + fio terra ( fase + fase + terra ou
fase + neutro + terra)
b) Prever circuitos independentes, - Circuito de pontos de tomada específico
exclusivos para ponto de tomadas (PTE) terá um condutor fase + um condutor
específicas (TUEs). neutro + um condutor terra.

c) Prever um circuito para cada 60m2


(máximo) ou fração e 50m2 para
escritório.

Traçar na planta todos os pontos de luz e tomadas de uso geral e específico colocando ao lado
de cada um deles o número do circuito correspondente.

Observações:

1. Cada circuito terá uma corrente máxima de 20A, mas sempre que for possível,
devemos perseguir 15A como a corrente máxima;
2. Os circuitos de uso específicos terão a sua potência de acordo com a potência do
equipamento e sempre que for possível deverá ser ligado em 220 V;
3. Todo aparelho de ar condicionado terá um circuito exclusivo, independente da corrente
nominal;
4. Todo chuveiro elétrico terá um circuito exclusivo, independente da corrente nominal;
5. Preferencialmente, todos os pontos correspondentes a um circuito deverão ficar em
cômodos adjacentes.

10
11
QUINTO PASSO:
1. Determinação da Proteção

1.1- Exigências da NBR-5410 para a proteção:

A utilização de proteção diferencial residual - Tomadas de corrente em cozinhas,


(disjuntor) de alta sensibilidade em circuitos lavanderias, locais com pisos e
terminais que sirvam a: revestimentos não isolantes e em áreas
externas.
- Tomadas de correntes internas,
instaladas em áreas externas possam
alimentar equipamentos de uso em área
externa
- Aparelhos de iluminação instalados em
áreas externas

Obs. Nos circuitos não relacionados nas exigências e recomendações acima, serão protegidos
por disjuntores termomagnéticos (DTM)

Com a utilização da proteção com DR, deve-se tomar cuidado com o tipo de aparelho a ser
instalado:

- Chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de passagem com carcaça metálica e


resistência nua, apresentam correntes de fuga muito elevadas, que não permitem que o
DR fique ligado. Isto significa que esses aparelhos representam um risco de vida para
as pessoas, devendo ser substituídos por outros, com carcaça plástica ou com
resistência blindada.

- É importante considerar também o fator econômico, sempre respeitando as


recomendações e exigências da NBR-5410 e as opções apresentadas.

SEXTO PASSO:
Caminhamento dos eletrodutos

1. Locar, primeiramente, o quadro de distribuição, em lugar de fácil acesso, visível e


seguro, em ambiente de serviço ou circulação e que fique o mais próximo possível do
quadro de medição e no centro de carga da instalação o qual será definido como o
ponto ou região onde se concentra as cargas de maior potência;

2. Traçar os eletrodutos a partir do quadro de distribuição, fazendo o seu caminho de


forma a encurtar a distância entre os pontos de ligação;

3. Utilizar a simbologia gráfica para representar, no projeto, o caminhamento dos


eletrodutos (ver símbolos gráficos no anexo);

4. Traçar o caminhamento, sempre que possível, com o eletroduto de um cômodo para


outro através dos pontos de luz no teto que servirão também como caixa de passagem
dos condutores;

11
12
5. Ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de cada cômodo;

6. A distância máxima entre os pontos interligados pelo eletroduto deve ser de 15 m em


linha reta, para cada curva de 90º entre os pontos interligados deve-se diminuir 3m para
cada curva adicionada, até no máximo 3 curvas de 90º para cada trecho.

Ligações dos circuitos.


1. Sabendo-se como as ligações elétricas são feitas, deve-se então identificá-las
graficamente na planta, devendo sempre representar os condutores que passam dentro
de cada eletroduto, através da simbologia própria, identificando-o a que circuitos
pertencem;

2. Quando ocorrer mais de 5 circuitos por eletroduto, recomenda-se alterar o percurso de


alguns circuitos com a finalidade de reduzir o número de circuito no eletroduto ou
colocar dois eletrodutos em paralelo.

SÉTIMO PASSO:
Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição.

1. Será a corrente que entra no quadro de distribuição, vinda do quadro de medição.


Somam-se os valores das potências ativas de iluminação e tomadas de uso geral
(TUGs), em VA:

Somatório da potência ativa de iluminação:


Somatório da potência das TUGs:
Total em VA:

2. Multiplica-se em cascata o total da potência calculado no item anterior pelo fator de


demanda correspondente a esta potência:

Fator de demanda para iluminação e TUGs

Potência (VA) Fator de Demanda


0 a 1.000 0,86
1.001 a 2.000 0,75
2.001 a 3.000 0,66
3.001 a 4.000 0,59
4.001 a 5.000 0,52
5.001 a 6.000 0,45
6001 a 7.000 0,40
7.001 a 8.000 0,35
8.001 a 9.000 0,31
9.001 a 10.000 0,27
Acima de 10.000 0,24

12
13
Exemplo: supondo que a soma das potências de iluminação e TUGs seja igual a 5.450 VA,
então teremos: 1.000 x 0,86 + 1.000 x 0,75 + 1.000 x 0,66 + 1.000 x 0,59 + 1.000 x 0,52 + 450 x
0,45 = 3.582,5 VA.

Fator de demanda representa uma porcentagem das potências previstas que serão utilizadas
simultaneamente no momento de maior solicitação da instalação. Isto é feito para não
superdimencionar os componentes dos circuitos de distribuição, tendo em vista que numa
residência nem todas as lâmpadas e tomadas são utilizadas ao mesmo tempo.

3. Somam-se os valores das potências ativas das tomadas de uso específico (TUEs):

Fator de demanda para aparelhos de aquecimento

Quant. de Fator de demanda Quant. de Fator de demanda


aparelhos Pot < 3,5KW Pot.> 3,5 KW aparelhos Pot. < 3,5KW Pot.> 3,5 KW
01 1,00 1,00 16 0,39 0,28
02 0,75 0,65 17 0,38 0,28
03 0,70 0,55 18 0,37 0,28
04 0,66 0,50 19 0,36 0,28
05 0,62 0,45 20 0,35 0,28
06 0,59 0,43 21 0,34 0,26
07 0,56 0,40 22 0,33 0,26
08 0,53 0,36 23 0,32 0,26
09 0,51 0,35 24 0,31 0,26
10 0,49 0,34 25 0,30 0,26
11 0,47 0,32 26 a 30 0,30 0,24
12 0,45 0,32 31 a 40 0,30 0,22
13 0,43 0,32 41 a 50 0,30 0,20
14 0,41 0,32 51 a 60 0,30 0,18
15 0,40 0,32 Mais de 61 0,30 0,16

Fator de Demanda para condicionadores de ar de uso residencial

Nº de condicionadores 01 02 03 04 05 06 07 08 9-10 11 12-14 15-16


Fator de demanda 1,00 0,88 0,82 0,78 0,76 0,74 0,72 0,71 0,70 0,69 0,68 0,67

Fator de Demanda para condicionadores de ar de uso comercial

Nº de condicionadores 1 -10 11-20 21 - 30 31 - 40 41 - 50 Acima de 50


Fator de demanda 1,00 0,88 0,82 0,80 0,77 0,76

13
14
Observações: Estas tabelas fornecem os valores médios das concessionárias de energia
elétricas, sendo que estas possuem normas próprias que devem ser consultadas quando for
escolher definitivamente os transformadores e alimentadores.

4. O fator de demanda para as TUEs é obtido em função do número de circuitos delas


previsto no projeto;
5. Multiplicam-se a soma das potências de tomadas de uso específico (TUEs) pelo fator
de demanda correspondente (alguns projetistas preferem não usar o fator de demanda
para as TUEs);
6. Somam-se os valores das potências ativas de iluminação, de TUGs e de TUEs já
corrigidos pelos respectivos fatores de demandas;

7. Calculo da corrente do circuito de distribuição.

Após a obtenção da potência, pelo item 1.5, calcula-se a corrente do(s) circuito(s) que
interliga(m) o quadro de medição ao(s) quadro(s) de distribuição respectivo(s),
aplicando-se uma das fórmulas a seguir:

Onde

K=1 para circuitos monofásicos;


K=2 para circuitos bifásicos com cargas monofásicas;
K=3 para circuitos trifásicos com cargas monofásicas.

Ou para cargas trifásicas equilibradas:

A demanda das máquinas em VA (motores elétricos e máquinas de solda tipo motor


gerador) conforme indicado a seguir:

- 100 % da potência em VA do maior motor, mais 70 % da potência em VA dos


motores que trabalhem ao mesmo tempo, mais 30 % da potência em VA dos
demais motores.
Anota-se o valor da potência e da corrente do circuito de distribuição no quadro de carga.

Calculo da corrente e potência(W) do circuito geral para edifícios

1. Calculo da potência e da corrente do circuito geral.


a) Tendo obtido a potência dos circuitos de distribuição, encontre nas tabelas do Fator de
Demanda para cada carga especifica do seu edifício e utilize as fórmulas abaixo para
calcular a potência total e a corrente total do edifício:

14
15
PQG = FD x P(Ilum. + TUG´s) + FD x P (chuveiros) + P (ar condic.). x 0,85 + P(máquinas) x 0,85

em VA, e:

Fator de Demanda para iluminação e TUG´s

Nº de apartamento 3-5 6-7 8-10 11 12-13 14-15 16-17 18-20 21 22-23


Fator de demanda 0,45 0,44 0,43 0,42 0,41 0,40 0,39 0,38 0,37 0,36

Fator de Demanda para cargas especiais

CARGAS FATOR DE DEMANDA


Elevadores 0,5 a 1,00
Bombas de água 0,5

b) Locar o quadro do medidor e interligá-lo com o quadro de distribuição do apartamento.

OITAVO PASSO:

1. Projeto de Instalação Telefônica

O técnico em eletrotécnica e o engenheiro eletricista são os únicos profissionais habilitados


para desenvolver os projetos de tubulação e rede interna para telefonia. Portanto, estudaremos
aqui os passos para o desenvolvimento do projeto;

O nosso trabalho será dividido em duas partes: na primeira parte será feita a tubulação e, na
segunda parte a fiação (rede interna);

Inicialmente vamos diferenciar: ponto telefônico equivale ao numero de linhas telefônicas


externas disponíveis na edificação e caixas de saída equivalem ao número de tomadas;

A previsão do número de pontos será feita com o uso da tabela abaixo:

Tipo Base de cálculo Nº mínimo de pontos


Até 2 quartos 1
Residências ou
Até 3 quartos 2
Apartamentos
4 quartos ou mais 3
Até 50 m² 3
Lojas De 50 a 500 m² 3 a 12*
Acima de 500 m² Maior que 12**
Escritórios Cada 10 m² 1

15
16
Observações:
* Começar com 3 e adicionar 1 ponto a cada 50 m²;
** Começar com 12 e adicionar 1 ponto a cada 100 m².

Em residências, deverão ser previstas Caixas de Saída (tomadas) nos seguintes locais:
- Quartos: h=0,30 m, na provável cabeceira da cama;
- Salas: h=0,30 m, recomendável a instalação de mais uma;
- Copas: h=1,30 m ou h=0,30 m;
- Cozinhas: h=1,30 m.

Estas caixas deverão ser interligadas dentro da residência, de forma seqüencial, pela
tubulação secundária até a caixa de distribuição.

Definindo, Caixas de Distribuição, liga a rede interna de uma residência à rede externa de uma
edificação. Deve ser instalada, preferencialmente, em áreas internas e cobertas ou em halls de
serviços, se houver. Em grandes edificações, usa-se tabela adequada para determinar a posição
da(s) caixa(s) de distribuição. A caixa de distribuição deve ser aterrada de acordo com a NBR-
5410, assunto do 12º passo dessa apostila.

NONO PASSO:
Dimensionamento dos Condutores dos Circuitos

Dimensionar o condutor de um circuito é determinar a seção nominal dos condutores deste


circuito, de forma a garantir que a corrente calculada para ele possa circular pelos condutores,
por um tempo ilimitado, sem que ocorra superaquecimento. Para que isto ocorra é necessário
que os condutores atendam simultaneamente as condições estabelecidas pelos seguintes
critérios:

a) Limite de temperatura, determinado pela capacidade de condução de corrente.


b) Limite de queda de tensão.
c) Capacidade dos dispositivos de proteção contra sobrecargas.
d) Capacidade de condução da corrente de curtos-circuitos por tempo limitado.

Inicialmente, determinam-se as seções dos condutores conforme a capacidade de condução da


corrente e o limite da queda de tensão, posteriormente, quando do dimensionamento dos
dispositivos de proteção, verificam-se a capacidade dos condutores em relação às sobrecargas
e curtos-circuitos.

É necessário haver uma coordenação entre os diversos componentes de uma instalação. O


tempo de atuação dos dispositivos de proteção para eventuais sobrecargas e para os níveis
presumidos de curto-circuito deverá ser estabelecido de forma a garantir que as temperaturas
estabelecidas em norma para os condutores anteriormente dimensionados não sejam
ultrapassados.

Para se efetuar o dimensionamento dos condutores do circuito devemos fazer os seguintes


procedimentos:

16
17
1) Escolha do condutor pelo critério da capacidade de corrente

a) Escolher o tipo de condutor que será usado na instalação;

b) Corrigir o valor da corrente calculada para o circuito pelo fator de agrupamento. O


fator de agrupamento deve ser aplicado para se evitar um aquecimento excessivo nos
condutores quando se agruparem vários circuitos num mesmo eletroduto;

c) Consultar a planta com a representação gráfica dos condutores e seguir o caminho que
cada circuito percorre, observando neste trajeto qual é o maior número de circuitos que
se agrupa com ele no eletroduto;

Quadro do Fator de Agrupamento


Número do 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
o. circuito
N de circuitos
agrupados
Fator de
agrupamento
d) Consultar a tabela seguinte para se obter o valor do fator de agrupamento (f) a ser
aplicado para corrigir a corrente calculada.

Tabela dos Fatores de Agrupamento

No de circuitos agrupados 1 2 3 4 5 6

Fator de Agrupamento (f) 1,00 0,8 0,7 0,65 0,6 0,56

e) Dividir o valor da corrente de cada um dos circuitos pelo fator de agrupamento


correspondente, obtendo-se assim o valor da corrente corrigida.

Número do Corrente corrigida


N.º de circuitos agrupados Corrente (A) f
circuito (A)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

17
18
f) Transportar para a tabela a corrente corrigida e o fator de agrupamento para o quadro
de carga anexo.

2) Determinar a seção adequada para os condutores de cada um dos circuitos.

a) Use o quadro abaixo e coloque a corrente corrigida e a seção do respectivo circuito,


comparando-a com a capacidade de corrente dos condutores de cobre dados na tabela
Capacidade de condução de corrente em eletrodutos.

Circuito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Icorrigida (A)
Scondutor (mm2)

Tabela de capacidade de condução de corrente em eletrodutos

S condutor (mm2) 1 1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70


I máxima (A) 12 15,5 21 28 36 50 68 89 111 134 171

3) - Escolha do condutor pelo critério da queda de tensão.

Limites de queda de tensão


A tabela abaixo apresenta os limites de queda de tensão sugeridas pela NBR 5410 entre a
origem de uma instalação e qualquer ponto de utilização, que não deve ser superior aos valores
apresentados, obtidos em relação à tensão nominal da instalação:

Limites de queda de tensão


Outros
Instalações Iluminação
usos
A. Alimentação diretamente por um ramal de baixa tensão a
4% 4%
partir de uma rede pública de baixa tensão.
B. Alimentada diretamente por uma subestação de transformação
7% 7%
ou transformador, a partir de uma instalação de alta tensão.
C. Que possuem fonte própria. 7% 7%

Em qualquer dos casos a queda de tensão parcial nos circuitos terminais para iluminação deve
ser igual ou inferior a 2%

Devem ser utilizadas as tabelas seguintes que foram obtidas a partir da seguinte fórmula:

18
19
Onde: S – seção do condutor em mm²; ρ – resistividade do cobre (ρ = 0,017241Ωxmm²/m);
e% - queda de tensão percentual; p – potencia consumida em watts; - comprimento em
metros e U – tensão (127 v ou 220 v).

Tabela soma das potências em watts x distância em metros para tensão de 127 v

Σ Potência x distância (watts x metros)


Tensão 127 v (uma fase e um neutro)
e(%)
Condutor (mm²)
1% 2% 3% 4%
1,5 7.016 14.032 21.048 28.064
2,5 11.694 23.387 35.081 46.774
4 18.710 37.419 56.129 74.839
6 28.064 56.129 84.193 112.258
10 46.774 93.548 140.322 187.096
16 74.839 149.677 224.516 299.354
25 116.935 233.871 350.806 467.741
35 163.709 327.419 491.128 654.837
50 233.871 467.741 701.612 935.482
70 327.419 654.837 982.256 1.309.675
95 444.354 888.708 1.333.062 1.777.416
120 561.289 1.122.578 1.683.868 2.245.157
150 701.612 1.403.223 2.104.835 2.806.446

Tabela soma das potências em watts x distância em metros para tensão de 220 v

Σ Potência x distância (watts x metros)


Tensão 220 v (uma fase e um neutro)
e(%)
Condutor (mm²)
1% 2% 3% 4%
1,5 21.054 42.108 63.162 84.216
2,5 35.090 70.180 105.270 140.360
4 56.144 112.288 168.432 224.576
6 84.216 168.432 252.648 336.864
10 140.360 280.720 421.080 561.440
16 224.576 449.152 673.728 898.304
25 350.900 701.800 1.052.700 1.403.600
35 491.260 982.520 1.473.780 1.965.040
50 701.800 1.403.600 2.105.400 2.807.200
70 982.520 1.965.040 2.947.560 3.930.080
95 1.333.420 2.666.840 4.000.260 5.333.680
120 1.684.320 3.368.640 5.052.960 6.737.280
150 2.105.400 4.210.800 6.316.200 8.421.600

19
20
Observações:

Para circuitos trifásicos equilibrados, com carga em VA, também se pode utilizar essas tabelas,
desde que se multipliquem as distâncias por 0,57 ou ;

Para alimentadores bifásicos que alimentem quadros com cargas monofásicas divide-se a carga
por 2 e aplicam-se as tabelas;

Para alimentadores trifásicos que alimentem quadros com cargas monofásicas divide-se a
carga por 3 e aplicam-se as tabelas.

Seção Mínima de condutores


A NBR-5410 estabelece bitolas mínimas para os condutores de acordo com a sua utilização e
tipo de circuito:

Tipo de Circuito Seção Mínima


Forca (TUEs e TUGs) 2,5 mm2
Iluminação 1,5 mm2
Para a entrada (Energipe) 6 mm2

Comparar os valores das seções adequadas, obtidas na tabela de capacidade de condução de


corrente e nos cálculos de queda de tensão, com os valores das seções mínimas estabelecidas
pela NB-3, e escolhendo a maior delas.

Número Seção adequada pela Seção adequada pela Seção escolhida


Seção Mínima
do Tipo de circuito capacidade de queda de tensão para os condutores
(mm2)
Circuito corrente (mm²) (mm²) (mm2)

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

Os valores encontrados para a seção dos condutores devem ser transportados para o quadro de
carga e para o projeto.

20
21
Observações.

a. Normalmente, em uma instalação, todos os condutores de cada circuito monofásico ou


bifásico têm a mesma seção, entretanto a NBR-5410 permite a utilização do condutor
neutro e do condutor de proteção com seção menor que a obtida no dimensionamento
do condutor fase, nas seguintes situações:

i. Condutor neutro comum em circuitos trifásicos, onde a seção obtida no


dimensionamento for igual ou maior que 35mm2, a seção do condutor neutro
poderá ser como indicado na tabela:

Seção dos condutores (mm2) S<25 35 50 70 95

Seção do Neutro (mm2) SFASE 25 25 35 50

ii. Condutor de proteção em circuitos onde a seção obtida no


dimensionamento for igual ou maior que 25mm2, a seção do condutor de
proteção poderá ser como indicado na tabela:

Seção dos condutores (mm²) <16 16 a 35 50 70 95

Seção do Condutor de Proteção (mm²) SFASE 16 25 35 50

b. As cores dos condutores devem ser:

i. Vermelha para condutor fase


ii. Azul para condutor neutro
iii. Preta para condutor retorno
iv. Verde para condutor de proteção.

c. Todo circuito deve ter o seu neutro independente.

DÉCIMO PASSO:

Dimensionamento da proteção

A determinação do valor da corrente nominal do disjuntor é de tal forma que se garanta que os
condutores utilizados na instalação não sofram danos por aquecimento excessivo, provocado
por sobrecorrente ou curto-circuito.

1. Corrente nominal do disjuntor: é o valor padronizado por norma para a sua fabricação
escrita na placa do disjuntor. Numa instalação elétrica residencial podemos aplicar:
- Disjuntores termomagnéticos (DTMs);
- Disjuntores diferenciais ( DRs).

Desde dezembro de 1997 é obrigatório no Brasil o uso do chamado dispositivo DR


(diferencial residual) nos circuitos elétricos que atendem aos seguintes locais: banheiros,
cozinhas, copas-cozinhas,lavanderias, áreas de serviço e áreas externas. O dispositivo DR

21
22
é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade, da
ordem de centésimos de ampère, que um disjuntor comum não consegue detectar, mas que
podem ser fatais se percorrerem o corpo humano. Dessa forma, um completo e eficaz
sistema de aterramento deve conter o condutor de proteção e o dispositivo DR.

O Interruptor Diferencial tem como função principal proteger as pessoas ou o


patrimônio contra faltas à terra:

Evitando choques elétricos (proteção às pessoas)


Evitando Incêndios (proteção ao patrimônio)

O DR não substitui um disjuntor, pois ele não protege contra sobrecargas e curto-circuitos.
Para estas proteções, devem-se utilizar os disjuntores termomagnéticos em associação. A
sensibilidade do interruptor varia de 30 a 500 mA e deve ser dimensionada com cuidado,
pois existem perdas para terra inerentes à própria qualidade da instalação.

Proteção contra contato direto: 30 mA. Contato direto com partes energizadas pode
ocasionar fuga de corrente elétrica, através do corpo humano, para terra.

Proteção contra contato indireto: 100 mA a 300 mA. No caso de uma falta interna em
algum equipamento ou falha na isolação, peças de metal podem tornar-se "vivas"
(energizadas).

Proteção contra incêndio: 500 mA. Correntes para terra com este valor podem gerar
arcos / faíscas e provocar incêndios.

Princípio de funcionamento

O DR funciona com um sensor que mede as correntes que entram e saem no circuito (fig.
1). As duas são de mesmo valor, porém de direções contrárias em relação à carga. Se
chamarmos a corrente que entra na carga de +I e a que sai de -I, logo a soma das correntes
é igual a zero (fig. 2). A soma só não será igual a zero se houver corrente fluindo para a
terra (fig. 3), como no caso de um choque elétrico.

22
23
Instalação

O DR deve estar instalado em série com os disjuntores de um quadro de distribuição.


Em geral, ele é colocado depois do disjuntor principal e antes dos disjuntores de
distribuição. Para facilitar a detecção do defeito, aconselha-se proteger cada aparelho
com dispositivo diferencial. Caso isto não seja viável, deve-se separar por grupos que
possuam características semelhantes. Exemplo: circuito de tomadas, circuito de
iluminação, etc.

Recomendações

Todos os fios do circuito têm que obrigatoriamente passar pelo DR;


O fio terra (proteção) nunca poderá passar pelo interruptor diferencial;
O neutro não poderá ser aterrado após ter passado pelo interruptor;
O botão de teste para o DR de 4 pólos está entre os pólos centrais F/F (220V),
mas o DR funciona normalmente se conectado F/N (127V) nestes pólos.

2. Para se dimensionar o disjuntor de cada circuito terminal é preciso conhecer a seção


dos condutores deste circuito e o número de circuitos que estão agrupados em um
mesmo eletrodutos.

3. De posse dos dados do item anterior, consulta-se o quadro abaixo que fornecerá o valor
da corrente nominal para cada tipo de disjuntor escolhido (termomagnético ou
diferencial residual)

Quadro dos Disjuntores (circuitos terminais)

Corrente nominal (A)


Seção dos condutores
(mm2) 1 circuito por 2 ou mais circuito
eletroduto por eletroduto
1,5 15 10
2,5 20 15
4 25 20
6 35 25
10 50 40
16 60 50
25 70 70
35 100 70
50 100 100

Anotar a corrente do disjuntor escolhido no quadro de carga e no circuito unifilar, junto ao


quadro de carga.

23
24
Observação.

O disjuntor escolhido é comparado com o disjuntor encontrado em função da tabela da


corrente nominal do disjuntor e da corrente nominal dos disjuntores existentes no mercado e
deve-se adotar ou escolher o valor maior e mais próximo da corrente do circuito de
distribuição.

Dimensionamento do disjuntor do quadro de medição.


Para se dimensionar o disjuntor aplicado no quadro de medição, primeiramente é necessário
saber:
- a potência total instalada que determinou o tipo de fornecimento;
- o tipo de sistema de distribuição da companhia de eletricidade local.

De posse desses dados, consulta-se a norma de fornecimento da concessionária de energia


local para se obter a corrente nominal do disjuntor a ser empregado.

Concluído o dimensionamento da proteção, anota-se a corrente nominal dos disjuntores


encontrados na tabela, no circuito unifilar e no quadro de carga do projeto.

DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

ATERRAMENTO ELÉTRICO.

Aterramento é a ligação elétrica intencional com a


terra. Esta ligação visa propiciar um meio favorável e
seguro (de baixíssima resistência elétrica e robustez
mecânica conveniente) ao percurso de correntes
elétricas perigosas e indesejáveis. É o caso das
descargas elétricas produzidas por fenômenos
atmosféricos (raios) ou ainda por ocasião das falhas
elétricas; pode ser também por motivo de proteção ou
por exigência quanto ao funcionamento do mesmo -
NBR5410. O condutor neutro da concessionária deve
apresentar teoricamente um potencial nulo;
desbalanceamento entre as fases do transformador ou
variação no potencial do neutro pode ser solucionado
ligando o neutro ao condutor terra na entrada.

DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO E MASSA.

Inicialmente é preciso conhecer como funciona o sistema elétrico de fornecimento da


concessionária. Este fornecimento é feito por rede secundária que é alimentada por um
transformador de energia elétrica ligada a rede primária. Este transformador alimenta a rede
secundaria com três fases (A, B, C e NEUTRO COM POTENCIAL ZERO), porém devido a
24
25
grande variedade de consumidores ligados à mesma rede secundária nem sempre isto ocorre,
existem variações de potencial, portanto a concessionária exige que se instale uma haste de
aterramento no padrão de entrada, ligado ao neutro da rede a fim de se escoar para a terra
possíveis variações de potencial.

TERRA – Condutor constituído através de uma haste metálica e que, em situações normais,
não deve possuir corrente elétrica circulante. (Quando houver corrente circulante esta será
transitória e o aterramento está executando sua função principal que é desviar toda corrente à
terra).

NEUTRO – “Condutor”, fornecido pela concessionária que tem por finalidade o “retorno” da
corrente elétrica.

MASSA – Considera-se massa toda carcaça de equipamento, onde se possa fixar o condutor de
aterramento. Por norma, todos equipamentos tem um condutor terra que vem identificado pelas
letras PE e deve ser de cor amarela e verde.

Motivação

- Garantir a segurança das pessoas;


- Proteção das instalações;
- Melhoria da qualidade dos serviços;
- Estabelecimento de um referencial de tensão
Funções

- Proteger o usuário do equipamento de descargas atmosféricas, através de um caminho


alternativo para a terra;
- Descarregar cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos
para a terra;
- Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção através da corrente
desviada para o terra.

Objetivos

- Interligar eletricamente objetos condutores ou carregados, de forma a ter as menores


diferenças da potencial possíveis;
- Proporcionar um caminho de escoamento para o terra das descargas atmosféricas ou
sobretensões devidas a manobras de equipamentos;
- Diminuir valores de tensão fase-terra do sistema, fixando a tensão de isolação a valores
determinados;
- Proporcionar o escoamento para a terra da eletricidade estática gerada por
equipamentos ou por indução, evitando faiscamento.

25
26
Classificação
- Funcional:
Aterramento de um condutor vivo (neutro); quando a instalação for alimentada em
baixa tensão pela concessionária, o condutor neutro deve ser sempre aterrado na origem
da Instalação para melhoria na equalização de potenciais essencial à segurança.
- Proteção: Aterramento das massas e dos elementos condutos estranhos à instalação;
- De trabalho: Aterramento de uma parte de um circuito.

As características e a eficácia dos aterramentos devem


satisfazer às prescrições de segurança das pessoas e
funcionais da instalação. O valor da resistência de
Aterramento deve satisfazer às condições de proteção e
de funcionamento da instalação elétrica, de acordo com o
esquema de aterramento utilizado.
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional)
o aterramento deve ser único em cada local da instalação,
podem ser usados separadamente, desde que sejam
tomadas as devidas precauções.
O eletrodo de aterramento preferencial em uma
edificação é o constituído pelas armaduras de aço
embutidas no concreto das fundações das edificações.
Não devem ser usados como eletrodos de aterramento
canalizações metálicas de fornecimento de água e outros serviços, o que não exclui a ligação
equipotencial.
Quando o aterramento pelas fundações não for praticável, podem ser utilizados os eletrodos de
aterramento convencionais, levando em conta que o tipo e a profundidade dos eletrodos de
aterramento devem ser tais que as mudanças de condições do solo (grau de umidade, por
exemplo) não aumentem a resistência de aterramento dos eletrodos devido à corrosão.
s condutores de Aterramento devem obedecer às prescrições da ABNT. Sua conexão com o
eletrodo de aterramento deve ser feita com solda elétrica que garanta uma boa conexão, do
ponto de vista elétrico e mecânico. Devem ter bitola mínima, de acordo com tabelas
normalizadas pela ABNT (tabela 48 e 53 da NBR-5410).

Dimensionamento da malha de aterramento de entrada (quando houver)

A malha de aterramento de entrada deve ser composta por hastes de terra, com comprimento
mínimo de 2 metros, ou por condutor de cobre nu, seção e comprimento mínimos respectivos
de 50 mm2 e 10 metros, ambos enterrados a uma profundidade mínima de 60 cm. Podem-se
usar hastes interligadas e dispostas linearmente, de forma a diminuir a resistência da malha.
Essa malha de aterramento deve ser conectada ao condutor neutro, nos bornes de entrada do
medidor de energia elétrica, como também à massa da caixa de medição, através de um
condutor de cobre nu, com seção mínima de 10 mm2 .

Sistemas de aterramento - Simbologia:


a. Primeira letra:

26
27
- T - Ponto diretamente aterrado;
- I - Isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto
através de uma impedância;
b. Segunda letra:
- T - Massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um
ponto de alimentação;
- N - Massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (corrente alternada o
ponto aterrado é o neutro);
c. Demais letras:
- S - Funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;
- C - Funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.

Sistema TN:
Possuem um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto
através de condutores de proteção; toda a corrente de falta fase-massa é uma corrente de curto-
circuito.

Sistema TN-S:
Condutor neutro e de proteção são distintos. Notem pela figura 1 que temos o secundário de um
transformador ligado em Y. O neutro é aterrado logo na entrada, e levado até a carga.
Paralelamente, outro condutor identificado como PE é utilizado como fio terra, e é conectado à
carcaça (massa) do equipamento.

Figura 1

27
28
Sistema TN-C:

Esse sistema, o fio terra e o neutro são constituídos pelo mesmo condutor. Dessa vez, sua
identificação é PEN (e não PE, como o anterior). Podemos notar pela figura 2 que, após o
neutro ser aterrado na entrada, ele próprio é ligado ao neutro e à massa do equipamento.

Figura 2

Sistema TN-C-S:

Condutores neutro e de proteção são combinados em um único condutor em parte da


instalação.

Sistema TT:

Ponto de alimentação diretamente aterrado; massas de instalação ligadas a eletrodos de


aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação. Esse sistema é
o mais eficiente de todos. Na figura 3 vemos que o neutro é aterrado logo na entrada e segue
(como neutro) até a carga (equipamento). A massa do equipamento é aterrada com uma haste
própria, independente da haste de aterramento do neutro.

28
29
Figura 3

Sistema IT:
Não possui qualquer ponto da alimentação diretamente aterrado; massas da instalação
aterradas. Utilização restrita em instalações industriais de processo contínuo, com tensão de
alimentação igual ou superior a 380 V, instalações alimentadas por transformado de separação
com tensão primária inferior a 1000 V e em circuitos com alimentação separada, de reduzida
extensão, como em instalações hospitalares, onde a continuidade da alimentação e a segurança
dos pacientes são essenciais.

“Mas qual desses sistemas devo utilizar na prática?” Geralmente, o próprio fabricante do
equipamento especifica qual sistema é melhor para sua máquina, porém como regra geral,
devemos sempre que possível, optar pelo sistema TT em 1º lugar. Caso, por razões
operacionais e estruturais, não seja possível o sistema TT, optar pelo sistema TN-S. Somente
optar pelo sistema TN-C em último caso, isto é, quando realmente for impossível estabelecer
qualquer um dos dois sistemas anteriores.

Alertamos, no entanto, para serem seguidas as orientações da NBR-5410:

- Não usar DR quando o sistema de aterramento for o TN-C.

29
30
- No caso do uso do sistema TT, usar malha de aterramento única e, a partir dele, levar
o condutor de proteção (PE) para os pontos em que se necessita de um aterramento.
Uma resistência de 10 ohms, é um bom valor para tal malha (na ausência de medição
da resistividade do solo, adotar o valor de 300 ohms/metro).

Em qualquer caso, o condutor de proteção (PE) deve apresentar seção igual a do condutor fase
de maior seção existente no eletroduto, resguardando-se a observação (a) do oitavo passo.

DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

Dimensionamento dos Eletroduto.


Dimensionar os eletrodutos é determinar a seção nominal do eletroduto para cada trecho da
instalação. Seção Nominal do Eletroduto é o diâmetro interno do eletroduto expresso em
milímetro, padronizado pelas normas da ABNT. Os condutores não podem ocupar, em relação
ao eletroduto, uma área útil interna superior a:

- 53% no caso de um condutor


- 31% no caso de dois condutores
- 40% no caso de três ou mais condutores

Uma regra aceitável é admitir que todos os condutores, que estão no eletroduto, apresentem a
mesma seção, igual a seção do maior condutor contido no eletroduto. A seguir, consultar a
tabela abaixo que, de acordo com o tipo de eletroduto e do condutor, dará a seção nominal do
eletroduto desejado.

Nº de condutores em eletrodutos rígidos de PVC

Quantidade de condutores
Seção
nominal 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
(mm²) Diâmetro nominal dos eletrodutos em mm, conforme NBR 6150
1,5 16 16 16 16 16 20 20 20 20 20
2,5 16 16 20 20 20 20 25 25 25 25
4 16 20 20 25 25 25 25 25 32 32
6 20 20 25 25 25 32 32 32 32 32
10 20 25 25 32 32 32 40 40 40 40
16 25 32 32 32 40 40 40 40 40 40
25 32 32 40 40 40 50 50 60 60 60
35 32 40 40 50 50 60 60 60 60 75
50 40 40 50 60 60 60 75 75 75 75
70 40 50 60 60 75 75 75 75 85 85
95 60 60 75 75 75 85 85 85 - -
120 60 75 75 85 85 - - - - -
150 75 75 85 85 - - - - - -

30
31
Exemplo: Dimensionar a seção nominal de um eletroduto de PVC rígido que terá em seu
interior dois condutores de 1,5 mm2, dois de 2,5 mm2 , e três de 4 mm2 . Na tabela acima,
para sete condutores de 4 mm2 , tem-se como a seção nominal escolhido o eletroduto é de 25
mm.

Anota-se este diâmetro no projeto da seguinte forma: 20 mm

Observações:
a) A altura dos eletrodutos deve ser menor do que o concreto da laje. Quando ocorrer do
tamanho do eletroduto ser maior ou igual ao concreto da laje, deve-se dividir em dois os
eletrodutos e fazer nova consulta a tabela.

b) O eletroduto é classificado em
- Eletroduto rígido é o eletroduto que não pode ser curvado, a não ser com forte ajuda
mecânica;
- Eletroduto curvável, é o eletroduto que pode ser curvado com a mão, porém se usando
uma força razoável;
- Eletroduto transversalmente elástico, pode ser curvado facilmente, com a mão, por
certo tempo, mas, cessada a forca, retorna à sua posição inicial;
- Eletroduto flexível, facilmente curvável, sendo destinado a ser freqüentemente,
dobrado em serviço.
c)
Podem ser utilizados eletrodutos rígidos, curváveis ou transversalmente elásticos, em
instalações embutidas. neste caso, os eletrodutos transversalmente elásticos devem atender
as especificações de fabricação existentes nas normas brasileiras.

DÉCIMO TERCEIRO PASSO:


Especificações dos componentes e quantitativos

Neste passo faremos a contagem do material a ser adquirido pelo proprietário da obra. A
descrição correta de cada item colabora com a boa execução da obra.

Ao descrevermos um equipamento ou acessório devemos ter o cuidado de não possibilitar


duplas interpretações. A descrição deve ser ao mesmo tempo clara, precisa e sucinta. Deve ser
mencionado a classe de tensão e a corrente nominal de cada equipamento ou acessório
descrito. Quando se tratar de um equipamento ou instalação não convencional ou complexa,
deve ser elaborado um documento mais minucioso para descrevê-lo (o memorial descritivo do
equipamento ou da instalação).

O quantitativo deve ser elaborado a partir da planta de instalações e dos documentos


complementares, para que "não seja deixado passar nada", de modo que a lista dos materiais
não fique incompleta.

Relacionar e quantificar todo o material necessário para a instalação do projeto.

- Condutores: descriminar pela seção, pelo seu isolamento e o tipo do condutor (fase,
neutro, retorno ou proteção);
- Interruptores: descriminar quantas seções ele possui, a capacidade de condução da
corrente e a tensão de isolamento;

31
32
- Tomadas: descriminar quanto a tensão de isolamento, a capacidade de condução da
corrente e quantos pinos ela possui;
- Disjuntores: descrimine pela quantidade de fase, capacidade de condução da corrente,
tipo e a tensão de isolamento;
- Eletrodutos: descrimine quanto ao tipo do material, diâmetro e o tipo de conexão;
- Fazer o levantamento dos custos do material e mão de obra para a instalação do
projeto;
- Pode ser utilizado a tabela abaixo como modelo de levantamento de custos:

Nº Preço Preço total


Especificação Quant.
item unitário (R$)
1 (R$)
2
3
4
5
6
7
8
9
10

Total

DÉCIMO QUARTO PASSO:


Memoriais técnicos descritivos e parâmetros de projeto
Deverá ser elaborado pelo projetista com a finalidade de esclarecer todos os passos tomados
para a solução final do projeto e para a sua correta execução. Complementa os demais
documentos como plantas e diagramas. No caso de equipamentos e/ou instalações não
convencionais ou complexos, deverá ser elaborado um memorial descritivo específico para os
mesmos.

DÉCIMO QUINTO PASSO

Documentos complementares
Para complementar os documentos, devemos fazer constar na planta baixa, os detalhes de
entrada e de montagens especiais, a planta de situação, legenda (simbologia utilizada na
planta), diagrama unifilar geral e trifilar dos QDLs, tabela resumo das cargas e o demonstrativo
do cálculo da demanda.

32
33
O projeto deve ser acompanhado pela sua ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)
assinada por um técnico em Eletrotécnica ou um Engenheiro Eletricista, registrado junto ao
CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e a solicitação de
aprovação junto à concessionária de energia elétrica local.

Após a execução da obra, os desenhos deverão ser corrigidos de acordo com o construído e
este documento também deverá fazer parte da documentação referente ao projeto.

Para locais (residências, pequenos estabelecimentos comerciais, etc...) utilizados


predominantemente por pessoas leigas em termos de eletricidade, deverá ser elaborado um
manual do usuário que contenha, no mínimo, em linguagem acessível essas pessoas:

a) Esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com a indicação e finalidade dos circuitos


terminais e dos pontos alimentados;
b) Potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal existente;
c) Potências máximas previstas nos eventuais circuitos de reserva;
d) Recomendação explícita para que não sejam trocados, por outros com características
diferentes, os dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s).

Bibliografia

1. Creder, H. Instalações Elétricas


2. Cadernos Técnicos da CESP/ Pirelli Cabos S.A.
3. NBR 5410/2004

33
QUADRO DE CARGA

(nominal)

escolhida
corrigida

(A,B,C)
Circuito Potência Proteção

Tensão

(mm²)
Seção

Fase
(V)

(A)

(A)
In

In
Local Total f
Nº. Tipo (VA) Tipo
nº. In
pólos (A)

Quadro de
distribuição
Quadro de
medição

Potrebbero piacerti anche