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Índice
1Crença multicultural
2O Diabo em Diferentes Religiões
o 2.1Judaísmo
o 2.2Cristianismo
2.2.1Catolicismo
2.2.2Cristadelfianos
2.2.3Espiritismo
o 2.3Islamismo
o 2.4Neo-satanismo
3Figuras semelhantes em outras religiões
o 3.1Wicca
o 3.2Budismo
o 3.3Zoroastrismo
4Referências
5Bibliografia
6Ver também
7Ligações externas
Crença multicultural
São muitos os nomes, as características e os poderes atribuídos ao Diabo - o
príncipe das trevas - na cultura ocidental. Na verdade, o Diabo é o resultado da
fusão de muitas crenças de diversas entidades e de diferentes culturas.
Aparece na Bíblia Sagrada como sendo a serpente (tal referência só aparece a
partir do Livro primeiro de Reis, remontando época posterior ao exílio da
Babilônia) que seduziu Eva e Adão no paraíso, levando-os a comerem do fruto
da árvore do conhecimento do bem e do mal; ou quando da agonia
de Cristo no deserto, o Diabo aparece tentando-o, oferecendo-lhe o mundo
como recompensa para que Jesus abandone o plano de Deus para sua vida.
Da mitologia grega, ele é herdeiro direto de Hades, o Deus do mundo dos
mortos, local para onde as almas dos condenados eram enviadas, após
pagarem ao barqueiro Caronte; para entrar na morada de Hades era preciso
passar por Cérbero, o cão de três cabeças que guardava os portais do Tártaro.
Já o tridente ele herdou de Netuno, o Deus dos mares; os pés de bode eram
de Pã. A aparência hedionda de Lúcifer só veio se concretizar a partir do fim
do Império Romano (476 d. c.), quando a Igreja Católica passou a ocupar o
vazio de poder deixado pela queda de Roma.
A Europa se via mergulhada nas invasões bárbaras, sem contar com um poder
sólido para garantir a ordem social. Era preciso demonizar as crenças pagãs,
para que a religião cristã se prestasse como nova ferramenta de poder e de
controle sobre os diversos povos que viviam dentro das fronteiras do decaído
império Romano; fornecendo uma base de cultura comum para um mundo
extremamente diverso e conflitivo.
Para manter seu domínio sobre estas populações, durante a "Idade das
Trevas" a igreja resolveu personificar "a encarnação do mal"; passou então a
representar em Lúcifer toda a maldade, os vícios, os pecados e os sofrimentos
do mundo; e também a figura de um "Demônio malévolo", comandante de uma
legião de outras criaturas das trevas em luta eterna contra Deus, os santos e
os anjos, para "corromper a humanidade", carregando-a para a perdição do
pecado, afastando-a da "verdadeira Igreja de Cristo".
Isso tudo veio se prestar perfeitamente para dar consistência para o projeto de
poder de uma igreja que ambicionava reerguer o Antigo Império Romano e
unificar a fé e as crenças por todo o mundo. Pode-se mesmo dizer que o
Demônio seria uma espécie de oposto de Cristo; o seu inverso; a encarnação
da maldade e da vilania. Dante Alighieri escreve "A Divina Comédia", livro em
que a alma do poeta percorre os Céus e os infernos. A crença em Deus era
alimentada pelo temor nas forças das trevas; o Diabo passou a ser visto
em Hereges (dissidentes de fé diversa), bruxas, cientistas, judeus (por
receberem a culpa da prisão e condenação de Cristo, e por negarem que este
seria o "Messias" anunciado no velho testamento, os judeus sempre foram
perseguidos e associados ao Diabo) e, mais tarde, ciganos.
Acreditava-se que o mundo estaria próximo do fim, e que o Anticristo estaria
reinando na Terra; bruxas, lobisomens, vampiros, assombrações, hereges,
cientistas (como Copérnico e Giordano Bruno) eram todos considerados
adoradores do Diabo e agentes da danação a serviço da corrupção da
humanidade. Como acreditava-se na época que o Papa "falava por Deus",
os protestantes também foram associados ao Diabo, por desobedecerem
ao pontífice. A pretexto de defender Jesus Cristo e a sua "Verdadeira Igreja",
muitos governos instituíram o Tribunal da Santa Inquisição, quando as bruxas e
os hereges eram presos, torturados e julgados por crimes contra a cristandade.
Acreditava-se que com isso o "reinado do Anticristo" estaria sendo combatido
(o próprio Napoleão Bonaparte foi tomado como sendo a "encarnação do Anti-
Cristo" na terra, para a maioria de seus inimigos). Às luzes do Renascimento e
do Iluminismo, com o advento da ciência clássica e
da economia de mercado só vieram radicalizar os extremismos. Cresce a
superstição de que, para cada criatura humana viva na terra, o Diabo havia
designado um "Demônio tentador" para garantir que aquela alma se perdesse
nos descaminhos da maldade; já Deus, em sua infinita bondade, teria
designado um "anjo da Guarda" responsável para tentar levar a alma deste
vivente para o "caminho do Bem".
Acreditava-se que desde o início da criação dos tempos o mundo
testemunhava esta luta eterna entre Deus e o Diabo pelas almas dos humanos.
Esta luta eterna entre Deus e o Diabo surge a partir da lenda da rebelião de
anjos contra a autoridade de Deus-pai, quando Lúcifer, o anjo decaído, lidera
uma legião de anjos, arcanjos e querubins numa tentativa frustrada de
literalmente "tomar o poder no Paraíso". Derrotado por Deus e pelos anjos e
arcanjos que lhe permaneceram fiéis, Lúcifer teria sido banido por Deus para
todo o sempre para morar no submundo dos infernos, local sombrio e terrível.
Teria sido neste momento que Deus teria punido seu "Anjo de Luz" (este é o
significado da palavra Lúcifer) deformando seu corpo e seu rosto, tornando-o
uma criatura abominável e repugnante (antes o Arcanjo lúcifer, segundo esta
crença, era um rapaz belíssimo). Diz a lenda que quando Deus estava
lançando Lúcifer aos infernos este teria dito: "É melhor reinar no inferno do que
servir no paraíso!".
Com a descoberta das Américas por Cristóvão Colombo, duas visões se
cristalizaram: a primeira dizia que o Novo Mundo era o reino do Anti-cristo na
terra; o Diabo estaria dominando os índios e habitando suas almas e corpos; a
outra dizia que este continente era o "o Paraíso perdido", local onde Deus teria
colocado o primeiro homem e a primeira mulher para viverem em felicidade
eterna, antes do pecado original. Foi aí que o Diabo ganhou contornos nativos,
sendo Maíra, Anhanguera, ou qualquer entidade indígena interpretada como o
Diabo. Com a escravidão dos negros, logo a Igreja (a serviço da coroa) e os
senhores brancos se apressaram em associar a figura do Diabo às
divindades africanas. O Diabo ganhou uma aparência africanizada (tornando-
se um homem negro enorme, numa referência preconceituosa à raça negra em
geral), passou a ser chamado também de Exu,[5] Tranca-Rua e outras
definições afins, também como consequência, religiões de extração africana,
tais como o Candomblé e a Umbanda, no Brasil, também começaram sofrer um
tipo de intolerância e/ou preconceito por parte da população cristã do país,
especialmente dos protestantes, ao ponto de muitas vezes essas religiões
serem até mesmo erroneamente vistas como estando associadas
ao satanismo ou à magia negra, o que também perdura até os dias de hoje.
Referências
1. ↑ Online Etymology Dictionary.
2. ↑ Battisti 2006, p. 198.
3. ↑ Livro de Ezequiel 28, 14
4. ↑ Livro de Isaías 14, 12-15
5. ↑ «Porque o Eshu-Elegba (africano) foi associado ao
Diabo?». Consultado em 21 de janeiro de 2008. Arquivado
do original em 6 de março de 2008
6. ↑ Predefinição:Bibleref
7. ↑ Predefinição:Bibleref
8. ↑ Glustrom 1989, pp. 22–24.
9. ↑ Bamberger, Bernard J. (2006). Fallen angels : soldiers of
satan's realm 1. paperback ed. Philadelphia, Pa.: Jewish
Publ. Soc. of America. p. 148,149. ISBN 0827607970
10. ↑ Based on the Jewish exegesis of 1 Samuel 29:4 and 1
Kings 5:18 – Oxford dictionary of the Jewish religion, 2011,
p. 651
11. ↑ Erro de citação: Código <ref> inválido;
não foi fornecido texto para as refs de
nome Jackson,2
12. ↑ Glustrom 1989, p. 24.
13. ↑ «Satan». Jewish Encyclopedia. Consultado em 14 de
março de 2017
14. ↑ Robert Eisen Associate Professor of Religious Studies
George Washington University The Book of Job in Medieval
Jewish Philosophy 2004 p120 "Moreover, Zerahfiiah gives
us insight into the parallel between the Garden of Eden story
and the Job story alluded to ... both Satan and Job's wife
are metaphors for the evil inclination, a motif Zerahfiiah
seems to identify with the imagination."
15. ↑ Ronald L. Eisenberg Dictionary of Jewish Terms: A Guide
to the Language of JudaismTaylor Trade Publications
2011 ISBN 978-1-589-79729-1 page 356
16. ↑ MJL Staff. «Do Jews Believe in Satan?: In Jewish texts,
the devil is sometimes an adversary and sometimes an
embodiment of evil.». My Jewish Learning
17. ↑ «Berakhot 45a: The William Davidson
Talmud». Sefaria.org
18. ↑ Newman, Yona (1999–2009), «Part 1 Kitzur Shulchan
Aruch Linear Translation: The Laws of finger washing and
the blessings after the meal», yonanewman.org, consultado
em 20 de janeiro de 2018, arquivado do original em 18 de
maio de 2016
19. ↑ O diabo e Satanás pdf
20. ↑ Alcorão 7:12
21. ↑ See, for instance, SN 4.25, entitled, "Māra's Daughters"
(Bodhi, 2000, pp. 217-20), as well as Sn 835 (Saddhatissa,
1998, page 98). In each of these texts, Mara's daughters
(Māradhītā) are personified by sensual Craving (taṇhā),
Aversion (arati) and Passion (rāga).
22. ↑ Mara-the god of death
Bibliografia
Battisti, Elisa; Zanotto, Normelio (2006). Dicionário
de Italianismos. Caxias do Sul: Editora da
Universidade de Caxias do Sul
Ver também
Bíblia Satânica
Demônio
Demonologia
Mitologia cristã
Ligações externas
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Artigo - Trítono: o verdadeiro "Diabo na música" e
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