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EDITORIAL

9º Colegiado do CFFa
Gestão abril/2007 a abril/2010
Conselheiros Regionais,
DIRETORIA EXECUTIVA
Maria do Carmo Coimbra de Almeida - Presidente, Ana Claudia Miguel
Ferigotti - Vice Presidente, Silvia Maria Ramos - Diretora Secretária e Maria
Aurea Caldas Souto - Diretora Tesoureira
prezados parceiros
CONSELHEIROS EFETIVOS
Ana Claudia Miguel Ferigotti, Charleston Teixeira Palmeira, Isabela de
Almeida Poli, Leila Coelho Nagib, Márcia Tiveron de Souza, Maria Aurea
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Caldas Souto, Maria do Carmo Coimbra de Almeida, Marlene Canarim
Danesi, Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida e Silvia Maria Ramos Não é motivo para não querê-las...
CONSELHEIROS SUPLENTES Que tristes os caminhos, se não fora
Ana Claudia de Araújo Hein Rodrigues, Ana Luzia dos Santos Vieira, Claudia
Regina Charles Taccolini, Daniele Andrade da Cunha, Denise Terçariol
Lia Maria Brasil de Souza, Luciana Ulhôa Guedes, Maria Carla Pinto
A presença distante das estrelas!
Gonçalves, Maria Teresa Pereira Cavalheiro e Marilea Fontana
COMISSÕES
COMISSÃO DO MERCOSUL
DAS UTOPIAS – Mario Quintana
Marlene Canarim Danesi – Presidente, Maria do Carmo Coimbra de Almeida,
Silvia Maria Ramos, Maria Aurea Caldas Souto, Denise Terçariol, Marilea

C
Fontana e Ana Luzia dos Santos Vieira
COMISSÃO PERMANENTE DE ÉTICA
Leila Coelho Nagib – Presidente, Márcia Tiveron de Souza e Maria Aurea
omeçando a trilhar o caminho da nossa gestão, nada mais prazeroso do que co-
Caldas Souto nhecer nossos colegas conselheiros regionais, para que juntos honremos nossos
COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO compromissos. O principal deles, trabalharmos em prol do crescimento da nossa
Charleston Teixeira Palmeira – Presidente, Isabela de Almeida Poli, Leila
Coelho Nagib, Silvia Maria Ramos e Ana Lúcia Rodrigues Torres
profissão.
COMISSÃO PERMANENTE DE TOMADA DE CONTAS
Assim estamos caminhando. Assim estamos nos conhecendo e criando laços
Isabela de Almeida Poli – Presidente, Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida, profícuos. Assim começamos. Assim:
Leila Coelho Nagib e Maria Carla Pinto Gonçalves
Na primeira visita, o encontro com a conterrânea mineira, a conselheira Luciana, que
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO e COMUNICAÇÃO VIRTUAL
Silvia Maria Ramos – Presidente, Maria do Carmo Coimbra de Almeida me conduziu à sala do pleno, onde fui surpreendida com a receptividade das colegas da 6ª
Charleston Teixeira Palmeira, Isabela de Almeida Poli Região, especialmente pela presidente Claudia Basbaum. Café matutino à parte, percebemos
Marlene Canarim Danesi, Ana Claudia de Araújo Hein Rodrigues, Ana
Luzia dos Santos Vieira, Marilea Fontana, Lia Maria Brasil de Souza, Daniele que os assuntos de interesse comum estavam pautados naquela plenária: planejamentos
Andrade da Cunha e Luciana Ulhôa Guedes estratégicos sobre educação, divulgação, otimização na comunicação com a população e a
COMISSÃO DE ANÁLISE DE TÍTULO DE ESPECIALISTA
E CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO - CATECE
classe fonoaudiológica, sempre visando o trabalho em parceria.
Ana Claudia Miguel Ferigotti – Presidente, Maria Aurea Caldas Souto , Maria De Minas para o Sul, fui recebida pela nossa colega conselheira Marlene, representante
do Carmo Coimbra de Almeida, Silvia Maria Ramos, Charleston Teixeira
Palmeira, Lia Maria Brasil de Souza e Daniele Andrade da Cunha
da 7ª Região. Lá estavam os simpáticos colegas gaúchos, representados pelo presidente Már-
COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO e LEIS E NORMAS
cio. Sede aconchegante, senti logo! Entre os importantes assuntos de pauta, estava a propos-
Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida – Presidente, Maria Aurea Caldas ta de revisão do formato de instrumentos utilizados para a comunicação junto aos Conselhos
Souto, Isabela de Almeida Poli, Ana Claudia Miguel Ferigotti, Márcia Tiveron
de Souza, Leila Coelho Nagib, Lia Maria Brasil de Souza, Marilea Fontana, Regionais e a classe fonoaudiológica. Importantíssima preocupação dos nossos colegas do
Claudia Regina Charles Taccolini e Maria Carla Pinto Gonçalves sul. Lanche gaúcho vespertino à parte, encerramos a reunião otimistas com o desejo de con-
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO - CEDUC quistar nossos projetos.
Maria Aurea Caldas Souto – Presidente, Silvia Maria Ramos, Leila Coelho
Nagib, Maria do Carmo Coimbra de Almeida, Ana Claudia de Araújo Hein Vamos em frente, encontrar com os cariocas da 1ª Região, representados pela presidente
Rodrigues, Maria Teresa Pereira Cavalheiro, Denise Terçariol, Marilea Fontana
e Luciana Ulhôa Guedes
Lúcia Helena, com motivo de sobra para se sentirem felizes com a maravilha do mundo - o Re-
COMISSÃO DE SAÚDE
dentor, que lindo-! Com a conselheira Isabela, lá nos encontramos com efetivos e suplentes,
Márcia Tiveron de Souza – Presidente, Sandra Maria Vieira Tristão de em uma reunião em que fazia gosto ver a explanação do trabalho que todos estão realizando.
Almeida, Isabela de Almeida Poli, Ana Claudia Miguel Ferigotti, Marlene
Canarim Danesi, Claudia Regina Charles Taccolini, Maria Teresa Pereira
Assunto de destaque: atividades programadas para as campanhas deste ano, por sinal, de
Cavalheiro, Denise Terçariol, Ana Luzia dos Santos Vieira, Maria Carla Pinto primeiríssima qualidade. O Rio de Janeiro faz história.
Gonçalves e Luciana Ulhôa Guedes
E o que poderemos esperar dos nordestinos, senão aquela receptividade? Com o colega
JORNAL DO CFFa Charleston, percebi o trabalho incansável dos colegas da 8ª. Região. Palavras da presidente
Redação Hyrana: “A principal bandeira do CRFa 8a Região é trazer o fonoaudiólogo mais para perto
Elisiario E. do Couto (MTE 8.226) do Conselho, orientando mais e punindo menos”. Brilhante colocação! A nova era exige de
Insert Consultores em Comunicação Ltda.
Tel. (11) 5524-8762 nós aproximação, liberdade de expressão e competência. Esta tríade é vista naquele pequeno
e-mail: insert21@uol.com.br grandioso Regional. Um lanche matinal inconfundível, café com afeto.
Diagramação
Extrema Comunicação Neste primeiro percurso, fechamos com a 4ª Região. Visita lá em Recife, representado
Impressão pela presidente Bianca, que nos recepcionou com as seguintes palavras: “Agradecemos a visi-
Tipografia Brasil e Editora Ltda.
ta da presidente e da conselheira Áurea, ressalvando que a parceria CFFa-CRFa facilitará o bom
Tiragem:
31.000 exemplares relacionamento entre os membros integrantes dos Conselhos”. Para início de uma proveitosa
Para anunciar reunião, feliz pronunciamento da colega Bianca. Entre tantos anseios, a criação da Intranet
Tel. (11) 5524-8762
e-mail:insert21@uol.com.br entre conselheiros. Tivemos também o prazer de receber os representantes do sindicato, os
fonoaudiólogos Cleiton Miguel e Wagner Teobaldo. Sejam sempre bem-vindos !
Como entrar em contato com o Jornal do CFFa: Integração entre nós e a população, agilidade no processo, liberdade de expressão, co-
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Bloco E, salas 624/630 municação... é assim que se faz FONOAUDIOLOGIA .
CEP 70340-902 – Brasília, DF Bem, no segundo momento, estaremos encontrando os colegas das 2ª, 3ª e 5ª Regiões
Fones (61) 3322-3332/3321-5081/3321-7258
Fax (61) 3321-3946 que, sem dúvida, estão com tantos planos quanto todos nós que já nos encontramos.
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Até lá !

2 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 3


possibilidades de amamentar; auxílio, nos profissionais, como “aconselhamento”, “teoria muito reduzida e não está prevista na portaria
consultórios, de pega e avaliação de sucção síncrono-ativa”, “atuação materno-infantil”, da IHAC. Por outro lado, encontramos atual-
do recém-nascido para efetivar o aleitamento “humanização do nascimento”, “prejuízos de mente alguns fonoaudiólogos participando
materno; estudos de alternativas de alimenta- bicos artificiais”, entre outros. tão ativamente desse processo da IHAC, que
ção e ações terapêuticas para promover quali- Ana Paula hoje atua no Hospital Materni- coordenam Bancos de Leite e Comissões de
dade de vida (como o método Mãe Canguru); dade Carmela Dutra, da Secretaria Municipal Aleitamento Materno, sendo responsáveis
orientações focais quando identificada a de Saúde do Rio de Janeiro, no incentivo e no pelas ações de promoção e capacitação de
dificuldade na amamentação; e acompanha- auxílio ao estabelecimento do aleitamento toda equipe de saúde em amamentação”.
mento do aleitamento materno nas diferentes materno no Alojamento Conjunto e na Sala Luciana Wolff Garcez concorda. “Esta é
faixas etárias de zero a dois anos em ambula- de Amamentação, que atende as nutrizes uma área que em que a Fonoaudiologia tem
tórios de amamentação”. e bebês após a alta hospitalar. É também muito a colaborar. Para isso, precisamos estar
Para Maria Teresa e Andréa, estas práticas coordenadora da Sala de Amamentação do inseridos no ambiente hospitalar, mas há
contribuirão decisivamente para alcançar a Cecost - Furnas e também consultora em alei- pouquíssimos fonoaudiólogos em hospitais.
Meta de Desenvolvimento do Quarto Milênio, tamento materno pelo International Board of Sabemos que a intervenção adequada deve
que é o de reduzir em dois terços a mortalidade Lactation Consultant Examiners. Um projeto acontecer desde as primeiras horas de vida do
de crianças menores de cinco anos até 2015. seu permitiu a implantação de uma Sala de bebê. O trabalho deve acontecer não só com a
No Brasil, elas citam as políticas públicas de Amamentação no Centro Comunitário de dia-a-dia da mãe e do bebê mas também com
saúde, como a Iniciativa Hospital Amigo da Vila Santa Tereza, bairro carente localizado no a equipe do berçário, principalmente quando
Criança (IHAC), que busca mobilizar profis- município de Belford Roxo, na baixada flumi- se trata de bebês ou mães com algum tipo de
sionais de saúde das maternidades para a nense, com o objetivo principal de incentivar, dificuldade”.
idealização e promoção de condutas e rotinas promover e facilitar o estabelecimento do Apesar da recomendação da portaria
de promoção da amamentação e o Método aleitamento materno naquela comunidade, 693 do Ministério da Saúde, em relação a
Goiânia Canguru, que favorecerão alcançar essa meta. favorecendo melhores condições de saúde à Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de
população infantil. Baixo Peso - Método Mãe Canguru, a par-
Busca de informações... A fono-
Aleitamento materno audióloga Luciana Wolff Garcez atua com
“Em um ano de funcionamento, a Sala
de Amamentação de Vila Santa Tereza pro-
ticipação do fonoaudiólogo ainda é pouco
efetiva. Maria Teresa e Andréa acreditam –
aleitamento materno há cerca de 10 anos, moveu encontros de orientação a mais de 80 transmitindo os resultados finais, construídos

Participação do
em bebês com fissura labiopalatina. Em Ta- gestantes e realizou aproximadamente 200 coletivamente em um fórum realizado entre
quara, no interior do Rio Grande do Sul, ela de- consultas de amamentação a mulheres com 2000 e 2002 que estudou a implantação do
senvolveu sua monografia, de especialização bebês de idade entre zero e seis meses, dimi- Método Canguru no Estado de São Paulo e
em motricidade oral, sobre as possibilidades e nuindo amplamente os índices de desmame que envolveu fonoaudiólogos da Secretaria
limites da atuação fonoaudiológica em berçá- precoce e utilização de fórmulas artificiais, estadual de Saúde de São Paulo em municí-

fonoaudiólogo fortalece
rios. Ela foi complementada no mestrado com o que gerou um impacto extremamente po- pios paulistas e em instituições filantrópicas
pesquisa sobre a prática do aleitamento mater- sitivo na qualidade da saúde dos bebês e na - que isso ocorre devido ao número de profis-
no em crianças nascidas com fissura labiopa- renda familiar, ampliando os benefícios para a sionais nos hospitais ser geralmente reduzido,
latina na cidade de Porto Alegre. Atualmente toda a família”, lembra Ana Paula. atendendo a diversos setores, de acordo com
Luciana trabalha no Hospital Nossa Senhora da Também na baixada fluminense, mas a solicitação da equipe.

relação mãe-bebê Conceição, da rede pública, e em consultório


particular, em Porto Alegre (RS).
Em uma perspectiva de saúde coletiva,
Luciana ainda nota muita falta de informação
em São João do Meriti (RJ), Maria Aparecida
Abreu é fonoaudióloga da Coordenadoria
de Programas de Saúde Comunitária da
Secretaria Municipal de Saúde do município
“Desta forma – concluiu esse estudo
- existe uma dificuldade em sistematizar uma
rotina diária e permanecer na unidade neona-
tal favorecendo um trabalho intervencionista,
sobre a importância do aleitamento materno. e apresenta seu depoimento. “Hoje, após focado na reabilitação dos bebês de maior ris-

O
que é mais adequado para um tanto o crescimento físico como o mental dos fatores importantes em relação à atuação “Faltam ações de impacto, de promoção... diversas campanhas de aleitamento materno co, muitas vezes sem a condição de manter-se
bebê quanto à necessidade de adequados. Para as mães, a regressão do útero prática fonoaudiológica na amamentação As mães até ouvem que é importante ama- realizadas, muitas gestantes e nutrizes pro- uma continuidade diária no atendimento às
nutrientes como água, gordura, é mais rápida, previne câncer de ovário, útero refere-se à avaliação e intervenção motora mentar, mas não têm conhecimento real curam orientações junto aos profissionais da famílias, bem como no atendimento às mães/
proteínas e vitaminas? O que e mamas e diminui o risco de hemorragia e de oral na amamentação, para reverter padrões das razões, da verdadeira necessidade e Fonoaudiologia. Gostaríamos que, em um bebês do alojamento conjunto e em ações
fornece anticorpos para proteger anemia pós-parto”. funcionais possíveis de serem modificados, importância. Isso se aplica principalmente ao futuro breve, pudéssemos ter salas de ama- mais voltadas para a prevenção e promoção
os bebês de diversas doenças? O que dá imuni- O Fundo das Nações Unidas para a Infân- evitando-se o desmame precoce”. Maria Teresa Aleitamento Materno Exclusivo (AME), que mentação, bancos de leite humano e fonoau- da saúde”.
dade para a criança, prevenindo-a de diarréia, cia (Unicef) estima que o aleitamento materno Cera Sanches é mestre e doutora em Saúde não é tão valorizado. Fico impressionada com diólogos nas equipes dos PSFs, para aprimo- A recomendação desse estudo é de que
otite, pneumonia e alergias? E ainda está inter- exclusivo e até o sexto mês de vida pode evitar, Pública pela Faculdade de Saúde Publica da a quantidade de mães que ainda oferecem rarmos ainda mais o acolhimento mãe-bebê e haja a contratação do fonoaudiólogo nas
ligado com seu desenvolvimento crânio-facial? por ano, 1,3 milhão de mortes de crianças com USP e trabalha como pesquisadora no Núcleo leites artificiais ou chás nos primeiros meses, diminuir o risco de desmame precoce”. maternidades, com a permanência do profis-
O que aproxima o bebê da mãe, ao fortalecer a menos de cinco anos em todo o mundo. de Práticas em Saúde do Instituto de Saúde da pela crença de que seu leite não é suficiente. sional por, no mínimo, quatro a seis horas por
união familiar e desenvolver aspectos emocio- Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. A Se houvesse atenção maior durante o pré- Processo de inserção. Apesar da dia na Unidade de Neonatologia, oferecendo
nais? O que traz alegria, tranqüilidade e intera- Gama de atuação. “O aleitamento for- fonoaudióloga Andréa dos Santos é responsá- natal, talvez essas mães tivessem suas dúvidas inserção da Fonoaudiologia na Saúde Públi- subsídios às mães para o manejo e manu-
tividade para a criança? E também proporciona nece nutrientes, calor e carinho essenciais na vel pela Unidade Neonatal do Hospital Geral de esclarecidas e, sobretudo, teriam maior cons- ca desde a década de 80 e a ampliação da tenção da lactação e encaminhando-as para
melhoras no desenvolvimento psicológico, de primeira hora pós-parto”, defende Lilian. “Isso Itapecerica da Serra/ SP. ciência sobre a importância de amamentar”. atuação desse profissional após a instituição outros especialistas, se necessário, e ainda
aprendizado e acuidade visual do bebê? acaba sendo o diferencial. A observação da A atuação fonoaudiológica se dá tam- A fonoaudióloga Ana Paula Viana, do Rio do Sistema Único de Saúde, em 1988, as garantir a sua participação no pré-natal e nos
A resposta é idêntica para todas as ques- pega e sucção do recém-nascido nesta primei- bém no apoio à população, com a transmis- de Janeiro (RJ) teve seu primeiro contato com fonoaudióloga Maria Tereza e Andréa lem- ambulatórios de seguimento.
tões: aleitamento materno, aponta a fono- ra hora poderá resultar na detecção precoce são de informações acessíveis para resolver estas questões em janeiro de 1999, quando bram que os primeiros registros da atuação Embora também reconheça que a Fo-
audióloga Lilian Cristina Crotrim, em material de problemas, os quais poderão acarretar um seus problemas, prevenir e tratar as eventuais participou da cerimônia de entrega do título do fonoaudiólogo em Hospitais Amigos noaudiologia vem conseguindo inserção nos
divulgado pelo CRFa - 2ª Região. “No entanto, aleitamento materno inadequado”. intercorrências da lactação. A fonoaudiólo- de Hospital Amigo da Criança para o Hospital da Criança, no SUS, somente surgiram no aspectos pertinentes ao aleitamento mater-
apesar dos inúmeros benefícios, muitas mães As fonoaudiólogas Maria Teresa Cera San- ga Lilian Cotrim mostra alguns exemplos. Maternidade Oswaldo Nazareth (que na época início da década de 90. “Até os dias de hoje a no, com profissionais requisitados para o
não possuem informações claras sobre ama- ches e Andréa dos Santos destacam a atuação “Começa pela atuação em bancos de leite, se chamava Maternidade Praça XV). Ali tomou atuação do fonoaudiólogo como integrante trabalho com os bebês de alto risco e, depois,
mentação. A nutrição adequada nos primeiros fonoaudiológica em um documento prepara- para favorecer a estocagem e a substituição contato com termos que, nos anos seguintes, diário na rotina dos hospitais maternidades, também no Alojamento Conjunto, a fonoau-
anos de vida previne doenças e possibilita do especialmente para o Jornal do CFFa. “Um de leite a bebês com mães ausentes ou sem iriam permear toda sua conduta e experiência compondo a equipe interdisciplinar, ainda é dióloga Erissandra Gomes, de Porto Alegre

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(RS), acredita que a atuação deva ir além. “Os de ensino muito voltada para ações curativas, Aleitamento Materno
fonoaudiólogos devem enfatizar a prevenção com foco no atendimento hospitalar e forma-
e a promoção da saúde, saindo da questão
basicamente clínica e tentando a inserção nas
equipes de pré-natal, nos grupos de gestan-
ção de especialistas, inclusive o de Fonoaudio-
logia, com pouca atuação na atenção básica,
com o desconhecimento dos problemas reais
Fonoaudiólogos participm
tes, atuando de forma multi/interdisciplinar
nas Unidades Básicas de Saúde. Dessa forma
estaremos criando a cultura da importância
da população atendida no seu território e
poucas propostas para promoção da saúde,
incluindo a ausência do ensino e estágios na
da Semana do Aleitamento

I
do aleitamento materno ainda na gestação e área do aleitamento materno na graduação” . nstituída pela Organização Mundial da O CRFa - 1ª Região também esteve presente
a inter-relação com a Fonoaudiologia”. Um exemplo de envolvimento da gradua- Saúde e Unicef em 1992, a Semana Mun- no lançamento da Campanha da Amamentação
A socialização dos conhecimentos é ção ocorre em Porto Alegre (RS). Diariamente, dial do Aleitamento Materno é comemo- pelo Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, em
enfatizada por Maria Teresa Cera Sanches e os acadêmicos do Curso de Fonoaudiologia rada em mais de 100 países e teve como 1º. de agosto, no centro do Rio de Janeiro. Nesse
Andréa Santos. “O fonoaudiólogo, que atua do Centro Universitário Metodista IPA são su- tema, neste ano, “Amamentação na pri- dia montou estande na Cinelândia, no centro da
especificamente no sistema motor oral e vem pervisionados pela fonoaudióloga Erissandra Goiânia – Mini-maratona meira hora, proteção sem demora”. No Brasil, a capital, para orientar a população sobre a impor-
se capacitando para identificar e interceder Gomes nas atividades do Alojamento Conjun- campanha foi liderada pelo Ministério da Saúde tância do aleitamento materno.
precocemente nas dificuldades orais dos be- to (local de permanência do recém-nascido e contou com a participação de Secretarias Esta-
bês, deve socializar seus conhecimentos com com sua mãe no hospital) e no Centro de duais e Municipais de Saúde e várias outras orga- Em Goiânia...
os demais integrantes da equipe, mães e fami- Neonatologia (Unidade de Tratamento Inten- nizações, entre elas diversos Conselhos Regionais
liares, além de profissionais de serviços de saú- sivo Neonatal) da Maternidade Mário Totta, de Fonoaudiologia. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia
de localizados próximos às moradias das mães/ pertencente ao Complexo Hospitalar Santa Setores da saúde e da comunidade se en- (GO), em parceria com a Secretaria Estadual e
bebês (Unidades Básicas de Saúde e Programa Casa, uma das instituições que possui o título volveram em atividades – em 2007 voltadas ao vários patrocinadores, realizou atividades edu-
de Saúde da Família), visando questionar cren- Cartaz da campanha do CRFa – 1ª Região, da Iniciativa Hospital Amigo da Criança no Rio aleitamento materno na primeira hora pós-parto cativas nas Unidades Básicas de Saúde, com pa-
ças e buscar novas formas para superar pro- “Peito de mãe, tudo de bom” Grande do Sul. – para sensibilizar a sociedade para a importância lestras voltadas a grupos de gestantes e oficinas
blemas, evitando o desmame precoce. Essas No Alojamento Conjunto os acadêmicos da doação do leite materno, um gesto que pode de aleitamento materno, entre outros eventos,
ações, construídas em equipe e norteadas por incentivam e promovem o aleitamento mater- salvar a vida de inúmeros recém-nascidos e, ain- no período de 1 a 7 de agosto. Os organizadores
pressupostos que considerem os indivíduos na no, informando as mães sobre os benefícios da, contribuir para a melhora da qualidade de contaram com o envolvimento de fonoaudiólo-
sua totalidade, alcançando o princípio da Inte- para ela e para o bebê, principalmente no âm- vida dos bebês beneficiados. gos, nutricionistas, médicos – pediatras e gineco-
gralidade proposto pelo SUS, atuam além do bito fonoaudiológico e abordam as relações do Rio de Janeiro logistas - e enfermeiros.
agravo de saúde, permitindo uma abordagem aleitamento materno com o desenvolvimento No Rio de Janeiro... De acordo com relato da fonoaudióloga
mais ampla e a promoção da saúde “. cranio-facial, com as funções estomatogná- Kalina Teles, coordenadora da equipe de Fono-
Neste contexto todo, Ana Paula Viana ticas (sucção, mastigação, respiração e fala) De 1 a 7 de agosto, o Conselho Regional audiologia nessa campanha, no dia 2 de agosto
resgata o papel desempenhado pela fonoau- e com os fatores relacionados à audição. de Fonoaudiologia do Estado do Rio de Janeiro todos profissionais de Saúde lotados nas Unida-
dióloga MiriamTorres Cordeiro na Maternida- Também abordam as questões referentes ao (CRFa - 1ª Região) realizou a quarta edição de des Básicas de Saúde e no Programa de Saúde
de Leila Diniz, no Rio de Janeiro (RJ). “Através desenvolvimento lingüístico, comportamental sua campanha de conscientização da popula- da Família participaram de seminário sobre
do embasamento teórico-prático desta fono- e neuropsicomotor dos bebês, estimulados a ção sobre os benefícios do aleitamento mater- manejo clínico da amamentação, com palestra
audióloga, uma das pioneiras em atuação em partir da interação mãe-bebê na alimentação no, desvendando os mitos sobre a amamenta- proferida por técnico da Anvisa (que apresentou
sala de parto, a Fonoaudiologia antecipava as no seio materno. Outro ponto de orientação ção A campanha “Saúde, o seio da questão”, as normas de comercialização de alimentos in-
necessidades de ampliação de sua atuação, Bebê sarado, o selo da campanha do CRFa – 1ª Região. são os hábitos orais, momento em que são idealizada e organizada pelo CRFa - 1ª Região, fantis) e também dos profissionais de Saúde da
almejando a prevenção eficiente e resultados fornecidas orientações sobre as causas e con- utilizou o tema “Bebê sarado mama no peito”, Secretaria Municipal de Saúde.
maiores e melhores no que se referia ao estabe- seqüências dos mesmos. divulgada em folhetos, adesivos e camisas. As atividades foram encerradas no dia 7
lecimento da relação mãe-bebê, determinante Na Unidade de Tratamento Intensivo Ne- Realizada em parceria com Furnas Centrais com mini-maratona de crianças de um Centro de
para a amamentação e, conseqüentemente, onatal realiza-se a estimulação para a introdu- Elétricas, Rede Brasileira de Bancos de Leite Hu- Educação Infantil e a participação dos servidores
para a comunicação e o desenvolvimento glo- ção da via oral e promove-se também o aleita- Rio de Janeiro
mano e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Maternidade Dona Iris em um café da manhã,
bal daquele novo binômio” (leia depoimento mento materno com os bebês prematuros e/ou do Rio de Janeiro, a campanha arrecadou vidros onde foi enfatizada às mães os benefícios da ma-
da fonoaudióloga Miriam Torres Cordeiro na com síndromes, malformações, intercorrências vazios com tampa plástica, para armazenamento mentação materna na primeira hora pós-parto.
página 8 desta edição). respiratórias e neurológicas, entre outros. do leite materno doado aos Bancos de Leite dos
A fonoaudióloga Claudia Pagotto Cassa- municípios fluminenses. Em São Paulo...
Ênfase na graduação. “Outro ponto via lembra-se dos momentos em que super- A fonoaudióloga Ana Paula Viana, uma
importante para reflexão - destacam Maria visionou estágio na Universidade Guarulhos das coordenadoras da campanha do CRFa - 1ª O Conselho Regional de Fonoaudiologia de
Teresa e Andréa - é que possamos rever a nos- (SP) entre 2000 e 2002. “Na UTI Neonatal, o Região, destaca como objetivo principal das São Paulo, em parceria com outras instituições,
sa formação, para que sejamos melhor prepa- bebê recebia atenção em relação ao desenvol- ações desenvolvidas, o de apresentar aos profis- programou ações de promoção e orientação, em
rados durante a graduação para uma prática vimento físico, estimulação e estabelecimen- sionais de saúde, famílias e sociedade em geral as pontos da cidade de São Paulo, para chamar a
mais global, em Saúde Coletiva. A busca é to da alimentação via oral. As mães recebiam interfaces da atuação fonoaudiológica materno- atenção sobre o tema.
por melhorar a qualidade de vida e realizar a apoio, encorajamento e orientações específi- infantil e os benefícios diretos que a amamenta- Em 31 de agosto o CRFa - 2ª Região promo-
promoção da saúde, seguindo a atual política cas para estimularem a amamentação. Quan- ção acarreta, do ponto de vista fonoaudiológico. veu palestra na Unifesp, no evento denominado
do Ministério da Saúde, que implementa uma do encaminhados aos cuidados intermediá- Da esquerda para a direita, os conselheiros do
“Durante os eventos de divulgação da campanha, “Happy Hour Cultural”, sobre “Fonoaudiologia
política de educação para o SUS, aproximan- rios, dávamos continuidade ao processo de CRFa1 Maria Aparecida Pio de Abreu, Henrique
gestantes, nutrizes, mães e pais reconheceram a na Promoção do Aleitamento Materno”, em que
do os sistemas de Saúde e Educação, aliado a estimulação e de restabelecimento da alimen- de Albuquerque Carvalho, Isabel Mannarino e
participação da Fonoaudiologia e sua atuação di- o ingresso foi a oferta de vasilhame de vidro com
um processo de mudança das diretrizes curri- tação via oral dos bebês. O processo por vezes Miriam Torres Cordeiro, no lançamento nacional
ferenciada e decisiva em questões que envolvem tampa plástica, para doação ao Banco de Leite
culares no país para formação dos profissio- era demorado, no acolhimento das dúvidas da Campanha de Amamentação 2007, realizado
o incentivo e as práticas para o estabelecimento Humano. As palestrantes foram as fonoaudiólo-
nais de saúde, com enfoque na integralidade da mãe, de seus anseios e preocupações, na na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro.
da amamentação”. gas Andréa dos Santos, com atuação em unidade
e na promoção da saúde”. preparação da mama, na concepção da idéia Profissionais e estudantes de Fonoaudiologia neonatal e amamentação desde 1993, e Maria
“Infelizmente, ainda nos dias de hoje, a de restabelecer o aleitamento natural, nas atuaram como voluntários em cerca de 90 núcleos, Teresa Cera Sanches, pesquisadora do Instituto de
grande maioria dos cursos de formação para técnicas para posicionamento e de aleitamen- Informações recebidas pelo Jornal do CFFa distribuídos em pelo menos 25 municípios do Esta- Saúde da Secretaria de Estado da Saúde. Ambas
profissionais de saúde apresentam propostas Marcador criado para a campanha do CRFa – 1ª Região to, no monitoramento do bebê...”. até o encerramento editorial desta edição. do. A atividade envolveu cerca de 500 pessoas. são consultoras do método Mãe Canguru.

6 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 7


Aleitamento Materno Homenagem
Lei regulamenta
Depoimento
rotulagem de Regina Elly Alves de Faria:
Lição de afeto bicos, chupetas e 50 anos de dedicação às crianças
A fonoaudióloga Miriam Torres Cordeiro, do Rio de Janeiro (RJ) costuma dizer que passou
mamadeiras

D M
a pensar tanto em promoção e prevenção da saúde fonoaudiológica que acabou “entran- esde julho de 2007, os fa- uitos que acompanham a ati- da fala, ou seja, a produção dos fonemas, a
do” na barriga da mulher, isto é, trabalhando com gestantes. O Jornal do CFFa publica os bricantes, importadores e vidade de docência de Regi- produção da silaba, a produção da palavra
pontos principais de depoimento que encaminhou para esta publicação e que, por razões distribuidores de bicos, chu- na Elly Alves de Faria - aos 72 e a capacidade motora, mas também a
petas e mamadeiras devem anos, com a mesma garra e produção fonológica, porque faço uma aná-
de espaço, é transcrito em seus principais tópicos.
seguir as regras de rotula- dedicação de quando come- lise de como a criança estrutura a silaba e a
gem estabelecidas pela Lei 11.265/2006, çou a lecionar em 1974 - ou se sentem grati- palavra”, sintetiza a fonoaudióloga. “Avaliei

M
inha presença neste campo cia ao Parto e Nascimento, facilitando o bom como a proibição de uso de imagens de ficados com os resultados que obtém com a em uma primeira fase 181 crianças, depois
de ação se deu quando fui início da amamentação, tem colaborado de crianças ou ilustrações humanizadas, aplicação do exame fonético fonológico que mais 140 e depois outras 290. A partir do
trabalhar na Maternidade Mu- forma valiosa na relação mãe-bebê, fator de ex- utilização de frases que provoquem esta fonoaudióloga criou - o Realfa - prova- que fui colhendo nessas pesquisas, criei o kit
nicipal Leila Diniz, pioneira na trema importância no período pré-verbal. Além dúvidas quanto à capacidade de ama- velmente desconhecem que esta profissional com 69 figuras, o manual de instruções e o
assistência humanizada ao deste fato, abriu-se um campo de trabalho, pois mentação materna e uso de expressões está há exatamente meio século anos identi- protocolo de registro”.
parto e nascimento. Entendi que a presença do os pediatras nos solicitam para atendimento que identifiquem o produto como apro- ficada com os problemas de comunicação da A pesquisa está transcrita pela pronún-
fonoaudiólogo seria da maior importância nes- domiciliar no sentido de um diagnóstico dife- priado para o uso infantil. população infantil do Rio de Janeiro. cia do Rio de Janeiro. “Se usado em outras
sa equipe, visando a prevenção, objetivo maior rencial entre um distúrbio sensório-motor oral e A publicidade de bicos, chupetas regiões, haverá necessidade de adaptações,
Este pioneirismo de Regina no Rio de
da saúde. a técnica da amamentação. e mamadeiras já estava proibida desde
Janeiro, antes mesmo de outros nomes bem mas qualquer fonoaudiólogo saberá fazer a
Em 1995 fui convidada a participar do A experiência clínica e a história das doen- 2002, por meio da Resolução da Direto-
mais conhecidos, é lembrado pela fonoaudi- transcrição, pois procurei utilizar palavras
“Grupo de Pais Grávidos” formado no hospital. ças fonoaudiológicas nos indicam o quanto a ria Colegiada nº 222 da Agência Nacio-
óloga Leila Nagib, da Universidade Federal Regina Elly Alves de Faria que dessem margem a muitas variantes re-
Pensei comigo. E agora José? A graduação não interferência negativa desta relação poderá se nal de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi
do Rio de Janeiro. “Ela ficou injustamente es- gionais”, garante Regina.
me formou para isso. Mas posso transferir o manifestar mais tarde, através dos distúrbios de reafirmado pela Lei 11.265/2006.
quecida e sua história merece ser resgatada”. regionalismo, não conseguimos obter um Autora de um capitulo do livro “Ava-
aprendizado sobre respiração, consciência fala, linguagem ou psicomotores. A legislação também estabelece
Logo no início de sua carreira como resultado uniforme. Já estava concluindo o liação da Voz, Fala e Linguagem”, coorde-
corporal, relaxamento, aleitamento materno e Há muito de subjetivo nesta atenção, que os rótulos desses produtos deverão
exibir a mensagem: “O Ministério da professora primária, em 1956, uma das doutorado e resolvi fazer um novo projeto, nado por Regina Jakubovicz e tradutora de
outros para esta área! E deu muito certo. É evi- sendo sempre atual, portanto, refletir sobre crianças chamou a atenção de Regina. “Era baseado nessa experiência, mas focado nas parte do livro “Transtornos da Fala”, Regina
dente que precisei buscar literatura específica a nossa atuação no que se refere às questões Saúde adverte - A criança que mama
no peito não necessita de mamadeira, extremamente tensa e não gostava de se características regionais do Rio de Janeiro. também se envolveu em muitas ações de-
de outras disciplinas para aprofundamento. alimentares no período neonatal e no seu se- apresentar em festinhas, porque falava senvolvidas para reconhecer a profissão.
bico ou chupeta. O uso de mamadeira, Em 1994 defendi a tese na Argentina e em
Levando-se em conta que o leite materno guimento, como algo que vai além do nutrir, errado”, relembra. “Recém-formada, me “Era uma luta muito grande, porque não
bico ou chupeta prejudica o aleitamento 1996 publiquei o teste. Chamei de Realfa,
poderá ser ministrado ao bebê através de outras muito mais do que as funções do sistema es- foi indicado um serviço de ortofonia, que tínhamos nem muito apoio e, muito menos,
materno”. O texto, já adotado por 30 nome formado pelas minhas iniciais”. Regi-
formas (fora do peito da mãe) gosto sempre tomatognático. É preciso enfocar um aspecto
países, incentiva o aleitamento materno realizava um trabalho experimental e que na brinca: “o nome era para ser Exame Real, recursos”, relembra. Participou também dos
de estabelecer a diferença entre os termos da maior importância para o desenvolvimento
como fonte exclusiva de alimento do funcionava no Instituto de Pesquisas Educa- mas justamente nessa ocasião, o governo estudos para a definição do currículo míni-
amamentação e aleitamento materno. Ama- global de um ser – o afeto.
bebê nos primeiros seis meses de vida. cionais, no Rio de Janeiro. Era o ano de 1957 passou na frente e criou a nova moeda, que mo do curso de Fonoaudiologia.
mentar é muito mais profundo, especialmente Acredito que hoje a Fonoaudiologia está
Quando o bebê usa chupeta, pode e eu comecei lá como auxiliar de ortofonista, chamou justamente de real... Dai acrescen- “Mas o que gosto mesmo é de trabalhar
no que se refere às questões fonoaudiológicas. mais sensibilizada para estes estudos. No Rio
ter a sensação de que está com a barriga em um trabalho que já era de fala....” tei o ‘fa’, homenageando de alguma forma com crianças. Como não tenho mais idade
Amamentar vem da raiz árabe que quer dizer de Janeiro, o CRFa - 1ª Região envolve os aca-
cheia devido à produção de maior quan- “Os resultados me encantaram. Em o meu orientador na Argentina, que possuía para ficar sentada no chão, rolando com as
“amalgamar, juntar duas substancias distintas e dêmicos nas campanhas da Semana Mundial
de Amamentação e os coordenadores das IES tidade de saliva. Isso ocasiona a diminui- 1965 comecei um curso voltado para pro- um teste chamado Alfa”. crianças e levando puxões de cabelo, me de-
maleáveis numa só”. O pré-natal é um momen-
to ímpar para trabalharmos a amamentação. estão atentos aos problemas de Saúde Pública, ção da mamada e conseqüente perda de fessoras primárias, oferecido pela Secretaria “O exame Realfa avalia as características dico a lecionar. E assim vou continuar...”.
Tal aprendizado me levou a incentivar a o que não acontecia há uma década atrás. No peso. A chupeta também pode causar de Educação do então Estado da Guanabara
sucção precoce e enveredei pela sala de parto. entanto, para acompanhar as políticas públi- problemas para o desenvolvimento da e em maio de 67 comecei a trabalhar como
Cria-se um vínculo com a usuária, logo elas cas, precisamos estar atentos à legislação no face, boca, dentes e língua. O bico faz terapeuta da palavra. Foi coordenadora
solicitam a nossa presença no pré-parto e com que se refere aos bicos artificiais. com que a língua fique numa posição er- de unidade de atendimento da Terapia da
a evolução, acompanhamos no momento do A indústria e a mídia são poderosas e as rada, no assoalho da boca, e se exercite Palavra (que mais tarde adotou o nome pelo
parto normal. E não é só isso... exceções devem ser tratadas à luz da legislação de forma incorreta. A conseqüência é a qual a profissão é hoje conhecida, Fonoau-
Atender ao impulso neural da sucção após e das normas da unidade de saúde. Devemos hipotonia, que são músculos flácidos, diologia) e fui consultora de Fonoaudiologia
o nascimento é importante pois o colostro ser agentes nesta mudança cultural e isto moles e com pouca força. do município do Rio de Janeiro até me apo-
ajuda na eliminação do mecônio, evitando a envolve não só a desconstrução de um saber, Já no caso da mamadeira, o bebê sentar. Desde 1974 sou docente do curso de
icterícia; reduz o sangramento pós-parto, cola- como também uma mudança de prática. engole mais ar e pode ter cólicas e gases, Fonoaudiologia da Universidade Estácio de
borando na aceleração da alta hospitalar, ajuda por causa do vedamento incorreto dos Sá, na disciplina de Patologia de Fala”.
ao estabelecimento da amamentação e seu Encerro citando o poeta Paulo lábios no bico da mamadeira. Também Em 1983 Regina teve contato com
prolongamento e facilita o aprendizado inicial, Leminski: pode ter mais chances de contrair infec- uma lingüista da Bahia e, com recursos do
evitando intervenções fonoaudiológicas... “Vezes sem conta ções devido a problemas de esterilização CNPq, começou um trabalho conjunto
Amamentar é um ato biopsicossocial, na- Tenho vontade de que nada mude da mamadeira, que muitas vezes não é para desenvolver um exame fonético em
tural, porém requer um aprendizado por parte Meia volta volver adequada para a eliminação de germes nível nacional, envolvendo também São
dos pais e do bebê. Nossa atuação na Assistên- Mudar é tudo que pude” e bactérias.
Paulo e Rio Grande do Sul. “Como há muito

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e 68.849 entre janeiro e agosto de 2006, o que fonoaudiológica. à Saúde Auditiva conta com unidades credencia-
Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva sinaliza um número aproximado de 120.000 apa- Nos serviços de média complexidade, a equipe das em média e em alta complexidade e aguarda,
relhos para esse último ano. Com os números apre- é composta por um otorrinolaringologista, quatro do Ministério da Saúde , a aprovação do impacto
sentados, o SUS é o grande comprador de próteses fonoaudiólogos, um assistente social e um psicólo- financeiro de instituições de fonoterapia descen-

Novo modelo de atenção auditivas no país (em torno de 70% de todos os


aparelhos comercializados no país, de acordo com
informações que circularam no último Encontro
go. Já os serviços de alta complexidade contam com
dois otorrinolaringologistas, um neurologista ou
neuropediatra, um pediatra, seis fonoaudiólogos,
tralizadas, a fim de que os usuários que residem
em regiões mais distantes possam ser atendidos
em sua necessidade. Serão 17 em todo o Estado,

envolve fonoaudiólogo
Internacional de Audiologia, no Rio Grande do Nor- um assistente social e um psicólogo. quando finalmente autorizadas.
te). Segundo a mesma revista, em relação aos im- A implantação da Triagem Auditiva Neonatal Márcia relata que o desafio da Rede de Atenção
plantes cocleares, apesar do primeiro implante ter é uma decisão dos gestores estaduais e municipais à Saúde Auditiva no Rio Grande do Sul, para 2008, é
sido realizado há 30 anos no Brasil pelo professor de saúde. O Ministério da Saúde publicou em a implantação da triagem auditiva neonatal em pelo
Orozimbo Alves Costa Filho, em Bauru (SP), existem 2006 recomendações técnicas para o planeja- menos 40 municípios do estado. Hoje, o Hospital

O
apenas 1.300 pessoas no país com esse dispositivo, mento, programação e priorização dessas ações Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre (RS),
último censo do IBGE, de 2000, tipos de perda auditiva e o fornecimento de AASI, No caso da terapia fonoaudiológica, o Ministério da enquanto as estimativas indi- realiza a triagem em 100%
detectou que é de quase seis mi- destacou a fonoaudióloga Érika Pisaneschi, assesso- Saúde considera que ocorreram avanços, mas ainda cam que 300 mil brasileiros são dos nascidos na instituição

Foto: Eva Prado/Widex


lhões (mais exatamente 5.750.809) ra técnica de Coordenação da Saúde da Pessoa com existem dificuldades relatadas por estados e municí- candidatos a essa cirurgia. Es- bem como nos nascidos vi-
o número de deficientes auditivos Deficiência do Ministério da Saúde, em um depoi- pios para implantação desses serviços. tariam previstos para este ano vos no município de Canoas,
no Brasil. Estima-se que entre 6% e mento disponível no site da ABA. “As normas preconizam a descentralização 600 implantes cocleares atra- onde também é oferecida
8% dos brasileiros sofrem de perdas incapacitantes, A visão de gestão da Política Nacional de desse atendimento, uma vez que os pacientes vés do SUS, ainda bem distante a testagem. Outra meta é a
segundo a classificação da OMS. Atenção à Saúde Auditiva, aliada ao conhecimento permanecem por longo período em processo tera- da necessidade estimada. sensibilização dos gestores
Até 2004, existiam no Brasil 101 serviços na específico, é fundamental para o Ministério da Saú- pêutico, esgotando a capacidade instalada das Uni- municipais com ações na
rede do Sistema Único de Saúde para a assistência de. Em resposta a entrevista concedida por e-mail, o dades. Há usuários que residem em outro município, Três níveis de atenção. atenção básica em saúde
dessa enorme população, mas aproximadamente Ministério da Saúde, embora sem identificar a fonte quando é necessário que o atendimento ocorra o A política voltada à saúde audi- auditiva.
50% dessas unidades negligenciavam o atendimen- física da informação, garante que “nos estados e mais próximo possível da residência do usuário”, tiva inclui ações que englobam Quanto aos reflexos
to integral ao paciente (realização de diagnóstico, municípios que contam com fonoaudiólogos na reconhece o Ministério da Saúde, no e-mail encami- as atenções básica (promoção para a Fonoaudiologia, Már-
seleção e indicação da prótese auditiva, acompa- administração, a participação destes profissionais é nhado a esta publicação. da saúde, prevenção e identi- cia possui uma visão otimis-
nhamento e terapia fonoaudiológica). direta, o que facilita a execução da Política. Os ges- “Alguns estados e municípios estão empe- ficação precoce de problemas ta. “O fonoaudiólogo pode
Para piorar a situação, a maior parte das tores estaduais e municipais por vezes também re- nhados na implantação de Unidades descentra- auditivos) e de média e alta mostrar o quão importante
unidades estavam concentradas nas capitais de correm aos Conselhos Regionais de Fonoaudiologia lizadas para esse atendimento e, para tanto, o complexidade, com a oferta de é nossa atuação no Siste-
alguns estados do país e as normas existentes ca- para acompanhamento nas vistorias de Unidades Ministério da Saúde, junto com gestores estaduais um Serviço de Saúde Auditiva ma Único de Saúde. No Rio
reciam de parâmetros e diretrizes para orientar os e o mesmo grupo técnico que apoiou a elaboração e municipais de Saúde, está avaliando a evolução para cada contingente de 1,5 Grande do Sul ainda temos
gestores estaduais e municipais no credenciamen- da Política constituiu a Câmara Técnica de Saúde Au- desse atendimento nos últimos anos para cálculos milhão de habitantes. Para número reduzido de fonoau-
to de novos serviços. ditiva, coordenada pelo Ministério, que tem como de necessidade e apoio financeiro do Governo garantir a assistência às pes- diólogos no SUS, principal-
função acompanhar a implantação da Política”. Federal”, complementa. soas portadoras de deficiência mente nas prefeituras (dos
Construção coletiva... Em setembro de Para a fonoaudióloga Ana Cláudia Fiorini, O Ministério da Saúde garante que, com a im- auditiva nos estados cuja po- 496 municípios, somente
2004, o Ministério da Saúde instituiu a Política presidente da ABA, a Política Nacional de Atenção plantação da Política (a sigla PNASA não é adotada pulação é inferior a 1,5 milhão 210 têm esse profissional
Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, por inter- à Saúde Coletiva criou um ciclo completo, deste o no escalão federal), o acesso foi ampliado em 60%, de habitantes foi estipulada em seu quadro funcional), o
médio da Portaria 2073 (normatizadas em outubro diagnóstico precoce e a assistência, até a indicação ao mesmo tempo em que ocorreu uma redução a instalação de um Serviço de que acarreta a falta de aces-
do mesmo ano pelas Portarias 587 e 589), com do aparelho auditivo e a terapia fonoaudiológica. de custos de 18%. No ano de 2006, por exemplo, Atenção Auditiva. Nos estados so ao serviço por parte dos
o objetivo de atender a população brasileira com “Esta Política fez com que os serviços pudessem quando comparado com o ano de 2003, é estima- cuja população esteja entre usuários”. Para reverter esse
deficiência auditiva, criando condições de acesso capacitar seus recursos humanos com profissionais do um acréscimo de 60% no número de pacientes 2 e 3 milhões de habitantes, quadro Márcia incentiva os
desta população a todos os procedimentos de saúde mais especializados e serem mais bem equipados atendidos que receberam aparelhos de amplificação dois Serviços. Desta forma, por fonoaudiólogos a mostrar
auditiva. A previsão inicial da instalação de 100 cen- para atender essa demanda”. sonora individual (AASI) . pactuações entre os gestores a importância da profissão
tros de alta complexidade foi superada. De acordo Ana Cláudia continua seu raciocínio. “Se No ano de 2006, da população atendida para municipais e estaduais, todos aos gestores públicos, “a fim
com informações do Ministério da Saúde ao Jornal a sociedade saiu ganhando, a Fonoaudiologia diagnóstico nos Serviços de Saúde Auditiva, a maior os municípios devem ser aten- de que a população tenha
do CFFa, até agosto de 2007 foram habilitados pelo também. O fonoaudiólogo começou a perceber parte concentrou-se na faixa etária entre 15 e 65 didos pela Rede de Serviços. acesso ao nosso trabalho,
Ministério da Saúde 113 Serviços de Saúde Auditiva a importância da área da Saúde Coletiva para o anos (46%). Com relação aos aparelhos auditivos, é É de responsabilidade com eixo na integralidade da
Para a elaboração da Política Nacional de Saú- exercício de sua profissão e ao mesmo tempo, similar o percentual de pessoas entre 15 e 65 anos e dos municípios o desenvolvi- atenção, com práticas centra-
de Auditiva e de suas normas complementares, o se perceber como um profissional muito impor- acima de 65 anos atendidas (44% cada). Como era mento de ações na atenção das no usuário, valorizando o
Ministério da Saúde contou com a participação de tante na equipe interdisciplinar. Esta mudança de se esperar com relação às terapias fonoaudioló- básica, conforme a estrutura cuidado, o trabalho em equi-
gestores estaduais e municipais de saúde respon- está sendo refletida nos congressos científicos gicas, é maior o percentual na faixa etária de 0 a 15 disponibilizada (por exemplo, Programa de Saúde de saúde pelos gestores do SUS dos três níveis de pe, o acolhimento e o compromisso com a gestão”.
sáveis por sua execução, bem como das sociedades da Fonoaudiologia, com um espaço maior para anos (62%). da Família ou agentes comunitários da saúde). governo, no qual é indicado que a implantação Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida e
civil e científica, entre elas a Academia Brasileira de discutir a política pública da Saúde Auditiva. Hoje Números do DataSUS indicam que o número Na média complexidade devem existir ambula- dessa triagem seja realizada prioritariamente para Cláudia Taccolini Manzoni, fonoaudiólogas da Se-
Audiologia (ABA); a Sociedade de Otorrinolaringo- possuímos dados epidemiológicos mais precisos, estimado de pessoas protetizadas beneficadas com tórios para consulta geral de Otorrinolaringologia e, neonatos (até 28 dias de vida) e lactentes (29 dias cretaria de Saúde do município de São Paulo (SP) e
logia e Cirurgia Cérvico-Facial ( SBORL); a Sociedade reais e completos, o que faz com a ciência evolua, AASI cresceu de 5.654 em 2003 para 65.540 em no caso do paciente precisar de AASI, o encaminha- a dois anos) com risco para deficiência auditiva e conselheiras do CFFa, mostram a situação em São
Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) e a Sociedade justamente o que mais estimulamos na ABA”. 2005 (em 2006 houve um decréscimo de 6%, com mento deve ser efetuado para os Serviços de Refe- ampliada gradativamente para outros recém nas- Paulo. Para atender a demanda na capital paulista,
Brasileira de Otologia. atendimento de 59.742 pacientes). rência de Alta e Média Complexidade (denominados cidos, até ser tornar um procedimento universal. estão disponíveis oito Serviços de Saúde Auditiva -
Com a Política Nacional de Saúde Auditiva Atenção descentralizada. As normas são Outros números, estes divulgados na versão Serviços de Atenção a Saúde Auditiva). O fonoau- quatro deles de média complexidade e quatro de
tornou-se possível o levantamento da prevalência e claras quanto à exigência de que o paciente faça na em português da revista francesa Audio Infos, diólogo é responsável pela execução dos exames Dois exemplos... Márcia Falcão Fabrício é alta complexidade.
da incidência dos problemas auditivos no país, como mesma Unidade o diagnóstico, a protetização, os mostram que, em 2005, foram fornecidos 113.983 específicos, seleção de aparelhos de amplificação fonoaudióloga da Secretaria Estadual de Saúde do A partir do atendimento nas unidades básicas
o número de portadores de problemas auditivos, os acompanhamentos e a terapia fonoaudiológica. aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) sonora e realização/encaminhamento para terapia Rio Grande do Sul, estado onde a Rede de Atenção ou ambulatórios de especialidades com fonoaudió-

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Papel de equipes multidisciplinares
logo ou otorrinolaringologista, o usuário é agenda- O Ministério da Saúde argumenta que a nor- Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-
do para conclusão diagnóstica, seleção, adaptação ma para o fornecimento de aparelhos auditivos no Hospitalares (Abimed), “a redução de preços de
de AASI e terapia fonoaudiológica nos serviços de SUS foi elaborada junto aos especialistas da área, forma radical (50% ), sem que tivéssemos acesso a
saúde auditiva. com definição de uma classificação dos aparelhos uma discussão prévia, e pior do que isto, sem uma
Um grupo técnico, formado por integrantes
dos oito serviços, da Secretaria Municipal da Saúde
auditivos ofertados no mercado nacional, qualifi-
cados para os serviços de assistência auditiva no
apresentação dos cálculos que a motivaram, já
deflagrou uma certa desorganização da cadeia de é destacado em Fórum

S
e da Secretaria Estadual da Saúde, efetua o acompa- SUS. O estudo concluiu que a redução de preços distribuição. Estamos prevendo que seus efeitos
nhamento dessa rede de atenção. manterá a estrutura de distribuição nacional ficarão bem nítidos em três ou quatro meses. Ape- ensibilizar as áreas governamentais

Laycer Tomaz/Agência Câmara


O município também identificou a necessidade rentável. “Deve-se ressaltar que não estamos com- sar da alegada ‘rentabilidade exacerbada’, o siste- do Poder Executivo e do Legislativo
de ampliar as referências para terapia fonoaudioló- prometendo a produção, pois essa não teve seus ma deve às empresas cerca de US$ 20 milhões”. e também os próprios profissionais
gica. Para isto, realizou recentemente curso de atu- preços reduzidos. Houve, sim, uma análise dos “Fomos muito bem recebidos no Ministério de Saúde sobre a necessidade do
alização para os profissionais da rede e solicitou ao custos e rentabilidade do sistema de distribuição da Saúde, em reunião solicitada pela Abimed e, entendimento do conceito de saúde
Ministério da Saúde recursos para a implementação no mercado nacional, cuja rentabilidade foi con- em função dos nossos argumentos, nos foi soli- como um bem fundamental para a conquis-
deste serviço. siderada exacerbada”, afirma o Ministério da Saú- citado um cálculo de preços baseado nos nossos ta da qualidade de vida. Este foi o principal
Cláudia Taccolini Manzoni relata que está de, em e-mail encaminhado por sua Assessoria de custos. No momento estamos aguardando uma objetivo do II Fórum de Promoção Integral
sendo estruturada a Triagem Auditiva Neonatal Uni- Imprensa ao Jornal do CFFa. nova convocação para discussão das planilhas na Área da Saúde, realizado nos dias 14 e
15 de agosto, no Auditório Freitas Nobre, da
versal. “Ela contará com a retaguarda dos serviços de Esse texto afirma ainda que, se estes novos apresentadas”, informa Pedro Stern.
Câmara dos Deputados, em Brasília, com o
saúde auditiva, de audiologia, de reabilitação e das valores tivessem sido aplicados no ano de 2006, Apesar das divergências, as empresas impor-
apoio da Comissão de Seguridade Social e
unidades que contam com fonoaudiólogos, de for- o Governo Federal teria reduzido os custos nessa tadoras e distribuidoras de aparelhos auditivos
Família da Câmara dos Deputados e da Frente
ma a possibilitar tanto o diagnóstico, adaptação do área em até 54,42 %, o que representaria uma declararam apoio de forma clara e inequívoca ao
Parlamentar da Saúde. O Conselho Federal de
AASI, terapia fonoaudiológica e acompanhamento economia de R$ 72.446.575,00. “A proposta é programa governamental, mas a possibilidade Fonoaudiologia inscreveu 29 participantes
do recém nascido que falhar na triagem auditiva, que esse recurso seja utilizado em outras áreas de alteração dos produtos que vinham sendo nesse encontro.
como também o monitoramento da criança com da atenção especializada, priorizando as áreas disponibilizados é reconhecida por Pedro Stern. A importância de equipes multidiscipli-
risco para deficiência auditiva”. relacionadas à Saúde Auditiva, garantindo aos “Boa parte das empresas vinha oferecendo às nares para o atendimento integral à saúde
Para Sandra Vieira, esta é uma Política que va- usuários do SUS uma ampliação e melhora na instituições credenciadas produtos que em muito da população brasileira, diante dos objetivos
loriza, como nenhuma outra, o trabalho do fonoau- qualidade dos serviços de assistência à saúde nos superavam as especificações das portarias regu- do Sistema Único de Saúde, e sua efetiva im- com aplicação de 12%

Elton Bomfim/Agência Câmara


diólogo. ”A médio prazo, os municípios terão que se diversos níveis de atenção” latórias da Política Nacional de Atenção à Saúde plementação, foram os temas discutidos no do orçamento para os
organizar para o serviço de terapia fonoaudiológica Logo após a assinatura da portaria, em nota Auditiva. É inevitável que algumas, ou mesmo evento, realizado a partir de uma proposta estados e 15% para os
e as ações na atenção básica certamente precisarão à imprensa, o Ministério da Saúde enfatizou várias empresas, ater-se-ão estritamente ao que elaborada inicialmente pelo FCFAS - Fórum dos municípios, a falta de
do suporte de fonoaudiólogos “. que os aparelhos auditivos suportam uma carga especifica a legislação em vigor. Isto, por si só, já Conselhos Federais da Área da Saúde. Este fó- regulamentação permi-
tributária muito baixa. Considerados produtos garante a manutençao da qualidade do referido rum é integrado, entre outros, pelo Conselho te que cada administra-
Um questionamento... A distribuição preferenciais, os aparelhos são isentos de tarifas programa no quesito ‘aparelhos auditivos’ . Creio Federal de Fonoaudiologia. dor leia a obrigação de
de aparelhos de amplificação sonora individual de importação, do IPI e do ICMS. Essa nota ressal- ser perfeitamente aceitável esta postura pois trata- Especialistas e representantes de conse- uma forma, e utilize os
(AASI) é um dos caminhos mais comuns na busca va que “nos últimos anos, as empresas fabricantes se que uma questão de sobrevivência”. lhos profissionais de 14 áreas da Saúde foram recursos em programas
unânimes em defender o atendimento com nem sempre ligados à
de soluções para a deficiência auditiva apresentaram notáveis desenvolvimentos tecno- O representante da Setorial de Audiologia
equipes multiprofissionais e de forma inter- saúde, como para cons-
A redução de 50% dos valores de compra lógicos que geraram reduções de custos, criação da Abimed acrescenta que as empresas não são
disciplinar nas unidades do Sistema Único de trução de casas ou dis-
dos AASI pelo SUS definida por uma portaria de de produtos com tecnologia digital, melhores meras fornecedoras de aparelhos auditivos e sim
Saúde (SUS). No modelo de saúde integral, o tribuição de renda.
maio de 2007, motivou reações dos importadores sistemas de distribuição via introdução de tecno- prestadores de uma ampla gama de serviços.
cidadão é atendido por profissionais de todas Palestras pelo di-
e distribuidores no Brasil. O SUS, que pagava três logias de informação, maior rapidez e eficiência “Esses serviços vão desde o simples processo de as áreas, para cuidar da saúde da pessoa e não retor do Departamento
preços diferenciados, segundo a sofisticação dos no transporte”. Esses elementos justificariam, entrega em todas as regiões do Brasil até sofis- apenas nos momentos em que ela está doente. de Economia da Saúde
aparelhos, de R$ 1.050,00, R$ 1.400,00 e R$ segundo a nota “a recente mudança na tabela de ticados programas de treinamento, produção A conselheira do CNS, Rosane Maria Nas- do Ministério da Saúde,
2.200,00, reduziu esses valores para R$ 525,00, preços (que) visa corrigir essa distorções de preços de aparelhos auditivos intra-aurais, moldes , cimento e Silva, defendeu maior controle social Elias Antônio Jorge, so-
R$ 700,00 e R$ 1.050,00. Estatísticas da OMS, de oferta e transferir aos usuários de aparelhos reparos etc. Sem contar os milhares de aparelhos do sistema de Saúde Pública, na conferência de bre orçamento e finan-
divulgadas informalmente no último Encontro auditivos parte desses ganhos de produtividade auditivos para testes nas instituições credencia- abertura do fórum e destacou a importância ciamento para as ações
Internacional de Audiologia, embasariam essa (...) sem comprometer a viabilidade econômico- das, softwares e cabos de programação, além de da estratégia do Programa Social da Família, de promoção na saúde;
redução, pois mostrariam que os preços médios financeira do sistema de distribuição”. pilhas e insumos, como material importado para que, segundo ela, tem tido pouco apoio. “O de Ana Estela Haddad,
dos AASI nos países em desenvolvimento se esta- Para Pedro Stern, da Setorial de Audiologia pré-moldagem e outros acessórios. Todos sem programa ainda tem equipes mínimas, com diretora do Departa-
belecem na faixa entre 200 e 500 dólares. da Associação Brasileira dos Importadores de custo para essas instituições”. médicos, enfermeiros e dentistas, mas deveria mento de Gestão da
em tese ser ampliado para encampar todas as Educação do Ministério
áreas do atendimento. Os profissionais deve- da Saúde, sobre forma-
riam se juntar pela melhoria do programa, e ção e educação perma-
Em São Paulo, lei determina diagnóstico auditivo em maternidades públicas não apenas por defesa corporativa da inclusão Da esquerda para a direita, as fonoaudiólogas Talita Freitas, Cláudia nente e do deputado

T
de profissionais nessas equipes”, afirmou. Pagotti Cassavia, Denise Terçariol, Ana Cláudia Ferigotti, Maria Thereza Átila Lira (PSB-PI), sobre
odas as maternidades e hospitais públicos do Estado de São Paulo são obrigados a realizar o diagnóstico de audição em crianças, imediatamente após O secretário estadual de Saúde de Rezende, Andréa Bonamigo e Isabela Poli ladeiam o coordenador do o controle da abertura
o nascimento nas maternidades. É o que determina a lei n.º 12.522, de autoria do deputado estadual Jonas Donizette (PSB), publicada no Diário Oficial Sergipe, Rogério Carvalho Santos, segundo Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde - FCFAS, Geraldo Luís de cursos superiores na
no dia 2 de janeiro deste ano. Esse documento legal ainda determina que crianças com até três meses de vida, nascidas fora dos hospitais e das materni- palestrista do Fórum, criticou a participação Moreira Guedes. área da Saúde, comple-
dades, sejam submetidas ao mesmo procedimento. dos estados no setor de Saúde. Segundo ele, taram a programação
O deputado Jonas Donizette justificou a apresentação do projeto em razão de histórico familiar e também por sua constatação de que os índices de defici- o SUS funciona satisfatoriamente porque a do encontro. Esta última
ência auditiva em crianças eram muito mais elevados do que aqueles identificados pelo chamado ‘teste do pezinho’. “A triagem auditiva neonatal é uma estra- União e os municípios cumprem de forma Para o presidente da Frente Parlamen- palestra teve como coordenadora a represen-
tégia para que se alcance o diagnóstico precoce da deficiência auditiva”, afirma o autor da proposição. organizada suas atribuições constitucionais, tar da Saúde, deputado Darcísio Perondi tante, até então, do Conselho Federal de Fono-
Entre as ações para viabilizar a regulamentação dessa lei, foi realizada audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado, em 4 de julho deste ano, com mas os estados “são os grandes devedores da (PMDB-RS), embora a constituição obrigue audiologia e coordenadora do FCFAS, fonoau-
o envolvimento de representantes do poder executivo, legislativo e entidades representativas, entre elas o Conselho Regional de Fonoaudiologia da 2ª. Região. reforma sanitária”. investimentos crescentes da União em Saúde, dióloga Maria Tereza Mendonça de Rezende.

12 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 13


CFFa em ação CFFa em ação

CFFa visita Conselhos Na visita à diretoria do CRFa da 7ª Região, seus cadastros e às informações pertinentes à

Regionais em busca de parcerias


em 1º. de junho, a presidente do Conselho profissão; o melhor aparelhamento dos fiscais,
Federal de Fonoaudiologia, Maria do Carmo com a participação do Ministério Público e
Coimbra de Almeida, foi acompanhada pela outros órgãos.; a criação de campanhas nacio-
fonoaudióloga Marlene Canarim Danesi, con- nais; a formatação de residência integrada em

E
m busca de uma atuação con- CRFa - 1ª Região roga, apresentou as boas vindas ao CFFa e selheira gaúcha do CFFa. saúde e a criação de estratégias de aproxima-
junta, em prol do crescimento agradeceu a visita, enfatizando que a parceria Entre os assuntos discutidos - também ção entre os profissionais.
da Fonoaudiologia, o novo co- CFFa-CRFa facilitará o relacionamento entre os tópicos presentes em várias das outras visitas
legiado do Conselho Federal de membros integrantes dos Conselhos. A reto- - destacaram-se operacionalização e custo das CRFa - 8ª Região
Fonoaudiologia iniciou programa mada das discussões sobre a reformulação das eleições; os valores das anuidades de pessoas
de visitas aos oito Conselhos Regionais. Em resoluções que normatizam o trabalho volun- físicas e jurídicas; a agilização da comunicação Em 29 de junho, em sua visita ao CRFa – CRFa – 8ª. Região
todos esses encontros, a presidente do CFFa, tário em Fonoaudiologia e a regulamentação das ações do Conselho Federal para informar a 8ª. Região, o mais novo Conselho Regional,
Maria do Carmo Coimbra de Almeida, tem da carga horária do trabalho fonoaudiológico Fonoaudiologia gaúcha; a discussão e unifica- e acompanhada do conselheiro Charleston diólogo do conselho profissional.
detalhado as propostas de trabalho conso- foram dois temas debatidos na reunião, que ção dos procedimentos entre Conselhos Regio- Palmeira, a presidente do CFFa elogiou a mu- A presidente do CRFa – 8ª. Região apre-
lidadas na plataforma “Fonoaudiologia para contou com a presença de representantes dos nais, para promover a troca de experiências; a dança da visão punitiva por um enfoque de sentou na ocasião as ações que estão sendo
Todos”, com todos os seus princípios, objeti- sindicatos. realização de reuniões de troca de experiências orientação, apresentada pela presidente do desenvolvidas para a equilíbrio financeiro do
vos, estratégias e ações para garantir a inte- com outros Conselhos profissionais; a permis- CRFa – 8ª. Região, Hyrana Frota, como uma Conselho Regional e para regularizar a situa-
gração com os Conselhos Regionais, os fo- CRFa - 6ª Região são do acesso online dos fonoaudiólogos a medida estimulante para aproximar o fonoau- ção cadastral dos profissionais inscritos.
noaudiólogos, a população, os formadores
de opiniões e os veículos de comunicação.
Ao mesmo tempo, este contato inicial tam-
bém cumpre o objetivo de estreitar relações,
ouvir sugestões e críticas para, em conjunto,
Lei oficializa
CRFa – 1ª. Região
serem desenvolvidas estratégias de ação
voltadas para a valorização da profissão e a
expansão do seu campo de atuação.
Na visita que realizou ao Conselho Regio-
nal de Fonoaudiologia da 1ª. Região, em 15 de
Dia Nacional do Fonoaudiólogo
Durante os meses de maio e junho junho, foi apresentada pelo Conselho Regional

A
foram visitados cinco Conselhos Regionais as atividades e campanhas programadas para
gora é lei. O Dia Nacional do Fono- de 2004 pelo senador João Ribeiro, do estado
e os que ainda faltam – os da 2ª., 3ª. e 5ª. o ano de 2007 e o portfólio dos materiais pro- CRFa – 6ª. Região audiólogo, que já era comemorado de Tocantins. Após pronunciamento na tribuna
Regiões – estão sendo alcançados agora, mocionais desenvolvidos, com pioneirismo,
informalmente em 9 de dezembro do Senado Federal, em que parabenizou os fo-
em agosto e setembro. Em todos esses en- para esse fim, ao lado de um relato da parti- Em sua visita ao CRFa da 6ª. Região, em
de cada ano, para marcar a data em noaudiólogos pela data, o senador marcou seu
contros, a presidente do Conselho Federal cipação do CRFa – 1ª. Região em eventos para 27 de maio, a presidente do CFFa, Maria do
que a profissão foi regulamentada, gesto com o encaminhamento do projeto para
de Fonoaudiologia tem exposto o plano de a sedimentação da Fonoaudiologia no Estado Carmo Coimbra de Almeida, ressaltou a coin-
foi oficializado pela lei 11.500/2007, sanciona- a tramitação legislativa.
metas do 9º Colegiado do CFFa, baseado do Rio de Janeiro. cidência dos tópicos levantados para debate
da em 3 de julho deste ano pelo presidente Luiz Em 2007, os Conselhos Regionais, junta-
em uma comunicação democrática, para A presidente do CFFa enalteceu as ações pelo Conselho Regional com as preocupações
Inácio Lula da Silva. mente com o CFFa, organizarão no Brasil in-
facilitar e fazer leituras que otimizem a que vêm sendo desenvolvidas pelo CRFa – 1ª. do CFFa e reafirmou a meta da autarquia fede-
O texto legal, que valida a data estabele- teiro uma caminhada no dia 9 de dezembro,
interface com os Conselhos Regionais no Região, mostrando a necessidade de parcerias ral de estreitar as relações com os Conselhos
cida por resolução interna do Conselho Federal em prol da saúde da comunicação, conforme
sentido de difundir a profissão, por meio de para a divulgação da Fonoaudiologia para a Regionais, através de ações conjuntas.
de Fonoaudiologia em 2001 (Resolução CFFa nº tema da campanha de divulgação adotada
mudança de paradigmas. “Esta gestão será sociedade em geral. Lúcia Helena Ferreira, pre- A presidente relatou ainda o esquema de
278), foi publicado no Diário Oficial da União de para 2007-2009.
harmônica, democrática e participativa e sidente do CRFa – 1ª. Região, considera que o metas que o Conselho Federal de Fonoaudiolo-
4 de julho, na primeira página da Seção 1. Informações para sua adesão poderão
pretende realizar várias reuniões intercon- plano de metas do CFFa coincide com o que o gia deverá implantar em forma de planejamen-
O projeto de lei que instituiu o Dia Nacio- ser obtidas nos próprios Conselhos Regio-
selhos, envolvendo todas as comissões, Conselho Regional está implementando. to estratégico e solicitou ao CRFa – 6ª. Região
nal do Fonoaudiólogo teve origem no Con- nais. Venha participar conosco da caminha-
para cumprir esse objetivo”, tem ressaltado o empenho na apresentação de sugestões que
gresso Nacional, apresentado em dezembro da e comemorar o Dia do Fonoaudiólogo.
Maria do Carmo. CRFa - 4ª Região fortaleçam as propostas contidas na platafor-
A criação de mecanismos que utilizem ma do colegiado do CFFa.
os recursos tecnológicos – como a Intranet,
web e videoconferências – que permitam CRFa - 7ª Região
um contato mais ágil e a eliminação dos
altos custos de deslocamentos, permearam
os debates em várias das visitas, assim como
as questões relacionadas à valorização dos
sindicatos, com incentivos à sua criação e
sua manutenção.
A aproximação cada vez maior com as
instâncias governamentais, tanto do legis-
lativo como do executivo e a importância
dos profissionais da categoria se envolve- CRFa – 4ª. Região
rem na ocupação de cargos públicos foi
outro aspecto discutido para a ampliação No dia 30 de junho, a diretora presidente
da representatividade da profissão. do CRFa4, Bianca Arruda Manchester Quei- CRFa – 7ª. Região

14 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 15


CFFa em ação CFFa em ação

Rol de procedimentos e eventos em saúde Sistema


Único
de Saúde

Fonoaudiologia apresenta sugestões


em consulta pública da ANS Seminário discute modelos
de gestão para o SUS
E
m atendimento a consulta pública tados a essa lei. de Fonoaudiologia, a ANS desconsiderou os

D
realizada pela Agência Nacional procedimentos ali listados, reduzindo toda a
de Saúde Suplementar (ANS) e Propostas da Fonoaudiologia. As complexidade da atuação fonoaudiológica a ias 6 e 7 de agosto, em Brasília
encerrada em 15 de agosto último, propostas apresentadas pelos Conselhos Fede- seis sessões, na qual o profissional consegue (DF), o Conselho Nacional de
para a apresentação de críticas e ral e Regionais de Fonoaudiologia levaram em concluir o diagnóstico e apenas iniciar o proces- Saúde realizou um debate inédito
sugestões à proposta de Resolução Normativa conta o conteúdo da própria minuta de reso- so terapêutico. sobre modalidades de gestão para
que atualiza o rol de procedimentos cobertos lução normativa no que se refere à garantia da A proposta agora apresentada solicita o o Sistema Único de Saúde (SUS).
pelos planos de saúde e amplia a cobertura dos qualidade das ações dos diversos profissionais desmembramento em três procedimentos, no O Seminário sobre Modalidades de Gestão
conveniados, os Conselhos Federal e Regionais envolvidos no cuidado em saúde, possibilitan- subgrupo Reabilitações - Sessões: Reeducação no SUS mobilizou cerca de 180 representantes
de Fonoaudiologia apresentaram seus argu- do ações de promoção e prevenção. Levaram e/ou Reabilitação Vocal (com, no mínimo, 12 de usuários, profissionais de saúde, gestores
mentos e considerações. Elas foram embasa- também em consideração a garantia de que as sessões); Reabilitação em Motricidade Orofa- da área, prestadores de serviço para o setor e
das na constatação de que a Fonoaudiologia é ações ocorram em todos os níveis de atenção, cial (mínimo de 12 sessões) e Reabilitação em comunidade científica. O CFFa esteve presente
integrante indissociável da equipe multiprofis- visando a promoção da saúde, a prevenção de Linguagem Oral e/ou Escrita, bem como dos ao encontro, representado pela fonoaudióloga
sional, para garantir a promoção, recuperação riscos e doenças, o diagnóstico, o tratamento, a aspectos auditivos (mínimo de 24 sessões). Denise Torreão.
e reabilitação do ser humano. recuperação e a reabilitação de enfermos. Esta proposta complementa outros docu- Um documento, com as doze característi-
Para realizar essa revisão, a ANS compôs O documento encaminhado pelo CFFa so- mentos e ofícios que o CFFa havia encaminhado cas consideradas indispensáveis para um novo
um grupo técnico formado por representan- licita a inclusão da assistência fonoaudiológica anteriormente para a ANS, entre eles o que modelo de gestão dos serviços de saúde no SUS
tes de todos os segmentos do setor de saúde em casos de seqüelas nas funções de lingua- solicitava o estabelecimento de parâmetros re- foi definido ao final do encontro, como resulta-
suplementar (operadoras, prestadores, bene- gem, tais como nos ocorrências de manifesta- ferentes ao tempo de tratamento e determinava do das intervenções dos participantes. A partir
ficiários e órgãos de defesa do consumidor). ções afásicas; em casos oncológicos, como nas como prognóstico de curto prazo o período dele será criado um Grupo de Trabalho no Con-
Foi baseada na obrigatoriedade legal da revisão ocorrências cirúrgicas de cabeça e pescoço e correspondendo a até um ano. Este tempo es- selho Nacional de Saúde, para a elaboração de
periódica desse rol, na pressão social em relação em casos de reparação de fissuras lábiopalatais timado de um ano de reabilitação fonoaudioló- um documento-síntese que deverá contemplar Aspecto do plenário.
à inclusão de novas tecnologias e na constante e demais ocorrências nas quais estejam impli- gica corresponde ao número aproximado de 48 a sistematização das exposições e as interven-
busca da qualidade da assistência prestada, cadas as funções de respiração, mastigação e sessões terapêuticas. ções da plenária durante o evento. e das experiências das prefeituras de Amparo De acordo com os participantes do seminá-
considerando-se, principalmente, o cuidado deglutição. Devem também ser incluídos os A viabilização da revisão da quantidade Outro encaminhamento do seminário, (SP) e de Belo Horizonte (MG). Uma avaliação rio, o envio deste PLC ao Congresso Nacional sem
integral e multiprofissional e a análise da incor- procedimentos diagnósticos em audição. Esta mínima de sessões, possibilitando ampliação do também aprovado pelo Pleno do Conselho dos últimos 20 anos da reforma do estado no a devida atenção à legislação do SUS, que ordena
poração dessas novas tecnologias. cobertura se estende a usuários de unidades prazo de tratamento, após constatação desta Nacional de Saúde, foi a composição de uma país figurou como tema da mesa de abertura o tratamento de tais políticas no espaço delibera-
O rol de procedimentos constitui a refe- hospitalares neonatais, pediátricas e adultos. necessidade por perito fonoaudiólogo con- comissão formada por representantes de enti- do evento. tivo do Conselho Nacional de Saúde e da Confe-
rência básica para a cobertura mínima obri- Quando da análise da Classificação Bra- tratado pelo próprio plano de saúde, foi outro dades e instituições participantes do encontro, rência de Saúde, fere os preceitos do controle de
gatória dos novos planos de saúde, assinados sileira de Procedimentos em Fonoaudiologia aspecto fortemente defendido pelo CFFa na encarregada de aprofundar o conteúdo do Repúdio ao PLC. Várias intervenções políticas público exercido pelos Conselhos.
após 1º de janeiro de 1999 e dos planos adap- (CBPFa) encaminhada pelo Conselho Federal resposta a consulta pública da ANS. relatório do Grupo de Trabalho e elaborar uma durante o seminário solicitaram a retirada do O Conselho Nacional de Saúde já se posi-
proposta concreta a ser apresentada no mês de Projeto de Lei Complementar (PLC) 92/2007 cionou sobre esse tema, em reunião de junho
outubro, durante o II Seminário sobre Modali- que tramita no Congresso Nacional e que pro- deste ano, com votação contrária à criação de
dades de Gestão no SUS. põe a criação de fundação estatal para áreas do Fundações Estatais no âmbito da Saúde. Para
A intenção é que, ao final deste segundo serviço público não privativas do Estado, entre o CNS, as diretrizes de funcionamento do SUS
seminário, seja possível finalizar um documento elas a Saúde passam por ações tripartites (federal, estadual e
a ser apresentado e debatido durante a etapa municipal). Assim, as modalidades de gestão do
nacional da 13ª Conferência Nacional de Saúde, Sistema devem garantir um modelo assistencial
em novembro. Nota de pesar integral e de qualidade.
Durante o seminário foram apresentados Consternado, o Conselho Federal de Fo- “Portanto, a partir desses referenciais, e,
diferentes exemplos de gestão no SUS, como os noaudiologia expressa seu mais profundo pe- diante dos avanços e desafios, os serviços de
dos consórcios intermunicipais de Jacarezinho sar pela perda da fonoaudióloga e enfermeira saúde não podem ter seus profissionais subme-
(PR); do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Nadja Maria Soczecki de Paula, presidente tidos à lógica do mercado, seus gestores subme-
Alegre (RS); da Fundação Ary Frauzino no Insti- do Sindicato dos Técnicos-Científicos do Rio tidos à mercê de indicações políticas e estrutura
tuto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro (RJ); Grande do Sul, em acidente aéreo ocorrido administrativa arcaica. Compreende-se, desta
das organizações sociais de interesse público em São Paulo em 17 de julho. forma, que mais uma figura jurídica não supe-
em atuação no estado de São Paulo; dos hos- Aos familiares e amigos de Nadja,a soli- rará os atuais problemas de gerenciamento do
pitais da Universidade Federal de Minas Gerais dariedade neste momento de luto. poder público”, afirma o documento do CNS.

16 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 17


CFFa em ação 13ª Conferência Nacional de Saúde

Decisão do CNE reabre debates Espaço para fonoaudiólogo discutir saúde pública

C
sobre carga horária mínima om 3.068 vagas para delegados
representantes de usuários, traba-
até 15 de outubro), além dos delegados eleitos
pelas entidades nacionais. A distribuição dos de-
conferências estaduais e municipais) que a so-
ciedade se articula para garantir os interesses e

E
lhadores de saúde, gestores e pres- legados, em todas as etapas, seguirá a paridade as necessidades da população na área da Saúde,
m dois documentos elaborados pelo das profissões que concordaram com o proposto cursos da área de Saúde, entre eles o de Fonoau- tadores de serviços de saúde, Brasília de 50% de usuários, 25% de gestores e prestado- para assegurar as diversas formas de pensar o
Conselho Nacional de Educação (CNE), em parecer anterior, de 2004. diologia, o que ocorreu por meio do Parecer CES/ abrigará de 14 a 18 de novembro res de serviços em saúde e 25% de profissionais SUS e para ampliar junto à sociedade informa-
em junho deste ano, não existem men- Em audiência publica realizada pelo CNE CNE 08/2007, que deu origem à Resolução CES/ próximo a 13.ª Conferência Nacional de Saúde, de saúde, conforme a Lei 8.142/1990. É neste ções sobre o sistema e, assim, fortalecê-lo.
ções à carga horária mínima dos cur- em dezembro de 2003, foi apresentada proposta CNE 02/2007. O CNE editou ainda uma outra com o objetivo de avaliar os 20 anos do Sistema segmento, o dos profissionais de Saúde, que se Consciente desta responsabilidade, o
sos de Fonoaudiologia. Essa ausência unificada (do Conselho Federal de Fonoaudio- resolução, em que estabelece que a carga horária Único de Saúde e propor soluções para que o incluem os representantes da Fonoaudiologia. Conselho Federal de Fonoaudiologia conclama
de fixação de carga horária mínima, que também logia, SBFa, ABA e coordenadores de cursos de mínima dos cursos é definida em horas de 60 SUS seja uma política de Estado sem oscilações Uma preocupação que permeia os traba- os fonoaudiólogos a entrarem em contato com
alcançou outros cursos da área da Saúde, ocorreu graduação em Fonoaudiologia), de carga horária minutos, e não horas/aula, como utilizadas pelas em seu funcionamento de um governo para lhadores da área da Saúde é a redução do núme- seus Conselhos Regionais para tomarem conhe-
após argumentações do CFFa e de outros Con- mínima de 4.000 horas, integralizadas, em no instituições de ensino. outro. O tema será “Saúde e Qualidade de Vida: ro de vagas em relação à conferência de 2003, cimento das datas e locais dos eventos que estão
selhos Federais, em conjunto com o Fórum dos mínimo, quatro anos. O parecer do CNE, no Desde o ano passado, o Fórum dos Conse- Política de Estado e Desenvolvimento” quando o total de delegados foi em torno de programados nas etapas municipais e estaduais.
Conselhos Federais da Área da Saúde. entanto, não acatou essa proposta e estabeleceu lhos Federais da Área da Saúde solicita ao CNE a De acordo com a Lei no. 8.142, de 28 de 4.000. Mantido o número de vagas anunciado, Em seguida, participar desses encontros, para
Estes dois documentos – a Resolução carga horária de 3.200 horas para os cursos de realização de audiências públicas para discussão dezembro de 1990, que dispõe sobre a parti- o segmento de trabalhadores da Saúde contará oferecer sugestões e colaborar com a elaboração
02/2007 e o Parecer CNE/CES 08/2007, publica- Fonoaudiologia. das cargas horárias dos cursos que ainda não cipação da comunidade na gestão do Sistema com apenas 65 vagas, distribuídas por todas as dos documentos para a etapa nacional, garan-
dos no Diário Oficial da União em 18 de junho de Em abril de 2006, o MEC solicitou ao CNE possuem a definição, com o forte envolvimento Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências representações de profissionais de saúde, entre tindo o exercício pleno de cidadania nas políticas
2007 - homologaram as cargas horárias mínimas um novo parecer, em que fossem retirados alguns do CFFa nessas discussões. intergovernamentais de recursos financeiros na elas a categoria dos fonoaudiólogos. de saúde, nas três esferas de governo.
área da saúde e dá outras providências, a Confe- O Congresso terá ainda observadores, pes- Apesar da indicação do encerramento da
rência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos soas interessadas em acompanhar a realização etapa municipal em 5 de agosto, vários muni-

Conquista da Fonoaudiologia: com a representação dos vários segmentos so-


ciais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde
da Conferência, indicados nas Conferências Esta-
duais de Saúde, no limite de até 10% do total de
delegados de cada estado e do Distrito Federal.
cípios ainda estão programando e realizando
eventos no mês de setembro. Vale a pena
conferir a agenda municipal de sua cidade,

CFFa integra CISPD nos níveis correspondentes.


Os delegados serão eleitos na etapa estadu-
A importância desta participação decorre
de ser no espaço destas conferências (além do
para cientificar-se da sua realização. A etapa
estadual, que teve início em 15 de agosto, irá

D
al (iniciada em 15 de agosto, e que se prolongará encontro em nível nacional, estão ocorrendo até 15 de outubro.
esde maio de 2007, o Conselho Fe- professores, funcionários e a sociedade em geral cia da participação do CFFa, lembrando que cente-
deral de Fonoaudiologia tem assento para atendimento de necessidades físicas, sociais nas de fonoaudiólogos atuam nas Apaes e outras
na Comissão Intersetorial de Saúde e psíquicas. Um núcleo específico atende porta- instituições voltadas para esta população.
da Pessoa com Deficiência (CISPD) do dores de deficiências. A proposta de trabalho da CISPD enfatiza o
Ministério da Saúde, em decorrência Em 14 de junho de 2007 o plenário do acompanhamento da política de saúde da pessoa
da reestruturação da comissão. A fonoaudióloga Conselho Nacional de Saúde aprovou a reestru- portadora de deficiência e debates sobre a elabo-
Marlene Canarim Danesi foi a conselheira indicada turação do CISPD, homologada pelo Ministério ração e implantação da Política da Saúde Visual. A
como representante do CFFa. da Saúde. A decisão levou em conta portaria que aproximação com o MEC é também uma priorida-
Conselheira efetiva do CFFa, Marlene foi instituiu a Política Nacional de Saúde da Pessoa de da CISPD, para integrar as políticas de Saúde
indicada em reconhecimento ao seu trabalho de Portadora de Deficiência, o Estatuto da Pessoa e Educação, principalmente nas questões relativas
40 anos nessa área: foi diretora técnica da Faders, com Deficiência (atualizado em 2006) e também à Educação Inclusiva.
fundação estadual que se dedica as políticas de a necessidade de acompanhar a execução dessa O coordenador da CISPID é Volmir Raimon-
saúde para esta parcela da população. Atualmente política, para garantir um espaço para o acolhi- di, da União Brasileira de Cegos (UBC), de Bento
é coordenadora da Casa de Cuidados, um espaço mento das demandas e fortalecer as açoes de Gonçalves (RS) e o coordenador adjunto, Marisa
institucional do Centro Universitário IPA, em Porto saúde para essas pessoas. Faria Silva, da Associação Brasileira de Autismo (
Alegre (RS), voltado ao acolhimento de alunos, Marlene Canarim Danesi ressalta a importân- Abra), de São Paulo (SP).

18 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 19


Gagueira infantil portante deixar claro que essas opiniões não
causam a gagueira do filho, mas contribuem
para piorar a gagueira e as conseqüências
No Rio de Janeiro,
Dúvidas e mitos
emocionais que advêm dela”.

Fórum sobre Fluência


Por outro lado, pesquisas indicam que as
pessoas que gaguejam sentem-se distantes
dos pais. “Elas acham que recebem pouco
afeto, que desapontam seus pais, que têm
pais muito punitivos, não se sentem realmen-
“Ter uma criança que gagueja já é suficientemente difícil para qualquer pai ou mãe. Fazê-la sentir-se
te aceitas e se sentem subestimadas em rela-
culpada por isso só contribui para piorar a situação”.
ção à maturidade”, lembra Sandra.
Anelise Junqueira Bohnen,
Gagueira na escola. Baseado em um
em seu livro “Sobre a Gagueira”.
texto de Lisa Scott Trautman (“Notes to the

A
Teacher: The Child Who Stutters at School”),
s disfluências podem surgir muito espontânea em curto espaço de tempo após a sociedade é romper o silêncio que se faz traduzido por um dos voluntários do IBF, Hugo
cedo na fala de algumas crianças. o aparecimento dos primeiros sintomas. En- em relação à gagueira. “Em vez de ignorar, Silva, a fonoaudióloga Sandra Merlo cita algu-
Podem ocorrer repetições de tretanto, os pais, de maneira geral, não têm os pais devem buscar um especialista, pois, mas ações essenciais por parte do professor.
parte de palavra (como “V-v-você como saber de antemão quais as chances de quanto mais jovem se faz o tratamento, mais Os professores freqüentemente têm
quer brincar?” ou “Vo-vo-você ocorrer melhora espontânea com seu filho. fácil se conquista resultados” . dúvidas sobre como agir com uma criança
quer brincar?”), prolongamentos (como “Eu Alguns dos fatores que aumentam o risco A fonoaudióloga encarregada do setor que gagueja em sala de aula. Por exemplo:
ffffui na escola”) ou bloqueios (quando a fala das dificuldades perdurarem estão ligadas de Fonoaudiologia do Hospital do Servidor ela deve ser cobrada para fazer apresentações
parece “presa”). ao sexo (é maior no masculino), a casos de Público do Estado de São Paulo e também orais, ler em voz alta ou responder pergun-
gagueira ou fala associada fundadora do IBF, Eliana Nigro tas? Deve comentar com a criança a respeito
rápida na famí- Rocha, relata que nos dias de hoje existem de sua fala ou simplesmente ignorar? E se Palestrantes e alguns convidados especialistas junto aos alunos
outras crianças começam a caçoar dela? da Graduação em Fonoaudiologia da UFRJ no dia do Fórum.
Foto: Shutter Stock

lia, a presença abordagens terapêuticas mais satisfatórias


de esforço para nas crianças, principalmente para aquelas “A criança da pré-escola e do jardim de

R
falar e a recusa a que convivem menos tempo com a gagueira, infância está ativamente aprendendo a falar.
ealizado pelo Instituto Brasileiro de dióloga Sandra Merlo e da coordenadora do
situações de fala, ou seja, que recebem tratamento assim que Neste processo, é natural que cometa erros
Fluência, em parceria com a Uni- curso de graduação em Fonoaudiologia da
entre outros. os pais percebem a disfluências na fala. No de fala”, comenta Sandra. “O professor não
versidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Medicina da Universidade Fe-
A fonoau- caso dos adolescentes o resultado também deve deixar que ela perceba qualquer atenção
(UFRJ), o Fórum Científico sobre deral do Rio de Janeiro (UFRJ), fonoaudióloga
dióloga Ignês se mostra positivo, ainda mais quanto às im- especial neste momento e sim procurar um
Fluência, realizado no Rio de Janeiro em 17 Leila Coelho Nagib.
Maia Ribeiro, plicações pessoais que o problema acaba por fonoaudiólogo especializado em gagueira
de agosto de 2007 reuniu especialistas da Os temas abordados foram: Fluência
presidente do afetar o jovem. para receber orientações e sugestões”
área de fluência e de seus transtornos. Com o (dra. Sandra Merlo), Gagueira e Genética
Instituto Brasi- “Em muitos casos, quando pais e profes-
sucesso do fórum, ele se tornará permanente (doutorando Thiago da Veiga Pereira), Neu-
leiro de Fluência Gagueira na família. Os avanços sores ouvem a criança e conversam com ela
e bienal. O próximo será realizado em 2008. rociências e o Fonoaudiólogo Especialista
(IBF), que relata científicos mostram que os pais não são os de uma forma calma e paciente, a fala retorna
O encontro foi organizado pelas pro- em Gagueira (doutoranda Anelise Junqueira
esse quadro, des- responsáveis pela gagueira do filho. Entretan- à normalidade e suas habilidades de lingua-
fessoras e fonoaudiólogas Leila Coelho Nagib Bohnen), Gagueira, Linguagem e Cognição
taca como fun- to, determinadas atitudes familiares podem gem e sua adaptação escolar melhoram. Se
e Juliana Pereira, do curso de graduação em (dra. Ana Flávia Magela Gerhardt), Diag-
damental a rea- piorar a gagueira. Por isso, é extremamente a criança continuar a apresentar hesitações/
Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da nóstico Diferencial entre os Transtornos da
lização de uma importante que os pais adotem atitudes que disfluências, é recomendável que ela seja
UFRJ e contou, em sua abertura, com a parti- Fluência (profa. Leila Coelho Nagib), Terapia
avaliação por um promovam a fluência. acompanhada por um fonoaudiólogo espe-
cipação da presidente do Instituto Brasileiro para Taquifemia (dra. Cristiane Oliveira) e
fonoaudiólogo A presidente do IBF fornece um dado cializado em gagueira”.
de Fluência (IBF), fonoaudióloga Ignês Maia Gagueira: Tratamento Fonoaudiológico (MS
especializado em sólido, disponível no site do IBF, em relação às No ensino fundamental há crianças que
Ribeiro; da diretora científica do IBF, fonoau- Ignês Maia Ribeiro).
gagueira para diferenças entre famílias com e sem pessoas não somente repetem e prolongam sons, mas
identificar a pro- que gaguejam. “Está vinculada com a história
babilidade da ga- familial para gagueira: 55% das pessoas que
gueira melhorar gaguejam têm pais, irmãos, filhos, tios, pri-
ou persistir. “Se mos, avós e/ou netos com gagueira. Famílias Dia Internacional de Atenção à Gagueira
o risco para ga- menos harmoniosas, repressoras ou menos
gueira for baixo,
basta um acom-
sociáveis não seriam causadoras da gagueira:
seriam fatores complicadores, que aumenta- Tema de 2007 é gagueira infantil

G
panhamento pe- riam as condições que levam às dificuldades
riódico, no qual de fluência, ao pior desempenho escolar e às agueira infantil. Este será o todo o Brasil para comemorar a data, ao lado Saúde e Educação.
se observará cli- tendências ao retraimento”. tema do Dia Internacional de de ações de divulgação na mídia. Informações
nicamente a evo- A fonoaudióloga Sandra Merlo aponta Atenção à Gagueira, come- mais detalhadas dessa programação estão sen- Em Fortaleza... A Universidade de Forta-
lução da fluência pesquisas que indicam que os pais apresentam mo r a d o a n u a l men te em 2 2 do elaboradas e serão brevemente disponibili- leza (Unifor) há vários anos realiza eventos quan-
da criança. Se o fortes tendências a adotar opiniões menos fa- de outubro. Em 2005, quando ocorreu a zadas no site do Instituto Brasileiro de Fluência do do Dia Internacional de Atenção à Gagueira.
A gagueira geralmente tem início entre risco for alto, o tratamento deve ser iniciado voráveis em relação ao filho que gagueja. “De primeira campanha brasileira, o tema foi (IBF), em http://www.gagueira.org.br. Em 2007, tendo a frente os conselheiros federais
dois e quatro anos de idade. E, quanto mais imediatamente, independentemente da ida- forma geral, os pais vêem seu filho que gagueja Tratamentos para a Gagueira. Em 2006, o As atividades são coordenadas pelo Charleston Teixeira Palmeira e Lia Maria Brasil de
precoce a intervenção, maiores são as possi- de da criança”. como nervoso, irritado, teimoso, imaturo, com tema escolhido foi Causas da Gagueira. Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), em Souza, com o apoio da coordenação do curso
bilidades de obter melhores resultados. Em Para a fonoaudióloga Sandra Merlo, complexo de inferioridade e pouco sociável. Os Na semana de 22 a 28 de outubro, di- conjunto com o Hospital do Servidor Público de Fonoaudologia, serão realizadas palestras
qualquer idade, a gagueira tem tratamento. que também é portadora deste distúrbio e é pais também acreditam que a gagueira ocorre versos eventos estão sendo programados em Estadual (HSPE), de São Paulo (SP), e Cefac que abordarão o tema Gagueira Infantil.
Na maioria das crianças, ocorre melhora diretora científica do IBF, o maior desafio para devido a esses traços de personalidade. É im-

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NR17 estabelece novas normas
também que fazem esforço e ficam tensas e Para Cláudia Regina, os pais são as pesso- esteja associada a comportamentos como ti-
frustradas com suas tentativas de falar. “Sem as mais indicadas para ajudar a criança na hora midez e ansiedade, mas é muito difícil diferen-
a ajuda necessária” – enfatiza Sandra Merlo – de superar as dificuldades. “Eles podem mudar ciar quando é a ansiedade que piora a gagueira

para trabalho em Teleatendimento


“é provável que a gagueira afete negativamen- algumas atitudes, tornando o ambiente um ou quando é a gagueira que gera a ansiedade.
te seu desempenho em sala de aula e, tal como aliado no combate as disfluências. Os educa- Cláudia Regina resume em uma frase “Algu-
sugerido para a criança da pré-escola, a con- dores também devem estar preparados para mas crianças que gaguejam são tímidas, mas a
sulta a um fonoaudiólogo especializado em reagir da melhor maneira aos imprevistos”. maior parte das tímidas não gaguejam”.

A
gagueira é essencial, tanto quando falar com A gagueira é um tipo de disfluência Orientações jurídicas. José Roberto s avaliações sobre as condições serem reguláveis, tal como os assentos. Isto outros cuidados com a voz e a audição, antes
os pais e discutir suas observações com eles”. comum nos períodos em que a criança está Guedes de Oliveira, conselheiro fiscal do IBF, de trabalho em teleatendimento/ é bom para o teleoperador, porque a pessoa do início do trabalho ou nos intervalos, mas
Riscos e condutas. A fonoaudióloga desenvolvendo a linguagem. A criança desen- é autor de um manual de orientação jurídica telemarketing, que tiveram início que fica com a coluna reta e a corda vocal isto não é obrigatório para o teleoperador.
Cláudia Regina Furquim de Andrade, docente volve a fala nos três primeiros anos de vida, sobre a gagueira, que está disponibilizado em março de 2005, na Comissão posicionada em cima da coluna, terá um mo- Como este público é muito jovem, temos a
do curso de Fonoaudiologia da FMUSP, em e entre dois e seis anos ainda é normal que no site do Instituto Brasileiro de Fluência, em Tripartite Permanente de Telea- vimento de prega vocal mais adequado”. impressão (mas não a certeza) de que esses
São Paulo (SP) é autora de um estudo sobre a criança tenha dificuldade em emitir sons www.gagueira.org.br. Nesse guia, ele aborda tendimento (CTTP), foram oficializados com Em relação ao ajuste de altura da mesa, trabalhadores nem sempre irão procurar
determinação de fatores de risco e condutas e palavras mais difíceis. Mas é preciso saber situações comuns na família, como a de solu- a publicação da Portaria 9, da Secretaria de foram retiradas da norma várias medidas este tipo de apoio. A norma diz que a partici-
nas gagueiras infantis. Nesse estudo, ela diferenciar esta etapa natural do desenvolvi- cionar as dificuldades para localizar na rede Inspeção do Trabalho e do Departamento de que estavam sendo requeridas pelo Gover- pação em qualquer modalidade de atividade
apresenta os avanços no estudo das gaguei- mento dos sinais que indicam uma possível pública de Saúde um fonoaudiólogo especia- Segurança e Saúde no Trabalho, ambos do no. Permaneceu um ajuste de 13 cm para física, quando adotada pela empresa, não
ras infantis, fornecendo elementos para um gagueira crônica. lizado no tratamento da gagueira; de como Ministério do Trabalho e Emprega. A portaria permitir ao operador apoiar os pés no chão, é obrigatória, e a recusa do trabalhador em
diagnóstico diferencial precoce entre as dis- Por muito tempo se acreditou que esta agir na rotina escolar, desde a simples respos- aprova o anexo II da Norma Reguladora 17 que sem prejuízo do apoio de pé quando o ajuste praticá-la não poderá ser utilizada para efei-
fluências comuns da infância e as gagueiras “gagueira momentânea” da infância desapa- ta à chamada e a apresentação de relatos em trata desse tema. A NR 17 aborda também rui- de cadeira não permitir esse apoio. to de qualquer punição, diz o anexo”.
propriamente ditas. Ela conclui que, para que receria com o tempo, sem maiores preocupa- sala de aula; de como abrir ações judiciais de- do e ar-condicionado, situações que igualmen- O anexo II da NR 17 também estabelece O treinamento e a capacitação em saú-
haja uma intervenção precoce plenamente ções. Segundo Cláudia Regina, em 25% dos correntes de humilhações sofridas na escola te dizem respeito ao fonoaudiólogo. jornada de trabalho de seis horas diárias ou de continuam sendo obrigatórios, com dura-
efetiva, é importante que o diagnóstico e o casos estas pequenas disfluências da infância ou de limitações nos exames de admissão ao Datada de 30 de março e publicada no 36 horas semanais, sem hora extra e sem ção de pelo menos uma hora no treinamento
tratamento sejam possíveis entre seis a oito se mantém ou se agravam com o tempo. curso superior. O texto ainda aborda as defe- DOU em 2 de abril, a portaria estabeleceu acúmulo com outra ocupação semelhante. inicial. “O fonoaudiólogo é, com certeza, um
meses após o aparecimento dos primeiros Outras crenças também devem ser revis- sas contra profissionais mal qualificados para prazo de 90 dias para implementação das Além disso, as empresas ficam obrigadas a profissional imprescindível para essa atua-
sintomas. tas. Muitos acreditam que a gagueira infantil o diagnóstico e o tratamento da gagueira. mudanças (para algumas situações o pra- implantar duas pausas de 10 minutos du- ção. No entanto, não há menção específica a
zo foi estendido para 120 dias; a gradual rante a jornada de trabalho (a reivindicação este profissional, no documento final”.
adequação de mobiliário recebeu prazo de inicial era de 10 minutos de pausa a cada 50 Por outro lado, as questões de promo-

Presença da Fonoaudiologia cinco anos),


A portaria estabelece parâmetros mí-
nimos para o trabalho em atividades de
minutos de trabalho). “Do ponto de vista de
voz, se o teleoperador fizer repouso vocal
nesses intervalos, ele terá benefícios na saú-
ção e prevenção de saúde não foram muito
bem contempladas no Anexo II. “São muito
genéricas. O documento apenas estabelece

brasileira no exterior teleatendimento/telemarketing nas diversas


modalidades desse serviço, com o objetivo
de proporcionar conforto, segurança, saúde
de e, conseqüentemente, no trabalho dele”,
destaca Juliana Algodoal. Essa pausa não
pode coincidir com o intervalo obrigatório
que todos os programas de prevenção para
a Saúde relacionados à organização do tra-
balho, devem ser realizados conjuntamente

N
a Croácia... que ocorre em 22 de outubro). e desempenho eficiente e é aplicado a todas para alimentação. entre as diversas profissionais e áreas da
Após o Congresso, Sandra Merlo foi convi- as empresas que mantêm esse serviço, seja Há um reflexo negativo, de acordo com empresa: fonoaudiólogo, médico do traba-
fonoaudióloga Sandra Merlo par- dada a dar seu depoimento no blog The Stutte- ele ativo ou receptivo, em centrais de aten- Juliana Algodoal. “As empresas deverão lho, fisioterapeuta e educador físico, mais a
ticipou como convidada, repre- ring Brain do dr. Tom Weidig. Os links deste de- dimento telefônico e/ou em centrais de rela- continuar contratando fonoaudiólogos para supervisão, Recursos Humanos e a gerência
sentando a América do Sul, do 8º. poimento, do site do congresso e do resumo da cionamento com clientes (call centers). fazer, por exemplo, aquecimento vocal ou da área...”.
Congresso Mundial para Pessoas que Gaguejam, palestra de Sandra Merlo podem ser vistos nesta A fonoaudióloga Juliana Algodoal, da
realizado de 6 a 11 de maio deste ano em Dubro- mesma edição, em “Fonoaudiologia Online”, na Diretoria do Departamento de Voz da So-
vnik, na Croácia. Sandra foi também convidada página 26. ciedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa),
pelos organizadores para ser uma dos seis key- participou das discussões que antecederam
note speakers. ... e na Alemanha a redação final da norma, juntamente com a
“Quase todos os keynote speakers eram fonoaudióloga Ana Elisa Moreira Ferreira, da
fonoaudiólogos e pessoas com gagueira e fomos A fonoaudióloga Ieda Russo participou da Univoz. O espaço para essa dupla participa-
solicitados a falar sobre como entendemos a ga- 7ª. Convenção da Federação Européia de Socie- ção ocorreu via Associação Brasileira de Te-
gueira nesta dupla perspectiva (pessoa com ga- dades em Audiologia (7th EFAS), representando leserviço. Fonoaudiólogas com atuação em
gueira e profissional)”, relata Sandra. Os outros o Brasil, na qualidade de presidente eleita, para empresas de teleatendimento/telemarketing
palestrantes - pessoas com gagueira e fonoaudi- o biênio 2008-2010, da International Society também se envolveram nos debates.
ólogos - foram Joseph Kalinowski (representante of Audiology (ISA). O evento foi realizado na ci- Juliana Algodoal vê aspectos positivos
da América do Norte), Rachel Everard (represen- dade de Heidelberg, na Alemanha, no período na regulamentação obtida, de grande im-
tante da Europa), Dina Lilian (representante da
Dra. Ieda Russo
de 6 a 9 de junho deste ano, com a participação pacto para a atuação do fonoaudiólogo.
África) e Shinji Ito (representante da Ásia). Mark de mais de 500 congressistas provenientes dos “Uma obrigatoriedade que é muito positiva,
Irwin, com gagueira e dentista, foi o representan- do participaram do evento na Croácia: Estados cinco continentes. foram as regras estabelecidas para o uso
te da Austrália e Mark Onslow, fonoaudiólogo, o Unidos, Inglaterra, Austrália, Alemanha, China, Em 9 de maio, a dra. Ieda Russo também de headsets. Cada operador de telemarke-
outro representante da Austrália. Japão, Nepal e Burkina Fasson, entre outros. Da participou da reunião anual da diretoria da ISA. ting terá que ter o seu conjunto de fone e
De acordo com Sandra Merlo, até onde América do Sul, também participou a professora “Estamos organizando o 29º. Congresso Inter- microfone, para uso individual, para evitar
ela sabe, esta foi a primeira ocasião em que um Ana Flávia Magela Gerhardt, docente da Univer- nacional de Audiologia a ser realizado na cidade qualquer espécie de contágio ou risco à
fonoaudiólogo brasileiro foi keynote speaker em sidade Federal do Rio de Janeiro e membro do de Hong Kong, em junho de 2008, evento no saúde, como a contaminação por fungos ou
um congresso internacional de gagueira. Ela foi Instituto Brasileiro de Fluência. qual assumirei a presidência da Organização. É micoses”.
inclusive questionada sobre a diminuta partici- Sandra Merlo irá também participar da Con- importante lembrar que o 30º Congresso Inter- Outro aspecto destacado pela fono-
pação de representantes da América do Sul em ferência Mundial Online deste ano, prevista para nacional de Audiologia será realizado na cidade audióloga foi a adequação ergonômica de
congressos internacionais. o período de 1 a 22 de outubro, em comemora- de São Paulo, em 2010”, lembra a fonoaudiólo- todo o mobiliário. “As mesas, por exemplo,
Representantes de muitos lugares do mun- ção ao Dia Internacional de Atenção à Gagueira, ga brasileira. terão que ter 90 centimetros de largura e

22 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 23


FNEPAS prepara Oficinas Coletivas
egressos do curso de especialização, de ativação saúde e usuários do SUS. participam dos comitês locais responsáveis.
de processos de mudança na formação dos profis- Com o objetivo de divulgar, incentivar e Para que você possa conhecer melhor o pro-
sionais de saúde, a SBFa vem procurando ampliar ampliar a participação de dos interessados dos jeto e encontre informações sobre a agenda e o
a participação dos fonoaudiólogos, contatando e diferentes segmentos envolvidos da Fonoaudio- andamento das Oficinas Coletivas recomendamos
convidando outros profissionais que possam cola- logia, a SBFa informa que as informações/inscri- a visita ao site http://www.fnepas.org.br . O ende-
A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), por meio da Comissão Permanente de Ensino participa do Fórum borar da organização das Oficinas Coletivas, uma ções para as oficinas regionais estão sendo feitas reço eletrônico para contato é secretaria@fnepas.
Nacional de Educação das Profissões da Área da Saúde (FNEPAS) e as fonoaudiólogas integrantes dessa comissão - vez que elas ocorrerão em diferentes regiões do pelo site do FNEPAS ou através do contato com org.br. Caso permaneça alguma dúvida, a Co-
Cristina Lacerda, Haydée Fiszbein Wertzner, Márcia Keske-Soares, Maria Cecília Bonini Trenche e Vera Lúcia Garcia - en- país. São parceiros na construção e participação os representantes regionais (veja seus nomes em missão Permanente de Ensino da SBFa se coloca à
caminharam ao Jornal do CFFa relato das ações que estão sendo desenvolvidas ou planejadas, em especial em relação das Oficinas Coletivas coordenadores de cursos, quadro nesta página). A Fonoaudiologia tem se disposição da comunidade para esclarecimentos.
às Oficinas Coletivas, de caráter multiprofissional. docentes, estudantes, gestores e ativadores dos destacado com a participação dos representan- O e-mail para contato é ensino@sbfa.org.br.

C
riado em julho de 2004, o FNEPAS é estabelecer compromissos e cooperação técnica realizadas as oficinas coletivas. Embora haja processos de mudanças na formação de profissio- tes da SBFa, tendo sido ressaltado em várias oca- Contamos com a sua participação e divul-
composto pelas seguintes entidades: entre as entidades participantes e os Ministérios uma orientação geral, cada região fará a oficina nais da área da saúde, gestores, profissionais da siões o dinamismo com que os fonoaudiólogos gação da proposta.
Associação Brasileira de Educação da Saúde e da Educação; contribuir para mobili- considerando seu contexto regional particular.
Médica (Abem), Associação Brasileira zação de docentes e estudantes para mudança Três delas foram agendadas para o período
de Enfermagem (Aben), Associação
Brasileira de Ensino Odontológico (Abeno), Asso-
na graduação das profissões da área de saúde;
promover a troca de experiências entre os diversos
em que o Jornal do CFFa já se encontrava em
produção gráfica: as das Regionais do Rio de Estéreos pessoais
ciação Brasileira de Ensino de Fisioterapia (Aben- cursos de graduação na área de saúde; realizar Janeiro e Espírito Santo, em 2 e 3 de agosto; do

Inovação tecnológica versus riscos auditivos


físio), Associação Brasileira de Ensino de Psicologia ações conjuntas voltadas à formação profissional Sul-Santa Catarina, em 17 e 18 de agosto, e de
(Abep), Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa e ao cuidado em saúde, obedecendo a lógica da São Paulo – Região de Botucatu e Bauru, em 24
em Serviço Social (ABEPSS), Sociedade Brasileira integralidade da atenção e acompanhar a Política e 25 de agosto.
de Fonoaudiologia (SBFa), Rede Nacional de Ensi- de Educação Permanente do Ministério da Saúde. Diversas estratégias estão sendo usadas para

O
no em Terapia Ocupacional (Reneto), Rede Unida, As representantes da SBFa no FNEPAS são estimular a participação dos atores envolvidos. uso de equipamentos estéreos plificados. Até mesmo os músicos clássicos (48%) referentes ao uso inadequado de estéreos pessoais
Associação Brasileira de Hospitais Universitários Maria Cecília Bonini Trenche e Vera Lúcia Garcia, Tendo em vista o convite, já feito pelo FNEPAS, aos “
pessoais, muitas vezes utilizados de são atingidos. De acordo com esta mesma revista, em volume excessivo à audição são apresentados
e de Ensino (Abrahue) e Associação Brasileira de membros da Comissão Permamente de Ensino. A maneira inadequada cresceu muito a perda da audição devida ao barulho é cumula- pela fonoaudióloga. “Que medidas tomar para
Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). SBFa também enviou representantes que estarão em adolescentes na faixa etária de tiva, progressiva e resulta da exposição a diversas diminuir o uso prolongado destes equipamentos?
O FNEPAS tem como principal objetivo integrando os comitês locais de organização. 12 a 18 anos”, alerta a dra. Ieda Rus- fontes, sendo, insidiosa, da mesma forma que a O que fazer para colocar nestes equipamentos
contribuir para o processo de mudança na gra- Representantes da SBFa nas
so, fonoaudióloga que orienta dois trabalhos,um exposição, a longo termo, a outros poluentes tóxi- uma informação que auxilie o usuário a reduzir
duação, partilhando da concepção de integra- Oficinas Coletivas. O FNEPAS atualmen- Oficinas Regionais Coletivas deles uma monografia de iniciação científica e cos. Porém, uma vez que ela ocorre ,é irreversível”. o controle de volume, a fim de não prejudicar a
lidade na atenção e na formação em saúde. O te tem trabalhado no projeto aprovado pelo outro, uma dissertação de mestrado no Programa O avanço tecnológico criou para o mundo audição ao longo do tempo, a exemplo do que o
sentido de integralidade, neste momento, tem MS/Opas que, entre outras atividades, propõe Norte: Andréia Carla Jorge Reis (Belém - PA)
Luciana Barberena (Manaus – AM) de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da moderno mais conforto, economia de tempo e Ministério da Saúde brasileiro fez com o maço de
caminhado para a formação de redes de cuida- a realização de Oficinas Coletivas em âmbito PUCSP, do qual é professora titular. Ambos enfo- progresso. “No entanto, nossa sociedade está cigarros? Como conscientizar jovens adolescen-

Foto: Shutter Stock


dos progressivos, para que a atenção ocorra em regional e nacional. Nordeste 1:(Maranhão, Piauí, Ceará)
Ana Patrícia Sena (CE) cam o uso dos equipamentos estéreos portáteis caminhando para pagar um alto preço, ao ignorar tes sobre a importância do bom uso de estéreos
todas as instâncias de atendimento e por todas A Fonoaudiologia, por meio da SBFa, foi a por adolescentes (os chamados MP3 players, volta os efeitos auditivos do ruído e da música em altos pessoais para a manutenção da música como
as profissões de saúde. primeira categoria profissional a realizar as Ofi- Nordeste 2 : (Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco) - Patrícia Balata (PE) e meia associados ao equipamento produzido volumes de exposição, ignorando os efeitos dessa veículo indispensável para liberação de substân-
Em suas ações, o FNEPAS tem procurado cinas Individuais (em 2006) e, atualmente, está pela Apple com a marca iPod) e a crescente preo- exposição”, alerta a dra. Ieda Russo. “Nas últimas cias químicas que nos auxiliam a manter elevada
participando do planejamento e execução das Nordeste 3 :(Alagoas, Sergipe, Bahia)
Carla Cardoso (BA) cupação com a saúde auditiva desses jovens. quatro décadas, as atividades de lazer tem se a nossa qualidade de vida?”.
Oficinas Coletivas em todas as regiões do país. “Esses aparelhos possuem uma grande tornado extremamente ruidosas e perigosas e o Para responder a estas inda-
Como parte do processo de construção e im- Centro-Oeste:Silvia Ramos (GO)
Coordenadores Regionais capacidade de memória e alta durabilidade da uso de aparelhos estéreos pessoais, reprodutores gações é que tais pesquisas
plementação destas oficinas, que já conta com Sul:Maria Regina Franke Serrato (PR)
bateria. Além desses fatores, aparece o design dos de música em MP3, com o volume máximo, está estão sendo realizadas e
das Oficinas Coletivas recurso financeiro do Ministério da Saúde, as Valentina Simioni Rodrigues (PR)
fones de ouvido. Em todo lugar que percorremos, crescendo em todo o mundo”. orientadas pela dra.
Stela Maris Brum Lopes (SC)
oficinas coletivas estão reunindo além de repre- Denise Terçariol (SC) encontramos pelo menos uma pessoa utilizando Em uma outra pesquisa apontada pela dra. Ieda Russo.
Norte: Tatiana Saldanha (Abep) sentantes das associações de ensino e docentes
tatianasaldanha@hotmail.com Marcia Keske-Soares (RS) fones de inserção, seja na escola, no trem, no ôni- Ieda Russo, a American Speech-Hearing-Langua-
das 14 áreas da saúde (Biologia, Biomedicina, Sudeste - São Paulo bus, na rua, no parque, nas academias de ginástica ge Association mostra os resultados apurados em
Nordeste I (Maranhão, Piauí, Ceará): Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisio-
Leonardo Sales (Abep) - theopix@yahoo.com.br Sudoeste Paulista: (Botucatu e Bauru) etc”, pondera a fonoaudióloga. dez modelos de aparelhos de estéreo pessoais co-
terapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Vera Lúcia Garcia (SP) A dra. Ieda Russo destaca uma pesquisa mercializados nos Estados Unidos, medidos em di-
Nordeste II (Rio Grande do Norte, Paraíba, Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia,
Pernambuco): Emília Perez (Abem) Grande São Paulo:(São Paulo, Santo André, divulgada pela American Speech-Hearing-Lan- ferentes posições de volume. “O nível
epperez@globo.com Serviço Social e Terapia Ocupacional), também Mogi das Cruzes, Franco da Rocha e Osasco) guage Association (ASHA) em 2006, que dispõe de som chegou entre 118 to 122
atores sociais envolvidos na formação de profis- Maria Cecília Bonini Trenche e Haydée F. Werztern
Nordeste III (Alagoas, Sergipe, Bahia): (SP) sobre o número máximo de horas de exposição a dB e, mesmo no volu-
Roseny Ferreira (Abenfisio) sionais de saúde (profissionais da saúde, gesto- diferentes níveis de pressão sonora, comparando- me mínimo, alguns
roseny.ferreira@hotmail.com res de serviços e gestores municipais, estaduais Oeste Paulista: (Marília, Assis, Presidente
Prudente) os em equivalência às diferentes fontes sonoras: alcançaram níveis
Centro Oeste: Myriam Guimarães (Abem) e federais, usuários e os próprios estudantes, 12 horas a 85 dB equivalem a um motor de barco; acima dos es-
Luciana Tavares Sebastião
myriamog@terra.com.br além de atores engajados nesta proposta, como 8 horas a 90 dB equivalem a um cortador de gra- tabelecidos
Leste Paulista:(Campinas, Piracicaba, São João
Sul : Vera Maria da Rocha (Abenfisio) egressos do curso de especialização, em ativação ma; 4 horas a 95 dB a uma motocicleta; 2 horas a como segu-
da Boa Vista) Cristina B. Feitosa de Lacerda e
Vera.mrocha@ufrgs.br ou rvera@digi.com.br de processos de mudanças na formação de pro- Maria Teresa Cavalheiro (SP) 100 dB a um veículo para uso na neve; uma hora a ros pela legis-
Sudeste I/ Minas Gerais: fissionais da área da saúde). 105 dB a uma moto-serra; 30 minutos a 110 dB lação federal”,
Sudeste - Minas Gerais
Cynthya Almeida Coradi (SBFa) As Oficinas Coletivas (multiprofissionais) Sul:Cythya Almeida Coradi (MG) a um concerto de rock e 15 minutos a 115 dB são relata a fono-
cynthyacoradi@ig.com.br serão realizadas nas seguintes regiões: Norte, equivalentes a um cinema ou discoteca! audióloga.
Alto Paranaíba e Triângulo:Ana Claudia
Sudeste II (Rio de Janeiro e Espírito Santo): Nordeste I (Maranhão, Piauí e Ceará), Nordeste Figueiredo Frizzo (MG) Continua a fonoaudióloga. “A Revista Espaço Alguns
Rita Maria Araújo Costa (Aben) II (Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco), Centro (região Metropolitana de Belo Horizonte) Acadêmico, em 2006, mostrou que, na França, questiona-
ritapesquisa@ig.com.br Nordeste III (Alagoas, Sergipe e Bahia), Centro- Ana Tereza Britto e Sthela Maris Lemos (MG)
rmcosta@hse.rj.saude.gov.br um em cada quatro jovens apresenta um ‘déficit mentos
Oeste, Sul, Sudeste I (Rio de Janeiro e Espírito Sudeste - Rio de Janeiro/Espírito Santo: auditivo patológico’ devido, entre outros aspec-
Sudeste III (São Paulo): Santo), Sudeste II (Minas Gerais) e Sudeste Regina Jakubovicz (RJ)
Paulo Marcondes Carvalho Jr. (Abem) tos, ao uso de estéreos pessoais e freqüência às
III (São Paulo). Cada região está definindo o Vânia Pavão (RJ)
paulo@famema.br Rogério Roberte (ES) casas noturnas dançantes. Traumatismos afetam
número de oficinas, datas e locais onde serão 70% dos músicos que tocam instrumentos am-

24 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 25


Fonoaudiologia Online
Complemente a leitura dos textos publicados nesta edição do Jornal do CFFa,
com a consulta de informações nos links abaixo fornecidos.
Agenda
Simpósio - Contribuições da Estado e Desenvolvimento EVENTOS NO EXTERIOR
Fonoaudiologia para a Saúde Etapa Estadual: de 15 de agosto a 15 de outubro
Audição Gagueira e Qualidade de Vida da Pessoa Idosa de 2007 Audiology 2007 (conferência virtual)
As portarias que criaram e regulamen- O resumo da palestra da fonoaudióloga Promoção: Conselho Regional de Fonoaudiologia Etapa Nacional: Promoção: American Speech-Language-Hearing
taram a Política Nacional de Atenção à Saúde Sandra Merlo no congresso da Croácia pode 2ª Região Local: Brasília, DF Association (ASHA)
Auditiva estão disponíveis no site do Ministério ser acessado no link http://www.udruga- Local: São Paulo, SP Data: 14 a 18 de novembro de 2007 Tema: Multidisciplinary Perspectives on
da Saúde, em http://portal.saude.gov.br/por- hinkofreund.hr/congress/?s=keynote&con Data: 15 de setembro de 2007 Informações: http://conselho.saude.gov.br ou (Central) Auditory Processing Disorder:
tal/sas/mac/visualizar_texto.cfm?idtxt=23103 tinent=south_america; o site do congresso Informações: imprensa@fonosp.org.br e-mail cns@saude.gov.br Evidence and Practice
em que foi palestrante, em http://www. Data: 18 a 28 de setembro de 2007
Carga horária mínima udruga-hinkofreund.hr/congress/?s=home XV Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia III Encontro Nacional de Informações: http://www.asha.org/about/events
Para efetuar o download (em formato e a participação na conferência virtual, em e VII Congresso Internacional de Triagem Auditiva Neonatal Universal
pdf) da Resolução e do Parecer do Conselho http://www.mnsu.edu/comdis/kuster/. O Fonoaudiologia Data: 15, 16 e 17 de novembro de 2007 Convenção anual
Nacional de Educação sobre carga horária depoimento da fonoaudióloga para o blog Promoção: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Local: São Paulo, SP Promoção: American Speech-Language-Hearing
mínima, acesse http://portal.mec.gov.br/cne/ “The Stuttering Brain” está, em três partes, (SBFa) Informações: www.hospitalsiriolibanes.org.br Association (ASHA)
Local: Gramado, RS ou tel. (11) 3155-0900 Local: Boston (Estados Unidos)
index.php?option=content&task=section&id nos endereços:
Data: 16 a 20 de outubro de 2007 Data: 15 a 17 de novembro de 2007
=7&Itemid=206 http://thestutteringbrain.blogspot.
Informações: http://www.sbfa.org.bro 10º Encontro de Fonoaudiólogos do Informações: http://www.asha.org/about/events/
com/2007/06/sandra-mello-as-guest-blog-
Serviço Público convention
Conferência Nacional de Saúde ger-i.html V Simpósio Internacional de Local: Clube Mogiano - Mogi Mirim, SP
No site do Conselho Nacional de Saú- http://thestutteringbrain.blogspot. Infectologia em Otorrinopediatria Data: 3 de dezembro de 2007 Conferência bianual
de (http://conselho.saude.gov.br) a última com/2007/06/sandra-mello-as-guest-blog- Promoção: IAPO - Interamerican Association Informações: tel. (19) 3806-4188 Promoção: International Society for
edição do Jornal CNS é dedicada quase que ger-ii.html of Pediatric Otorhinolaryngology Augmentative & Alternative Communication
inteiramente a 13ª. Conferência Nacional de http://thestutteringbrain.blogspot. Local: São Paulo, SP 23º. Encontro Internacional de Audiologia (Isaac)
Saúde e está disponível para download, em com/2007/06/sandra-mello-as-guest-blog- Data: 19 a 21 de outubro de 2007 - EIA Local: Montreal (Canadá)
formato pdf. ger-iii.html Informações : www.iapo.org.br Promoção: Associação Brasileira de Audiologia Data: 2 a 7 de agosto de 2008
O Canal Saúde, da Fundação Oswaldo (ABA), com apoio da Univali Informações: http://www.isaac-online.org
Cruz (Fiocruz) disponibiliza quatro vídeos Oficinas Coletivas 13ª Conferencia Nacional de Saúde Local: Itajai, SC
interessantíssimos sobre a 13ª. Conferência Para acompanhar o projeto e o anda- Promoção: Conselho Nacional de Saúde (CNS) Data: 12 a 15 de março de 2008
Nacional de Saúde. É necessário o programa mento das Oficinas Coletivas, acesse o site Tema: Saúde e Qualidade de Vida - Política de Informações: www.audiologiabrasil.org.br
Windows Media Player, que normalmente http://www.fnepas.org.br. O endereço ele-
acompanha as versões do sistema operacional trônico para contato é secretaria@fnepas.

Voz do Leitor
Windows, mas o próprio site disponibiliza esse org.br e o e-mail da Comissão Permanente de
programa, caso necessário. Os arquivos são Ensino da SBFa é ensino@sbfa.org.br.
grandes e é recomendável o download apenas também aborda a 13ª Conferência Nacional de
para quem dispõe de acesso em banda larga. Saúde (13ª CNS) e oferece a possibilidade de Teleatendimento
O link é: http://www.canalsaude.fiocruz.br/ interagir a partir do chat associado à transmis- Para efetuar o download do anexo II da Gostaria de parabenizar esse cole- profissionais atuantes nessa área? Desde Cefac, estou com o diploma mas, ainda
downvideos.php O programa Sala de Convi- são (o programa é também transmitido pela NR 17, visite o site http://www.mte.gov.br/le- giado pela excelente edição do Jornal do já agradeço a atenção! não solicitei meu título de especialista.
dados, do projeto Canal Saúde, no mesmo site, TV, com captação por parabólica). gislacao/portarias/2007/p_20070330_09.pdf CFFa. Parabéns a todos. A matéria sobre Cíntia Corrêa Blini Qual o procedimento agora? Um abraço
“Queimados” ficou ótima ! Parabéns e Fonoaudióloga e parabéns pelo trabalho que vem sendo
muito sucesso nessa nova jornada. Que (Porto Alegre, RS) realizado. O jornal está lindo, agradável e
Deus continue abençoando e iluminando consistente para leitura.
vocês. As informações solicitadas foram en- Roberta Gonçalves Navarrete

Fonoaudióloga conquista Ana Elvira Barata Fávaro


Fonoaudióloga
(Santos, SP)
caminhadas. Grato pelo comentários.

Agradeço a vocês por me manterem


Fonoaudióloga
(Campo Grande, MS)

Prêmio Capes de Teses  Olá! Gostaria de parabenizar o Jornal


do CFFa pela matéria sobre queimados
informada sobre os acontecimentos da
Fonoaudiologia no Congresso. E fico
muito lisonjeada por saber que a cada dia
A direção do CFFa encaminhou
orientações sobre os procedimentos
a serem adotados. Existem inúmeras

A
professora dra. Suely Máster, de 2006. A versão de 2007 do prêmio, que de São Paulo, intitulada “Análise Acústica e na nova edição. Sou recém formada, pela que passa nossa profissão está sendo cada variáveis para os procedimentos a
fonoaudióloga especialista em é anual, já está em andamento, e estão Perceptivo-Auditiva da Voz de Atores e Não UFSM, e me interesso muito por essa área, vez mais conhecida e valorizada. Desde já, serem adotados, o que inviabiliza uma
voz e docente do Instituto de Ar- concorrendo os doutorados defendidos em Atores Masculinos: O Long Term Average porém ainda não sei como me especializar agradeço. resposta padronizada aqui. Outros
Spectrum e o ‘Formante do Ator’ “. ou mesmo entrar em contato com esse Salma Virgínia Lemos profissionais que tiverem dúvidas sobre
tes da Unesp, recebeu o Prêmio 2006.
tipo de trabalho. Seria possível o jornal me Fonoaudióloga o concurso de provas e títulos devem
Capes de Teses, concedido para A tese foi apresentada pela fonoaudió- A solenidade de entrega dos prêmios
ceder o contato da fonoaudióloga Paula (Delfinópolis, MG) também contatar individualmente
a melhor tese de doutorado aprovada em loga no Programa de Pós-Graduação em Dis- contou com a presença do ministro da Edu-
Nunes Toledo? Ou me ajudar de alguma a direção do CFFa, através do e-mail
2005 na área de conhecimento da Fonoau- túrbios da Comunicação Humana (Campo cação, Fernando Haddad, e do Presidente da
forma, a obter maiores informações de Terminei minha pós em 2003 pelo fono@fonoaudiologia.org.br.
diologia. A outorga ocorreu em novembro Fonoaudiológico), da Universidade Federal Capes, Jorge Guimarães, em Brasília.

26 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007 27


28 Jornal do CFFa – julho/agosto/setembro de 2007

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