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O RENASCIMENTO NA LITERATURA E NA ARTE


Publicada em 05/07/2008

Uma das pontes de transição entre a Idade Média e a Idade


Moderna foi o Renascimento Cultural (séculos XIV -
XVII), caracterizado pelo aprofundamento de inúmeras
transformações que já vinham ocorrendo no mundo medieval
desde o século XI. Enquanto na política ocorria a
centralização do poder, prenúncio do Estado Moderno, a
economia experimentava o renascimento comercial, e a
sociedade vivia o renascimento urbano e a ascensão da classe burguesa, a cultura era marcada pela
quebra do monopólio exercido pela Igreja até então.

A Criação de Adão, de Michelângelo (detalhe do teto da Capela Sistina)

As bases renascentistas traziam um quê de racionalidade e cientificismo, além do resgate de


elementos da cultura greco-romana (grande parte das obras da Antigüidade clássica havia sido
preservada pela própria Igreja), reinterpretados sob uma nova perspectiva. O repúdio aos valores
medievais desenvolvia-se pela oposição do Antropocentrismo, que trazia a idéia do homem como
centro do universo, à mentalidade teocêntrica, que tinha Deus como o centro do universo. O homem
renascentista trazia características racionalistas, individualistas, naturalistas e hedonistas (apego aos
prazeres mundanos).

Em verdade, no Renascimento não houve uma ruptura com a cultura medieval, mas sim uma
transição, de maneira que os diversos elementos da nova cultura e da velha em declínio coexistiram e
interagiram neste período.

PRIMAZIA E DIFUSÃO NA EUROPA

A sede inicial das transformações foi a Itália, que reunia mais acentuadamente as condições
propulsoras do Renascimento. A Itália detinha o monopólio sobre o comércio de especiarias com o
Oriente, o que proporcionava um intenso intercâmbio com diferentes culturas, e as cidades italianas
abrigavam uma burguesia extremamente dinâmica e aberta às transformações culturais. Além destes
fatores, os elementos da cultura greco-romana foram melhor preservados do que nas demais
localidades da Europa. Considera-se como escritor precursor do Renascimento o italiano Dante
Alighieri, cuja principal obra (A Divina Comédia) já trazia citações de autores clássicos.

A difusão do Renascimento nos demais países da Europa ocorreu ao lado da consolidação da maioria
dos Estados absolutistas. Nos Países Baixos (Holanda e Flandres), em que havia uma burguesia

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influente e próspera apta a financiar a produção cultural, o Renascimento também floresceu de


maneira significativa. Em cada país, a cultura renascentista adaptou-se de acordo com as suas
peculiaridades, mas em nenhum deles chegou a alcançar o grau de desenvolvimento atingido na
Itália, com destaque para as cidades de Florença e Roma.

LITERATURA E ARTES PLÁSTICAS

A atitude antropocêntrica do Renascimento influenciou a produção literária, de modo que as obras


passaram a valorizar o individualismo e a manifestar a quebra do rigor moral, próprio da concepção
teocêntrica medieval de mundo.

A escultura e a pintura, que passaram a ser tomadas como artes independentes, absorveram grande
influência do naturalismo, de maneira que o corpo humano passou a representar a grande fonte de
inspiração para o ideal estético de beleza. As obras revelavam a humanização das figuras e o cuidado
nas proporções e na perspectiva retratadas. Na arquitetura, as influências do Classicismo e do
Humanismo marcaram a ruptura com o estilo gótico medieval, a partir do resgate do parâmetro de
perfeição calcado nas formas da natureza.

Na Itália, destacaram-se nas letras os autores Francisco Petrarca e Giovanni Boccaccio, autor da
obra Decameron, que expressou a crise dos valores da época com a introdução de elementos eróticos
na prosa. Ainda Nicolau Maquiavel, que na obra O príncipe, reuniu os anseios da burguesia em
torno de um estado centralizado e desvinculado com controle da Igreja através de um manual sobre a
arte de governar. Os principais artistas plásticos da Itália foram Giotto, Masaccio e Boticcelli, além
dos grandes nomes da pintura Leonardo Da Vinci, Rafael e Michelangelo, considerado a maior
expressão da escultura renascentista, cujas principais obras foram Moisés, Davi e Pietá.

O holandês Erasmo de Roterdã, considerado o “Príncipe dos Humanistas”, tentou conciliar o


cristianismo ao racionalismo renascentista e elaborou críticas ferrenhas ao comportamento do Clero.
Sua principal obra foi Elogio da Loucura. Na Inglaterra, onde o renascimento começou um pouco
mais tarde, por volta do século XVI, destacaram-se William Shakespeare, o grande teatrólogo do
Renascimento, e Thomas Morus.

Tanto na Espanha, quanto em Portugal, o Renascimento foi dificultado pela Contra-Reforma e pela
descoberta do Novo Mundo. Na Espanha, destaque para o pintor El Greco e para o escritor Miguel
Cervantes, criador da famosa obra Dom Quixote. Em Portugal, destacaram-se o teatrólogo Gil
Vicente e o poeta Luís de Camões, a figura máxima do Renascimento português, que em sua obra
mais marcante, Os Lusíadas, funde elementos épicos e líricos, misturando elementos da cultura
clássica com fatos da própria história portuguesa, exaltando o expansionismo português e o
Humanismo.

Um turbilhão de transformações como este, veiculando a renovação intelectual da época, repercutiu


significativamente na produção artística em geral, revelando produções que influenciaram e até hoje
influenciam o curso da história da arte em todo o mundo. No Brasil, a influência da literatura
portuguesa no processo de formação da cultura trouxe forte influência dos elementos Renascentistas,
a partir da sua contraposição com os ideais da Contra-Reforma, própria no movimento Barroco.

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