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Essa experiência mostra que, em algumas circunstâncias, podemos considerar, com boa
aproximação, que as ondas se propagam em linha reta, são bloqueadas por obstáculos e projetam
sombras bem definidas. É necessário, apenas, que os obstáculos a essas ondas - como espelhos ou
lentes - tenham dimensões muito maiores que o seu comprimento de onda. A ótica geométrica, que
estudaremos neste capítulo, trata desse comportamento particular das ondas de luz.
Reflexão e Refração
A Figura mostra um feixe de luz interceptado por uma superfície plana de vidro. Parte da luz
incidente é refletida pela superfície, isto é, se propaga, em feixe, para fora da superfície, como se
tivesse se originado naquela superfície. A outra parte é refratada, isto é, se propaga como um feixe
através da superfície para dentro do vidro. A menos que o feixe incidente seja perpendicular ao
vidro, a luz sempre muda a direção de sua trajetória quando atravessa uma superfície, por isso,
dizemos que o feixe incidente é "desviado" na superfície.
Com base na figura, vamos definir algumas grandezas utilizadas. Na Fig. (b), representamos os
feixes incidente, refletido e refratado como raios, que são linhas retas traçadas perpendicularmente às
frentes de onda, que indicam a direção do movimento dessas ondas. O ângulo de incidência Ø1 o
ângulo de reflexão Ø1' e o ângulo
de refração Ø2 , também estão mostrados na figura. Observe que cada um desses ângulos é medido
entre a normal à superfície e o raio correspondente. O plano que contém o raio incidente e a normal à
superfície é chamado de plano de incidência. Na Figura, o plano de incidência é o plano da página.
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O índice de refração em um meio é, geralmente, maior para um comprimento de onda menor (por
exemplo, luz azul), do que para um comprimento de onda maior (por exemplo, luz vermelha). Isso
significa que, quando a luz branca se refrata, através de uma superfície, o componente azul sofre um
desvio maior do que o componente vermelho, com as cores intermediárias apresentando desvios que
variam entre esses dois.
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A Figura mostra um raio de luz branca, no ar, incidindo em uma superfície de vidro; são mostrados
apenas os componentes azul e vermelho da luz refratada. Como o componente azul sofre uma
refração maior do que o vermelho, o ângulo de refração Ø2b , do componente azul, é menor do que o
ângulo de refração Ø2b' do componente vermelho. A Figura mostra um raio de luz branca passando
pelo vidro e incidindo na superfície de separação vidro-ar. O componente azul é, novamente, mais
refratado que o vermelho, mas agora Ø2b > Ø2r.
Para aumentar a separação das cores, podemos usar um prisma sólido de vidro, com seção triangular
transversal, como na Figura. A dispersão na primeira superfície é aumentada pela dispersão na
segunda superfície.
O arco-íris é o exemplo mais simpático de dispersão cromática. Quando a luz branca do Sol é
interceptada por uma gota de chuva, parte da luz se refrata para o interior da gota, se reflete na
superfície interna e, a seguir, se refrata para fora da gota. Como no prisma, a primeira refração
separa a luz do Sol em seus componentes coloridos, e a segunda refração aumenta a separação.
Quando seus olhos interceptam as cores separadas pelas gotas de chuva, o vermelho vem das gotas
ligeiramente mais inclinadas que aquelas de onde vem a cor azul, e as cores intermediárias vêm das
gotas com ângulos intermediários. As gotas que separam as cores subtendem um ângulo de cerca de
42°, a partir de um ponto diretamente oposto ao Sol. Se a chuva é forte e brilhantemente iluminada,
você vê um arco colorido, com o vermelho em cima e o azul embaixo. Seu arco-íris é pessoal,
porque um outro observador verá a luz proveniente de outras gotas.
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A Figura mostra raios provenientes de uma fonte puntiforme s, no vidro, incidindo sobre a interface
vidro-ar. Para o raio a, perpendicular à interface, parte da luz se reflete, e parte passa através da
superfície, sem mudar a direção.
Os raios de b até e, que têm, progressivamente, maiores ângulos de incidência na interface, também
sofrem reflexão e refração na interface. À medida que o ângulo de incidência aumenta, o ângulo de
refração também aumenta, sendo de 90° para o raio e, o que significa que o raio refratado é tangente
à interface. Nessa situação, o ângulo de incidência é chamado de ângulo crítico Øc . Para ângulos de
incidência maiores do que Øc , como os dos raiosfe g, não há raio refratado, e toda a luz é refletida,
efeito conhecido como reflexão interna total.
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Para calcular Øc, usamos a Equação: associamos arbitrariamente o subscrito 1 ao vidro e o subscrito
2 ao ar, substituímos Ø1, por Øc e Ø2 por 90°, obtendo
encontrando, então
Como o seno de um ângulo não pode ser maior do que1, n2 não pode ser maior do que n1, na
equação. Isso nos diz que a reflexão interna total não pode ocorrer quando a luz incidente está num
meio que tem o menor índice de refração. Se a fonte S, na Figura, estivesse no ar, todos os raios
incidentes na superfície ar-vidro (incluindo f e g) seriam refletidos e refratados. A reflexão interna
total tem encontrado várias aplicações na tecnologia da medicina. Por exemplo, um médico pode
pesquisar uma úlcera no estômago de um paciente pela simples introdução de dois feixes finos de
fibras óticas (Figura) através da garganta do paciente. A luz introduzida pela extremidade de um dos
feixes sofre v árias reflexões internas nas fibras, de forma que, mesmo com o feixe sendo submetido
a várias curvas, a luz alcança a outra extremidade, iluminando o estômago do paciente. Parte da luz
é, então, refletida no interior do estômago e retoma pelo outro feixe, de forma análoga, sendo
detectada, e convertida em imagem num monitor de vídeo, oferecendo ao médico uma visão interior
do órgão.
Fonte:
http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/conceitos_basicos.htm
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Espelhos Esféricos
Pressão em um Líquido
Energia Mecânica
Discussão dos Conceitos de Massa Inercial e Massa Gravitacional
Massa Específica e Densidade
Forças de Atrito
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