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Sistema de Ensino Presencial Conectado

Construindo o sucesso de sua carreira.

Módulo I
Ética e Cidadania
A Ética, a moral e o direito.

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(18) 3117-7481 / (18)3117-7482 / (18) 3625-6960
CRÉDITOS
Diretora Geral do Colégio SOER: Prof.ª Drª Maria das Graças Rodrigues de Paula
Coordenador do Curso: Diogo Mendonça França
Professor: Diogo Mendonça França

OBJETIVOS
Esta apostila de estudos tem como objetivo transmitir as principais noções de: Ética e
Cidadania, conteúdo referente ao Curso Técnico em Edificações pelo Sistema de Ensino
Presencial Conectado SOER/EAD. Para isso, apresentamos uma visão do conteúdo para
aplicação no curso EAD. Este estudo dará conhecimentos ao Profissional Técnico em
Edificações.

LEGENDA

Atividades a serem feitas pelo aluno

Conteúdos complementares

Destaque da parte importante do


conteúdo apresentado

Hora de refletir o assunto apresentado

Espaço utilizado para anotações do


aluno

Links de vídeos indicados pelo curso


SUMÁRIO

Conceito de ética ................................................................................................................. 5


O Comportamento ético ....................................................................................................... 7
DIREITO .............................................................................................................................. 7
CONSTITUCIONAL ............................................................................................................. 7
O Poder Constituinte e as cláusulas pétreas ..................................................................... 10
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ........................................................... 11
DIREITOS SOCIAIS .......................................................................................................... 13
DOS DIREITOS POLÍTICOS ............................................................................................. 15
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ......................................................... 15
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ............................................................................... 16
PODER LEGISLATIVO ...................................................................................................... 16
DIREITO ............................................................................................................................ 17
CIVIL .................................................................................................................................. 17
FATO JURÍDICO ............................................................................................................... 23
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES ............................................................................... 25
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS ................................................................................ 26
RESPONSABILIDADE CIVIL............................................................................................. 28
DIREITO ............................................................................................................................ 29
TRIBUTÁRIO ..................................................................................................................... 29
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................ 29
A RELAÇÃO JURÍDICA-TRIBUTÁRIA .............................................................................. 30
OS PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 32
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA ..................................................................... 32
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL ....................................................................... 33
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE EFEITOS CONFISCATÓRIOS......................................... 34
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ........................................................ 34
SISTEMA TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ................................................. 34
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA (empresarial) .......................................................... 40
DIREITO ............................................................................................................................ 43
DO TRABALHO ................................................................................................................. 43
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO...................................................................... 43
Conceito de ética
Ética - do grego ethos significa comportamento.
Nas palavras do Ilustre Professor José Renato Nalini
“Ética é a ciência do comportamento moral dos homens
em sociedade. É uma ciência, pois tem objeto próprio,
leis próprias e método próprio, na singela identificação
do caráter cientifico de um determinado ramo do
conhecimento”.

Ensina-nos ainda, o Professor Nalini, “o objeto da Ética é a moral. A moral é um dos


aspectos do comportamento humano. A expressão moral deriva da palavra romana
mores, com o sentido de costumes, conjunto de normas adquiridos pelo hábito
reiterado de sua prática”.

Entretanto, para Luiz Gonzaga de Sousa, “a ética se confunde muitas vezes com a
moral, todavia, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se
que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em
sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras
adquiridas com o passar do tempo”.

“A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a
filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que
cerca o ser humano”.

A pesquisa realizada por Danielle Roncada Ferreira sob orientação do Professor Mauro
Larruccia esclarece “a ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida
mantendo com outros, relações justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas
ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo
alcance se traduz numa existência plena e feliz”.

A Ética é uma disciplina normativa, pois demonstra para as pessoas, os valores e


princípios que devem nortear suas atitudes na vida em sociedade.

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Para o Professor José Renato Nalini “a ética é a doutrina do valor do bem e da conduta
humana que tem por objetivo realizar esse valor”.
A ética, a moral e o direito.
Para José Roberto Goldim é extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral
e do direito. Goldim afirma que as três áreas se distinguem, porém têm grandes
vínculos e até mesmo sobreposições. Assim, esclarece que tanto a Moral como o Direito
baseiam-se em regras que visam estabelecer certa previsibilidade para as ações
humanas, porém, ambas se diferenciam.

A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma
identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial
moral comum.

O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas


fronteiras do Estado. As leis tem uma base territorial, elas valem apenas para aquela
área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem.

A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau. Um dos


objetivos da Ética é a busca de justificativas para as
regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é
diferente de ambos - Moral e Direito, pois não estabelece
regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que a
caracteriza. O Professor José Renato Nalini demonstra
em sua obra entendimentos e pensamentos de Kant
(1724-1804) para o filósofo a significação moral do
comportamento não reside em resultados externos, mas na pureza da vontade e na
retidão dos propósitos do agente considerado. Afere-se a moralidade de um ato a partir
do foro íntimo da pessoa.

A compatibilidade externa entre a conduta e a norma é mera legalidade, sem


repercussão no valor ético da ação. Moralmente valioso é o atuar que, além da
concordância com aquilo que a norma impõe, exprime o cumprimento do dever pelo
dever, ou seja, por respeito à exigência ética.

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Menciona ainda o Professor Nalini, Kant propõe como critério distintivo entre moral e
direito, o motivo da ação. A moral é autônoma, o direito é heterônomo. Em relação a
moral a coação é interna, e externa quanto ao direito. Assim, o descumprimento de
preceito moral pode ensejar a reação da consciência, o remorso, a reprovação social. Já
a inobservância da regra jurídica impõe consequências exteriores, tais como prisão,
expropriação patrimonial etc.

O Comportamento ético
Carmen Steiner Toi e Eliane Rodrigues do Carmo em seu trabalho de pesquisa
demonstra o entendimento do professor da USP, Robert Henry Srour, ser ético nada mais
é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar
tranquilo com a consciência pessoal. É, também, agir de acordo com os valores morais de
uma determinada sociedade. Essas regras morais são resultado da própria cultura de
uma comunidade. Elas variam de acordo com o tempo e sua localização no mapa. A
regra ética é uma questão de atitude, de escolha.

Mencionam ainda, que qualquer decisão ética tem por trás um conjunto de valores
fundamentais. Muitas dessas virtudes nasceram no mundo antigo e continuam válidas até
hoje. Eis algumas das principais; conforme ARRUDA (2002).

a) Ser honesto em qualquer situação: a honestidade é a primeira virtude da vida nos


negócios, afinal, a credibilidade é resultado de uma relação franca.
b) Ter coragem para assumir as decisões: mesmo que seja preciso ir contra a opinião da
maioria.
c) Ser tolerante e flexível: muitas ideias aparentemente absurdas podem ser a solução
para um problema. Mas para descobrir isso é preciso ouvir as pessoas ou avaliar a
situação sem julgá-las antes.
d) Ser íntegro: significa agir de acordo com os seus princípios, mesmo nos momentos
mais críticos.
e) Ser humilde: só assim se consegue ouvir o que os outros têm a dizer e reconhecer
que o sucesso individual é resultado do trabalho da equipe.
Nalini nos ensina: “A ética se propõe a tornar o homem cada vez melhor”.

Direito Constitucional
Constituição Federal

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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Preâmbulo
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de
Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.

Título I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui- se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

O Estado pode ser definido como uma organização jurídica, administrativa e política
formada por uma população, assentada em um território, dirigida por um governo
soberano e tendo como finalidade o bem comum.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.

Poder Executivo
O Poder executivo é aquele que tem a finalidade de administrar e gerenciar o Estado. No
Brasil existe três esferas político- administrativas: Federal, Estadual e Municipal.

Poder Legislativo

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O Poder Legislativo tem como conceito clássico o poder de fazer, emendar, alterar e
revogar as leis. Ele se divide em 3 (três ) esferas:
Na Esfera Federal
Temos o Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, integrados respectivamente por Deputados e Senadores Federais.
O Poder legislativo Federal adotou o sistema bicameral.
No bicameralismo brasileiro não há predominância substancial de uma Casa sobre a
outra. Deve ser esclarecido, entretanto, que as leis nacionais ou federais devem ser
aprovadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, desse modo, depois de ser
aprovada pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei deve ser encaminhado ao Senado
Federal, que neste caso recebe o nome de Casa revisora.
Portanto, é possível que o Senado Federal seja a casa iniciadora e a Câmara dos
Deputados seja a revisora se a iniciativa legislativa partir dos Senadores.

A Câmara dos deputados é composta por representantes do povo, eleitos atualmente


pelos Estados e Distrito Federal de acordo com o sistema proporcional. (art. 45 CF)
Cumpre destacar que nenhuma unidade federativa terá menos de oito ou mais de 70
Deputados Federais.

Senado Federal, (art. 46 CF) será composto por representantes dos


Estados e Distrito Federal, eleitos segundo o principio majoritário.
O número de Senadores é fixo por unidade federativa, e cada Estado e o Distrito Federal
elegerão 3 (três) Senadores, e, cada a Senador será eleito com 2 (dois) suplentes.

Na Esfera Estadual
O Poder Legislativo é composto por Deputados Estaduais, eleitos pelo sistema
proporcional para mandato de 4 anos. A casa legislativa é conhecida como Assembleia
Legislativa.

Na Esfera Municipal
Temos os Vereadores Municipais compondo o Poder Legislativo. São eleitos pelo sistema
proporcional para mandato de 4 anos. Sua casa legislativa é conhecida como Câmara
Municipal.

Poder Judiciário

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Tem a função de exercer a jurisdição, ou seja, compete a ele resolver as lides. Desse
modo, com o objetivo de resolver o litígio, deve se aplicar o direito ao caso concreto.
No Brasil, o Poder Judiciário, esta dividido em Justiça de âmbito
Federal ( comum ou especializada) e Estadual.

A Justiça Federal tem sua competência prevista no art. 109 da CF., a justiça
especializada federal é a trabalhista, eleitoral e militar (arts. 111 a 124 CF).
Os órgãos do Poder Judiciário estão elencados no art. 92 CF: Supremo Tribunal Federal,
Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais, Tribunais e Juízes do
Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes militares, os Tribunais e
juízes dos Estados e do Distrito Federal.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

A construção de uma sociedade livre, justa e solidária reflete em dar a cada um o que é
seu, sendo requisito mínimo para que se possa viver em sociedade.
Ao Estado cabe, promover a igualdade humana, sem ofender a liberdade das pessoas, no
entanto, a liberdade deve ser utilizada com equilíbrio e moderação, haja vista o interesse
dos demais, proporcionando meios da convencia em sociedade.
Quando menciona garantir o desenvolvimento engloba a área social, cultural, tecnológica,
econômica, entre outras.

O objetivo de erradicação da pobreza e da marginalização visa proporcionar condições


mais dignas de vida para a população e, indiretamente, buscar minimizar as
diferenças sociais. E, por fim, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

O Poder Constituinte e as cláusulas pétreas


O Poder constituinte é o poder de elaborar uma constituição podendo ser a primeira ou
uma nova. É a expressão da vontade suprema do povo, social ou juridicamente

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organizado.
Poder constituinte originário é um poder de fato que institui a Constituição de um
Estado, com as seguintes características: inicial, absoluto, soberano, ilimitado e
incondicionado.
Poder constituinte derivado, este poder pressupõe a existência de uma Constituição, e
nesta há expressa previsão de como poderá ser alterado o texto constitucional. Este
poder possui as seguintes características: secundário, relativo, e limitado. Também
chamado de poder de revisão ou de reforma, ou poder de emendabilidade, que edita
emendas constitucionais.
Cláusulas Pétreas são os núcleos constitucionais intangíveis, ou seja, partes da
Constituição que não podem ser modificadas por emendas constitucionais para abolir
direitos.
Exemplos: forma federativa do Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a
separação dos poderes, os direitos e garantias individuais, instituição Ministério
Público, forças armadas, etc.
Supremacia da Constituição, o Estado juridicamente organizado tem sustentação em
uma Constituição, portanto, todos os atos realizados, que impliquem em uma relação
jurídica devem estar de acordo com a Constituição.
As normas infraconstitucionais devem estar subordinadas à Constituição, pois caso
contrário surgirá a inconstitucionalidade da norma.

Dos Direitos e Garantias Fundamentais


Os Direitos e Garantias Fundamentais se encontram disciplinadas no
Título II, Capítulo I, no art. 5º. Vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;

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VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;
(...)
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados
e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
(...)
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

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(...)
Direitos Sociais
Os direitos sociais vinculam-se a realizações proporcionadas pelo Estado, direta ou
indiretamente, enunciadas em normas constitucionais que possibilitam melhores
condições de vida aos mais fracos, buscando a equalização de situações sociais
desiguais.
Os direitos sociais podem ser classificados em cinco classes:
a-) relativos ao trabalhador
b-) relativos a seguridade social (direito à saúde, previdência e assistência social)
c-) relativos à educação e à cultura
d-) relativos à família, criança, ao adolescente e ao idoso
e-) relativos ao meio ambiente
E, ainda temos:
Direitos sociais do homem como produtor: liberdade de instituição sindical, direito de
greve, direito de determinar as condições de trabalho, direito de cooperar na gestão da
empresa e direito de obter um emprego.
Direitos sociais do homem como consumidor: direito à saúde, à segurança social, ao
desenvolvimento intelectual, igual acesso das crianças e adultos à instrução, à formação
profissional e a cultura e garantia ao desenvolvimento da família.
Assim, encontramos disposto na Constituição Federal, no Capítulo II os direitos sociais:
Portanto, no art. 6º esta previsto “São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

Nacionalidade
A nacionalidade define o elo que une o indivíduo a um Estado determinado. O vínculo da
nacionalidade decorre da relação entre o elemento humano (população) e o território,
submetendo-se à ordenação jurídico-política ali existente.
No capítulo III da Constituição Federal estão regulamentados os critérios de
nacionalidade. Vejamos:
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;

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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro,
salvo os casos previstos nesta Constituição.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da
República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (...)
Passaremos a demonstrar alguns conceitos:
População é o conjunto dos residentes no território, sejam nacionais ou estrangeiros.
Povo é o conjunto de habitantes dotados de capacidade eleitoral ativa / ou passiva.
Nação é o conjunto de pessoas que partilha a mesma identidade social, étnica e
cultural.
Nacional é o brasileiro nato ou naturalizado, ou seja, aquele que se vincula pelo
nascimento, ou naturalização ao território brasileiro.
Cidadão é o termo que qualifica o nacional no gozo dos direitos políticos.

Da Língua e Símbolos
Dispõe a Constituição Federal:

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Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República
Federativa do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

Dos Direitos Políticos


Dispõe o capítulo V acerca dos partidos políticos, assegurando a participação dos
indivíduos no governo de seu país, seja votando ou sendo votado.
Os direitos políticos estão ligados à cidadania, e consistem na reunião de meios
necessários ao exercício da chamada soberania popular, ou seja, o poder que os
cidadãos têm através do voto para interferir na estrutura do governo de um Estado.
Vejamos o que dispõe o art. 17 da Constituição Federal:
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

Da Organização Político - Administrativa


Dispõe o art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.
O Federalismo no Brasil - No Brasil, os entes que compõem a federação são: a
União, os Estados-Membros, o Distrito Federal, e os Municípios.

Repartição das competências constitucionais


Competência é a faculdade jurídica atribuída a uma entidade ou a um órgão ou
agente do Poder Público para emitir decisões. Pode ainda ser considerada como a
capacidade de distribuir poder.
Na Constituição Federal vigente, na repartição de competências, entre as entidades
federativas, há o principio da predominância do interesse, segundo o qual à União
caberão as matérias e questões de predominante interesse geral, ao passo que aos
Estados ficarão as matérias e assuntos de interesse regional, e aos Municípios, as
questões de predominante interesse local.

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Da Organização dos Poderes
O Título IV disciplina a organização dos poderes. Vejamos:
Separação de Poderes foi necessária em virtude dos abusos cometidos pelos detentores
do poder. A divisão tenta impedir o arbítrio, estabelecendo um sistema de freios e
contrapesos em que os três Poderes são independentes, mas subordinados ao principio
da harmonia. Significa colaboração e controle recíprocos.

Poder Legislativo
O Poder Legislativo tem como conceito clássico o poder de fazer, emendar, alterar e
revogar as leis. Ele se divide em 3 (três ) esferas:

Na Esfera Federal
Temos o Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, integrados respectivamente por Deputados e Senadores Federais.
O Poder legislativo Federal adotou o sistema bicameral.
No bicameralismo brasileiro não há predominância substancial de uma Casa sobre a
outra. Deve ser esclarecido, entretanto, que as leis nacionais ou federais devem ser
aprovadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, desse modo, depois de ser
aprovada pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei deve ser encaminhado ao Senado
Federal, que neste caso recebe o nome de Casa revisora.
Portanto, é possível que o Senado Federal seja a casa iniciadora e a Câmara dos
Deputados seja a revisora se a iniciativa legislativa partir dos Senadores.

A Câmara dos deputados é composta por representantes do povo, eleitos atualmente


pelos Estados e Distrito Federal de acordo com o sistema proporcional. (art. 45 CF)
Cumpre destacar que nenhuma unidade federativa terá menos de 8 ou mais de 70
Deputados Federais.

Senado Federal, (art. 46 CF) será composto por representantes dos Estados e Distrito
Federal, eleitos segundo o principio majoritário. O número de Senadores é fixo por
unidade federativa, e cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 (três) Senadores, e,
cada a Senador será eleito com 2 (dois) suplentes.

Na Esfera Estadual

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O Poder Legislativo é composto por Deputados Estaduais, eleitos pelo sistema
proporcional para mandato de 4 anos. A casa legislativa é conhecida como Assembleia
Legislativa.
Na Esfera Municipal
Temos os Vereadores Municipais compondo o Poder Legislativo. São eleitos pelo sistema
proporcional para mandato de 4 anos. Sua casa legislativa é conhecida como Câmara
Municipal.

Poder Executivo
O Poder executivo é aquele que tem a finalidade de administrar e gerenciar o Estado. (
art. 76 a 91 CF) No Brasil existe três esferas político-administrativas: Federal, Estadual e
Municipal.

Poder Judiciário
Tem a função de exercer a jurisdição, ou seja, compete a ele resolver as lides. Desse
modo, com o objetivo de resolver o litígio, deve se aplicar o direito ao caso concreto.
No Brasil, o Poder Judiciário, esta dividido em Justiça de âmbito Federal ( comum ou
especializada) e Estadual.

A Justiça Federal tem sua competência prevista no art. 109 da CF., a justiça
especializada federal é a trabalhista, eleitoral e militar ( arts. 111 a 124 CF).
Os órgãos do Poder Judiciário estão elencados no art. 92

CF: Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais


Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e
Juízes militares, os Tribunais e juízes dos Estados e do Distrito Federal.

E, ainda contamos com as garantias expressas na Constituição Federal, disciplinadas nos


Títulos V, VI e VII referente a “Defesa do Estado e das instituições democráticas”;
“Tributação e Orçamento”; e, os “Princípios Gerais da Atividade Econômica.

Direito
Civil
1. Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.
(Redação dada pela Lei nº 12.376, de 2010).

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A lei de introdução ás normas do Direito Brasileiro, prevê as linhas básicas da ordem
jurídica, e sua função é orientar a obrigatoriedade do cumprimento das normas, regular a
vigência e eficácia, fornecer critérios de interpretação e integração, bem como garantir a
eficácia, certeza, segurança, e estabilidade da ordem jurídica.

Aplicabilidade das normas


Subsunção é o enquadramento do fato concreto ao conceito abstrato da norma jurídica.
Integração é o preenchimento das omissões ou lacunas da lei, no intuito de atender ao
alcance da norma jurídica, podendo ser utilizado, a analogia, costumes e princípios gerais
de direito.

Vigência da lei no tempo


Com a promulgação da lei, e sua publicação do Diário Oficial, se faz, portanto, obrigatória
o cumprimento da lei.

Vacatio legis, é o lapso temporal entre a data da publicação da lei e sua entrada em
vigor. A regra é de 45 dias, e a lei não dispuser contrário.

Irretroatividade da lei
A lei em vigor tem eficácia imediata, podendo alcançar somente situações futuras,
assim, não podendo prejudicar o direito adquirido e o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.

1. Das Pessoas
Pessoa é o ente físico (pessoa física) ou jurídico ( pessoa jurídica) suscetível de direitos e
obrigações, portanto sujeito de direito na relação jurídica.

Pessoa natural, é aquela capaz de direitos e deveres na ordem civil, sem descriminação
de idade, sexo, raça, estado e nacionalidade.
O inicio da personalidade civil se dá com o nascimento, entretanto, desde a concepção a
lei já prevê a cobertura de direitos.
Em nosso ordenamento não basta o nascimento, este deverá ser com vida, suscetível de
comprovação por meio da respiração.

Nome

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O Nome é um dos mais importantes atributos da pessoa natural, pois este é o meio de
individualizar-se em vida e até mesmo após a morte.

Domicílio
O domicílio é o lugar onde a pessoa natural estabelece como sua residência, com
ânimo definitivo de ali permanecer. Podendo este ser também o local onde exerce sua
profissão.
A diferença, entretanto entre domicílio e residência, é que na ultima existe é o local de
fato onde habita.

Capacidade Civil
A capacidade civil está atrelada a capacidade de fato, ou de exercício, sendo a aptidão
para exercer pessoalmente atos da vida civil.
Entretanto, podem ocorrer fatos que denotem a incapacidade civil. E, assim, está poderá
ser absoluta ou relativa.

Incapacidade absoluta, não pode exercer direitos, sob pena de nulidade absoluta
do ato que for praticado.
São absolutamente incapaz (art. 3º CC)

“Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:


I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.”

Incapacidade Relativa pode praticar certos atos da vida civil por meio de assistência
legal, sob pena de ser anulável o ato.
São relativamente incapaz ( art. 4º CC)

“Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:


I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.”

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Direitos da Personalidade
Os direitos da personalidade são atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa. São
indisponíveis, intransmissíveis, e irrenunciáveis.
Os direitos da personalidade quando ameaçados são sujeitos a reparação patrimonial e
moral.

Fim da Personalidade
A existência da pessoa natural termina com a morte (art. 6º CC), que pode ser natural e
presumida.

“Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.”

2. Pessoa Jurídica é uma ficção jurídica, reconhecida como sujeito de direitos e


obrigações.
As pessoas jurídicas podem ser de direito público, ou de direito privado.
As pessoas jurídicas de direito público iniciam-se por meio de criação constitucional,
Lei especial, etc.
As pessoas jurídicas de direito privado surgem com a inscrição do ato constitutivo no
respectivo registro, pois em caso de não formalizarem o registro a sociedade será de fato.

Fundação é uma organização que gira em torno de um patrimônio destinado a certa


finalidade, e são criadas por meio de escritura pública, testamento, etc, especificando o
fim que se destina e declarando a maneira que deverá ser administrada.

Associações são entidades de direito privado formadas pela união de indivíduos com
o mesmo objetivo e finalidade. São visam lucro, e normalmente estão destinadas a fins
culturais, educacionais, esportivos, religiosos, etc.

Sociedades
São entidades de direito privado, que são constituídas com fim econômico e lucrativo,
para repartição entre os sócios.

Classificação das sociedades:


Empresária esta sujeita a registro, é uma pessoa jurídica constituída de forma organizada
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para a produção de bens ou serviços. São denominadas pelo Código Civil vigente
como sociedade mercantil, pois praticam atos de comércio. Devem assentar seu
registro na Junta comercial (art. 967 CC)
“Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.”

Simples são aquelas que, embora persigam proveito econômico, não apreendem
atividade empresarial. São por exemplo as sociedades de médicos, engenheiros,
advogados etc.
São registradas no Registro Civil de Pessoa Jurídicas ( art. 968 CC).

Responsabilidade civil
A pessoa jurídica responde com seus bens pela insolvência de seus compromissos, ou
seja, o seu patrimônio responderá pelas dívidas. A responsabilidade da pessoa jurídica
pode ser contratual (art. 391 CC) ou extracontratual (art. 942 CC).
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as
pessoas designadas no art. 932.
No entanto poderá ocorrer a desconsideração da pessoa jurídica, na hipótese de
fraude, abuso do direito, confusão patrimonial, infração a lei ou prática de ilícito.

3. Dos Bens
Bens são coisas suscetíveis de apropriação, e valorada economicamente. Ex. prédios,
mercadorias, livros, etc.
Patrimônio é o conjunto de relações ativas e passivas do sujeito, ou seja, uma
universalidade de direito.

Classificação dos bens: Imóveis


Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.

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Móveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor
econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Fungíveis, consumíveis e divisíveis


Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância,
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da
lei ou por vontade das partes.

Classificação quanto à titularidade


Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:


I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os
de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são

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inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da
lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Bens corpóreos e incorpóreos


Corpóreos (ou materiais) são dotados de existência física e podem ser percebidos pelos
sentidos, tais como tato, visão.

Incorpóreos (ou imateriais) possuem existência abstrata ou ideal, são criações da


mente humana.

Bem de família
É um instituto criado no intuito de proteger a família, para que essa não fique sem ter
onde residir. Fica isento de execução por dívidas, salvo as que provierem de tributos
relativos ao prédio ou de despesas de condomínio.

4. Fato Jurídico
Todos os acontecimentos que produzem efeito no mundo jurídico são denominados fatos
jurídicos.

Classificação dos fatos jurídicos:


1. Fatos naturais, não envolvem qualquer ato humano e advém da força alheia a sua
vontade.
2. Atos humanos decorrem diretamente da ação do homem, e subdividem-se:
a-) atos ilícitos, praticados em afronta ao ordenamento jurídico
b-) atos lícitos, praticados em consonância ao ordenamento jurídico, dividi-se em atos
jurídicos e negócios jurídicos.

Negócio jurídico
O negócio jurídico nasce por meio de atos praticados com intuito negocial. As partes
celebram o ato com intuito de alcançar um efeito jurídico determinado.

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Para que o negócio jurídico tenha validade é necessário, capacidade do agente, objeto
lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não proibida em lei.

A nulidade dos atos jurídicos


Atos nulos são aqueles que padecem de defeito, pois lhes falta um elemento essencial
para que o negocio tenha validade.
O ato nulo já nasce juridicamente morto, não podendo produzir efeitos desde seu
surgimento ( a declaração tem efeitos retroativos- ex-tunc).
Estudaremos os artigos relacionados:Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV – não revestir a forma
prescrita em lei;
V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.
(...)
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer
interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do
negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido
supri-las, ainda que a requerimento das partes.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce
pelo decurso do tempo.

Ato anulável
É aquele que apresenta um vício, e embora infringindo regras jurídicas, produz efeitos até
ser desconstituído.
Erro (art. 138 a 144) e a falsa noção sobre uma coisa. O agente por desconhecimento ou
falso conhecimento das circunstâncias, age de modo que não seria sua vontade, se
conhecesse a verdadeira situação.
Dolo (art. 145 a 150) é o artifício usado para enganar alguém levando-o a praticar um
ato que o prejudica ou que aproveita ao autor do dolo ou a terceiro.
Coação (art. 151 a 155) é a violência física ou moral que impede alguém de proceder

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livremente.
Estado de perigo (art. 156) ocorre quando alguém ameaçado por perigo iminente anui
em pagar preço desproporcional para obter socorro.
Lesão (art. 157) prejuízo resultante da desproporção existente entre as prestações de um
determinado negócio jurídico em face do abuso da inexperiência, necessidade econômica
ou leviandade de um dos declarantes.
Simulação (art. 167) é o intencional desacordo entre a vontade interna e a declarada
no sentido de criar aparentemente um negócio jurídico que, de fato, não existe, ou não
oculta, sob determinada aparência, o negocio realmente querido.
Fraude contra credores (arts. 158 a 165) é a pratica maliciosa, pelo devedor de atos que
desfalcam o seu patrimônio, com o escopo de colocá-lo a salvo de uma execução por
dividas em detrimento de créditos alheios. Ocorre quando o devedor insolvente, ou na
iminência de se tornar, praticar atos suscetíveis de diminuir seu patrimônio, reduzindo,
desse modo, a garantia que representa, para resgate de suas dividas.

Prescrição e decadência
Prescrição é a extinção da pretensão atribuída a um direito e de toda a sua capacidade
defensiva. É o poder de exigir coercitivamente o cumprimento de um dever jurídico.
Violado o direito material surge a pretensão.
Decadência é a extinção do direito protestativo pelo não exercício do mesmo, no prazo
assinalado por convenção ou por lei. O que se extingue é o próprio direito e não a ação
que o protege.

5. Teoria Geral das Obrigações


Nas palavras de Washington de Barros Monteiro, obrigação é a relação jurídica, de
caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa
prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devido pelo primeiro ao segundo,
garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.
A obrigação pode ser consistente em dar, fazer, não fazer, e ter como objeto o bem
da vida, carro, casa, construção de imóveis, etc.

Efeitos das obrigações


A obrigação nasce com a finalidade de se extinguir. A regra para extinção da obrigação é
o pagamento.

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Inadimplemento das obrigações é o não cumprimento da obrigação, no tempo, lugar ou
na forma avençada, caracterizando a mora do devedor.
Purgação da mora: ocorre quando o contratante moroso, voluntariamente paga todas as
prestações devidas, evitando assim, a execução da divida.
Cláusula penal: é a obrigação acessória pecuniária ou não, fixada pelos contratantes que
deve ser cumprida caso haja o inadimplemento da obrigação principal. Sua finalidade é
assegurar o fiel cumprimento da obrigação, desestimulando seu inadimplemento.
Arras ou sinal: constitui quantia em dinheiro ou coisa móvel dada por uma das partes à
outra, em garantia de conclusão de um contrato.

6. Teoria Geral dos Contratos


Contrato é um vínculo jurídico entre dois ou mais sujeitos de direito, é um acordo de
vontade, capaz de criar, modifica ou extinguir direitos.
As cláusulas contratuais criam lei entre as partes, porém são subordinados ao Direito. O
Contrato deve estar atrelado a sua função social.

Princípios que regem os contratos


 Autonomia de vontade (ampla liberdade de contratar)
 Supremacia da ordem publica (limita a autonomia da vontade)
 Obrigatoriedade da convenção (o contrato é lei entre as partes)
 Probidade e boa-fé (regra de conduta estabelecida de acordo com os padrões sociais
adotados e reconhecidos pela sociedade como legítimos)
 Relatividade (só produz efeitos entre as partes)
 Função social do contrato (art. 421 – limite para a liberdade contratual)

Vejamos:
“Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função
social do contrato;
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como
em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé;
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias,
dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente;
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio”.
Vícios Redibitórios (art. 441 a 446 CC)

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São defeitos (ou vícios) ocultos da coisa, que a tornam imprópria ao fim a que se destina.
O adquirente tem um prazo decadencial para reclamar do vício redibitório de 30 dias se o
bem for móvel, e de um ano se imóvel, contados da entrega efetiva.
Entretanto se o vício só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se- á do momento
em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de 180 dias se for móvel ou 1 ano de ser
imóvel.

Evicção (arts. 447 a 457)


É a perda total ou parcial da propriedade ou da posse de um bem adquirido por contrato
oneroso, em favor de terceiro, em razão de sentença transitada em julgado declarando a
evicção.
Teoria da imprevisão
A teoria da imprevisão é fundada na teoria da cláusula rebus sic stantibus, exceção ao
princípio da pacta sunt servanda, e se aplica em situações excepcionais por conta da
ocorrência de eventos imprevisíveis no curso do contrato.

Das espécies de contratos


Contrato preliminar ou pré-contrato, as partes se comprometem a firmar no futuro um
contrato definitivo.

Contrato de compra e venda, é o meio pelo qual uma pessoa se obriga a transferir a
outra a propriedade de certa coisa mediante o pagamento de certo preço em dinheiro.
Rebus sic stantibus pode ser lido como "estando as coisas assim" ou "enquanto as coisas
estão assim".
Pacta sunt servanda é um brocardo latino que significa "os pactos devem ser respeitados"
ou mesmo "os acordos devem ser cumpridos".
Contrato de troca ou permuta, é o meio pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa
em troca de outra, que não seja dinheiro.
Contrato estimatório ou consignação é o meio pelo qual o consignatário recebe do
consignante bens móveis para o fim de revendê-los dentro de determinado prazo. Casa
não venda, o consignatário poderá devolver os bens ao consignante.
Contrato de doação é o meio pelo qual uma pessoa por liberalidade transfere de seu
patrimônio bens ou vantagens para a de outra, que os aceita.
Contrato de empréstimo é o meio pelo qual uma das partes recebe coisa alheia para
utilizá-la, e em seguida, devolvê-la ao legítimo proprietário.

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Contrato de depósito é o meio pelo qual o depositário guarda temporariamente
um bem móvel até o momento em que o depositante o reclame. Pode ser gratuito
ou oneroso.
Contrato de transação é o meio pelo qual visa obter-se a extinção ou prevenção de um
litígio, mediante concessões mútuas. Somente é permitido quando versar sobre direitos
patrimoniais.
Contrato de mandato é o meio pelo qual o mandatário recebe do mandante poderes
para praticar atos ou administrar interesses em seu nome.
Contrato de fiança é o meio pelo qual o fiador garante satisfazer ao credor uma
obrigação assumida pelo devedor, caso este não o cumpra.
Contrato de seguro é o meio pelo qual o segurador assume o risco e se obriga,
mediante pagamento de um prêmio, a indenizar o segurado em caso de ocorrência de
prejuízos predeterminados no contrato.
Contrato de empreitada é o meio pelo qual uma das partes chamada de empreiteiro se
obriga a executar determinada obra em troca de remuneração a ser paga pelo
contratante, de acordo com instruções desde e sem subordinação.

7. Responsabilidade Civil
É a obrigação imposta a uma pessoa de ressarcir os danos materiais e morais causados
a outrem.
A responsabilidade civil pode ser contratual ou extracontratual.
Contratual é o prejuízo causado por uma pessoa a outra pelo descumprimento de uma
obrigação contratualmente prevista.
Extracontratual (aquilina) deriva da lei, é a infração a um dever de conduta. Pode ser
subjetiva, com base na configuração de culpa do agente. E, objetiva prescinde de culpa
do agente, é fundada na teoria do risco.
Estudaremos a previsão legal:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

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Nexo de causalidade
Para que surja a obrigação de indenizar é imprescindível a prova do nexo de causalidade
direto e imediato entre a ação ou omissão do agente e o dano experimentado pela vítima.
Dano
Não há que se falar em responsabilidade sem a comprovação da ocorrência de
dano efetivo experimentado pela vítima.

Excludentes
Não haverá dever de indenizar:
a) culpa exclusiva da vítima (culpa concorrente diminui o montante da indenização)
b) caso fortuito
c) força maior

Indenização
Abrange as perdas e danos (danos emergentes e lucros cessantes). O “quantum”
indenizatório se mede pela extensão do dano.

Direito
Tributário
Introdução
O Estado necessita de recursos para gerir e manter a estrutura da máquina Estatal,
cumprindo assim, como o seu papel de proporcionar a cada cidadão, os serviços
essenciais.

A cobrança de Tributos é a principal fonte de arrecadação de receitas publicas, onde


através de um sistema normatizado e coercitivo o Estado retira parcela das riquezas dos
particulares, sem contraprestação, como forma de custear as suas atividades.

“A relação jurídica que se instaura entre o Estado, que tem o poder de exigir o tributo, e a
pessoa sob sua jurisdição, que tem o dever de pagar esse tributo, é submetida a uma
série de normas jurídicas que vão compor a disciplina do Direito Tributário.”

Conceito de Direito Tributário


“Direito Tributário é, por assim dizer, o direito que disciplina o processo de retirada
compulsória, pelo Estado, da parcela de riquezas de seus súditos, mediante a

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observância dos princípios reveladores do Estado de Direito. É a disciplina jurídica que
estuda as relações entre o fisco e o contribuinte.”
A Relação Jurídica-Tributária
A relação jurídico-tributária é o vinculo entre o sujeito ativo ( União, Estados,
Municípios e Distrito Federal) e o sujeito passivo ( contribuinte ou responsável - pessoa
física ou jurídica ), no qual o primeiro por meio da relação de soberania, pode coibir o
segundo, diante da ocorrência de um fato descrito em lei a cumprir com uma prestação
consistente em pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Hipótese de Incidência
A hipótese de incidência tributária pode ser descrita como o fato previsto em lei, que em
caso de sua ocorrência resultará no nascimento da relação jurídico tributária.
O legislador diante de inúmeros fatos ocorridos no mundo fenomênico, escolheu
entre estes, o que percebem a circulação de riquezas para criar a hipótese de
incidência, ou seja, ocorrendo o fato descrito em lei, surge a obrigação tributária.
” A norma tributária em sentido estrito será a que prescreve a incidência (.....). A hipótese
ou suposto prevê um fato de conteúdo econômico, enquanto o consequente estatui um
vinculo obrigacional entre o Estado, ou quem lhe faça as vezes, na condição de sujeito
ativo, e uma pessoa física ou jurídica, particular ou publica, como sujeito passivo, de tal
sorte que o primeiro fica investido do direito subjetivo publico de exigir, do segundo, o
pagamento de determinada quantia em dinheiro. Em contrapartida, o sujeito passivo
será cometido do dever jurídico ( ou dever subjetivo) de prestar aquele objeto.”

O Fato Gerador
“Define o fato gerador como uma situação abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez
ocorrida em concreto enseja o nascimento da obrigação tributária. Logo, essa
expressão fato gerador pode ser entendida em dois planos: no plano abstrato da norma
descritiva do ato ou do fato e no plano da concretização daquele ato ou fato descritos. “

Obrigação Tributária
“Obrigação tributária como uma relação jurídica que decorre da lei descritiva do fato pela
qual o sujeito ativo (União, Estados, DF ou Município) impõe ao sujeito passivo
(contribuinte ou responsável tributário) uma prestação consistente em pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária (art. 113, § 1º, do CTN), ou prática ou abstenção de ato
no interesse da arrecadação ou da fiscalização tributária ( art. 113, § 2º, do CTN).”

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Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorrente da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Sujeito Ativo
A sujeição ativa é matéria afeta ao pólo ativo da relação jurídico-tributária. Refere-se,
pois, ao lado credor da relação intersubjetiva tributária, representado pelos entes que
devem proceder a invasão patrimonial para a retirada compulsória de valores, a título de
tributos.”
Vejamos o artigo 119 do Código Tributário Nacional:
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular
da competência para exigir o seu cumprimento.
Assim, na obrigação tributária, irá figurar no polo ativo as pessoas jurídicas de direito
público, sendo portanto, encarregadas de arrecadar e fiscalizar os tributos.

Sujeito Passivo
“A sujeição passiva é matéria adstrita ao pólo passivo da relação jurídico-tributária.
Refere- se, pois, ao lado devedor da relação intersubjetiva tributária, representado pelos
entes destinatários da invasão patrimonial na retirada compulsória de valores, a titulo de
tributos”.
As disposições legais diante do sujeito passivo da obrigação tributária encontra-se nos
artigos 121 a 123 do Código Tributário Nacional, vejamos:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:


I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;

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II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra
de disposição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto.
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes.

Há dois tipos de sujeitos passivos: o direto (contribuinte) e o indireto (responsável):


Sujeito passivo direto (art. 12, parágrafo único I, do CTN): é o contribuinte, ou seja,
aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Exemplos: o
proprietário do bem imóvel ou o possuidor com ânimo de domínio, quando ao IPTU; o
adquirente do bem imóvel transmitido com onerosidade, quanto ao ITBI, entre outros.
Sujeito passivo indireto (art. 121, parágrafo único, II do CTN): é o responsável, ou seja,
a terceira pessoa escolhida por lei para pagar o tributo, sem que tenha realizado o fato
gerador.

Os Princípios do Direito Tributário


“Os princípios constitucionais tributários, que regulam a tributação, são considerados
limitações constitucionais ao poder de tributar.”

Princípio da Legalidade Tributária


O artigo 150, I da Constituição Federal estabelece que "é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça".
“Bem móvel alienado com dividas de IPVA (art. 131, I, do CTN) - o adquirente do veiculo
será o responsável pelos tributos, enquanto o alienante, por ter relação direta com o fato
gerador, permanece como contribuinte”.
“Bem imóvel alienado com dívidas de IPTU (art. 130 do CTN) – o adquirente de imóvel,
pela própria conveniência do Fisco, será o responsável pelos tributos referentes ao bem
imóvel, enquanto o alienante, por ter relação direta com o fato gerador, permanece como
contribuinte”.
O princípio da legalidade tributária, portanto é a subsunção dos norteadores explícitos no
art. 5º, II da CF onde lemos que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer

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alguma coisa senão em virtude de lei", sendo assim o constituinte deixou claro que os
entes tributantes só poderiam estabelecer cobranças de tributos que fossem
estabelecidos em lei.

Princípio da Anterioridade Anual


O principio da anterioridade anual está contido no art. 150, III, “b”, da Constituição
Federal. Vejamos:
“Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios...
III – cobrar tributos
b) No mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou.

O princípio da anterioridade no direito tributário está ligado na ideia de que o contribuinte


não seja surpreendido com a cobrança de um tributo, sem que este pudesse tomar
conhecimento da legislação que institui tal cobrança, bem como se programar para obter
meios financeiros de arcar com o ônus deste desembolso.

Princípio da Isonomia Tributária


“O Principio é particularizado, no campo do tributos, pelo art. 150, II, ao prescrever a
instituição de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos”.

Princípio da Capacidade Contributiva


O principio da capacidade contributiva está esculpido no art.
145, § 1º da Constituição Federal 1988, e vem complementar a aplicabilidade do Principio
da Isonomia Tributária. Vejamos:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;

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III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Princípio da Vedação de Efeitos Confiscatórios


“Confiscar é tomar para o Fisco, desapossar alguém de seus bens, em proveito do
Estado. A Constituição garante o direito de propriedade (art. 5º XXII, e art. 170, II) e coíbe
o confisco, ao estabelecer a previa e justa indenização nos casos em que se autoriza a
desapropriação (art. 5º XXIV, art. 182, §§ 3º e 4º, art. 184). A Constituição admite como
pena acessória a perda de bens do condenado, na forma da lei. ( art. 5º, XLV e XLVI, b).”
“O Art. 150, IV veda a utilização do tributo como o efeito de confisco, ou seja, impede que,
em virtude da imposição e cobrança do tributo pelo ente federativo competente, este tome
posse do bem de propriedade do contribuinte.”

Princípio da Irretroatividade Tributária


O princípio da irretroatividade da lei tributária tem como objetivo assegurar aos
contribuintes, segurança e certeza quanto aos atos praticados no passado, ou seja,
anteriores à lei vigente. Assim, sendo, toda vez que a lei agravar, ou criar encargos, ônus,
dever ou obrigação, estas só poderão incidir em situações futuras.

Sistema Tributário na Constituição Federal


“Sistema Tributário Nacional é o conjunto de normas constitucionais de natureza
tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e
ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais, reciprocamente
harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é
senão a própria Constituição.”

Tributos, definição e natureza jurídica.


“Tributo é gênero de que são espécies os impostos, as taxas e as contribuições de
melhoria”.
O Código Tributário Nacional, em seu art. 3º traz a definição de tributo. Vejamos: “Tributo
é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,

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que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”.
Espécies de tributos
As espécies tributárias previstas em nosso ordenamento jurídico são: impostos, taxas,
contribuições de melhoria, empréstimo compulsório, contribuições sociais do art. 149 da
Constituição Federal, e contribuições sociais do art. 195 da Constituição Federal.
O Código Tributário Nacional dispõe: “Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e
contribuições de melhoria”.

Impostos
“Impostos são exações desvinculadas de qualquer atuação estatal, decretadas
exclusivamente em função do jus imperii do Estado. Seu fato gerador é sempre uma
situação independentemente de qualquer atividade estatal especifica relativa ao
contribuinte. O imposto sempre representa uma retirada da parcela de riqueza do
particular, respeitada a capacidade contributiva deste.”
Vejamos a disposição constitucional,
Art. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
I – impostos
Portanto, a Constituição Federal prevê de modo taxativo os impostos de competência
federal, estadual e municipal.

Impostos Federais, dispostos nos artigos 153 e 154 da Constituição Federal. Vejamos:
Art.153 - Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Art.154 - A União poderá instituir:


I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos

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discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos
ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente,
cessadas as causas de sua criação.
Com efeito, os impostos de competência federal, elencados no artigo 153, são:
1. Imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II)
2. Imposto sobre exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados (IE)
3. Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza ( IR)
4. Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
5. Imposto sobre operações financeiras (IOF)
6. Imposto territorial rural (ITR)
7. Imposto sobre grandes fortunas
Já, os elencados no artigo 154, são:
1. Imposto residual
2. Imposto Extraordinário de Guerra (IEG)
“Urge relembrar que os impostos, previstos na Constituição Federal, deverão ser
instituídos, como regra, por meio de lei ordinária. Todavia, dois casos de impostos
federais atrelam-se à lei complementar: o imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII,
CF) e o imposto residual (art. 154, I, CF)”.

Impostos Estaduais, dispostos no artigo 155 da Constituição Federal, vejamos:


Art.155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão "causa mortis" e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e
as prestações se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.

Portanto, os impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal, são: Impostos


Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), Operações
relativas à circulação de mercadoria e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações
se iniciem no exterior, (ICMS) e imposto sobre propriedade de veiculo automotor (IPVA).
Impostos Municipais estão previstos no artigo 156 da Constituição Federal, vejamos:
Art.156 - Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e

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territorial urbana;
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.155, II, definidos em lei
complementar.
No artigo em comento, vislumbramos que os impostos de competência municipal, são:
Imposto sobre propriedade territorial urbana (IPTU), Imposto sobre transmissão inter
vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, (ITBI) e Imposto sobre serviços
de qualquer natureza (ISS).

Impostos reais e pessoais


Impostos pessoais levam em conta a qualidade individual do contribuinte, sua capacidade
contributiva para a dosagem do aspecto quantitativo do tributo.
Os impostos pessoais levam em conta as condições particulares do contribuinte, ou seja,
aquelas qualidades pessoais e juridicamente qualificadas do sujeito passivo. Assim, o
imposto pessoal possui um caráter eminentemente subjetivo (exemplo: imposto sobre a
renda)”.
E, os impostos reais, são aqueles decretados sob a consideração única da matéria
tributável, com total abstração das condições individuais de cada contribuinte.
Já os impostos reais, também intitulados impostos de natureza real, são aqueles que
levam em consideração a matéria tributária, isto é, o próprio bem ou coisa, sem cogitar
das condições pessoais do contribuinte (exemplo: IPI, ICMS, IPTU, IPVA, ITR, IOF etc.,
ou seja, com exceção do IR, todos os demais).

Impostos diretos e indiretos


O imposto direto seria aquele em que não há repercussão econômica do encargo
tributário, isto é, aquela pessoa que praticou o fato tipificado na lei suporta o respectivo
ônus fiscal.
O contribuinte suporta, portanto, a carga tributária do fato gerador. São exemplos de
imposto direto: Imposto de Renda (IR), Imposto Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre
propriedade de veículo automotor (IPVA), Imposto sob Transmissão inter vivos, a
qualquer titulo, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI), Imposto sobre transmissão causa
mortis e doação de qualquer bens ou direitos (ITCMD).
Já, o imposto indireto seria aquele em que o ônus financeiro do tributo é transferido

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ao consumidor final, por meio do fenômeno da repercussão econômica.
“Vale dizer, que, no âmbito do imposto indireto, transfere-se o ônus para o contribuinte
de fato, não se onerando o contribuinte de direito ( exemplos: ICMS e IPI).

Taxas
As taxas são tributos vinculados, ou seja, pressupõem uma contraprestação de
atividade estatal especifica, e divisível.
Podemos conceituar a taxa como um tributo que surge da atuação estatal diretamente
dirigida ao contribuinte, quer pelo exercício do poder de policia, quer pela prestação
efetiva ou potencial de um serviço público especifico e divisível, cuja base de
cálculo difere, necessariamente, da de qualquer imposto.
O art. 77 do Código Tributário Nacional dispõe: As taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

E, neste sentido a Constituição Federal recepcionou o artigo em comento, vejamos:


Art. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
Assim, sendo a União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem exigir o pagamento
de taxas pelos contribuintes, que tiverem posto a sua disposição de serviço publico
especifico e divisível.

Contribuições de melhoria
É espécie tributária que tem por fato gerador a atuação estatal mediatamente referida
ao contribuinte. Entre a atividade estatal e a obrigação do sujeito passivo existe um
elemento intermediário que é a valorização do imóvel. A sua cobrança é legitimada
sempre que dá execução de obra pública decorrer valorização imobiliária, fundada no
principio da equidade. ( art. 145, III da CF ).
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Art. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão institui os
seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras.
Empréstimos compulsórios são decretados privativamente pela União, através de leis
complementares, utilizado para atender despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, guerra externa ou sua iminência, ou no caso de investimento público
urgente e de relevante interesse nacional. Caso seja decretado deverá obedecer ao
principio da anterioridade. Cabe salientar que a aplicação dos recursos arrecadados
através da cobrança do empréstimo compulsório estará vinculada a despesa que motivou
a sua instituição. (art. 148, I e II da CF).
Art.148 - A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art.150, III, b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Contribuições sociais
Contribuição social é espécie tributária vinculada à atuação indireta do Estado. Tem como
fato gerador uma atuação indireta do poder público mediatamente referida ao sujeito
passivo da obrigação tributária.
A contribuição social caracteriza-se pelo fato de, no desenvolvimento do Estado de
determinada atividade administrativa de interesse geral, acarretar maiores despesas em
prol de certas pessoas (contribuinte), que passam a usufruir de benefícios diferenciados
dos demais (não contribuinte). Tem seu fundamento na maior despesa provocada pelo
contribuinte e na particular vantagem a ela proporcionada pelo Estado.
A Constituição Federal prevê duas espécies de contribuições sociais: as previstas no art.
149, de intervenção no domínio econômico, e as mencionadas no art. 195.

Contribuições sociais do art. 149 da CF


Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts.

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146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.
(...)
Contribuições sociais do art. 195 da CF
As contribuições sociais previstas no art. 195 da CF constitui-se uma espécie de tributo
vinculado, pois objetiva custear a previdência social.
Artigo 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(Ver art. 12, da EC n. 20, de 15.12.1998).
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência
social de que trata o artigo 201; (Incisos I e II com redação dada pela Emenda
Constitucional n. 20, de 15.12.1998). (Incisos I e II com redação dada pela Emenda
Constitucional n. 20, de 15.12.1998).
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (...)

Responsabilidade Tributária (Empresarial)


1. Transmissão de estabelecimento comercial, industrial ou profissional (sucessão
comercial, art. 133, CTN)
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro
de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo
de comércio, indústria ou profissão.

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§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:


I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo
devedor falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o

4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação


judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o
objetivo de fraudar a sucessão tributária.

§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou


unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de
falência pelo prazo de
1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento de créditos extraconcursos ou de créditos que preferem ao tributário.
Com a aquisição do fundo de comércio ou do estabelecimento, por qualquer título
(compra e venda, dação em pagamento, doação sem encargo, transferência gratuita de
domínio, etc.) se o adquirente pessoa física ou jurídica, continuar a respectiva
exploração do empreendimento, sendo irrelevante o rótulo sob o qual dita exploração
será continuada, isto é beneficiando-se da estrutura organizacional anterior com absorção
da unidade econômica e da clientela do alienante, será possível a sua responsabilização
pelos tributos devidos pelo sucedido até a data do ato translativo, ainda que ele
adquirente não tenha tido nenhuma participação nos fatos que derem causa à
obrigação tributária.
Assim, dependerá do rumo a ser tomado pelo adquirente, se antes havia uma loja de
eletrodoméstico, e após a aquisição abriu- se uma oficina mecânica, não há que se falar
em responsabilidade do adquirente por sucessão.
Já quanto a intensidade da responsabilização se subsidiaria (supletiva) ou integral
dependerá do rumo a ser tomado pelo alienante (art. 133, II e II )
Integralmente, se o alienante cessar a exploração não retomando qualquer atividade no
período de 6 (seis) meses, a contar da alienação, neste caso a responsabilidade será
integral (pessoa ou exclusiva) do adquirente-sucessor, indicando-se que este
responde por todo o débito, pois o alienante terá encerrado suas atividades.

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Subsidiariamente se o alienante não tiver cessado a exploração comercial, ou
interrompendo-a tiver retomado a atividade em 6 meses da alienação. Neste caso em
primeiro lugar cobra-se o tributo do alienante e caso este não tiver como pagar exige-se
do adquirente-sucessor.
É obvio que se o adquirente não continuar a respectiva exploração (contrário ao
caput-art. 133) não será responsável pelos tributos devidos.
Art. 133, § 1º, II, III – o adquirente de uma empresa em processo de falência ou em
recuperação judicial não será responsável por tributos devidos anteriormente à aquisição.
A alteração introduzida pela LC n. 118/2005 visa dar estimulo às alienações incentivando
a realização de negócios. É sabido que os débitos de natureza fiscal representam a
grande parcela de débitos de uma empresa em dificuldades financeiras. Dessa forma,
afastada a responsabilidade por sucessão comercial, aumentam as possibilidades de
aquisição de bens do devedor falido ou em processo de recuperação judicial, até
porque o adquirente (comprador) não será mais responsável por esses débitos fiscais.
Art. 133, § 2º - com o fito de evitar fraudes contamos com 3 ressalvas ao parágrafo
anterior, caso o adquirente tenha certo grau de envolvimento com o devedor, como
sócio, parente, etc. impondo-se portanto a retomada responsabilização. Pretende-se
evitar que os institutos da recuperação tenham uso indevido, a fim de favorecer,
fraudulentamente, o próprio alienante. Se isto ocorrer esse adquirente responderá pelas
dividas.
Art. 133, § 3º - especifico para a alienação judicial na falência, mostra procedimento
afeto à guarda do produto da alienação judicial, referindo-se à conta de
depósito, que ficará à disposição do juízo ( de falência) durante 1 ano sem possibilidade
de saque para pagamento de créditos (concursais).

2. Transmissão decorrente de fusão, incorporação, transformação ou cisão (


sucessão empresarial, art. 132 CTN)
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.
A pessoa jurídica que resultar da operação societária será responsável pelas dividas

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anteriores, ou seja, haverá responsabilidade empresarial até a data do ato, valendo dizer
que o desaparecimento de uma gera responsabilização daquela outra que a ela suceder.
Evidencia-se assim, mais um caso de responsabilidade exclusiva ( não subsidiaria )
das empresas fusionadas, transformadas, incorporadas ou cindidas, independentemente
e quaisquer condições.
Fusão (art. 228 da Lei 6.406/76) operação societária pela qual se unem duas ou mais
sociedades para formar uma sociedade nova. (ex. as empresas “A” e “B” se juntam,
formam “C”).
Incorporação (art. 227 da Lei 6.406/76) operação societária em que uma ou mais
sociedades são absorvidas por outra. (ex. a empresa A incorporada pela empresa B).
Transformação (art. 220 da Lei 6.406/76) operação societária passa de um tipo para
outro mudando de forma. (ex. empresa limitada se transforma em SA).
Cisão (art. 229 da Lei 6.406/76) a cisão pode ser total ou parcial, ocorre quando
transfere-se total ou parcial o patrimônio de uma para outra pessoa jurídica.

Direito
Do Trabalho
Conceito
É o conjunto de normas jurídicas e princípios aplicáveis as relações individuais e
coletivas de “trabalho” visando proteger o trabalhador.

Fontes
São fontes do direito do trabalho, a Constituição Federal, a CLT, as leis ordinárias, as
convenções coletivas de trabalho, os acordos coletivos de trabalho, as sentenças
normativas, os regulamentos de empresas, a jurisprudência, a doutrina e os costumes.

Princípios do Direito do Trabalho


Da proteção do trabalhador, deve ser aplicada sempre a norma mais favorável ao
trabalhador, bem como a manutenção da condição mais benéfica, ou seja, in dubio pro
operário.
Irrenunciabilidade de direitos são irrenunciáveis os direitos trabalhistas.
Continuidade da relação de emprego, é vedado a demissão e a readmissão em curto
espaço de tempo, faz presumir fraude aos direitos trabalhistas.
Primazia da realidade deve ser levado em conta a verdade “real” ao invés da verdade
“formal”, ou seja, o que vale é a intenção das partes.

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Contrato de Trabalho
Contrato de trabalho é o ato jurídico pelo qual uma pessoa física se compromete a
prestar serviços não eventuais a outra pessoa física ou jurídica, subordinada a esta, e
por meio de remuneração.
Sujeitos do contrato de trabalho são aqueles que podem contratar (empregado e
empregador).
Tipos de empregadores consideram-se empregador a empresa individual ou coletiva, que
assumindo os riscos da atividade econômica, admite assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços.
Empregador por equiparação, embora não explorem atividade econômica, o condomínio,
a massa falida, o espolio, as autarquias e fundações são equiparadas ao empregador.

Empregado
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Portanto, deve
haver pessoalidade, pois o contrato de trabalho é personalíssimo.

Características da relação de emprego:


Pessoa física – empregado é sempre pessoa física.
Não eventualidade ou continuidade na prestação de serviços – é necessário que os
serviços sejam prestados continuamente.
Subordinação ou dependência – os trabalhos devem ser desenvolvidos segundo as
determinações técnicas do empregador. Trata-se de obediência a hierarquia da estrutura
da empresa.
Salário – é o fruto da prestação de serviços.
Pessoalidade – o empregador deverá prestar os serviços pessoalmente, não podendo
fazer-se substituir por outra pessoa à sua escolha.
Obs.: o trabalhador só pode iniciar sua vida profissional aos 16 anos, salvo na condição
de aprendiz.
Aprendiz - é o trabalhador com idade compreendida entre 14 a 18 anos, que é admitido
aos serviços de um empregador na condição de aprendiz. É matriculado em uma escola
de formação profissional, e nas horas de folga escolar comparece ao estabelecimento do
empregador para exercitar o aprendizado.
Trabalhador Temporário - é a pessoa física contratada por empresa de trabalho

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temporário, para prestação de serviço destinado a atender à necessidade transitória de
substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de
outras empresas.
Trabalhador Autônomo - a CLT não define trabalhador autônomo, apenas empregados.
O Trabalhador autônomo é, portanto, a pessoa que presta serviços habitualmente por
conta própria a uma ou mais pessoas, assumindo o risco de sua atividade econômica;
não é subordinado como o empregado, não estando sujeito ao poder de direção do
empregador, nem tendo horário de trabalho, podendo exercer livremente a sua atividade,
no momento que o desejar, de acordo com a sua conveniência.
Trabalhador Eventual - o trabalhador eventual é a pessoa física contratada apenas
para trabalhar numa certa ocasião específica, exemplo: trocar uma instalação elétrica,
consertar o encanamento, etc., terminado o evento cessa a relação jurídica trabalhista.
Trabalhador Avulso - trabalhador avulso é quem presta serviço a diversas empresas,
sem vínculo empregatício, pode ser de natureza urbana ou rural.
Estagiários – são alunos regularmente matriculados que frequentam efetivamente cursos
vinculados à estrutura do ensino público e particular, nos níveis superior,
profissionalizante de segundo grau ou escolas de educação especial, como escolas de
formação de professores de primeiro e segundo grau. O estágio é realizado mediante
compromisso celebrado entre o estudante e a parte concedente, com interveniência
obrigatória da instituição de ensino.
Empregador - a CLT considera empregador "a empresa, individual ou coletiva, que
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços". São equiparados ao empregador, para efeitos de relação de
emprego, os profissionais liberais, instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, e outros que admitirem
trabalhadores como empregados.
Poder de Direção do Empregador - sendo o empregado um trabalhador subordinado,
está sujeito ao poder de direção do empregador.
Poder de Organização - o Empregador tem todo o direito de organizar o seu
empreendimento, decorrente até mesmo do direito de propriedade. O empregador é
quem estabelece qual a atividade que será desenvolvida: agrícola, comercial, industrial,
de serviços etc. O empregador é que determina o número de funcionários que precisa, os
cargos, funções, local de trabalho, etc. Dentro do poder de organização é que
encontra-se a possibilidade do empregador regulamentar o trabalho, elaborando o
regulamento de empresa.

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Poder de Controle - o empregador tem o direito de fiscalizar e controlar as atividades de
seus empregados. Os empregados poderão ser revistados no final do expediente, porém
não poderá ser a revista feita de maneira abusiva ou vexatória, ou seja, deverá ser
moderada. A própria marcação do cartão de ponto é decorrente do poder de fiscalização
do empregador sobre o empregado, de modo a verificar o correto horário de trabalho
de obreiro, que inclusive tem amparo legal, pois nas empresas de mais de 10
empregados é obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, devendo haver a assinalação do período de repouso.
Poder Disciplinar - o empregado poderá ser advertido e suspenso. A advertência muitas
vezes é feita verbalmente. Caso o empregado reitere o cometimento de uma falta, aí será
advertido por escrito. Na próxima falta será suspenso.
O empregado não poderá, porém, ser suspenso por mais de 30 dias, o que importará a
rescisão injusta do contrato de trabalho (art. 474 CLT).
Normalmente o empregado é suspenso por 1 a 5 dias. Não é necessário, contudo que
haja gradação nas punições do empregado.
O empregado poderá ser demitido diretamente, sem antes ter sido advertido ou
suspenso, desde que a falta por ele cometida seja realmente grave. O melhor seria
que na primeira falta o empregado fosse advertido verbalmente; na segunda fosse
advertido por escrito; na terceira fosse suspenso; na quarta fosse demitido.
Contrato de Trabalho - artigo 442 da CLT - contrato individual de trabalho é o acordo
tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
Objeto - o objeto do contrato de trabalho é a prestação de serviço subordinado e
não eventual do empregado ao empregador, mediante o pagamento de salário.
Requisitos - continuidade. O trabalho deve ser prestado com continuidade. Aquele que
presta serviços apenas eventualmente não é empregado. Subordinação- o obreiro
exerce sua atividade com dependência ao empregador, por quem é dirigido. O
empregado é, por conseguinte, um trabalhador subordinado, dirigido pelo empregador.
Essa subordinação pode ser econômica, técnica, hierárquica, jurídica ou até mesmo
social. O empregado é subordinado economicamente ao empregador por depender do
salário que recebe.
Onerosidade - não é gratuito o contrato de trabalho, mas oneroso. O empregado
recebe salário pelos serviços prestados ao empregador. Pessoalidade - o Contrato de
trabalho é "intuitu personae", ou seja, realizado com uma certa e determinada pessoa. O
Empregado não pode fazer-se substituir por outra pessoa, sob pena do vínculo se
formar com a última.
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Características – O Contrato de Trabalho é bilateral, consensual, oneroso, comutativo e
de trato sucessivo. O contrato de trabalho não é um pacto solene, pois independe de
quaisquer formalidades, podendo ser ajustado verbalmente ou por escrito (art. 443
CLT).
Contrato de Experiência – o empregador pode testar se o empregado tem
condições de exercer a atividade que for determinada. Pode ser utilizado para qualquer
empregado e com qualquer grau intelectual. O Prazo máximo do contrato de experiência
é de 90 (noventa) dias. Se o prazo for excedido por mais de 90 (noventa) dias, vigorará
como se fosse contrato por prazo indeterminado. Pode ser prorrogado apenas uma única
vez, assim sendo, é possível se fazer um contrato por 45 dias e prorrogá-lo por mais 45
dias, ou um por 30 dias prorrogado por mais 60 dias.
Contrato por Obra Certa - é uma espécie de contrato por prazo determinado,
podendo ser enquadrado na condição de "serviços especificados" .
Terceirização de Serviços - Responsabilidade Subsidiária - a Terceirização é
atualmente o meio mais utilizado para a prestação de serviços não considerados como
atividade-fim das empresas, tais como conservação e limpeza, vigilância, medicina do
trabalho, entre outros.
Remuneração - é um conjunto de retribuições recebidas pelo empregado pela
prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou
de terceiros, mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer as suas
necessidades vitais básicas e de sua família.
Salário Mínimo - e a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo
empregador ao trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, por dia normal de serviço. Não
pode haver distinção de sexo.
Salário Profissional - o inciso V do artigo 7 da Constituição Federal instituiu o "piso
salarial proporcional à extensão e à complexidade rabalho". Há que se diferenciar o
salário profissional do salário mínimo, pois o mínimo é geral, para qualquer trabalhador,
enquanto o salário profissional se refere ao salário de uma certa profissão ou categoria de
trabalhadores.
Salário em dinheiro - o salário deve ser pago em dinheiro, em moeda de curso forçado.
Salário em utilidades - a lei permite o pagamento parcial do salário em utilidades, ou
seja, além do pagamento em dinheiro o empregador poderá fornecer utilidades ao
empregado, como alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in
natura". Somente 70% do salário podem ser pagos em utilidades, os restantes 30%
deverão ser pagos em dinheiro.

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Quando se estabelece que o pagamento será mensal, deve-se efetuá-lo o mais tardar até
o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Adicionais - é um acréscimo salarial decorrente da prestação de serviços do
empregado em razão de tempo de serviço ou de condições mais gravosas (danosas).
Pode ser adicional de horas extras, noturno, insalubridade, de periculosidade, de
transferência etc.
O Adicional por Insalubridade é devido ao empregado que presta serviços em
atividades insalubres, sendo calculado à razão de 10% (grau mínimo), 20% (grau
médio) e 40% (grau máximo) sobre o salário mínimo.
São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
O Adicional de Periculosidade é devido ao empregado que presta serviços em contato
permanente com elementos inflamáveis, explosivos ou elétrico. 0 contato permanente
tem sido entendido como diário. O Adicional será de 30% sobre o salário do
empregado, sem os acréscimos resultantes de gratificação, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.
Obs.: É proibido o trabalho do menor em serviços perigosos ou insalubres.
O Adicional de Transferência é devido ao empregado quando for transferido
provisoriamente para outro local, desde que importe mudança de sua residência. Não é
devido nas transferências definitivas. O Percentual é de 25% sobre o salário do
empregado.
O Adicional por Tempo de Serviço é estipulado normalmente em regulamento interno
da empresa, após o empregado ter completado determinado período de trabalho.
Ajuda de custo - ajuda de custo é parcela paga de uma só vez para o empregado
atender a certas despesas, sobretudo de transferência. Tem caráter indenizatório, nunca
salarial, mesmo quando excede de 50% do salário.
Comissões - parcela salarial devida ao empregado comissionista, com base em
percentual aplicado sobre o total das vendas realizadas. A comissão pode mista
(salário fixo + comissão) ou pura (apenas comissão).
Diárias - são importâncias concedidas para cobrir gastos com deslocamento do
trabalhador da sede da empresa e cessam quando ele retorna.
Gorjeta – parcela salarial devida normalmente aos garçons, através de percentual devido
sobre o total das vendas da empresa.

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Gratificação – parcela salarial devida ao empregado, normalmente em virtude de um
trabalho especial executado durante a jornada normal de trabalho.
Gratificação de função - parcela salarial devida em face da função exercida pelo
empregado (Ex.: Caixa de Banco).
Décimo Terceiro Salário - integram o 13º salário as horas extras prestadas
habitualmente, a gratificação periódica contratual, pelo seu duodécimo.
O 13º salário deve ser pago em duas parcelas.
A primeira será paga entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano e a
segunda até o dia 20 de dezembro, descontando-se o INSS.
Seu valor corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de
serviço, do ano correspondente, sendo que a fração igual ou superior a 15 dias de
trabalho será havida como mês integral.
A primeira parcela deverá ser paga até 30 de novembro do ano em curso, salvo se paga
no ensejo das férias.
Auxílio doença - quando um empregado se afasta por motivo de doença por mais de
15 dias, seu contrato de trabalho é suspenso a partir do 16º dia. Quanto aos primeiros
15 dias, a empresa deve pagar o 13º salário; do 16º dia em diante ficará isenta.
Quando o auxílio-doença se der por acidente de trabalho o 13º salário deve ser pago
integralmente.
Serviço militar - o empregado não terá direito ao 13º salário referente ao período em
que esteve afastado prestando o Serviço Militar. (Obs: é exigível o depósito mensal do
FGTS correspondente ao período de afastamento, inclusive do 13º salário pela sua
totalidade).
Salário Família - o salário família é fixado pela previdência social. Tem direito a ela
os filhos com até 14 anos ou inválidos. Cada filho tem direito a uma quota.
Salário Maternidade – o salário maternidade é devido por cento e vinte dias de repouso
sem prejuízo do emprego. O valor pago pela empresa será compensado quando do
recolhimento das contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento.
Participação nos Lucros – participação nos lucros é o pagamento feito pelo empregador
ao empregado, em decorrência de contrato de trabalho, referente a distribuição do
resultado positivo obtido pela empresa, o qual o obreiro ajuda a conseguir.
Contribuição sindical para os empregados - os empregadores ficam obrigados a
descontar na folha de pagamento dos seus empregados associados desde que por eles
devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por estes
notificados, salvo quanto à contribuição sindical, cujo desconto independe dessa

49
formalidade.
Faltas e atrasos - quando o empregado, sem motivo justificado, faltar ou chegar atrasado
ao trabalho, o empregador poderá descontar-lhe do salário quantia correspondente à falta;
poderá descontar inclusive o repouso semanal, quando o empregado não cumprir
integralmente seu horário de trabalho na semana anterior.
Casos em que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário ou do repouso semanal:
 até dois dias consecutivos - falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada, em sua carteira de trabalho, viva sob
sua dependência econômica;
 três dias consecutivos - em caso de casamento;
 cinco dias - em caso de nascimento de filho;
 um dia - em cada doze meses de trabalho em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada;
 dois dias, consecutivos ou não - para o fim de se alistar eleitor;
 quando o empregado servir como testemunha, devidamente arrolada ou
convocada;
 comparecimento à Justiça do Trabalho;
 se a falta ao serviço estiver fundamentada na lei sobre acidente do trabalho;
 em caso de doença do empregado, devidamente comprovada.

Equiparação Salarial - salário igual, para trabalho igual, sem distinção de sexo;
trabalho igual em quantidade e qualidade. Dessa forma, o empregador não poderá
pagar salários distintos para empregados que exerçam idênticas funções, salvo se entre o
empregado paradigma e o empregado equiparado existir uma diferença de mais de dois
anos de tempo de serviço prestado para o mesmo empregador relativamente às funções
exercidas.

São requisitos da equiparação salarial:


 identidade de funções;
 trabalho de igual valor;
 mesma localidade;
 mesmo empregador;
 simultaneidade na prestação de serviços;
 inexistência de quadro organizado em carreira;

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 diferença de tempo de serviço de até no máximo dois anos.

Salário Substituição - o empregado que substitui outra pessoa na empresa, tem o


direito a receber o salário do substituído, enquanto perdurar a substituição.
Acordo de compensação de jornada – a compensação de jornada deve ser ajustada
por acordo escrito.
Períodos de descanso - entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de
onze horas consecutivas para descanso.
Repouso semanal remunerado - é o período de tempo em que o empregado deixa de
prestar serviços uma vez por semana ao empregador, de preferência aos domingos, e
nos feriados, mas percebendo remuneração. Esse período de tempo é de 24 horas
consecutivas.
Intervalos para descanso - em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de
seis horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso e alimentação,
o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo coletivo escrito ou convenção
coletiva em contrário, não poderá exceder de duas.
Férias - após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração, na seguinte proporção:
 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 vezes;
 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas;
 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;
 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas.
 Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
 deixar emprego e não for readmitido dentre dos 60 dias subsequentes à sua
saída;
 permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;
 deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa, e
 quando tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho
ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos.

O empregador tem um limite de 12 meses subsequentes à aquisição do direito pelo


empregado para marcar as férias; ultrapassando esse período, o empregador deverá
pagá-las em dobro.

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De acordo com o disposto no inciso XVII do artigo 70 CF ficou instituído o pagamento de
um terço a mais do que o salário normal, por ocasião do gozo de férias anuais
remuneradas.
Suspensão e interrupção do contrato de trabalho - suspensão é a cessação
provisória, mas total da execução do contrato de trabalho, a Interrupção é a cessação
provisória e parcial do contrato de trabalho. Portanto haverá interrupção quando o
empregado deva ser remunerado normalmente, embora não preste serviços, contando-
se também o seu tempo de serviço, mostrando a existência de uma cessação provisória e
parcial do contrato de trabalho.
Na suspensão o empregado fica afastado, não recebendo salário; nem conta-se o seu
tempo de serviço, havendo a cessação provisória e total do contrato de trabalho. A
licença remunerada seria uma hipótese típica de interrupção de contrato de trabalho, pois
o empregador irá pagar salários e o tempo de serviço irá ser computado.
Auxílio Doença - os 15 primeiros dias do afastamento do obreiro em função de
doença serão pagos pela empresa, computando-se como tempo de serviço do
trabalhador, porque trata-se de hipótese de interrupção do contrato de trabalho.
A partir do 16º dia é que a Previdência Social paga o auxílio doença. 0 tempo de
afastamento é computado para férias, pois se trata de enfermidade atestada pelo INSS,
salvo se o empregado tiver percebido da Previdência Social, prestação de auxílio doença
por mais de 6 meses, embora descontínuos, durante o curso do período aquisitivo de
suas férias.
Acidente de Trabalho - o dia do acidente do trabalho e os 15 dias seguintes serão
remunerados pelo empregador. Trata-se de hipótese de interrupção do contrato de
trabalho, pois conta-se o tempo de serviço.
O auxílio doença acidentário é devido pela Previdência Social a contar do 16 dia seguinte
ao afastamento do trabalho em consequência do acidente.
Aposentadoria por Invalidez - o empregado que for aposentado por invalidez terá
suspenso seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pela legislação previdenciária
para a efetivação do benefício. A aposentadoria por invalidez, toma-se efetiva após cinco
anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio
doença que o antecedeu.
Segurança e medicina do trabalho - é o segmento do Direito do Trabalho incumbido
de oferecer condições de proteção à saúde do trabalhador no local de trabalho, e da sua
recuperação quando não se encontrar em condições de prestar serviços ao empregador.
Cabe ao empregador, uma vez constatado ser o ambiente de trabalho insalubre ou

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periculoso, fornecer aos empregados todos os equipamentos de proteção individual (EPI)
e coletivos (EPC) existentes, bem como fiscalizar o uso efetivo e correto destes
equipamentos, podendo inclusive punir o empregado que não utilizar, ou utilizar de modo
incorreto, os equipamentos de proteção. Vale repetir que ao menor é proibido o trabalho
em ambientes insalubres e periculosos.
Cessação do contrato de trabalho - é o término do vínculo do emprego, com a
extinção das obrigações para os contratantes:
 por decisão do empregador, que compreenderá a dispensa por justa causa e com
justa causa;
 por decisão do empregado, que comporta o pedido de demissão, a rescisão
indireta ou aposentadoria;
 por desaparecimento de uma das partes, como a morte do empregador pessoa
física, do empregado, ou extinção da empresa;
 por mútuo consentimento entre as partes;
 por advento do termo do contrato;
 por força maior.

Dispensa sem justa causa - a rescisão do contrato de trabalho (TRCT), para os


empregados que tenham mais de um ano de tempo de serviço, deverá ser
obrigatoriamente homologada no seu Sindicato de Classe ou no Ministério do Trabalho,
pena de ser considerada nula a dispensa. Caso o Sindicato ou o Mtb se neguem a
efetuar a homologação, caberá a empresa providenciar o depósito em juízo dos valores
devidos ao empregado (Ação de Consignação em Pagamento), até o primeiro dia útil
seguinte ao último dia que poderia pagar as verbas rescisórias.
O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da
rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou cheque visado, conforme acordem as
partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser
feito em dinheiro. Os descontos na rescisão do contrato de trabalho não podem
exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) – é uma poupança para o trabalhador.
É um depósito bancário destinado a formar uma poupança para o trabalhador, que poderá
ser sacada nas hipóteses previstas em lei, principalmente quando é demitido sem justa
causa.
Serão beneficiários todos os trabalhadores, com exceção dos autônomos, eventuais e
servidores públicos civis e militares, também não tem direito os trabalhadores

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domésticos. Os Depósitos serão feitos em conta vinculada do trabalhador, que, se não
a possuir, será aberta peio empregador.
Saques - Poderá o FGTS ser sacado quando:
 da despedida sem justa causa por parte do empregador;
 da extinção da empresa;
 da aposentadoria concedida pela Previdência Social;
 do pagamento de prestações decorrentes do sistema financeiro da habitação,
liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor, pagamento total ou parcial
do preço da aquisição de moradia própria;
 do falecimento do trabalhador;

A empresa que demite um funcionário sem justa causa terá que pagar uma multa na
importância relativa a 40% (quarenta por cento) sobre os valores depositados na conta de
FGTS.

Verbas Rescisórias - deverão ser pagas dentro dos prazos determinados no art. 477 da
CLT:
 em se tratando de aviso prévio indenizado, até o décimo dia subsequente à data
da demissão;
 em se tratando de aviso prévio trabalhado, no primeiro dia útil após o término do
mesmo.

Justa causa - entende-se por justa causa a dispensa que o empregado provoca ao
cometer ato ilícito que viola sua obrigação legal ou contratual com o empregador,
tomando-se impossível sua permanência na empresa.
Condições para a justa causa:
 a atualidade;
 a gravidade;
 a causalidade.

A justa causa deve ser atual, isto é, deve acontecer imediatamente após a falta
praticada pelo empregado, dando o seu desligamento de imediato.
A rescisão contratual deve ser feita logo após o conhecimento do ato que tipifica a justa
causa, pois se o empregado cometeu uma falta grave e esta falta não foi punida logo
após o conhecimento do empregador, ela é considerada perdoada.

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Uma das condições também para caracterizar o despedimento do empregado por justa
causa é que a falta cometida seja grave, pois, não sendo grave, não será juridicamente
reconhecida como justa causa.
A causa deve sempre preceder e determinar com muita precisão o fenômeno da
despedida. Se o empregador alega uma causa que caracterizou a justa causa e essa não
fica provada, não poderá no curso do processo, criar outra causa. Casos que ensejam a
justa causa:

 ato de improbidade – atos que revelam claramente desonestidade, abuso, fraude ou


má-fé;
 incontinência de conduta ou mau procedimento - a incontinência de conduta ocorre
quando o empregado comete ofensa ao pudor, pornografia ou obscenidade,
desrespeito aos colegas de trabalho e à empresa; o mau procedimento cobre qualquer
ato do empregado que, pela sua gravidade, impossibilite a continuação do vínculo
empregatício ( conduta incompatível com as normas exigidas);
 negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador e
quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha ou for prejudicial
ao serviço;
 condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido
suspensão da execução da pena. Qualquer condenação criminal, relacionada ou não
com o serviço, caracteriza justa causa;
 desídia no desempenho das respectivas funções. Caracteriza-se como desídia o
desempenho de um empregado que de repente começa a ficar preguiçoso, negligente
no trabalho, desleixado, etc.;
 embriaguez habitual ou em serviço;
 violação do segredo da empresa. Ocorre quando o empregado tem o dever de
sigilo, por ter em seu poder dados técnicos e viola transmitindo informações a terceiro;
 ato de indisciplina ou de insubordinação. Indisciplina - é o descumprimento de
ordens do empregador, dirigidas impessoalmente ao quadro de empregados;
Insubordinação - ocorre quando o empregado não se submete à ordem direta e
pessoal do empregador;
 abandono de emprego. É o abandono injustificado do emprego por um longo
período com a intenção de não mais continuar com a relação de emprego;
 ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou
ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou

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de outrem;
 ato lesivo de honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
 prática constante de jogos de azar;
 descumprir as normas de segurança e higiene do trabalho, especialmente nos
setores de inflamáveis e explosivos.

Rescisão indireta - de acordo com o artigo 483 da CLT o empregado poderá


considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização (parcelas rescisórias)
quando:
 forem exigidos serviços superiores as suas forças, defesos (proibidos) por lei,
contrários aos bons costumes, ou alheios (fora) ao contrato;
 for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
 correr perigo manifesto de mal considerável;
 não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
 praticar o empregador ou seus prepostos (representantes), contra o empregado ou
pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
 o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem (terceiro);
 o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a
afetar sensivelmente a importância dos salários;

Bibliografia
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
CARRION. Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo:
35ª ed.20 10.
DIFINI, Luiz Felipe Silveira. Manual de Direito Tributário. 4ªed. São Paulo:Saraiva,
2008.
FIUZA, Ricardo. Novo Código Civil Comentado. SP: Editora Saraiva, 7ªed. 2010.
HARADA, Kiyoshi Harada. Direito Financeiro e Tributário. 9ª ed. São Paulo:
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HERNANDES, Elisabete T. V. dos Santos. Elementos do Direito. SP: Editora
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JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira Jardim. Manual de Direito Financeiro e Tributário.

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10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
MONTORO, André Franco. Introdução à Ciência do Direito. 25ª Ed. RT: 1999. NALINI,
José Roberto. Ética Geral e Profissional, Editora Revista dos Tribunais.
NERY JR. Nelson. Constituição Federal Comentada. São Paulo : Editora RT, 2ª ed.
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OLIVEIRA, Erival da Silva. Direito Constitucional. São Paulo: Siciliano
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RIBEIRO, Eraldo Teixeira. Direito e Processo do Trabalho. São Paulo: Editora
Siciliano. 2ªed. 2004.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1ªed. São Paulo: Saraiva, 2009.
SIMÃO, José Fernando. Dequech, Luciano. Direito Civil. São Paulo: Siciliano
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TEMER, Michel. Elementos de Direito Constitucional. São Paulo: Editora Malheiros.
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http://www.inpi.gov.br
http://www.widesoft.com.br
http://www.profbruno.com.br/
http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/IISeminario/trabalhos/A%20import%C3%A2n
cia%20do%20comp.%20%C3%A9tico%20nas.......pdf.acesso 08.01.2012.
ARRUDA, M.C.C. Código de Ética: um instrumento que adiciona valor. São Paulo:
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NALINI, José Roberto. Ética Geral e Profissional, Editora Revista dos Tribunais, p. 137.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 18 ed.São Paulo: Saraiva, 2009, p.
289. Ibidem, p. 290.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 9ª Ed. São Paulo. Atlas,2002, p. 307.
Ibidem, p. 308.
HARADA, Kiyoshi Harada. Direito Financeiro e Tributário. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, p.
305.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1ªed.São Paulo: Saraiva, p. 363.
HARADA, Kiyoshi Harada. Direito Financeiro e Tributário. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, p.
305.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1ªed.São Paulo: Saraiva, p. 363.
HARADA, Kiyoshi Harada. Direito Financeiro e Tributário. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, p.
305.Ibidem.

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SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1ªed.São Paulo: Saraiva, p. 363.
HARADA, Kiyoshi Harada. Direito Financeiro e Tributário. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, p.
305.

Hora de refletir o assunto apresentado

Espaço utilizado para anotações do aluno

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