Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
,,
.'
'
nos" é uma forma abreviada de íncn- ser atendidas para que a pcs~(1a Illlssa
sem'eles a pessoa humana não conse- mano fundamental. porque sem ela a
gue existir ou não é capaz de se de- pessoa não existe. Então a preserva-
da vida. Todos os seres humanos de- das as pessoas humanus, Mas. obscr-
ven,! ter asseguradas. desde o nasci- vando como são e como vivem os Se-
7
6
10 1 1
.• .
I'
, ,
-. ', ..
;
i I
·t Uma das inovações importan- vam completamente U idéia de C;it.l~-
tes. ocorrida algumasdécadas an- dunia. Recuperando a antiga dife-
tes, foi justamente o uso das pala- rcuciaçiio romana entre cidadania]c
vras cidade/o e cidadã, para simbo- cidadania ativa, os membros da
,Af-
lizar a iguuldadc de todos, Vários scinbléiu e os legisladores quevie-
escritores políticos vinham dcfcn- ram depois estabeleceram querapa
Jcndo a idéia de que todos osseres ter pnrtic ipuçü ona vida política,
humanosn ascc m livres e são votundo e recebendo mandato .e
i
iguais,devendo ter os mesmos di- ocupandocargoselevadosna ajl11l-
reitos. Isso foi defendido pelos bur- nistraçãopública, era precisoers
gucscs, que descjuvam ter o direito cidadão ativo, não bastava sercidà- I
de participur do governo, para não que para terfi tii-
dão. E dispuseram
I \
ficarem mais sujeitos a regras que duduniu utiveram
u necessáriocser-
Slí convinham ao rei e aos nobres. tos requisitos que logo mais
erão
s
4UC vivia de
O povo que trabalhava, especificados
, não b astando
.jsér
salários e que dependia dos is
mari- pessoa. ,,
cos uuubéruqueria orccouhcci- A partir duf a cidadania CO\I-
incuto da iguuldudc, achando 4ue se tinuoua indicar11 conjunto depe~- \.
IllUOS fossem iguais as
pessoas mais soas comdireitode particip aç
ão
humildes tambémpoderiampartici- política, falando-se nos
, "direitos
'1
par du governoe desse modo as leis da cidudaniu" p araindicar o s direi- ' : 1 t
scrium mais justas. tos que permitem participar do
gp - I.
Revolução Francesa
, reuniJos vos poderiam ser eleitos patf.a~ J I
reitos da cidadania. De certo modo, junto de direitos e dedeveres jurí- nisso.sendo importante assinalar
ver, pois o ser humano, desde que rios, seu transporte, sua transforma-
das pessoas morando nas cidades e plástica. Não há quem não necessi-
com o aumento das populações, te, muitas vezes por dia. desses e de
persistiram e ganharam maior volu- outros bens, que só podem ser obti-
que .ornaram necessários mui tos humanos não são apenas de ordem
1\:; regras de comportamento :i': d~]{ J~ são de obediência obrigutó- pessoas. Mas é preciso que cxsus
suc iul. mcsruu quando rcf'lctcru.u rir,. E assim, e para isso, que nasce regras sejam justas, não sendo usa-
~CII1I;n.: que alguém lhe tIe .ucução e , ..
vontade da grande mu i o r i a d óx ; .• :: o,~i~eito c é desse modo que se es- das para garantir privilégios nem
que l\ld\l~ a respeitem. Além disso.
m embros de um grupo social, são tibe.lece uma organização justa para impor tratamento indigno a
Il,tIl' ser humano tem suas crcnçus,
vistas sempre como limita ções, q~e :' \ P?r:l, \l sociedade humana. uma parte da humanidade.Socieda-
tem sua fé em alguma coisa. que é a
, Como síntese da organização
restringem a liberdade individual. de organizada com justiça é aquela
base Je suas esperal1\·as.
,: jl\~la~' pode-se dizerque existe jus-
Entretanto é precisoler em conta, em que se procura fazer com que
: ' I tiçu .qu and olodos os meios de que
C O N V IV Ê N C IA N E C E S S Á R IA antes de tudo, que o ser humano é todas as pessoas, sem u i scri m i na-
'.' a sociedade di spõe sãoorganizados
usso ciativ opor n atu reza
. Isso já roi ções de qualquer espécie. possam
-1\
ufinnudo há mais de dois mil an9s c [utili zadus para consecução do satisfazer suas ncccss idadcs essen-
Os seres humanos não vivem
pelo filósofo grego A ristótclc s. bem comum e não do bem articu-
p ciais, é uqucla em quetodos, desde
juntos. não vivem em sociedade
quando escreveu que "o hom
em é. lar d eum.indivíduo ou de umgru- o momentoem que nascem. têrn as
apenas porque cscolhcin esse modo
um unim ulpolítico". querendo ji- ... p~. A expressão bem comum, que mesmas oportunidades, aquela em
de vida. mas porque a ida
v em so-
zcr, em linguagem de hoje, que, o • 'r:i A,~parece na obra de Aristótcles, que os benefícius e encargus são
ciedade é uma necessidade da natu-
ser humano é um animal que nã o filósofo grego que vi
veu em Atenas repartidos igualmente entre todos.
reza humana. Assim, por exemplo,
. . I .dd \ n~ quurto século antes daera cristã, . Para queessa re purt iç ão s c
se dependesse apenas da vontade, vive Iora l a socrc a e. .
Cada ser humano é um indi- ::, . I faça 'com justiça. é prcc iso que to-
seria poxx
íve l uma pessoa muito , fo,i desvirtuadapor alguns autores
rica isolar-se em algum lu gar, onde víduo e tem seus direitos próprios, dos procuremconhecer seus direi-
,i. d? século vinte, interessados exclu-
mas nenhum pode viver semu CUI11- tos cexijam que eles sejam
rcspci-
tivesse armuzcnudu grande quanti- 'i siramenle nas riquezas materiais.
punhia c o apoio de outros indiví- tndos, corno também devem cunhe-
dade de alimentos
. Mas essa pessoa D~s~t: modo deram-lhe o sentido de
duux, que têru o:; mesmos direitos cer e cumprir seus deveres e suus
cstnriu, em pouco tempo, sentindo .•. bem-estar material. Entretanto. cor-
tundum cutuis. l sso torna in dispcn- responsabilidades suciuis.
'falta de companh
ia, sofrendo a tris- " rigi,ído essa distorsão e afirmando
teza da solidão. precisando de
al- sávcl a convivência pennaucntc. c
" q~e n sociedude e o Estado devem
é por esse motivo que existem 'as A O R D E M D E M O C R Á T IC A
guém com quem fal
ar e trocar idéias
, , procurar o benefício da pessoa hu-
sociedades humunus. \
ncccxsitudu de dar e receber afeto. mana integral, emsuas dimensões
COIllO todos os seres humanos C om ojú foi dcrnunstrudo.lo-
E muito provuvchucntc ficaria lou- "
srlO livres e cada um temsua illldi~i- dos os sereshumanos necessitam da
ca se continuasse sozinha por
m ui- material e espiritual, o papa João
duulidude , a convivência é' fonte convivência e esta, por xun vez. traI.
10 tempo. X XIII, em suasencíclicas sociais,
pcrmuucute de di vcrgêncius e de a~sim conceituou o bem comum: a necessidade de regrus de org uni-
Mus . justumcntcporque viven-
conflitos. Para que seja possível a "coujuntodas condiçõesde vida zação e comportamento. para que
do em sociedade é que u pessoa hu-
,convivência harmônica, necessária social que consintam e favoreçum o haja harrnuniu e sulidur icdudc em
munu pode sutistazcr suas necessida-
e benéfica. é indispensável que desenvolvimentointegral da pessoa benefício de todos. Não basta. po-
des, é preciso que a sociedade seja
cxisturn as regras de organiz ação e humana". Está implícito que a soei- rém, a simplesexistênciade regras.
urg unizuda de tal modo que sirva, re-
de comportamento social. Essas re- edade deve ser organizada e deve as quais, teoricamente. podcrium
ulmcntc . para esse fim. Não basta
gras n ão devem sejr impostas por , ) . e~istir em benefício de todas as ser fixadas por uma pessoa ou UIll
que a vida social permita asutisfu-
uma pessoa ou por um grupo social pessoas humanas e não de pessoas grupo social e impostas à obcdiêu-
ção de todas us necessidades de ape-
sem a participaç
ão dos demais ou grupos privilegiados
. cia de todos, É necessário que tais
nas algumas pes
soas, é nccessiirio
membros da sociedade, pois isso Fica evidente,portanto, que regras sejam justas. lc vuudo em
considerar as necessid
ades de lodos
alronturia o direito à igualdade. As- as-regras de comportamento social, conta as características c os direi-
os membros da sociedade. E para i m-
sim, por mecanismos democráticos, que também podem ser denomina- tos fundamentais de todoss oseres
pedir que lodos sejam submetidos
respeitando a liberdade e a igualda- das regras de convivência, são ne- humanos.
aos interesses dos mais forte
s e po- \
de de IOUO S, são Iixudus as regras. ce~s.l.rias e benéficas-para a hurna- Ao conjunlo s i stc nuit icu e
derosos é indispensável a existência I .t
.,
E aquelus consideradas mais impor- I' uidade, mesmo 4ue signifiquem harmonioso de regras Já-se o nome
de regras de convivência ljue fixem
restnçõesao comportamento das
direitos e obrigações.. , 19
18 I
\'
\
", .. ;
. ~. :.' .
DUU;ITOS HÜM~liOS ' E. CWAUANIA . ..
20
.
I
"
l8 ~ ~ ~r;II~~;gl;;~ ~ W;&~ bW N.;:1~
j i2rA I~I i ll1 fi~RF ;P#. .~R.~iÚ~os'i:o
i PÜ RT U NID AIJ ~ q
II;í quase dois mil u no s o sobreviver, sem cuidados médicos e tadascomo inferiores às outras. 1:
Crist ianixmo vem pregando que Io- . sem a. certeza de que terãoos pró- negado o direito à igualdade em lo-
dos os seres humanos são iguais. 11 prios. alim entos indispcns
úvcis à dos os casos de discriminação so-
Dcc luruçüo Uui vcrxul dos Dtrcitux vida?·Colllo justificaressa diferen- cial e de preconceito de raça.de cor
lhuuuuus tamb
ém afi rmu isso, di- VCI1l quc luuos são iguais e não per- c de sexo. Quandoalguém é impc-
ça dcsuuuções e de possibilidades
,
zcudo no seu pre
âmbulo que odos
I ccbcrn que, na prút ica, agem como _ dido, direta ou disfarçudumcntc . de
se no momento cru que nascem as
u.~ seres hu muuns uascem iguais se os seres humanos nascessem e se hospedar num hotel. UC pert11~1-
cr i ançus são iguais e não cx istc
nccer num rc stuuruntc ou de fre-
comosuber O que cada uma fará de
qüentar um clabc porcausa de sua
.bcm vu de mal, de útil ou de inútil,
cor ou desua raça, esl;í sendo nega-
D I R E I TÀ OI G U A L D A D E D E dumntc.sua vida?
do o direito à igualdade
. O mesmo
>':f csui, justumcutc, a princi-
, se dá quando, antes me
smo de co-
! pal d(erenciação cstabelccidu pela
D I R E I T O S E O P O R T U: N I D A D E S íj nheccr uma pcsso<J, de vc r i lic ar
sociedade contra a natur
cza, que
acaba' ucurrctuudo conscqüêncius seus costumese cumprovur sua CI-
cuutinuuxscm desiguais. puc idadc, outras pessoas ju lg a m
em dignidade e direitos. Em quase para a vida inteira u;is pessoas. Os
Para perceber e corrigir cssus , • I
; que ela será mul-cducuda, ignurun-
lodas as Cuusiituiçúc s do mundo . 'seres humanos nascem guais,
i mas
contradições é precis o, em primei- te ou incompetente. buscuudu-xc
csl;í cscrito que lodos süo iguais a sociedade os Ira ta, desde o come-
ro lugar, compreender o quc signi
- apena s na raça. na cor ou 110 scx o
pcr.uuc a lei. çJ, C~Il111 se fossem diferentes, dun-
fica a li rm ar que indus nascem da pessoa discrimiuuda
.
do muito mais oportunidades a uns
Ape~ar de todas cssa~ afinua- iguais. I~ evidente que as pessoas
do que ,a outros. E isso é apoiado Assim. pois, todas as vc z cs
çii[:s. r c pct idus e reforçada
s por nascem l'isicumcntc desiguais, sen- í pelas, leis c pelos costumes, que em que uma pessoaé vítima de prc-
muitus fi I,ísofos e pcusudorcs pol í- do diferentes nas feições, no (ama- i,
agravam ainda mais o truuuncnto conceitos, ocorre a negaç;!o do di-
licos. o que se vê lia realidade é que nho. nacor da pele e em illúl
~lera-s
u~siillal e criam grande número de reito à igualdade. É por isso que a
as pessoas são Iratadas Ctll110 dcsi- outrus cuructcrfsticus l'ísicus. Não 6,
barreiras para que aquele que foi Organização das Nações Unidas
guuis. I\S prúprias leis gunuucm ;1 _ poruuuo. essa igualdade que se está
trutado corno inferior desde o nas- (ONU) condena os prccunc
ciius. c
desigualdade, e nos costumes de a fi rmundo. ' .I . ._
! I em muitos pulses existem leis proi
-
cimento consiga UI11U su u u ç ame-
o
quuxcIudus ux pllVl1S cucontrum-xc Quando se diz que todos 01'
lhor dentro da sociedade
. bindo que as pessoa
s sejam trutudas
muitusprút icns baseadas naclcsi- seres humuuus nascem iguais, o que I' l:01110 inferiores por moti
vo de raça.
Assim, por exemplo, um me-
gu;tldade .. pudcndo-xc ver cluru- se cst.i ;~firlllanuoé que nenhum
nino·~lue nasce numa fav ela é igual de cor ou de sexo. Essas leis procu-
mente que em grande número desi- nasce valendo mais do que
outro.
ao 4ue nasce numafamília rica e ram guraruir para ut dus as pcxsoux
luaçõcs as pessoas não sfio trutadus COIllU seres h u mu n os , todos são
vale b mesmo que este, iuas di ficil- o direito iI igualdade. purtindo da
cum» iguais. iguaix, não importuudoonde' nas~
l1lelde o luvelado conseguini boa idéia de que lodos nascem iguais e
Essas leis e essescostumes já çum. quem sejam seus pais, a raça h
ulimcntuçüo c boas escolas e desde são naturulmcutciguais.
se uchum tão urraigudos que quase que I'erlen\·alll (.'U a cor de sua pele.
, cedo 'será tratado como UI11 margi
- Por diversos mot ivos, algu-
(odas as pessoas consideram nor- Sc lodos nascem iguais, va-
nal. Essa discriminação ini acom- mas prúticas discr iminutúri as fo-
1I1al o tratamento dcsiguul. Existem lendo a mesma l:OiS;I, como se ei-
punhtí-Io pela vida inteira. Fica bem ram muito agravadas nos tih i m os
mcxmn pessoas que ralam cCSCl"('.- · . !
I P 1C<1 que U\lS p nusçum muno rI- evidente, portanto, que um menino tempos, ucentuaudo anligos e no-
cus, tendo ((Ida ussistênciu. pruic- vos preconceitos. Não é possível
.nascido numa favela nãoem
t o di-
ção c cun l'orto. enquanto outros Fazera enumeração de ot dos os
. rcitoà igualdade de oportunidades.
nascem mixcnivcis, mul podendo r i mi n aç âu e nt rc
motivos de d isc
embora a própria lei diga que todo
s
pessoas c grupos sociais, mas al-
. são igtú lÍs.
guns deles são mais evidente
s c'
, ,. : Mas não é só por nascer na
têm atécausa provável. Assim. por
'pobreza que muitas pessoas são tra-
32 33
cxcn.p!«, este final do xéculo vinte Um rel'lc,~o bem visível ue~s.'1
teriamuito
são omissões e seria
diferentes e porinsuficiente.
issu a~
vcui assislindri aprulundax trans- nova situuçfíu ~ II uumcnto Lias Liis,:
De acordo
pessoas se tornam
com a Constituição,
socialmente to-di-
rOrln ;I\'lic,\ nas rcluçõcs polüicns e criminaçücs cuntru os emigradus"
Icrcntcs, dcsprczundu-sc
dos são iguai s perante a lei. não a igualda-
se
cei)II!)111 icus i ntcruuci ona is, sobre- Na Alemanha; na Inglate rra. nú
dc
admnatural.
itindo distinção de qualquer
tudu depois do dcxmuruuaurcntu Fran"a e em outros países,sobretu-
Não basta
natureza, Além disso,afirmnr
é feitaque todus as
refe- ;
'i" do nuq u c l c s lllle tiraram granJe
da Ulliflo Soviética, Não sentindo pessoas são iguai~ pur natureza. (
rência expressa a alguns dos pre- Para
muis a amea"a doxuc iulis mu, os proveito do coloniulismo, a chega-
que essa afirmação
conceitos tenha rcsulnulos
mais arraigados. proibin-
I " !!rup()s cap italistas coutruludurcs da d e trabalhadores
práticos é precisodeque UO Santigos plÍ~
a socicdudc :
do-se a diferença direitos entre
:: I
;I da c c o n orui ne das Ii nu nçus no vosorgunizudu
seja colonizadosdevem despertand!l
homens e mulheretal s,modo
núoque se'nin-
udmi-
muudo dcxcncadcur.uu IIIl\a o lcns i- rcnçúcs
guém seja violentas.corno o crcsc i-ou
COIl1superior
rindo a pritratado
vação de direitos por
vu. que eles próprios 'apelidaralll mcntodesde
inferior dos preconceitos c das llis-
UO nasc i-
motivo de crençaoreinstante
ligiosa. filosó-
de "glo!Jalil.a\';lo". visando aumcn- criminaçõcs.
mente. Assi m
É precisodefinindo-, por
assegurar ~:\empl i l'
fica ou política, se acomo
Illd\ls,
tur iI submis süo dos países menos de os turcos igual
maneira
crime
na Alemanha
a prática de. aracismo
oportunid. osade de \!
árabbs
e, numa :'
- . .1 ' !I
desenvolvidos e cluuinar direito s viver com
n~grlls a
na família,
'rança. de
os ir :1 escola.
rnulan<]~
ufirmução mais ubruugcntc1 do \e di-
I, . •I"
dos truhalhudorcs , para assim ga- de africanos
teràbua na enta
alim Inglaterra. os latino'-
ç ão. de receber tt
reito igualdad e, dispondo-se que
nharem mais dinheiro. indiferentes .uucriscunos.
cuidado asiáticos
de saúde. e arrica:I)LJ.s
de escolher 1111I
"a lei punirá qualquer discrimina-
ao aumento das injustiçax. nos Estados
trabalho digno.'Unidos são c'onsidt'd-
de ler accs s o ai>s , !'
ção utcnuuóriu dos direitos e liber- t
Uma das mais graves consc- bensdose iserviços,
ndcsej ávc i s e s âodutrutudr
de participar vida s ; .
dades fundamentais",
como i a], ': i'
qliênciils dos novos lutorcs de inl'lu- públi ca e crim'inos
de gozarosdnemrespeito
put c ncdos
Mas a experiência tem de-
usurpadorcs dos postos de tra balho .. ';;: j: '~
ência é n aumento gcucrulizudo dI) semelhantes,
n:lOnslrauo que adianta muito pou-
desemprego. inclusive nos países e usuiirio x iudcvidos
Tud dos scrviç.
as as pessoas n a s c sc m
co a lei dizer que todos são iguais e ,
sociais. I
mais ricos. por vtirins motivos, Um iguais CIIIdignidade, e nada jus t i ri-
proibir queurnas pessoas sejam tra- ,
eu dessas
que não sejam dados os mCSIIHlS I
deles é a impluutução irrcspousiivcl. A par
tadas C0ll10 muuif 'cstaçõcs
inferiores às outrasse
xe m nenhumacuutc!u quanto aos discriminutúriudireitos
s. a todos.
ganharam Todos têm igual
cviu,êl,l-
não for garantida aigualdade de
eleitos humanos e sociais. de tccno- da também. direito
nasúltimao s respeito
u décadas.
oportunidades pa
das outras pes-
ra todos desde o '.
logia que dispcnsu uma partedo tra- soas,
os conflitos baseados e nada justifica
nadiferença que nãote-
nascimento, Com efeito , quando
balho humano. A isso se acrescenta nham, desde o começo. as mesmas
de crençareligiosa ou que, na
uns nascem ircosre,a4i-
e outros pobres,
a uti lizução de mão-de-obra mais oportunidades.
dudc. são causados pelos queusam
as oportunidades para unse outros
barata dos países pobres. sobretudo essa diferença corno pretexto'para
porque nestes os direitos dos traba- discriminar, Du mesmo modo, crcs-
lhadores foram climinudos ou não
, cerum os conflito s suscitados por
siio respeitados. Esses fatores. SOIIl:l- curact ertst icus sexuais. com rca-
dos ainda ao controle da circulação çõcs, que muitas vezes têm sidç ex- 1:
mundial U Odinheiro e das mercado- s, contra, !lp-", Jj
trcmumcnte violenta
rias por grupos econômicos podere- mosscxuuis, simplesmente opr'~s:~a ',.' .1:1'"
5US . vêm aumentando as distâncias caracter ística. sem nenhuma razão ~:., : ~I'
entre países pobres e ricos, Uma objetiv a, o que torna evidente, a I i,i f.
conseqüência disso tem sido o au- existência de preconceito como tia- !l
mente das migrações. pois a cres- tor de dis crirninnção.': t!
cente dificuldade para sobreviv er O trutumcnto dado pela Cons-
.!
em condições dignas leva os iraba- tituição brasileira a essa questão
.
lhadorcs e suas famílias a procura- roi acertado, pur não se prender a .. 1
rem os países mais desenvolvidos. uma enumeração, que es mpre COI\-
~
;. i! ~
'f'
I
34 :
35
l
--_ ... ~ D IR ET IOÀ P R O T E C Ã O D O S i ~
,
r
,
\ ,: li'. i
',1 I: .
I " "'"
i
••• j .• "' ••• .•
. :,r-~··
.. .• i .~ __ o
l
t
.
D IR E IT O S
I I,
i
I i
r
I· I
i.
í~ i·
I
i
!, !
I I
i
\- !
i
69
t'
IJm direito só existe rcalmcn- ruem perde a liberdade. li cmprc go.
.i r
\ te quando pode ser usado. Há mui- a família, a reputação social, S(l-
! 'tqs càsos de direitos que constam .Ircndo prejuízos morais. físicos c
!
I, da lei, mas que, pelos mais divcr- patrimoniais. porque seus direitos
,'ti I
\
50S motivos, grande número de pes- não foram protegidos.
!
soas n ão conhece ou não consegue O primeiro passo para se c hc-
i I!,J i ,.
t· por em pratica. Outras vezes, as gar iI plena proteção dos direitos é
pessoas percebem que um direito informar e conscicntiznr as pessoas
~~.
seu e~tá sendo desrespeitado e, por sobre a existência de seus direitos e
: 11 I ,
,(r: . Ita (Je meios de defesa, perdem o a necessidade e possibi-lidade de
u~rei{p sem apossibilidade de rea- defendê-tos. Com efeito, quando al-
g:r. Ef)l' lodas essas situações, aque- guém não sabe que tem UI11 direito
I c\ que nao I. b
sou e ou nuo poue usar
• ".1 ou dispõe apenus de infurrnaçücs
o':dir~i\o e que. por isso, o perdeu, vagas e imprecisas sobre ele, é pou-
sofre-um prejuízo injusto. co provável que venha a tomar al-
.1 .Muitus vezes, esse prejuízo guma atitude em defesa desse direi-
al,inge ·aspectos fundamentais da to ou que vise f i sua aplicação prát i-
vidu IJC.uma pessoa. lmugine-se, ca, É preciso, portauto, que haja a
!Jpr exemplo.ia situação de um mo- mais ampla e insistente divulguçüo
Jc:stoi\rabalhador preso injustamen- dos direitos, sobretudo duquc lcs
tp"sob,:aeusação de ter praticado um que são fundamentais ou que se tor-
crime' .. Sua família não sabe o que nam muito importantes em dcterrni-
f~zer para defendê-to e não dispõe' nado momento, para que o maior
dq rec,ursos para contratar um advo- número possível de pessoas tome
gado'l Existe grande possibilidade conhecimento deles.
J.~ que ~sse trabalhador fique preso Tão importante quanto a in-
por m uito tem po,mesmo que não formação é a formação da consci-
tenha tido qualquer participação no ência de que os direitos precisam
crimede que foi acusado. Esse ho- ser defendidos, para que não pcrc-
i
.
DIREITOS HUMANOS E CIUAUANIA
i . I
çame tam bém para que fique asse- quc haja meiosde defesa
proporei-
ulJa~lospela so~iedadc. : l.
gurado o respeito a lodos os direi-
,)
IUS, 1 \ vida em sociedade
é ncccs- l'ara seler UIll sistemacfici- . I,
existe um u cumpctiçüo
pelas me- Lcg isl.uivo, do Executivo e do Ju-
I
diciário. Ao Puder Lcgisl.uivo cab
e ,
lhores poxiçôcs e pelo recebimento ~.
Il ()
de mais benefícios e vantagens. fa/.er e aprovar as leis necessárias
70
•
DEMO, Pedr
a. Pobreza pólitica
. Campi- : ',1
,. ,:
que é r;lp;lz de criar. Estoi passa IlccCSS <lriíllllcllte' pela . ll)~() ).· :L ; 'I
1
O~ rC Jltll1l chos IJ~rtil'Íl)aliv()s, sobretudo Io
as rm as de
partiripa
çâo. Em boraesta lillguílgelll possa parccer ctérca e
, " tI· !
exótica !00 h;í CO lllO ncg c raI
;J[ li ul' o fenôm eno dq~r~eIlI (lfgílll'ili~~iío.; úa,!:sjociedadecivil, precisam manifestar pelo
hros, ta 111;1 nho \Ia sede, Ircqüêu c iadas reuniões cic.,do que
! . •
da in tcllsidadc,dcs!'ias m arcas qu,a litativns, que dc lincia m o
44 \1 45
I
1. : !
I.l t \ ',:
. preferência com chapas concorrentes. Eleições livres. aber- , gresso, nasA ssem bléias, nas Câmaras deparamos com uma
tas, sem cartas m arcadas, sem vitali
ciedade, sem man
obras .
~-'ité.lpr6rul~damcdte desligada d~e. Tão desli
gada, que
.-
Desde que as eleiçõe
s sejam corretas, as lideran
ças adquirem ta is . spaços se torna mil ntrosde va ntagcns, privileg
ia mentes I
L~= -.!:L: ":':":" :'=: ':';::'::: ';/ É legílil\1o 0--l2.FKCSSO p,;rlicipativo
'ca rátcr delegado, ecisam
pr ente epresentativ
r o; sua a utori- c i mpunidadcs. 03 criadores das leis. criilm-níls pa ar os •!
fundadoCII\ estado de dire ito (lIC te ulalllcntíl dCJJiõtio
dadcé deriv ada, não própria.A ssim, não interessam a lid
e- outros. Ga;ilhfll11 remunerações fantásticas, isentas em gran-
cuiocráticu c l'(Ill1ullit(]rio as rq;ras
e jdogo davida CII1
rança carismá tica , que não se transfere e é tcndcncialmcutc
.. ~ Gcrulmcutc tal rcguhuucntação tran sparccc I;IS I de p'rtedo Imposto deRenda. Em pre gam todos O S Iarnilia-
ccutralizadora, a liderança externa, de gente que nãoé da
estatutosda ;lss(lri;I!~'iio, Neste sentido sii(1 urna obra de arte Ites."'~eI11 'concurso público e sem obrigação de trabalhar.
com unidade, a lideran
ça imposta, bem com o a liderança
_
do grupointeressado. Nele s se diz quemC- membro, quais os . Re~chc1l1 ictons específicos sem o cum prim ent
o de suas
prctcnsa. Int
eressa aquela que deposita democraticamente a
direitos e deveres, t'(IIlIO sefazelll osdir igcutcx, como se , COI1~!J~'õçS: C0l110 ç o caso de ers rem unerado por presença em
confiança e a esperança da comunidad e, e, por isso, a repre-
illlpug!lam, comn se mudam regras,c assim por diante. pJcI~í\rio' sbI11- estar presente. M udam de partido com
o se
senta autenticamente. Deve ser rotativa. D eve prestar con-
E ilegílilllo(J provcss« baseadoem estado de illlpulli-
· \l\ucJ~ de c'illnisi'>lIJOrque são capazes de defender qualquer
tas. Deve entender-se como serviço à com unidade.
dadcdeexceção, de privilégio. A ssim ('(111\(1legitim
a idade idéia} desd,c quç lhcs traga adev~d~ Vi! n~iI~enL Aproveitam-
Ao poder som ente se chega por eleição.Caso contra-
de UlII govcrno seextraida C o nstituição, algo situila r acon - . . fie r:I~EStildo ell~ tudo o que e imagiuávcl - tel
efones,
rio, instala-se a usurpaçâo , Para Ia lar em nome da com uni-
lere nas roga Ilizaçf,cs llIL'IHH CS,se quiscrcni apre
senta i- qua- Pi1Ss~gcl1s,.telq:, !:corrcio ete. -, traindo a mssão
i precípua
dade,é m ister ter mandato
, delegação, compet
ência aulcridn,
lidadedc morrá tira. . de sdrcm coutroladorcs do governo, H á certamente os bons I
I
não ap re su n çãde
o com ando,
DCusurpado
lllO l'faCà "revelia.
" " Ile N
r;1est
( uecla que a f'rolltatais rq;,.ras de repr~selital1tes"n.las,é inegável que paira sobre as casas do •i
. espaço,é fácilvermos em
jogo illlplnlenossa
l\1l'nlrealidadeuind
e, deslr o pred
o o ocs
ml'íni
h~o de
'~dc oportu- i
.povo i! ~uspcitado contrário." ,
liderança dúbi
as,
m aque
es Iregua
traiam caminhos
is para s, Ossuspeitos
todo de acesso
direitos são devidos incoud i- I
I ,Dp ponto. pe vista da lógica d in âm icado poder, e
ao poder.É o ri"tlllílllllcnle,
caso de líderes vitalícios,
indepe com
se pcrtcn
ndenleIl1Cnle o dils
-circunstâncias crnuô-
, .comprcbnsjvcl o fenômeno. ~~~ estri!nhi!r que os rcpre- I
cessem a Iammiras
ílias creilis
.C oronéis
políl que nãopor
iras. ~ todos, largam
lollplo,
exe poderseIl
e1exceção.ca hc !
:sel1~~s se rC !Hese'ntal22-~~bre_~~~~_~~~~l1~S, __ I~ã_~S!,S
fazem sua sucessão !
educa entro
çiiod ueda
1 Qprópria
gra u, nafam ília, de
idade como a se
sele caolorz~s:ttJ i rei10
ekilore1s, c em conseqüênc ia nâ ose sÍl_ltillluJ(~L eg~d~_,_ll1aS
podernão e manassc,~c
do p(J\ do povo,
dcvcr' mas de umaSe
do Eslado. pre
rrogativa
(J btado não cumprir esta ----- '-------- ":t--i 'I--- --, --- ... - --- ... _-" ~ I
investidos de autoridade propria. T anto e verdade equogo ~
prévia, ao arrepi
noo da
nuadeci·são popul
c ainda ar. Ca
assim rismncccr
pcnua as excessivos,
impune, CO Il1Oacontece e 11 I
s~dl;JattÍrfl nata, atfãvés da qual, uma vez eleito,
que ao mesmo1I(1.';sa
tempo aglutinam
rcu l ida pessoa s, maspJlTi
dc, temos as tornam
sa mente o cstn do de impunidade .:
I ,a 'v1ilga da-d isputa se toma cativa. No fundo, esta qualidade
subservientes,orque
p o controle de baixo para cima se esvai.
N o caso da US~;~:
j I110S pro\Jlrlllascmclhautc.ElII si
Ipo:iiicít não se realiza ou se manifesta tão precária, porque o
Vícios clássicos 110S pr ocessos eleitorais, que adm em
it toda 6:- .(
é ga ra 1 11ido (J_~l.<::!~s~_d el~~~IS a ela, (0111(1 di rc'ilo-J~, d dóa e I~ Ib -
I' jpo:·/ogUI'cgcrasc~srepresentflntes,m aou cm .nao conscguc ,
sorte de m an ip ulaç
ão, particularm
v ente a com pra deoto. v
. dc,ircscr ';lÇ;i(J dosdirc itos. Na I~'~~(il'a, l;ist~I~~~IC para I
. get-illr a 's;istcl11át ib de control
e e vigilâ ncia. Ora, opder sem
Excessivo dcscolamcnto dos líderes face aos eleitores redu- ,
~il'os.Por ISSO, vél'j-',iara. acadeia(1 ladrãode galinha, , ,
~ controle; ,por mais que seja formalmente representativo, na
zidos a matéria de manipu
cuquaut o ioslaçã
o clcitoreira,
ctimc não reconhecido~
s de colarinho branco - COIllO se diz
\]Háticíl sedesregra. Pari! que hiljal~l1õC rilciil representativa ·1
como fonte única da capacidade
popularm e - nãodelegada
nte ( de representação.
são'(lnUCII<lU OS, Ajustiç»é cega, nijo
. ~6tlti~".o representante precisa literalmente ser perseguido
· ,
p(Jrquc
Tudo isto seja
iru p arcofenômeno
provoca ia
l, mas porque
típicnunca
o de quêev(J
os crim e do rico.
cha ma- ,
'i;êio representado, de tal sorte que o com prom isso de sua
dos rcprescntautcs do povo oÉsãoUlll
fortua lmentc,
atcnrado masnão~ quantidade
persistente se polítira da
:i i dC'leg{\ç~o setome o sentido prim eiro e último de sua atuação
reconhece isto na prática. Na
sociedade prática
(J rato depaira a intse
que 11;'0 ermrcspe
inável e dircitosmínimos,
itam
pa1í,ticíl_ Claro, não é coisa do nosso país, a inda.
justificada suspcitil
com de <lproveit
a ma adores
ioruntura da situação.
lidado. O profesNo
sorCon-
de p l _grau quc sequer
)d~sigu~I(!(j'~I~.,soc;ia) seja C Ol
ll120nç:nte estrutural da história-
dem. Porém, será que já paramos para pensar nessa tal participação?
nunca é feito sozinho; não é um ato isolado de algu ém que não tem
trocar as suas exper iências de vida com os outros. Sabe muito b em que
viver é qll~ .. tal indivíduo é um
tudo con-viver. '. " rna;,:glDé).H~é\do" n~Q,J')or qJJe toLdiSbriJl1inadQ,!:,,:1~~a5 12Dl~qu~ele mesmo se
solidário - '-:"isoToi.T1f o~'ôií!;.rbs .1::ssâ'vivê:í1.cia"ânlargeii1 te·nfh:hnóI;es'trltaqo~Cconslde- '.
companheiro; ~·~-:·":-1:áçã~ocde·que'6':sei~hufu1fnõ'póâe.e, àS'veze's,~'~Ú@-deve-'se"isolal::aôscrén1aíS.
já pensou " 'o ~'Ma~-;c~n~opodel;'~;fl~g{;=~d~' e~1~61~t ~·0 s~,' qu~i~:an1õs~~~i l1ãó,· ~stanlÕS
sobre o significado
~ -sen'l.'pre parti lhando uns comC?s outros?
dessa palavra? Ela
., " ..• ~-.= ~-,- 'O poeta inglês JoÍ111 Do nÍle" começou tin i poeni'â corrio verso: '71-1 0 -
vem do latim,
- mem algum é uma' ilha." Somos seres sociais , "anima -is políticos ' como já
panere,
definiu Aristóteles há 2.500 anos atrás, o que nos leva a necessariamente
algo mais
tomar parte de grupos humanos, a viver nossa vida junto a muitas outras
corno
pessoas iguais a nós . É por isso que, por mais que queiramos escapar, fugir
comemjuntos
para uma ilha deserta, a sociedade está sempre atrás de nós. Até podemos
pão da
nos isolar por alguns instantes, mas. ao irmos para a escola, para o traba-
Logo, o
lho, para o clube, para a igreja 0 1 .para
1 qualquer outro lugar, estaremos
companheiro, o
/'
solidário, é aquele encontrando pessoas, estaremos participando de grupos sociais .
que divide sua vida O ato de participar é, uma condição humana da qual não podemos
apenas uma co
existência com os
verdadeira
convivência, um
viver com
outros.
Mas há 28
outros
que são
diferent
es: um
indivídu
o que
está
sempre
em
seucant
o, .náo
compart
ilha
seus
desejos,
suas
em~ç~
s, s_eus
pensam
entos,
~~-€l-
AJgl+,
sua
-Mida
.CDm
os
.outros.
Pode-s
dizer
•,,
I
A s relações Convivendo com outros homens, os con-
i
flitos de vo ntades e interesses são sempre
humanas e
inevitáveis . No momento do impasse ,
o poder
I que é uma luta entre diferentes desejos,
vontade. Norma lmente quem vence esse conflito é aquele mais bem apare lha-
I
do: dependendo da circunstância, pode ser o mais forte , o mais inteligente, o
I
i mais jovem , o mais bonito ...
!
A capacidade de transformar as vontades dos outros na sua vontade é
aquilo que chamamos de poder. Numa prime ira aproximação , o poder seria a
rar essa opo sição pela força, impondo-se a ela . De modo geral , o poder seria
~o o ",:J-=,-::. =: o o -:: um-indi víduo ou uma in stituição - tem a chance e os instrumentos para
::o~">, !o~~~:~._~._~ :0 rriênte.rio sêntídod esubjugar e neutralizar :10(5) VOI1taâ êts)::'à1l1ela(s). Embora
_!""<ro,~ mtrdo geral G poder a ge pelo convencim ento °e pelamanip jilação das vc j.!)ta:
-des alheias. Assim, em vez de agir pela neutraliza ção das vontades, o poder
age muito mais p or mei o de sua transformação; tomar o conjunt o das vontades
devem c oncordar .
Nessa visão clás sica do poder , ele é compreendido como uma coisa que
algum : é uma sociedade servil . Mas de o nde viria o .poder desse indivíduo?
da: quando um indivíduo manda , seu po der. vem não dele mesmo, mas dos
possível com o conc urso direto dos próprios domi nados. Segundo ele, em
'27
/
diretos, cada um deles tem mais 60 empregados e assim por diante, de modo
esse poder central pela diluição, fortalece-o, sendo seu próprio sustentáculo
dizer de outra maneira, sen1pTe que fazemos alguma coisa, temos em mente
J
algum 'objetivó-á'ser alcançado cõri'1'acjuera á ç ao' ... ---, "' . .
quem pode nos ensinar a bem conduzir nossas vidas. Mas, quando alguém
procura conduzir a um público maior seu interesse e sua decisão, a fim de que
esse público se engaje, ele está exercendo aquilo que denominamos de política.
em jogo.
que irão refletir na coletividade. Deve ficar claro 9ara você que ética e política
exemplo: se alguém decide estudar pa,l'a conseguir certa ascensão social, isso não
diz respeito apenas a essa pessoa; para a coletividade, faz muita diferença tomar
28
•
poucas pessoas "fa zem política". Mas será qu e, de fato, ti política é apenas
pada. Na televisão e n o rádio tamb ém se diz muito sobre ela. Mas que coisa é
A democracia
mocracia.
._~- 'etcr'Ocórno se cada 'cidade fosse-rr rrr-verdadeiro ]:1ftís, 'pois ela criava suas
- próprias leia-Por-exemplo: uma lei válida em Ate nas pode ria não exis tir
em Esparta ou em Delfos.
Muitas formas os gre gos criaram para admin istrar a cidade, dependendo de
período da hi stória de Atenas, uma das principai s cidades gregas, por volta do
ano 500 a.c., um leg islador chamado Cl ístenes resol veu fazer uma reforma
radical , fazendo com que todos o s cidadãos se envolvessem com as ati vidades
de administração da cidade.
Clístenes fez uma arrojada di visão do terri tório de Atena s, sendo que
a cada unidade re gional b ásica ele chamou de demos. Dos 30 demos que
sua execução. A aprovação das l eis era feita pela Assembl éia, que se reunia
uma vez por mês e da qua l poderiam participar todo s os cidadão s. O nome
29
democracia significa, portanto , govern o dos demos, e não exatamente go-
resultado desses debate s eram decis ões que re fletiam na vida de todos o s
demais a votar naquilo que ele defendia. Ness e momento , quando os homens
Assembléia.
pessoas . Mas nem todas eram cidadã s: os 200 mil escravos não eram conside-
rados nem como gente; os '100 mil estrangeiros e mais as 60 mil mulheres e
crianças não tinham direito s políticos . Eram cidadãos ap enas 40 mil indiví-
da sociedade .
toda a coletividade. Quem pode dizer o que é bom para todos? Aquele mesmo
que irá provar - o próprio ser humano. Se não de forma direta, pelo menos
lização.
30
A marginalizaçâo Vamos nos reportar novamente ao isola-
prestar atenção ao que os sujeitos dizem. No dia de votar, cumprem com seu
dever votando em qualquer um, pois tanto faz: "S50 lodos iguais, mesmo."
propõe a falar. O único conselho dado é não aconselhar. Esses indivíduos não se
em meio a outros indivíduos, o que significa que sua vida depende dos outros e
que aquilo que ele fizer também influenciará nas vidas alheias.
___ ~ .a esfera _ pública s~mpre vai existir. Se sempre existirá, alguém estará se
__ ~ -~-=- _:. ~"~.o ,~~~ __ '< int~t~_S~~~$;d9,qLlt;~e§~ql1ese °ocuparal~1 da esfera.p(lbliEâ irão prevalecer; Af} _ '_0 _
____
___
____
___
____
___
___
____
___
____
___
___ ••
_ ~ •• _-- :-
-' .- .;-- '1'
~-_ -'
mecanismos sociais por meio' daqueles, mesmo que sejam poucos, que estão
do governo, que são os "políticos" que precisam resolvê-Ia. Mas esses indivíduos
que ele jamais poderá dar conta delas sozinho. Às questões públicas são respon-
sabilidade de todos ~ós e',l:nesmo que alguns indivíduos tenham sido eleitos
para cuidar delas, não basta que eles ajam, é necess ário que cada um de nós,
como membro dessa sociedade, faça a sua parte - por menor que seja.
31
\
A ação Ao trazer à tona o fato da marginalizaçâo
dir sobre suas próprias vidas. Estão aceitando que os problemas que dizem
respeito a suas vidas sejam pensados e resolvidos por outras pessoas. Estamos,
gregos antigos, o político era aquele que participava dos negócios da pólis.
Quando a cultura grega foi assumida e difundida pelos romanos, que fala-
vam latim, apólis virou a cive em sua língua. É da palavra latina cive que se
_•• -.~ • '.--~ ~' = ' O cidadãó sabe que é preciso buscan é precíso conquistar. É uma ação gu~_nã? _.
- ,,~ . o. ...- ' •.•. '"-._ ~ •.. - .- -- .pa.ra a.~siLde,i.llieI;esses ço~nglÍ$l~dg~Ül}QQ~Y€~. e .yº-z-=~?t~1l~O,.~,n9s 1~eferh1do -, :
.... ' .~"-- .. , - .. , ~ Pela associação de todos os cidadáoa.manter-se-á ·yi.:y.§Ca_ .o.çª,º . .de, que
I1
e espontânea vontade.
3'2