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Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (2013). Especialista em Gestão da Tecnologia
da Informação pelo Centro Universitário Uninassau, em Pernambuco (2010). Engenheiro de telecomunicações pela
Universidade de Pernambuco (2008). Profissional certificado em ITIL v3 Foundation e COBIT v4.1 Foundation.
Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação dos cursos de graduação (presencial e a distância) em Gestão
de TI do Centro Universitário do Senac. Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação e Redes de Computadores
na UNIP. Professor de disciplinas técnicas de Telecomunicações do Instituto Técnico de Barueri.
CDU 681.3.06
U500.67 – 19
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Carla Moro
Virgínia Bilatto
Sumário
Técnicas de Informática
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 10
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)........................................................................ 11
1.1 Histórico e evolução da TI.................................................................................................................. 11
1.1.1 Surgimento da Tecnologia da Informação nas empresas........................................................11
1.1.2 Tecnologia da Informação nos dias de hoje................................................................................. 12
1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento...................................................................... 13
1.2.1 Conceito de dado..................................................................................................................................... 13
1.2.2 Conceito de informação....................................................................................................................... 14
1.2.3 Conceito de conhecimento.................................................................................................................. 15
1.3 Conceito de tecnologia....................................................................................................................... 16
1.3.1 A tecnologia e o seu histórico............................................................................................................ 16
1.3.2 Tecnologia da Informação.................................................................................................................... 17
1.4 Infraestrutura de TI e o seu papel nos negócios...................................................................... 17
1.4.1 Conceito de infraestrutura de TI........................................................................................................ 17
1.4.2 Papel da infraestrutura de TI nos negócios................................................................................... 19
1.4.3 Recursos da infraestrutura de TI........................................................................................................ 19
1.4.4 Gestão da infraestrutura de TI........................................................................................................... 20
1.4.5 Custo total de propriedade dos recursos da infraestrutura de TI........................................ 21
2 INFRAESTRUTURA DE TI: HARDWARE..................................................................................................... 22
2.1 Conceito de hardware e de computador..................................................................................... 22
2.1.1 Introdução.................................................................................................................................................. 22
2.1.2 O computador........................................................................................................................................... 23
2.2 Evolução do hardware......................................................................................................................... 24
2.2.1 Antecedentes dos computadores...................................................................................................... 24
2.2.2 Geração zero dos computadores....................................................................................................... 24
2.2.3 Primeira geração dos computadores............................................................................................... 24
2.2.4 Segunda geração dos computadores.............................................................................................. 25
2.2.5 Terceira e quarta gerações dos computadores............................................................................ 25
2.3 Estrutura básica de um sistema computacional...................................................................... 27
2.3.1 Arquitetura básica dos computadores............................................................................................ 27
2.3.2 Unidade central de processamento.................................................................................................. 27
2.3.3 Memórias.................................................................................................................................................... 28
2.3.4 Barramentos.............................................................................................................................................. 29
2.3.5 Dispositivos de entrada e saída.......................................................................................................... 29
2.4 Tipos de computadores e seu uso nos processos de negócios........................................... 30
2.4.1 Tipos de computadores......................................................................................................................... 30
2.4.2 Desktops, notebooks e tablets............................................................................................................ 30
2.4.3 Mainframes e supercomputadores................................................................................................... 31
2.4.4 Capacidade de hardware...................................................................................................................... 32
3 INFRAESTRUTURA DE TI: SOFTWARE........................................................................................................ 32
3.1 Introdução ao software...................................................................................................................... 32
3.1.1 Conceito de software............................................................................................................................. 32
3.1.2 Tipos de software..................................................................................................................................... 34
3.2 Software de sistemas........................................................................................................................... 35
3.2.1 Introdução.................................................................................................................................................. 35
3.2.2 Sistemas operacionais............................................................................................................................ 35
3.2.3 Programas utilitários e middleware................................................................................................. 36
3.3 Software aplicativo............................................................................................................................... 37
3.3.1 Introdução.................................................................................................................................................. 37
3.3.2 Software proprietário e software de prateleira........................................................................... 37
3.3.3 Software de produtividade geral....................................................................................................... 39
3.3.4 Make or buy............................................................................................................................................... 39
3.4 Utilização de softwares nos processos de negócios............................................................... 39
3.4.1 Processadores de texto.......................................................................................................................... 39
3.4.2 Planilha eletrônica................................................................................................................................... 40
3.4.3 Geradores de apresentação................................................................................................................. 41
4 INFRAESTRUTURA DE TI: BANCOS DE DADOS...................................................................................... 41
4.1 Fundamentos dos bancos de dados............................................................................................... 41
4.1.1 Recursos de dados................................................................................................................................... 41
4.1.2 Banco de dados........................................................................................................................................ 42
4.2 Tipos de bancos de dados.................................................................................................................. 43
4.2.1 Banco de dados hierárquico................................................................................................................ 43
4.2.2 Banco de dados do tipo rede.............................................................................................................. 43
4.2.3 Banco de dados relacional................................................................................................................... 44
4.2.4 Banco de dados orientado a objeto................................................................................................. 45
4.3 Sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD)..................................................... 46
4.4 Tomada de decisão baseada em dados........................................................................................ 47
4.4.1 Conceitos básicos..................................................................................................................................... 47
4.4.2 Inteligência de negócios....................................................................................................................... 47
Unidade II
5 INFRAESTRUTURA DE TI: REDES DE COMPUTADORES...................................................................... 52
5.1 As telecomunicações e a reinvenção do fluxo da informação........................................... 52
5.1.1 Impacto das redes de computadores na sociedade................................................................... 52
5.1.2 Telecomunicações.................................................................................................................................... 53
5.1.3 Sistemas det............................................................................................................................................... 54
5.2 Tipos de redes e seus elementos..................................................................................................... 54
5.2.1 Classificação das redes de computadores..................................................................................... 54
5.2.2 Elementos de uma rede......................................................................................................................... 55
5.2.3 Meios físicos............................................................................................................................................... 56
5.3 A segurança nas redes de computadores.................................................................................... 57
5.3.1 A segurança da informação................................................................................................................ 57
5.3.2 Ferramentas e soluções de segurança............................................................................................. 58
5.4 Uso das telecomunicações e das redes de computadores nos processos
de negócios..................................................................................................................................................... 58
5.4.1 A internet.................................................................................................................................................... 58
5.4.2 Videoconferência..................................................................................................................................... 59
5.4.3 Tecnologia de voz sobre IP................................................................................................................... 59
5.4.4 Telefonia móvel celular......................................................................................................................... 60
6 A TI E O SEU PAPEL ESTRATÉGICO NOS NEGÓCIOS............................................................................ 61
6.1 O papel estratégico da TI.................................................................................................................... 61
6.1.1 Introdução.................................................................................................................................................. 61
6.1.2 Impacto estratégico da TI..................................................................................................................... 62
6.2 O valor da TI para os negócios......................................................................................................... 63
6.2.1 As empresas do século XXI e o valor da TI..................................................................................... 63
6.2.2 O valor da TI............................................................................................................................................... 63
6.3 TI e as suas vantagens competitivas............................................................................................. 64
6.3.1 Vantagens competitivas alcançadas por meio da TI................................................................. 64
6.3.2 TI verde......................................................................................................................................................... 64
6.4 Alinhamento estratégico da TI......................................................................................................... 66
6.4.1 Fatores Críticos de Sucesso (FCS)...................................................................................................... 66
6.4.2 Alinhamento entre TI e negócio........................................................................................................ 68
6.4.3 Tipos de alinhamento estratégico..................................................................................................... 70
6.4.4 Evolução do conceito de alinhamento estratégico................................................................... 70
7 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO................................................................................. 71
7.1 Conceito de sistemas........................................................................................................................... 71
7.1.1 Definição de sistemas............................................................................................................................ 71
7.1.2 Características e classificação dos sistemas................................................................................. 72
7.2 Sistemas de informação..................................................................................................................... 73
7.2.1 Introdução.................................................................................................................................................. 73
7.2.2 Dimensões de um sistema de informação.................................................................................... 74
7.2.3 Abordagem sistêmica............................................................................................................................. 75
7.2.4 Tipos de sistemas de informação...................................................................................................... 75
7.3 Sistemas ERP........................................................................................................................................... 76
7.3.1 Conceito de ERP....................................................................................................................................... 76
7.3.2 Composição do ERP................................................................................................................................ 77
7.3.3 Vantagens e desvantagens do ERP................................................................................................... 78
7.4 Sistemas de suporte a decisão......................................................................................................... 79
7.4.1 A tomada de decisão.............................................................................................................................. 79
7.4.2 Tipos de decisões...................................................................................................................................... 80
7.4.3 Sistemas de suporte a decisão........................................................................................................... 81
8 APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS NEGÓCIOS.............................................. 82
8.1 Inteligência artificial............................................................................................................................ 82
8.1.1 Visão geral da inteligência artificial................................................................................................. 82
8.1.2 Ramos da inteligência artificial......................................................................................................... 83
8.2 Sistemas de gestão do conhecimento.......................................................................................... 84
8.2.1 Conhecimento........................................................................................................................................... 84
8.2.2 Classificação e tipos de conhecimento........................................................................................... 85
8.2.3 Sistemas de gestão do conhecimento............................................................................................ 85
8.3 Comércio eletrônico............................................................................................................................. 86
8.3.1 Introdução.................................................................................................................................................. 86
8.3.2 Tipos de comércio eletrônico.............................................................................................................. 88
8.4 Outras soluções de TI aplicadas aos negócios........................................................................... 89
8.4.1 Redes sociais.............................................................................................................................................. 89
8.4.2 Identificação por radiofrequência (RFID)....................................................................................... 89
8.4.3 Tecnologia da Informação aplicada à logística........................................................................... 90
8.4.4 Computação nas nuvens...................................................................................................................... 90
8.4.5 Rede virtual privada............................................................................................................................... 91
APRESENTAÇÃO
O objetivo desta disciplina é entender os principais conceitos de Tecnologia da Informação (TI), todo
o seu ferramental e papel dentro de uma perspectiva estratégica, destacando as vantagens competitivas
alcançadas; e discutir a infraestrutura de TI, composta por hardware (sistema computacional como
um todo), software (de sistema e de aplicação), bancos de dados (tipos e o suporte a decisão) e redes
de computadores, apontando o seu uso nos processos de negócios e como é possível agregar valor
às corporações. Completa o conjunto de conteúdos explorados, uma abordagem sobre os sistemas de
informações, assim como as principais soluções de TI utilizadas pelas empresas.
Ao ler este livro-texto, espera-se uma compreensão básica sobre as ferramentas tecnológicas
utilizadas pelas corporações e como elas agregam e entregam valor aos negócios, atendendo às
suas expectativas.
Outro objetivo é o entendimento inicial sobre os sistemas de informações e seus tipos, com um
pouco mais de ênfase nos sistemas de planejamento de recursos empresariais, conhecidos como ERP.
Por fim, um último objetivo é impulsionar você a mergulhar no mundo da tecnologia e fomentar o
hábito de procurar em todas as fontes aconselhadas neste material um entendimento sobre a importância
das ferramentas tecnológicas na vida das pessoas, das empresas e de toda a sociedade.
Este livro-texto apresenta duas unidades. Na primeira unidade será feita uma introdução das
terminologias básicas da TI, mencionando seu histórico, evolução e seu papel nos negócios. Começaremos
a falar sobre os itens da infraestrutura de TI, primeiro sobre o hardware, mostrando um pouco de sua
estrutura básica, evolução e os tipos de computadores mais utilizados.
Essa unidade também será dedicada ao estudo do software, dividindo-se em software de sistemas e
software aplicativo, e algumas das aplicações mais utilizadas no dia a dia das empresas.
Ainda, trará os conceitos de bancos de dados, sua fundamentação e tipos. E como os dados são
importantes para a tomada de decisão organizacional, finalizaremos falando de ferramentas de
inteligência de negócio, muito conhecidas pelo seu nome em inglês business intelligence (BI).
Serão abordados os conceitos de estratégia de TI, com ênfase no alinhamento estratégico da TI, e em
como a TI agrega e entrega valor aos negócios para atender às suas expectativas.
Essa unidade também traz os conceitos introdutórios de sistemas de informação, com ênfase nos
sistemas de planejamento de recursos empresariais e para os sistemas de suporte a decisão.
Por último, traz um apanhado de outras soluções tecnológicas até então não mencionadas e
utilizadas pelas áreas de negócios.
9
Espero que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer mais sobre Tecnologia
da Informação.
Boa leitura!
INTRODUÇÃO
Hoje não é possível mais imaginar uma corporação que funcione sem o uso de ferramentas de
Tecnologia da Informação (TI). Seja uma pequena empresa ou escritório até uma multinacional, todas
precisam de acesso à internet, dos editores de texto, das planilhas eletrônicas, enfim, de todo um aparato
tecnológico.
Muitos são os recursos que a TI oferece a partir de toda uma infraestrutura composta por hardware,
software, bancos de dados e redes de computadores. A chave do sucesso é descobrir como utilizar todas
essas “peças” de modo estratégico, em vista de agregar valor ao negócio.
Conhecer e entender TI não é algo fácil, porque nesta área tudo se atualiza muito rápido. Logo as
tecnologias ficam obsoletas. Por isso, a importância da busca constante do conhecimento em TI.
10
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)
Foi na década de 1960 que as empresas, principalmente nos países desenvolvidos, deram
os seus primeiros passos no uso da Tecnologia da Informação. Ela estava marcada pelo uso de
equipamentos de grande porte, conhecidos como mainframes, extremamente caros e disponíveis
por meio de poucas opções tecnológicas. Nesta época, a área de TI tinha a função de apenas
fornecer tecnologia para auxiliar o controle rotineiro da empresa. O centro de processamento de
dados (CPD) era de difícil acesso, atuava principalmente com a disponibilização de tecnologia e
processamento de dados. O CPD tinha o objetivo de manter as máquinas funcionando ou processar
dados por meio de computadores.
As áreas responsáveis pelo desenvolvimento de aplicativos para negócios tinham uma estrutura
tímida e as soluções construídas eram praticamente artesanais, além de não existir ferramentas de
suporte aos processos e aos responsáveis pelo desenvolvimento. A importância maior era dada ao
conhecimento dos sistemas computacionais, bem como dos sistemas operacionais e linguagens de
programação, do que ao processo de fazer software (REINHARD, 1996).
Grande parte das aplicações desenvolvidas era voltada para automação de tarefas manuais,
principalmente administrativas e financeiras. A formação de pessoal qualificado ficava ao cargo das
empresas e dos fornecedores de computadores. Havia uma escassez de mão de obra em todos os setores
de hardware e software.
Na década de 1970 surge o conceito de sistemas de informação como um diferencial no dia a dia
do ambiente organizacional, impactando positivamente sobre os processos de negócios das empresas.
A TI começa a se tornar importante e as corporações começam a percebê-la como um recurso da
organização (REINHART, 1996).
Conforme Reinhard (1996), em 1970, aparecem diversos conceitos que modificam outros já existentes,
com destaque para os de desenvolvimento organizacional, processo decisório, adoção de inovações,
aprendizagem, interfaces homem-máquina, relacionamentos entre profissionais de TI e os usuários.
Inicia-se um período que ficou conhecido como Era do Processamento de Dados. Neste momento, os
recursos de informática se tornam instrumentos de apoio aos negócios, estimulando a construção de
sistemas de apoio à decisão.
11
Unidade I
Já na década de 1980, os vieses de mudança relacionam-se ao modo como a TI presta os seus serviços
para as áreas de negócios. Surgem as terceirizações. Outro ponto de destaque desta época é o crescimento
das empresas e suas internacionalizações, acarretando a criação de sistemas interorganizacionais,
integração dos sistemas e a ênfase nas arquiteturas de sistemas. Sistemas distribuídos regionalmente
e a necessidade do uso maciço das telecomunicações trazem impactos significativos nos processos e
tecnologias de construção de software e hardware. Outros fatores da década envolvem os aspectos
econômicos, legais, políticos e culturais. A execução dos negócios se torna ao final da década dependente
cada vez mais da aplicação da TI (BRITO, 1996).
Na década de 1990, a TI é colocada como centro da estratégia empresarial e, de acordo com muitos
autores, assume um caráter mais estratégico e passa a proporcionar uma transformação dos negócios.
Uma das consequências dessa transformação é que a TI permite a transformação do conhecimento
como uma fonte de geração de valor para as organizações.
No início deste milênio (ano 2000), contempla-se uma mudança do modelo cliente-servidor para os
modelos baseados na web, em que os sistemas são operados por meio da internet. Também se verifica
que os sistemas proprietários vão dando cada vez mais espaço para uma proposta de sistemas abertos,
com o uso do software livre e destaque para o sistema operacional aberto Linux atuando como o
sistema dos servidores das redes no ambiente web.
Observa-se também uma integração cada vez maior entre as práticas gerenciais e de governança
corporativas com as práticas da governança da TI. A qualidade sai do mundo acadêmico e se transforma
numa alternativa quase que obrigatória nos processos e produtos da TI (COSTA et al., 2012).
Como estamos na Era da Informação, em que a riqueza nasce de ideias inovadoras e do uso inteligente
da informação, para a maioria das empresas é impossível desligar seus sistemas de computadores,
mesmo que por um curto período de tempo. Isso acontece porque as organizações precisam reagir de
modo rápido aos problemas e às oportunidades que surgem desse ambiente empresarial moderno e
altamente competitivo (FOINA, 2006).
12
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não conduz a uma
compreensão de determinado fato ou situação. É a representação de algo que não está estruturado
(O’BRIEN; JAMES, 2002).
Como bom exemplo de dado temos uma sequência de números sem qualquer relação uns com os
outros: 1,0; 2,0; 3,0; 5,0. Outros exemplos poderiam ser um determinado valor de temperatura (20 ºC)
ou, um valor de velocidade do vento (30 km/h).
Observe que a sequência de números nada revela por si só, poderia ser uma sequência de notas, ou
tempo em minutos etc. Da mesma forma, a temperatura de 20 ºC nada revela, porque não podemos
afirmar se está quente ou frio, abafado ou fresco.
Laudon e Laudon (2011) afirmam que “dados são como correntes de fatos brutos que representam
eventos que estão ocorrendo nas organizações ou nos ambientes físicos antes de terem sido organizados
ou arranjados para poderem ser usados”.
13
Unidade I
Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que podem representar algo
estruturado. Gordon e Gordon (2006) definem informação como um conjunto de dados processados,
que foram analisados, filtrados, organizados, formatados e finalizados.
• Relacionando uma temperatura de 20 ºC, uma velocidade do vento de 30 km/h, céu nublado,
e entendendo que todos estes dados são da cidade do Recife − PE, tem-se a informação da
temperatura no momento e que (guardando as particularidades regionais) está frio.
• Considerando que os números 1,0; 2,0; 3,0; 5,0 foram colhidos de um diário de classe de um
professor sobre um determinado aluno, tem-se a informação das notas de suas provas.
Processo de
transformação
Dados Informação
(Seleção / organização /
manipulação)
• recurso – quando servir como um insumo ou um recurso a ser utilizado no processo produtivo de
bens ou serviços;
• ativo – quando ela se torna uma propriedade de uma pessoa ou organização que agrega valor ao
resultado das corporações;
Observação
14
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Como são sabidos, os dados são fatos brutos que podem ser processados, organizados em conjunto
com valor, a fim de se obter a informação. Por meio das informações alcança-se o conhecimento. A
figura 2 ilustra o conceito hierárquico de dados, informação e conhecimento.
Conhecimento
Informação
Dados
Recorrendo aos exemplos das seções anteriores (as que mencionam o conceito de dado e de
informação), pode-se afirmar que:
• se o aluno tem as informações de notas iguais a 1,0; 2,0; 3,0; 5,0, o conhecimento impulsiona a
estudar mais, porque as notas estão muito baixas.
O conhecimento nas corporações, de modo geral, pode ser classificado em conhecimento tácito ou
explícito. O conhecimento tácito é aquele de propriedade dos indivíduos que não está documentado,
composto por suas conclusões pessoais e intimamente ligado à suas experiências. O conhecimento
explícito é o de maior interesse das corporações, porque está estruturado, documentado, claro para
todos os envolvidos e pode ser disseminado.
15
Unidade I
Saiba mais
O conceito de tecnologia, a princípio, não possui uma associação direta com a informática,
computadores, internet etc. A tecnologia é compreendida como um conjunto de procedimentos,
inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio do qual as capacidades humanas
de uma sociedade podem ser ampliadas.
Observação
Tigre (2006) mostra uma ligação muito forte entre tecnologia e economia, principalmente ao
detalhar informações sobre a evolução tecnológica mundial.
16
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Saiba mais
A Tecnologia da Informação (TI) é compreendida como o conjunto formado por hardware, softwares,
bancos de dados e redes de computadores, que associados a procedimentos, inovações e métodos,
auxiliam no processo de transformação de dados em informação e de informação em conhecimento, de
modo a gerar valor para as pessoas e organizações que dela se utilizam.
A TI contribui para a tomada de decisão, gerando uma maior rapidez e flexibilidade nos
processos de negócios, reinventando o fluxo de informação e o modo como o ambiente
organizacional se desenvolve.
Segundo os conceitos de governança de TI, os autores Weill e Ross (2006) afirmam que a
infraestrutura de TI é o alicerce planejado de Tecnologia da Informação em toda a sua capacidade (tanto
17
Unidade I
no que diz respeito a questões técnicas como recursos humanos), disponibilizada por meio de serviços
compartilhados, confiáveis para todo o negócio e utilizado por aplicações múltiplas.
• componentes de TI;
• aplicações de TI compartilhadas.
A infraestrutura de TI suporta as soluções e aplicações desejadas pelas áreas de negócios. São essas
aplicações que suportam os processos de negócios, dentro da perspectiva do alinhamento estratégico.
Segundo os conceitos de sistemas de informação, os autores Stair e Reynolds (2011) mencionam que
infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, software, bancos de dados,
telecomunicações, pessoas e procedimentos) de sistemas de informação que forma a base dos sistemas
computadorizados.
Aplicações
de negócio
Infraestrutura de TI
Aplicações de TI compartilhadas
e padronizadas
Serviços compartilhados de
Tecnologia da informação
Recursos humanos
Componentes de TI
18
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Por ser a base da capacidade planejada de TI, a infraestrutura desponta como um dos itens mais
importantes na área de tecnologia das empresas. Justamente devido a esta importância, os investimentos
em infraestrutura correspondem a aproximadamente 55% do total de investimentos em TI (WEILL;
ROSS, 2006).
Em meio aos negócios, tem crescido uma mudança nos conceitos de infraestrutura para serviços de
infraestrutura, onde os componentes tecnológicos são convertidos em serviços comuns.
São quatro os recursos de infraestrutura de TI, segundo a maioria dos autores em sistemas de
informações: hardware, software, bancos de dados e redes. Algumas bibliografias incluem também as
pessoas como recursos, outros também incluem os serviços, mas nesta disciplina o recorte trará os
quatro recursos inicialmente mencionados.
O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades de entrada, saída
e processamento de dados. Neste item estão inclusos os computadores pessoais, notebooks, mainframes,
dispositivos móveis e suas constituições.
19
Unidade I
Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, contendo informações dos negócios,
na forma de arquivos relacionados. Eles são um componente fundamental e valioso para o funcionamento
dos sistemas computadorizados.
As redes consistem no componente que proporciona a comunicação de dados, voz e imagem dentro
do negócio, por meio de uma transmissão eletrônica de sinais.
Para que a infraestrutura de TI agregue valor aos negócios e atenda às suas expectativas, é necessário
que ela seja bem-gerenciada em seus componentes, ou seja, na forma de serviços.
Segundo Magalhães e Pinheiro (2007), a gestão de infraestrutura é composta por cinco atividades:
• desenho – esta atividade consiste na elaboração da arquitetura de TI que deverá ser utilizada no
ambiente organizacional;
• implementação – esta atividade consiste na instalação e disponibilização para uso dos componentes
da infraestrutura de TI.
• suporte – esta atividade consiste nas resoluções dos incidentes e problemas na infraestrutura de
TI.
Um dos mais conhecidos modelos de gestão de serviços, que incluem a infraestrutura de TI,
é o Information Technology Infraestructure Library (ITIL). O ITIL é um conjunto de boas práticas,
que não é regra obrigatória, para a gestão dos serviços de TI dentro de um ciclo de vida (FREITAS,
2013).
20
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Saiba mais
Além do custo com a aquisição de recursos de infraestrutura de TI (seja ele hardware, software, redes
ou bancos de dados), há outro custo denominado custo total de propriedade, conhecido pela sigla TCO,
que se refere ao termo em inglês total coast ownership.
Por exemplo, um computador pessoal pode ter um TCO que represente três vezes o custo com a sua
aquisição. E por quê? Porque há custos com energia elétrica, manutenção, instalação, dentre outros.
Laudon e Laudon (2010) mencionam os seguintes itens que compõem o TCO de um recurso da
infraestrutura de TI:
• aquisição de software – custo com a compra ou licença de software para cada usuário;
• espaço e energia – custos imobiliários e com energia elétrica para alimentação dos equipamentos.
21
Unidade I
• auditar os resultados para apontar pontos fortes e fracos dos custos de TI;
• criar uma estrutura ideal de TI, base em custos aderentes às estratégias de negócios;
• redução de custos;
2.1.1 Introdução
Segundo Stair e Reynolds (2011), hardware é qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) que
auxilia tarefas de entrada, saída, processamento e armazenamento de um sistema de informação.
Como componente da infraestrutura de TI, o hardware desponta como o item básico para a criação
de vantagem competitiva. As organizações investem em hardware por diversos motivos, dentre eles:
2.1.2 O computador
No entanto, por mais que se tente assemelhar um computador a uma pessoa, ainda estamos muito
longe disso. Pelo simples motivo de que o computador não “vê” a realidade do modo como vemos, porque
todas as suas tarefas e processamentos são baseados em informações pré-instaladas que trabalham
com as entradas e saídas.
Um computador realiza as suas operações por meio de instruções primitivas, denominadas linguagem
de máquina. A linguagem de máquina remete ao primeiro nível de uma estrutura de computador, que
não é “entendível” pelo usuário. O usuário “enxerga” a linguagem de alto nível do computador, que está
separada e distante da linguagem de baixo nível ou linguagem de máquina.
Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre computadores, leia:
STALLINGS, W. Organização e arquitetura de computadores. São Paulo:
Prentice Hall, 2010.
23
Unidade I
Antes de entender os computadores de hoje, é necessário conhecer um pouco sobre a sua evolução.
Compreendendo que “ao pé da letra” computar é calcular, inicialmente o intuito do ser humano foi
descobrir um dispositivo que calculasse.
O ábaco foi o primeiro instrumento de cálculo, que apareceu milênios atrás (acredita-se que com
os fenícios, espalhando-se depois em outras diferentes culturas), servindo apenas para operações de
somar e subtrair. O ábaco consistia num artefato formado por uma moldura com bastões paralelos, que
correspondem, da direita para a esquerda, às unidades, dezenas, centenas.
Por volta de 1622, surge outro dispositivo de cálculo, inventado pelo inglês William Oughtred. Esse
instrumento, conhecido como régua de cálculo, continha escalas em que a posição dos números era
proporcional ao seu logaritmo, permitindo operações básicas com precisão de até quatro dígitos.
A geração zero dos computadores vai de 1642 até 1945. No início dessa geração, dois
dispositivos de cálculo foram criados. O primeiro dispositivo, chamado Pascalina, foi criado em
1642 por Blaise Pascal. Este dispositivo era totalmente mecânico e servia para operações de soma
e subtração. Em 1672, Gottfried Wilhelm Von Leibniz criou a Staffelwalze, uma calculadora com
as quatro operações básicas.
Por volta de 1800, Charles Babbage projetou um dispositivo mecânico, chamado de máquina
diferencial, capaz de executar um algoritmo (sequência de instruções de um programa). Foi uma
inovação até então, porque os outros dispositivos realizavam apenas operações simples, enquanto este
novo produzia tabelas úteis para a navegação marítima.
Após Babbage, diversos dispositivos de calcular e programar foram desenvolvidos, até que em 1944,
nos Estados Unidos, Howard Aiken criou o primeiro computador digital chamado de Mark I, marcando
o fim dessa Era.
A primeira geração dos computadores vai de 1945 até 1955 e é conhecida como geração das
válvulas (primeiro dispositivo utilizado em circuitos eletrônicos). O desenvolvimento de computadores
desta geração é muito associado à Segunda Guerra Mundial e ao Pós-guerra, com o surgimento de
computadores com fins militares na Alemanha e nos Estados Unidos.
O maior invento dessa época é o Eletronic Numerical Integrator and Computer (Eniac),
desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos, pesando 30 toneladas, consumindo 140 quilowatts de
energia. O Eniac é também considerado o primeiro computador de uso geral, sendo uma resposta às
24
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
necessidades dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra, de cálculos balísticos mais precisos.
Antes esses cálculos eram feitos de forma manual e levavam muito tempo para serem concluídos.
É nesta geração que a empresa International Business Machines (IBM) começa a se firmar no mercado
de computadores comerciais voltados para aplicações científicas.
A segunda geração dos computadores vai de 1955 até 1965 e é conhecida como geração dos
transistores (substituiu as válvulas nos circuitos eletrônicos). Como os transistores eram bem menores
que as válvulas e com uma vida útil bem maior, os computadores desta época diminuíram drasticamente
de tamanho e houve um aumento nas capacidades computacionais.
A terceira geração de computadores vai de 1965 até 1980 e é conhecida como geração dos circuitos
integrados (chip que substituía muitos transistores num circuito eletrônico). Os chips permitiram a
miniaturização dos sistemas computacionais.
Nesta época, a IBM era a líder no mercado de computadores com os modelos IBM7094 e o IBM1401.
Eram duas máquinas diferentes e incompatíveis, o que forçou a IBM a substituí-las por um único produto
já com circuito integrado, a família System/360.
As tecnologias com computadores de grande porte, também conhecidos por mainframes, surgiram
nesse momento com a família System/360 da IBM. A empresa, que já tinha uma base de clientes, entrou
no mercado com um conceito de família e modelos distintos, mas compatíveis. Nesse cenário, empresas
com necessidades mais modestas tinham acesso à mesma tecnologia que as grandes corporações, o
que mudava era o tempo de resposta dos equipamentos. Esse modelo foi de tal sucesso que a empresa
chegou a deter 70% do mercado da época. Com algumas atualizações, essa arquitetura permanece nos
dias atuais.
Outras empresas, como a Unisys, durante um bom tempo disputaram mercado de mainframe com a
IBM, mas sendo rapidamente superadas.
A quarta geração de computadores vai de 1980 até os dias de hoje. É conhecida pela integração
em larga escala, ou seja, a inclusão de milhares de transistores num chip de circuito integrado. Essa
integração promoveu o surgimento do computador pessoal e de grandes empresas de Tecnologia da
Informação, como a Microsoft e a Apple (fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak).
25
Unidade I
Com o surgimento dos servidores e sua popularização nos dias de hoje é que se permitiu a tecnologia
de computação das nuvens, que dispensa o uso de computadores de alta capacidade de armazenamento
por parte do usuário, de modo que tudo seja armazenado em poderosos centros de dados.
• Macintosh – primeiro computador com interface gráfica para o usuário, permitindo maior
interação.
Saiba mais
O quadro a seguir mostra uma relação entre as gerações de computadores e suas respectivas
velocidades de operação.
26
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
De modo geral, é possível afirmar que a arquitetura básica de um sistema computacional é a mesma
desde que foi inventada por John Von Neumann na década de 1940, quando o Eniac foi desenvolvido
nos Estados Unidos.
Memórias Entrada
primárias e e saída
secundárias
Barramento
CPU
A unidade central de processamento (UCP), também conhecida como processador ou CPU (central
processing unit), é o coração do sistema computacional. Ela é responsável pela execução das instruções
dos programas de computador.
• busca de dados – uma instrução pode necessitar de diferentes dados da memória ou de E/S;
O processador é composto por três componentes: unidade lógica e aritmética (ULA); unidade de
controle; registradores.
A unidade de controle é responsável por buscar informações na memória principal. A unidade lógica
e aritmética é responsável por realizar os cálculos e comparação entre os valores. Os registradores
compõem uma memória de alta velocidade (interna a CPU) utilizada para armazenar resultados
temporários e para o controle do fluxo de informações.
2.3.3 Memórias
Dentre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o bom funcionamento do
computador: tempo de acesso e capacidade armazenamento.
O tempo de acesso, também conhecido como latência, é tempo gasto para realizar uma operação de
leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo da memória, e a operação de escrita
é copiar algo na memória. A outra característica importante é a capacidade, que expressa a quantidade
de bytes que podem ser armazenados na memória.
• armazenamento temporário, conhecidas como memórias RAM (Random Access Memory), que
significa memória de acesso aleatório. Quando o computador é desligado tudo que estava na
memória é apagado;
• apenas de leitura, conhecidas como memórias ROM (Read Only Memory), que significa memória
apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do que estava na memória é perdido.
Exemplo de aplicação
Faça uma pesquisa em sites que comercializam equipamentos de informática e pesquise a capacidade
das memórias de computadores e notebooks.
28
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
2.3.4 Barramentos
Os barramentos são caminhos elétricos que promovem a ligação de dois ou mais dispositivos. Na
história da computação existiram diversos tipos de barramentos; alguns já estão em desuso, enquanto
outros continuam sendo utilizados por diversas placas.
Os principais tipos de barramentos são: ISA (Industry Standard Architecture); PCI (Peripheral
Component Interconnect); AGP (Accelerated Graphics Port); AMR (Audio Modem Riser); CNR
(Communications and Network Riser; ACR (Advanced Communications Riser); SATA (Serial Advanced
Technology Attachment); SCSI (Small Computer System Interface); USB (Universal Serial Bus).
Os dispositivos de entrada e saída são os componentes do sistema computacional básico que fazem
a interface deste com o mundo exterior, ou seja, com o usuário.
Os equipamentos de entrada e saída são conhecidos como periféricos. Dentre os principais, temos:
teclado, mouse, monitor e impressora. Estes dispositivos também são conectados ao restante do sistema
computacional por meio de barramentos e portas de comunicação.
Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. A função
principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo o acesso ao barramento.
29
Unidade I
Lembrete
Todos os componentes do sistema computacional são controlados de
modo geral pela CPU.
Considerando que o conceito de computador está associado a um dispositivo que processa os dados
e supre as suas necessidades de informática, encontra-se em uso pelas pessoas e pelas organizações
uma grande variedade destas máquinas.
Os principais tipos de computadores encontrados no dia a dia são: desktop (computadores pessoais),
notebooks, mainframes, supercomputadores, tablets e smartphones.
O termo desktop significa computador de mesa e também computador pessoal, conhecido pela sigla
PC das palavras em inglês personal computer.
O primeiro computador pessoal foi projetado por John Blankenbaker em 1971 e o seu nome era
Kenbak-1. Segundo o Computer History Museum, ele não possuía processador, sendo formado por chips
numa placa de circuito e forma; foram comercializados apenas 40 equipamentos.
O Micral 1973 foi o primeiro computador pessoal com um processador (utilizou o processador Intel 8080).
Desenvolvido por Thi Truong, foi comercializado por U$ 1.750,00 e nunca entrou no mercado americano.
O Altair 8800 foi lançado em 1975 com uma capacidade bem-superior que o anterior, projetado por
Ed Roberts, que cunhou pela primeira vez o termo computador pessoal. Ele custava U$ 297,00 e teve
alta penetração no mercado americano.
Por volta de 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple e projetaram o Apple I e, logo após,
em 1977, o Apple II, computador pessoal um pouco mais parecido com a ideia de desktop que se tem
hoje. O Apple III foi o PC projetado para concorrer com a IBM em 1981, que já comercializava os seus
PCs. Em 1984, a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador com interface gráfica.
Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a história dos computadores
pessoais, acesse o site <http://www.computerhistory.org>, do Computer
History Museum, e conheça a linha do tempo da evolução dos PCs.
30
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
O uso do desktop tem sido ainda frequente por usuários domésticos e também nos ambientes
organizacionais. No entanto, o computador pessoal tem perdido cada vez mais espaço para os tablets,
notebooks e até para os smartphones de ultima geração.
Saiba mais
Assim como os notebooks, os tablets são computadores portáteis bem mais leves, permitindo que se
trabalhe de modo semelhante a uma “prancheta”, pode ser utilizado com uma caneta ou com a simples
ponta dos dedos. Os tablets alcançaram muita popularidade por meio dos iPads da Apple, lançados no
início desta década.
Misturando os conceitos de notebook e tablets, tem sido comum a comercialização dos notebooks
conversíveis, que ora são utilizados com uma função ora com outra, claro que com um preço diferenciado
e maior que um notebook ou um tablet.
Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas, diferentemente dos
mainframes, são utilizados em aplicações específicas que exigem capacidades computacionais extensas
e rápidas. Entre as aplicações do mainframe, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres
naturais, pesquisas nas áreas de saúde, dentre outros.
31
Unidade I
Saiba mais
As estruturas de hardware precisam ter a sua capacidade medida. Essas medidas, ou melhor, as
unidades de medida são de grande importância, porque indicam a velocidade ou a quantidade de
operações que determinado componente desempenha ou comunica. Em algumas situações, um mesmo
componente tem duas medidas para identificar seu desempenho. Por exemplo:
No entanto, não há uma medida única para cada elemento devido à existência de mais de uma
característica que é inerente a cada um.
A medida de GHz serve para indicar a que velocidade trabalha um processador. Esta é a principal
medida, mas há outras, como a quantidade de transistores, e até núcleos dentro do processador para
medir seu desempenho.
O software praticamente surgiu junto com o hardware, quando o computador foi entendido
não apenas como um instrumento para fazer cálculos. O primeiro programa surgiu no instrumento
computacional criado por Charles Babbage, por volta de 1800. Este programa foi criado por uma
jovem de nome Ada Augusta Lovelace, considerada a primeira programadora do mundo. No entanto, é
importante ressaltar que este programa tem pouca relação com o que se conhece de moderno nos dias
de hoje.
Da Era Artesanal, passou-se ainda pelo uso dos sistemas ERP (Planejamento de Recursos Empresariais),
sistemas CRM (Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente) até chegar ao momento vivido nos
dias de hoje: a era da qualidade do software.
Saiba mais
Os softwares podem ser classificados de modo geral em software de sistemas e software de aplicação.
Por fim, os softwares de aplicação auxiliam na execução das tarefas de negócios, ou seja, são
voltados para expectativas específicas dos usuários atendendo finalidades gerais e específicas. Entre
os exemplos de software de aplicação estão Processadores de texto, planilhas eletrônicas, softwares de
e-mail, geradores de apresentação etc.
O quadro a seguir mostra uma relação entre o software de aplicação e o software de sistemas.
Lembrete
3.2.1 Introdução
Stair e Reynolds (2011) destacam que um sistema operacional desempenha as seguintes tarefas:
35
Unidade I
• Processadores de textos
Software • Planilhas eletrônicas
de aplicação • Geradores de apresentação
• Memória
• Processador
Hardware
• Dispositivos de entrada e saída
Exemplo de aplicação
Faça uma busca em sites que tenham a TI como temática e procure os sistemas operacionais mais
utilizados pelos smartphones.
36
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Middleware é um software que permite a comunicação entre sistemas e que eles troquem dados,
podendo ser utilizado com interface entre a internet e outros sistemas legados mais antigos.
Observação
3.3.1 Introdução
Segundo Stair e Reynolds (2011), os softwares de aplicação interagem com os softwares de sistemas
para utilizar os recursos de hardware necessários a sua operação e assim exercer as suas funcionalidades.
Os softwares verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo de negócio, por exemplo,
construção cível, área financeira e contábil, educação, entre outros. Este tipo de software nasce das
necessidades específicas de cada indústria ou ramo da indústria, por isso eles não são dedicados a um
mercado de massa e têm uma estratégia de vendas e disseminação diferente dos softwares de uso geral.
Já os softwares horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio, pois automatizam processos
comuns a todas as indústrias. A competitividade entre empresas que comercializam este tipo de software
é maior devido ao custo relativamente menor que os verticais.
Por fim, os softwares de aplicação também podem se dividir em softwares proprietários e softwares
de prateleira.
37
Unidade I
• funcionários que trabalham no desenvolvimento normalmente recebem alta pressão para fornecer
os níveis exigidos;
Os softwares de prateleira são adquiridos diretamente da prateleira da loja, por meio de empresas
especializadas que desenvolvem soluções-padrão e pré-formatadas com as melhores práticas e
costumes das organizações para apoio aos processos de negócios. A opção pelo uso dos softwares de
prateleira requer do profissional de TI e da organização uma análise detalhada das funcionalidades e das
características do software a se adquirir versus a necessidade e as solicitações das diversas áreas e dos
setores da organização.
38
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Com a disseminação do uso de smartphones e tablets, outras centenas de aplicações foram e são
criadas em todas as partes do mundo. São aplicativos para táxi, para ver as condições do trânsito, do
tempo, para culinária, serviços do governo, acesso a bancos, entre outros.
A expressão em inglês make or buy é utilizada para designar a escolha que muitos administradores
precisam fazer sobre software. Significa tomar a decisão de desenvolver com mão de obra própria ou
comprar o software já pronto.
Esta decisão normalmente recai na escolha do software vertical, pois ele deve ser bem-específico
para uma indústria, exigindo que, normalmente, sejam respeitadas diversas particularidades.
Os processadores de texto são os aplicativos mais populares, porque permitem aos usuários criar,
editar, revisar e imprimir textos com aparência profissional por meio da disponibilização de diversas
ferramentas de criação e formatação de frases, expressões e parágrafos.
Por meio de recursos avançados, como corretores ortográficos, os processadores de texto identificam
e corrigem erros de grafia, sugerem formação de frases e melhorias no texto redigido, além de
39
Unidade I
implementarem correções gramaticais e de pontuação. A maioria deles permite que o usuário crie
documentos com gráficos, formas, imagens e figuras criadas e diagramadas a partir dos recursos de
ilustração do próprio processador de texto ou importadas de outros processadores.
Os processadores de texto têm funções de formatação básicas que permitem alterar tamanho e
modelo de letra, negritar letras e palavras, implementar funções de sobrescrito e subscrito, formatar
letras em itálico, tachar palavras ou frases, alterar cores de letras, marcadores de texto, sublinhar textos,
entre outras funções.
Frases e parágrafos podem ser formatados de acordo com seu posicionamento em relação à margem
(recuos), pode-se definir o alinhamento de texto (direita, centro, esquerdo e justificado), o espaçamento
entre linhas, marcadores, numeração, sombreamento, formatação de bordas, entre outras funções.
Os documentos processados por um processador de textos podem conter número de páginas, textos
de cabeçalho e rodapés, data e hora e marcas d’água. Podem conter também hiperlinks para outros
documentos importantes e referências cruzadas para textos, ilustrações e tabelas.
As notas de rodapés e citações também podem ser inseridas de forma simples e ágil, facilitando a
ação do usuário e permitindo criar documentos com aspecto profissional.
Como um dos softwares aplicativos mais populares no mundo corporativo, as planilhas eletrônicas
têm se mostrado grandes aliadas na montagem de modelagem, no planejamento e na análise de
negócios que requerem cálculos diretos e interdependentes, com apresentação de resultados gráficos,
tendências, objetivos etc.
Os dados são inseridos cada um em uma célula específica (que possui uma correspondente
identificação de coluna versus linha) e são manipulados, agrupados, somados e submetidos à aplicação
de fórmulas diversas que poderão apresentar resultados estatísticos, tendência de valores e muito mais.
À medida que os dados são inseridos e as fórmulas são criadas formando um relacionamento entre
células, é possível criar uma planilha eletrônica que faça cálculos automáticos conforme alguns valores
principais (valores de entrada da planilha) sejam alterados pelo usuário.
40
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Por meio de recursos avançados, como corretores ortográficos, as planilhas eletrônicas, assim como
os processadores de texto, identificam e corrigem erros de grafia, sugerem formação de palavras,
implementam correções gramaticais e de pontuação, apresentam sinônimos para palavras selecionadas
e traduzem termos para outros idiomas.
Uma das funcionalidades mais importantes de uma planilha eletrônica é a capacidade de formatação
gráfica dos dados em análise. A maioria das planilhas de mercado é apresentada por meio de gráficos
do tipo colunas, linhas, pizza, barras, área, dispersão e outros, que permitem que o usuário faça uma
análise visual das informações ali contidas de forma a rapidamente, identificá-las e, assim, partir para
uma tomada de decisão imediata.
Os recursos de apresentação têm como finalidade chamar a atenção da plateia ou público para
informações importantes constantes nos slides e proporcionar certa dinamização da apresentação. Os
geradores de apresentação normalmente disponibilizam animações do tipo desvanecimento, entrada de
texto pela direita, entrada de texto pela esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima, granularização,
efeito persiana vertical e horizontal, entre outros.
Uma organização não pode concluir com sucesso a maior parte das
atividades do negócio sem dados e sem a capacidade gerenciá-los. Ela não
poderia pagar os funcionários, enviar contas, solicitar pedidos ao estoque
ou produzir informações para auxiliar os gerentes na tomada de decisão.
41
Unidade I
Um banco de dados, também conhecido por base de dados, é uma coleção organizada de fatos e
informações, consistindo em dois ou mais arquivos de dados relacionados. Auxiliam as empresas a gerir
informações para reduzir custos, aumentar lucros, acompanhar atividades anteriores do negócio e criar
novas oportunidades de negócios.
Nos sistemas legados e antigos cada aplicação tinha o seu arquivo de dados, onde eram armazenados.
Esta abordagem tradicional contrasta com as de hoje, chamada de abordagem gerenciada, em que
múltiplos programas compartilham o mesmo conjunto de dados relacionados.
Os bancos de dados com características modernas têm sido desenvolvidos desde 1960 e dividem-
se em: banco de dados hierárquico; banco de dados do tipo rede; banco de dados relacional; banco de
dados orientado a objeto.
42
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
O banco de dados hierárquico é aquele cuja estrutura de registros é formada como uma árvore
e suas ligações. Os registros são organizados de forma que um registro é considerado pai e outros
registros denominados de filhos ficam hierarquicamente conectados a esse registro pai. Um registro
pai ou possuidor pode estar ligado a diversos registros filhos, mas um registro filho pode somente estar
conectado a um registro pai.
Este tipo de banco de dados foi muito utilizado nos primeiros sistemas computacionais de alta
plataforma, apresentando diversas restrições, já que no mundo real nem sempre existe essa limitação de
conexão de registros e é difícil trabalhar apenas com estruturas hierárquicas.
Dessa forma, os bancos de dados hierárquicos atendem às necessidades de entidades envolvidas que
correspondem fielmente a uma estrutura hierárquica, criando uma solução muito fácil para responder
a algumas questões, mas tornando-se muito difícil para dar respostas a outras questões do mundo real.
Quando aparecem relacionamentos “muitos-para-muitos”, são necessárias outras formas de banco de
dados.
O banco de dados do tipo rede é semelhante ao hierárquico, mas com a diferença de que não há a
limitação de que cada registro poderia ter apenas um pai. Ou seja, cada registro filho pode ser ligado a
mais de um registro pai. Essa limitação do modelo hierárquico acabava criando sistemas complexos, com
vários links, a fim de obter as relações necessárias.
Este tipo de banco é composto de uma estrutura mais completa, possui as propriedades básicas
de registros, conjuntos e ocorrências e utiliza a linguagem de definição de BD (DDL) e a linguagem de
manipulação de dados (DML), além de permitir evolução mais eficiente do modelo.
43
Unidade I
O banco de dados relacional é aquele que organiza os dados em tabelas bidimensionais (denominadas
relações) com colunas e linhas. Toda informação neste banco de dados é representada por valores em
relações ou tabelas. Assim, as tabelas não são relacionadas umas às outras no momento do projeto.
Entretanto, os projetistas utilizam o mesmo domínio em várias relações e, se um atributo é dependente
de outro, essa dependência é garantida por meio da integridade referencial.
Neste tipo de campo trabalha-se com o conceito de campo e registro. O campo (coluna) é o atributo
específico das entidades de um banco de dados relacional. O registro (linha) é a informação específica
sobre uma entidade. A Tabela a seguir mostra um banco de dados relacional contendo quatro registros
e cinco campos.
Outro conceito importante neste tipo de banco de dados é o de chave primária, também conhecida
como campo-chave, que na verdade é um campo que identifica exclusivamente um registro. Na tabela
anterior afirma-se que a chave primária é o campo Número_Fonecedor.
A lógica de trabalho do banco de dados relacional é o uso do relacionamento, pelo fato de determinar
o modo como cada registro de cada tabela se associa a registros de outras tabelas.
A figura a seguir mostra um relacionamento entre duas tabelas de um banco de dados relacional. A
primeira é tabela de fornecedores com a chave primária igual ao campo Número_Fornecedor. A segunda
é a tabela de produtos com a chave primária igual ao campo Número_Produto. A chave estrangeira que
se encontra na tabela de produtos é o campo Número_Fornecedor.
44
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
• relacionamento um para muitos – quando um registro de uma tabela se relaciona com muitos
registros de outra tabela;
• relacionamento muitos para muitos – quando muitos registros de uma tabela se relacionam com
muitos registros de outra tabela.
45
Unidade I
Este banco de dados integra a tecnologia de orientação a objeto com aptidões de banco de dados,
que consiste em usuários poderem obter o estado em que os objetos se encontram, e vários usuários
poderem ao mesmo tempo compartilhar a mesma informação.
O modelo orientado a objeto foi concebido e desenvolvido para uma geração de tecnologias baseadas
na web, estabelecendo que um objeto consiste em valores de dados que descrevem os atributos de uma
entidade, somando a isso as operações realizadas pelos dados.
Segundo Stair e Reynolds (2011), os SGBDs variam de pacotes de software de menor porte e custo
até os mais modernos e sofisticados sistemas com altíssimos custos.
A ideia do SGBD é que ele funcione como uma interface entre a base de dados e as aplicações que
necessitam acesso ao banco de dados. A figura a seguir esboça esta ideia.
SGBD
Banco
de dados
46
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
A eficiente tomada de decisões em uma corporação tem que ser baseada em dados, ao invés de
palpites ou opiniões subjetivas sem qualquer embasamento técnico. É justamente no banco de dados
que se encontra este “ouro” das corporações.
O entendimento da importância que os dados têm para as corporações pode e deve gerar a
necessidade de maior valorização destes. No entanto, trabalhar com todos os dados de forma bruta com
todo o conjunto de informações que os acompanham pode limitar as ações do processo de tomada de
decisão ao invés de ajudar.
Dessa necessidade é que emerge o conceito de data warehouse (DW), que nada mais é que um
subconjunto de dados correntes e históricos de potencial interesse para os tomadores de decisão de
toda a empresa. Os DW podem ser ainda mais segmentados em grupos menores chamados de data mart,
que é um subconjunto do DW.
Uma vez que os dados foram colhidos e estão disponíveis nos data warehouse e data mart, eles
ficam disponíveis para análises dentro do contexto da estratégia de negócios. Para isso há uma série de
ferramentas conhecidas como ferramentas de inteligência de negócios.
A inteligência de negócios, também conhecida por seu nome em inglês business intelligence, ou pelo
acrônimo BI, é um conjunto de ferramentas que consolidam, analisam e acessam vastas quantidades de
dados para ajudar os usuários a tomarem as melhores decisões empresariais.
• Processamento analítico on-line (OLAP) – é uma ferramenta não orientada a descoberta que
permite a análise multidimensional de dados, de forma que os usuários vejam os mesmos dados
de diferentes maneiras, pois usa múltipla dimensão.
47
Unidade I
Resumo
Exercícios
Questão 1. (Enade 2008) Com relação às diferentes tecnologias de armazenamento de dados, julgue
os itens a seguir.
I – Quando a tensão de alimentação de uma memória ROM é desligada, os dados dessa memória são
apagados. Por isso, esse tipo de memória é denominado volátil.
48
TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
II – O tempo de acesso à memória RAM é maior que o tempo de acesso a um registrador da unidade
central de processamento (UCP).
III – O tempo de acesso à memória cache da UCP é menor que o tempo de acesso a um disco magnético.
IV – O tempo de acesso à memória cache da UCP é maior que o tempo de acesso à memória RAM.
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) II e IV.
E) III e IV.
Registradores
Custo alto
Velocidade alta
Capacidade baixa
Cache
Memória principal
Disco eletrônico
Disco magnético
Disco ótico
Custo alto
Velocidade alta
Capacidade baixa
Fitas magnéticas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: os dados da memória ROM não são apagados com a perda da alimentação. Trata-se de
uma memória não volátil.
49
Unidade I
II – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo a hierarquia de desempenho das memórias, a memória cache é o segundo tipo
de memória mais rápida disponível nos computadores atuais. Portanto, o acesso à memória representada
pelos discos magnéticos é mais lento do que o acesso à memória cache (figura).
IV – Afirmativa incorreta.
Questão 2. (Enade 2014, adaptada) Importante website de relacionamento caminha para 700
milhões de usuários. Outro conhecido servidor de microblogging acumula 140 milhões de mensagens
ao dia. É como se 75% da população brasileira postasse um comentário a cada 24 horas. Com as redes
sociais cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, é inevitável que muita gente encontre nelas
uma maneira fácil, rápida e abrangente de se manifestar.
Uma rede social de recrutamento revelou que 92% das empresas americanas já usaram ou planejam
usar as redes sociais no processo de contratação. Destas, 60% assumem que bisbilhotam a vida dos
candidatos em websites de rede social.
Realizada por uma agência de recrutamento, uma pesquisa com 2.500 executivos brasileiros
mostrou que 44% desclassificariam, no processo de seleção, um candidato por seu comportamento
em uma rede social.
Muitas pessoas já enfrentaram problemas por causa de informações online, tanto no campo pessoal
quanto no profissional. Algumas empresas e instituições, inclusive, já adotaram cartilhas de conduta em
redes sociais.
POLONI, G. O lado perigoso das redes sociais. Revista INFO, p. 70-75, julho 2011 (adaptado).
A) Mais da metade das empresas americanas evita acessar websites de redes sociais de candidatos
a emprego.
C) A complexidade dos procedimentos de rastreio e monitoramento de uma rede social impede que
as empresas tenham acesso ao perfil de seus funcionários.
D) As cartilhas de conduta adotadas nas empresas proíbem o uso de redes sociais pelos funcionários,
em vez de recomendar mudanças de comportamento.
E) A maioria dos executivos brasileiros utilizaria informações obtidas em websites de redes sociais,
para desclassificar um candidato em processo de seleção.
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