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Transmídia, do inglês transmedia, significa conteúdo que se sobressai a uma mídia única.

Na
prática, significa que as diferentes mídias transmitirão variados conteúdos para o público de
forma que os meios se complementem, pois se o público utilizar apenas um canal terá apenas a
mensagem parcial do assunto em questão, já que a transmídia induz ao ato de contar histórias
através de várias mídias, com um conteúdo específico para cada uma.

Esquema comparativo entre as


narrativas: multimídia, crossmídia e
transmídia

O termo transmídia foi citado pela primeira vez pelo professor Marsha Kinder, da University of
Southern California (EUA), em 1991. Porém, em 2003, o professor, Henry Jenkins do MIT
(Massachusetts Institute of Technology), publicou um artigo na revista Technology Review[1],
onde mencionava projetos com a narrativa transmídia. Mais adiante, em seu livro intitulado
Cultura da Convergência, Jenkins define a narrativa transmídia como “[...] uma nova estética que
surgiu em resposta à convergência das mídias – uma estética que faz novas exigências aos
consumidores e depende da participação ativa de comunidades de conhecimento”. (JENKINS:
2009, p.49).

A partir daí, vários estudos surgiram em diferentes partes do mundo sobre o processo
comunicacional e interativo da narrativa transmídia enquanto construtora de histórias para
multiplataformas, pois trata-se de um conceito em constante processo de evolução e adaptação
no cenário de produção audiovisual. Sendo assim, não há uma verdade absoluta sobre o tema e
ainda persistem muitas discussões sobre sua usabilidade e aplicabilidade no meio
comunicacional.

Após Jenkins, a transmídia começou a ser vista como alternativa de ampliação de um


determinado modelo de negócio para produções de conteúdo audiovisual e foi logo posta em
prática pelos produtores e diretores Tim Kring, Guillermo del Toro, e Jeff Gomez, que
introduziram em Hollywood, o termo conhecido como transmedia storytelling.

Transmedia Storytelling

O termo inglês storytelling, significa a capacidade de contar casos relevantes e consiste em um


método que utiliza palavras ou recursos audiovisuais para transmitir a história, que pode ser
contada de improviso ou pode ser polida e trabalhada. Logo, transmedia storytelling[2] é um
conceito que revela a transmissão de uma história, adequada e contada de forma diferente, em
diversos tipos de mídia.
Jeff Gomez, CEO da Starlight Runner Entertainment, a primeira empresa especializada em
criação e adaptação para conteúdo transmídia no mundo define transmedia storytelling como:

“um processo de transmissão de mensagens, temas ou linhas de


história para o grande público através do uso engenhoso e bem
planejado de múltiplas plataformas de mídia. É ao mesmo tempo uma
técnica e uma filosofia da comunicação e extensão de marca que
enriquece e amplia o ciclo de vida de conteúdos criativos”.[3]
(GOMEZ, 2013).

Gomez afirma que, narrativas multiplataformas e interativas permitem que as pessoas


anteriormente sem voz possam ser ouvidas, reconhecidas e ajudadas. Ou seja, a transmídia
permite a interação entre o espectador e determinado conteúdo.

É importante salientar que o storytelling não precisa estar atrelado a transmídia, por isso existe
definições distintas para ambos.

Diferenciando-se também do conceito de Crossmedia - onde há replicação da narrativa em meio


distinto (por exemplo, "o filme do livro"), a Transmídia influencia e/ou é influenciada pela
espinha-dorsal narrativa. Com isto, pode-se considerar os seguintes tipos de interação
transmídia[4]:

Transmídia de aprofundamento

Neste modelo, o mais comum, há uma derivação da narrativa principal (espinha-dorsal),


aprofundando determinado conteúdo explorado superficialmente (ou de forma incompleta) na
narrativa principal. Como exemplo, no universo de Harry Potter, pode-se citar o livro "Quadribol
através dos séculos", que traz explicações detalhadas sobre as regras do jogo, exploradas de
forma mais simples na série de filmes e livros original deste universo narrativo.

Transmídia de introdução

Neste modelo, uma nova narrativa paralela surge precedendo eventos do narrativa principal,
explicando de forma mais profunda a origem de acontecimentos e eventos na narrativa
principal, cujo consumo, porém, não afetaria de forma significativa a compreensão desta por
aqueles que não tiveram contato com a história precedente.

Transmídia de influência

Neste caso há uma união entre o modelo de aprofundamento e de introdução onde, em


determinado momento da narrativa principal, é criada uma derivação de aprofundamento, que
segue paralela à principal e, em seu fechamento, volta a introduzir novos elementos no
backbone.

Exemplos de construções transmidiáticas

O Universo Cinematográfico Marvel (UCM), mantém uma série de cruzamentos de elementos


entre seus distintos filmes. Não há consenso se haveria, neste caso, uma construção transmídia
haja vista a forma manter-se a mesma para todos os conteúdos (audio-visual, sejam filmes ou
séries de TV). O mapeamento dos elementos que cruzam cada narrativa, contudo, demonstram
de forma clara como os diferentes tipos de transmídia são aplicados na construção deste
universo e, principalmente, na condução do espectador de um filme/série para outra.

Referências

1. «MIT Technology Review: A autoridade sobre o futuro da tecnologia» .


www.technologyreview.com.br. Consultado em 14 de junho de 2016

2. «Significado de Storytelling» . Significados. Consultado em 14 de junho de 2016

3. «Starlight Runner | Transmedia Services» . www.starlightrunner.com. Consultado em 14 de


junho de 2016

4. Rodrigues, JC (2016). Brincando de deus - Criação de mundos virtuais e experiências de


imersão digitais. Rio de Janeiro: Marsupial. pp. 71–76

Ligações externas

Transmídia - A Mídia E A Publicidade Em Constante Movimento


Transmídia: Estratégias e Processos de Construção de Mundos in. Revista Geminis n. 2(2)
2011.

Última modificação há 1 ano por Mschlindwein

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