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Apostila - Tabagismo

Enviado por: 
Andreia Aparecida Ribeiro | 0 comentários
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(Parte  1  de 3)
T A B A G I S M O NOVEMBRO/2007

“Praticar a prevenção às drogas é antes de mais nada um ato de amor ao próximo e a garantia
de um futuro melhor”.

“Se prevenirmos a criança e o jovem contra as drogas, não será preciso reprimir o adulto de
amanhã”.

3TABAGISMO

Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do
tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos
meios de comunicação de massa que, apesar da lei de restrição à propaganda de produtos
derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no
comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e
amigos também exercem uma grande influência.
Pesquisas entre adolescentes no Brasil mostram que os principais fatores que favorecem o
tabagismo entre os jovens são a curiosidade pelo produto, a imitação do comportamento do
adulto, a necessidade de auto-afirmação e o encorajamento proporcionado pela propaganda.
Noventa por cento dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em
que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade.

A publicidade veiculada pelas indústrias soube aliar as demandas sociais e as fantasias dos
diferentes grupos (adolescentes, mulheres, faixas economicamente mais pobres etc.) ao uso
do cigarro. A manipulação psicológica embutida na publicidade de cigarros procura criar a
impressão, principalmente entre os jovens, de que o tabagismo é muito mais comum e
socialmente aceito do que é na realidade. Para isso, utiliza a imagem de ídolos e modelos de
comportamento de determinado público-alvo, portando cigarros ou fumando-os, ou seja, uma
forma indireta de publicidade. A publicidade direta era feita por anúncios atraentes e bem
produzidos, mas foi proibida no Brasil. Com a Lei 10.167, que restringe a propaganda de
cigarro e de produtos derivados do tabaco, esse panorama tende a mudar a médio e longo
prazo.

Os resultados das medidas de restrição à publicidade no controle do tabagismo em vários


países mostram que este é um instrumento legítimo e necessário para a redução do consumo.

Muitos estudos desenvolvidos até o momento evidenciam sempre o mesmo: o consumo de


derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as doenças
cardiovasculares (infarto, angina) o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas
(enfisema e bronquite).

200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora), segundo o Ministério da Saúde.

25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio;

45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;

45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;

85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;

90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);

30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago,
pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);

25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

O TABAGISMO AINDA PODE CAUSAR: impotência sexual no homem;

complicações na gravidez;

aneurismas arteriais;

úlcera do aparelho digestivo;


infecções respiratórias;

trombose vascular.

As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no


Brasil, sendo que o câncer de pulmão é a primeira causa de morte por câncer. As estimativas
sobre a incidência e mortalidade por câncer no Brasil, publicadas anualmente pelo INCA
indicam que, em 2003, 2.085 pessoas deverão adoecer de câncer de pulmão (15.165 entre
homens e 6.920 entre mulheres) causando cerca de 16.230 mortes. Desse total de óbitos,
1.315 deverão ocorrer entre os homens e 4.915 entre mulheres.

Porém, ao parar de fumar, o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o
organsimo do ex-fumante vai se restabelecendo.

Se hoje o tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil,
isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A
isto somam-se a promoção e publicidade, que associam o tabaco às imagens de beleza,
sucesso, liberdade, poder, inteligência e outros atributos desejados especialmente pelos
jovens. A divulgação dessas idéias ao longo dos anos tornou o hábito de fumar um
comportamento socialmente aceitável e até positivo. A prova disso é que 90% dos fumantes
começam a fumar antes dos 19 anos de idade.

A indústria do tabaco vem utilizando várias estratégias para garantir a expansão do seu
consumo. Algumas delas acabaram sendo reveladas durante uma ação judicial movida por
estados norte-americanos contra grandes empresas transnacionais do tabaco, em que foi
possível ter acesso às páginas de documentos de circulação interna dessas indústrias. Em
vários trechos dos arquivos secretos, o jovem é descrito como um dos principais alvos
estratégicos. Além disso, os documentos comprovam que, apesar de a indústria do tabaco se
posicionar publicamente de uma forma, suas verdadeiras intenções são completamente
opostas. Veja alguns exemplos:

"Eles representam o negócio de cigarros amanhã. À medida que o grupo etário de 14 a 24


anos amadurece, ele se tornará a parte chave do volume total de cigarros, no mínimo pelos
próximos 25 anos."

J. W. Hind, R.J. Reynolds Tobacco, internal memorandum , 23rd January 1975

"Atingir o jovem pode ser mais eficiente mesmo que o custo para atingí-los seja maior, porque
eles estão desejando experimentar, eles têm mais influência sobre os outros da sua idade do
que eles terão mais tarde, e porque eles são muito mais leais à sua primeira marca."

Escrito por um executivo da Philip Morris em 1957

Fique atento e não se deixe enganar! Após a divulgação desses documentos e principalmente
dos recentes avanços alcançados pela saúde pública no controle do tabagismo, a indústria
fumígena passou a adotar um discurso conciliador visando reconstruir sua imagem. Essa nova
estratégia inclui algum reconhecimento dos riscos associados com o tabagismo, o desejo de
diálogo, a abertura para regulamentações "racionais" e o envolvimento com projetos sociais
para transmitir ao público a idéia de empenho pelas causas sociais como o combate à pobreza,
ao trabalho infantil e ao analfabetismo, além da defesa do meio ambiente.

Por esses esforços, fica a impressão de que a indústria do tabaco é contra o consumo do
tabaco entre os jovens e promove medidas supostamente dirigidas para prevenir o tabagismo
para menores de idade, criando campanhas e utilizando a idéia de que "fumar é para adultos".
Porém, na verdade, ao apresentar o cigarro como "adulto" e "proibido", a indústria busca
colocar sutilmente um importante ingrediente para reforçar o comportamento rebelde do
adolescente, pois as principais motivações para o adolescente fumar são o desejo de se
afirmar como adulto, sua rebeldia e a rejeição dos valores dos seus pais.

Essas estratégias funcionam de forma favorável aos interesses econômicos da indústria do


tabaco. São estratégias contraditórias, pois não mudam o interesse dos jovens em consumir
cigarros nem reduzem o consumo do tabaco entre eles e ao mesmo tempo beneficiam as
companhias de tabaco.

Suscetibilidade às drogas

A nicotina vem sendo considerada a porta de entrada para o uso de drogas ilícitas, pois,
freqüentemente, os usuários de drogas como álcool e maconha revelam ter iniciado suas
experiências consumindo cigarros. Esta afirmação faz parte do relatório anual do Ministério da
Saúde dos EUA, publicado em 1992. Segundo o relatório, o hábito de fumar e a conseqüente
dependência à nicotina geralmente se estabelecem na adolescência, ou mesmo antes, e são
responsáveis por aproximar os jovens de outras drogas que causam danos à saúde.

Está comprovado que nas pessoas com faixa etária entre 12 e 18 anos a dependência à
nicotina se instala mais fácil e fortemente, já que é nesta fase que ocorre a formação da
personalidade e da consciência crítica e a construção da auto-estima. Os jovens formam suas
crenças e incorporam hábitos e comportamentos da vida adulta, tornando-se, por isso mesmo,
mais suscetíveis às mensagens veiculadas ao seu redor.

Esta suscetibilidade mais intensa na juventude fica evidente quando se compara, por exemplo,
os dados sobre o número de fumantes no Brasil, em 1989. Na faixa etária entre 10 e 14 anos
havia 370.0 fumantes enquanto que entre os jovens de 15 a 18 anos o número de fumantes era
aproximadamente 600% maior, ou seja, 2.341.0 fumantes.

Atuação preventiva

Estes dados mostram a necessidade da atuação preventiva sobre esse grupo. É bom lembrar
que quanto mais precocemente se der a exposição aos fatores de risco de câncer (entre eles, o
hábito de fumar), maiores serão as chances de adoecimento na vida adulta.

É importante portanto, garantir que os pais e os professores, modelos de comportamento nessa


fase da vida, se engajem nesse trabalho de forma coerente, deixando de fumar ou não
fumando na presença de crianças e adolescentes. Para tal, é importante o desenvolvimento de
ações que levem a família e a escola a se tornarem espaços livres do consumo de derivados
do tabaco. Além disso, pais fumantes são fortes exemplos para que seus filhos fumem, além de
torná-los tabagistas passivos acarretando-lhes sérios problemas de saúde.

Preocupado com o impacto que o problema do tabagismo tem sobre os jovens, o INCA lançou
em 1996 o sub-programa Saber Saúde, módulo do Programa Nacional de Controle do
Tabagismo e Outros Fatores de Risco, desenvolvido especialmente para informar e educar as
crianças nas escolas brasileiras quanto aos fatores de risco de câncer.

Tabaco e pílula anticoncepcional

O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que


usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser dez vezes maior que o das que não fumam
e usam este método de controle da natalidade. Calcula-se que o tabagismo seja responsável
por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença
coronariana nas mulheres com mais de 65 anos de idade.

Uma vez abandonado o cigarro, o risco de doença cardíaca começa a decair. Após 1 ano, o
risco reduz à metade, e após 10 anos atinge o mesmo nível daqueles que nunca fumaram.

Entre as mulheres que convivem com fumantes, principalmente seus maridos, há um risco 30%
maior de desenvolver câncer de pulmão em relação àquelas cujos maridos não fumam.

Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros,
bebês de baixo peso, mortes fetais e de recémnascidos, complicações com a placenta e
episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais freqüentemente quando a mulher
grávida fuma. A gestante que fuma apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro
de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento, comparando-se com a
grávida que não fuma. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de
carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.

Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em poucos minutos, os
batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular.
Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto, com o uso regular de cigarros
pela gestante.

Os riscos para a gravidez, o parto e a criança não decorrem somente do hábito de fumar da
mãe. Quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro ela
absorve as substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Quando a mãe
fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite e é absorvida pela criança.

O que você ganha parando de fumar

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a
nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega ao
cérebro em apenas 7 segundos - 2 a 4 segundos mais rápido que a cocaína. É normal,
portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém
as dificuldades serão menores a cada dia.

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco

• 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão • 5 vezes maior de sofrer infarto

• 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar

• 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral

Se parar de fumar agora


• após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal • após 2 horas não
tem mais nicotina no seu sangue

• após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza • após 2 dias seu olfato já percebe
melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor • após 3 semanas a respiração
fica mais fácil e a circulação melhora
• após 5 A 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou

Dos sintomas da síndrome de abstinência

O organismo volta a funcionar normalmente sem a presença de substâncias tóxicas e alguns


fumantes podem apresentar (varia de fumante para fumante) sintomas de abstinência como
fissura (vontade intensa de fumar) dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, alteração do sono,
tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas, quando se manifestam, duram de 1 a 2
semanas.

Da recaída

atento ao que fez você voltar a fumar. Dê várias chances a vocêaté conseguir.
A recaída não é um fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais A maioria dos
fumantes que deixaram de fumar fez em média 3 a 4 tentativas até parar definitivamente.

De engordar

Se a fome aumentar, não se assuste, é normal um ganho de peso de até 2 kg, pois seu paladar
vai melhorando e o metabolismo se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais
do que de costume. Evite doces e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada com
alimentos de baixa caloria, frutas, verduras, legumes etc. Prefira produtos diet / light e naturais.
Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. Evite café e bebidas
alcoólicas. Eles podem ser um convite ao cigarro.

O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não
precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo
que goste de fazer para se distrair e relaxar.

Escolha um método para deixar de fumar Parada Imediata Você marca uma data e nesse dia
não fumará mais nenhum cigarro. Esta deve ser sempre sua primeira opção.

Parada Gradual Você pode utilizar este método de duas formas:

dia, no primeiro dia fuma os 30 cigarros


usuais
Reduzindo o número de cigarros. Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por no segundo - 25
no terceiro - 20 no quarto - 15 no quinto - 10 no sexto - 5 O sétimo dia seria a data para deixar
de fumar e o primeiro dia sem cigarros.

Retardando a hora do primeiro cigarro

Por exemplo: no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas, no segundo às 1 horas, no
terceiro às 13 horas, no quarto às 15 horas, no quinto às 17 horas, no sexto às 19 horas, no
sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros

A estratégia gradual não deve gastar mais de duas semanas para ser colocada em prática, pois
pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de fumar. O mais importante é marcar uma
data-alvo para que seja seu primeiro dia de exfumante. Lembre-se também que fumar cigarros
de baixos teores não é uma boa alternativa. Todos os tipos de derivados do tabaco (cigarros,
charutos, cachimbos, cigarros de Bali, etc) fazem mal à saúde (leia mais).

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