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1 SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Caderno do Professor
Volume 1
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO MÉDIO
1a SÉRIE
VOLUME 1
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Atividade Avaliadora 21
Atividade Avaliadora 39
Atividade Avaliadora 51
Atividade Avaliadora 64
Atividade Avaliadora 81
6
Educação Física – 1ª série – Volume 1
mais qualificada, bem como contribuem para a presença de sons, música e canções. Assim, a
apreciação do espetáculo esportivo. Situação de Aprendizagem proposta buscará
fazer que os alunos percebam o ritmo como or-
A importância do tema “Corpo, saúde e ganização expressiva do movimento, usando,
beleza” centra-se no fato de que as doenças para fins de exemplificação, algumas modali-
relacionadas ao sedentarismo (hipertensão, dades esportivas coletivas.
diabetes, obesidade etc.) e, de outro lado, o
insistente chamamento para que se alcancem É também o ritmo que estará em destaque
determinados padrões de beleza corporal, em na retomada do tema “Esporte”, quando a gi-
associação com produtos e práticas alimenta- nástica rítmica será discutida como exemplo de
res e de exercício físico, entre outros fatores, modalidade individual conhecida dos alunos,
colocam os alunos do Ensino Médio na “linha tendo sido abordada nas aulas de Educação
de frente” dos cuidados com o corpo e a saúde. Física no Ensino Fundamental. O objetivo
agora é evidenciar a importância das técnicas
Esse tema aborda, também, a questão dos e táticas para o desempenho no esporte, como
padrões e estereótipos de beleza corporal e também para a apreciação do espetáculo espor-
oportuniza o reconhecimento de seus riscos e tivo. Pretende-se que os alunos possam, além
benefícios à saúde orgânica, com ênfase no cál- de realizar os diferentes gestos e movimentos
culo do balanço energético, relacionando-o ao da ginástica rítmica, ser capazes de apreciar e
consumo de alimentos, ao gasto com exercícios analisar técnicas e táticas em uma sequência de
físicos e à obesidade. O exame dos indicadores exercícios. Contudo, o projeto político-pedagó-
que levam à construção das representações so- gico da escola poderá optar pelo atletismo ou
ciais, no que concerne aos estereótipos, permi- pela ginástica artística, com o mesmo enfoque,
tirá que os alunos elaborem uma perspectiva levando em conta os interesses dos alunos e o
crítica e autocrítica sobre esse fenômeno. contexto local.
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As Atividades Avaliadoras devem permi- desenvolvidas na sala de aula, no pátio exter-
tir aos alunos a geração de informações ou no, na biblioteca, na sala de informática ou de
indícios, qualitativos e quantitativos, verbais vídeo, bem como em espaços da comunidade
e não verbais, que serão interpretados pelo local, desde que compatíveis com as atividades
professor, nos termos das competências e programadas. Algumas etapas podem ser tam-
habilidades que se pretende desenvolver em bém realizadas pelos alunos como atividade
cada tema/conteúdo. Nesse sentido, professor, extra-aula (pesquisas, produção de textos etc.).
você pode valer-se de observações sistemáti-
cas sobre interesse, participação e capacidade As orientações e sugestões a seguir ob-
de cooperação do aluno, autoavaliação, tra- jetivam oferecer-lhe subsídios para o desen-
balhos e provas escritas, resolução de situa- volvimento dos temas apresentados. Não
ções-problema, elaboração e apresentação pretendem apresentar as Situações de Apren-
de situações táticas nos esportes coletivos, dizagem como as únicas a serem realizadas,
dramatizações, entre outros recursos. nem restringir a sua criatividade, como pro-
fessor, para elaborar outras atividades ou va-
Por fim, é importante lembrar que a avalia- riações de abordagem dos mesmos temas.
ção não tem como finalidade primeira atribuir
conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá- As Situações de Aprendizagem aqui pro-
-los sobre suas aprendizagens, assim como pro- postas também poderão ser enriquecidas
blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica com leitura de textos (adequados ao Ensino
para que essas expectativas sejam atingidas. Médio) e exibição de filmes relacionados aos
temas. Sugestões nesse sentido serão apresen-
A quadra é o tradicional espaço da aula de tadas ao longo deste volume.
Educação Física, porém algumas Situações
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser Isso posto, professor, bom trabalho!
8
Educação Física – 1ª série – Volume 1
© Wilson Dias/ABr
9
© Conexão Editorial
P. Henriques
David Nenck
Marinescu
Dyduch
Pedro Roma
Zé Castro
Tixier
Ákos Buzeky
Delmer
Tonel
Filipe Alvim
Figura 2 – A compreensão das táticas nos esportes coletivos, como o futebol, permite uma prática mais qualificada.
Várias pessoas, em sua vida adulta, relatam No Currículo de Educação Física, as mo-
dificuldades com a prática esportiva. Algumas dalidades esportivas coletivas serão compreen-
até detestam qualquer atividade com bola, didas a partir da categoria esporte coletivo,
relatando traumas originários das aulas de que reúne o futsal, o handebol, o basquete-
Educação Física, como a exclusão por parte bol, o voleibol, o futebol de campo e outras
dos companheiros, a autoexclusão ou simples- atividades menos praticadas. De fato, em
mente a falta de oportunidade para experi- todas elas, duas equipes disputam um imple-
mentar tais atividades. mento (a bola), criando táticas para levá-lo
a um alvo, ao mesmo tempo que devem pro-
Há quem relate o gosto pela prática espor- teger o próprio alvo das investidas da equipe
tiva, mas sem conseguir realizá-la com um ní- adversária (BAYER, 1994).
vel mínimo de organização e conhecimento,
atribuindo essa capacidade aos atletas de alto Nessa abordagem, a técnica não se restrin-
rendimento. É óbvio que os atletas de nível ge à execução mecanicamente perfeita de um
elevado praticam alguma modalidade espor- movimento específico para o jogo, mas se am-
tiva com mais destreza, em virtude do próprio plia ao conjunto dos modos de fazer necessá-
tempo de treino, uma vez que a relação que rios para sua prática; e a tática não se reduz
eles mantêm com o esporte é de trabalho. É ao sistema de jogo definido pelo professor, mas
importante que os alunos compreendam, po- inclui razões do fazer, que orientam as ações
rém, que os sistemas de jogo e as formas tá- exigidas pela própria situação. A técnica não
ticas de seu desenvolvimento também podem existe sem a tática e o contrário é igualmente
ser aprendidos, aperfeiçoados e exercitados verdadeiro. O que deve ser feito numa situação
nas aulas de Educação Física, gerando me- de jogo (a técnica) é demandado pelas exigên-
lhoria na prática. cias da situação (a tática).
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
Portanto, cabe à Educação Física estimular No caso dos alunos de Ensino Médio,
os alunos a compreender a dinâmica tática do espera-se que já tenham abandonado o jogo
esporte coletivo, a fim de que saibam, numa anárquico e mostrem-se capazes de praticar
situação real de jogo, o que taticamente se- o esporte coletivo de forma mais organiza-
ria melhor fazer, tanto em termos individuais da em termos táticos, tanto individual como
como coletivos. coletivamente. Ao professor, cabe fazer que
os alunos compreendam que são capazes de
Garganta (1998, apud SILVA e ROSE praticar o esporte em níveis mais qualificados,
JR., 2005) define quatro fases de prática do chegando a formas elaboradas de jogo, ainda
esporte coletivo, denominadas em ordem de que não venham a se tornar atletas.
organização crescente: (1) jogo anárquico; (2)
descentração; (3) estruturação; e (4) elabora- Em relação ao espetáculo esportivo, é im-
ção. Essa classificação não depende somente portante garantir aos alunos de Ensino Médio
do nível técnico dos praticantes, mas de três va- a possibilidade de sua apreciação de forma
riáveis indissociáveis: (a) comunicação entre os mais tática. Isso lhes permitirá uma análise do
jogadores; (b) estruturação no espaço de jogo; jogo esportivo para além do ganhar ou perder
e (c) relação com a bola. Dessa maneira, a for- ou do torcer de forma passional para seu time
ma mais simples de jogo, o anárquico, é aquela vencer e, assim, compreender que a dinâmica
em que os praticantes se aglutinam em torno tática das equipes é importante para o resul-
da bola, não utilizam adequadamente os espa- tado do jogo.
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© Per Winbladh/Ivy by Corbis/Latinstock
Professor, para iniciar o tema, solici- Este esporte não é inédito na escola, pois já
te aos alunos que façam a leitura do foi trabalhado no Ensino Fundamental. Talvez
texto reproduzido na seção “Para você o pratique em parques, clubes e no interva-
começo de conversa”, do Caderno lo das aulas. Quem sabe até você seja um prati-
do Aluno, e respondam às questões propostas. cante de streetball (basquetebol de rua) ou um
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
espectador de jogos de basquete. Quase posso Agora, nesta fase, você compreenderá as
ouvir seu pensamento: “Tudo de novo...”. Mas táticas defensivas e ofensivas do basquetebol.
você se engana! No Ensino Fundamental, você Mas, antes, responda a estas questões:
vivenciou diversas situações nas quais aprendeu
noções de técnica e tática, desenvolveu a agilida- 1. O que é marcação individual?
de (lembra-se dela?) e outras capacidades físicas Cada jogador marca um adversário específico.
relacionadas às diversas modalidades. Agora,
vai dar continuidade à construção e à ressigni- 2. O que é marcação por zona?
ficação de conceitos para compreender mais e Os defensores atuam em determinados setores.
melhor o basquetebol. Você deve estar se per-
guntando: “Para que eu deveria saber isso?” Vou 3. O que caracteriza a ação ofensiva de uma
lhe dar um exemplo: Você se lembra de como era equipe?
o jogo nas séries iniciais? Aposto que todo mun- A posse de bola por essa equipe.
do se deslocava em direção à bola, sem aprovei-
tar os espaços da quadra – é o que chamamos de 4. Qual a diferença entre técnica e tática?
jogo anárquico. Mas isso já faz tempo, não faz? Técnica é a execução de um movimento em que, para sua
Hoje você já compreende que deve se deslocar, prática, se considera o conjunto dos modos de fazê-lo. Tá-
mesmo não estando com a posse de bola, e que tica é o conjunto de estratégias adotadas por meio dos sis-
toda a equipe precisa se movimentar a fim de temas, orientadas segundo as razões do fazer exigidas pela
atingir o objetivo (cesta, gol etc.). situação de jogo.
© Wilson Dias/ABr
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
APRECIAR E ANALISAR UM JOGO DE BASQUETEBOL
As modalidades esportivas coletivas fazem uma modalidade esportiva coletiva pelos aspectos
parte da vida cotidiana dos alunos e estão na técnico e tático? Quais são as características táticas
rua, no clube, na escola, nas matérias televisivas defensivas e ofensivas em um jogo de basquete-
etc. No entanto, muitos alunos apresentam difi- bol? A sugestão nesta Situação de Aprendizagem
culdades para compreender e analisar técnica e é a apreciação, para posterior análise, de alguns
taticamente a partida de uma modalidade espor- princípios técnico-táticos de um jogo de basque-
tiva coletiva. Será que os alunos reconhecem os tebol. Essa apreciação pode ser feita pelos alunos
motivos que levam uma equipe a vencer outra em em conjunto com você, professor.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 1
Etapa 1 – Um jogo de basquetebol
14
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Barcelona 1992 7o
1996
2000
2004
2008
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
OS SISTEMAS DO BASQUETEBOL
Atribuir aos alunos a responsabilidade importância dos sistemas táticos no desem-
de transferir alguns princípios de organiza- penho esportivo e na apreciação do espor-
ção técnica e tática percebidos em um jogo te como espetáculo. Os alunos vivenciarão
de basquetebol para uma vivência torna-se algumas situações táticas analisadas na Si-
uma tarefa extremamente desafiadora. Isso tuação de Aprendizagem anterior com a in-
exigirá deles capacidade de organização e tenção de perceber os sistemas defensivos e
compreensão para valorizar e reconhecer a ofensivos no basquetebol.
Competências e habilidades: vivenciar e compreender alguns sistemas de jogo e alguns preceitos táticos
inerentes ao basquetebol; compreender os sistemas defensivos e ofensivos no basquetebol; reconhecer
a importância dos sistemas de jogo e das táticas no desempenho esportivo.
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
4 5 [
[
4 5
3
3
2
2 1 1
[
[
Vulnerável
[
Ponto
4 5 [ 4 5 [
[ [
3
3
2 1 2 1
Legenda:
Agora observe: quando X1 passa a bola
para X2, o defensor 1 sai para a marcação – trajetória da bola
de X2; o defensor 3 se desloca do meio do X – jogador da equipe ofensiva
garrafão para cobrir o defensor 1. – jogador da equipe defensiva
17
© Leopércio de Oliveira Guimarães
Quando X5 recebe o passe, o defensor 1 volta
para o seu lugar na cabeça do garrafão; X5
recebe a marcação do defensor 5 e o defensor
3 cobre a posição do 5. Veja como fica: ĞĨĞŶƐŽƌ
© Leopércio de Oliveira Guimarães
4 3
5
ĞĨĞŶƐŽƌ
2 1
4 3 5 [
[
Vulnerável
Ponto
2 1
[ [
[
Pode-se observar que todos os sistemas
apresentam pontos vulneráveis, e a escolha
de um ou outro vai depender das caracte-
rísticas de sua própria equipe e da equipe
adversária. O importante é que você come-
ce a identificar os sistemas ao assistir aos
jogos ou quando participar deles.
Veja agora os sistemas 3-2 e 2-3.
Você vivenciou em aula a movimentação do
© Leopércio de Oliveira Guimarães
ĞĨĞŶƐŽƌ
4 5
Ponto Ponto
Vulnerável Vulnerável
Ponto de maior
vulnerabilidade
2 3
18
Educação Física – 1ª série – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
NOSSAS ESTRATÉGIAS PARA JOGAR BASQUETEBOL SÃO...
Como organizar um time na defesa? Como A tarefa dos alunos nesta Situação de Apren-
partir para o ataque após um bom posiciona- dizagem é organizar as próprias estratégias,
mento defensivo? As Situações de Aprendiza- com a intenção de valorizar e reconhecer a
gem anteriores mobilizaram os alunos para a importância dos sistemas táticos. Em grupo,
apreciação, a análise e a “reprodução” de alguns os alunos elaborarão sistemas táticos para vi-
princípios técnico-táticos no basquetebol. venciar diferentes situações no basquetebol.
19
Conteúdos e temas: elaboração de sistemas táticos.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; folhas de papel sulfite; canetas; lápis; giz.
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
da quadra, conforme a Figura 7. Os integran- defender enquanto a dupla ataca. Peça que os
tes do grupo devem estar subdivididos em alunos façam um rodízio de formação entre
uma dupla e um trio. Inicialmente os trios fa- os integrantes do grupo, de tal forma que haja
rão passes entre si, tentando chegar ao outro um rearranjo das duplas e dos trios. Posterior-
lado da quadra sem perder a bola, enquanto mente peça novas composições. Para variar a
a dupla tentará interceptá-la. Na execução de atividade, introduza o drible e a finalização do
volta, invertem-se os papéis, e o trio passa a percurso com arremesso à cesta.
ATIVIDADE AVALIADORA
Proponha situações encontradas nos jo- nem atente para o fato de a ação proposta ter
gos oficiais de basquetebol, apresentadas culminado ou não na consecução de ponto.
como problemas a serem discutidos, viven- Avalie a compreensão, por parte dos alunos,
ciados e solucionados pelos alunos (divididos da situação de jogo proposta e das iniciativas
em grupos de cinco), por escrito ou median- para solucioná-la. Alguns exemplos:
te demonstração na quadra. Com isso, será
possível avaliar, a princípio, a capacidade dos f Como uma equipe de basquetebol deveria se
alunos de pensar taticamente o jogo de bas- comportar se estivesse perdendo o jogo por
quetebol e, posteriormente, realizar na quadra um ponto de diferença e tivesse de repor a
as ações pensadas. Não valorize a execução bola em jogo numa lateral no ataque, faltando
perfeita das ações específicas do basquetebol, apenas cinco segundos para terminar o jogo?
21
f Como uma equipe de basquetebol deve- Ao final de cada situação de jogo proposta,
ria se comportar se estivesse perdendo o discuta com os alunos as alternativas apresen-
jogo por vinte pontos e restasse apenas um tadas pelas equipes e realize as correções ne-
quarto de jogo para o seu final? cessárias. É importante garantir que os alunos
f Como uma equipe de basquetebol deveria atentem para a organização tática coletiva,
se comportar se estivesse vencendo o jogo em vez de recorrerem às iniciativas individuais
e sofresse marcação individual? para a solução das situações propostas.
Livros
ASSIS, Sávio. Reinventando o esporte: possi- sentando os princípios operacionais comuns
bilidades da prática pedagógica. Campinas: às modalidades esportivas.
Autores Associados, 2001. Relata o desenvol-
vimento de uma pesquisa em que o autor teve PAES, Roberto R.; BALBINO, Hermes F.
por objetivo a “reinvenção” do esporte na es- Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas.
cola, atribuindo outros valores à experiência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. O
livro é composto por nove capítulos que discu-
BAYER, Claude. O ensino dos desportos colec- tem a pedagogia do esporte sob vários aspectos,
tivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Discute o pro- desde a iniciação em modalidades individuais e
cesso de ensino dos esportes coletivos, apre- coletivas até o treinamento.
22
Educação Física – 1ª série – Volume 1
23
TEMA 2 – CORPO, SAÚDE E BELEZA
Todo professor de Ensino Médio percebe o mulher jovem (raramente de etnia negra),
impacto que certos modelos de beleza corpo- bela, magra e sorridente, em geral trajando
ral, insistentemente propagados pelas mídias biquíni, fotografada das coxas para cima, em
(televisão, revistas etc.), exercem sobre os alu- pose sensual. Também as figuras masculinas
nos, que, com frequência, se julgam obesos, são, em geral, homens jovens e brancos, às
querem emagrecer e tornar-se musculosos. vezes com o torso nu e pernas expostas, para
Para isso, aderem a regimes “milagrosos”, exibir uma musculatura bem delineada.
praticam exercícios de forma equivocada e
eventualmente fazem uso de substâncias proi- No interior dessas revistas sempre há progra-
bidas, como anabolizantes e remédios que ini- mas de exercícios ginásticos para diversos grupos
bem o apetite, com prejuízos para a própria musculares, com a promessa de “diminuir a bar-
saúde. Sabemos que muitas vezes os alunos riga”, “endurecer o bumbum” etc., ou sugestões
comunicam tais práticas aos professores de de corridas, caminhadas e prática de esportes
Educação Física, os quais precisam estar pre- para “perder calorias” e, portanto, emagrecer.
parados para lidar com isso. Percebe-se aí como o exercício físico não é asso-
ciado à saúde ou ao bem-estar, mas a um modelo
Basta prestar atenção às capas das revis- estereotipado de beleza corporal caracterizado
tas voltadas para o público adolescente e jo- pela extrema magreza. Se calcularmos o índice
vem (em especial para as meninas), à venda de massa corpórea – IMC (peso dividido pela
em qualquer banca de jornal, para constatar altura ao quadrado) – das modelos e artistas es-
o que sugerem ou prometem explicitamente: tampadas nas capas, encontraremos valores mui-
“Emagreça comendo de tudo!”, “Defina seus to baixos, que indicam magreza, às vezes abaixo
músculos com apenas 15 minutos de ginás- do mínimo para que uma pessoa seja considera-
tica!”, “Corpo novo em três meses!” etc. A da saudável, além de muito distantes da média
personagem central das capas é sempre uma nacional.
©Fabio Chialastri/Conexão Editorial
Figura 8 – Revistas dirigidas ao público jovem feminino prometem a “beleza-padrão” de modo excessiva-
mente fácil e rápido: “Corpo novo em três meses”, “Emagreça e fique durinha com a dieta antiflacidez” etc.
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
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Outros problemas que afetam frequen- Controle ponderal, níveis de
temente os alunos do Ensino Médio, diante
do forte apelo social em favor de padrões de
atividade física e obesidade
beleza caracterizados pela magreza corporal, A manutenção do nosso peso corporal obe-
são distúrbios alimentares como a anorexia e dece a um mecanismo regulador encarregado
a bulimia. de equilibrar a ingestão alimentar (influxo
e consumo calórico) com o custo energéti-
A anorexia nervosa, mais comum entre as
co (gasto calórico ou produção de energia).
meninas, caracteriza-se pelo desejo obsessivo
Quando, por qualquer motivo, esse equilíbrio
de manter o peso corporal abaixo dos níveis
é rompido, ocorre modificação no peso cor-
normais para a faixa etária e a estatura em
poral. Se a quantidade de calorias adquiridas
virtude da preocupação excessiva com a ima-
pela alimentação ultrapassar aquela utilizada
gem corporal, que se encontra distorcida, pois
para atender às necessidades diárias de fun-
pessoas anoréxicas se percebem gordas apesar
cionamento do organismo (gastos com meta-
de sua magreza. Visando à “magreza”, essas
bolismo basal, termogênese e atividade física),
pessoas se mantêm em jejum por longos perío-
esse excesso será armazenado sob a forma de
dos e ingerem menos alimento que o necessá-
gordura no tecido adiposo, ocasionando au-
rio para manter o balanço energético, além de
mento ponderal (ganho de peso corporal).
estimularem compulsivamente o maior gasto
Uma ingestão reduzida, por sua vez, associa-
energético possível em sessões de exercícios.
da a um maior gasto energético, promove a
A bulimia nervosa caracteriza-se por epi- redução ponderal (perda de peso corporal).
sódios frequentes de ingestão alimentar em
A obesidade (acúmulo excessivo de gordura
excesso num curto período de tempo, quase
corporal, acima dos limites de normalidade es-
sempre seguidos por jejum, uso abusivo de
perados) é um fenômeno multifatorial comple-
laxantes ou diuréticos, vômitos autoinduzi-
xo, mas se sabe que a alimentação e a falta de
dos ou prática compulsiva de exercícios, numa
atividade física são fatores importantes, espe-
tentativa de evitar o aumento de peso após o
cialmente por sua relação com condições am-
exagero alimentar.
bientais e aspectos comportamentais diversos.
A redução dos níveis de atividade física
Anorexia e bulimia (hipocinesia) é um dos principais responsá-
Quando não tratadas, cerca de 6% a 20%
veis pelo aumento excessivo de peso a partir
do acúmulo de gordura nas reservas corpo-
das pessoas diagnosticadas com anorexia
rais. Muitos estudos sustentam que o aumen-
têm morte prematura por suicídio, por car-
to da adiposidade, normalmente associado ao
diopatia ou por infecções.
processo de envelhecimento, decorre princi-
palmente do baixo nível de atividade física,
uma vez que, com o passar dos anos, as pes-
soas apresentam sedentarismo progressivo.
A orientação a ser dada aos alunos do
A condição mais adequada para que se
Ensino Médio é que estes vejam com ressal-
possa estabelecer um controle efetivo sobre o
vas a divulgação de estratégias que propo-
fenômeno da obesidade requer a associação
nham, em curto espaço de tempo, perda de entre exercícios e dieta. Em crianças e adul-
peso, redução de medidas, hipertrofia e de- tos moderadamente obesos, essa combinação
finição muscular e busquem supervisão ade- oferece maior possibilidade de atingir balanço
quada antes de modificar hábitos alimenta- calórico negativo e, consequentemente, redu-
res ou relativos à prática de exercícios físicos. ção da gordura e do peso corporal, compara-
da ao exercício ou à dieta isoladamente.
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
Possibilidades interdisciplinares
Os temas “Produtos e práticas alimentares e de exercícios físicos associados à busca de padrões de be-
leza” e “Consumo e gasto calórico: alimentação, exercício físico e obesidade” poderão ser desenvolvidos
de modo integrado com Ciências (organismo humano, composição e estrutura química dos nutrientes) e
Matemática (cálculo do consumo e do gasto calórico). Converse com os professores que ministram essas
disciplinas e auxilie os alunos a refletir sobre os temas de forma multidimensional.
27
f perda de peso autoinduzida por abstenção Identificando os padrões de beleza
de alimentos;
f vômitos e purgação autoinduzidos, exercí- Procurem imagens de revistas, jornais ou
cios excessivos, uso de anorexígenos (remé- internet, destinadas ao público jovem femini-
dios para tirar o apetite) e/ou diuréticos; no e masculino, que mostrem os padrões de
f distorção da imagem corporal (a pessoa beleza veiculados na sociedade e as estratégias
se julga gorda, embora não o seja), pavor para alcançá-los.
de engordar e amenorreia (suspensão da
menstruação). Com base nas imagens que vocês pesquisa-
ram, respondam às seguintes questões:
Se você se identificou ou conhece alguém
nessas condições, converse com o professor de 1. Quais são os modelos de beleza corporal
Educação Física. Ele lhe dará as informações predominantes em nossa sociedade?
necessárias sobre esse assunto e sobre emagre-
cimento saudável, se necessário. 2. O que vocês pensam sobre esses modelos?
1. O que você pensa das afirmações desse 3. Qual é o impacto que esses modelos cau-
texto? sam em vocês?
Espera-se que os alunos percebam que as imagens ofere-
cidas pelas diversas mídias não são reais, uma vez que tais 4. Como vocês se percebem em relação a tais
imagens são sempre manipuladas para atender ao padrão de modelos?
beleza vigente. Espera-se também que eles, a partir do texto,
conheçam as condutas patológicas relacionadas à imagem 5. Vocês julgam que é possível alcançar esses
corporal e reflitam sobre elas. modelos?
2. Você lê esse tipo de publicação descrita no 6. De que maneira e por quais meios esses
texto? Com que frequência? Por quê? modelos podem ser alcançados?
Esta questão pretende verificar se os alunos se identificam
com esse tipo de publicação e questioná-los em caso afir- 7. Observem as respostas dos outros grupos e
mativo ou negativo. Também busca saber os motivos por vejam se coincidem com as suas. Elaborem
que procuram esse tipo de leitura. O importante é fazer uma uma síntese das opiniões de todos os grupos.
análise criteriosa desses motivos, evitando-se qualquer tipo As respostas são de cunho pessoal; no entanto, espera-se
de constrangimento nos alunos. uma associação lógica entre os padrões de beleza vigentes
e o modo como os alunos se sentem em relação a esses
Professor, antes de desenvolver a padrões. Também se espera que os alunos comparem o im-
Situação de Aprendizagem 4, pacto desses modelos sobre a sua vida às alternativas saudá-
oriente a turma para que realize a veis para a manutenção da saúde e do bem-estar. Por fim, os
“Pesquisa em grupo”, descrita no grupos deverão confrontar suas respostas com as das outras
Caderno do Aluno. equipes para enriquecer o debate.
28
Educação Física – 1ª série – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
ESPELHO, ESPELHO MEU...
Conteúdos e temas: padrões e estereótipos de beleza corporal; indicadores que levam à construção de re-
presentações sobre corpo e beleza; medidas e avaliação da composição corporal; índice de massa corporal.
Competências e habilidades: identificar padrões e estereótipos de beleza presentes nas mídias; reconhe-
cer e criticar o impacto dos padrões e estereótipos de beleza corporal sobre si próprio e sobre seus pa-
res; identificar os indicadores que levam à construção de representações culturais sobre corpo e beleza;
selecionar, relacionar e interpretar informações e conhecimentos sobre padrões e estereótipos de
beleza e indicadores de composição corporal para construir argumentação consistente e coerente.
Sugestão de recursos: papéis; canetas; cartolinas; fita métrica ou estadiômetro (balança toesa); calculadoras.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 4 Posteriormente, estando os alunos de posse
do material, já em aula, e divididos em pequenos
Etapa 1 – Quais são os padrões de beleza grupos, estimule-os a identificar as característi-
predominantes em nossa sociedade? cas corporais mais frequentes nas pessoas suge-
ridas no material coletado (peso, estatura, etnia,
Solicite previamente aos alunos que, di- cor e tipo de cabelos, musculatura etc.). Solicite
vididos em grupos, em horário extra-aula, também que identifiquem as práticas associadas
procurem, em revistas ou em sites, imagens à busca desse padrão de beleza (dietas, exercícios
destinadas ao público jovem que sugiram os físicos, cosméticos, cirurgias etc.).
padrões de beleza predominantes em nossa
sociedade e revelem os diversos artifícios re- Em seguida, discuta com os alunos as
comendados para alcançar esse estereótipo. questões a seguir, objetivando debater o tema:
29
f Quais são os modelos de beleza corporal leza impostos pela sociedade de consumo. O
predominantes em nossa sociedade? material elaborado poderá ser exposto para
f O que vocês pensam disso? toda a escola ou apresentado em formato
f Reconhecem o impacto que causam em si eletrônico, de acordo com as condições da
próprios e em seus pares? instituição de ensino.
f Como se percebem em relação a tais mo-
delos? Peça aos alunos que tragam, para a aula
f Julgam que é possível alcançar tais mode- seguinte, a medição do seu peso (tomada em
los? Por que meios? uma balança de farmácia ou de casa) e uma
calculadora. A tomada do peso em aula po-
Cada grupo anotará os principais pon- derá causar constrangimento em alguns, o que
tos resultantes da discussão, os quais serão deverá ser evitado.
apresentados para o restante da classe em
forma de plenária, na qual se estimulará Etapa 2 – Como calculo as minhas
o debate entre os alunos. Ao final, busque medidas?
elaborar uma síntese, destacando os pontos
comuns e contrastando as diferentes mani- Utilize uma ou mais fitas métricas pre-
festações e opiniões surgidas. gadas em uma parede ou um estadiômetro
(balança toesa) para realizar a mensuração
Proponha aos alunos que elaborem car- da estatura dos alunos. Proponha que cada
tazes com base nas conclusões a que che- um calcule o próprio IMC. Informe-os so-
garam, com imagens (pode-se utilizar as já bre a fórmula a ser utilizada e apresente a
coletadas) e pequenos textos, procurando tabela de classificação. Se houver quanti-
chamar a atenção dos leitores para o apelo dade insuficiente de calculadoras, os alu-
à busca do padrão de traços e formas cor- nos poderão se organizar em grupos para
porais que representam estereótipos de be- efetuar o cálculo.
O índice de massa corporal (IMC) é calculado por meio de uma fórmula matemática que relaciona
peso e altura e, a partir da localização do resultado do cálculo em uma tabela de classificação, indica
se uma pessoa está obesa, acima do peso, abaixo do peso ou no peso ideal, considerado saudável e
reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. A vantagem de trabalhar
com esse sistema, utilizado pela Organização Mundial da Saúde, é sua simplicidade, com números
redondos e fáceis de utilizar.
Para calcular o IMC, basta dividir o peso (em quilogramas) pela estatura ao quadrado (em metros):
peso
IMC =
(estatura × estatura)
30
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Por exemplo: qual é o IMC de uma pessoa que tenha 1,80 m de estatura e pese 80 kg?
80 kg
IMC = = 24,69
(1,80 m × 1,80 m)
O índice obtido permite a classificação da pessoa segundo a tabela:
CATEGORIA IMC
Abaixo do peso Abaixo de 18,5
Peso normal Entre 18,5 e 24,9
Acima do peso Entre 25 e 29,9
Obesidade grau I Entre 30,0 e 34,9
Obesidade grau II Entre 35,0 e 39,9
Obesidade grau III 40,0 e acima
O IMC é apenas um indicador e não determina de forma inequívoca se uma pessoa está acima do
peso ou obesa.
Por relacionar apenas peso e estatura, pessoas musculosas podem ter um índice de massa corporal elevado
e não serem gordas. O mesmo pode acontecer com aquelas que visualmente são magras e apresentam um alto
percentual de gordura. É recomendável, então, comparar o IMC com a porcentagem de gordura da pessoa,
que pode ser estimada por medidas da “circunferência corporal”, uma mensuração mais complexa, mas que
pode ser realizada com fita métrica. A esse respeito, consulte os sites da Cooperativa do Fitness.
Disponível em: <http://www.cdof.com.br/avalia1.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.
Disponível em: <http://www.cdof.com.br/protocolos2.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.
Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, das diferenças raciais e étnicas
sobre o IMC. Por exemplo, especialistas apontam que pessoas de origem asiática poderiam ser consi-
deradas acima do peso com um IMC de apenas 23.
As categorias do IMC aqui apresentadas não são aplicáveis para menores de 12 anos, para os quais
existe uma tabela especial.
31
calcular o IMC das modelos que posam para vista da saúde, e não da estética) e que há mé-
as capas das revistas pesquisadas e verificar todos para identificá-las.
como muitas vezes essas mulheres estão abaixo
do peso mínimo recomendado. De um modo abrangente, podemos dizer
que nossa composição corporal é formada
Ao final da Situação de Aprendizagem, apre- por massa gorda, representada por todos
sente uma síntese do tema, levando em conta as os lipídios (gorduras) do corpo, e de massa
atividades realizadas e as conclusões parciais já magra, isto é, tudo o que estiver livre de gor-
obtidas. Procure estimular, entre os alunos, a re- dura, como músculos, ossos, água, órgãos
flexão sobre as questões dos padrões e ideais de internos etc. Medir a porcentagem de mas-
beleza difundidos pelas mídias, de modo que ob- sa gorda e de massa magra requer procedi-
tenham mais autonomia para compreender essas mentos mais complexos; portanto, deve-se
mensagens. Estimule a discussão em pequenos utilizar o IMC. Veja bem, o Índice de Mas-
grupos sobre as seguintes questões: sa Corporal não avalia as porcentagens de
gordura e massa muscular; trata-se apenas
f As pessoas perseguem um ideal de beleza de um indicador utilizado pela Organização
por escolha própria? Mundial da Saúde (OMS) para classificar o
f É possível a todas as pessoas alcançarem grau de gordura corporal individual.
tal ideal?
f Quais os significados dessa busca pela beleza? De acordo com a tabela, a pessoa citada
f Quais os riscos dessa busca? está com o peso normal.
A.
Como calculo as minhas medidas?
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
© Fernando Favoretto
B. C.
© Cubolmages srl/
Alamy/Glow Images
Anote aqui seu IMC
e a sua classificação
Calcule também o IMC dos seus amigos e fa- tais pessoas podem ser classificadas como
miliares. Além do peso e da altura, pergunte obesas, de acordo com a tabela do IMC, em
aos entrevistados se eles praticam alguma ati- função da quantidade de massa muscular,
vidade física regular, especialmente muscula- uma vez que a balança não faz distinção en-
ção. Essa investigação é importante porque tre massa gorda e massa magra no peso total.
33
2. Quantos dos entrevistados apresentaram de peso corporal por quilômetro percorri-
índice normal? do, ou seja, uma aluna de 50 kg que corre
três quilômetros tem um gasto calórico de
3. Comente os resultados obtidos, conside- 150 kcal (1 × 50 × 3). Ah! Isso se a corri-
rando a relação entre IMC e saúde. da acontecer num terreno plano. Você deve
estar pensando: “Credo! Eu preciso correr
4. Calculando o gasto calórico: três quilômetros para gastar as calorias de
um iogurte!”
A manutenção do nosso peso corporal de-
pende do equilíbrio entre o consumo caló- Calma! Além do gasto calórico dos exercí-
rico (ingestão alimentar) e o gasto calórico. cios físicos, também queimamos calorias
Quando se consome mais do que se gasta, com o metabolismo basal, com a manu-
há o que chamamos de balanço energético tenção da temperatura do corpo, entre
positivo, e esse excedente será armazenado outras coisas. Uma mulher adulta conso-
sob a forma de gordura. De maneira inver- me em média 2 200 kcal/dia, e um homem,
sa, se consumimos menos do que gastamos, 2 500 kcal/dia; os homens podem comer
temos um balanço energético negativo e, mais porque têm mais massa muscular.
consequentemente, perda de peso. Hoje é
consenso que, a fim de mantermos um peso Leve para a escola uma embalagem de ali-
saudável, é recomendada uma dieta balan- mento em que se possa verificar a quanti-
ceada associada a exercícios físicos. dade de calorias na informação nutricio-
nal. Durante a aula, será proposta uma
Repare, nas embalagens de alimentos que prática de corrida. Após a prática, faça o
você costuma consumir (suco em caixinha, cálculo do gasto energético da corrida e es-
biscoito etc.), um campo intitulado “infor- tabeleça uma relação entre o gasto ocorri-
mação nutricional”. Nele você encontrará do e o alimento ingerido.
a quantidade de calorias de uma porção Aqui serão feitos os registros da coleta de dados realizada pe-
daquele alimento, ou seja, a quantidade de los alunos. A intenção é que eles estabeleçam se há ou não
calorias que você vai ingerir se consumi-lo. algum risco de saúde para os entrevistados, a partir do IMC.
Para saber o gasto calórico numa corrida Na última questão, espera-se que a turma compreenda o
ou caminhada, leve em conta que, em mé- mecanismo do balanço energético por meio da observação
dia, gasta-se uma caloria por quilograma da relação entre gasto e consumo de calorias.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
BALANÇA ENERGÉTICA
Os alunos devem calcular o gasto calórico pelos alunos ou a merenda da escola, no todo
em uma corrida ou caminhada e comparar ou em partes. Com base nisso, o professor
esse resultado com o valor calórico conhecido apresentará informações e conceitos sobre ba-
de um alimento – um pequeno lanche trazido lanço energético, exercício físico e obesidade.
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
Conteúdos e temas: balanço energético, valor calórico dos alimentos e custo calórico do exercício físico;
alimentação, exercício físico e obesidade.
Competências e habilidades: identificar aspectos referentes à participação da alimentação e do exercício
no desenvolvimento e no controle da obesidade; estimar valores calóricos relacionados ao consumo de
alimentos e ao gasto com exercícios físicos.
Sugestão de recursos: balança; tabela de calorias de alimentos; cones.
35
Professor, antes da Atividade 4. Um colega da escola pratica musculação
Avaliadora, solicite aos alunos e todos acham que ele é “sarado”; no en-
que realizem as atividades pro- tanto, ao calcular o IMC, sua classifica-
postas na seção “Você apren- ção foi Obesidade grau I. Isso está correto?
deu?”, do Caderno do Aluno. Por quê?
O que caracteriza a condição de obesidade é o excesso
1. As pessoas perseguem um ideal de bele- de gordura corporal e, neste caso, o peso elevado refere-
za por escolha própria? -se à grande quantidade de massa muscular. Este é um
caso em que o IMC é inadequado para classificação de
2. Quais os significados dessa busca pela obesidade.
beleza?
Professor, oriente os alunos a realizarem a
3. Quais os riscos dessa busca? tarefa proposta no quadro “Desafio!” e a le-
As respostas têm caráter pessoal. Contudo, espera-se que os rem a seção “Aprendendo a aprender”, que
alunos compreendam que o padrão de beleza é sempre uma traz dicas de alimentação saudável. Retome o
construção cultural. Na atualidade, como consequência do conteúdo do “Aprendendo a aprender”, asso-
rigor desse padrão, as práticas adotadas para atingi-lo podem ciando-o ao tema desenvolvido.
representar prejuízos para a saúde.
Desafio!
Encontre oito palavras que se referem ao tema “Corpo, saúde e beleza”. As palavras
podem estar invertidas, na diagonal, na vertical ou na horizontal. Ao encontrar a palavra
no quadro, risque-a da lista:
Beleza – Composição – IMC – Mídia – Massa corporal – Balança – Massa gorda – Massa magra
X C V B N M H J B E L E Z A L Z C A Q U I X Z
P J B G Ç A M L O B N H T Ç B C D D A Q W O X
Q W V B I S J Q H N X Z Ç N A Q E R O U Q T O
U Y U I O S S U Ç O P B P A J U H O D R U Ç Ã
A M Í D I A L A N H E Z A L C A D G U B A L Ç
D H N X Z M F D G K J X A A L D N A L Ç D J I
F A D R Y A Z F X O B N M B A F Ç S Q R F B S
G P J B G G A W U A Q W O X C G I S U B G Q O
J J U H B R M J H N X Z I L Ç J O A A H J X P
K C F P Q A H A N H I M C N Ç D S M D P H I M
A Q W O X P J B G Ç N H T X B Q U A Q W O X O
M A S S A C O R P O R A L M L O B N H T X A C
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
37
© Marcos André/Opção Brasil Imagens
© Iara Venanzi/Kino
© Iara Venanzi/Kino
Figura 10 – Alimento Figura 11 – Produto Figura 12 – Produto gorduroso e
gorduroso. industrializado. industrializado.
Curiosidade
Você consegue comer apenas UMA bolacha recheada e guardar o restante do pacote? É
difícil, não é? Sabe por quê? Porque esse tipo de bolacha tem no seu recheio uma mistura
de gordura e açúcar. Esses dois ingredientes juntos fazem o seu cérebro achar esse alimento
muito gostoso e demorar para avisar que você já está satisfeito. Conclusão: o aviso chega
tarde demais e, quando percebemos, já comemos mais gordura e açúcar do que deveríamos.
Para refletir:
Com que frequência você consome os alimentos que estão na lista dos que suge-
rimos evitar?
38
Educação Física – 1ª série – Volume 1
ATIVIDADE AVALIADORA
Com base nos conteúdos desenvolvidos nesta Situação de Aprendizagem, solicite aos alu-
nos que produzam individualmente um texto no qual comentarão e interpretarão os seguintes
versos do poeta Carlos Drummond de Andrade:
Meu corpo ordena que eu saia em busca do que não quero, e me nega, ao se afirmar como senhor do
meu Eu convertido em cão servil.
Quero romper com meu corpo, quero enfrentá-lo, acusá-lo, por abolir minha essência, mas ele se-
quer me escuta e vai pelo rumo oposto.
f Será que, como bem expressou o poeta Proponha aos alunos que, divididos em du-
Carlos Drummond de Andrade, os interes- plas ou trios, identifiquem e entrevistem duas
ses da sociedade de consumo não nos têm a três pessoas que tenham se valido de dietas
ordenado a busca do que não queremos “milagrosas” ou de suplementos alimentares
em relação ao corpo, à saúde e à beleza, aliados a exercícios físicos intensos ou, ainda,
e assim nega nossos próprios desejos, inte- que tenham adquirido e utilizado equipamentos
resses e necessidades, dificultando o auto- domésticos de ginástica (esteira-rolante, apare-
conhecimento? lhos para exercitação abdominal, aparelhos de
eletroestimulação muscular etc.). Eles devem so-
f Procure avaliar, nos textos produzidos, se os licitar aos entrevistados informações como: (1)
alunos obtiveram, ao longo do desenvolvi- sexo, idade e profissão; (2) tempo de utilização
mento da Situação de Aprendizagem, mais do produto ou gasto com essa prática; (3) moti-
argumentos para discutir a questão da difu- vo de adesão a esse produto ou tempo dedicado
são, pelas mídias, de padrões ideais de beleza. a essa prática; (4) existência ou não de super-
Verifique como se percebem imersos nessa visão durante esse período; (5) custos da utili-
dinâmica e observe se notam os riscos da bus- zação e aquisição ou da prática; (6) resultados
ca desenfreada por um corpo supostamente observados e percebidos; (7) possíveis queixas
belo e perfeito. associadas à adoção desse produto ou prática.
Peça aos alunos que, em grupos de cinco, Oriente os alunos para que esclareçam
leiam seus textos para os colegas, estimulando às pessoas a finalidade da entrevista. O pro-
a discussão entre eles. Após essa fase, peça que duto das entrevistas poderá ser entregue em
cada grupo faça uma síntese para os demais registro escrito ou filmado, quando houver
colegas sobre os argumentos apresentados. condições para tal. Com base nas entrevis-
É importante sua intervenção no sentido de tas, os alunos deverão elaborar um texto no
destacar os argumentos mais consistentes rela- qual realizem uma reflexão sobre pelo me-
cionados à percepção das influências da mídia nos um dos casos relatados, selecionando,
e aos padrões ideais de beleza, como também relacionando e interpretando informações e
as ações dos alunos no sentido de agir critica- conhecimentos sobre padrões e estereótipos
mente em relação a tais influências e padrões. de beleza, bem como produtos e práticas ali-
39
mentares associados à busca desses padrões. Ao avaliar os textos, verifique se apresen-
Solicite aos alunos que omitam o nome real tam argumentação consistente e coerente, que
das pessoas entrevistadas. vá além dos discursos de senso comum.
40
Educação Física – 1ª série – Volume 1
destacando a participação dos níveis de ativi- mídias, cultura corporal de movimento e Edu-
dade física e da dieta no balanço energético e cação Física no mundo contemporâneo.
consequente interferência sobre a composição
corporal e a regulação do peso corporal asso- MATTHIESEN, Sara Q. Espelho, espelho meu...
ciada à sua redução ou ao seu aumento. Existe alguém mais perfeita do que eu? Mo-
triz, Rio Claro, v. 8, n. 1, p. 25-26, abr. 2002.
McARDLE, William D., KATCH, Frank I., Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/
KATCH, Victor L. Nutrição para o despor- efisica/motriz/08n1/Matthiesen.pdf>. Acesso
to e o exercício. Rio de Janeiro: Guanabara em: 29 maio 2013. O artigo aborda os excessos
Koogan, 2001. Destina o Capítulo 7 ao gasto presentes hoje na relação com o próprio cor-
energético durante o repouso e o exercício físi- po, em busca de padrões de beleza e perfeição.
co, propondo estimativas para o dispêndio de
energia tanto em repouso quanto em diferen- Sites
tes atividades como caminhada, corrida etc. O
Capítulo 19 trata da relação entre obesidade, Cooperativa do Fitness. Disponível em: <htttp://
exercício e controle do peso, reforçando a im- www.cdof.com.br/nutri1.htm>. Acesso em: 29
portância do exercício e da dieta para a manu- maio 2013. Disponibiliza o valor calórico refe-
tenção do equilíbrio energético. rente a várias categorias de alimentos em quan-
tidades diversas e possibilita o cálculo online do
POWERS, Scott K.; HOWLEY, Edward T. gasto calórico de várias atividades físicas.
Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. 3. ed. São Instituto de Metabolismo e Nutrição. Disponível
Paulo: Manole, 2000. Contém informações re- em: <http://www.nutricaoclinica.com.br/content/
lacionadas à prescrição de exercícios voltados view/162/16/>. Acesso em: 29 maio 2013.
à saúde e ao condicionamento físico, além de
destacar a influência de aspectos nutricionais Saúde em Movimento. Disponível em: <http://
sobre o estado de saúde, de acordo com sua www.saudeemmovimento.com.br>. Acesso em:
interferência em relação à composição corpo- 29 maio 2013. Disponibiliza cálculo online de
ral, ao gasto energético e ao controle do peso. ingestão e gasto calórico diários.
SILVA, Ana Beatriz B. Mentes insaciáveis: Tabela de calorias dos alimentos mais servidos
anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Rio em nossa mesa. Disponível em: <http://www4.
de Janeiro: Ediouro, 2005. Trata das dificulda- faac.unesp.br/pesquisa/nos/bom_apetite/
des de celebridades e anônimos com os trans- tabelas/cal_ali.htm>. Acesso em: 5 set. 2013.
tornos alimentares, apresentando uma abor- Apresenta uma tabela com grupos de alimen-
dagem multidisciplinar e prática sobre o tema. tos reunidos por total de calorias fornecidas,
indicando a quantidade de alimentos ingeridos
Artigos e uma medida caseira equivalente (por exem-
plo, duas colheres de sopa).
BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídias e edu-
cação física: novas relações no mundo con- Universidade Federal de Pelotas. Disponível
temporâneo. Lecturas: Educación Física y De- em: <http://minerva.ufpel.edu.br/~holanda/
portes, Buenos Aires, v. 10, n. 79, p. 1-9, 2004. index.htm>. Acesso em: 29 maio 2013. Permi-
Disponível em: <http://www.efdeportes.com/ te acesso a uma tabela (em Excel) na qual se
efd79/corpo.htm>. Acesso em: 29 maio 2013. pode verificar o valor calórico referente a 100
Este artigo objetiva analisar as relações entre g de vários alimentos. É possível também con-
41
sultar em outra tabela o número de gramas e Homem que só se interessa pela “beleza ex-
de determinados alimentos obter o total de terior” feminina, ao ser hipnotizado por um
calorias correspondente. guru de autoajuda, passa a ver apenas a “be-
leza interior” das mulheres; apaixona-se então
Filmes por uma jovem muito obesa, que para seus
olhos é magra e linda.
Miss Simpatia (Miss congeniality). Direção:
Donald Petrie. EUA, 2000. 110 min 12 anos. O professor aloprado (The nutty professor).
Na busca de um criminoso, uma policial se Direção: Tom Shadyac. EUA, 1996. 107 min
infiltra em um concurso de beleza (Miss Es- Livre. Um obeso e atrapalhado professor
tados Unidos). A policial escolhida nunca se universitário descobre, por acaso, uma fór-
preocupou com a sua aparência física ou com mula química que o torna charmoso e en-
etiqueta social e, por isso, um consultor de be- cantador. Ele tenta então conquistar o amor
leza é contratado para transformá-la em uma de uma estudante, mas às vezes a poção per-
candidata com chances de chegar à final do de o efeito, criando situações embaraçosas
concurso e garantir o sucesso da investigação. e divertidas.
Muito além do peso: obesidade a maior epi- Simone (S1m0ne). Direção: Andrew Niccol.
demia infantil da história. Direção: Estela EUA, 2002. 117 min Livre. Diretor de cinema
Rinner. Brasil, 2012. 85 min. O documentá- decadente recebe de um gênio da computação
rio brasileiro analisa não só as consequências um software capaz de criar uma atriz virtual,
da obesidade infantil, como também ques- perfeita em todos os sentidos, e que se torna ra-
tões econômicas e sociais. pidamente uma estrela de cinema e símbolo se-
xual. No entanto, o sucesso gera sentimento de
O amor é cego (Shallow hal). Direção: Peter culpa no diretor, e tudo se complica quando ele
e Bobby Farrelly. EUA, 2001. 113 min Livre. resolve destruir sua criação.
42
Educação Física – 1a série – Volume 1
43
ciar nas aulas. Por exemplo, para Saraiva e e evitando a demarcação de movimentos
Fiamoncini (1998), a coeducação em dança masculinos e femininos.
permite que alunos e alunas estejam juntos
para elaborar seus pensamentos, sentimen- Na Situação de Aprendizagem sugerida a
tos e movimentos em um processo significa- seguir, propõe-se que os alunos se expressem
tivo e valorativo, sem ações estereotipadas ritmicamente em variados movimentos.
Possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema “Atividade rítmica: o ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na dança” poderá
ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de Arte, na medida em que envolve conteúdos
como a dança e sua apreciação estética. Converse com o professor responsável por essa disciplina em
sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada
pelos alunos.
Professor, para iniciar o desenvolvi- cenas e tentar estabelecer uma relação entre
mento do tema, proponha que a tur- elas.
ma realize a atividade “Para começo
de conversa”, do Caderno do Aluno. 1. Observe atentamente as imagens a seguir
e relacione cada uma ao tema que vamos
O mundo que nos cerca é cheio de diferen- trabalhar.
ças e similaridades. Vamos analisar algumas
A. B.
© Rubens Chaves/Pulsar Imagens
44
Educação Física – 1a série – Volume 1
45
© David Madison/Getty Images
c) Acíclico. d) Cíclico.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
DO RITMO PRÓPRIO AO RITMO NAS MANIFESTAÇÕES
DA CULTURA DE MOVIMENTO
Conteúdo e temas: o ritmo vital; o ritmo como organização expressiva do movimento; tempo e
acento rítmicos; o ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na dança.
Competências e habilidades: reconhecer a importância do ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na
dança; identificar o ritmo vital e perceber o ritmo como organização expressiva do movimento; perce-
ber noções de tempo e acento rítmicos nas manifestações da Cultura de Movimento; identificar carac-
terísticas do ritmo ao assistir ou vivenciar manifestações do esporte, da luta, da ginástica e da dança.
Sugestão de recursos: folhas de papel sulfite; caneta ou lápis; bolas de futebol; bolas de basquetebol ou
de borracha.
46
Educação Física – 1a série – Volume 1
Em seguida, sugira aos alunos que Cada grupo deve expor suas conclusões
percebam e identifiquem o ritmo presente no e organizar uma nova sequência expressiva
próprio corpo com e sem deslocamento – com características semelhantes ao que fi-
no piscar dos olhos, na respiração, nos bati- zeram antes, representando outra manifes-
mentos cardíacos, na articulação das palavras tação da Cultura de Movimento. Por exem-
etc. Sugira também que, organizados em du- plo, quem se expressou em uma luta, como
plas, percebam o ritmo do corpo do colega, o boxe ou o judô, poderia se expressar com
com e sem deslocamento. a capoeira.
Posteriormente, peça aos alunos que se dei- Etapa 3 – Tempo e acento rítmicos
tem no solo, formando um círculo, preferen-
cialmente intercalando meninos e meninas, Solicite aos alunos que criem sequên-
de modo que cada um possa colocar uma das cias de movimentos utilizando cada uma
mãos sobre o abdome dos dois colegas ao lado. das articulações, movendo, por exemplo,
Oriente cada aluno a perceber sua própria res- primeiro os cotovelos, depois os ombros
piração e a respiração dos colegas, procurando e os punhos ou as articulações dos mem-
notar se é possível alcançar um ritmo comum bros inferiores, como os joelhos, depois os
para todos. Ainda com os alunos deitados em tornozelos e o quadril. Os alunos podem
círculo, utilize músicas de tipos variados (lenta usar as diversas articulações (ombro, co-
ou rápida) para que eles verifiquem em si mes- tovelo, punho, joelho, tornozelo, quadril)
mos se há alterações no ritmo da respiração ou de forma simultânea ou sequencial. Pro-
dos batimentos cardíacos. ponha que, na sequência dos movimentos,
estabeleçam um momento que deverá ser
Etapa 2 – O ritmo como organização enfatizado e repetido ocasionalmente. Por
expressiva do movimento exemplo, eles podem movimentar de for-
ma diferente todas as demais articulações,
Escritos em pedaços de papel, apresente aos mas repetirão sempre o movimento reali-
alunos os nomes de algumas manifestações da zado com o cotovelo.
Cultura de Movimento referentes à dança, à gi-
nástica, à luta, ao esporte e a atividades do co- Peça aos alunos que se organizem em gru-
tidiano. Por exemplo: samba, frevo, ginástica pos mistos, formados por meninos e meninas,
aeróbica, alongamento, boxe, judô, futebol, para que os mesmos movimentos possam ser
basquetebol, varrer uma casa, subir e descer combinados entre os componentes de cada
escadas, tomar banho etc. Cada aluno deve grupo, sem que conversem entre si. Os alu-
receber um papel contendo essa informa- nos poderão elaborar uma sequência comum
ção e representá-la por meio de movimen- contendo tempo e acento rítmicos para que
tos. Incentive os alunos a perceber quais são todos os componentes do grupo realizem os
os colegas que estão fazendo movimentos mesmos movimentos, expressando-se ritmica-
semelhantes aos seus e peça para que se agru- mente sem usar a fala. Enquanto um grupo
pem sem que conversem entre si. Depois de se estabelece uma sequência de movimentos, os
agruparem, eles devem dialogar e se organizar demais identificam o tempo rítmico (quantos
para identificar as características rítmicas dos movimentos são feitos até que o acento apa-
movimentos que realizaram e perceber como reça) e o acento rítmico (qual movimento é
foi possível identificá-las. constantemente repetido) estabelecido.
47
Etapa 4 – O ritmo no esporte As bolas devem ser trocadas entre os grupos
para que todos possam vivenciar movimen-
Peça aos alunos que se organizem em tos do futebol e do basquetebol.
grupos, cada grupo com pelo menos uma
bola de futebol ou uma de basquetebol (ou Sugira aos alunos que criem jogos de fútbol
bolas de borracha). Cada grupo deve reali- callejero (futebol de rua) e de streetball (bas-
zar movimentos específicos das modalida- quete de rua), em que algumas regras enfati-
des esportivas futebol ou basquetebol que zem a importância do ritmo nos movimentos.
evidenciem uma atividade rítmica, de modo Por exemplo, quem estiver fazendo “embai-
que todos no grupo consigam realizá-los. xadinhas” no futebol ou driblando a bola al-
Por exemplo, controlar o ritmo dos chutes ternadamente entre as pernas (cross-over) no
em direção a uma parede ou trocar passes basquetebol não pode ter a bola tirada por
com os colegas em um mesmo ritmo, ou outros alunos. Assim o aluno tem a garantia
driblar com uma bola de basquetebol, alter- de que permanecerá com a bola enquanto do-
nando as mãos cada vez mais rapidamente. minar essas sequências rítmicas.
Fútbol callejero
Streetball
As regras devem ser combinadas inicialmente pelos jogadores. A apreciação estética das jogadas,
tanto no ataque quanto na defesa, é o principal aspecto enfatizado durante o jogo. A música rap
acompanha as partidas de streetball, e o envolvimento dos jogadores aumenta quando conseguem
relacionar o ritmo musical com o ritmo das suas jogadas em quadra.
Professor, peça aos alunos que rea- que circunstâncias eles se modificam. Por
lizem as atividades propostas nas exemplo: ritmo respiratório – acelera
seções “Pesquisa individual”, “Li- quando corremos; diminui quando dor-
ção de casa” e “Você aprendeu?”. mimos. Agora é a sua vez. Se precisar de
ajuda, consulte outras pessoas, converse
1. Como você já sabe, as atividades realiza- com professores, parentes ou amigos que
das em nosso cotidiano têm ritmo e exis- fazem diferentes atividades diariamente
te ritmo na natureza. Pesquise que ritmos e, se preferir, pesquise também na inter-
há no nosso corpo e verifique como e em net. Coloque suas respostas no quadro:
48
Educação Física – 1a série – Volume 1
Espera-se que o aluno consiga identificar outras manifesta- f trajetória – angulosa (a proximidade do
ções de ritmo no corpo humano, tais como as envolvidas nos jogador adversário, que tenta impedir a
movimentos cardíaco e peristáltico, no piscar dos olhos, na progressão da jogada, obriga o jogador
fala, no caminhar etc. atacante a realizar movimentos de zigue-
-zague, procurando sair por um dos lados,
Se analisarmos cuidadosamente o que é típico no movimento da finta);
as questões rítmicas envolvidas
nas práticas esportivas, verificare- f extensão – perto (a bola e o oponente estão
mos que o ritmo pode ser obser- próximos, o que obriga a um movimento
vado também em fatores espaciais, como a rápido e curto).
direção do movimento (direita, esquerda,
49
1. Quando um jogador dribla a
1. Agora, com um ou dois colegas, faça o bola seguidamente por entre as
mesmo exercício, escolhendo pelo me- pernas, no basquete de rua,
nos uma das situações ilustradas nas esse movimento é:
fotos. Registre as suas conclusões no ( ) acíclico.
quadro. ( ) bicíclico.
© David Madison/Getty Images
( X ) cíclico.
( ) reduzido.
Figura 15.
( X ) jump, no basquetebol.
b) Situação de jogo: Arremesso ao gol.
4. Quando jogamos, o ritmo cardíaco e o rit-
Análise: mo respiratório, respectivamente:
f direção – frente. ( ) diminui; diminui.
f plano – alto.
f trajetória – direita (podendo variar se ( ) aumenta; diminui.
houver uma finta).
( ) diminui; aumenta.
f extensão – longe.
( X ) aumenta; aumenta.
50
Educação Física – 1a série – Volume 1
ATIVIDADE AVALIADORA
Solicite aos alunos que, em grupos com- portante não é avaliar a execução perfeita
postos por oito membros, realizem uma co- dos movimentos, mas sim a compreensão,
reografia construída com base em elementos por parte dos alunos, do tempo e do acen-
rítmicos característicos dos esportes, das to rítmicos nas atividades selecionadas para
lutas ou de atividades do cotidiano. O im- apresentação.
© Mitch Diamond/Alamy/Otherimages
Figura 16 – Streetball.
Durante o percurso pelas várias etapas da f apreciação e registro, por parte do alu-
Situação de Aprendizagem, alguns alunos po- no, dos próprios movimentos e dos movi-
derão não apreender os conteúdos da forma mentos dos colegas;
esperada. É necessário, então, professor, que
outras Situações de Aprendizagem sejam pro- f elaboração e apresentação (pode-se optar
postas, permitindo ao aluno revisitar o proces- pelo registro com uso de palavras, desenhos,
so de outra maneira. Tais situações podem ser audiovisual etc.) de atividades rítmicas com
desenvolvidas individualmente ou em pequenos base em referenciais e elementos sugeridos
grupos, durante as aulas ou em outros momen- por você, professor;
tos, envolvendo todos os alunos ou apenas aque-
les que apresentaram dificuldades. Por exemplo: f atividades que sintetizem determinado
conteúdo, em que as várias atividades
f roteiro de estudos com perguntas nor- sejam refeitas numa única aula e dis-
teadoras elaboradas por você, professor, cutidas posteriormente (por exemplo,
para posterior apresentação das respostas circuito que contemple diversas ativida-
em registro escrito; des rítmicas).
51
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
52
Educação Física – 1a série – Volume 1
53
Professor, para introduzir o tema, a) Nos Jogos Olímpicos, nas competições
solicite aos alunos que leiam o tex- da modalidade GR participam:
to da seção “Para começo de con-
versa”, do Caderno do Aluno, e ( ) apenas homens.
façam as atividades nela descritas. ( X ) apenas mulheres.
( ) homens e mulheres.
No universo dos esportes individuais exis-
tem muitas modalidades, dentre as quais en- b) Nas competições de GR:
contramos a ginástica rítmica (GR). Sendo
uma das versões competitivas da ginástica, ( X ) são utilizados os aparelhos: corda, arco,
essa modalidade se destaca pela beleza e pela fita, maças e bola.
plasticidade dos movimentos que a compõem. ( ) são utilizados os aparelhos: trave, pa-
O nível técnico dos movimentos, as exigências ralelas, barras, cavalos e argolas.
corporais de flexibilidade, de coordenação, de ( ) não são utilizados aparelhos.
movimentos e a criatividade das composições
impressionam o público que assiste às compe- c) A GR tem apresentações:
tições dessa modalidade.
( ) somente individuais.
1. O que você sabe a respeito dessa modalida- ( ) somente em grupo (conjunto).
de? Quer conferir? Então vejamos. ( X ) individuais e em grupo (conjunto).
© Mike Powell/Allsport Concepts/Getty Images
© Redlink Production/Corbis/Latinstock
© Issei Kato/Reuters/Latinstock
Figuras 17 a 19.
54
Educação Física – 1a série – Volume 1
© Conexão Editorial
Movimentos:
Quicadas, rolamentos livres sobre o corpo ou sobre o solo, manejos (impulsos, balanceios,
circunduções, movimentos em oito, reversão com ou sem movimentos circulares dos bra-
ços, com o aparelho em equilíbrio sobre uma das mãos ou sobre uma parte do corpo).
© Conexão Editorial
estilete que tem de 50 a 60 centímetros de comprimento e cuja
base tem no máximo 1 centímetro de diâmetro.
Movimentos:
Serpentinas (4 a 5 ondas), espirais (4 a 5 voltas), manejos (impulsos, balanceios, circun-
duções, movimentos em oito), lançamentos, soltadas do aparelho e passagem através ou
por cima do desenho do aparelho, com todo o corpo ou apenas uma parte dele.
Movimentos:
Saltos e saltitos por dentro do aparelho, lançamentos e recuperações, soltadas de uma
ponta, rotações, manejos (balanceios, circunduções, movimentos em oito, voiles ou véus).
55
d) Arco: de madeira ou material sintético; 80 a 90 centímetros de
© Conexão Editorial
diâmetro; peso mínimo de 300 gramas.
Movimentos:
Rolamentos (sobre o corpo e sobre o solo), rotações (ao redor de uma mão ou outra par-
te do corpo, ao redor do eixo do aparelho, estando em apoio sobre o solo ou sobre uma
parte do corpo), lançamentos e recuperações, passagem através do aparelho, elementos
por cima do aparelho e manejos (balanceios, circunduções, movimentos em oito).
© Conexão Editorial
e) Maças: duas peças de madeira ou material sintético; 40 a 50
centímetros de comprimento; peso mínimo de 150 gramas cada
uma.
Movimentos:
Pequenos círculos, molinetes, lançamentos com ou sem rotação durante o voo do apa-
relho (uma ou duas peças) e respectivas recuperações, batidas, manejos (impulsos, ba-
lanceios, circunduções dos braços, impulsos, circunduções do aparelho, movimentos
em oito, movimentos assimétricos).
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
OS APARELHOS DA GINÁSTICA RÍTMICA
Nesta Situação de Aprendizagem, o obje- movimentos combinados utilizando os apa-
tivo é verificar o conhecimento prévio dos relhos característicos da GR: maças, corda,
alunos, pois alguns movimentos caracterís- fita, bola e arco, com e sem acompanhamen-
ticos da GR podem não ser conhecidos ou to musical. Os “movimentos obrigatórios”
vivenciados pelos alunos: quicar a bola, exe- característicos da GR são associados às exi-
cutar saltitos com passagem da corda, rolar gências competitivas para qualquer composi-
ou fazer rotações do arco, entre outros. Os ção e constituem os fundamentos básicos de
alunos serão desafiados a realizar diferentes cada aparelho.
Sugestão de recursos: aparelhos de GR (bolas, cordas, arcos, fitas e maças) ou material adaptado (su-
gerido neste volume).
56
Educação Física – 1a série – Volume 1
57
rentes formas de recuperação e movimentos possível realizar esse mesmo movimento com
corporais durante a trajetória do aparelho; as duas maças simultaneamente? Podemos
girar o arco no solo ou não; rodar o arco variar o sentido das maças (mesmo sentido,
ao redor de diferentes partes do corpo (mão, sentidos opostos, defasadas)? As maças, assim
cintura, pé etc.), entre outras. Depois apre- como a bola, o arco, a corda e a fita, podem
sente desafios: Que tipo de movimento pode ser lançadas? Elevando à frente uma das per-
ser feito enquanto o arco está no ar, durante o nas, é possível realizar que tipo de movimen-
lançamento? E girando no solo? O arco pode tos com as maças nas mãos? A necessidade de
ser lançado somente com as mãos? É possí- resolver situações-problema quando estive-
vel transpor um arco em movimento? Solicite rem utilizando os objetos em ambas as mãos
combinações de movimentos, como realiza- requer controle principalmente da mão não
do nos aparelhos anteriores. dominante. O lançamento das maças deman-
da cuidados especiais, sobretudo em relação
Etapa 4 – A fita na GR à segurança dos alunos. Outro cuidado a ser
observado é a preservação do material, seja
Solicite aos alunos que manuseiem as fitas ele oficial ou adaptado.
e identifiquem diferentes figuras geométricas
durante a exploração. Sugira que, inicial- Etapa 6 – Fazendo as próprias escolhas
mente, não se desloquem. Alguns exemplos: e elaborando os códigos de pontuação
movimentar a fita de modo que ela “desenhe”
uma circunferência no ar ou delineie o núme- Nas etapas anteriores, os alunos adqui-
ro oito no solo; fazer a fita simular o movi- riram alguma experiência no manuseio dos
mento de uma cobra ou serpentina etc. Após aparelhos característicos da GR. Agora,
descobrirem uma maneira de manter a figura cada grupo será responsável por apresen-
“sustentada” por certo tempo, proponha que tar uma lista de “movimentos obrigatórios”
tentem realizar movimentos como circundu- para cada aparelho, com base nos movi-
ções, serpentinas, espirais; procurem ultrapas- mentos vivenciados anteriormente, que se
sar, transpor ou saltar a fita individualmente, constituirão como exercícios de dificuldade
em duplas, trios, quartetos e assim por diante. a serem realizados pelos grupos. Por exem-
Sugira que os alunos realizem a movimenta- plo: lançamento da bola ao alto, seguido
ção da fita em diferentes planos e níveis, com e de salto com giro de 180º, e recuperação da
sem deslocamento. bola no plano baixo. Defina tais movimen-
tos com os alunos, por meio de um “código
Etapa 5 – As maças na GR de regras”, conhecido na GR como Código
de Pontuação.
O manuseio das maças é mais difícil, pois
exige coordenar e combinar movimentos uti- Com base no Código de Pontuação ela-
lizando as duas mãos. No entanto, as etapas borado, os alunos escolhem um determinado
anteriores já permitem que os alunos ajustem aparelho da GR e apresentam uma sequência
os aparelhos às suas características. Solicite de movimentos. Conforme o número de alu-
que façam um movimento de circundução nos por turma, a apresentação pode ser feita
do punho segurando a “cabeça” (ponta) da em grupos, possibilidade existente nas compe-
maça com os dedos, primeiro com a mão do- tições de GR. Outra alternativa é propor a
minante e depois com a outra, realizando o apresentação em um momento em que toda
gesto com as maças dispostas sobre o solo e a comunidade escolar esteja reunida, como
depois suspensas no ar. Desafie os alunos: É em um festival de GR, por exemplo.
58
Educação Física – 1a série – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
APRENDENDO A APRECIAR UM ESPETÁCULO ESPORTIVO
Os alunos assistirão a um vídeo com sequências de exercícios em vários aparelhos da GR e
procurarão identificar e analisar: as técnicas e táticas utilizadas, as características pessoais
e interpessoais dos ginastas, a influência do tipo da música, a combinação e coordenação
de movimentos e materiais.
Sugestão de recursos: vídeos ou DVDs de GR; aparelho de DVD ou de vídeo; televisão ou computador.
© Mike Powell/Allsport
Concepts/Getty Images
nos e propor que identifiquem e analisem as
técnicas e táticas utilizadas, as característi-
cas pessoais e interpessoais dos ginastas, a
influência do tipo de música, a combinação
e coordenação de movimentos.
59
© Conexão Editorial
© Conexão Editorial
a) Equilíbrio, flexibilidade. b) Giro, equilíbrio.
© Conexão Editorial
© Conexão Editorial
© Conexão Editorial
60
Educação Física – 1a série – Volume 1
Você sabia que a ginástica rítmica só foi reconhecida como desporto pela Federação In-
ternacional de Ginástica (FIG) em 1962? Até então as competições eram realizadas apenas
entre alguns países da Europa. Passou a esporte olímpico, em 1984, nos Jogos Olímpicos de
Los Angeles. De 1962 até 1984, a competição mais expressiva era o Campeonato Mundial
da modalidade.
No Brasil, começou a ser praticada na década de 1950, com a chegada da professora Ilona
Peuker, que veio ministrar cursos no Rio de Janeiro, onde criou o primeiro grupo de ginástica
rítmica, chamado Grupo Unido de Ginastas (GUG). Foi Daise Barros a primeira represen-
tante brasileira em competições internacionais, integrante do GUG, ao participar do Cam-
peonato Mundial em 1971, na cidade de Copenhague, Dinamarca. A participação do Brasil
nessa modalidade vem crescendo, e os resultados dos atletas nacionais vêm melhorando nas
competições das quais participam, o que se reflete na paulatina adesão do povo brasileiro a
essa prática esportiva altamente desafiadora.
Apesar de ser uma das poucas modalidades ainda disputadas oficialmente apenas por
mulheres, há muitas competições masculinas ocorrendo em vários países e a modalidade
é praticada por homens no Japão, na Rússia, no Canadá, nos EUA, na Coreia do Sul, na
Malásia e no México. Mas será que essa prática é como a feminina?
© Danilo Marques
A GR masculina é bastante
expressiva, valorizando a for-
ça e a resistência e combinan-
do movimentos da ginástica e
das artes marciais. No Japão,
por exemplo, as apresentações
são feitas sem aparelhos, ou
com aparelhos como dois bas-
tões longos, duas maças e dois
arcos menores e a corda. Já na
Europa, os homens realizam
os exercícios com a corda, o
bastão, a bola, as maças e dois
arcos menores, com compo-
sições mais próximas da GR
feminina. Há apresentações
individuais e em grupos. Ginástica rítmica masculina.
61
Professor, antes da avaliação, 1. Trace linhas para relacionar os aparelhos
proponha aos alunos que fa- ao grupo de movimentos característicos
çam as atividades sugeridas realizados com eles.
na seção “Voce aprendeu?” e
no quadro “Desafio!”.
r 4BMUPTFTBMUJUPTQPSEFOUSPEPBQBSFMIPMBOÉBNFOUPTFSFDVQFSBÉ×FTTPM-
Fita t tadas de uma ponta; rotações; manejos (balanceios, circunduções, movi-
mentos em oito, voiles ou véus).
r 4FSQFOUJOBT BPOEBT
FTQJSBJT BWPMUBT
NBOFKPT JNQVMTPT
CB-
lanceios, circunduções, movimentos em oito), lançamentos; soltadas do
Maças t
aparelho e passagem através ou por cima do desenho do aparelho, com
todo o corpo ou apenas uma parte dele.
r 1FRVFOPTDÎSDVMPTNPMJOFUFTMBOÉBNFOUPTDPNPVTFNSPUBÉÈPEVSBOUFPWPP
do aparelho (uma ou duas peças) e respectivas recuperações; batidas e manejos
Bola t
(impulsos, balanceios, circunduções dos braços; impulsos, balanceios, circun-
duções do aparelho; movimentos em oito, movimentos assimétricos).
62
Educação Física – 1a série – Volume 1
Desafio!
Escreva no diagrama as palavras em destaque, respeitando os cruzamentos.
63
ATIVIDADE AVALIADORA
Solicite aos alunos que apresentem, por Avalie as respostas considerando se os alu-
escrito, as dificuldades encontradas para rea- nos levam em conta, nos motivos explicita-
lizar os movimentos nos diversos aparelhos e dos, as características pessoais (preferência,
peça para explicitarem os motivos pelos quais coordenação, força etc.), as características
julgam que isso ocorreu. Uma “roda de conver- dos aparelhos, o tipo e o nível de dificulda-
sa” também poderia servir para esse propósito, de dos movimentos e a necessidade de treino
com a vantagem de trazer a reflexão coletiva para melhorar o desempenho.
sobre as possíveis razões das dificuldades.
64
Educação Física – 1a série – Volume 1
65
O corpo passou a ser dissecado, dividido e as ações e os gestos, estava relacionada ainda
analisado em sua composição biológica para ser à noção de economia de tempo, à ideia de gas-
compreendido pela ciência. Destaca-se o traba- to de energia e ao conceito de cultivo à saúde.
lho de Leonardo da Vinci (1452-1519), que es-
tudou os movimentos dos músculos e das arti- A partir do século XIX, a ideia de beleza
culações, criou as regras de proporção do corpo se modificou. O corpo humano foi explorado
humano e produziu um dos primeiros tratados em seu caráter terreno, tátil, sensual, sede do
de biomecânica. Seu “homem vitruviano” sim- pecado e do prazer.
bolizava as proporções corporais ideais: face
medindo 1/10 do comprimento total do corpo, Nos anos 1920 e no início da década de
a cabeça 1/8 desse comprimento e o tórax 1/4. 1930, evidenciou-se mais a beleza do corpo
A chamada proporção áurea definiu os cânones feminino que do masculino. Houve mais li-
para que a beleza fosse revelada pela simetria. berdade para mostrar os seios em decotes,
Havia, por exemplo, uma medida-padrão entre vestir saias curtas e expor a sensualidade. No
as duas orelhas ou os dois olhos. Quanto mais final dos anos 1930 até a década de 1950, o
igual, perfeita, simétrica e equilibrada a forma, puritanismo vulgarizou a mulher que de-
maior a contemplação da beleza. monstrava sua sensualidade: a beleza do
corpo precisava ser discretamente revelada,
© Bettmann/Corbis/Latinstock
66
Educação Física – 1a série – Volume 1
manchas, sem estrias, sem celulite), roupas tintas, cirurgias plásticas, dietas arriscadas
(justas, com decotes e “na moda”) e seios e muita maquiagem. Com a crescente mer-
(com silicone, muito à mostra). A indústria cantilização do corpo feminino, a beleza na-
químico-farmacêutica produz cremes e re- tural foi desaparecendo, naturalizando-se a
médios que prometem modificar tudo: pele, beleza produzida artificialmente.
contornos e pesos.
Se inicialmente a principal referência de
Se nos últimos anos o investimento merca- beleza eram as mulheres europeias e nórdicas,
dológico na beleza expandiu seu foco, a exi- esse conceito foi se alargando. Ao longo da
gência da beleza deixou de ser apenas sonho história, ora o corpo belo tem seios grandes,
para modelos e manequins e tornou-se um cabelos longos e cacheados, cinturinha dese-
atributo essencial a pessoas de todas as idades. nhada com espartilho e quadril largo, ora o
Ser belo e aparentar juventude tornou-se um corpo belo tem cabelos lisos, seios delineados,
dever, uma busca a qualquer preço e risco. quadril estreito, pernas longas, braços finos,
com medidas quase anoréxicas.
Na modernidade, o corpo foi redescoberto,
despido e modelado pelos exercícios físicos. Todavia, é preciso ressaltar que os diferentes
Novos espaços e práticas gímnicas/esportivas grupos culturais podem ver a beleza de
passaram a convocar as pessoas para modelar maneiras distintas − por exemplo, os grupos
o corpo. Multiplicaram-se os locais públicos indígenas ou afrodescendentes –, tanto a sua
e privados para práticas físicas: academias de própria como a dos outros grupos.
ginástica, salas de musculação, praças, par-
ques e clínicas estéticas. Embora a exploração da beleza feminina
seja mais enfatizada, também os padrões de
A ciência aperfeiçoou suas técnicas para beleza para os homens têm sofrido transfor-
que homens e mulheres inovassem no visual. mações. Muitos homens começaram a dedi-
Tornou-se possível alterar a cor da pele, mu- car-se aos cuidados estéticos. Chamados de
dar de rosto, aumentar os seios ou as náde- “metrossexuais”, eles passaram a frequentar
gas, conquistando assim o padrão de bele- salões de beleza, fazer as unhas, pintar os ca-
za vigente, construído com botox, silicone, belos e/ou depilar os pelos do peito.
67
Em todos os canais de comunicação e tam- de perfectibilidade da beleza impulsiona o
bém nos espaços públicos, ditam-se as regras de consumo de produtos, práticas e recursos nem
cultivo do corpo. Dentre os exercícios físicos, sempre compatíveis com esse propósito.
difundiram-se a musculação, o fisiculturismo,
as atividades de fitness. O corpo belo é aquele Comumente nos deparamos com a divul-
sempre “superdefinido”, “durinho”, sem celu- gação de dietas milagrosas (receitas de sopas,
lite ou estrias. saladas etc., associadas, às vezes, a laxantes e
diuréticos) que permitem redução acentuada
Além da “boa forma”, valorizam-se o tipo de peso corporal em poucos dias ou semanas,
de pele, o bronzeado, mesmo que artificial, e sem, contudo, haver maiores esclarecimentos
as medidas corporais − alteradas tanto com a respeito dos efeitos sobre a saúde em geral
os recursos das roupas íntimas com enchi- ou acerca da eficácia na manutenção dessa
mentos quanto com as cirurgias. Os salões de perda a longo prazo.
beleza prometem alisamentos progressivos e
permanentes. Os cabelos modificados (com A perda de peso por meio de dietas que
escovas “revolucionárias” de formol, chocola- preconizam a ingestão excessiva ou restrita
te etc.) deixaram até de ser uma característica de um ou mais macronutrientes (carboidra-
para identificar alguém. A beleza vem sendo tos, gorduras ou proteínas) pode ser prejudi-
tão artificializada, que os cabelos naturais são cial à saúde humana, uma vez que promove
apontados como falsos. Como você ainda não sobrecarga das estruturas orgânicas durante a
pintou? Fez chapinha hoje? As perguntas coti- absorção e/ou excreção dos nutrientes ou ca-
dianas declaram: não sabemos mais o que foi rência de alguns deles.
alterado com recursos da beleza.
Uma ampla variedade de suplementos ali-
A doentia busca pela beleza deve ser um mentares encontra-se disponível no mercado
assunto discutido também na escola, inclusive do “corpo perfeito”, dentre eles os lipolíticos
nas aulas de Educação Física. Deve-se alertar ou fat burners (queimadores de gorduras), os
os alunos de que a “beleza” é um tema comple- energéticos, os anabolizantes (aminoácidos e
xo, influenciado por interesses religiosos, polí- precursores), os complementos vitamínicos e
ticos, ideológicos e comerciais que direcionam minerais e os famosos sports drinks (bebidas
nosso modo de vê-la e buscá-la. Por isso, é esportivas). Entretanto, seu uso indiscrimina-
primordial compreender que a “beleza” de- do, em detrimento de uma alimentação con-
pende do contexto histórico em que estamos vencional adequada, pode expor o organismo
inseridos ou de quais referenciais nos valemos a situações de risco, visto que muitos produtos
para interpretar a realidade. comercializados como suplementos, incluindo
alguns precursores hormonais (DHEA – dei-
Vale destacar que, apesar de identificar- droepiandrosterona), não possuem compro-
mos alguns padrões em determinadas épocas vação científica quanto ao uso seguro e eficaz.
históricas, vários padrões coexistem numa
mesma época. Por vezes, a suplementação de alguns
nutrientes e substâncias já presentes no orga-
Apesar dos avanços na compreensão dos nismo em quantidades normais ou próximas
mecanismos pelos quais a alimentação e o do normal eleva sua proporção em relação a
exercício físico podem contribuir para a aqui- outros nutrientes e substâncias, deixando o
sição e a manutenção de níveis adequados de organismo suscetível a distúrbios diversos, in-
saúde, a busca de um determinado padrão cluindo doenças como diabetes.
68
Educação Física – 1a série – Volume 1
Possibilidades interdisciplinares
O tema “Corpo e beleza em diferentes períodos históricos” poderá ser desenvolvido de modo
integrado com as disciplinas de História, Filosofia e Arte ou outras, na medida em que envolvem
conteúdos afins.
Outra prática comum no mercado da bele- neamente, de dietas que favoreçam a redu-
za é a difusão de propagandas relacionadas a ção da gordura corporal total e a utilização
programas e/ou produtos que envolvem exer- dos equipamentos e exercícios propostos.
cícios físicos. Em geral, propõem modificações
nas formas corporais (hipertrofia ou definição Mediante uma restrição calórica induzida
muscular, redução de medidas) em curto espa- pela dieta, a realização de exercícios aeróbios
ço de tempo, metas difíceis de serem atingidas vinculados ao treinamento de força resulta na
quando o exercício é utilizado isoladamente. manutenção do peso corporal magro ou mes-
mo num pequeno aumento deste, de tal forma
Notadamente a região abdominal consti- que o nível de metabolismo basal é mantido
tui um dos principais alvos desse mercado, ou ainda aumentado, reduzindo a tendência
cujo propósito − definição muscular − im- orgânica para acumular calorias. É impor-
pulsiona o lançamento de vários modelos tante destacar que tais processos também
de equipamentos e rotinas de exercícios di- exigem fornecimento adequado de nutrientes
recionados à aquisição de um abdome bem por meio de uma dieta equilibrada. Vale dizer
definido. Entretanto, o que a grande maioria também que esses não são os únicos deter-
dos anúncios não informa é que, sendo essa minantes do gasto energético. Se uma pessoa
região um dos principais sítios de acúmulo gasta, em repouso, “x” calorias durante um
de gordura corporal, a obtenção de resul- dia inteiro, deve ingerir um mínimo de “x” ca-
tados semelhantes àqueles mostrados pelos lorias diárias, mais as calorias relativas aos de-
modelos utilizados em propagandas só se mais componentes do gasto energético diário,
torna possível mediante a adoção, simulta- conforme quadro a seguir.
Atividade física: é responsável por aproximadamente 15% (para indivíduos sedentários) e 30% (para
pessoas que se exercitam regularmente) do gasto diário total, distribuído entre gastos com: (1) a atividade
física espontânea, relacionada ao gasto com movimentos irrequietos e nervosos, normalmente incons-
cientes e sem propósitos; e (2) a atividade física intencional, relacionada ao gasto no trabalho ocupacio-
nal ou em exercícios físicos intencionais.
69
Professor, para introduzir o tema, necessárias dietas restritivas, anabolizantes,
solicite aos alunos que leiam e ana- remédios para emagrecer e exercícios exaus-
lisem o texto apresentado na ativi- tivos. Os prejuízos à saúde advindos dessas
dade “Para começo de conversa”. práticas, como as lesões e o “efeito sanfona”
Em seguida, oriente-os a realizar a “Pesquisa (que é a perda e a recuperação, reincidentes,
em grupo”. do peso perdido), são justificados pelos ob-
jetivos estéticos contemporâneos.
Você é daquelas pessoas que, em dias de
chuva, quer morrer porque vai estragar o ca- As propagandas que prometem efeitos rápi-
belo ou não tira o boné porque o cabelo “tá dos de emagrecimento e de aumento de massa
zoado”? Você deixa de ir à praia, piscina ou muscular vinculam essas conquistas ao consu-
festa porque acha que está acima do peso? Em mo de seus produtos. Mas a adoção de uma
caso afirmativo, você está deixando de apro- dieta equilibrada, com todos os macronutrien-
veitar a vida porque incorporou o padrão de tes (carboidrato, proteína e gordura) e fibras,
beleza da sua época! Estou falando “da sua aliada aos exercícios aeróbios e aos de força, é
época” porque o conceito de belo foi mudan- a melhor forma de atingir esse resultado.
do ao longo da história. E também é pouco
criativo todo mundo ter o cabelo, as roupas e Com base nas informações do texto, discu-
tudo mais do mesmo jeito, não acha? ta em sala de aula a influência do padrão de
beleza, veiculado pelas mídias, na sua imagem
Se pensarmos no conceito de belo tal corporal. Analise as seguintes proposições
como entendido desde a civilização grega até para sua resposta:
os dias de hoje, veremos que ele foi sofrendo
modificações sempre atreladas ao contexto a) Você está satisfeito com a sua imagem cor-
histórico-cultural vigente. Os movimentos poral? Por quê?
de emancipação feminina que eclodiram na
década de 1960, por exemplo, trouxeram b) Você adota estratégias recomendadas em
maior liberdade em expor o corpo, o que an- revistas e sites para modificar sua imagem
tes era reprimido. corporal? Por quê? Quais?
70
Educação Física – 1a série – Volume 1
2. Se você preferir pesquisar atletas, esco- acessórios nos diversos períodos. Houve
lha uma modalidade esportiva, acesse mudanças? Quais?
o site da federação correspondente aos Espera-se que os alunos percebam, por meio da pesquisa,
esportes indicados nas imagens a seguir que a beleza é uma construção sócio-histórica e que, por
e observe os atletas dessa modalidade isso, se modifica ao longo do tempo. As mudanças são ob-
ao longo da história. Preste atenção ao servadas também no corpo dos atletas, nas vestimentas e nos
corpo dos atletas, às vestimentas e aos acessórios utilizados.
© Bettmann/CORBIS/Latinstock
Figura 23 – Atleta realiza salto triplo (1960). Figura 24 – Atleta em prova de salto Figura 25 – Atleta da atualidade, no momen-
triplo (1972). to da largada.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9
A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL DOS PADRÕES
ESTÉTICOS E A MINHA BELEZA
Competências e habilidades: identificar padrões e estereótipos de beleza nos diferentes contextos histó-
ricos e culturais; perceber as representações da beleza em seu grupo sociocultural.
Sugestão de recursos: papel e cartolinas de cores variadas; pincel atômico; corda ou barbante.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 9
Etapa 1 – A beleza ao longo do tempo e atrizes. Os grupos podem ser divididos entre
os dois assuntos.
Previamente, solicite aos alunos que, em
grupos e em horário extra-aula, procurem Nas páginas que se seguem, apresentamos
fotos de atletas olímpicos em situações de um quadro em que se retratam alguns padrões
competição. Para ilustrar padrões de beleza de beleza, representados por obras de arte, até
de diferentes épocas históricas, sugira a pes- o século XIX. O mesmo pode ser feito em re-
quisa sobre as obras de arte, fotos de modelos lação aos modelos de beleza masculina.
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Educação Física – 1a série – Volume 1
Século IV a.C.
Vênus de Milo.
73
74
1540
1509
1503-1506
Época
© Erich Lessing/Album/Latinstock
1650
1797-1800
1833
© Alfredo Dagli Orti/The Art Archive/ Corbis/Latinstock
75
Época Obra de arte (representação masculina)
© Pirozzi/Album/akg-images/Latinstock
460-450 a.C.
Século I d.C.
© iStockphoto/Thinkstock/Getty Images
Apolo de Belvedere.
1842
© The Bridgeman Art Library International/Keystone
76
Educação Física – 1a série – Volume 1
Peça aos alunos que organizem as imagens escreveu no início da aula. Convide os gru-
pesquisadas e estimule-os a identificar algu- pos a identificar se escreveram sobre temas
mas categorias que estabelecem padrões de semelhantes ou diferentes, se apareceram
beleza (formas corporais, definição muscular, mais referências ao formato do corpo, ao
cabelos, roupas etc.), relacionando-as ao con- tipo de cabelo, à cor da pele, ao biotipo ou às
texto histórico. partes do corpo de que mais gostam ou que
queriam que fossem diferentes. Estimule-os a
relacionar as maneiras como olharam para
Etapa 2 – A história da própria a própria beleza com os contextos histórico-
beleza -culturais explicitados na etapa anterior. Em
seguida, solicite a cada grupo a distribuição
Distribua pedaços de papel de cores e for- dessas palavras no molde. Por exemplo, as
matos variados (medida aproximada de 5 cm palavras referentes aos tipos de cabelo po-
× 10 cm). Peça que os alunos escrevam as pala- derão ser colocadas na região da cabeça, e
vras que melhor representam seus sentimentos assim por diante.
sobre a própria beleza. Por enquanto, cada
aluno guarda suas palavras e é convidado para Quando todos os grupos terminarem, de-
a fase seguinte da Situação de Aprendizagem. vem formar um grande círculo em torno dos
moldes e analisar os diferentes sentimentos
Solicite aos alunos que se dividam em sobre a beleza, expressos pelas palavras es-
pequenos grupos (de quatro a seis pessoas). colhidas e distribuídas nos diferentes mol-
Cada grupo recebe uma corda ou barbante des. Estimule os alunos a pensar nos pos-
(com 6 metros de comprimento, no míni- síveis significados das palavras, estabelecer
mo). Os integrantes do grupo definem uma relações, fazer comparações, refletir sobre
pose e escolhem alguém para representá-la, as causas desses sentimentos etc., sempre
isto é, para ser a “estátua”. Com a corda ou considerando os contextos histórico-cultu-
barbante, o grupo deve desenhar no chão o rais vistos na etapa anterior.
contorno do corpo da “estátua” apenas pela
observação (não é permitido deitar no chão Professor, antes da Situação de
para servir de “molde”). Aprendizagem 10, é necessário
que os alunos preparem a “Lição
Quando terminarem, o aluno que serviu de casa”, para organização do
de “estátua” se deita sobre o molde. Todos “tribunal da beleza”.
analisam se as partes do corpo ficaram pro-
porcionais ou muito diferentes do modelo. Se Colete propagandas ou matérias jornalísti-
houve diferenças, discutem os motivos. Por cas sobre cosméticos, aparelhos de ginástica,
exemplo: O colega é mais gordo ou mais magro, suplementos, programas de exercícios físicos
mais alto ou mais baixo do que achamos ou do e dietas recomendados como produtos que
que aparenta? Por que será que o “enxergamos” auxiliem na conquista do padrão de beleza.
assim? Depois tentam “arrumar” o molde com Observe essas matérias e propagandas: Elas
o colega posicionado dentro dele. Quando con- falam apenas dos benefícios ou trazem in-
cluírem, o colega se levanta, evitando, ao má- formações sobre algum risco na utilização
ximo, desmanchar o molde. desses produtos? Elas prometem “satisfação
garantida ou seu dinheiro de volta” ou aler-
A seguir, os grupos sentam em redor do tam sobre resultados diferentes conforme a
molde e cada aluno apresenta as palavras que individualidade ou o comportamento do con-
77
sumidor? Por exemplo: digamos que você pre- simplesmente afirmam que, se você praticar
cisa e quer emagrecer! Muito provavelmente, aqueles exercícios, vai emagrecer?
seu comportamento alimentar é inadequado,
concorda? Então, você compra um DVD com Por fim, elabore cartazes ou uma apresen-
exercícios para emagrecer. A pergunta é: Na tação digital com imagens e textos que cha-
propaganda eles alertam que você deverá ad- mem atenção para os aspectos mais relevantes
quirir hábitos alimentares mais saudáveis ou da discussão.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10
TRIBUNAL DA BELEZA
Os alunos farão um levantamento dos pro- em diferentes mídias (revistas, internet etc.) e
dutos, práticas alimentares e programas de discutirão os riscos e benefícios à saúde asso-
exercícios com finalidades estéticas presentes ciados à utilização desses recursos.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 10
Etapa 1 – Coletando provas
Previamente solicite aos alunos que, dividi- Auxilie os alunos, ainda em grupos, a
dos em grupos, pesquisem − em revistas, jor- analisar e dividir o material coletado em
nais e sites (indicados ou não por você, profes- termos dos produtos e práticas tratados e
sor) − textos, matérias jornalísticas, imagens das respectivas abordagens em relação a
e propagandas sobre produtos (cosméticos, bene fícios e/ou riscos à saúde. Por exem-
remédios, equipamentos de ginástica etc.), plo, se uma matéria jornalística sobre
práticas alimentares e/ou programas de exercí- determinado programa de exercícios ou
cios físicos voltados ao alcance de padrões de prática alimentar enfatiza apenas os bene-
beleza corporal. Opcionalmente, você mesmo, fícios dele decorrentes ou também alerta
professor, poderá trazer material sobre a te- para riscos à saúde e/ou limitações nos re-
mática, incluindo propagandas e matérias jor- sultados em função da individualidade do
nalísticas gravadas da programação televisiva. usuário.
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Educação Física – 1a série – Volume 1
1. Para emagrecer com saúde, precisamos de: d) são ditados pela medicina.
© Karl Newedel/Stock Creative/Getty Images
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© Nicolas Rigg/Photographer’s
Choice/Getty Images
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Educação Física – 1a série – Volume 1
© Ivania Sant’Anna/Kino
Você sabia que f Refrigerantes e refrescos possuem pouco
a quantidade de ou nenhum nutriente.
açúcar presente em f O melhor líquido para matar a sede é a
uma latinha de re-
água, que deve ser filtrada ou fervida.
frigerante (350 ml)
é igual à de 1 colher f O suco de fruta contém nutrientes, como
e meia (de sopa) de vitaminas e minerais, e o mais importante:
doce de leite? de forma natural.
ATIVIDADE AVALIADORA
A partir dos conteúdos desenvolvidos imagens, os cartazes podem conter peque-
nesta Situação de Aprendizagem, proponha nos textos que chamem atenção para os as-
que, em grupos, os alunos elaborem cartazes pectos mais importantes relativos ao tema,
com base nas identificações e relações que segundo a opinião dos próprios alunos. O
estabeleceram sobre os diferentes padrões material elaborado poderá ser exposto para
de beleza ao longo da história. Além de toda a escola.
81
ECO, Umberto. História da beleza. Rio de Dissertação de Mestrado − Faculdade de
Janeiro: Record, 2004. Retrata, por meio de Educação Física, Universidade Estadual de
imagens de obras de arte, a construção das Campinas, Campinas, 2001. Disponível em:
ideias de beleza desde a Grécia Antiga até os <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/
dias atuais. Ricamente ilustrado, o livro facilita document/?code=vtls000228730>. Acesso em:
a compreensão sobre os padrões de beleza que 17 dez. 2012.
ditaram modos de ver as pessoas e o mundo.
Artigo
QUEIROZ, Renato S. O corpo do brasileiro:
estudo de estética e beleza. São Paulo: Senac, ESTEVÃO, Adriana; BAGRICHEVSKY,
2000. Coletânea de textos que abordam o Marcos. Cultura da “corpolatria” e body-
fato de que a diversidade racial e cultural é building: notas para reflexão. Revista Mackenzie
pressionada pela padronização de beleza vi- de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.
gente nos meios de comunicação de massa. 3, n. 3, p. 15-27, 2004. Disponível em: <http://
Os autores discutem os diferentes atributos editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/
da beleza, os riscos da exaltação de um tipo article/view/1316/1010>. Acesso em: 24 out.
de beleza, a questão do corpo europeu e o 2013. Discorre sobre a cultura da “malhação”,
corpo nacional. em especial o fisiculturismo, cujo objetivo é
desenvolver grande volume muscular, com
SILVA, Ana B. B. Mentes insaciáveis: anore- padrão estético peculiar, mesmo à custa de
xia, bulimia e compulsão alimentar. Rio de ultrapassar limites fisiológicos humanos. Para
Janeiro: Ediouro, 2005. Trata das dificuldades tal, analisa subjetividades e engendramentos
de celebridades e anônimos com os transtor- que perpassam o assunto, buscando identificar
nos alimentares, apresentando uma aborda- a contextualização de alguns paradoxos.
gem multidisciplinar e prática sobre o tema.
Filme
TAVARES, Maria C. F. Imagem corporal:
conceito e desenvolvimento. Barueri: Manole, O preço da perfeição (Dying to be perfect).
2003. Apresenta conceitos básicos e aborda o Direção: Jan Egleson. EUA, 1997. 100 min
processo de formação e desenvolvimento da Classificação etária não informada. Histó-
imagem corporal. ria verídica, narra a vida de uma ex-corre-
dora estadunidense que, pressionada desde
cedo a vencer, precisou emagrecer para ob-
Dissertação ter melhor desempenho e conseguir classi-
ficação para os Jogos Olímpicos. A atleta
BARROS, Daniela D. Estudo da imagem cor- quase morreu ao atingir um estado crítico
poral da mulher: corpo (ir)real × corpo ideal. de bulimia.
82
Educação Física – 1a série – Volume 1
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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
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