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QUAIS MODELOS JÁ

EXISTEM PARA ESTUDAR


O COMPORTAMENTO
ELEITORAL?
Para entendermos o que é o comportamento
eleitoral, primeiramente precisamos
compreender alguns modelos. Os modelos são
como lentes, que permitem que a gente possa
enxergar o comportamento dos(as) eleitores(as)
a partir de visões diferenciadas. Alguns
elementos têm sido estudados ao longo do
tempo, como veremos a seguir:
Modelo sociológico
O nosso primeiro par de lentes é o modelo
sociológico (modelo da Columbia), o qual
defende que o contexto social e político acaba
por influenciar as decisões eleitorais, ou seja,
características que se relacionam com a
cultura, religião, economia, etnia ou razões
ideológicas que diferenciam grupos sociais. A
conjuntura política de um país, por exemplo,
pode influenciar diretamente o não voto, isto é,
o nível de votos nulos, brancos e abstenções
em uma eleição. Dessa forma, como o contexto
ao longo dos anos poderia influenciar as
escolhas nas eleições?
Durante o ano de 2013, por exemplo, tivemos
vários protestos ao redor do Brasil, cuja pauta
era a melhoria de serviços públicos básicos
como transporte, saúde, segurança e educação.
Nas eleições presidenciais de 2014, os
candidatos não só se basearam nesses
acontecimentos para construir suas
propagandas eleitorais, mas isso também foi um
fator que influenciou o eleitorado.  
Relembre: o histórico dos votos brancos e nulos
no nosso país.
Modelo psico-social
O modelo psico-social (sociopsicológico, ou de
Michigan), por sua vez, elenca um conjunto de
fatores que vão interagir simultaneamente
dentro da cabeça do eleitor, ou seja, o foco está
mais no comportamento individual do que no
pertencimento a um grupo. Apesar deste
modelo concordar que experiências históricas e
sociais são importantes para que o(a) eleitor(a)
cristalize uma ligação partidária, uma série de
outras coisas estarão exercendo maior
influência, como por exemplo a opinião de
amigos e familiares, a imagem construída
pelo(a) candidato(a), a mídia e as ações do
governo.
Modelo da escolha racional
Já o modelo da escolha racional (de Rochester
ou econômico) apresenta o(a) eleitor como
alguém que não está ligado à crenças ou outros
fatores sociais. Na verdade, o cidadão faz um
cálculo de custo-benefício de qual candidato
será melhor, tendo em vista as propostas
apresentadas e quais benefícios por parte
deste(a) candidato(a) ele pode adquirir. Desta
forma, podemos entender também que o(a)
eleitor(a) pode votar prospectivamente, ou seja,
quem vota cria expectativas futuras sobre o
mandato do(a) candidato(a) baseado em suas
propostas. Por exemplo, quando lemos os
planos de governo dos candidatos podemos
criar expectativas sobre o que o(a) candidato(a)
vai fazer e, a partir disso, tomar a nossa
decisão.
Agora que já sabemos como pensar em
comportamento eleitoral, por que não ir direto
ao ponto e compreender, de forma mais
concreta, o processo de tomada de decisões
nas eleições? Para isso, vamos discutir os
atalhos cognitivos.
O QUE SÃO ATALHOS
COGNITIVOS E COMO ELES
AFETAM NOSSAS
DECISÕES?
Com as eleições se aproximando, o voto tem
sido o alvo de muitos estudos. Por mais difícil
que seja entender o que leva alguém a votar em
outra pessoa, já que é uma decisão complexa e
pessoal, os atalhos cognitivos (ou Heurísticas
Políticas) usados pelos eleitores são processos
mentais, em que ignoramos parte da informação
que recebemos, de forma automática e quase
inconsciente, com o objetivo de tornar a
escolha do candidato mais fácil e rápida. Mas
como esses atalhos mentais se relacionam com
o processo eleitoral? Quais são os principais
tipos de atalhos? Vamos discutir tudo isso e
muito mais!

COMO O ELEITOR TOMA


UMA DECISÃO
“INFORMADA” MESMO

QUANDO É
DESINFORMADO?
Antes de entendermos os tipos de atalhos,
precisamos notar que as pessoas estão mais
preocupadas com coisas que as influenciam
diretamente, do que com conseguir informações
sobre algum político. Além disso, pode haver
algum custo de tempo ou financeiro em
conseguir essas informações – que muitos não
estão dispostos a se submeter.
O grande número de dados que recebemos
diariamente sobre quem vai se candidatar para
as eleições – tanto na internet, quanto em
jornais, na televisão e no rádio -, por exemplo, é
difícil de ser compreendido ao mesmo tempo,
tendo em vista a dinâmica das redes sociais.
São muitas informações, o que torna a
assimilação de todoas essas informações muito
complicada cognitivamente.
Por isso, os atalhos nos fazem chegar à
conclusões políticas que são confiáveis e fazem
sentido para nós (individualmente), mesmo com
todas as dificuldades em nos manter
informados.
As heurísticas políticas carregam informações
básicas que por si só já são suficientes, por isso
elas nos ajudam a decidir, mesmo quando
estamos desinformados. Podemos entender
melhor este processo através dos principais
tipos de atalhos, como veremos a seguir.
COMO O ELEITOR TOMA
UMA DECISÃO
“INFORMADA” MESMO

QUANDO É
DESINFORMADO?
A seguir, iremos listar algumas categorias que
funcionam como atalhos cognitivos, ou seja,
que carregam informações básicas, percebidas
de maneira quase inconsciente, que nos ajudam
a escolher um(a) candidato(a) de maneira mais
fácil e rápida. São elas:

Apoio de grupos

Aqui a nossa atenção está na credibilidade que


o grupo ou pessoa passa para o(a) eleitor(a). No
lugar de considerar com cuidado a posição de
cada candidato em relação à políticas
específicas em uma eleição, ele(a) pode
simplesmente checar se o candidato tem o
apoio ou não de um grupo específico que tem
relação com o assunto em questão e que tenha
interesse nas políticas que o eleitor valoriza.
Nesse caso, o esforço em analisar o candidato
é confiado ao grupo. Tudo que é necessário é
saber se o candidato é apoiado por determinado
grupo, e sua atitude em relação a ele. Uma vez
que o eleitor(a) descobre se há apoio ou não do
grupo, ele(a) consegue presumir a posição do(a)
candidato(a) em relação a diversos aspectos, e
provavelmente decidirá votar conforme o que o
grupo pensa e diz.
O apoio de uma organização ou partido à
candidatos no segundo turno, de movimentos
sociais, apoio de celebridades, apoio
internacional, de associações religiosas,
sindicatos, etc. pode ajudar bastante. O(a)
eleitor(a) pode não conhecer o(a) tal
candidato(a), mas se ele receber apoio de uma
organização que você acompanha e respeita
muito, você pode passar a considerar conhecê-
lo melhor e até mudar o seu voto.
Um exemplo fictício para você entender melhor:
se o candidato Paulo é apoiado pelo movimento
feminista, o(a) eleitor(a) pode assumir, que ele é
um candidato progressista, que vota à favor das
diversas causas sociais (que não apenas a de
gênero). Sendo assim, se o eleitor é apoiador
desse movimento, irá considerar votar em
Paulo. Por outro lado, se a candidata Luana é
apoiada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), o(a)
eleitor(a) presumirá que ela é liberal no
espectro econômico, e se ele não concordar
com esse viés político-econômico,
automaticamente criará uma barreira para
conhecer as propostas de Luana.

Estereótipos partidários/ideológicos
O(a) eleitor(a) irá atribuir um rótulo ao(à)
candidato (a) de acordo com estereótipos
ligados ao partido dele ou à sua ideologia. Outro
exemplo: se o candidato Alexandre é do Partido
Republicano (dos Estados Unidos), o(a)
eleitor(a) pode presumir que ele(a) vai defender
fortemente impostos mais baixos, vai ser contra
a intervenção do governo na economia, contra o
aborto, dentre outras posições que estejam de
acordo com os estereótipos ligados a um
partido de direita e conservador.

Estereótipos pessoais/sociais

De acordo com os Cientistas Políticos David P.


Redlawsk e Richard L. Lau, no capítulo
“Political Heuristics” do livro “How Voters
Decide?”,  este é o atalho mais utilizado, pois é
o mais fácil de entender, já que tem relação
com características físicas. Basta olharmos
para a pessoa (neste caso, o(a) candidato), para
presumirmos uma série de coisas a seu
respeito. Somente com a imagem do candidato,
recebemos muitas informações sobre ele, como
gênero, raça, idade, e também o “nível de
simpatia” (se estiver sorrindo ou não, por
exemplo), o que trás imediatamente muitas
conclusões e interpretações relacionadas à
essas características para o(a) eleitor(a).
A imagem de quem se candidata também
podem desencadear emoções, que podem ter
grande impacto em sua avaliação. As pessoas
que não entendem absolutamente nada sobre
política (e as que entendem também), sabem
bastante sobre pessoas e fazem julgamentos de
todos os tipos com grande eficiência cognitiva
com esses estereótipos sociais.
Por exemplo, tente identificar o que você sente,
ou o que você acha que este político
representa, quando olha a primeira imagem
abaixo, e depois quando observa a segunda
imagem:
Na primeira imagem, podemos ver Emmanuel
Macron, atual presidente da França, com um
semblante descontraído, enquanto as pessoas
que estão atrás na foto sorriem. Na segunda
imagem, o presidente se mantém com uma
aparência séria e concentrada, sem a presença
de outras pessoas. Um(a) eleitor(a), então, pode
simpatizar com o político por conta da primeira
foto, considerando-o descontraído. Já um
outro(a) eleitor, mais conservador e com ideais
opostos ao anterior, pode considerar, pela
primeira foto, que o presidente francês é
incompetente por aparecer publicamente dessa
forma, mas ao olhar para a segundo foto,
tenderá a considerá-lo responsável.

Viabilidade do candidato:

Por último, a viabilidade do(a) candidato(a), ou


seja, as chances reais dele(a) de ganhar as
eleições, servem como atalho, sendo uma forma
importante de o(a) eleitor(a) reduzir seu peso na
tomada de decisão. Geralmente, esse(a)
eleitor(a) irá se basear nos resultados das
pesquisas, que informar quais candidatos estão
a frente nas campanhas e quais estão muito
atrás nas intenções de voto.
Além disso, ver um candidato liderando nas
pesquisas fornece um tipo de “consenso”
(consensus information) que pode motivar o
eleitor que já tinha rejeitado previamente ou
ignorado um candidato, a olhar com mais
cuidado pra ele – “afinal, se várias pessoas o
consideram bom, não deve ser à toa” é o que
ele pode pensar.

Afinal, como esse conhecimento pode


ser útil para mim?

Agora que você já sabe de que forma os


eleitores decidem seu voto e o que afeta o
comportamento eleitoral, você pode entender
as motivações pelas quais aqueles seus amigos
e parentes votaram em alguém que você
discorda, por exemplo. Mas, mais importante do
que isso, é, através dos conceitos aprendidos,
refletir quais atalhos cognitivos VOCÊ leva em
consideração na hora de decidir seu voto, e
pensar como você pode melhorar as suas
decisões, se baseando em critérios concretos.
Afinal, apesar dos atalhos serem usados de
maneira automática e quase inconsciente por
todos nós, é importante não esquecer de como
fazer um voto consciente!

E aí, conseguiu entender o comportamento


eleitoral das pessoas ao seu redor? O que acha
de sair perguntando pros amigos e família quais
fatores eles consideram pra votar em alguém?
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texto!

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