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Disciplina: Consumidor
Professor: Murilo Sechieri
Aula: 01| Data: 11/02/2016
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
MARCOS HISTÓRICOS
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DE PROTEÇÃO AOS CONSUMIDORES
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
MARCOS HISTÓRICOS
Percebe-se que dogmas do Direito Civil, como autonomia privada (pacta sunt servanda), responsabilidade subjetiva
não podem ser transportados sem ajustes para o Direito do Consumidor, pois, muitas vezes, revelam-se
incompatíveis.
15/03/62 – Discurso de John Kennedy. Consumidores por definição somos todos nós
1976 – PROCON SP
1985 – Resolução ONU
1988 – Constituição Federal
Podem ser:
a) Fundamentos indiretos: aqueles que vêm implicitamente. Alguns dizem que bastaria a previsão destes para
proteção dos consumidores.
- Art. 1º, III, CF. Fala dos fundamentos da república. Tutela da Dignidade da Pessoa Humana. Valor estruturante do
nosso ordenamento, sendo fundamento implícito de proteção dos consumidores.
- Art. 5º, caput. Prevê igualdade. Compensar o desequilíbrio das relações de consumo.
Art. 5º, CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
b) Fundamentos expressos:
- Art. 5º, XXXII, CF. O Estado promoverá nos termos da lei a defesa do consumidor.
- Art. 170, CF. a ordem econômica, fundada na livre iniciativa e valorização do trabalho humano, tem como
finalidade (...), observados dentre outros os seguintes princípios (...) V- defesa do consumidor
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A CF não usa o termo “frágil”, mas se precisa de proteção é porque é vulnerável, sendo até redundante falar “consumidor
vulnerável”.
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de seus processos de elaboração e prestação;(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos
públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Trata-se, portanto, de principio da ordem econômica. O constituinte estipula, então, que a licitude do lucro
dependerá da proteção do consumidor também.
Trata-se de origem qualificada pelo fato de ter o CDC surgido de mandamento expresso do constituinte. Assim,
revela a importância do CDC e o status que possui. O CDC se torna norma qualificada por ter origem direta de
mandamento constitucional.
1. Características
i- Normas irrenunciáveis, indisponíveis, inderrogáveis pela vontade dos consumidores. Ex.: cláusula de
não indenizar não pode, pois, sofrendo dano, ele deve ser indenizado.
ii- Juiz deve aplicá-las de ofício. Ex.: por mais que não haja pedido expresso da parte, o juiz deve inverter
o ônus da prova de oficio quando assim for.
Súmula 381, STJ – é vedado ao juiz reconhecer de ofício da abusividade de cláusula em contratos bancários. Esta
súmula é um absurdo, pois além de, obviamente, violar isonomia dos consumidores, viola a isonomia entre os
fornecedores também. Por que certos fornecedores merecem tratamento mais severo que outro?
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Bastaria o “ordem pública”, mas o legislador quis ser bastante didático.
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Súmula 381/STJ - 26/10/2015. Consumidor. Banco. Contratos
bancário. Cláusula abusiva. Conhecimento de ofício pelo Juiz da
abusividade. Impossibilidade. Recurso especial repetitivo. Recurso
especial representativo da controvérsia. CPC, art. 543-C. CDC, art. 51.
«Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício,
da abusividade das cláusulas.»
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